Conselho da UE quer aumentar em 40% incorporação de renováveis no mix energético do bloco

Reunido em Luxemburgo, Conselho da União Europeia aprovou um conjunto de medidas de eficiência energética e energias renováveis no âmbito do pacote 'Fit for 55'.

O Conselho da União Europeia acordou, esta segunda-feira, num conjunto de diretivas ao nível da energia verde e eficiência energética, entre elas o compromisso de aumentar em 40% a incorporação de renováveis no mix energético do bloco até 2030. Atualmente, a meta situa-se nos 32%.

A decisão, que integra o plano de descarbonização da União Europeia (UE), o Fit for 55, exige que os Estados-membros “aumentem as suas contribuições a nível nacional previstas nos seus planos nacionais integrados em matéria de energia e clima, que devem ser atualizados em 2023 e 2024, a fim de alcançarem coletivamente a nova meta“, lê-se no comunicado do Conselho Europeu, informando que “os acordos abrem caminho ao Conselho para iniciar negociações com o Parlamento Europeu”.

“A produção e o uso de energia representam 75% das emissões da União Europeia e as metas mais ambiciosas acordadas hoje serão um contributo significativo para atingir o objetivo geral da UE de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030 em comparação com os níveis de 1990”, lê-se ainda no comunicado divulgado.

Recorde-se que no início deste mês, a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) dava conta que Portugal foi o quarto país da Europa que mais incorporou energias renováveis na produção de eletricidade na Europa, nos primeiros cinco meses do ano.

Além da meta de incorporar 40% das energias renováveis no mix energético, o Conselho concordou em aumentar, também, a meta em relação aos transportes, dando a opção dos Estados-membros escolherem entre uma meta vinculativa de redução de 13% da intensidade das emissões de gases com efeito de estufa nos transportes até 2030, ou de adotarem uma meta vinculativa de, pelo menos, 29% de energias renováveis no consumo final de energia no setor dos transportes até 2030.

O comunicado informa também que o Conselho estabeleceu uma meta “vinculativa para biocombustíveis avançados na proporção de energias renováveis fornecidas ao setor de transportes em 0,2% em 2022, 1% em 2025 e 4,4% em 2030, integrando a adição de uma dupla contagem para esses combustíveis”. No que diz respeito aos combustíveis renováveis de origem não biológica nos transportes, nomeadamente o hidrogénio renovável e combustíveis sintéticos à base de hidrogénio, o executivo comunitário “acordou numa submeta indicativa de 2,6%, o que corresponde a 5,2% também com a adição de um multiplicador”, informa a nota.

O Conselho dá também conta de um acordo que visa aumentar os objetivos de energias renováveis para aquecimento e arrefecimento, prevendo “um aumento obrigatório de 0,8% ao ano a nível nacional até 2026 e 1,1% de 2026 a 2030”.

Já para a indústria, a nova meta vinculativa pede um aumento médio anual de 1,1% no uso de energia renovável, tendo sido acordado também que 35% do hidrogénio usado no setor deverá provir de combustíveis renováveis de origem não biológica até 2030 e 50% até 2035.

O Conselho estabeleceu uma meta indicativa de pelo menos 49% de participação de energia renovável nos edifícios em 2030.

Eficiência energética

No âmbito da acelerar a eficiência energética, o Conselho informa que acordou em reduzir o consumo de energia a nível da UE em 36% para o consumo final de energia (consumidores domésticos ou industriais) e 39% para o consumo de energia primária (produção e fornecimento de energia) até 2030.

O Conselho também concordou com um aumento gradual do aumento das poupanças energéticas. Os Estados-Membros ficam assim obrigados a garantir poupanças de 1,1 % do consumo final anual de energia a partir de 1 de janeiro de 2024, meta que aumenta para 1,3% a partir de 1 de janeiro de 2026 e, a 1 de janeiro de 2028, para 1,5%.

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BCP e sindicatos chegam a acordo para aumentos em 2021 e 2022

Trabalhadores associados do Mais, SBC e SBN vão ver os aumentos processados nos seus vencimentos em julho. Sindicatos falam em "negociações muito difíceis" com o banco.

