Galp, BCP e EDP põem Bolsa de Lisboa a abrir no verde

Principais empresas da praça portuguesa abrem sessão em terreno positivo, com Galp a somar mais de 2%.

A bolsa portuguesa está a abrir em terreno positivo pelo segundo dia consecutivo. As subidas das cotadas mais influentes da praça nacional estão a impulsionar o início da negociação desta terça-feira, com o PSI a crescer 0,94%, para 6.111,73 pontos.

Das 15 cotadas da praça portuguesa, 14 seguiam em terreno positivo e apenas a Jerónimo Martins negociava no vermelho pelas 8h10 (descia 0,1%, para 19,95 euros por ação).

A Galp era a empresa que mais valorizava: por conta da subida do petróleo, a energética nacional estava a valorizar 2,53%, para 11,75 euros.

O BCP era o segundo título com maior valorização, ao crescer 1,64%, para 17,39 cêntimos.

O grupo EDP também seguia em alta, com a EDP a aumentar 1,03% (4,526 euros) e a Renováveis a crescer 0,97% (22,84 euros).

No retalho, a Sonae valorizava 1,04%, para 1,163 euros.

Na Europa, quase todas as praças abriram em terreno positivo: o espanhol IBEX 35 somava 0,69% (8.299,2 pontos); o francês CAC 40 crescia 1,31% (6.126,81 pontos) e o britânico FTSE 100 aumentava 0,56% (7.299,10 pontos). O italiano MIB era a única exceção, ao recuar 0,86% (21.928,81 pontos).

O índice Stoxx 600, com as 600 maiores cotadas europeias, somava 0,68%, para 417,92 pontos.

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Estado ganha 169 milhões com dividendos da Galp

  • ECO
  • 28 Junho 2022

Desde 2017 que a privatização da Galp estagnou, não havendo data para retomar o processo. À conta disso, o Estado já arrecadou um total de 169,1 milhões de euros em dividendos da petrolífera.

Desde 2017 que a privatização da Galp estagnou, com o Estado a manter uma participação de 7,48%, através da Parpública, na petrolífera. Com isso, o Estado já arrecadou 169,1 milhões de euros em dividendos e sem ter tomado qualquer posição sobre os rumos da empresa, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

Como não ficou com o dinheiro aplicado em obrigações emitidas em 2010, a Parpública tornou-se no segundo maior acionista da energética, depois de ter comprado um total de 885 milhões de euros junto dos investidores, e apenas ultrapassada pela Amorim Energia, do Grupo Américo Amorim (que detém uma participação de 33,34%).

Neste contexto, o Estado continuou a receber dividendos como acionista, tendo arrecadado 169,1 milhões de euros, dos quais: 30.586.696,60 euros em 2017, 35.685.635,62 euros em 2018, 41.814.255,64 euros em 2019, 23.816.282,89 euros em 2020 e 23.816.282,89 euros em 2021, de acordo com a análise dos relatórios de contas da Parpública feita pelo Negócios. Se as ações fossem vendidas hoje, tendo em conta o preço unitário da sessão de ontem (11,46 euros por ação), o Estado arrecadaria 711 milhões de euros.

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Petróleo perto dos 117 dólares por dificuldades em aumentar produção

Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos revelam-se incapazes de aumentar produção enquanto conflitos políticos na Líbia no Equador dificultam fornecimento do 'ouro negro'.

O preço do barril de petróleo está a subir pelo terceiro dia consecutivo, para perto dos 117 dólares. Em causa estão as dificuldades de aumento de produção de países como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos para compensar as incertezas políticas na Líbia e no Equador.

O barril de petróleo de referência para as importações europeias, o brent, segue a subir 1,52%, para 116,84 dólares. Há mais de uma semana que o ‘ouro negro’ do Mar do Norte não negociava neste patamar.

O barril de petróleo de crude está a negociar nos 111,18 dólares, mais 1,47% do que no fecho do mercado de segunda-feira.

Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos são vistos como os dois únicos países do ‘cartel’ da OPEP que podem compensar o embargo às importações de petróleo da Rússia e as dificuldades de produtores mais frágeis.

No caso dos Emirados Árabes Unidos, contudo, a produção de petróleo está perto da máxima capacidade possível, de 3,168 milhões de barris por dia, segundo o mais recente acordo entre a OPEP e os seus aliados (OPEP+).

As dificuldades de produção estão a anular os efeitos da descida do petróleo na abertura do mercado de segunda-feira, por conta da discussão de uma proposta de limites ao preço, da parte do Presidente francês, Emmanuel Macron.

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Jogo online rende mais de 567 milhões às contas públicas

  • ECO
  • 28 Junho 2022

Entre o terceiro trimestre de 2016 e o final de março de 2022, os jogos e apostas online renderam mais de 567 milhões de euros ao Estado. úmero de jogadores habituais ronda os 760 mil.

Entre o terceiro trimestre de 2016 e o final de março de 2022, os jogos e apostas online renderam mais de 567 milhões de euros aos cofres públicos, avança o Jornal de Notícias (acesso condicionado). Número de jogadores habituais ronda os 760 mil.

Os dados são do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ) e do Ministério da Economia e revelam que os anos de pandemia, 2020 e 2021, foram os que proporcionaram um maior encaixe ao Estado, através do imposto especial sobre o jogo e taxas de licenças e homologação de sistemas. Em 2020, a receita bruta aumentou em 120,9 milhões (mais 56,2%) face a 2019, enquanto em 2021, a receita bruta cresceu 136,6 milhões (mais 111,3%), em relação ao período pré-pandemia.

Os jogos online contaram com um total de 759,8 mil participantes. No último ano, os jogos online renderam 508,6 milhões de euros, mais do triplo dos 143,9 milhões de euros da receita bruta com o jogo nos casinos, salas de máquinas e de bingo convencionais.

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Hoje nas notícias: Galp, Martifer e apostas online

  • ECO
  • 28 Junho 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Estado já arrecadou 169 milhões de euros em dividendos e com atraso na venda da Galp. Ainda no plano empresarial, a Martifer ganhou um contrato numa base nuclear francesa. Entre 2016 e até março deste ano, os jogos e apostas online renderam mais de 567 milhões de euros aos cofres públicos. Novo regime de mobilidade de docentes por motivos de doença está a deixar de fora alguns professores.

