Enfermeiros do IPO de Coimbra reivindicam pontos para progressão salarial

  • Lusa
  • 29 Junho 2022

Enfermeiros do Instituto Português de Oncologia de Coimbra exigem a "justa" contabilização dos pontos para efeitos de progressão salarial.

Os enfermeiros do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra aprovaram esta quarta-feira uma moção, através da qual defendem a “justa” contabilização dos pontos dos profissionais daquela unidade para efeitos de progressão salarial.

“Desde janeiro de 2018 que, por via do descongelamento das progressões no âmbito da administração pública, o IPO de Coimbra ainda não atribuiu os pontos à totalidade dos enfermeiros daquela instituição”, disse à agência Lusa Paulo Anacleto, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Segundo aquele dirigente sindical, existem dois volumes de enfermeiros com problemas distintos: “Temos contratos individuais de trabalho, que já são na ordem dos 140, que não têm atribuição de pontos nenhuns desde 2004, e temos 24 enfermeiros em funções públicas que não têm pontos até janeiro de 2011, 2012 e 2013, quando houve um ajustamento salarial decorrente da publicação de uma nova tabela salarial”.

A falta de atribuição de pontos, acrescentou o sindicalista, significa que os enfermeiros não tiveram as devidas progressões e as consequentes atualizações salariais.

Esta quarta-feira de manhã, depois do plenário, no qual foi aprovada a moção que será enviada ao conselho de administração e ao Ministério da Saúde, os enfermeiros concentraram-se à porta daquela unidade oncológica para protestar contra o facto do IPO de Coimbra ainda ter efetuado “as devidas alterações”.

“A contabilização dos pontos aos enfermeiros para efeitos de progressão é um problema que se arrasta sem que nada o justifique”, sublinhou Paulo Anacleto.

Na moção refere-se que o Governo já assumiu a decisão de “acabar com esta perversidade no âmbito da apresentação e discussão do Orçamento do Estado para 2022”, pelo que considera “possível e necessário orientar as instituições de saúde no sentido de iniciarem a notificação dos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho e com Contrato de Trabalho em Funções Públicas com o número total de pontos de acordo com os anos de serviço”.

Em resposta, o IPO de Coimbra revelou que “o processo avaliativo, relativo ao biénio 2019-2020 das Carreiras de Enfermagem e Especial de Enfermagem, foi concluído no 2.º trimestre de 2022, com a homologação das notas e respetiva tomada de conhecimento por cada um dos enfermeiros de forma individual”.

“Conforme previamente planeado, serão comunicados os pontos do biénio 2019-2020 aos interessados para que estes, querendo, se pronunciem, de forma a operacionalizar as progressões a que haja lugar, no mês de julho, com os efeitos retroativos nos termos legais”, lê-se num comunicado enviado à agência Lusa.

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Portugal destaca-se entre 200 países na preocupação com alterações climáticas, conclui estudo da Meta

  • Lusa
  • 29 Junho 2022

Inquérito da dona do Facebook, a Meta, revela que os utilizadores nacionais estão entre os mais preocupados com as alterações climáticas, defendendo a redução da poluição e uma aposta em renováveis

Portugal destaca-se entre cerca de 200 países relativamente à preocupação com as mudanças climáticas, com 93% dos inquiridos a responder nesse sentido, de acordo com um estudo da Meta, dona do Facebook, hoje divulgado.

O inquérito, dedicado às alterações climáticas, foi feito em parceria com a Universidade de Yale e realizado entre março e abril deste ano, envolvendo 100 mil utilizadores do Facebook em cerca de 200 países.

De acordo com a Meta, os inquiridos responderam a perguntas sobre o conhecimento e perceção em relação às alterações climáticas e “os resultados demonstram um cenário de profunda preocupação global com estas questões e um desejo de que os governos tenham atitudes mais significativas para combater as alterações climáticas”.

No inquérito, entre os cerca de 200 países, os utilizadores de Portugal destacaram-se em vários pontos, nomeadamente na preocupação com as alterações climáticas e os próximos 20 anos, considerando que o Governo deveria reduzir a poluição e, por fim, que o país deveria usar mais energia renovável.

No que respeita à preocupação com as mudanças climáticas, o México (95% dos inquiridos), Portugal e Chile (ambos com 93%) são “os mais propensos a dizer que estão ‘muito preocupados’ ou ‘de alguma forma preocupados’ com as mudanças climáticas”, segundo a Meta.

Sobre as alterações climáticas serem uma ameaça nos próximos 20 anos, “os inquiridos no Malawi (93%), Portugal e México (ambos 92%) são os mais propícios a pensar que as alterações climáticas são uma ameaça ‘muito séria’ ou ‘de alguma forma séria’ para pessoas no seu país ou território nos próximos 20 anos”.