O BCP e os sindicatos Mais, Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) chegaram a acordo para aumentos salariais de 0,5% e até 1,1% em 2021 e 2022, respetivamente, o que “vai permitir que os trabalhadores associados vejam os aumentos processados nos seus vencimentos já em julho”.

Em comunicado, os sindicatos dão conta de “negociações muito difíceis” com o BCP, que se manteve intransigente e não permitiu um entendimento mais cedo.

“Mas finalmente o BCP evoluiu na sua posição, apresentando uma proposta mais consentânea às pretensões dos sindicatos”, acrescentam as três estruturas sindicais, adiantando que deram agora o seu princípio de acordo a revisão salarial para 2021 e 2022, a tempo do processamento dos salários de julho.

Relativamente a 2021, o acordo estabelece um aumento de 0,5% da tabela salarial e das cláusulas de expressão pecuniária e um subsídio de almoço de 9,80 euros.

Em 2022, as tabelas salariais aumentam 1,1% até ao nível 13 (inclusive) e 0,70% do nível 14 ao 20, enquanto o subsídio de almoço sobe para 10,50 euros e as cláusulas de expressão pecuniária têm um ajustamento de 1,1%.

Finalizado este processo, os sindicatos vão manter as negociações com o banco “com vista à melhoria e atualização do clausulado do ACT em vigor”.

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Rendas sobem 6,4% no primeiro trimestre. Em Lisboa m2 custa 12 euros

No primeiro trimestre, as rendas aumentaram 6,4% face a igual período de 2021 para 6,16 euros por metro quadrado. Lisboa continua a ser a mais cara, com o metro quadrado a custar 12 euros.

Arrendar uma casa está cada vez mais caro. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os arrendamentos ficaram 6,4% mais caros no primeiro trimestre deste ano, perfazendo uma mediana nacional de 6,16 euros por metro quadrado. Lisboa, como tem sido habitual, continua a ser a cidade mais cara para arrendar casa em todo o país, com o preço do metro quadrado a chegar aos 12 euros.

Entre janeiro e março, foram realizados 23.934 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal, o que revela uma subida de 19,8% face aos 19.977 registados em igual período de 2021. No primeiro trimestre deste ano, o valor mediano das rendas subiu 6,4% para 6,16 euros por metro quadrado. No entanto, trata-se do “valor mais baixo das taxas de variação homóloga desde o segundo trimestre de 2021″, segundo os dados provisórios do INE.

Entre as 25 sub-regiões analisadas, 15 viram o valor mediano das rendas aumentar face ao quarto trimestre de 2021, com a Área Metropolitana de Lisboa (AML) a manter-se como a mais cara (9,10 euros por metro quadrado), seguida pelo Algarve (7,12 euros por metro quadrado), pela Região Autónoma da Madeira (6,98 euros por metro quadrado) e pela Área Metropolitana do Porto (6,58 euros por metro quadrado).

Entre janeiro e março, Lisboa manteve-se como a cidade mais cara, com o valor mediano das rendas a fixar-se nos 12 euros por metro quadrado, o que representa uma subida de 9,7%. Seguem-se Cascais (11,25 euros por metro quadrado), Oeiras (10,53 euros por metro quadrado) e Porto (9,23 euros por metro quadrado).

O INE destaca ainda que no primeiro trimestre deste ano, tal como no trimestre anterior, “todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira (4,30 euros por metro quadrado) e Gondomar (5,93 euros por metro quadrado), registaram rendas medianas superiores à nacional”.

Não obstante, os maiores crescimentos homólogos registaram-se nos municípios do Funchal (+17,2%), Matosinhos (+14,9%) e Vila Nova de Famalicão (+14,6%).

(Notícia atualizada pela última vez às 11h59)

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Casos de Monkeypox em Portugal sobem para 373

Espanha vai receber hoje a primeira entrega de 5.300 doses de vacinas contra o vírus monkeypox, seguindo-se Portugal, Alemanha e Bélgica em julho e agosto.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta segunda-feira mais oito casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal. Isto significa que já existem no país 373 casos confirmados. Portugal vai ser o segundo país a receber doses de vacinas contra esta doença endémica na África central e Ocidental e que regista já 2.682 casos na União Europeia.