Estado ganha 169 milhões com dividendos da Galp

Desde 2017 que o Estado mantém, através da Parpública, uma participação de 7,48% na Galp. Como não ficou com o dinheiro aplicado em obrigações emitidas em 2010, a Parpública tornou-se no segundo maior acionista da energética, depois de ter comprado um total de 885 milhões de euros junto dos investidores. À conta disso, o Estado já arrecadou um total de 169,1 milhões de euros em dividendos e sem ter tomado qualquer posição sobre os rumos da empresa. Se as ações fossem vendidas hoje, o Estado arrecadaria 711 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Martifer ganha contrato em base nuclear francesa

A Martifer é a única empresa portuguesa num consórcio para ajudar a construir novos edifícios para uma base nuclear na cidade francesa de Toulon. Neste empreendimento, a empresa de Oliveira de Frades irá dar o seu contributo através da unidade de construções metálicas. O projeto vai ser executado no prazo de mais de cinco anos (62 meses) e vai levar à adaptação das instalações na área de Missiessy da base naval de Toulon para acomodar novos submarinos de ataque nuclear do tipo Suffren, da classe Barracuda.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Jogo online rende mais de 567 milhões às contas públicas

Entre o terceiro trimestre de 2016 e o final de março de 2022, os jogos e apostas online renderam mais de 567 milhões de euros aos cofres públicos. 2020 e 2021, os anos da pandemia, foram os que proporcionaram maior encaixe ao Estado, através do imposto especial sobre o jogo e taxas de licenças e homologação de sistemas. Os jogos online contaram com um total de 760 mil participantes. No último ano, os jogos online renderam 508,6 milhões de euros, mais do triplo dos 143,9 milhões de euros da receita bruta com o jogo nos casinos, salas de máquinas e de bingo convencionais.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Mobilidade nas escolas. Lei deixa sem rede professores que são cuidadores ou doentes

O Governo aprovou alterações ao regime de mobilidade de professores por motivo de doença, que introduzem novos critérios para a colocação, que passa a depender da capacidade das escolas. Estas medidas permitem aos docentes com doenças incapacitantes (ou familiares próximos nessa situação) mudar para uma escola mais próxima de casa ou do prestador de cuidados de saúde e vão entrar em vigor já no próximo ano letivo. Contudo, as alterações estão a ser vistas como insuficientes por vários docentes, que dizem que ficaram de fora do regime e não lhes restará alternativa senão meter baixa.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Unidades de Saúde Familiar querem equipa de saúde familiar para todos os portugueses

A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF) defende que uma equipa de saúde familiar para todos é a base para a melhoria do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em declarações à Renascença, André Biscaia, presidente desta associação, considera que a ausência destas equipas ” é “um problema primordial e central” e que explica, em parte, a atual crise nas urgências. “Há muito investimento a fazer, mas tem de se começar por algum lado e tem de se começar por esta equipa para toda a população”, diz.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

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“O país precisava com urgência de um Orçamento”. Medina promete reforçar serviços públicos

No dia em que o Orçamento do Estado entra em vigor, o ministro das Finanças diz ao ECO que é um “ponto final definitivo na crise política” e promete uma “nova fase de governação”.

O Orçamento do Estado para 2022 entra em vigor esta terça-feira depois de 178 dias com o país a viver em duodécimos. É um documento que fica para a história porque, na sua versão inicial, foi o primeiro Orçamento do Estado chumbado em democracia.

O chumbo, em outubro do ano passado, precipitou eleições antecipadas que deram uma maioria absoluta aos socialistas que voltaram a formar Governo. Uma das caras novas do Executivo é a de Fernando Medina que diz que este Orçamento coloca um ponto final na crise política e permite ao país enfrentar o choque energético.

Em declarações escritas enviadas ao ECO, Fernando Medina diz que “a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2022 coloca um ponto final definitivo na crise política iniciada no ano passado e é o ponto de partida para uma nova fase de governação com segurança e confiança acrescidas”.

O Orçamento para 2022 foi aprovado em votação final global no Parlamento, a 27 de maio, com os votos a favor do PS e as abstenções dos deputados do PSD da Madeira e dos deputados únicos do PAN e do Livre.

Ao ECO, Fernando Medina refere que “o país precisava com urgência de um Orçamento do Estado e hoje, menos de três meses após a tomada de posse do Governo, o país conta com um Orçamento do Estado de contas certas que responde às necessidades das famílias e empresas”.

Esta promessa de “contas certas” acontece numa altura em que os juros da dívida soberana de vários países na Europa dispararam, inclusive em Portugal, tendo levado o Banco Central Europeu a prometer uma nova ferramenta para evitar a fragmentação dos mercados, ou seja, um instrumento para impedir que os investidores penalizem em demasia os países com níveis mais elevados de endividamento.

Entrega e apresentação do Orçamento do Estado 2022 - 13ABR22

O Presidente da República promulgou o Orçamento no dia 17 de junho, apesar de o classificar como “um conjunto de intenções” num quadro económico imprevisível, que está destinado a “fazer uma ponte precária” para o Orçamento de 2023.

É neste “quadro económico imprevisível”, no rescaldo de uma pandemia, no meio de uma guerra na Europa e de preços energéticos estratosféricos que o Orçamento entra em vigor.

“Com este OE apoiaremos famílias e empresas a enfrentar o choque energético”

Mas Fernando Medina promete dar luta à crise e para isso precisava de ter o Orçamento aprovado. “Com este Orçamento apoiaremos famílias e empresas a enfrentar o choque energético, aliviaremos a carga fiscal sobre a classe média e pagaremos os aumentos extraordinários de pensões com retroativos ao início do ano”, acrescenta Fernando Medina.

Mas o ministro das Finanças deixa uma outra promessa, numa altura em que, de todo ao país, chegam relatos de encerramentos total ou parcial de várias urgências, sobretudo nas áreas da ginecologia e obstetrícia. Medina diz ao ECO: “Com este Orçamento, avançaremos com investimentos estruturais e reforçaremos os serviços públicos”.

Há duas semanas, no meio da polémica dos hospitais, Medina garantia que a pressão no Serviço Nacional de Saúde “não decorre de nenhum condicionamento financeiro”, mas antes da falta de pessoal. E o Governo já está a negociar com os médicos algumas medidas, nomeadamente o aumento da remuneração do valor das horas extras feitas nas urgências.

Esta segunda-feira foi publicada em Diário da República a lei que suporta o OE2022, o que quer dizer que o Orçamento entrará em vigor a partir desta terça-feira. Um Orçamento que o primeiro-ministro diz que é “dirigido à classe média, centrado nos jovens e amigo do investimento”.