Em termos de responsabilidade nacional para reduzir as alterações climáticas, os utilizadores da Austrália e em Portugal (65% ambos) são os mais propensos a pensar que o seu país ou território deve diminuir a poluição.

Relativamente ao aumento do uso de energia renovável, os entrevistados na Hungria (91%), Portugal e Espanha (ambos 89%) são os mais propensos a defender que o seu país deve usar “muito mais” ou “um pouco mais” este tipo de energia verde.

“As pessoas apoiam o uso de mais energia renovável e menos combustíveis fósseis. Cerca de nove em cada 10 pessoas na Hungria, Portugal e Espanha acham que seu país deveria usar um pouco ou muito mais energia renovável”, destaca Nick Clegg, responsável de ‘global affairs’ da Meta, num artigo sobre o inquérito.

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Morais Leitão apoia XXV Congresso Anual da U.A.E.

O Congresso Anual da U.A.E. – Union des Avocats Européens/European Lawyers’ Union terá lugar nos dias 1 e 2 de julho na cidade do Porto e contará com o apoio da Morais Leitão.

A Morais Leitão vai apoiar o Congresso Anual da U.A.E. – Union des Avocats Européens/European Lawyers’ Union, que este ano terá lugar nos dias 1 e 2 de julho na cidade do Porto. A U.A.E é atualmente presidida por Pedro de Gouveia e Melo, sócio da Morais Leitão, onde integra a equipa de Europeu e Concorrência.

O Congresso Anual é o principal evento da organização, acolhendo um conjunto vasto dos principais profissionais do direito da União, agregando ainda académicos, investigadores, representantes da UE e das instituições nacionais e membros da comunidade empresarial, em torno de um tema de interesse.

Este ano, na sua 35.ª edição, o Congresso da U.A.E. dedica-se ao pacote digital, debatendo a Regulação do Espaço Digital – o Regulamento Serviços Digitais (DSA) e o Regulamento Mercados Digitais (DMA). Este é um dos temas mais importantes da agenda da UE e terá um grande impacto durante os próximos anos, tanto na comunidade jurídica como na vida das empresas.

“Depois de o Parlamento Europeu e o Conselho terem recentemente chegado a um acordo provisório sobre a DMA e a DSA, espera-se para breve a aprovação final. A conferência é assim uma grande oportunidade para discutir o impacto da reforma e analisar as mudanças propostas no panorama digital e mediático, mas também para avaliar os efeitos da nova regulamentação na nossa sociedade“, refere a firma.

“Estamos muito entusiasmados por trazer este ano a UAE ao Porto, para discutir esta reforma, que vem mudar o paradigma da regulação dos serviços digitais na Europa. As novas regras estabelecem um amplo conjunto de deveres de compliance e são acompanhadas um regime sancionatório pesado, que será aplicado pela Comissão Europeia e por autoridades nacionais, constituindo assim simultaneamente um desafio e uma oportunidade, tanto para as empresas como para os consumidores”, diz Pedro de Gouveia e Melo,.

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Governo quer aeroporto complementar no Montijo e Alcochete a substituir Portela

Pedro Nuno Santos vai deixar cair o concurso de Avaliação Ambiental Estratégia, ganho por um consórcio com uma empresa espanhola, e quer acelerar alternativas ao atual Aeroporto de Lisboa.

O Governo já tomou decisões sobre o novo aeroporto de Lisboa. Vai deitar abaixo o concurso de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) ganho por um consórcio que tem uma empresa participada pelo Estado espanhol e vai lançar um novo com uma nova ‘agenda’: Avançar para a construção imediata do aeroporto complementar do Montijo, com uma pista apenas, e para o início dos trabalhos de um novo aeroporto em Alcochete que venha a substituir o Humberto Delgado em 2035.

O concurso para a AAE que tinha sido ganho por um consórcio internacional composto pela empresa portuguesa de engenharia COBA e pela Ingeniería Y Economía Del Transporte – INECO, conforme noticiou o ECO, vai ser anulado. Esta última é detida pelo Estado espanhol, através de quatro empresas públicas, e funciona na dependência do Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana. Pedro Nuno Santos admitiu “dúvidas” e “inquietações” pelo facto de ser uma empresa controlada pelo Estado espanhol. O júri do concurso não viu problemas, mas o problema político é considerado inultrapassável.

