Inflação na Alemanha desacelera para 8,2% em junho

A taxa de inflação na Alemanha recuou ligeiramente para 8,2% em junho, naquele que foi o mês da entrada em vigor das novas medidas para colmatar a escalada dos preços.

A taxa de inflação na Alemanha recuou ligeiramente para 8,2% em junho, naquele que foi o primeiro mês em que entraram em vigor novas medidas do governo alemão para colmatar a escalada de preços.

O índice de preços no consumidor (IPC), em termos harmonizados (que permite a comparação entre países), na Alemanha desacelerou para 8,2%, segundos os dados divulgados esta quarta-feira pelo instituto nacional de estatística alemão. Os analistas consultados pela Reuters antecipam uma taxa de inflação de 8,8% em junho. Em maio, a taxa de inflação foi de 8,7%.

Recorde-se que este mês entraram em vigor na Alemanha um pacote de medidas temporárias para fazer face à escalada dos preços, entre os quais cortes dos impostos sobre o preço dos combustíveis e descontos aplicados aos transportes públicos.

Esta quarta-feira, o instituto de estatísticas espanhol revelou que a taxa de inflação em Espanha superou a fasquia dos 10% no mês de junho, para 10,2%. A forte subida dos preços dos combustíveis e dos alimentos levou à maior variação da taxa anual de inflação desde abril de 1985.

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Lagarde, Powell e Bailey discutem inflação e juros. Acompanhe em direto

  • ECO
  • 29 Junho 2022

Líderes dos bancos centrais da Zona Euro, EUA e Inglaterra sobem ao palco no Fórum BCE, em Sintra, com a escalada da inflação e a subida das taxas de juro como pano de fundo.

No mais aguardado evento do Fórum BCE, que termina esta quarta-feira em Sintra, Christine Lagarde (Banco Central Europeu), Jerome Powell (Reserva Federal) e Andrew Bailey (Banco de Inglaterra) sobem ao palco para discutirem o atual cenário de inflação elevada e de subida das taxas de juro. O debate contará ainda com Agustín Carstens, do BIS. Que sinais vão deixar sobre o rumo da política monetária nos próximos tempos? Acompanhe aqui em direto.

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Governo anuncia unidade técnica para levantamento de benefícios fiscais

  • Lusa
  • 29 Junho 2022

Secretária de Estado do Orçamento anuncia criação de unidade técnica para levantamento de benefícios fiscais, e reconhece que encargo com juros é real e que vai haver uma “pressão adicional”.

A secretária de Estado do Orçamento anunciou esta quarta-feira aos deputados estar em curso a criação de uma unidade técnica para levantamento dos benefícios fiscais e reforçou que o Governo está ciente da importância de reduzir a dívida pública.

Falando numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da apreciação da Conta Geral do Estado de 2020, Sofia Batalha reconheceu que a questão dos benefícios fiscais “tem uma magnitude substancial” nas contas públicas, mas que, nessa matéria, o Tribunal de Contas “tem sinalizado uma evolução sucessiva e positiva de inclusão adicional na Conta” Geral do Estado.

“Está também criada uma unidade técnica, e está em processo legislativo no Governo, que pretende precisamente fazer todo o levantamento destes benefícios” fiscais, afirmou aos deputados a governante, destacando que a renovação desses benefícios “tem acompanhamento para avaliar a sua pertinência”.

Quanto aos juros da dívida pública portuguesa, a secretário de Estado do Orçamento disse estar a ser feito um acompanhamento da evolução das decisões do Banco Central, por forma a que o executivo “consiga incorporar” medidas que possam mitigar esse efeito e que estejam ao seu alcance, no sentido de proteger a trajetória da dívida, cuja redução disse ser uma “preocupação acompanhada” pelo executivo.

Reconhecendo que o encargo com os juros é, de facto, real e que “vai haver naturalmente uma pressão adicional que se antecipa agora, mais ampliada também por efeito da taxa de juro”, Sofia Batalha reforçou que o Governo “tem manifestado, desde sempre, uma preocupação” sobre como garantir uma sustentável redução da dívida pública, “precisamente para acomodar e controlar” esses impactos.

“Continuaremos este caminho de redução da dívida pública, porque sabemos os benefícios que traz à economia portuguesa”, disse a secretária de Estado aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças.

No que respeita à fiabilidade dos números e à qualidade da informação da Conta Geral do Estado de 2020, e não obstante reconhecer haver caminho para melhorar e dar cumprimento às recomendações do Tribunal de Contas, Sofia Batalha afirmou que o presidente do Tribunal de Contas “não levantou nenhuma questão” sobre essa matéria na sua audição na mesma comissão parlamentar.

