Greenvolt vai “agarrar as oportunidades” nas renováveis

  • BRANDS' ECO
  • 27 Junho 2022

A Greenvolt está a realizar um aumento de capital de quase 100 milhões de euros. Em entrevista ao ECO, o diretor executivo da empresa mostra-se confiante no sucesso da operação.

A GreenVolt é uma empresa de energias renováveis que tem na sua génese a atuação em biomassa residual renovável, onde tem um histórico de mais de 15 anos, mas também marca presença no segmento de mercado mais tradicional das energias renováveis – o solar e o eólico.

Ainda assim, a área em que a empresa identifica um maior potencial de crescimento é na geração distribuída de energia renovável, na qual apresentam soluções de geração de energia através de fontes solares fotovoltaicas vocacionada essencialmente para o autoconsumo. O objetivo é a poupança na fatura energética para todos.

Com vista a poder continuar a crescer melhor e mais rapidamente nos negócios das energias renováveis, a Greenvolt anunciou há dias que vai fazer um aumento de capital de quase 100 milhões de euros. Em entrevista ao ECO, Ricardo Mendes Ferreira, diretor executivo da Greenvolt, revelou confiança no sucesso da operação, tendo em conta o forte compromisso assumido pelo grupo de atuais acionistas da empresa.

As energias renováveis são a solução para enfrentar os preços elevados de energia a que estamos a assistir?

Esta escalada dos preços da energia veio colocar as renováveis em destaque. Apesar de Portugal não ter reservas de combustíveis fósseis, foi um dos primeiros países a apostar na geração de energia a partir de fontes renováveis. Fê-lo numa altura em que poucos perceberam os benefícios das renováveis, algo que só mais tarde veio a ser reconhecido. E, agora, estamos a colher os proveitos dessa aposta pioneira, embora não sejamos imunes à alta dos preços nos mercados internacionais. Fizemos a aposta certa no momento certo, mas é preciso fazer mais.

A União Europeia, perante a lamentável invasão à Ucrânia por parte das forças russas, percebeu o caminho trilhado por alguns países como o nosso e quer, agora, corrigir os entraves que existem ao desenvolvimento das renováveis. O REPowerEU vem tornar mais céleres os processos de licenciamento dos projetos, nomeadamente os de energia solar fotovoltaica de grande escala, mas também revela uma clara aposta na geração descentralizada de energia, como prova o objetivo de até ao final da década garantir que todos os telhados passem a ser produtores de energia a partir do sol.

Essa aposta da UE cria oportunidades para a GreenVolt?

Sem dúvida. A GreenVolt assenta a sua estratégia de negócio em três pilares – a produção de energia a partir de biomassa residual, quer em Portugal, quer no Reino Unido, e no desenvolvimento de projetos de energia solar e eólica, incluindo a geração de energia solar descentralizada. Ao longo de 2021, fizemos já uma série de aquisições de projetos solares e eólicos, mas também várias parcerias para o desenvolvimento de parques de grandes dimensões. Ao mesmo tempo, temos vindo a crescer por aquisições no segmento da geração descentralizada, mas também crescemos de forma orgânica, como é exemplo disso a Energia Unida, uma empresa focada nas comunidades de energia renovável.

São essas oportunidades que levam a GreenVolt a fazer um aumento de capital de quase 100 milhões de euros?

No verão de 2021, aquando da entrada em bolsa, fizemos um aumento de capital de 150 milhões de euros que nos permitiu, e continua a permitir, lançar vários projetos e fazer as aquisições que temos vindo a anunciar ao mercado. Tínhamos 3,6 GW em carteira na altura da entrada em bolsa, agora estamos nos 6,6 GW, com 2,7 GW prontos a construir ou com entrada em operação prevista até 2023. Mas queremos realizar ainda mais depressa os investimentos previstos, ao mesmo tempo que garantimos que temos o músculo financeiro, a disponibilidade de liquidez que necessitamos, para agarrar as oportunidades que vemos no horizonte. Não são oportunidades que vão surgir só daqui a 10 ou 20 anos, estão já aqui. E nós queremos agarrá-las, para continuarmos a crescer de forma sustentada e a contribuir para um futuro que se quer cada vez mais sustentável.

Está confiante no sucesso do aumento de capital?