Por outro lado, a AAE que foi lançada serviria para avaliar três possibilidades alternativas: Humberto Delgado como principal infraestrutura e Montijo como complementar; Montijo com o estatuto progressivo de aeroporto principal e Alcochete. Mas o Governo já foi convencido da impossibilidade de o Montijo ter mais do que uma pista por razões ambientais, e, por outro lado, quer acelerar o processo para ultrapassar os constrangimentos do atual aeroporto para suportar um aumento de turistas.

O calendário do Governo prevê que os primeiros aviões estejam a aterrar no Montijo dentro de quatro anos, esclarece fonte do Ministério das Infraestruras. Para já, avança a Avaliação Ambiental Estratégica que será feita pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), o que dispensa um novo concurso, durante um ano. Seguem-se três anos de obras. A Declaração de Impacto Ambiental (DIA) já existente será aproveitada, ainda que a ANA — a concessionária das aeroportos — tenha de voltar a submeter o projeto à Agência Portuguesa do Ambiente.

Numa primeira fase, o Montijo, que será destinado sobretudo para as companhias low cost, terá capacidade para cinco milhões de passageiros por ano, podendo chegar até aos 10 milhões. Para garantir que as autarquias afetadas não podem voltar a vetar a construção da infraestrutura, como aconteceu em março de 2021, será reapresentado o projeto de Lei que dispensa a consulta aos municípios. A aprovação está garantida pela maioria parlamentar.

Além do Montijo, que será destinado sobretudo para as companhias low cost, o Governo vai pedir ao LNEC que faça também uma AAE de Alcochete, com o objetivo de ter o aeroporto operacional em 2035, altura em que se prevê que a capacidade do atual aeroporto de Lisboa em conjunto com o Montijo esteja esgotada.

A nova infraestrutura, que irá substituir o Humberto Delgado (e previsivelmente também o Montijo), terá duas pistas e uma capacidade para 60 milhões de passageiros (cerca do dobro da Portela). Terá também de ser realizado um novo estudo de impacto ambiental. Quando a obra estiver pronta, o aeroporto da capital acabará por ser desmantelado.

Se o Montijo não implica o reforço de infraestrestruturas, o mesmo não acontece com Alcochete, que obriga a construir a terceira travessia do Tejo, que ligará Chelas ao Barreiro. Esta poderá ser paga com a receita das duas outras pontes, refere fonte do Ministério das Infraestruturas, tendo em conta que a atual concessão à Lusoponte termina em 2027.

A nova solução para o reforço da capacidade aeroportuária da região de Lisboa foi já discutida com a ANA, mas terá de ser negociado um novo acordo. Nele constarão os triggers, de capacidade e temporais, que desencadeiam o avanço da construção. As duas infraestruturas serão financiadas pelas taxas aeroportuárias. Já a construção de infraestruturas caberá ao Estado. Os valores apontados no passado para o Montijo rondam os 600 milhões e para Alcochete os 4 a 5 mil milhões, mas os valores estão já desatualizados, sobretudo este último.

O Governo avança sozinho, sem um consenso com o PSD, depois das declarações de Luís Montenegro e Joaquim Miranda Sarmento, que acusaram António Costa de incompetência na gestão do dossiê do novo aeroporto.

O primeiro-ministro tinha dado sinais de querer um acordo político com o novo líder do PSD, que será formalmente eleito este fim de semana em congresso, depois de vencer as diretas. “Por mim é o que oposição decidir”, disse António Costa. “Há estudos para todos os gostos, há ótimos argumentos para todos. Só falta decidir e fazer“, disse.

(notícia atualizada às 17h15 com mais informação)

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Economia dos EUA “está em boa forma” e “bem posicionada” para resistir à subida dos juros

Em Sintra, Jerome Powell afastou os receios de uma recessão, assegurando que a economia americana está "em boa forma" e "bem posicionada" para aguentar o aperto das condições financeiras pela Fed.

Christine Lagarde (BCE) e Jerome Powell (Fed) no Fórum BCE, em Sintra.Sérgio Garcia | Your Image.

O chairman da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, assegurou esta quarta-feira que a economia dos EUA está “em boa forma” e “bem posicionada” para acomodar o impacto da subida das taxas de juro, apesar de considerar que o banco central terá uma tarefa cada vez mais desafiante se não conseguir aliviar as pressões inflacionistas.

“Esperamos que o crescimento continue positivo”, disse Jerome Powell no painel de política monetária do Fórum BCE, em Sintra.

Para o presidente da Fed, as famílias e as empresas estão igualmente em “boa forma”: a maior economia do mundo mantém uma baixa taxa de falências e um mercado de trabalho “muito forte”, pelo que está “bem posicionada para resistir a uma política monetária mais apertada.”