Sobre as medidas orçamentais tomadas em 2020, Sofia Batalha defendeu terem tido “o efeito pretendido”, destacando o efeito “francamente satisfatório” que tiveram no mercado de trabalho.

A secretária de Estado enalteceu ainda o esforço do Governo em listar e apresentar “sistematicamente e mensalmente” os impactos das medidas Covid-19: “Fomos dos primeiros países a fazê-lo, de forma sistematizada, e continuamos a fazê-lo”, concluiu.

O parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado de 2020 foi divulgado em dezembro de 2021, tendo o presidente do tribunal, José Tavares, sido ouvido na semana passada numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças.

 

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Com proposta do Governo há funcionários públicos que “vão ganhar menos”, acusa FESAP

FESAP reitera que a proposta do Governo para aumentos de alguns trabalhadores "não deixa ninguém confortável". Abrange no total cerca de 40 mil funcionários e terá um custo de 37,5 milhões de euros.

O Governo está a negociar o aumento dos salários de entrada de algumas carreiras da Administração Pública com as estruturas sindicais, mas a proposta, que abrange no total cerca de 40 mil funcionários e terá um custo de 37,5 milhões de euros, não está a agradar os representantes dos trabalhadores. A FESAP – Frente Sindical da Administração Pública alerta que se não for alterada a retenção na fonte de IRS, “há trabalhadores que vão até ganhar menos”.

“É uma proposta que não deixa ninguém confortável, na medida em que uma parte substancial da proposta que foi feita, a menos que seja alterada a retenção na fonte, acaba por ir para impostos”, reiterou José Abraão, secretário-geral da FESAP, à saída da reunião com o Governo, em declarações transmitidas pela RTP3.

Assim, “a manterem-se as coisas como estão, há trabalhadores que vão até ganhar menos”, alertou o responsável. No caso dos assistentes técnicos, exemplifica, “passando para 757 euros, agora tinham retenção de 1,8% e se tabela não for alterada vão passar para cerca de 8%”.

“O grande volume financeiro apontado para estas alterações salariais é para IRS e não para melhorar definitivamente os salários dos trabalhadores, de tal modo que tínhamos solicitado ao Governo informação no que diz respeito a números”, afirmou José Abraão, citado pela Lusa.

A medida abrange “no que diz respeito à sexta posição remuneratória, 17.000 trabalhadores que custarão eventualmente 14 milhões”, “nos técnicos superiores são 22.000 e custarão 22 milhões” e “no que diz respeito aos doutorados são 750 e irão custar 3,5 milhões”. Desta forma, a proposta do Governo abrange 39.750 trabalhadores da função pública e terá um custo total de 37,5 milhões de euros.

Questionado sobre a disponibilidade do Executivo para negociar, José Abraão adiantou que “para já, esta questão é para ser tratada assim e depois no Orçamento do Estado para 2023 se veria”. Mesmo assim, reiterou que, se o problema se vai manter para o ano, deveria ser atacado já. Ao não resolver, conclui, trata-se de um remendo que empurra para a greve os trabalhadores”, avisou.

“Acaba por ser incompreensível como se fazem propostas sem resolver nada”, criticou o dirigente da FESAP, sinalizando também que transmitiu na reunião o desejo para que o Governo “reflita sobre a matéria, apresente propostas como aquilo que anunciou, porque não é por esta via que se vai reter competências e se vão recrutar os melhores”.

Na proposta do Governo, a remuneração de entrada dos assistentes técnicos passará dos atuais 709,46 euros (nível cinco da Tabela Remuneratória Única) para 757,01 euros (correspondente ao nível seis da tabela), um aumento de 47,55 euros que será pago com retroativos ao início do ano.

Além disso, a proposta prevê também, para 2023, aumentos de cerca de 52 euros nos salários de entrada de técnicos superiores (que atualmente são de 1.007,49 euros para estagiários e de 1.215,93 euros para licenciados, passando para 1.059,59 euros e para 1.268,04 euros, respetivamente), bem como uma valorização da ordem dos 400 euros para quem tem doutoramento.

Segundo a norma transitória da proposta do Governo, os trabalhadores que mudem de posição remuneratória mantêm os pontos e correspondentes menções qualitativas de avaliação do desempenho para efeitos de futura progressão.