Mas, afinal, o que é que este Orçamento vai mudar na vida dos portugueses? E quando vão sentir no bolso as medidas de alívio fiscal ou de aumento de rendimento aprovadas no Orçamento?

Algumas medidas já estão a ter impacto no bolso dos portugueses mesmo antes da entrada em vigor do OE (é o caso dos escalões de IRS). Outras vão ter impacto nas próximas semanas ou meses e algumas, de caráter fiscal, só em 2023, quando fizer contas com o Fisco.

Veja aqui, medida a medida, quando é que o OE vai ter impacto no seu bolso.

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Dos glossários à designação de cargos. Nestas empresas trabalha-se para a inclusão da comunidade LGBTQI+

Apesar de defenderem que a diversidade é fundamental para a cultura, apenas 26,5% dos profissionais dizem que a sua empresa lançou iniciativas nesse âmbito. Estas empresas contrariam os números.

Quase 70% dos profissionais consideram que a sua empresa se preocupou com a gestão da diversidade nos últimos dois anos, mas apesar de 42% defender que a diversidade é uma parte importante da cultura corporativa, apenas 26,5% refere que a sua organização lançou efetivamente programas e iniciativas. E 22,8% indica que ainda não o fez, embora esteja nos planos da empresa, revela o estudo “Diversidade & Inclusão”, da Michael Page. A TAP, Microsoft, Free Now e Teleperformance são algumas das empresas que contrariam estes números e que, não só incluem a diversidade nos seus planos, como a transpõem para ações concretas. Glossários, personalização de tratamento, neutralidade na designação de cargos e promoção de festividades são algumas das iniciativas que se têm realizado por estes dias — assinalando o mês em que se celebra o Dia do Internacional do Orgulho LGBT, que decorre esta terça-feira — mas que, nestas empresas, ocorrem também durante todo o ano.

“É a primeira empresa onde sinto que o tema de diversidade e inclusão é levantado como um ponto de discussão”, diz Moisés Sousa, partner technical advisor da Microsoft Portugal. “Como imigrante de um país com baixo crescimento económico e social, sonhar com um futuro de oportunidades e inclusão era uma tarefa impossível. Quando a vida me deu a oportunidade de viver fora das minhas fronteiras e trabalhar numa empresa onde o meu valor reside em capacitar muitas perspetivas, qualquer necessidade de ocultar a minha verdadeira essência ficou completamente esvaziada”, admite o profissional, natural da Venezuela, à Pessoas.

Para dar voz às comunidades LGBTQI+ (sigla para lesbian, gay, bisexual, transgender, queer e intersex), a Microsoft trouxe para Portugal, em 2018, as atividades já desenvolvidas pelo Global LGBTQIA+ Employee and Allies at Microsoft Employee Resource Group (GLEAM), criado em 1993. Moisés Sousa faz parte desta plataforma que é constituída por voluntários da empresa, com o objetivo de impulsionar mudanças relacionadas com a comunidade LGBTQI+ nas políticas e no ambiente de trabalho da gigante tecnológica.

Quando a vida me deu a oportunidade de viver fora das minhas fronteiras e trabalhar numa empresa onde o meu valor reside em capacitar muitas perspetivas, qualquer necessidade de ocultar a minha verdadeira essência ficou completamente esvaziada.

Moisés Sousa

Partner technical advisor da Microsoft Portugal

No primeiro ano, o grupo nacional já contava com 60 membros internos e, atualmente, são 120. “Como membro da comunidade LGBTQI+, é muito importante para mim ser fiel à minha personalidade. Parte da luta que mantemos pelos direitos da nossa comunidade começa por garantir que este é um tema de discussão no ambiente de trabalho, e que podemos trabalhar pela diversidade e inclusão em todas as atividades das nossas equipas. O GLEAM, para mim, representa a oportunidade de usar a minha plataforma laboral para informar e educar outras pessoas sobre temas importantes na luta LGBTQI+. Esta foi, sem dúvida, a razão que me incentivou a integrar esta equipa, e deixa-me muito orgulhoso pertencer a uma organização que promove os valores de diversidade e inclusão entre os seus colaboradores”, afirma Moisés Sousa.

O GLEAM foi impulsionado inicialmente por Rita Piçarra, atual CFO da Microsoft Portugal, que, depois de ter vivido 12 anos em países como os EUA, França, Brasil e Espanha, notou que a Microsoft em Portugal estava a crescer a um ritmo muito elevado e que ainda não tinha o chapter GLEAM localmente. “Desafiou-me para avançarmos com a criação deste projeto em Portugal e arrancámos o grupo com apenas cinco membros”, recorda Sergio Matos, sr finance manager & GLEAM lead na Microsoft Portugal.

Na mais de uma centena de membros do GLEAM, há colaboradores da comunidade LGBTQI+, mas também “aliados”. “Uma pessoa que toma intencionalmente a decisão de perceber, criar empatia e atuar para apoiar o outro; é um compromisso e uma prática ao longo da vida, que deve ser adotado por todos nós”, esclarece Sergio Matos. Os “aliados” são fundamentais no grupo, “de forma a eliminarmos as formas de discriminação e melhorarmos a empatia entre as pessoas das organizações”.

Durante o mês de junho, a Microsoft, à semelhança de muitas outras empresas, intensificou as iniciativas neste âmbito, celebrando, com os colaboradores em todo o mundo, o orgulho gay. No dia 17 de junho, a partir do mote “Pride has no borders”, as comunidades LGBTQIA+ da Microsoft organizaram um evento experimental no metaverso. Os participantes mergulharam na história do Pride, num mundo virtual, e aprenderam mais sobre os direitos LGBTQIA+ com ativistas, jogadores e defensores das comunidades LGBTQIA+ na Microsoft, Xbox e organizações como a International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (ILGA World) e OutRight Action International.

Já a Free Now, que também tem sido uma voz ativa na luta pela igualdade de direitos da comunidade LGBTQI+, tornou-se mobility partner das atividades da Pride Week, em Lisboa, nomeadamente do Arraial Lisboa Pride, que decorreu este fim de semana. Para além de um desconto exclusivo de 15% em todas as viagens até à Praça do Comércio, a Free Now levou, ainda, a cabo uma série de ativações no local.

A plataforma de mobilidade começou, ainda, em setembro do ano passado a dar formação aos seus mais de três mil motoristas sobre condutas contra o assédio e a discriminação. O objetivo é aumentar o conhecimento sobre as questões da comunidade LGBTI+ e desmistificar preconceitos e estereótipos.