Com a inflação em máximos de quatro décadas, a Fed já aumentou as taxas de juro em 1,5 pontos percentuais desde março face aos níveis mínimos históricos dos últimos anos e vai continuar a subir até assegurar que a subida dos preços estabilize e deixe de ser uma ameaça.

Powell referiu que, embora a subida dos juros possa provocar uma travagem a fundo da economia, é maior o risco de a elevada inflação persistir e a enraizar-se cada vez mais nas expectativas dos agentes económicos. Disse mesmo que “o relógio está a contar” para baixar a inflação e que o processo de normalização vai infligir “alguma dor”.

“Há o risco” de a economia abrandar mais do que o necessário para controlar a inflação, mas não é “o maior risco”, afirmou o líder da Fed. “O maior erro seria falharmos em restaurar a estabilidade dos preços”.

“Este processo muito provavelmente vai envolver alguma dor, mas a pior dor seria não respondermos à elevada inflação e permitir que se torne persistente”, disse Powell.

(Notícia atualizada às 16h22)

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Wall Street regressa ao vermelho e desafia recuperação

Os investidores continuam preocupados com a desaceleração da economia norte-americana e com os aumentos expressivos das taxas de juro.

As bolsas de Nova Iorque estão novamente em queda, depois de algumas sessões em que os índices recuperaram ligeiramente. Os investidores continuam preocupados com a desaceleração da economia norte-americana e com os aumentos expressivos das taxas de juro para conter a inflação.

O índice de referência S&P 500 perde 0,09%, para 3.818,08 pontos. Já acumula uma queda de cerca de 22% este ano e está a caminho do pior primeiro semestre desde 1970, quando perdeu 21,01%. O tecnológico Nasdaq recua 0,2%, para 11.158,82 pontos, caminhando para o pior período de três meses desde 2008. Enquanto isso, o industrial Dow Jones inverteu a tendência de abertura e soma 0,26%, para 31.027,89 pontos.

Os receios com a desaceleração da economia norte-americana e com os aumentos agressivos das taxas de juro marcaram o primeiro semestre deste ano nos mercados, com os temores de uma recessão a continuarem a aumentar.

Esta quarta-feira, a presidente da Reserva Federal de Cleveland, Loretta Mester, disse que defenderá um aumento de 75 pontos base nas taxas de juros na próxima reunião do banco central, em julho, se as condições económicas permanecerem como estão. “Não vi o tipo de números do lado da inflação que preciso de ver para pensar que podemos voltar a um aumento de 50″ pontos base, disse, em declarações à CNBC.

“Esperamos uma volatilidade significativa este verão”, diz, por sua vez, o analista sénior de ações da Wells Fargo, Christopher Harvey, citado pela CNBC. “Embora um washout do mercado muito antecipado possa catalisar um movimento mais sustentado de subidas, achamos que o mercado não sustentará um rali até acreditar que a Fed passará de um aumento de 50-75 pontos base [nos juros] para um aumento de 25 pontos base”, acrescenta.

No mercado de ações, destaque para a Carnival, que cai 14,28%, para 8,86 dólares, depois de o Morgan Stanley ter cortado para metade a meta do preço das ações da empresa, acreditando que poderia chegar a zero perante outro choque de procura. Isto arrastou para as perdas outras ações de cruzeiros, como a Royal Caribbean, que está a perder 8,28%, e a Norwegian Cruise Line Holdings, que recua 8,16%.

Enquanto isso, as ações do Pinterest perdem 0,43%, para 19,61 dólares, depois da notícia de que o CEO Ben Silbermann vai abandonar o cargo.

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Há um novo guia para emitir dívida azul que se quer global

O financiamento da economia azul é uma das questões centrais a serem debatidas na Conferência dos Oceanos. Cinco entidades lançam um guia para ajudar investidores na emissão de dívida azul.

Há um novo quadro de referência que pretende guiar a emissão de dívida azul a nível global, isto é, a dívida que financia iniciativas sustentáveis ligadas ao oceano. Este foi apresentado esta terça-feira, na conferência dos Oceanos, e o ECO/Capital Verde foi perceber a relevância deste passo para o financiamento da economia azul.

O novo quadro de referência tem como objetivo tornar-se o guia de emissão de dívida azul para empresas, Estados e bancos multilaterais, harmonizando as regras de forma a criar mais clareza e transparência. “Porque os emitentes precisam de saber o que é suposto fazerem e como fazê-lo bem. E os investidores precisam de perceber o que realmente é “azul”, e ter mais confiança nas emissões”, afirma Suzanne Johnson, conselheira sénior na UN Global Compact, uma das entidades envolvidas na elaboração do guia.