Proposta do Governo deixa 97,7% da função pública sem valorização salarial, diz Frente Comum

A Frente Comum dos sindicatos da Administração Pública considerou hoje que a proposta de valorização salarial do Governo é “muito insuficiente” e deixa 97,7% dos trabalhadores com as mesmas condições salariais. “A proposta concreta que o Governo traz para cima da mesa é deixar 97,7% dos trabalhadores da Administração Pública exatamente na mesma, com a mesma perda salarial, com as mesmas condições salariais que tem hoje”, disse aos jornalistas o líder da Frente Comum, Sebastião Santana, no final de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, tratando-se da segunda ronda negocial após a aprovação do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Para a Frente Comum, o Governo tinha condições “para ir muito mais longe” na valorização, sendo que a proposta “nem aos trabalhadores a quem se dirige, que a este ano, a 2022, diz respeito ao grupo de trabalhadores assistentes técnicos, é manifestamente insuficiente”. “Em relação aos técnicos superiores e aos técnicos superiores doutorados, a proposta é muito insuficiente, altera também os saltos entre as primeiras posições remuneratórias, com a agravante de, segundo o Governo, apenas ser aplicável em janeiro de 2023”, afirmou Sebastião Santana.

Questionado sobre a hipótese de os aumentos serem absorvidos pelo IRS, devido à subida de escalão, Sebastião Santana admitiu que podem vir a verificar-se casos em que, com o aumento, o trabalhador fique com menos dinheiro líquido por mês. “As pequenas alterações que houve agora aos escalões não vão permitir, muito provavelmente, acautelar essas situações e não está previsto no articulado que nos foi proposto qualquer coisa que compense isso”, adiantou, reiterando a reivindicação da Frente Comum para que se recupere os escalões de IRS que se aplicavam antes da entrada da ‘troika’. A Frente Comum irá agora decidir se pede ao Governo mais uma reunião para negociação suplementar.

STE vai pedir negociação suplementar

Na sequência da proposta do Governo, e da reunião desta quarta-feira, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Entidades com Fins Públicos (STE) decidiu pedir uma reunião de negociação suplementar. O objetivo é que os aumentos para os técnicos superiores também tenham retroativos a 1 de janeiro.

O Governo tem verba no orçamento” para refletir a medida dos técnicos superiores que foi implementada para os assistentes técnicos, reitera Helena Rodrigues, em declarações transmitidas pela RTP3. Tal iria abranger “22 mil pessoas que estão no início de carreira e se aproximam daquilo que são as remunerações mais baixas da carreira”, aponta.

A dirigente sindical aponta que “há um esforço do governo, pode, se entender, dar um sinal”, apesar de admitir que, perante a proposta do STE, “o Governo ficou de pensar”.

Já os aumentos gerais para a Função Pública, numa altura de inflação elevada, “será o próximo processo que iniciaremos”, indica Helena Rodrigues. “Vamos ter que pensar no que são as propostas para 2023”, acrescenta.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h10)

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Mercedes antecipa escassez de semicondutores até 2023

Grupo automóvel alemão alega que precisa de uma década para transformar todas as fábricas de produção de carros a combustão em unidades de fabrico de veículos elétricos.

O grupo Mercedes-Benz antecipa que a escassez de semicondutores irá prolongar-se para todo o ano de 2023. O aviso foi deixado pelo presidente executivo do grupo automóvel alemão e contraria a confiança mostrada na véspera pelo líder do grupo Volkswagen sobre esta matéria.

Os semicondutores são um problema muito presente e vão continuar a ser um desafio para a indústria durante todo este ano e também no próximo ano“, referiu o líder da Mercedez-Bens, Ola Kaellenius, numa conferência da Reuters, a decorrer nesta quarta-feira.

Apesar da incerteza no mercado, o responsável garante que “não há quaisquer sinais de diminuição da procura” por automóveis.

Na terça-feira, o presidente executivo do grupo Volkswagen mostrou-se confiante em relação ao tema dos semicondutores. “Estamos a aumentar a nossa produção de carros, não só na Alemanha como em toda a China”, referiu Herbert Diess. O executivo assinalou ainda que os constrangimentos em componentes eletrónicos que persistiram nos últimos meses estão finalmente a aliviar.

O líder da Mercedes-Benz também assumiu que serão necessários dez anos para transformar todas as fábricas de produção de carros a combustão em linhas de montagem exclusivas para veículos totalmente elétricos.

Ola Kaellenius garantiu ainda que a fabricante alemã “vai ter um papel mais ativo” em toda a cadeia de valor para a produção de carros elétricos, incluindo as minas onde são extraídas matérias-primas para a produção de baterias, como o lítio.

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Um em cada cinco europeus garante que sobreviveu “facilmente” ao impacto da Covid

No último trimestre de 2021, pelo menos um em cada cinco europeus garantem que conseguiram sobreviver "facilmente ou muito facilmente" às quebras de rendimentos provocadas pela pandemia.