“A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas já existem casos nas restantes regiões (Norte, Centro, Alentejo e Algarve)”, acrescenta a entidade liderada por Graças Freitas em nota publicada no site.

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, precisa a DGS, acrescentando que os casos identificados se mantêm “em acompanhamento clínico” e que estão “estáveis”.

O vírus Monkeypox é uma doença geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados na África Ocidental e Central, podendo também transmitir-se através do contacto com uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”.

A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está “a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional”, explica a DGS na mesma nota que publicou no site, acrescentando que “continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias”.

A DGS tem pedido que indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procurem aconselhamento clínico. Mas, “ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas”, alerta a DGS.

Espanha vai receber esta terça-feira a primeira entrega de 5.300 doses de vacinas contra o vírus monkeypox. Portugal será o segundo país na lista de entregas anunciada pela Comissão Europeia, seguindo-se Alemanha e Bélgica em julho e agosto.

A Autoridade de Preparação e Resposta Sanitária (HERA, no acrónimo inglês) da Comissão Europeia vai proceder à distribuição das vacinas nas próximas semanas e meses, de modo a assegurar, segundo um comunicado, que “todos os Estados-membros estão prontos a responder ao atual surto de varíola dos macacos, dando prioridade aos mais afetados”. Bruxelas negociou a compra de uma total de 109.090 doses da vacina de terceira geração à farmacêutica Bavarian Nordic.

(Notícia atualizada às 13h00 com mais informações sobre as vacinas)

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Indústria, comércio, construção e serviços da UE já recuperaram da pandemia

Índices de produção dos 27 já recuperaram dos efeitos da Covid-19. Segmento dos serviços apresenta o indicador mais elevado.

Os índices de produção e o volume de trocas comerciais da União Europeia já recuperaram dos efeitos da pandemia: os indicadores para indústria, construção e serviços ficaram acima dos dados relativos a fevereiro de 2020. O mesmo aconteceu com o comércio.

O índice de produção dos serviços é o que regista maior recuperação e tornou-se no mais elevado: em março, situou-se 7,8% acima do indicador de fevereiro de 2020, segundo os dados divulgados pelo gabinete de estatísticas Eurostat nesta terça-feira.

Na construção, o índice de produção em abril situou-se 1,8% acima dos dados de fevereiro de 2020.

O índice de produção da indústria manteve o terceiro lugar, ficando 1,9% acima do nível pré-Covid.

No caso do volume do comércio, regista-se uma subida de 4,8% entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2020.

Resta saber qual será a evolução destes indicadores nos próximos meses, perante a guerra na Ucrânia e o reforço do contexto de inflação na economia europeia.

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Lufthansa sem soluções de curto prazo para evitar cancelamento de voos

Companhia aérea culpa falta de pessoas e guerra na Ucrânia por cancelamentos e teve de pedir desculpa aos passageiros pelos incómodos causados.

A Lufthansa está sem soluções no curto prazo para evitar o cancelamento de voos. A companhia aérea alemã foi obrigada a pedir desculpa aos passageiros pelos problemas causados nas últimas semanas, com a supressão de um total de 3.100 ligações.

“Nas próximas semanas, conforme o número de passageiros continuar a subir para viagens de lazer ou de negócios, a situação provavelmente não irá melhorar no curto prazo”, refere a empresa em carta enviada na madrugada desta terça-feira.

A guerra na Ucrânia e a falta de pessoal são as principais razões para os cancelamentos, segundo a missiva citada pela Bloomberg (acesso pago).

A guerra na Ucrânia restringiu o espaço aéreo disponível na Europa, provocando “grandes engarrafamentos” nos céus e atrasos adicionais.

Do lado do pessoal, o aumento de infeções por Covid-19 agravou a escassez de trabalhadores. Depois de dois anos de pandemia, as companhias aéreas perderam recursos humanos e os funcionários que ainda estão nos quadros têm ficado isolados por causa do coronavírus.