As linhas-guia são lançadas pela UN Global Compact, um conjunto de 16.169 empresas espalhadas por 161 países que se comprometem a alinhar as respetivas estratégias com princípios de sustentabilidade, pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP, na sigla em inglês), o International Finance Corporation (IFC), que é o braço do World Bank que representa o setor privado, o Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB, também na sigla em inglês) e, finalmente, a Associação Internacional de Mercados de Capital (ICMA).

Antes, existiam vários princípios e muitos quadros de referência, sendo que os princípios elencados pela ICMA eram dominantes: 98% de todas as emissóes de dívida sustentável emitidos globalmente estavam alinhados com estes princípios, indicam os autores do guia, em comunicado, mas faltava algo mais prático. “Ao combinar cinco grandes instituições esperamos criar um ponto focal, e ter outras instituições a juntarem-se”, indica Johnson, revelando que já existem interessados em adotar estas linhas-guia, incluindo três países, que prefere não nomear para já.

O novo quadro está a dar os primeiros passos, e entrou esta terça-feira em processo de consulta pública. Espera ter-se a versão final no último trimestre deste ano, depois de acolher os contributos de atores do mercado financeiro e da indústria dos oceanos, entre outros. Nele, vão ser estar identificadas as áreas que podem ser consideradas “azuis” e vai ser explicado, passo a passo, como proceder a uma emissão neste âmbito.

Esta ferramenta aplica-se aos dois tipos de dívida azul que existem. Um primeiro, que se destina a financiar projetos ligados ao oceano, e um segundo, que não tem de estar ligado a um projeto específico, mas que financia uma empresa com uma estratégia de sustentabilidade, que deve ser comprovada com indicadores de desempenho. Caso a empresa não cumpra com estes indicadores, pode ter uma penalização, com um agravamento da taxa de juro, por exemplo.

Dívida azul ainda aquém da dívida verde. Mas está a crescer

“Se se pensar na trajetória da dívida azul nos últimos 10 anos, é fenomenal. Existe mais consciencialização de que o oceano é parte da solução para as alterações climáticas, e portanto acreditamos que a dívida azul pode seguir a trajetória de crescimento vista no mercado de dívida verde”, acredita Suzanne Johnson. Para esta conselheira, a grande vantagem de investir no conceito de dívida azul é evidenciar, aos olhos dos investidores, o interesse desta área.

Apesar da economia azul ser cada vez mais relevante na sustentabilidade do planeta e na economia como um todo, as emissões de dívida azul monitorizadas pela Bloomberg ainda não apresentam uma atividade idêntica à dívida verde, sendo que os títulos verdes são a parte mais estabelecida do mercado de títulos sustentáveis, embora a dívida azul possa ser considerada uma subcategoria dentro da verde, indica o economista sénior do Banco Carregosa, Paulo Rosa.

O analista da XTB, Henrique Tomé, afirma que o interesse dos investidores tem aumentado substancialmente nos últimos dois anos, com a necessidade de se apostar em energias alternativas às fósseis, sendo que o aumento do interesse das empresas energéticas tem também atraído os investidores de retalho nesta área. “Os oceanos continuam a ser pouco explorados pelo Homem e ainda existe muito investimento que pode ser feito nesta área. Em termos globais, estamos numa fase em que de facto existe uma transição para uma maior aposta neste setor, embora ainda esteja a um ritmo relativamente lento”, aponta.

A República de Seychelles lançou o primeiro título soberano azul do mundo em outubro de 2018 – um instrumento financeiro pioneiro projetado para apoiar projetos marinhos e de pesca sustentáveis, além de suportar o turismo destas ilhas. As obrigações emitidas arrecadaram 15 milhões de dólares, revelaram o interesse dos investidores internacionais, e demonstraram o potencial dos países para aproveitar os mercados de capitais para financiar o uso sustentável dos recursos marinhos, recorda Paulo Rosa. Mas o interesse dos Estados não fica por aqui. A economia azul e respetivas emissões de dívida azul estão mais associadas a países com significativas zonas costeiras, diz.

O mesmo economista considera um “marco” a emissão de dívida azul do Banco da China, em setembro de 2020, já que o acordo equivalente a 942,5 milhões de dólares foi o primeiro título azul do setor privado e também o primeiro título azul de um banco comercial.

Mais recentemente, em Portugal, a empresa de capital de risco Faber lançou um fundo dedicado a impulsionar a sustentabilidade oceânica e a inovação na ação climática, o Faber Blue Pioneers I, que arrecadou um total de 32 milhões de euros e já fez o seu primeiro investimento, apoiando a empresa alemã de tecnologia limpa Fuelsave.

