Mota-Engil assina contrato de 600 milhões para minerar ouro na Costa do Marfim

Construtora Mota-Engil assina contrato de 60 meses para construir e desenvolver uma mina de ouro na Costa do Marfim ao serviço da Endeavour Mining, por 600 milhões de dólares.

A Mota-Engil adicionou “mais um importante contrato de médio e longo prazo” à carteira de encomendas. Uma subsidiária da construtora no continente africano conseguiu um contrato de mineração na Costa do Marfim avaliado em 600 milhões de dólares, com início previsto para dezembro de 2023 e uma duração de 60 meses.

A empresa deu conta desta adjudicação numa nota enviada aos investidores através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O contrato foi assinado com a Endeavour Mining, uma empresa de exploração de ouro com sede no Reino Unido, cotada na bolsa de Toronto, Canadá.

O projeto tem o nome de Lafigué, o nome de uma aldeia que fica nas redondezas. “Os trabalhos de mineração a realizar pela Mota-Engil, ao abrigo do contrato, incluem o desenvolvimento da mina, a drenagem de poços, a escavação, perfuração, detonação, carregamento e transporte de minérios e estéril”, explica o representante da empresa para as relações com o mercado, Luís Silva.

De acordo com a Endeavour Mining, o projeto “Lafigué” resultou de um investimento de 31 milhões de dólares na exploração de ouro, o que representa um custo de 12 dólares por onça. “A construção começou no quarto trimestre de 2022, com o primeiro ouro a ser esperado no terceiro trimestre de 2023”, refere o site da empresa.

Segundo a Mota-Engil, o projeto localiza-se “na parte centro-norte da Costa do Marfim, a aproximadamente 500 quilómetros de Abidjan, no extremo norte do maciço verde de Oumé-Fetekro”. A Endeavour assume que esta exploração poderá tornar-se na próxima “pedra angular” do seu negócio.

Na bolsa de Lisboa, depois deste anúncio, a Mota-Engil recua 0,83% esta segunda-feira de manhã, para 1,20 euros por ação. Um desempenho em linha com a tendência negativa vivida nos mercados.

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Microsoft vai comprar 4% da bolsa de Londres por 1,9 mil milhões

  • ECO
  • 12 Dezembro 2022

Microsoft fica com uma participação de 4% da London Stock Exchange Group, avaliada em 1,9 mil milhões, no âmbito de uma parceria a dez anos para integrar a plataforma da bolsa de Londres na sua cloud.

A Microsoft vai comprar uma participação de 4% da London Stock Exchange Group (LSEG), avaliada em cerca de dois mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros), no âmbito de uma parceria comercial a dez anos para operar a migração da plataforma de dados do operador da bolsa de Londres para a nuvem da gigante tecnológica americana.

“É uma parceria de longo prazo. Em termos de produtos que vamos construir em conjunto, espero ver os nossos clientes a começar a ver os benefícios dentre de 18 meses a 24 meses e vamos continuar a desenvolver a partir daí”, referiu o CEO da LSEG, David Schwimmer, citado pela agência Reuters. A aquisição da Microsoft deverá ficar concluída no primeiro trimestre do próximo ano.

A agência nota que é o último sinal do aprofundar das relações entre servidores financeiros e grandes companhias tecnológicas com serviços de cloud, como a Microsoft, Google, Amazon e IBM, situação que está a aumentar o escrutínio por parte dos reguladores.

As autoridades de regulação têm manifestado preocupação com a grande dependência do setor financeiro num pequeno grupo de fornecedores de serviços de cloud, nomeadamente em relação aos problemas que poderiam surgir no setor em caso de um dos servidores ir abaixo.

A União Europeia acabou de aprovar uma lei que introduz salvaguardas em relação aos fornecedores de cloud nos serviços financeiros, com o Reino Unido a preparar-se para seguir o mesmo caminho.

“Não gostamos de surpreender os nossos reguladores” disse Schwimmer, questionado se as autoridades estavam a par desta operação.

A LSEG adianta que a parceria com a Microsoft irá potenciar benefícios ao nível de preços para os clientes, não se tratando de um acordo de cloud tradicional. O operador da bolsa de Londres revela ainda que, no âmbito do contrato com a gigante de software, assumiu um compromisso de gastos mínimos relacionados à nuvem na ordem dos 2,8 mil milhões de dólares durante o prazo da parceria.

Já a Microsoft destaca que a base do acordo será a transformação digital da infraestrutura tecnológica da LSEG e das plataformas Refinitv na Microsoft Cloud.

“O foco inicial será a interoperabilidade entre a LSEG Workspace e Microsoft Teams, Excel e Powerpoint com outras aplicações Microsoft e uma nova versão da LSEG Workspace”, referiu a tecnológica americana.

A LSEG comprou a Refinitiv por 27 mil milhões de dólares ao consórcio da Blackstone e da Thomson Reuters, tornando-se na segunda maior companhia de dados financeiros a seguir à Bloomberg.

A Microsoft irá comprar as ações da LSEG – que subiam 4% — ao consórcio da Blackstone e da Thomson Reuters. A Thomson Reuters, que detém a agência noticiosa Reuters News, tem uma participação minoritária na LSEG, na sequência do negócio da Refinitiv.

Recentemente, a Euronext — que detém, entre outros, a bolsa de Paris, Milão e Lisboa — inaugurou o novo centro de dados em Bérgamo, para onde migrou a sua infraestrutura tecnológica, numa parceria com a empresa Aruba.

