Governo quer “transformação digital” nos tribunais Administrativos e Fiscais

O objetivo do grupo de trabalho criado passa por "elaborar e apresentar, até 14 de setembro deste ano, o Plano de Ação para a Justiça Administrativa e Fiscal".

O grupo de trabalho para a justiça administrativa e fiscal, criado por despacho da Ministra da Justiça, reuniu-se, pela primeira vez, esta quarta-feira.

O objetivo deste grupo de trabalho passa por “elaborar e apresentar, até 14 de setembro deste ano, o Plano de Ação para a Justiça Administrativa e Fiscal, o grupo ficará também incumbido de acompanhar e monitorizar a implementação das medidas propostas”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

A lentidão dos Tribunais Administrativos e Fiscais (TAF) é um dos calcanhares de Aquiles da nossa Justiça. Já em 2020, Dulce Neto, Presidente do STA, no relatório anual de 2020 do Conselho Superior do Tribunais Administrativos e Fiscais já advertia o seguinte: “Espera-se que os dados contidos neste relatório tenham a virtualidade de desencadear a intervenção, séria e eficaz, de que a justiça administrativa e fiscal carece para superar os desafios que enfrenta a poder cumprir cabalmente a função que constitucionalmente lhe compete”.

Segundo o advogado Pedro Neves de Sousa, da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, “a atitude activa da banda dos particulares tem multiplicado as pendências nos tribunais administrativos, seja no âmbito do Urbanismo, da Contratação Pública, do Ambiente, da Função Pública ou em casos de responsabilidade civil do Estado. E se no plano legislativo a justiça administrativa está bem apetrechada, o mesmo já não se pode dizer do número de magistrados, de oficiais de justiça e até das próprias instalações dos tribunais administrativos, o que se traduz em atrasos inadmissíveis nas decisões de mérito por que desesperam os particulares e que já têm sido objecto de várias condenações do Estado Português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem”, conclui.

“A melhoria do funcionamento da justiça administrativa e fiscal é uma das grandes prioridades desta área governativa. Nesse sentido, e apesar dos esforços levados a cabo nos últimos anos, o Governo reconhece que são necessárias medidas que permitam diminuir os tempos de resolução de litígios e a acumulação processual nesta jurisdição, cuja celeridade e eficiência é fundamental para alavancar a recuperação económica do país e estimular o investimento”, explica o mesmo comunicado do gabinete de Catarina Sarmento de Castro.

Segundo o MJ, o grupo de trabalho agora criado vai propor intervenções legislativas concretas, mas também “soluções procedimentais e organizacionais orientadas para a modernização, a simplificação e a racionalização e para o aprofundamento do processo de transformação digital, e procederá à planificação temporal da sua implementação durante a presente legislatura”. As soluções apresentadas devem ainda considerar as propostas que outros operadores do sistema têm feito chegar ao Ministério da Justiça.

O grupo é constituído por representantes de Tribunais Administrativos e Fiscais, da Direção-Geral da Política de Justiça, da Direção-Geral da Administração da Justiça, do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, da Autoridade Tributária e Aduaneira, e dos Ministérios da Justiça e das Finanças, e poderá, sempre que se justifique, integrar outras personalidades ou entidades com competências na área da justiça.

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Interrogatório de Sócrates é mesmo quinta-feira. Juíza recusa adiamento

José Sócrates -- arguido no âmbito da Operação Marquês -- pediu para que o seu interrogatório agendado para esta quinta-feira, fosse adiado. Mas a juíza recusou.

José Sócrates — arguido no âmbito da Operação Marquês — pediu para que o seu interrogatório agendado para esta quinta-feira, fosse adiado. Mas a juíza recusou. Fonte judicial confirmou à Lusa que “a diligência (interrogatório) continua marcada” para quinta-feira, pelas 10:00, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, revelando que “foi indeferido o requerimento” apresentado pela defesa do antigo governante.

Num requerimento enviado, esta quarta-feira, o advogado de defesa, Pedro Delille, defende que a magistrada não tem condições legais para avançar com a diligência, uma vez que, na sequência de vários recursos, o processo encontra-se suspenso e o interrogatório para reavaliação das medidas de coação, na sua opinião, não é um ato urgente, avança a revista Visão.