A pandemia veio provocar um “abanão” às condições de vida dos cidadãos europeus, na sequência dos cortes salariais provocados pelas restrições impostas no âmbito da Covid. No último trimestre de 2021, pelo menos 20% dos cidadãos dos Estados-membros garantem que conseguiram sobreviver “facilmente ou muito facilmente” às quebras de rendimentos.

Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat revelam, que, um em cada cinco europeus, para os quais há dados disponíveis (Bélgica, Bulgária, Irlanda, França, Áustria, Eslovénia e Finlândia,) conseguiram sobreviver “facilmente ou muito facilmente” às quebras de rendimentos provocadas pelo impacto da pandemia.

Os finlandeses foram os menos afetados, com 43,7% dos cidadãos a apontarem que “conseguiram sobreviver “facilmente ou muito facilmente” e apenas 10% a admitirem que tiveram dificuldades. Seguem-se os austríacos, com 30% dos cidadãos referirem que conseguiram sobreviver “facilmente ou muito facilmente” e os franceses.

Capacidade para fazer face às despesas devido ao impacto da CovidFonte: Eurostat

Por outro lado, os búlgaros foram os mais afetados, com mais de 20% a admitirem dificuldades nas despesas e apenas 4,4% a referirem que conseguiram sobreviver “facilmente ou muito facilmente” à quebra de rendimentos.

 

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“Agências e marcas cada vez mais conscientes do papel dos conteúdos para conquistar consumidores”

Fernanda Marantes, CEO do Havas Media Group e presidente da categoria de Media na 24ª edição do Festival do Clube de Criativos de Portugal, analisa os casos a concurso e aponta as tendências.

Fernanda Marantes, CEO do Havas Media Group

Arranca esta quinta-feira, 30 de junho, a 24.ª Semana Criativa de Lisboa, que culmina a 7 de julho com a revelação dos vencedores do Festival do Clube de Criativos. Com 946 trabalhos a concurso, um recorde de inscrições, o evento agrega o que de melhor se faz em Portugal e permite apontar tendências de comunicação. Na categoria de Media, presidida por Fernanda Marantes, CEO do Havas Media Group Portugal, estão 59 trabalhos a concurso.

Como tendências, Fernanda Marantes realça “a utilização cada vez mais de conteúdos e stories, e uma melhor utilização do meio digital”. Com as votações para o Festival do Clube de Criativos de Porugal (CCP) a acontecerem no rescaldo do Festival de Criatividade de Cannes, a CEO do grupo que integra a Havas Media e a Arena Media salienta que “se formos reconhecidos a nível internacional como ‘bons’, é natural que os profissionais portugueses que trabalham em Portugal possam ser convidados para fazerem campanhas internacionais”. Assim como, continua a responsável, clientes internacionais que alarguem a sua atividade a Portugal vão “valorizar o valor acrescentado que as agências a nível local aportam”.

O Festival do CCP pretende ser uma mostra do que de melhor se faz em Portugal. Globalmente, e pensando nos casos inscritos, como é que avalia o trabalho desenvolvido na categoria de Media?

As diversas participações na categoria de Media desta edição do festival, a qual tive o maior gosto em presidir, vêm reforçar o dinamismo da nossa indústria através da diversidade de projetos, marcas e setores que abrangem. Uma prova de que, mesmo em tempos adversos, a indústria não cruzou os braços e trabalhou afincadamente para apoiar marcas e clientes na sua ligação ao consumidor. É igualmente uma prova de partilha de trabalho feito e de inspiração entre pares, que merece ser reconhecida por todo o esforço envolvido e pela qualidade dos trabalhos. Em nome de toda a equipa que fez parte do júri desta categoria, agradecemos as diversas participações e lançamos o desafio de continuarem a trilhar novos caminhos que acrescentem valor às marcas, aos seus consumidores e à nossa indústria.

É possível destacar tendências? Quais?

Dos diversos trabalhos inscritos, sobressaem como tendências a utilização cada vez mais de conteúdos e stories, e uma melhor utilização do meio digital.

A crescente utilização de conteúdos demonstra que, quer agências quer marcas, estão cada vez mais conscientes do papel que os conteúdos têm para conquistar a atenção e o envolvimento dos consumidores, sendo que sabemos que 65% valoriza que as marcas lhes ofereçam conteúdos relevantes e que tem sido uma percentagem crescente de ano para ano (de acordo com o estudo Meaningful Brands do Grupo Havas).