Para tentar evitar mais problemas, a Lufthansa já abriu concursos para contratar mais pessoal mas apenas no inverno é que a situação estará estabilizada.

Até lá, a companhia aérea alemã já teve de voltar a pôr nos céus os mega aviões Airbus A380, com maior capacidade de passageiros e que tinham sido encostados nos últimos dois anos.

A Lufthansa não está sozinha nos cancelamentos: nas últimas semanas, companhias como easyJet e British Airways tiveram de anular ligações por falta de pessoal.

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BCE irá até “onde for preciso” para travar inflação “indesejavelmente elevada”, assegura Lagarde em Sintra

Lagarde admitiu em Sintra que o BCE poderá agir de forma mais rápida e ser mais agressivo na subida das taxas de juro se as perspetivas para a subida dos preços se deteriorarem.

O Banco Central Europeu (BCE) irá até “onde for preciso” para travar a escalada da inflação que permanece “indesejavelmente elevada” durante algum tempo, assegurou a presidente da instituição, Christine Lagarde, no Fórum Anual do BCE, em Sintra. A francesa admitiu mesmo que o banco central poderá ser mais agressivo se a subida dos preços se intensificar.

“Iremos até onde for preciso para assegurar que a inflação estabiliza na nossa meta de médio prazo de 2%”, declarou Lagarde no aguardado discurso introdutório que abriu o segundo dia da conferência na Penha Longa.

Com a inflação nos 8,1% na Zona Euro em maio, o banco central anunciou há três semanas que vai aumentar as taxas de juro em 25 pontos base na reunião de 21 de julho — a primeira subida em mais de uma década — e Lagarde abriu a porta a subidas mais expressivas na reunião seguinte.

“Se as perspetivas de médio prazo da inflação persistirem ou deteriorarem, um aumento maior será apropriado na reunião de setembro”, apontou, lembrando, contudo, que este “compromisso está dependente dos dados” económicos que surgirem entretanto.

Segundo Lagarde, o banco central está pronto para aumentar as taxas de juro, “de uma forma determinada e sustentada”, mas incorporando princípios de “gradualismo e opcionalidade”. “Isto significa mover-se gradualmente se houver incerteza sobre as perspetivas, mas com a opção de agir de forma decisiva sobre qualquer deterioração da inflação no médio prazo, especialmente se houver sinais de desancoragem das expectativas de inflação”, explicou.

Iremos até onde for preciso para assegurar que a inflação estabiliza na nossa meta de médio prazo de 2%.

Christine Lagarde

Presidente do BCE

Na próxima sexta-feira, o Eurostat fará uma atualização da inflação em relação ao mês de junho e os economistas sondados pela Bloomberg antecipam uma subida da taxa para os 8,5%.

Novo instrumento vai ter “salvaguardas”

A presidente do BCE também abordou o novo instrumento anti-crise da dívida na região que “vai conter um aumento desordenado dos spreads da dívida da Zona Euro”, mantendo, ao mesmo tempo, a pressão sobre os governos dos Estados-membros para manterem contas públicas em ordem.

“O novo instrumento terá de ser eficaz, ao mesmo tempo proporcional e conter salvaguardas suficientes para preservar o ímpeto dos Estados-membros para uma política orçamental sólida“, adiantou, sinalizando que a ferramenta de controlo dos juros da dívida vai ter algum tipo de condicionalismo associado. A agência Reuters adiantava precisamente há duas semanas que os países poderiam beneficiar do escudo do BCE se cumprissem as recomendações económicas da Comissão Europeia.

Lagarde defendeu que este instrumento é necessário para que o BCE possa avançar com a normalização da política monetária sem provocar perturbações nos países mais endividados, com Itália, Portugal e Espanha.

Mas os governos também “terão de fazer a sua parte” neste processo de redução dos riscos, acrescentou. Devem “fornecer apoios direcionados e temporários” às famílias e empresas, enquanto prosseguem com políticas de redução da dívida pública e de estabilização da economia.

Sem nunca mencionar a palavra recessão, Lagarde disse que o BCE reviu significativamente em baixa as previsões para o crescimento da economia da Zona Euro para os próximos anos. Ainda assim, “continuamos a prever taxas positivas de crescimento”, assinalou a francesa.