Promover a familiarização com conceitos

Para garantir a familiarização das pessoas com o conceito e linguagem LGBTQIA+ e fomentar discussões construtivas, a Fox Life, com a consultoria da ILGA Portugal, assumiu um compromisso com a promoção da literacia de identidade de género e combate à intolerância e ao preconceito. Para isso, o canal da Walt Disney Company Portugal começou o projeto “ABCLGBTQIA+”, que dá a conhecer os vários termos relacionados com a comunidade LGBTQI+.

Não binária, queer, trans, identidade de género, pronomes, LGBTI-fobia, gay, expressão de género, cis ou cisgénero, aliada, bissexual, pansexual, lésbica, família arco-íris, linguagem inclusiva, misgendering, nome social, poliamor e travesti são alguns dos termos cujo significado está disponível para download gratuito em formato áudio, vídeo ou estático, no site www.abclgbtqia.com.

Dar o exemplo desde o chairperson

A TAP dá o exemplo através do próprio chairperson. Uma alteração na designação do cargo que acarreta uma mensagem muito importante. Manuel Beja, que desempenha funções na companhia aérea desde junho do ano passado, assina como chairperson e não como chairman, o mais habitual no mundo corporativo.

“Procuramos ser uma empresa na qual todos têm as mesmas oportunidades e responsabilidades, indiferentemente do género, etnia ou orientação sexual, por exemplo”, diz fonte oficial da TAP, acrescentando que este “pequeno” (e ao mesmo tempo enorme) detalhe na designação do cargo do gestor contribui para “promover a igualdade de género” numa empresa que “celebra a diversidade em todas as suas dimensões”.

A designação chairperson tem sido bem recebida pelos colaboradores e restantes gestores de topo, tal como todas as outras iniciativas que a TAP tem vindo a adotar para a promoção dos direitos da comunidade LGBTQI+. Criou “serviços sociais” – que contam com um serviço de informação, aconselhamento e mediação para questões relacionadas com a diversidade LGBTQI+ no contexto do trabalho – e está a implementar um canal que vai permitir denunciar todas as situações associadas à discriminação, violações do código de ética, infrações relacionadas ou fraude, assegurando “o anonimato e o tratamento confidencial de todas as situações denunciadas”.

“Project Charlie”

Na Teleperformance, o “Project Charlie” tem feito uma grande diferença na vida de alguns colaboradores. O projeto — como o nome indica — inspirou-se em Charlie: uma pessoa não binária que, todos os dias, quando abria os sistemas para trabalhar era confrontada com o seu dead name, com o qual já não se identificava.

“Estamos a mudar parte dos nossos sistemas para que, desde que a pessoa é recrutada, possa determinar qual o seu nome preferencial e isso possa estar refletido nas tools para que seja conhecida pelo que a faz sentir melhor. É algo mínimo, não tem custos por aí além, mas tem um impacto brutal”, contava Ana Sanches, VP of diversity, equity and inclusion na multinacional, numa entrevista no início do ano à Pessoas.

Na reunião, disse-nos que, pela primeira vez, estava a partilhar as suas intenções e a forma como gostaria de ser tratada porque, até agora, nas organizações onde tinha estado tinha sido alvo de bullying e não percebiam a sua condição. E chorou um bocadinho ali connosco. Em muitos casos estamos a dar às pessoas a oportunidade de serem aquilo que querem ser.

Ana Sanches

VP of diversity, equity and inclusion na Teleperformance

Uma mudança que faz toda a diferença na vida de Maria. “Quando começamos o ‘Project Charlie’ um conjunto de pessoas pediram-nos para mudar o nome, inclusive um colaborador que entrou na Teleperformance como homem, com algum receio de divulgar a sua identidade, mas que queria chamar-se Maria, estava em processo de mudança legal de nome”, lembra a responsável. “Na reunião, disse-nos que, pela primeira vez, estava a partilhar as suas intenções e a forma como gostaria de ser tratada porque, até agora, nas organizações onde tinha estado tinha sido alvo de bullying e não percebiam a sua condição. E chorou um bocadinho ali connosco. Em muitos casos estamos a dar às pessoas a oportunidade de serem aquilo que querem ser.”

Como aumentar diversidade e inclusão

De acordo com o estudo realizado pela Michael Page, mais de metade dos inquiridos (58,3%) atribui a responsabilidade de implementar iniciativas de diversidade e inclusão precisamente ao departamento de recursos humanos, seguindo-se os elementos da gestão sénior (diretores e outros responsáveis).

No que toca às atividades promovidas no âmbito da diversidade e inclusão, 89,3% refere o equilíbrio de género. Seguem-se a integração de pessoas com diferentes backgrounds culturais (73,8%) e a empregabilidade de pessoas de várias idades, referida por 71,4%. Mais de metade dos entrevistados (56%) menciona, ainda, a integração de pessoas com incapacidade e 32,1% a contratação de pessoas pertencentes à comunidade LGBT.

“Uma cultura diversificada e inclusiva ajuda as organizações que desenvolvem a sua atividade também no estrangeiro. Em simultâneo, as organizações que apostam na diversidade são geralmente mais bem sucedidas. Os estudos mostram que as empresas com equipas de gestão diversificadas têm 19% mais receitas graças à inovação“, salienta Álvaro Fernandez, diretor-geral da Michael Page em Portugal.

Defendo a necessidade de as empresas promoverem a diversidade a nível interno, o estudo revela ainda que os modelos flexíveis de horário de trabalho e as iniciativas para promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal são as mais apontadas (64,3%).

A comunicação de iniciativas de diversidade (internet e intranet, brochuras, workshops internos, palestras em conferências e publicações) surge como a segunda forma mais utilizada (54,8%), seguindo-se a formação e incentivo de equipas interculturais.

A reestruturação dos processos de recrutamento (por exemplo, reformulação dos anúncios de emprego, adaptação do processo de candidatura e do processo de seleção) é referida por 28,6% e os programas de mentoring e intercâmbio internacional de colaboradores por 27, 4%.

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Japonesa Ricoh “exporta” aquisição no Porto para a Europa

Conhecida pela impressão, mas a posicionar-se para os serviços digitais, a Ricoh prepara a portuense Pamafe, que comprou em 2022, para ser “hub internacional” nas áreas cloud e de cibersegurança.

A gigante japonesa Ricoh quer tornar a portuense Pamafe, que comprou em janeiro deste ano, num hub internacional de serviços” nas áreas da cloud e da cibersegurança. O presidente executivo do grupo para o mercado ibérico indica ao ECO que estes ativos digitais vão começar a ser utilizados “desde já” no mercado espanhol e serão depois “fornecidos para outros países da Europa”, a partir de Portugal.