Claro que sim. Primeiro, porque temos acionistas comprometidos com o futuro da empresa, conscientes das oportunidades e da importância para a GreenVolt de estar na linha da frente deste negócio. Prova disso é que quase metade do aumento de capital já está assegurado por esse grupo de investidores, mas também o forte apetite demonstrado pelos direitos de subscrição que o Grupo Altri vendeu, permitindo assegurar mais de dois terços da operação. Segundo, a GreenVolt demonstrou aos seus acionistas, mas também aos restantes investidores e ao mercado, a capacidade de execução do seu plano de crescimento, superando largamente as metas que foram anunciadas há apenas um ano, e isso também se tem refletido positivamente no mercado acionista. Terceiro, percebemos que há cada vez mais investidores conscientes da importância das energias renováveis e que, por isso, sentem a necessidade de encontrar no mercado propostas de valor que considerem interessantes, diferenciadoras. E a GreenVolt oferece-lhes isso.

Vão vender as novas ações a 5,62 euros. Porquê este valor?

Quando realizamos o aumento de capital que nos levou para a bolsa de Lisboa, onde acabámos por passar a integrar o PSI passados apenas três meses, definimos um valor de 4,25 euros. Tínhamos investidores dispostos a comprar ações a valores mais elevados, mas quisemos apresentar uma proposta de valor que nos permitisse ter uma base de investidores diversificada. Agora, com este aumento de capital, e tendo em conta os valores de mercado, fixámos o preço de subscrição das novas ações em 5,62 euros, um valor que representa um desconto de cerca de 22,5% face ao preço teórico das ações após o destaque dos direitos de subscrição dos novos títulos. Mais uma vez, acreditamos que a proposta que apresentamos aos acionistas e aos restantes investidores é atrativa, tendo em conta não só o trabalho já feito como tudo o que nos propomos a fazer para reforçar a posição da GreenVolt no mercado da energia renovável.

Já disse que está confiante no sucesso da operação. Quando saberá os resultados deste aumento de capital?

Esta será uma operação realizada rapidamente e, acredito, bem-sucedida. O aumento de capital está no mercado, os investidores estão a negociar os direitos de subscrição das novas ações e quem já era acionista, e vai participar no aumento de capital, está a subscrever os títulos desde o dia 20 de junho. Todos os investidores têm até 4 de julho para manifestarem a intenção de comprar as novas ações, sendo que no dia seguinte será feito o apuramento dos resultados. Aí saberemos o interesse que as ações da GreenVolt espoletaram nos investidores, saberemos o valor alcançado.

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Temores da inflação continuam a abalar Wall Street

Índices de Nova Iorque estão a cotar em terreno negativo. Wall Street prepara-se para o pior primeiro semestre em décadas.

Os principais índices de Nova Iorque estão a cotar em terreno negativo na primeira sessão da semana, com Wall Street a preparar-se para o pior primeiro semestre em décadas. Os receios com a inflação e as expectativas quanto à política da Reserva Federal norte-americana (Fed) continuam a preocupar os investidores.

O S&P 500 está a cair 0,4% para 3.895,98 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que recua 0,14% para 31.455,80 pontos. Pelo mesmo caminho segue o tecnológico Nasdaq ao desvalorizar 0,84% para 11.511,48 pontos.

Este desempenho das ações dos Estados Unidos acontece após uma grande recuperação na semana passada em relação aos declínios acentuados este ano. Wall Street está a preparar-se para encerrar o pior primeiro semestre para as ações em décadas, diz a CNBC.

“As preocupações que fizeram com que o índice [S&P 500] caísse no início de junho não desapareceram — incluindo as preocupações com o ritmo dos aumentos das taxas [de juro], a ameaça de recessão e os riscos políticos”, diz Christopher Swann, estrategista de ações da UBS, citado numa nota. “Embora o cenário único mais provável seja uma estabilização do mercado, o sentimento [dos investidores] provavelmente continuará instável“.

O setor energético está a brilhar esta segunda-feira, com empresas como a Devon, Valero e Occidental a subirem mais de 2%. As ações da BioNTech avançam 4,46% para 140,01 dólares, depois de a farmacêutica ter anunciado que a sua vacina contra a Ómicron é ainda mais eficiente. Enquanto isso, as ações da Spirit Airlines caíram 6,67% depois de a empresa ter dito que aceitaria a última oferta de aquisição do Frontier Group.