(Notícia atualizada às 10h37)

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Santander contrata Credit Suisse e Goldman Sachs para analisar compra do Citibanamex

  • ECO
  • 28 Junho 2022

O Santander contratou o Credit Suisse e o Goldman Sachs para assessorar a potencial aquisição do mexicano Citibanamex, que pertence ao Citigroup.

O banco espanhol Santander contratou o Credit Suisse e o Goldman Sachs para analisar a potencial aquisição do Citibanamex, um banco de retalho detido pelo Citigroup no México, revelou à Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês) uma fonte próxima do processo.

Na semana passada, o jornal espanhol Expansión tinha avançado com esta possibilidade, adiantado que a venda poderá ser delineada antes do final do verão. Questionado pela Reuters, o Santander Espanha escusou-se a comentar.

No início deste ano, o Santander tinha apresentado uma oferta não vinculativa para compra o Citibanamex, de acordo com outra fonte próxima do processo, que acrescentou que há mais propostas não vinculativas que deverão ser apresentadas ainda este ano.

Na sexta-feira passada, o presidente executivo do Citigroup para a América Latina afirmou que o banco não esperava chegar a um acordo para vender o Citibanamex até janeiro do próximo ano. Não obstante, Ernesto Torres Cantu sinalizou que o banco está em conversações com potenciais compradores, mas recusou-se a avançar com mais detalhes sobre o processo.

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EDP antecipa para 2040 redução em mais de 90% de emissões na cadeia de valor

  • Lusa
  • 28 Junho 2022

Objetivo é chegar a 2030 com uma redução de 98% das emissões carbónicas de escopo um e dois, ou seja, as que são diretamente produzidas pela atividade da EDP e as emissões indiretas da atividade.

A EDP anunciou hoje a nova meta de reduzir em mais de 90% as emissões carbónicas de toda a cadeia de valor, desde fornecedores a clientes finais, antecipando em 10 anos a meta europeia de neutralidade carbónica.

[A nova ambição] é chegar a 2040 com mais de 90% de redução nas emissões de escopo três, que é um compromisso muito ambicioso, porque quer dizer que nós vamos ter os nossos fornecedores, os nossos clientes, neutros em termos carbónicos”, disse à Lusa o administrador executivo da EDP Miguel Setas.

Segundo a estratégia de sustentabilidade da empresa, o objetivo é chegar a 2030 com uma redução de 98% das emissões carbónicas de escopo um e dois, ou seja, as que são diretamente produzidas pela atividade da EDP e as emissões indiretas da atividade, como perdas na rede de energia elétrica.

O plano previa ainda a redução de 50% das emissões de escopo três, que são externas à EDP, mas que implicam toda a cadeia de valor, desde fornecedores, parceiros, a clientes, uma fasquia que a empresa decidiu elevar, antecipando em 10 anos a neutralidade carbónica nesta área (mais de 90% de redução de emissões e o restante é compensado).

“Há agora uma nova urgência, que é basicamente dizer que não faz sentido apenas as empresas estarem preocupadas com as suas emissões, as empresas têm de estar preocupadas também com as emissões que estão ao longo da sua cadeia de valor e, portanto, há uma elevação de ambição, de exigência, para que possamos continuar a fazer o nosso compromisso de neutralidade carbónica e isso significa, no caso da EDP, estar 10 anos à frente da Europa”, apontou Miguel Setas.

O responsável admitiu que se trata de um desafio, uma vez que, tratando-se de emissões ao longo da cadeia de valor, é “muito difícil” para uma empresa controlar as emissões produzidas pelos seus fornecedores ou clientes.

Questionado sobre as dificuldades de garantir o cumprimento destas metas nas várias geografias onde a EDP está presente, que incluem países da Ásia, por exemplo, onde os critérios ambientais são menos exigentes do que na Europa, Miguel Setas realçou que a “caminhada” será feita “em parceria”.