“Há dois elementos importantes. Um deles é ter um serviço de cloud baseado em infraestrutura própria, o que permite ao cliente, em vez de ir a uma Amazon ou Google, usá-la como uma private cloud. O outro é uma plataforma de gestão de cibersegurança, que possibilita a oferta destes serviços em remoto, utilizando tecnologias sem ter de as comprar. É a cibersegurança como um serviço”, explica Ramon Martin.

Fundada em 1998, com uma faturação anual de 20 milhões de euros e cerca de 500 clientes, concentrados sobretudo em Portugal, a Pamafe está focada em data centers e infraestruturas de tecnologias de informação para espaços de trabalho, em soluções cloud e também em cibersegurança. Esta última especialização da empresa portuense permitiu à Ricoh Portugal entrar numa nova área de negócio — e uma das três eleitas como apostas prioritárias, a par da migração para a cloud e da “hiper automatização” de processos.

Estamos abertos a adquirir empresas que empreendedores portugueses iniciaram na década de 1980, mas sem dimensão para poderem abordar a expansão tecnológica que está a haver. Há neste momento uma oportunidade real de integração dessas capacidades, do seu talento e do conhecimento do mercado.

Ramon Martin

CEO da Ricoh Espanha e Portugal

 

A aquisição desta firma nortenha acrescentou 56 funcionários à estrutura portuguesa do grupo asiático, que ronda agora as 135 pessoas. E que “seguramente” vai aumentar o recrutamento nos próximos anos para “poder fazer crescer” o negócio. Tal como aconteceu com a tecnológica TotalStor, que tinha comprado em 2019 em Lisboa, absorveu toda a gente e optou por manter, pelo menos para já, a organização separada. O gestor nota que o grupo “[protege] sempre as aquisições durante alguns anos para permitir uma transição lenta para uma nova cultura corporativa”.

“Há uma complementaridade entre Porto e Lisboa. Estas empresas eram concorrentes; são ambas parceiras da Dell e não há nenhum conflito entre tecnologias. Há outro elemento que é todo o portefólio adicional, [sendo que] a Pamafe tem maior amplitude e dimensão do que tinha a Totalstor. Um terceiro fator importante é a gestão. Em todas as aquisições, a Ricoh procura incorporar os gestores [anteriores] para conseguir uma liderança tecnológica de maior impacto”, resume Ramon Martin.

Na mira estão já outras de cibersegurança, de desenvolvimento de aplicações como javae .net para portais web e automatização de processo, ou fornecedoras de data center e companhias a migrar para negócios cloud. “Estamos abertos a adquirir empresas que empreendedores portugueses iniciaram na década de 1980 com aquelas que eram as tecnologias líderes naquele momento, mas que não têm dimensão para poder abordar a expansão tecnológica que está a haver. São pequenas, o que as impede de ter um crescimento potente. Creio que há neste momento uma oportunidade real de integração dessas capacidades que são muito boas, do seu talento e do conhecimento do mercado”, frisa.

Impressão a descer e contratos a rever

Conhecida ainda mais pelo mercado da impressão, que é a área de origem e em que é fabricante de impressoras, faxes ou dispositivos eletrónicos para escritórios, a Ricoh tem vindo a mover-se para os espaços de trabalho digital, em que entrou com os ecrãs interativos para videoconferências. Recentemente, a companhia que fatura a nível global acima de 17 mil milhões de euros por ano reposicionou-se até aos serviços digitais, por via da aquisição de tecnológicas que operam nos mercados de data centers, cloud, cibersegurança e aplicações.

Em Portugal, onde começou a operar em 1986, mas até há cinco anos apenas atuava na área de impressão, a multinacional conta fechar o próximo exercício, em março de 2023, com um volume de negócios superior a 50 milhões de euros (vs. 30 milhões no último fecho). Ramon Martin, o catalão de 56 anos que em 2017 foi nomeado diretor-geral também para o mercado português, traça ao ECO a ambição de duplicar depois as vendas anuais e chegar aos 100 milhões de euros em 2026.

Ramon Martin, CEO da Ricoh Espanha e Portugal

A área de impressão vale agora “apenas” 50% do negócio no mercado português e próximo ano já será maior a proporção de receitas nos serviços digitais. O presidente executivo recorda como foi “muito dura” a quebra de 70% nos produtos relacionados com os espaços de trabalho físicos – recuperou, entretanto, até estabilizar numa queda de 25% face ao nível pré-Covid, a nível ibérico –, contrabalançada pelo crescimento registado nas chamadas atividades de colaboração, que abrangem as salas de videoconferência ou o fornecimento de comunicações híbridas, e noutro tipo de negócios, como os data centers.

E no atual contexto de guerra e de maior escassez e aumento de custo de quase todos os materiais, Ramon Martin descreve aumentos de dois dígitos no mercado das tecnologias, a nível global, que estão a obrigar o grupo a rever os contratos com os clientes empresariais. E a tentar negociá-los também com a administração pública, que é sempre mais “lenta a reagir”. “Os contratos que não incluíam crescimento de preços têm de adaptar-se à economia, senão no final haverá uma rutura. Tem de se arranjar uma forma [de o fazer]. Se muda o contexto, os salários, os custos dos componentes, há que mudar. Se não há uma atualização, isto só pode acabar mal e no final vais perder qualidade”, conclui.

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Ordem quer apertar regras para se ser advogado do Estado

Questão será discutida na Assembleia Geral Extraordinária de 25 de julho. Proposta passa por aumentar requisitos para que um advogado possa ser oficioso.Por ano, Estado gasta 30 milhões com SADT.

A Ordem dos Advogados (OA) vai votar alterações às regras dos advogados oficiosos — pagos pelo Estado para patrocinar a defesa de quem tem menos recursos financeiros — em Assembleia Geral Extraordinária, a decorrer no dia 25 de julho.

A OA, liderada pelo bastonário Luís Menezes Leitão, pretende ‘apertar’ os requisitos para que um advogado possa se inscrever no Sistema de Acesso ao Direito e Tribunais (SADT), onde consta a lista dos advogados oficiosos.