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Startups investidas em dez anos pela Portugal Ventures criaram 4.100 empregos

Sociedade de capital de risco do Estado investiu 177,2 milhões de euros num total de 184 startups durante os primeiros dez anos de existência.

As startups investidas pela Portugal Ventures nos últimos dez anos criaram um total de mais de 4.100 empregos. A sociedade de capital de risco do Estado atingiu uma década de atividade e pretende colmatar as falhas de mercado no empreendedorismo nacional.

Neste novo ciclo, será um grande desafio para a Portugal Ventures continuar a contribuir para a consolidação desse ecossistema, atuando nas falhas de mercado em Portugal, entregando valor a diferentes stakeholders [atores] públicos e privados, nacionais e internacionais”, assim refere a mensagem deixada pelo presidente da Portugal Ventures, Rui Ferreira.

Na última década, a capital de risco público investiu um total de 177,2 milhões de euros em 184 empresas portuguesas (regiões autónomas incluídas), o que correspondeu a 15% de todas as transações no mercado nacional. As startups financiadas “contribuem atualmente com 339 milhões de euros para a economia nacional”.

Dos sete unicórnios com ADN português (avaliados em pelo menos mil milhões de dólares), cinco contaram com o apoio da Portugal Ventures.

Depois de ter arrancado através da fusão de três instrumento de capital de risco do Estado (Inovcapital, AICEP Capital e Turismo Capital), a atual Portugal Ventures faz parte da esfera do Banco Português de Fomento.

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Empresários minhotos preocupados com “imprudência” do Governo

  • Lusa
  • 27 Junho 2022

A Associação Empresarial do Minho manifestou-se preocupada com a "imprudência" do Governo, especificamente acerca das declarações do primeiro-ministro sobre a subida dos salários em 20%.

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) manifestou-se esta segunda-feira preocupada com a “imprudência” do Governo, especificamente acerca das declarações do primeiro-ministro, António Costa, sobrec e adaptação das empresas às novas gerações.

“O sr. primeiro-ministro veio a público declarar que os salários tinham de ser aumentados em 20%, sem explicar como esperava que isso iria impactar na produtividade das empresas, sem fundamentar, nem se quer explicar como iriam as empresas suportar esse aumento de custos”, pode ler-se num comunicado hoje divulgado.

De acordo com o texto, cujo título refere que a AEMinho está “preocupada com a ‘imprudência’ do Governo”, a associação empresarial refere que respondeu ao repto do Governo com “uma proposta de dividir o custo desse aumento com o Estado”.

“Ou seja, o Estado devia comprometer-se a reduzir em 10% os impostos sobre o trabalho (realçamos que são impostos sobre o rendimento dos trabalhadores e não sobre os lucros das empresas) e as empresas comprometer-se-iam a promover esse aumento de 10% no salário médio”, explica a AEMinho.

No comunicado divulgado esta segunda-feira, os empresários minhotos referem que “até à data” não sabem “qual é a posição do Governo”. “Na verdade, não ouvimos nem mais uma palavra sobre este tema”, refere a associação presidida por Ricardo Costa.

A AEMinho apelidou ainda de “bitaite” as declarações do primeiro-ministro, na semana passada, acerca das “supostas novas exigências geracionais em relação à carga laboral”.

No dia 20 de junho, António Costa tinha dito que a “nova geração não está disponível para as cargas horárias que as empresas estão a praticar, para o estilo de gestão autoritário”, e que as empresas ou “mudam radicalmente” nesse sentido “ou fecham”

“Uma vez mais, não se percebeu na proposta qualquer evidência ou fundamento e, tendo em conta a conjuntura macroeconómica do país e do Mundo, consideramos também ser mais uma proposta inoportuna no tempo e na forma”, considerou hoje a AEMinho.

Assim, e caso o Governo considere as matérias como prioritárias, a AEMinho manifestou o desejo de que “as discuta primeiro, ouça os empresários e os trabalhadores, faça o benchmarking [consulta das melhores práticas em dado setor] que tem que fazer e depois apresente de forma ponderada propostas e tome decisões em conformidade”.

“A verdade é que todos estamos no mesmo processo produtivo, em funções e posições diferentes, mas com um único interesse comum, o sucesso das nossas empresas, para bem quer dos empresários, quer de trabalhadores”, diz a AEMinho.