Por outro lado, perante uma constante evolução do digital, quer por via de novas plataformas ou de novos formatos, quer pela crescente capacidade de medição, verifica-se igualmente uma constante capacidade de adaptação e de evolução das estratégias digitais, quer para melhor corresponder às necessidades das marcas na identificação dos suportes considerados mais adequados em função das diversas audiências, quer para melhor otimizar os contactos de acordo com o investimento e os objetivos.

Portugal obteve o melhor resultado de sempre no Festival de Criatividade de Cannes. Como é que este resultado pode ser potenciado pela indústria?

Este resultado, que é um motivo de orgulho para todos nós, pode ser potenciado pela indústria de duas formas. Por um lado, pode tornar-se um motor potenciador de novos trabalhos com uma fasquia de qualidade superior, inspirando outros talentos nacionais a elevar a sua criatividade, a sua forma de trabalhar em equipa e o valor que podem aportar a marcas e consumidores. Por outro lado, este resultado pode ser potenciado se conseguirmos manter este nível de criatividade e de premiação nos próximos anos, porque se formos reconhecidos a nível internacional como ‘bons’ é natural que os profissionais portugueses que trabalham em Portugal possam ser convidados para fazerem campanhas internacionais, assim como clientes internacionais que alarguem a sua atividade a Portugal, valorizem o valor acrescentado que as agências a nível local aportam.

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Estado de saúde de José Eduardo dos Santos “é preocupante”, diz Presidente de Angola

  • Lusa e ECO
  • 29 Junho 2022

Presidente angolano, João Lourenço, garante que tem estado em contacto com a família do ex-Chefe de Estado, que esteve 38 anos no poder. Filha do ex-Presidente recusa desligar as máquinas.

O Presidente angolano, João Lourenço, disse nesta quarta-feira que a situação de saúde do seu antecessor “é preocupante” e garantiu que tem estado em contacto com a família de José Eduardo dos Santos para acompanhar o desenvolvimento da situação.

João Lourenço falava no final de uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, a primeira que realizou e numa altura em que a Angola assume a presidência rotativa da organização.

Questionado pelos jornalistas sobre a forma como está a acompanhar a evolução do estado de saúde de José Eduardo dos Santos, o Chefe de Estado angolano disse que o está a fazer “muito de perto”. “Podemos dizer que a situação é preocupante. Só as equipas médicas e que poderão dar mais informações”, afirmou.

A este propósito disse que hoje mesmo chega a Barcelona o ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António, de forma a acompanhar o estado de saúde do ex-Presidente.

João Lourenço garantiu que “o contacto com a família [de José Eduardo dos Santos] existe”, reagindo a críticas de que não estará em contacto com os familiares.

José Eduardo dos Santos está internado numa clínica em Barcelona e está em coma depois de ter sofrido uma queda e já depois de ter recuperado de uma infeção de Covid-19.

O antigo Presidente encontra-se há alguns dias nos cuidados intensivos, no Centro Médico Teknon, em Barcelona, Espanha, em coma induzido.

O ex-Presidente, de 79 anos (faz 80 em agosto), tem problemas de saúde há vários anos e tem sido acompanhado em Barcelona desde 2006.

Eduardo dos Santos governou Angola entre 1979 e 2017, tendo sido um dos Presidentes a ocupar por mais tempo o poder no mundo e era regularmente acusado por organizações internacionais de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.

Nesta conferência de imprensa, João Lourenço enalteceu ainda o papel da CPLP e quando questionado sobre a alegada irrelevância da organização em matéria de direitos humanos, afirmou: “Não é justo. A CPLP tem feito muito em matéria de direitos humanos”.

O Chefe de Estado disse ainda esperar que no final da presidência de Angola da organização, dentro de um ano, “a CPLP esteja mais próxima de alcançar os seus objetivos” e se encontre “no lugar que merece”.

Filha recusa desligar as máquinas

Na terça-feira, a filha do antigo Presidente angolano, Tchizé dos Santos, afirmou que “não vai permitir que desliguem as máquinas” a José Eduardo dos Santos e acusou o atual chefe do Executivo, João Lourenço, de estar a fazer uma gestão política do caso.

Num áudio posto a circular nas redes sociais, sob a forma de recado “para quem anda a fazer os preparativos para o funeral do Presidente emérito do MPLA”, Tchizé dos Santos afirma que José Eduardo dos Santos “está vivo”, com “todos os órgãos a funcionar” e o seu estado de saúde é estável.

Acusou ainda o médico João Afonso, que acompanha o ex-Presidente há vários anos e com quem entrou em rota de colisão, de “andar a plantar” informações na comunicação social para preparar a opinião pública para a morte do antigo Presidente, que governou Angola durante 38 anos, enquanto “tentam convencer a família” que deve autorizar os médicos a desligar as máquinas.