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CP prolonga promoção, com bilhetes Porto-Vigo a 5,25 euros

Transportadora tenta atrair passageiros para o comboio perante a forte concorrência dos autocarros entre o Norte de Portugal e região da Galiza.

Entre 1 de julho e 30 de setembro há bilhetes de comboio a 5,25 euros entre Porto e Vigo. A CP vai prolongar a promoção do serviço regional Celta entre a cidade Invicta e uma das principais cidades da região da Galiza.

Ao todo, serão disponibilizados 3.680 lugares com descontos de cerca de 65% face ao preço original, segundo o anúncio feito nesta quarta-feira. Os bilhetes com desconto têm de ser comprados na página da Renfe.

A anterior campanha com o comboio Celta decorreu entre março e maio de 2022 e levou a um “crescimento da procura da ordem dos 40%” em comparação com o mesmo período de 2019, informa a transportadora.

Com duas circulações por dia por sentido, o comboio Celta circula entre Porto-Campanhã e Vigo, com paragens em Nine, Viana do Castelo e Valência. Apesar de toda a linha estar eletrificada, CP e Renfe realizam este serviço com uma automotora Diesel da série 592, fabricada há 40 anos.

No entanto, o serviço poderia ser realizado com material bi-tensão, preparado para circular com corrente elétrica espanhola (3.000 volts entre Tui e Vigo) e portuguesa (25.000 volts). O comboio teria ainda de utilizar os sistemas de assistência Convel (Portugal) e ASFA (Espanha).

A aposta nas promoções também se deve à concorrência sobre rodas: com comboios diesel (com piores acelerações), a viagem do Celta demora 2 horas e 22 minutos. No autocarro expresso, a deslocação demora pouco mais de duas horas e os preços de tabela variam entre 9 e 12 euros, conforme a transportadora.

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“É pouco provável voltarmos a um ambiente de baixa inflação”, admite Lagarde

Christine Lagarde disse esta terça-feira que dificilmente o mundo voltará a viver um "ambiente de baixa inflação" como aconteceu antes da pandemia.

Presidente do BCE, Christine Lagarde, no Fórum BCE, em Sintra.Sérgio Garcia | Your Image.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, considera que “é pouco provável” o mundo voltar a “um ambiente de baixa inflação” como antes da pandemia, que foi amplamente potenciado pela globalização, mas que está agora a sofrer reveses com a situação de divisão geopolítica mundial provocada pela guerra na Ucrânia.

“Há forças que foram libertadas em resultado da pandemia e do choque geopolítico massivo que estamos a enfrentar agora e que vão mudar o cenário em que operamos”, começou por explicar Lagarde no aguardado painel de política monetária no Fórum BCE, em Sintra.

“Na Zona Euro, temos um baixo nível de desemprego e temos expectativas para a inflação muito mais altas do antes. Mas se olharmos para o resto do mundo, muito do movimento [da baixa inflação] que tivemos nos últimos 20 anos esteve associado à globalização, à multiplicação das cadeias de distribuição e à redução de custos. Isto mudou e vai continuar a mudar rumo a um sistema que ainda não sabemos ao certo“, acrescentou.

Se há quem acredite que a globalização vai prosseguir num formato diferente, Lagarde falou num movimento de relocalização das fábricas e da produção que o mundo está a assistir e em que o fator custo não será o mais preponderante. “O local onde asseguras a produção e de onde forneces os serviços será determinado por fatores além dos custos. Terá a ver com os custos, mas também onde localizo os meus serviços, onde emprego os meus trabalhadores“, explicou. Sublinhou que se estes locais são politicamente “amigos ou inimigos” será relevante para a decisão.

Lagarde também notou que a transição verde na Europa vai ter implicações nos preços nos próximos anos — embora já tenha dito que, a longo prazo, ajudará a baixar os preços energéticos.

"Há forças que foram libertadas em resultado da pandemia e do choque geopolítico massivo que estamos a enfrentar agora e que vão mudar o cenário em que operamos.”

Christine Lagarde

Presidente do BCE

Na Zona Euro, a inflação atingiu os 8,1% em maio (o Eurostat divulgará os dados de junho na próxima sexta-feira) e deverá continuar a subir até ao próximo outono, de acordo com as perspetivas dos economistas, antes de aliviar rumo ao objetivo de 2% do BCE em 2024. O banco central já anunciou que vai subir das taxas de juro em 25 pontos base na reunião de 21 de julho, antecipando nova subida na reunião de setembro.