O Ministério Público (MP) tinha agendado para esta quinta-feira um interrogatório (à porta fechada) para uma eventual revisão de medidas de coação, tendo em conta as viagens de Sócrates ao Brasil que não foram comunicadas ao tribunal. O arguido da Operação Marquês está, atualmente, apenas sujeito a Termo de Identidade e Residência (TIR).

Sócrates está prestes a ser julgado por falsificação e branqueamento de capitais, crimes extraídos da instrução da Operação Marquês. O objetivo dos magistrados do MP pode passar por pedir a substituição do atual TIR do arguido por uma medida mais gravosa.

O advogado de Sócrates considerou ainda que o ex-primeiro-ministro já explicou publicamente as viagens ao Brasil e defendeu que esta iniciativa do MP visou passar “uma ideia errada e falsa de que José Sócrates esteja na iminência de ser julgado”. Na verdade, o arguido espera só a decisão do recurso pendente na Relação para que as primeiras sessões de julgamento comecem a ser marcadas.

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Défice orçamental encolhe 92% para 411 milhões até maio

Défice voltou a encolher no segundo mês de Fernando Medina como ministro das Finanças, fixando-se em 411 milhões de euros até maio, em comparação com os 5.183 milhões no período homólogo.

O défice orçamental em contabilidade pública fixou-se em 411 milhões de euros até maio, uma redução superior a 92% face aos 5.183 milhões de euros que eram registados no mesmo período de 2021, anunciou esta quarta-feira o Ministério das Finanças.

A melhoria supera mesmo a redução de 84% que tinha sido registada até abril, aquele que foi o primeiro mês de Fernando Medina como ministro das Finanças, e está relacionada com a pandemia. Em 2021, a atividade económica estava “fortemente afetada por um confinamento geral”, refere o comunicado do Governo. Assim, se a comparação for feita com maio de 2019, a melhoria foi de 243 milhões, nas contas do Executivo.

Em maior detalhe, o Ministério justifica que “a melhoria do saldo orçamental face ao período homólogo é justificada, essencialmente, pelo dinamismo da atividade económica e do mercado de trabalho, bem como pela redução dos encargos associados às medidas de prevenção e combate à Covid-19″. A receita cresceu 15,9% em termos homólogos e a despesa 12%, aponta a mesma nota.

A receita “acelerou por via da recuperação da economia”, com a receita fiscal e contributiva a aumentar 17,1% face ao mesmo período de 2021 e 14,2% face a 2019. O Governo enaltece o contributo positivo da receita fiscal, “em particular do IVA”, assim como da receita contributiva, “que evidenciam a recuperação económica dos últimos meses face ao ano a anterior”. Neste plano, é também destacado o efeito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que “contribuiu para o acréscimo de 17,9% em receita de transferências de capital”.

Medina destaca mais despesa com SNS e salários da Função Pública

Expurgando as medidas Covid da despesa primária, esta cresceu 2,8% face a 2021 e 10,4% face a 2019. Aqui, o Executivo destaca os “gastos” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que tem marcado a atualidade pela falta de médicos nas urgências: “Registou-se um acréscimo de 6,4% em termos homólogos, destacando-se a componente de aquisição de bens e serviços (+12%), para a qual contribui fortemente o crescimento da despesa associada aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (+21,6%).”

O comunicado das Finanças também não esquece os salários dos funcionários públicos, juntando à equação outro tema na agenda mediática devido ao impacto da inflação nos rendimentos das famílias: “As despesas com salários nas Administrações Públicas cresceram 3,1% face ao período homólogo, destacando-se a evolução dos salários no SNS (+4,9%) e do pessoal docente dos estabelecimentos de ensino não superior (+3%), refletindo o aumento no número de contratações, os aumentos salariais e as valorizações remuneratórias.”

É também referido que a despesa com prestações sociais por parte da Segurança Social cresceu 2,3% em termos homólogos, principalmente o subsídio por doença e as prestações de parentalidade. “O investimento na Administração Central e Segurança Social sem PPP [Parcerias Público-Privadas] aumentou 24,7% entre o período de janeiro a maio de 2021 e o período homólogo, destacando-se o crescimento do investimento associado à Universalização da Escola Digital”, acrescenta o Ministério das Finanças.

Covid ainda pesa nas contas

Olhando para o impacto da pandemia com mais substância, o Governo admite a “menor magnitude” da despesa com medidas Covid este ano, mas alerta que estas ainda pesam nas contas do país — mais concretamente, um custo que já ia em 2.034 milhões de euros entre janeiro e o mês passado.