“Eu, como filha, nunca irei permitir que desliguem as máquinas de um pai vivo, que tem o coração a bater normalmente, um coração que está bom, não teve ataque cardíaco, não teve AVC”, afirma a empresária e antiga deputada do MPLA, partido no poder em Angola desde a independência, em 1975.

Tchizé dos Santos reforça que visitou o pai e que este, apesar de internado há quatro dias, “está vivo”.

Dirigindo-se a João Lourenço, que orientou o ministro angolano das Relações Exteriores para viajar até Barcelona para acompanhar o estado de saúde do ex-chefe de Estado, aconselhou o Presidente angolano a preparar o seu próprio funeral e avisou que “ninguém vai permitir que se desliguem as máquinas”.

Acusou ainda João Lourenço de querer retirar dividendos políticos, “para aparecer em grande e meterem bandeiras do MPLA em cima do caixão” de José Eduardo dos Santos

Alguém “que está extremamente dececionado consigo e com o MPLA, está extremamente triste e não ia fazer campanha para vocês”, prosseguiu Tchizé dos Santos, aludindo às eleições gerais marcadas para 24 de agosto

“Provavelmente iria mesmo querer ver alternância política”, rematou.

O conflito entre João Lourenço e alguns dos filhos do seu antecessor teve início quase após a tomada de posse, em setembro de 2017, agravando-se com os processos em tribunal que contra a empresária Isabel do Santos, ainda em curso, e Filomeno dos Santos, já julgado e condenado mas aguardando recurso depois de ser condenado a uma pena de prisão no âmbito do caso que ficou conhecido como “500 milhões”

Por seu lado, Tchizé dos Santos saiu do país em 2019 por, alegadamente, correr risco de vida, foi suspensa do comité central e acabou por perder também o seu mandato de deputada na bancada do partido do poder, MPLA.

As duas filhas de José Eduardo dos Santos têm manifestado publicamente as suas divergências com o regime, afirmando ser vítimas de perseguição e acusando o Governo angolano de usar a justiça de forma seletiva para atingir familiares e outras pessoas próximas do seu antecessor.

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AIE alerta Noruega para declínio na procura de petróleo e recomenda aposta nas tecnologias limpas

A Agência Internacional de Energia alerta que a Noruega deve reforçar a aposta em hidrogénio verde ou eólicas offshore dado que existem sinais de um declínio no mercado do petróleo a partir de 2025.

A Noruega vai ter que se preparar para uma quebra na procura de petróleo e gás nas próximas décadas, à medida que os países a quem fornece estas matérias-primas começam a libertar-se da dependência dos combustíveis fósseis. O alerta deixado pela Agência Internacional de Energia (AIE) surge numa altura em que se agrava a crise energética motivada pela guerra na Ucrânia.

Olhando para além de 2025, o nível de investimento futuro nos campos de petróleo da Noruega permanece incerto“, refere o relatório da entidade divulgado esta quarta-feira, reconhecendo no entanto que o país está “excecionalmente bem posicionado para a transição energética”. As energias renováveis ​​representam 98% da geração de energia da Noruega e com 50% do consumo final total, o país possui a maior parcela de eletrificação entre os países membros da AIE, o que significa que já foram feitos avanços significativos na redução de emissões no país. Porém, “as reduções restantes serão mais complexas, desafiadoras e caras, principalmente no transporte e na indústria“, diz a AIE.

Para cumprir com as metas ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito estufa em 90 a 95% em relação aos níveis de 1990 até 2050, a AIE frisa que “há um trabalho considerável” pela frente, recomendando, por isso, que a Noruega fortaleça a aposta em tecnologias limpas como o hidrogénio verde, energia eólica offshore ou através da captura e armazenamento de carbono.

Apesar das recomendações a AIE, a Noruega mantém-se confiante de que o seu petróleo e gás vão poder continuar a competir num mercado, aparentemente, em declínio. Face à redução do abastecimento de gás russo a vários países europeus, a União Europeia chegou a acordo com a Noruega, na passada quinta-feira, para aumentar as entregas de gás.

Oslo e Bruxelas pretendem “intensificar a cooperação para garantir fornecimentos adicionais de gás de curto e longo prazo da Noruega”, cita a Reuters o comunicado conjunto assinado pelo vice presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e o ministro de Energia da Noruega, Terje Aasland. “Existe um forte potencial de aumento de vendas para a Europa em 2022, trazendo cerca de 100 terawatt-hora de energia extra para o mercado europeu”. Na mesma nota, o executivo comunitário aponta a Noruega como um “grande fornecedor” para a Europa além de 2030 e expressou apoio para aumentar sua exploração de petróleo e gás.