A associação disse ainda que esperar que “um Governo, em especial o seu líder, seja uma fonte de estabilização, um indutor de confiança e um garante de ponderação e credibilidade nas propostas que apresenta ao país”.

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Portugal avança quatro compromissos para os oceanos. E quer repetir evento paralelo à Conferência da ONU para o ano

O Governo português tem como objetivo de duplicar o número de startups na área dos oceanos, bem como o número de projetos apoiados por fundos públicos.

O primeiro-ministro português, António Costa, avançou quatro compromissos de Portugal no âmbito dos oceanos, anunciados no palco da conferência das Nações Unidas que a capital recebe esta semana. O chefe do Executivo português quer repetir já para o ano um dos eventos paralelos à conferência, com o objetivo de continuar a promover a economia azul.

O Governo português comprometeu-se a colocar a economia azul como um “elemento central da estratégia de desenvolvimento do país”. Para tal, vai ser operacionalizado o chamado campus do mar, com o objetivo de duplicar o número de startups nesta área, bem como o número de projetos apoiados por fundos públicos, diz Costa.

Neste capítulo, Costa afirma que o Fórum de Investimento na Economia Azul Sustentável, que se realiza esta terça-feira deverá ter uma segunda edição no próximo ano, tendo em conta que o número de inscrições excedeu largamente a capacidade.

Portugal compromete-se também a assegurar que 100% do espaço oceânico da sua soberania seja avaliado em bom estado ambiental, almejando que, até 2030, 30% das áreas marinhas sejam classificadas e que a totalidade dos stocks pesqueiros se mantenham dentro dos limites biológicos considerados sustentáveis.

Em terceiro lugar, Costa afirma que é urgente reconhecer o oceano como principal sumidouro de carbono e fonte de descarbonização e autonomia energética, pelo que se compromete a apostar na produção de energias renováveis oceânicas, com vista a atingir 10 gigawatts (GW) de capacidade até 2030, ao mesmo tempo que quer criar, em parceria com agência europeia para a segurança marítima, uma zona piloto de emissões controladas no mar português.

Por fim, apontando que o conhecimento científico “tem de estar no centro da ação”, o primeiro-ministro pretende que seja criado um gabinete no âmbito das Nações Unidas para as ciências do oceano e desenvolvimento sustentável. Paralelamente, quer continuar a investir na colaboração científica com “casa” nos Açores, onde é levada a cabo investigação sobre o espaço, atmosfera, oceanos, clima e energia.

Numa visão além das fronteiras do país, António Costa espera que a conferência sirva para decisões concretas, como o acordo global para o combate à poluição por plásticos e lixo marinho ou a meta internacional de proteção de 30% do meio marinho.

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Novo Rumo da AEP teve mais impacto nas empresas do interior do país

Projeto Novo Rumo a Norte, da AEP, teve mais impacto nas empresas do interior do país. Veio dar um impulso às micro e PME, capacitando-as para a competitividade com um melhor desempenho económico.

“As empresas do interior do país foram aquelas que mais sentiram o impacto positivo do projeto Novo Rumo a Norte – Rumo ao Crescimento, porque estavam mais isoladas” ao nível do acesso a informação e a apoios aos planos de negócios, afirma ao Local Online o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP). Para Luís Miguel Ribeiro, este projeto – cujos resultados da segunda edição são conhecidos durante um seminário, a 28 de junho, em Matosinhos – “veio democratizar as oportunidades e o acesso a apoios iguais, independentemente da parte do território onde as empresas estão”.

Segundo o presidente da AEP, esta iniciativa “foi uma pedrada no charco, na altura que surgiu”, em 2015, porque veio alavancar a capacidade de interação entre os diferentes agentes que estão no território. Veio dar um impulso às micro e Pequenas e Médias Empresas (PME) do Norte, “no seu processo de crescimento”, capacitando-as ao nível de fatores de competitividade e “mediante o fomento de um ecossistema empresarial próspero”, frisa Luís Miguel Ribeiro.

“Esta capacidade dinamizadora permitiu que o Norte tivesse o melhor desempenho regional em termos de crescimento económico e o segundo melhor desempenho em termos de emprego e de aumento do investimento, tendo em conta os dados disponíveis do INE”, sublinha.