A norma que atualmente se encontra em vigor pede apenas que, para se ser advogado oficioso, o profissional tenha inscrição definitiva e em vigor na Ordem dos Advogados e com as quotas regularizadas. A proposta da OA aumenta essa lista de requisitos e que sejam advogados “com inscrição definitiva e em vigor na Ordem dos Advogados, que residam habitualmente em Portugal, que tenham a advocacia como sua profissão principal, nomeadamente cuja atividade não seja prestada em regime de subordinação e em exclusividade ao serviço de quaisquer serviços ou entidades que possuam natureza pública ou prossigam finalidades de interesse público, que tenham concluído o seu estágio em Portugal, ou, não tendo concluído o estágio em Portugal, que se encontrem inscritos há, pelo menos, dezoito meses, com efetiva atividade forense, em Portugal, durante tal período e com as quotas regularizadas”, pode ler-se na proposta, a que o ECO/Advocatus teve acesso.

E pretende ainda que no momento da inscrição, os advogados não tenham de fornecer o número de telemóvel profissional, as áreas preferenciais de intervenção, o NIF, o numero de Identificação Bancária, o enquadramento fiscal em sede de IVA e IRS e o local de obtenção de rendimentos.

Por ano, o Estado gasta, em média, cerca de 30 milhões para pagar aos milhares de advogados que estão inscritos no Sistema de Acesso ao Direito enquanto advogados oficiosos. No total, são cerca de 13 mil e 500 advogados (de um total de 35 mil) que estão inscritos como advogados oficiosos.

Dados do Relatório Justiça 2015-2020 do Ministério da Justiça mostram que um advogado oficioso em Portugal recebe, em média, 389 euros por cada apoio. Relativamente ao número de apoios judiciários por 100.000 habitantes, em Portugal são feitos cerca de 1.503 apoios. Os países com um maior número de apoios são Escócia, com 3.535, Lituânia, com 3.002, Reino Unido, com 2.340, Países Baixos, com 2.159, e Mónaco, com 2.149. Marrocos (9), Hungria (139) e Turquia (177) são os países com menor número de casos.

Por outro lado, o valor médio pago por cada apoio judiciário é mais alto no Reino Unido, com um montante a rondar os 1.325 euros, o triplo do que é pago em Portugal (ver tabela em cima). Entre os países que pagam mais aos advogados oficiosos estão ainda os Países Baixos (1.270 euros), a Irlanda (1.107 euros) e a Áustria (963 euros). Já a Ucrânia (20 euros), Moldávia (22 euros) e Marrocos (49 euros) são os países que menos pagam aos advogados oficiosos.

Relativamente ao pagamento dos serviços prestados por advogados e solicitadores no quadro do atual regime de acesso ao direito e aos tribunais, o montante tem vindo a diminuir ligeiramente desde 2016.

Em julho de 2020, em plena pandemia, o Ministério da Justiça aumentou em oito cêntimos a tabela de referência que serve de base de pagamento aos advogados oficiosos. A portaria, publicada em Diário da República, concretizou a atualização da Tabela de Honorários do Acesso ao Direito e aos Tribunais, que não era atualizada desde 2009.

Por cada processo que um advogado oficioso patrocina, é aplicada a tabela de unidade de referência (UR) correspondente a cada tipo de processo. Ou seja: os mais complexos correspondem a mais unidades de referência e aos mais simples correspondem unidades mais baixas. Sendo que cada unidade tem o valor de 25,50 euros. Agora, com este aumento, as UR passam a valer 25,58 euros. Concretizando: se um processo corresponder a oito unidades de referência, um advogado recebe 204,64 euros. Mais 64 cêntimos que antes de a portaria ser publicada.

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Orçamento já está em vigor. Quando é que chega ao meu bolso?

Depois de 178 dias a viver em duodécimos, o país volta esta terça-feira a ter um Orçamento do Estado. Para os pensionistas, as boas notícias chegam daqui a duas semanas.

É um Orçamento que fica para a história porque foi o primeiro, na sua versão inicial, a ser chumbado em democracia e acabou por provocar eleições antecipadas, ganhas com maioria absoluta pelo Partido Socialista.

Já com o conforto dos seus 120 deputados na Assembleia da República, António Costa voltou a apresentar um Orçamento para 2022 muito semelhante ao que tinha sido chumbado em outubro do ano passado.

O OE2022 foi aprovado em votação final global no Parlamento, em 27 de maio, com os votos a favor do PS e as abstenções dos deputados do PSD da Madeira e dos deputados únicos do PAN e do Livre. O Presidente da República promulgou-o depois, no dia 17 de junho, apesar de o classificar como “um conjunto de intenções” num quadro económico imprevisível, que está destinado a “fazer uma ponte precária” para o orçamento de 2023.

O documento foi publicado na segunda-feira em Diário da República e entra em vigor esta terça-feira, colocando fim a um período de 178 dias em que o país viveu em duodécimos.

Mas, afinal, o que é que este Orçamento vai mudar na vida dos portugueses? E quando vão sentir no bolso as medidas de alívio fiscal ou de aumento de rendimento aprovadas no Orçamento?

Algumas medidas já estão a ter impacto no bolso dos portugueses mesmo antes da entrada em vigor do OE (é o caso dos escalões de IRS). Outras vão ter impacto nas próximas semanas ou meses e algumas, de caráter fiscal, só em 2023, quando fizer contas com o Fisco.

Entrega e apresentação do Orçamento do Estado 2022 - 13ABR22
Fernando Medina, ministro das Finanças, na apresentação do Orçamento do Estado em abrilHugo Amaral/ECO

Pensionistas começam a receber bónus a 12 de julho

Uma das medidas de bandeira deste Orçamento, e com maior impacto orçamental, é o aumento extraordinário de pensões, que será pago com retroativos a janeiro. A atualização extraordinária é efetuada pelo valor de dez euros por pensionista, cujo montante global de pensões seja igual ou inferior a 2,5 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS), ou seja, até 1.108 euros.

Mas atenção! “O valor da atualização regular anual, efetuada em janeiro de 2022, é incorporado no valor da atualização extraordinária prevista no número anterior.” Ou seja, se em janeiro, pela via normal da atualização das pensões, um pensionista teve um aumento de 4 euros, agora em julho só vai receber um bónus de seis euros para perfazer os dez euros.

No entanto, esse valor, em julho, será pago com retroativos a janeiro. No exemplo acima, este pensionista vai receber os seis euros de julho, e mais 36 euros relativos aos aumentos de janeiro a junho.

E quando será pago este extra? Os pensionistas da Segurança Social vão receber a 12 de julho, juntamente com as suas pensões. Já os reformados da Caixa Geral de Aposentações receberão esse valor extraordinário a 19 de julho.