Face à escassez de gás russo a alguns países europeus, a Noruega viu-se forçada a aumentar a produção de gás, prevendo que as vendas aumentassem em 8% para 122 bilhões de metros cúbicos ainda este ano.

 

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Depósitos sobem pelo oitavo mês para recorde de 178,4 mil milhões

Apesar do aumento do custo de vida, as famílias portuguesas continuam a reforçar os depósitos. Maio foi mês de novo recorde: 178,4 mil milhões de euros confiados aos bancos.

Mês após mês, os portugueses vão confiando cada vez mais dinheiro aos bancos e nem o aumento do custo de vida está a impedir o reforço dos depósitos de particulares, que atingiram um novo valor recorde de 178,4 mil milhões de euros em maio, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Tratou-se de um aumento de 1,12 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, naquele que foi o oitavo mês de subida do stock de depósitos dos bancos, prolongando uma tendência de longa data e que se acentuou durante a pandemia.

Desde fevereiro de 2020, mês que antecedeu o registo do primeiro caso de Covid-19 em Portugal e a declaração de pandemia pela OMS, os depósitos bancários já aumentaram quase 27,8 mil milhões de euros, em boa parte explicada pelos confinamentos que fecharam as pessoas em casa, impedindo-as de aplicar os seus rendimentos no consumo.

Agora, com a inflação a escalar para os níveis mais altos em várias décadas e com o apertar das condições financeiras dos bancos centrais para controlar os preços, os bancos consideram que esta almofada de depósitos poderá revelar-se importante para as famílias fazerem face ao aumento generalizado dos preços e também da prestação da casa.

Depósitos continuam a subir

Fonte: Banco de Portugal

Em relação às empresas, tinham depositado nos bancos 63,4 mil milhões de euros em maio, o que traduz uma redução de mil milhões de euros em relação ao mês anterior, adianta ainda o Banco de Portugal.

Crédito da casa continua a crescer e abranda nas empresas

Relativamente aos empréstimos, os dados do Banco de Portugal mostram que o crédito às famílias portuguesas para a compra de casa continua a aumentar, enquanto o crédito às empresas voltou a abrandar.

“No final de maio de 2022, o montante de empréstimos concedidos para habitação totalizou 98,7 mil milhões de euros, mantendo um crescimento de 4,8% por comparação com o mês homólogo”, detalha o regulador.

Quanto aos empréstimos ao consumo, o montante total ascendeu a 20,1 mil milhões, mais 4,9% em relação a maio de 2021.

Já o stock de crédito às empresas registou um crescimento de 2,8% em termos homólogos, totalizando os 76,7 mil milhões. “Este crescimento foi inferior ao registado nos meses anteriores, uma tendência que se mantém desde fevereiro”, assinala a instituição liderada por Mário Centeno.

Acrescenta que, “em maio, esta desaceleração foi mais expressiva nas pequenas e médias empresas e nas empresas do setor do alojamento e restauração”. Por outro lado, aceleraram os empréstimos concedidos às micro e grandes empresas e às empresas do setor das atividades imobiliárias.

(Notícia atualizada às 11h47)

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Acionistas da GreenVolt fora do aumento de capital podem vender direitos até às 15h

Acionistas da GreenVolt com direitos de subscrição, mas que não queriam participar no aumento de capital de 100 milhões, arriscam perdas se não se desfizerem dos títulos nas próximas horas.

Termina esta quarta-feira a negociação dos direitos de subscrição do aumento de capital da GreenVolt, que arrancou em bolsa a 20 de junho. Cada um deles permite a subscrição de 0,14659 novas ações da empresa, o que, na prática, significa que para comprar uma nova ação terá de ter sete direitos.

Foi no início de junho que a empresa liderada por João Manso Neto anunciou um aumento de capital no valor de 100 milhões de euros, resultante da emissão de quase 18 milhões de ações a um preço unitário de 5,62 euros. O período de subscrição das novas ações decorre até 4 de julho, com o apuramento dos resultados no dia seguinte e os novos títulos a estrearem-se em bolsa a 11 de julho.

Já o período de negociação dos direitos de subscrição termina esta quarta-feira às 15h, pelo que os investidores que não eram acionistas têm até essa hora para comprar direitos em bolsa. No caso de quem já era acionista tem duas opções: se quiser participar na operação deve manter os títulos, exercendo a subscrição das novas ações; mas se tem direitos e não quer ir ao aumento de capital, deve aliená-los sob pena de perder o valor inerente a estes títulos.