Nesta segunda edição, a AEP pretendeu dar continuidade ao desenvolvimento do ecossistema empresarial. Do universo de 800 micro e PME que participaram no programa, há oito que são distinguidas pelas boas práticas em várias vertentes, nomeadamente ao nível do desenvolvimento de novos produtos. Como é o caso, por exemplo, da marca de design de mobiliário Laskasas que “pretende comercializar, na sua linha Home, um novo produto que é o chinelo de quarto sustentável e amigo do ambiente”. Segundo a AEP, a empresa pretende “produzir através da circularidade dos desperdícios de pele e têxteis resultantes do setor de estofagem”. Desta forma, a empresa vai reduzir os custos associados à eliminação de resíduos e “ainda obter valor dos excedentes através da criação de novos produtos”.

Com esta iniciativa, a AEP pretendeu, assim, explica o responsável, “potenciar o desenvolvimento de produtos e serviços, através de processos e modelos de negócio inovadores e da melhoria da comunicação do modelo de negócio à escala nacional e global de inovação”. Cooperação, inovação e capitalização são os três eixos de desenvolvimento do projeto Novo Rumo a Norte – Rumo ao Crescimento que veio dar continuidade ao Novo Rumo a Norte (2015-2018), que, durante três anos, apoiou cerca de mil empresas nos seus planos de negócio, nas áreas alta e média-alta tecnologia e em serviços intensivos de conhecimento.

Desde o início, em 2015, o Novo Rumo a Norte alcançou mais de cinco mil utilizadores registados, 200 parceiros, dois mil pedidos no heldpesk, oito laboratórios de diagnóstico de necessidades empresariais e regionais, oito laboratórios de ação para o apoio ao desenvolvimento empresarial, 48 núcleos de Empresas e 14 oficinas de inovação.

Num estudo desenvolvido no âmbito deste projeto, a AEP concluiu que “a formação, o investimento em I&D, a internacionalização e a colaboração em rede e dentro dos clusters regionais são indispensáveis para aumentar a produtividade das empresas, consolidar o ecossistema empresarial e fortalecer a competitividade nacional e internacional da região”.

A associação vai lançar, em breve, um estudo de casos empresariais para micro e PME, com base nas informações recolhidas durante as 14 oficinas de inovação realizadas.

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CTT procuram startups para projeto piloto de mobilidade

Startup selecionada para o programa, com uma duração de oito meses, terá um financiamento de 35 mil euros para o desenvolvimento de um piloto.

Os CTT estão à procura de startups para o programa “Mobility Booster”, dinamizado pela BGI SA, para o desenvolvimento de um projeto-piloto para o operador. As candidaturas decorrem até 9 de julho. Selecionada recebe um financiamento de 35 mil euros.

Após o fecho das candidaturas será escolhida a start-up que participará no piloto, sendo também desenvolvido o trabalho de mentoria e bootcamp, que decorrerá até dezembro de 2022.

A startup selecionada para o programa, com uma duração de oito meses, terá um financiamento de 35 mil euros do Institute of Innovation & Tehnology – EIT Urban Mobility, parceiro da BGI, para desenvolver um piloto para os CTT.

“O programa de interação com startups visa abrir as portas dos CTT ao respetivo ecossistema, procurando projetos que se enquadrem no nosso negócio, potenciando áreas de colaboração conjunta e com os benefícios recíprocos que daí advêm. Desde a sua criação, o programa já mapeou mais de 1800 empresas, com 34 projetos atualmente em curso: 16 em parcerias comerciais, 18 em projetos de cocriação e uma aquisição – Recibos Online”, informa os CTT.

Este programa de Open Innovation é realizado em Portugal, Bulgária, Grécia e Malta e conta com o envolvimento de seis grandes empresas e de 30 startups.

BGI SA é uma aceleradora internacional de deep tech com mais de 10 anos, Spin Out do MIT Portugal Entrepreneurship Initiative.

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Casos de Monkeypox em Portugal sobem para 365

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os casos identificados mantêm-se "em acompanhamento clínico" e estão "estáveis".

A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou esta segunda-feira mais 17 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal. Isto significa que já existem no país 365 casos confirmados.