Antes de Lagarde, também o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, abordou o período de baixa inflação que foi proporcionado “por fenómenos como a globalização, a tecnologia e baixos crescimentos de produtividade”. Porém, desde a pandemia, “o mundo está a ser guiado por diversas forças” e a criar enorme incerteza. “Não sabemos se iremos voltar ao que tínhamos ou se é será uma coisa nova – acreditamos que será algo misto”, disse Powell.

Posteriormente, Christine Lagarde reiterou o compromisso de fazer baixar a inflação rumo ao objetivo de 2% do BCE. “A nossa missão, o nosso mandato, o nosso trabalho é assegurar a estabilidade dos preços, que nós definimos como uma taxa de inflação de 2%. Precisamos de fazer o que temos de fazer e vamos fazê-lo“, afirmou.

Quanto ao escudo anti-crise que irá travar o disparo dos juros da dívida dos países mais endividados, pouco mais foi adiantado, com a presidente do BCE a dizer apenas que será discutido na próxima reunião do conselho de governadores. “Vai ser criado e vai funcionar, acredite”, assegurou a francesa.

Esta terça-feira, Lagarde admitiu que o banco central poderá ser mais agressivo no aperto monetário caso persistem ou deteriorem as pressões inflacionistas. E revelou que o instrumento anti-fragmentação que está a ser criado vai ter salvaguardas para manter pressão sob os governos a fim de continuarem com políticas orçamentais saudáveis.

(Notícia atualizada às 16h00)

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Rússia e China na mira do novo conceito estratégico da NATO

Perante a guerra na Ucrânia, membros da NATO defendem que a região Euro-Atlântica "não está em paz" e que a Rússia "violou as normas e princípios que contribuíram para a segurança na Europa".

A Rússia e a China são os principais países na mira dos 30 membros da NATO. A Organização do Tratado do Atlântico-Norte (OTAN) sai da cimeira de Madrid com um novo conceito estratégico e um convite formal para a entrada da Suécia e da Finlândia.

A Rússia é apresentada como a “ameaça mais significativa e direta à segurança dos aliados e à paz e estabilidade na região Euro-Atlântica”, assim refere um dos pontos do novo conceito estratégico.

Segundo a NATO, o país liderado por Vladimir Putin “pretende criar esferas de influência e de controlo diretos através da coação, subversão, agressão e anexação, através de meios convencionais, cibernéticos e híbridos contra nós e os nossos parceiros”.

O documento diz ainda que a Rússia “está a modernizar as suas forças nucleares” e que “pretende desestabilizar os países a sul e a este das suas fronteiras”.

Mesmo assim, a NATO alega que “não pretende confrontação e não representa uma ameaça para a Rússia”. Os membros da aliança, no entanto, dizem que “vão continuar a responder, de forma responsável e unida, às ameaças” do Kremlin. Neste momento, está “afastada a hipótese de a Rússia ser parceira” da NATO.

Manter diálogo com China

O novo conceito estratégico também dirige-se à China. “As suas ambições e políticas coercivas desafiam os nossos interesses, segurança e valores”, assim avalia a declaração.

Os membros da NATO consideram ainda que a China “pretende manter o controlo em setores decisivos da tecnologia e indústria, infraestruturas críticas, materiais estratégicos e cadeias de valor”.

A aliança diz mesmo que “o aprofundamento da parceria estratégica entre a Rússia e a China para minar a ordem internacional” vai “contra os nossos valores e interesses”.

Ao contrário do que acontece com a Rússia, a NATO pretende manter um “diálogo construtivo com a China, incluindo uma relação transparente recíproca para proteger os interesses estratégicos” da aliança.

No futuro, a NATO pretende continuar a ser uma “aliança forte mas também verde”, conforme referiu o secretário-geral, Jens Stoltenberg, na conferência de imprensa desta quarta-feira.

Para isso, os aliados comprometeram-se em reduzir a emissão de gases com efeito estufa (GEE) em 45% até 2030, garantindo atingir a neutralidade carbónica até 2050.

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Governo quer impulsionar turismo sustentável através das áreas marinhas protegidas

Recordando o compromisso de alargar as áreas marinhas protegidas até 2030, Costa Silva anunciou que está a ser estudada estratégia que liga AMP ao turismo sustentável.

O Governo está em conversações com o Turismo de Portugal para criar uma estratégia que visa impulsionar o turismo sustentável através das Áreas Marinhas Protegidas (AMP) portuguesas.