Desdobramento dos escalões de IRS não vai ser sentido já

Na frente fiscal, há várias medidas que entram em vigor esta terça-feira.

1. Desdobramento do 3.º e do 6.º escalões do IRS. É a medida mais relevante do ponto de vista fiscal, é dirigida à classe média e corresponde a um alívio fiscal de 150 milhões de euros.

Só que, mesmo com o Orçamento em vigor, os portugueses não vão sentir nenhuma alteração de rendimento no seu dia-a-dia. Isto porque, de alguma forma, o Governo antecipou uma parte do impacto desta medida, mesmo antes da entrada em vigor do OE.

Depois de saber que ganhou as eleições com maioria, e com a certeza que o OE seria aprovado, o Governo publicou a 24 de fevereiro novas tabelas de retenção na fonte de IRS que já antecipavam o efeito deste desdobramento de escalões. Elas entraram em vigor a 1 de março, e foi nesse mês que alguns portugueses sentiram um alívio fiscal.

2. Dedução à coleta por dependente até aos seis anos (aplicável a partir do segundo filho) aumentará de 600 para 900 euros. Este aumento ocorrerá de forma faseada, registando-se, em 2022, um aumento do valor da dedução de 600 para 750 euros e, em 2023, um novo aumento de 750 para 900 euros.

3. Também o valor do mínimo de existência foi aumentado para 9.415 euros para o IRS a liquidar em 2022, para compensar as famílias com menos rendimentos pelos efeitos económicos da pandemia. Assim, mais 170 mil agregados de baixos rendimentos passam a ficar isentos de IRS em 2022.

4. O Orçamento do Estado para 2022 também alarga o âmbito do IRS Jovem, através do prolongamento da isenção de três para cinco anos, da inclusão dos rendimentos empresariais e profissionais e da eliminação do limite máximo de rendimento para aplicação da isenção.

As medidas fiscais cujo efeito não tenha sido acautelado com a mudança das tabelas de retenção na fonte a 1 de março só vão ser sentidas no próximo ano, na altura de entrega das declarações de impostos relativos e este ano em que o contribuinte faz as contas com o Fisco.

Creches gratuitas só para alguns, a 1 de setembro

Esta é outra das medidas emblemáticas que entra em execução com este Orçamento. A partir do ano letivo de 2022/2023, as creches passarão a ser gratuitas para todas as crianças que entrarem nas creches com acordo de cooperação com a segurança social.

A implementação desta medida será gradual e será feita ao longo de três anos letivos:

  • Em 2022, as creches serão gratuitas para todas as crianças que ingressem no primeiro ano de creche;
  • Em 2023, a todas as crianças que ingressem no primeiro ano de creche e às crianças que prossigam para o 2.º ano;
  • Em 2024, a todas as crianças que ingressem no primeiro ano de creche e às crianças que prossigam para o 2.º e 3.º ano.

As creches passam a ser gratuitas para as crianças que entrem no primeiro ano em setembro, segundo a lei publicada esta segunda-feira em Diário da República.

Garantia para a infância só daqui a um mês

O pacote “Garantia para a Infância” é composto por três medidas que visam reforçar o apoio ao rendimento das famílias com crianças e jovens até aos 17 anos, inclusive.

  1. Será atribuído um complemento ao abono de família que garantirá a todas as crianças e jovens (até aos 17 anos, inclusive) em risco de pobreza extrema um montante anual de apoio de 1.200 euros anuais (100 euros por mês). Trata-se de um aumento de 63 euros por mês para crianças com mais de seis anos. A implementação da medida será faseada ao longo de dois anos, garantindo, em 2022, o limite de 70 euros de apoio mensal e atingindo o valor de 100 euros mensais em 2023.
  2. Serão reforçados os apoios às famílias com crianças e jovens através da atualização dos valores do abono de família de crianças e jovens do primeiro e segundo escalões da Segurança Social. Até 2023, de forma faseada, os montantes a pagamento nestes dois escalões serão aumentados de forma a garantir um valor de 600 euros por criança por ano (50 euros por mês). Este reforço corresponde a um aumento médio de 52% para as crianças com mais de 6 anos.
  3. Os titulares do direito a abono de família, acima do segundo escalão, que atualmente não obtenham um valor total anual de 600 euros entre o abono atribuído e a dedução à coleta de IRS, têm direito a receber a diferença para esse valor, mediante transferência efetuada pela AT. Este valor será igualmente atingido de forma faseada para as crianças com mais de 6 anos, sendo o valor em 2022 de 41 euros por mês (492 euros/ano).

E para quando estas medidas? Estas medidas terão de ser regulamentadas “mediante decreto regulamentar, aprovado no prazo de 30 dias após a entrada em vigor” da lei do OE2022.

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5 coisas que vão marcar o dia

Christine Lagarde abre os trabalhos no segundo dia do Fórum BCE, em Sintra. Termina a reunião do G7, na Alemanha. INE dá conta da evolução das rendas das casas no primeiro trimestre do ano.

Sintra acolhe o segundo dia do Fórum Anual do BCE, com mercado de trabalho, preços da energia e moedas digitais em debate. Prossegue a 2.ª Conferência dos Oceanos da ONU, organizada pelos Governos de Portugal e do Quénia. A norte, a 15.ª edição da QSP Summit dedicada ao tema “Construir um crescimento sustentável” contará com a intervenção do banqueiro António Horta Osório. Termina a reunião do G7, na Alemanha. Como se portou o mercado no primeiro trimestre? O Instituto Nacional de Estatística (INE) dá a resposta.

Lagarde arranca com segundo dia do Fórum BCE

Reunidos em Sintra, os bancos centrais avançam para o segundo dia de trabalhos no Fórum Anual do BCE dedicado ao tema “Desafios para a política monetária num mundo em rápida mudança”. Logo pelas 9h00, Christine Lagarde, presidente do BCE, dá início à agenda do dia que contará com vários painéis de discussão sobre o mercado de trabalho, a subida dos preços da energia e as moedas digitais. Evento termina esta quarta.

Portugal acolhe a Conferência dos Oceanos da ONU

Prossegue a 2.ª Conferência dos Oceanos da ONU, organizada pelos Governos de Portugal e do Quénia, contando com a participação de líderes mundiais, cientistas, organizações não-governamentais, académicos e empresas, além de representações dos Estados-membros da ONU.