“Do lado da despesa, as medidas com impacto no saldo representam 1.667 milhões de
euros, destacando-se os apoios direcionados ao setor da saúde (629 milhões de euros), às empresas (414 milhões de euros) e ao rendimento das famílias (383 milhões de euros)”, lê-se no comunicado.

Por fim, os juros e pagamentos em atraso estão a diminuir, segundo o Ministério de Fernando Medina. Enquanto a despesa com juros e outros encargos desceu cerca de 450 milhões (-13,4%), fruto da redução dos juros com Obrigações do Tesouro, os pagamentos em atraso em maio “diminuíram em mais de 18 milhões de euros”, sobretudo graças à redução de pagamentos em atraso dos hospitais e da Administração Regional.

É de recordar que estes são os valores na ótica de caixa, que é diferente da ótica de compromissos usada frequentemente nas comparações internacionais.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h40)

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Governo vai organizar feira de emprego em Cabo Verde para atrair mão-de-obra para Portugal

Feira de emprego em Cabo Verde servirá para recrutar trabalhadores e assegurar que condições de trabalho oferecidas são dignas, sinalizou Ana Mendes Godinho.

Portugal vai organizar uma feira de emprego em Cabo Verde tendo em vista o recrutamento de trabalhadores, anunciou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social esta quarta-feira. Mais concretamente, o objetivo é agilizar a mobilidade de trabalhadores, bem como assegurar condições de trabalho adequadas.

“Portugal está já a operacionalizar acordos de mobilidade e pela primeira vez Portugal vai fazer uma feira de emprego em Cabo Verde para, de uma forma organizada, regulada e enquadrada, as empresas e organizações estarem em Cabo Verde a fazer recrutamento de trabalhadores”, adiantou Ana Mendes Godinho, após a reunião da Concertação Social onde se discutiram acordos de mobilidade de trabalhadores.

Em declarações transmitidas pela RTP3, Ana Mendes Godinho destacou também a necessidade de “simplificar processos e garantir que as pessoas vêm em condições de trabalho digno e que valorizamos o trabalho em Portugal”, apontando desta forma que a ida à feira “serve também para garantir que as condições de trabalho que são oferecidas e propostas cumprem as preocupações”. “Somos um país de acolhimento que tem de acolher as pessoas de forma digna”, reiterou.

Questionada sobre a organização destes eventos e acordos com outros Estados, a ministra adiantou que “há muitos países interessados”, indicando, ainda assim, que a prioridade de Portugal são os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Neste momento, temos vários países da CPLP que já incorporaram nos sistemas nacionais o acordo: Cabo Verde, São Tomé, Brasil e Angola já fazem parte do movimento de facilidade de circulação de trabalhadores que é crítico e um valor da CPLP”, acrescentou a ministra.

Assim, esta feira vem responder às queixas das confederações patronais de falta de mão-de-obra. À saída da reunião da Concertação Social, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), salientou que esta “é uma necessidade grande, não só do turismo mas de todo o país”, que está praticamente em situação de “pleno emprego”.

O responsável aponta que um dos assuntos que foi falado foi o problema da língua, que atrasa a integração de novos trabalhadores, questão que não se põe, por exemplo, com trabalhadores oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Calheiros pediu também mais agilidade e rapidez e menos burocracia, recordando que “o anterior Governo apresentou em outubro o projeto para a facilidade de acordos com PALOP e Índia” e já passou quase um ano.

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Escalões do IMT para habitação com primeira atualização desde 2011

  • Lusa
  • 29 Junho 2022

Com a entrada em vigor, esta terça-feira, do OE2022, a isenção de IMT aumentou e passa a estar fixada nos 93.331 euros.

A entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) trouxe uma atualização dos escalões de determinação da taxa do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) aplicável a imóveis destinados a habitação, sendo esta a primeira alteração desde 2011.

Até agora, estavam isentos de IMT os imóveis destinados à habitação própria e permanente cujo valor que servia de base à liquidação do imposto não excedesse os 92.407 euros. Com a entrada em vigor, esta terça-feira, do OE2022, aquela isenção aumentou e passa a estar fixada nos 93.331 euros.

A atualização dos diversos escalões para a determinação da taxa do IMT — imposto pago em aquisições de imóveis — determinada pela lei do OE2022 fez avançar os limites dos restantes escalões que integram a tabela deste imposto.