“A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas já existem casos nas restantes regiões (Norte, Centro, Alentejo e Algarve)”, acrescenta a entidade liderada por Graças Freitas em nota publicada no site.

Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, precisa a DGS, acrescentando que os casos identificados se mantêm “em acompanhamento clínico” e que estão “estáveis”.

O vírus Monkeypox é uma doença geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados na África Ocidental e Central, podendo também transmitir-se através do contacto com uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”.

A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está “a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional”, explica a DGS na mesma nota que publicou no site, acrescentando que “continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias”.

A DGS tem pedido que indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procurem aconselhamento clínico. Mas, “ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas”, alerta a DGS.

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Fundação José Neves já investiu mais de 2,3 milhões de euros no pagamento de propinas

Ao todo, a FJN já pagou as propinas a 300 portugueses. Destes, 129 já concluíram a formação.

A Fundação José Neves (FJN) já investiu mais de 2,3 milhões de euros no pagamento de propinas a mais de 300 estudantes portugueses. Destes, 129 alunos já concluíram a sua formação e os resultados atingidos são muito positivos, quer ao nível da empregabilidade, quer ao nível da evolução salarial.

Numa entrevista à Pessoas/ECO, o fundador da FJN, José Neves, admite que, no futuro, poderia fazer sentido criar bolsas para mulheres e minorias. “Neste momento, não há um critério formal para minorias. Mas no processo de revisão de candidaturas há uma grande atenção para ter equilíbrio de género e de idade, para que a formação não seja só para os recém-licenciados”, diz.

“Penso que é uma boa ideia: desde o início, as bolsas ISA aumentaram o salário anual, em média, em 8.500 euros; a taxa de empregabilidade foi de 92% e o facto de que grande parte dos estudantes não teria feito a formação caso não tivesse apoio financeiro”, acrescenta.

A meta é alcançar o investimento total de cinco milhões de euros até ao final do ano, dizia à Pessoas Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves. “Este é um ano para fazer uma grande aposta”, adiantava, na altura.

O ISA FJN é um programa de bolsas reembolsáveis, baseado no modelo de acordo de partilha de rendimentos e tem como objetivo apoiar os portugueses no acesso aos cursos e formações que lhes permitam adquirir as competências para os empregos do futuro. A Fundação José Neves garante o pagamento integral da propina e esse investimento só é reembolsado se, e quando, o estudante atingir as condições previamente definidas para o fazer de forma sustentada.

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Luso-irlandesa Luminate Medical recebe 2,8 milhões de investimento ‘seed’. Vai recrutar

Luminate Medical pretende "completar os ensaios clínicos do seu dispositivo Lily na Europa e nos Estados Unidos em 2022 e 2023, bem como para acelerar a expansão da sua equipa de I&D.

A Luminate Medical, startup de saúde luso-irlandesa que desenvolve dispositivos médicos que eliminam os efeitos secundários do tratamento do cancro – como a queda de cabelo provocada pela quimioterapia, fechou uma ronda seed de 2,8 milhões de euros. Financiamento captado será usado para completar os ensaios clínicos na Europa e Estados Unidos e acelerar a expansão da sua equipa de I&D. Pretende contratar até 42 pessoas nos próximos cinco anos.

“A nossa missão é revolucionar a experiência do utilizador dos cuidados de saúde. Fazemo-lo através da criação de dispositivos médicos com uma abordagem de ‘paciente-primeiro’ e focados nas necessidades que verdadeiramente interessam aos pacientes. Esta ronda de financiamento irá permitir-nos completar os ensaios clínicos do nosso dispositivo inovador Lily e acelerar o seu lançamento no mercado e o impacto no paciente em 2024″, afirma Bárbara Oliveira, cofundadora e CTO da Luminate Medical, citada em comunicado.

“Além de alcançarmos estas metas, continuamos a expandir a nossa equipa de classe mundial de I&D na Europa, com várias vagas disponíveis em engenharia, regulamentação e qualidade. Estamos ativamente à procura de candidatos em Portugal que queiram acelerar a sua carreira em engenharia biomédica e ajudar a tornar realidade a nossa visão de cuidados de cancro centrados no paciente“, refere ainda a responsável.