“[Vamos ter], obviamente, critérios de qualificação mais exigentes, mas também um envolvimento direto com os parceiros para garantir que inclui capacitação dentro da indústria e soluções que são partilhadas, que não são simplesmente exigências da EDP em relação aos seus parceiros, mas que fazem parte de um trabalho em conjunto e em parceria”, explicou o responsável.

No plano de negócios até 2025, a EDP comprometeu-se com um investimento de 24.000 milhões de euros, dos quais 80% estão concentrados na expansão dos investimentos em energia renovável, com o objetivo de chegar a 2025 sem utilização de carvão na produção de energia elétrica.

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Lagarde falou no Fórum BCE em Sintra. Veja na íntegra

  • ECO
  • 28 Junho 2022

O segundo dia do Fórum Anual do BCE, no resort da Penha Longa, ficou marcado pelo discurso de abertura da presidente Christine Lagarde. Veja ou reveja a intervenção da francesa.

O segundo dia do Fórum Anual do BCE, que regressa ao resort da Penha Longa, em Sintra, depois de dois anos de encontros virtuais, ficou marcado pelo discurso de abertura da presidente da instituição anfitriã, Christine Lagarde. Veja ou reveja a intervenção da francesa e ainda os debates que se seguiram durante a manhã.

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Credor estrangeiro avança em Hong Kong com petição de liquidação contra Evergrande

  • Lusa
  • 28 Junho 2022

Top Shine Global Limited, uma empresa registada em Samoa e propriedade do investidor local Lin Ho Man, apresentou uma petição sobre uma obrigação de 103,9 milhões de euros.

Um credor estrangeiro apresentou uma petição de liquidação contra o endividado gigante imobiliário chinês Evergrande junto do poder judicial de Hong Kong.

Num comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, onde está cotada, a Evergrande indicou que o autor é a Top Shine Global Limited, uma empresa registada em Samoa e propriedade do investidor local Lin Ho Man.

A empresa disse que a petição de liquidação diz respeito a uma “obrigação financeira” no valor de 862,5 milhões de Hong Kong dólares (103,9 milhões de euros), sem fornecer mais pormenores.

A Evergrande garantiu que vai “opor-se vigorosamente” ao processo, e espera que este não tenha qualquer impacto nos planos de reestruturação ou no calendário que tem para os apresentar, mantendo o prazo até ao final de julho.

Na mesma informação à bolsa, o conglomerado confirmou que as suas ações vão permanecer suspensas da negociação, o que se arrasta desde 21 de março, um dia antes de reconhecer que não conseguia apresentar a tempo a declaração de rendimentos para 2021 devido ao “grande número de procedimentos de auditoria” que enfrentava.

O poder judicial de Hong Kong informou no ‘site’ que o julgamento que opõe a Top Shine Global Limited e a Evergrande terá lugar a 31 de agosto.

Embora Hong Kong pertença à China, como região semiautónoma, depois do fim da era colonial britânica há 25 anos, o poder judicial local funciona independentemente do do continente.

A Evergrande fez manchetes em 2021, quando acumulou dívidas superiores a 300 mil milhões de dólares (284 mil milhões de euros), juntamente com uma crise de liquidez que a levou a falhar algumas das obrigações.

A situação financeira de muitas empresas imobiliárias chinesas piorou, depois de Pequim ter anunciado, em agosto de 2020, restrições no acesso ao financiamento bancário para promotores como a Evergrande, que acumulara um elevado nível de endividamento ao apoiar o crescimento durante anos em políticas agressivas de alavancagem.

As autoridades chinesas já intervieram na empresa, que anunciou, em janeiro, a apresentação aos credores de uma “proposta preliminar de reestruturação” no prazo de seis meses.

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Nas notícias lá fora: OPA, Evergrande e Zimbabué

  • ECO
  • 28 Junho 2022

A CMVM espanhola poderá forçar a Sepi a lançar uma OPA sobre a Indra. Um credor estrangeiro apresentou uma petição para liquidar a Evergrande. Banco central do Zimbabué sobe taxa de juro para 200%.