Assim, o escalão seguinte (sobre o qual incide uma taxa marginal de 2%) passa a estar balizado entre os 93.331 e os 127.667 euros, quando até agora estava fixado entre os 92.407 e os 126.403 euros. Já os limites superiores dos 3.º e 4.º escalões do IMT (sobre os quais incidem taxas marginais de, respetivamente, 5% e 7%) deixam de estar fixados nos 172.348 e nos 287.213 euros, pela mesma ordem, aumentando para 174.071 e 290.085 euros.

No caso do 5.º escalão (com uma taxa marginal de 8%), o limite superior avança dos atuais 574.323 euros para 580.066 euros.

Esta atualização faz ainda com que os escalões de valor sobre os quais são aplicadas taxas únicas também aumentem, com a lei a determinar que a taxa única de 6% passa a ser aplicável quando em causa estão valores entre os 580.066 e 1.010.00 euros e que a de 7,5% se aplica quando o valor é superior aos 1.010.000 euros.

Até agora, o escalão da taxa única de 6% estava balizado entre os 574.323 e um milhão de euros, sendo a taxa única de 7,5% – que foi criada com o OE2020 – a que incidia sobre os imóveis acima de um milhão de euros.

Estes são os valores aplicáveis aos imóveis destinados a habitação própria e permanente do continente, e servem igualmente de referência aos imóveis de habitação que não se destinam a servir de morada do proprietário, com a diferença de que, neste segundo caso, não há lugar a isenção, sendo aplicável uma taxa marginal de 1% nos imóveis até 93.331 euros.

O OE2022 procedeu igualmente à atualização dos limites dos valores da tabela do IMT dos imóveis destinados a habitação das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o que fez com que o primeiro tenha avançado de 115.508,74 euros para 116.664 euros.

Estas novas tabelas entraram em vigor com o OE2022. O IMT veio substituir a antiga Sisa no final de 2003. A última revisão dos valores da tabela do imposto tinha sido operacionalizada através do Orçamento do Estado para 2011.

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Arábia Saudita destacada no World Competitiveness Yearbook 2022

  • Servimedia
  • 29 Junho 2022

O World Competitiveness Yearbook 2022 colocou a Arábia Saudita entre os 10 países que mais se destacam na transformação digital, finanças públicas, infraestruturas energéticas e cibersegurança.

A Arábia Saudita subiu oito lugares no ranking de competitividade económica – “World Competitiveness Yearbook 2022”. Atualmente está classificada em 24º lugar, uma vez que continua a diversificar a sua economia, mas no que diz respeito à transformação digital, finanças públicas, infraestruturas energéticas e cibersegurança o país está no top 10, noticia a Servimedia.

Ou seja, em termos de competitividade económica, a Arábia Saudita ocupa o sétimo lugar entre os seus pares do G20, à frente de países como a Coreia do Sul, França, Índia, Japão, Itália, Argentina, Indonésia, Brasil e Turquia. A Dinamarca encabeça a lista, seguida da Suíça, Singapura, Suécia e Hong Kong.

“Os nossos resultados no ‘World Competitiveness Yearbook’ 2022 refletem o nosso forte desempenho económico. A nossa posição é fruto da abordagem eficiente e eficaz do plano estratégico Vision 2030, que reforçou a competitividade global do Reino”, disse Majid Al Kassabi, ministro do Comércio da Arábia Saudita e presidente do Centro Nacional de Competitividade.

De acordo com este relatório, o país fez melhorias significativas em áreas como desempenho económico, eficiência governamental e eficiência empresarial. Mas a sua classificação no “top 10” também leva em conta outros indicadores, tais como a adaptabilidade da política governamental, a transformação digital nas empresas, as finanças públicas, a dívida total da administração pública e a coesão social.

O país árabe também está entre os dez primeiros em áreas como a capitalização do mercado, infraestruturas energéticas, cibersegurança, despesa pública total em educação, competências digitais e tecnológicas, atividade empresarial total de arranque e cultura nacional.

O ‘World Competitiveness Yearbook’ é um relatório anual publicado pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Gestão (IMD), e avalia a competitividade das economias nacionais com base em quatro fatores principais de competitividade, 20 subfatores e mais de 330 subindicadores.

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Operação Marquês. Sócrates pede adiamento de interrogatório do Ministério Público

O Ministério Público (MP) tinha agendado para esta quinta-feira um interrogatório (à porta fechada) para uma eventual revisão de medidas de coação, tendo em conta as viagens de Sócrates ao Brasil.