A Luminate Medical emprega atualmente nove pessoas em R&D, Quality e Regulatory. “A Luminate pretende recrutar até 42 pessoas nos próximos cinco anos à medida que começarmos a desenvolver produtos adicionais para mitigar mais efeitos secundários da quimioterapia, para além da queda de cabelo. Essas contratações serão distribuídas pela áreas de Sales, R&D, Software, Clinical e Regulatory, por isso há enorme potencial para modelos de trabalho distribuído, permitindo-nos recrutar substancialmente em Portugal”, adianta Bárbara Oliveira à Pessoas.

A ronda de financiamento teve como principais investidores a portuguesa Faber, a Elkstone Capital e a SciFounders, entre outros.

Criada em 2018 pela investigadora portuguesa Bárbara Oliveira, pelo professor Martin O’Halloran e por Aaron Hannon quando estavam a fazer a investigação de dispositivos médicos na Universidade Nacional da Irlanda, a Luminate Medical foi, em 2021, financiada pelo acelerador americano Y Combinator e, mais tarde, pelo Fundo de Inovação Tecnológica Disruptiva da Irlanda.

A startup da área de saúde está a desenvolver o Lily, um dispositivo portátil que protege os folículos capilares dos efeitos da quimioterapia, com maior conforto para os pacientes, sem necessidade de permanecerem em clínica depois dos tratamentos.

Com este financiamento, a Luminate Medical pretende “completar os ensaios clínicos do seu dispositivo Lily na Europa e nos Estados Unidos em 2022 e 2023, bem como para acelerar a expansão da sua equipa de I&D com vagas em engenharia biomédica, análise de elementos finitos e em conceção de dispositivos médicos, estando atualmente a recrutar em Portugal.”

Com base nos ensaios clínicos, a startup irá avançar junto da FDA para a autorização do produto em 2023.

(notícia atualizada às 15h48 com os objetivos de recrutamento)

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Comissão Europeia aprova segunda tranche do PRR espanhol

Bruxelas aprovou esta segunda-feira a segunda tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Espanha, no valor de 12 mil milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou esta segunda-feira a segunda tranche do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Espanha, no valor de 12 mil milhões de euros, avança o El País. Com esta autorização, o país vizinho torna-se no primeiro Estado-membro a receber o segundo pagamento de fundos comunitários.

Em causa estão 12 mil milhões de euros, a que se somarão aos 9.036 milhões de euros de pré-financiamento recebidos em meados de agosto do ano passado e aos dez mil milhões de euros correspondentes ao primeiro pagamento. Contas feitas, até ao momento, o total desembolsado para Espanha ascende a 31 mil milhões de euros, o que representa 44% dos fundos atribuídos, de acordo com o mesmo jornal.

De acordo com o jornal espanhol, esta segunda tranche corresponde a medidas para transformar e reequilibrar as relações laborais e o sistema de pensões na economia espanhola, entre as quais reformas que visam o mercado laboral e o sistema público de pensões.

Recorde-se que Portugal recebeu a primeira tranche do PRR, no valor de 1,16 mil milhões de euros (dos quais 553,44 milhões de euros em subvenções e 609 milhões de euros em empréstimos), em maio de 2022, tornando-se no quinto país da UE a receber o “cheque” de Bruxelas. Em agosto do ano passado, a Comissão Europeia já tinha entregado 2,2 mil milhões de euros de pré-financiamento do PRR a Portugal.

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Atividade de reabilitação urbana acelera crescimento em maio

  • Lusa
  • 27 Junho 2022

O nível de atividade da reabilitação urbana registou em maio uma aceleração do crescimento homólogo para 5,5%, que compara com 0,7% no mês anterior, segundo um inquérito da AICCOPN.

O nível de atividade da reabilitação urbana registou em maio uma aceleração do crescimento homólogo para 5,5%, que compara com 0,7% no mês anterior, segundo um inquérito da associação setorial AICCOPN divulgado esta segunda-feira.

O barómetro da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) aponta ainda que o índice da carteira de encomendas, que mede a opinião dos empresários quanto à evolução das obras em carteira, registou em maio um aumento homólogo de 8,5%, o que traduz uma melhoria de 5,7 pontos percentuais face ao apurado no mês anterior.

Relativamente à produção contratada, indicador que estima o tempo assegurado de laboração a um ritmo normal de produção, aumentou para 10,7 meses em maio face aos 8,3 meses verificados no mês homólogo de 2021.

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