Com este aumento de capital, a GreenVolt pretende acelerar a implementação do seu plano de desenvolvimento, bem como financiar parcialmente determinados projetos até que sejam autossuficientes. A injeção de capital irá ainda proporcionar liquidez adicional depois do crescimento da empresa nos últimos meses, de acordo com uma apresentação enviada à CMVM.

Mais de dois terços do valor do aumento de capital está assegurado, já que acionistas representantes de 48% do capital comprometeram-se em participar na operação. A Altri e a Caima optaram por vender os mais de 23 milhões de direitos de subscrição de ações da Greenvolt, representativos de 19% do capital, numa operação em que a procura excedeu em 1,43 vezes a oferta.

Apesar do compromisso assumido por estes acionistas, a empresa de energias renováveis acordou em emitir a favor dos subscritores angariados pelos gestores — ou a favor dos próprios, conforme aplicável –, ao preço de subscrição, quaisquer novas ações que não forem subscritas neste aumento de capital.

No primeiro trimestre deste ano, os lucros da GreenVolt aumentarem para 1,3 milhões de euros, o que correspondeu a um crescimento de 43% face a igual período de 2021. No arranque do ano, a subida das receitas foi impulsionada pelo segmento da biomassa residual, mas também pelo reforço dos projetos solares eólicos.

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PME portuguesas estão mais confiantes na sua capacidade de atrair e reter talento do que antes da pandemia

Apesar de fenómenos como a "Grande Demissão", os empregadores portugueses estão confiantes. 60% das PME acredita que será capaz de contratar novos colaboradores no próximo ano.

As pequenas e médias empresas (PME) portuguesas sentem-se, agora, mais confiantes para atrair e reter talento do que antes da pandemia da Covid-19. Apesar de fenómenos como a “Grande Demissão” (“Great Resignation”, em inglês) estarem a crescer em algumas partes do mundo, em Portugal, os números são animadores: 60% das PME está confiante de que será capaz de contratar novos colaboradores, os suficientes para satisfazer as exigências da sua empresa no próximo ano. Também mais de metade (57%) está satisfeita com a sua capacidade para recrutar talento e 48% sente que está mais bem preparada para reter talento do que nos 12 meses anteriores, revela o recente estudo “Small Business, Big Opportunity?”, realizado pela Sage.

“Na Sage, nunca nos cansaremos de afirmar que a digitalização é a solução para a recuperação e o sucesso das pequenas e médias empresas portuguesas. Também é uma importante alavanca para conseguirem gerir melhor as suas pessoas”, afirma Josep María Raventós, country manager da Sage Portugal.

“A automatização das tarefas mais rotineiras permite aos profissionais de RH concentrar-se noutras de maior valor estratégico, como o aumento do bem-estar dos colaboradores ou o employer branding da empresa, para que esta seja capaz de competir nas melhores condições possíveis, num mercado de trabalho que se revela cada vez mais dinâmico e complexo”, acrescenta, em comunicado.

Também precisamente nas questões relacionados com o bem-estar dos colaboradores, as organizações se sentem, agora, mais confiantes: 51% acredita que está mais bem preparada do que nos 12 meses anteriores para lidar com o tema, e algumas começam a dar prioridade a áreas como a diversidade (14%) ou a sustentabilidade corporativa (13%), de forma a aumentar a motivação dos colaboradores e atrair novos talentos.

A automatização das tarefas mais rotineiras permite aos profissionais de RH concentrar-se noutras de maior valor estratégico, como o aumento do bem-estar dos colaboradores ou o employer branding da empresa, para que esta seja capaz de competir nas melhores condições possíveis, num mercado de trabalho que se revela cada vez mais dinâmico e complexo.

Josep María Raventós

Country manager da Sage Portugal

Durante a pandemia, a tecnologia provou ser a alavanca que ajuda as empresas a quebrar as barreiras que têm enfrentado nos últimos meses. Olhando para o futuro, 68% das PME portuguesas está confiante nas competências digitais da sua força de trabalho e 53% acredita que estas vão, ainda, melhorar em comparação com os 12 meses anteriores.

“Para além disso, a transformação digital também ajuda as empresas a aumentar a sua capacidade de atrair e reter talento. Embora ainda haja um caminho a percorrer neste sentido, 18% dos empregadores portugueses acredita que aumentar o seu investimento em tecnologia os ajudará a atrair mais colaboradores qualificados”, detalha a Sage. Alguns já admitem mesmo estar a pensar em investir mais em ferramentas de gestão de talento (15%) e de salários (7%).

O estudo desenvolvido pela Sage procurou descobrir como mudaram as intenções de contratação das pequenas e médias empresas portuguesas, e como estas percecionam o crescimento de emprego após a pandemia.

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