José Sócrates — arguido no âmbito da Operação Marquês — pediu para que o seu interrogatório agendado para esta quinta-feira, seja adiado.

Num requerimento enviado, esta quarta-feira, o advogado de defesa, Pedro Delille, defende que a magistrada não tem condições legais para avançar com a diligência, uma vez que, na sequência de vários recursos, o processo encontra-se suspenso e o interrogatório para reavaliação das medidas de coação, na sua opinião, não é um ato urgente, avança a revista Visão.

O Ministério Público (MP) tinha agendado para esta quinta-feira um interrogatório (à porta fechada) para uma eventual revisão de medidas de coação, tendo em conta as viagens de Sócrates ao Brasil que não foram comunicadas ao tribunal. O arguido da Operação Marquês está, atualmente, apenas sujeito a Termo de Identidade e Residência (TIR).

Sócrates está prestes a ser julgado por falsificação e branqueamento de capitais, crimes extraídos da instrução da Operação Marquês. O objetivo dos magistrados do MP pode passar por pedir a substituição do atual TIR do arguido por uma medida mais gravosa.

O advogado de Sócrates considerou ainda que o ex-primeiro-ministro já explicou publicamente as viagens ao Brasil e defendeu que esta iniciativa do MP visou passar “uma ideia errada e falsa de que José Sócrates esteja na iminência de ser julgado”. Na verdade, o arguido espera só a decisão do recurso pendente na Relação para que as primeiras sessões de julgamento comecem a ser marcadas.

José Sócrates acusa a justiça portuguesa de abuso por exigir justificações sobre as viagens que o ex-primeiro-ministro tem feito ao Brasil desde abril do ano passado. E diz que responde às questões da juíza “se forem feitos com bons modos”.

Juíza da Relação declarou-se impedida para avaliar recurso

A juíza desembargadora Margarida Vieira de Almeida declarou-se impedida de analisar um recurso da defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates no Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), por ter participado em decisões anteriores ligadas ao processo Operação Marquês.

Segundo Pedro Delille, a juíza “reconheceu que está impedida” de participar na análise do recurso, na sequência de uma questão suscitada pela defesa a alertar para o impedimento.

“Entendemos que a recusa de uma só juíza [Margarida Vieira de Almeida] depois de terem começado a reunir-se sobre o processo contamina todo o coletivo [de juízes]. Basta um juiz estar impedido ou ser suspeito para todo o coletivo ficar comprometido”, disse Pedro Delille à Lusa, notando, porém, que as outras duas juízas do coletivo – Maria José Caçador e Maria do Rosário Martins – “entenderam que não havia motivo de recusa”.

O advogado de José Sócrates criticou também o facto de não ter sido feito um novo sorteio logo quando esta questão do impedimento foi levantada pela defesa, explicando que “se tivessem feito um novo sorteio, já estava decidido [o recurso]”.

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Grupo de trabalho dos metadados promete resultados até 13 de julho

  • Lusa
  • 29 Junho 2022

O grupo de trabalho parlamentar que está a trabalhar nos diplomas sobre metadados quer apresentar resultados à Comissão de Assuntos Constitucionais até 13 de julho.

O grupo de trabalho parlamentar que está a trabalhar nos diplomas sobre metadados quer apresentar resultados à Comissão de Assuntos Constitucionais até 13 de julho, cumprindo o objetivo definido de ainda aprovar uma iniciativa até ao verão. A metodologia foi proposta esta quarta-feira na primeira reunião do grupo de trabalho pelo coordenador, o social-democrata André Coelho Lima, com o acordo de todas as bancadas presentes.

“É um objetivo consensual que possamos, até ao encerramento dos trabalhos em julho, levar o ou os diplomas a plenário novamente. O objetivo é esse, tendo em conta a urgência da matéria”, afirmou Coelho Lima, na reunião.

Desta forma, os vários partidos deverão apresentar propostas de alteração aos diplomas que baixaram à especialidade sem votação – Governo, PSD, Chega e PCP – até à próxima quarta-feira, dia 6, voltando-se a reunir o grupo de trabalho em 8 de julho, após o plenário. “O objetivo é que no dia 13 possa ir à 1.ª Comissão [de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias] um diploma ou vários”, disse.