Horta Osório em conferência sobre crescimento sustentável

Matosinhos recebe a 15.ª edição da QSP Summit dedicada ao tema “Construir um crescimento sustentável”, mas a cerimónia de abertura decorrerá esta terça-feira no Teatro Tivoli, no Porto, estando previstos os discursos do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e também do banqueiro António Horta Osório.

Termina a cimeira do G7

Termina a cimeira de líderes do G7, que se realiza na Alemanha. Em cima da mesa do encontro do grupo dos sete países mais industrializados, incluindo EUA, Reino Unido, Japão e também a União Europeia, estão temas como os apoios à Ucrânia, as mudanças climáticas, a segurança sanitária global e a crise alimentar e energética agravada pela agressão da Rússia à Ucrânia.

Como evoluíram as rendas no arranque do ano?

A nível estatístico, o INE dá conta da evolução das rendas das casas no início do ano. Depois de uma subida de 5,5% em 2020, o ritmo de crescimento das rendas acelerou no ano passado para 7,7%, mantendo-se Lisboa como a cidade mais cara para arrendar casa. Como se portou o mercado no primeiro trimestre?

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Pilotos da TAP decidem “conscientemente” não fazer greve para não serem “bode expiatório”

"Os pilotos não querem fazer greve. Os pilotos exigem respeito e o cumprimento dos acordos assinados", afirma o sindicato após a assembleia realizada esta segunda-feira.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) decidiu não avançar para a greve após a assembleia realizada esta segunda-feira, mas defende que os níveis operacionais da TAP “não se coadunam com o esmagamento a que estão sujeitos e não aceitam continuar a ser discriminados com cortes adicionais face aos restantes trabalhadores”.

“Os pilotos da TAP SA, com total sentido de responsabilidade face aos contribuintes e aos passageiros, apesar de forçados a financiar um Plano de Reestruturação imposto erradamente à empresa que é responsável pela esmagadora maioria da receita do grupo TAP, deliberaram em Assembleia de Empresa, aprovada por 92% dos cerca de 700 pilotos que participaram, não fazer greve, porque não querem pactuar com a intenção já demonstrada de os usar como um bode expiatório para os insucessos no plano de recuperação da empresa“, afirma o comunicado divulgado pelo SPAC esta noite.

O sindicato lembra que “os pilotos da TAP SA assinaram um Acordo Temporário de Emergência (ATE), em vigor desde março de 2021, para proteger postos de trabalho quando não havia operação, demonstrando a sua total disponibilidade para viabilizar a companhia”. Em troca da preservação dos empregos, aceitaram um corte nos salários que começou em 50% no ano passado e vai decrescendo até ao final de 2024. A maior parte dos restantes trabalhadores da companhia aérea tiveram um corte de 25%, mas com saídas muito maiores de pessoal.

O SPAC assinala, no entanto, que “neste momento, o setor está com índice operacional acima de 2019, com uma retoma vigorosa, trazendo recuperação às empresas”. E acusa a companhia de mater um quadro de pilotos inferior às necessidades, não cumprir o ATE, de atribuir períodos de assistência a pilotos no limite dos plafonds mensais de horas de voo ou desrespeitar o regime de folgas previsto no Acordo de Empresa.

O sindicato diz ainda que a administração da TAP “pretende alterar unilateralmente o ATE assinado de boa-fé entre os pilotos e a empresa e, recentemente, não cumpre sequer a lei num Estado de Direito, proibindo os pilotos de reunir em plenário”.

Os pilotos não querem fazer greve. Os pilotos exigem respeito e cumprimento dos acordos assinados“, defende o SPAC. Diz também que “os pilotos não querem aumentos. Os pilotos não querem mais folgas. Os pilotos não querem trabalhar menos e ganhar mais.”

A estrutura sindical argumenta que os “pilotos estão, somente, a demonstrar que os níveis operacionais atuais não se coadunam com o esmagamento a que estão sujeitos e não aceitam continuar a ser discriminados com cortes adicionais face aos restantes trabalhadores”.

A assembleia desta segunda-feira, que durou várias horas, serviu para discutir a decisão unilateral da TAP de reduzir de 45% para 35% o corte salarial aplicado este ano aos pilotos, depois do fracasso das negociações. Uma redução inferior ao pretendido pela classe. A companhia aérea anunciou ainda a reposição do subsídio de aterragem (uma ajuda de custo) e o aumento para 1.410 euros da parte do vencimento que não é sujeita a cortes, com retroativos a janeiro.

A decisão da comissão executiva da transportadora aérea foi imediatamente contestada pelo SPAC. “A administração da TAP quer os pilotos a voar horas extra, com corte salarial por pilotos a mais. E quando propõe esta incongruência e ela é rejeitada pelos trabalhadores, a administração sente-se no direito de aplicá-la unilateralmente. A isto, chamamos terrorismo empresarial“, escreveu o sindicato num comunicado divulgado na segunda-feira passada.

A estrutura sindical deixou também no ar a possibilidade de uma paralisação. “Cada vez mais paira no ar a sensação de que a administração da TAP está a tentar empurrar os pilotos para uma greve, na esperança de que assim obtenha a justificação miraculosa que iluda os contribuintes, sobre os fracos resultados que os consecutivos erros de gestão estão a causar”, acrescentou.

Os últimos dias da semana anterior ficaram ainda marcados por outro braço de ferro com a comissão executiva da TAP. Os pilotos convocaram um plenário para sexta-feira de manhã, com o objetivo de discutir a situação laboral na empresa, que foi recusado pela administração. Nesse mesmo dia, os profissionais estiveram várias horas reunidos com o ministro Pedro Nuno Santos no ministério das infraestruturas.

A possibilidade de uma paralisação vinha a ser sido contestada pela empresa e pelo Governo. A CEO da TAP, Christine Ourmiéres-Widener, afirmou na semana passada que uma greve teria “um impacto crítico” para o futuro da companhia aérea. “Se estamos nisto juntos, se compreendemos como o país decidiu salvar a empresa e injetar tanto dinheiro… isso é uma grande responsabilidade”, acrescentou.

Uma opinião partilhada pelo ministro das Infraestruturas. “Esperamos que não haja greves no verão”, porque “as paralisações são altamente disruptivas para a empresa e para o país”, afirmou Pedro Nuno Santos. “Creio que o país não compreenderá depois do esforço que fez para salvar a TAP, que ao segundo ano do plano de reestruturação entre numa situação de conflitualidade social”, acrescentou. Salientou ainda que “uma empresa que dá prejuízo não pode aumentar os custos laborais”.

(Notícia atualizada às 22h20 com mais informação)

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