A CMVM espanhola poderá forçar a Sepi a lançar uma OPA sobre a Indra. Um credor estrangeiro apresentou uma petição para liquidar a Evergrande. No Zimbabué, o banco central vai subir a taxa de juro diretora de 80% para 200%, tornando-a na mais elevada a nível mundial, enquanto nos Estados Unidos, a empresa que pretendia investir na nova plataforma de Donald Trump nas redes sociais está sob investigação.

Expansión

CMVM espanhola pode forçar a uma OPA de 1.200 milhões da Sepi sobre a Indra

A Comissão Nacional de Mercado de Valores (o equivalente à CMVM em Portugal) poderá forçar a Sepi a lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) de 1.200 milhões de euros sobre a Indra. Se o regulador espanhol considerar que há uma “ação concertada” na empresa de defesa, a empresa estatal deve fazer uma oferta de 11 euros por ação, ou vender parte de seus títulos.

Leia a notícia no Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Credor estrangeiro avança em Hong Kong com petição de liquidação contra Evergrande

Um credor estrangeiro apresentou uma petição de liquidação contra o endividado gigante imobiliário chinês Evergrande junto do poder judicial de Hong Kong. O autor é a Top Shine Global Limited, uma empresa registada em Samoa e propriedade do investidor local Lin Ho Man, revela o comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, onde está cotada, a Evergrande. A empresa disse que a petição de liquidação diz respeito a uma “obrigação financeira” no valor de 862,5 milhões de Hong Kong dólares (103,9 milhões de euros), sem fornecer mais pormenores. A Evergrande garantiu que vai “opor-se vigorosamente” ao processo, e espera que este não tenha qualquer impacto nos planos de reestruturação ou no calendário que tem para os apresentar, mantendo o prazo até ao final de julho.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Banco central do Zimbabué sobe taxa de juro para 200%

O banco central do Zimbabué vai subir a taxa de juro diretora de 80% para 200%, tornando-a na mais elevada a nível mundial, para tentar controlar a galopante inflação, que chegou a 191% este mês. “A crescente inflação tem deprimido a procura e a confiança dos consumidores e, se não for controlada, acabará com os ganhos económicos significativos obtidos nos últimos dois anos”, argumentou o governador do banco central, John Mangudya. Na intervenção, o governador mostrou ainda “grande preocupação” pela duplicação da inflação nos últimos dois meses, para 191%, em parte devido aos impactos da invasão russa da Ucrânia, que levou vários bancos centrais a nível global a aumentarem as taxas de juros, mas sem comparação face à dimensão da subida no Zimbabué.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The New York Times

Investigação judicial compromete compra de empresa de Trump para as redes sociais

A empresa que pretendia investir na nova plataforma de Donald Trump nas redes sociais revelou que está a ser objeto de uma investigação por um grande júri federal, o que a pode inibir de adquirir a Truth Social. Depois de ter divulgado que tinha sido intimada por um grande júri de Nova Iorque, a Digital World Acquisition Corp. viu as suas ações desvalorizarem hoje cerca de 10%. A intimação do Departamento de Justiça segue-se a uma investigação em curso pela entidade reguladora do mercado bolsista (SEC, na sigla em Inglês) sobre se a Digital World violou as regras, ao ter negociações substanciais sobre a compra da empresa de Trump desde o início de 2021, antes de a Digital World vender ações ao público pela primeira vez em setembro, poucas semanas antes de anunciar que ia comprar a empresa de Trump.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Reuters

Encontrados 46 migrantes mortos dentro de um atrelado de um camião no Texas

Quarenta e seis pessoas foram encontradas mortas dentro de um atrelado de um camião no sudoeste de San Antonio, no estado norte-americano do Texas. A polícia encontrou o camião numa estrada remota, perto da base aérea de Lackland. Outras 16 pessoas, 12 adultos e quatro crianças, encontradas no mesmo local, receberam assistência médica devido ao calor e à desidratação, revelou o chefe da corporação dos bombeiros, Charles Hood. As pessoas que seguiam no atrelado fariam parte de uma alegada tentativa de contrabando de migrantes para os Estados Unidos, Precisou o chefe de polícia, William McManu, acrescentando que pelo menos três pessoas estão sob custódia policial, embora não seja claro se estão ligadas a este caso.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

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