Por sugestão do deputado socialista Pedro Delgado Alves, o grupo de trabalho irá também enviar às operadoras de telecomunicações e à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) um pedido de informação sobre a forma como os dados são conservados e geridos, que gostariam de ver respondido no espaço de uma semana.

Num acórdão de 19 de abril, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais normas da lei dos metadados que determinam que os fornecedores de serviços telefónicos e de internet devem conservar os dados relativos às comunicações dos clientes – entre os quais origem, destino, data e hora, tipo de equipamento e localização – pelo período de um ano, para eventual utilização em investigação criminal.

Para responder a este acórdão, foram apresentadas uma proposta de lei do Governo, tal como projetos-lei do PSD, Chega e PCP sobre a mesma matéria, que baixaram à discussão na especialidade sem votação em 3 de junho.

Na especialidade, os deputados terão de tentar encontrar uma solução comum a partir de dois caminhos diferentes: enquanto PSD, PCP e Chega procuraram responder à declaração de inconstitucionalidade do TC alterando a lei sobre conservação de metadados, de 2008, o Governo optou por fazer um novo diploma, que regula o acesso a metadados referentes a Comunicações Eletrónicas para fins de investigação criminal.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já disse que vai solicitar ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da nova lei que venha a ser aprovada pelo Parlamento, posição que reiterou no domingo, depois de confrontado com os alertas da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).

Este organismo considerou que algumas das soluções propostas pelo Governo para regular o acesso dos metadados referentes a comunicações eletrónicas para fins de investigação criminal diminuem as garantias dos direitos fundamentais dos cidadãos.

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Nos deixa de ser naming sponsor do Primavera Sound

As datas do Primavera Sound foram reveladas hoje, sem a Nos como naminng sponsor do festival.

O até agora Nos Primavera Sound anunciou hoje as datas para 2023. A Nos, naming sponsor do festival desde a primeira edição, em 2012, deixa de ser patrocinadora principal do festival, que no próximo ano vai decorrer de 7 a 10 de junho.

No site internacional do Primavera Sound surge a primeira imagem do festival, já com a edição do próximo ano no Porto mas sem o logótipo da operadora. O site local remete, no entanto, para a edição deste ano, que decorreu entre os dias 9 e 11 de de junho. No Instagram, o vídeo de lançamento da edição do próximo ano, divulgado ao início da tarde, não tem patrocinadores.

O Nos Primavera Sound, recorde-se, atraiu este ano mais de 100 mil festivaleiros e teve um impacto económico, na cidade, de 36,1 milhões de euros, distribuídos por alojamento, deslocações e refeições.

“Após 9 edições plenas de emoções fortes, a NOS não será o naming sponsor do Primavera Sound na edição de 2023. A NOS esteve presente desde a primeira edição e terá sempre um carinho muito grande pelo festival e por tudo o que, em conjunto com o Promotor, se construiu, contribuindo para levar a força e a magia da música a milhares de pessoas que passaram pelo Parque da Cidade nestes anos”, diz fonte oficial da Nos ao Eco, confirmando a saída do Primavera Sound. “A ligação da NOS à música é umbilical e continuará a sê-lo, independentemente dos locais e dos momentos de celebração”, termina a operadora.

Para além do Primavera Sound, a Nos é naming sponsor do Nos Alive, que vai decorrer no Passeio Marítimo de Algés entre os dias 6 e 9 de Julho.

Em relação à manutenção do patrocínio a este festival, a Nos não faz comentários.

 

(Notícia atualizada pela às 18h27, com a reação da Nos ao )

(Notícia atualizada pela última vez às 19h14)

 

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Quedas da EDP e Galp Energia penalizam bolsa de Lisboa

A sessão foi negativa na generalidade das praças europeias, num dia em que os bancos centrais discutiram a inflação. Em Lisboa, perdas de cerca de 2% da EDP e Galp Energia pesaram no desempenho.

A bolsa nacional voltou às quedas na sessão desta quarta-feira, acompanhando a tendência negativa vivida na generalidade das praças europeias. Quedas de mais de 1% dos “pesos pesados” da praça lisboeta penalizaram o desempenho do índice de referência nacional.

Pela Europa, o Stoxx 600 desvalorizou 0,68%, enquanto o francês CAC-40 cedeu 0,98%, o alemão DAX perdeu 1,68%, o espanhol IBEX-35 recuou 1,56% e o britânico FTSE 100 deslizou 0,14%, no dia em que terminou o Fórum Central Europeu (BCE). A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, considerou que “é pouco provável” o mundo voltar a “um ambiente de baixa inflação” como antes da pandemia.