“Portugal tem desenvolvido AMP, uma delas é na [Reserva Natural das] Ilhas Selvagens, no arquipélago da Madeira, a maior AMP do Atlântico do Norte e queremos expandi-las. Estamos em conversações com membros do setor, o Turismo de Portugal e a secretária de Estado do Turismo [Rita Marques] sobre como podemos ligar a proteção das áreas marinhas com o turismo“, afirmou, esta quarta-feira, António Costa Silva durante a sua intervenção no debate Turismo na Ação Oceânica: Rumo a uma Economia Azul Circular e Regenerativa, organizado pela Organização Mundial do Turismo (OMT), no âmbito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.

O tema das AMP tem sido um dos pontos de debate durante a conferência promovida pela ONU, tendo António Costa reforçado o compromisso de proteger 30% das áreas marinhas até 2030.

Além desta, Costa Silva considerou que a atividade costeira aliada ao surf pode resultar numa oportunidade para desenvolver um turismo mais “verde”, através da promoção do uso de outros materiais que tornam o equipamento mais sustentável. “Com estes elementos podemos tornar o turismo mais sustentável e promover mensagens que visam mudar o hábitos de consumo e a circularidade dos materiais”, acrescentou o governante.

Para Costa Silva, o turismo é um setor chave para impulsionar a economia, e torná-lo sustentável é uma das prioridades do Executivo, recordando que a Estratégia Turismo 2027 visa contribuir para a resposta do setor à urgência dos desafios da sustentabilidade definidos à escala mundial. Um dos quatro pilares deste plano, quer “transformar as empresas e corporações do setor” e, segundo o ministro, já conta com o interesse de mais de 60 empresas.

Segundo o responsável, a aposta num turismo mais sustentável é “crucial para Portugal” uma vez que, em 2019, o setor representava cerca de 14% do produto interno bruto (PIB), sendo por isso um “condutor económico”. “A economia está a recuperar a ritmo acelerado e o turismo está no centro da recuperação”, referiu.

No arranque do debate, o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, garantiu que “estão a ser tomados passos para tornar o turismo mais sustentável e circular”, referindo que este é o maior setor das indústrias baseadas no oceano, representando cerca de 40% do seu valor total de exportação.

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Grupo Portugália cria Academia para desenvolver competências dos colaboradores

No futuro, o Grupo tem como ambição criar parcerias com outras empresas e entidades académicas, de forma a expandir a Academia Portugália a colaboradores da restauração a nível nacional.

O Grupo Portugália acaba de lançar uma academia dedicada ao desenvolvimento de competências dos seus colaboradores. A “Academia Portugália” pretende dar resposta à carência de qualificações por parte dos trabalhadores da área da restauração, bem como responder à escassez de cursos vocacionados e direcionados, exclusivamente, para este setor. No futuro, o Grupo pretende expandir a Academia Portugália a colaboradores da restauração a nível nacional.

“A Academia Portugália surge de um sonho antigo, que nasceu do culminar de quase 100 anos de experiência na restauração, muitos anos de investimento na formação tradicional, e da vontade de inovar e querer fazer a diferença”, começa por explicar Francisco Carvalho Martins, CEO do Grupo Portugália, em comunicado.

“Ouvimos dizer, muitas vezes, que qualquer pessoa, com ou sem formação, pode trabalhar na restauração, o que não corresponde à verdade. É importante clarificar que se trata de um setor muito exigente, que requer competências que demoram tempo a ser adquiridas e que devem ser ajustadas à função e a cada pessoa”, reforça Vera Chaves, diretora de recursos humanos do Grupo Portugália.

A academia aposta num modelo de formação e acompanhamento personalizados, que promove o crescimento pessoal e profissional de cada colaborador. A formação está dividida em três níveis –- básico, intermédio e avançado –- que impactam quatro áreas de negócio: cozinha, sala, balcão e gerência.

Numa primeira fase, serão formados 60% dos colaboradores, com recurso a 16 formadores internos e também a métodos externos, que juntam pessoas com diferentes visões e abordagens. Numa segunda fase, correspondente ao segundo ano de atividade da Academia, o objetivo será alcançar 100% dos colaboradores.

O plano de formação combina aulas presenciais com momentos e-learning e é organizado de acordo com as necessidades de cada colaborador, a sua área de especialidade, a sua experiência e os seus pontos fortes e de melhoria. Esta formação “à medida” explora técnicas como o desenvolvimento organizacional e de talento, a eficácia profissional e pessoal, a liderança operacional, bem como a relação com o cliente.

Com três cursos piloto e sete turmas criadas até ao momento, num total de 70 formandos, a Academia está já a reforçar os conhecimentos dos seus colaboradores mais experientes e a avançar na especialização dos colaboradores sem formação.

No futuro, o Grupo tem como ambição criar parcerias com outras empresas e entidades académicas, de forma a expandir a Academia Portugália a colaboradores da restauração a nível nacional.

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