Em Lisboa, o principal índice de referência também não resistiu aos receios perante o impacto da inflação. O PSI caiu 0,66%, para 6.131,79 pontos, com apenas seis das 15 cotadas a fechar no verde.

As cotadas com maior peso na bolsa de Lisboa ficaram entre as maiores quedas. A EDP recuou 2,09%, para 4,53 euros; a subsidiária EDP Renováveis caiu 1,31%, para 22,63 euros; e a Galp Energia perdeu 1,91%, para 11,57 euros.

EDP cai mais de 2%

Destaque ainda para o BCP, que caiu 1,45%, para 0,1701 euros, e para a Nos, que derrapou 2,52%, para 3,86 euros.

Por outro lado, a liderar os ganhos do PSI ficou a Jerónimo Martins: a retalhista subiu 2,65%, para 20,88 euros. Seguiram-se a Semapa, que ganhou 1,62%, para 13,76 euros, e a Navigator, que valorizou 0,36%, para 3,91 euros.

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Ministra da Saúde diz que não é possível acabar com recurso a médicos tarefeiros

  • Lusa
  • 29 Junho 2022

Marta Temido sublinha a necessidade de criar melhores condições de atratividade dentro do SNS, e apela a deputados para que serviço possa funcionar com respeito pelos profissionais e utentes.

A ministra da saúde, Marta Temido, admitiu esta quarta-feira que “não se pode acabar de vez” com o recurso a empresas prestadoras de serviços, mas que é necessário criar melhores condições de atratividade dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Não podemos acabar de vez com a tendência sistemática das empresas prestadoras de serviços. Ela não foi construída num dia”, afirmou Marta Temido na primeira audição parlamentar regimental desta legislatura da equipa da Saúde, em resposta ao deputado do PS Luís Gomes.

Vamos ter que ir criando melhores condições de atratividade dentro do Serviço Nacional da Saúde para levar a que os profissionais queiram trabalhar diretamente no SNS e não por conta de empresas prestadoras de serviços, embora se saiba que até as questões fiscais que estão associadas às empresas prestadoras de serviços jogam contra nós”, defendeu a ministra.

No final da audição, que durou cinco horas, a ministra da Saúde apelou aos deputados para que sejam criadas as condições, “não para que a ministra tenha uma vida mais fácil, porque não é esperar que tenha uma vida mais fácil, mas para que o Serviço Nacional de Saúde possa funcionar com respeito pelos profissionais de saúde e, sobretudo, pelos utentes”.

Marta Temido salientou a importância do trabalho em conjunto para terem as respostas estruturais que todos anseiam, embora, vincou, “possamos não esperar exatamente pelo mesmo tipo de soluções”.

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Ricardo Batista de saída da Lola Market em Madrid

O português Gonçalo Soares da Costa acumula a liderança da Lola com a do Mercadão, área de negócio de entregas onde a Lola está integrada.

Ricardo Batista está de saída da Lola Market em Espanha, plataforma de entregas comprada pela Glovo, da qual era diretor-geral desde o início do ano, depois de anos à frente da Glovo em Portugal. O português Gonçalo Soares da Costa acumula a liderança da Lola com a do Mercadão, área de negócio de entregas onde a Lola está integrada.

“Conforme o anunciado na altura da aquisição do Mercadão, esta área de negócio de compras planeadas, que inclui também a Lola Market, tem vindo a ser liderada por Gonçalo Soares da Costa, CEO do Mercadão, que continuará na liderança das duas empresas“, adianta fonte oficial do Mercadão à Pessoas.

“O Ricardo foi um membro essencial para, em primeiro lugar, fazer crescer a Glovo em Portugal e, nos últimos meses, em conjunto com as equipas do Mercadão e da Glovo, elevar a Lola Market a outro nível”, acrescenta a mesma fonte.

Desde 2019 diretor-geral da Glovo em Portugal, Ricardo Batista assumiu em janeiro o cargo de diretor-geral do Lola Market depois da operação de entregas de mercearia ter sido comprada pela Glovo, juntamente com o português Mercadão. Está agora de saída da Lola depois de quase três anos ligado à plataforma de entregas.

Vodafone e Samlino Group (do ComparaJá.pt) são outras empresas que fazem parte do percurso do profissional.

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