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Estágios profissionais poderão ser encurtados para três meses. Governo volta a mudar regras

Programa de estágios Ativar.pt tem novas regras, como a possibilidade de antecipar a conclusão do estágio ou o acesso de refugiados a este programa. Veja tudo o que muda.

O Governo voltou a alterar as regras dos estágios profissionais Ativar.pt, com vista à inserção de jovens ou desempregados no mercado de trabalho. A portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República traz mudanças a este programa, financiado pelo IEFP, tais como a atribuição de um extra a certos perfis de estagiários com filhos, a possibilidade de antecipar a conclusão do estágio ou o acesso de mais pessoas a este programa. Saiba tudo o que muda.

É a terceira vez que o Executivo faz adaptações a este programa, depois de ter ouvido os parceiros sociais, “reconhecendo o atual contexto de maior competição pelo talento mais qualificado por parte das empresas”, lê-se no documento assinado pelo secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes. Assim, a partir desta terça-feira, 13 de dezembro, há novas regras.

Assim, a duração do estágio poderá ser encurtada. “Quando a entidade promotora e o estagiário considerem que os objetivos do estágio e o plano de estágio já foram atingidos, a conclusão do estágio e a respetiva certificação pode ser antecipada“. Mas, para isso, há condições.

É preciso que tenham decorrido, pelo menos, três meses de duração efetiva do estágio; que haja um acordo escrito quanto à aquisição das competências necessárias e que nesse acordo conste a intenção de celebração e a data de início efetivo de contrato de trabalho sem termo no prazo de 20 dias úteis a contar da data de conclusão do estágio.

Nestes casos, para que a empresa receba o “prémio ao emprego”, é obrigada a “manter o contrato de trabalho e o nível do emprego verificado à data de início da celebração do contrato, durante 12 meses a que acresce o período remanescente não efetivado do estágio”. “Caso se verifique descida do nível de emprego (…), o mesmo deve ser reposto no prazo de 30 dias a contar da data em que tenha ocorrido a descida”.

Com as mudanças agora introduzidas estes estágios passam também a ser elegíveis a beneficiários de proteção temporária e pessoas a quem tenha sido aplicada medida de promoção e proteção de acolhimento residencial.

E se até aqui estava prevista a oferta de transporte ou subsídio de transporte para certos perfis de estagiários, tais como pessoas com deficiência, ex-reclusos ou toxicodependentes, agora também passam a ser incluídos todos os estagiários integrados em projetos de estágio em regiões do interior.

Este programa prevê que o custo com a bolsa de estágio seja comparticipado pelo IEFP em 80% em determinadas condições, contudo, com as novas regras, o Governo decidiu que será atribuído um extra de 15 pontos percentuais para: quem tenha deficiência e incapacidade; quem integre uma família monoparental; cujos cônjuges se encontrem inscritos como desempregados; vítimas de violência doméstica, refugiados, ex-reclusos e toxicodependentes em processo de recuperação e pessoas a quem tenha sido aplicada medida de promoção e proteção de acolhimento residencial.

Além disso, para os perfis mencionados acima, será dado mais um extra de 15 pontos percentuais caso estes “tenham um ou mais filhos a seu cargo com idade compreendida até aos 17 anos inclusive”. Contudo, “a comparticipação financeira do IEFP na bolsa de estágio não pode ultrapassar os 95%”.

Os estágios Ativar.pt foram criados em 2020 e têm como objetivo assegurar a manutenção do emprego e a retoma progressiva da atividade económica. Os valores das bolsas de estágio foram aumentados este ano e variam consoante o nível de qualificações — 620,48 euros (para quem tem o 12.º ano) a 1.108 euros (para quem tem doutoramento). Desde essa altura e até agosto deste ano já foram realizados 95.083 estágios.

Podem aderir desempregados inscritos nos serviços de emprego, nomeadamente jovens até aos 30 anos ou pessoas com mais de 30 anos e até aos 45 anos que se encontrem desempregadas há mais de 12 meses com determinado grau de qualificação e pessoas com deficiência e incapacidade.

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Espanha: Número de casas para arrendar reduz 50% em dois anos

  • Servimedia
  • 12 Dezembro 2022

O relatório 'Mercado de aluguer residencial em Espanha 2022' da plataforma de pesquisa e análise de mercado Servihabitat Trends revela que, em dois anos, o número de casas para arrendar reduziu 50%.

De acordo com a 9ª edição do relatório “Mercado do arrendamento residencial em Espanha 2022”, elaborado pela plataforma de pesquisa e análise de mercado Servihabitat Trends, a oferta de imóveis para arrendamento em Espanha diminuiu 50% em dois anos e o preço cresceu mais de 6%.

“Agora que estamos na parte baixa do ciclo económico, a mudança para este modelo habitacional está a aumentar e impõe desafios que devem ser enfrentados com conhecimentos sólidos e profissionais e segurança jurídica“, afirmou Juan Carlos Álvarez, diretor-geral da Servihabitat’s Property Management Business.

O responsável acrescentou ainda que há muito tempo que têm vindo a insistir que, “sem um parque habitacional social e acessível, os remendos temporários tendem apenas a aprofundar os desequilíbrios“, e, nesse sentindo, ressalvou que a colaboração público-privada é a única saída “para que o acesso à habitação para arrendamento seja uma opção flexível que conforte todos os níveis socioeconómicos”.

O número de casas para arrendamento em Espanha é 26,8% inferior ao do ano passado, situando-se em cerca de 67.200 casas. Tendo em conta que o número era de 134.000 em 2020, estaríamos a assistir a uma queda de 50% em dois anos.

A nível regional, o colapso foi particularmente notável nas Ilhas Canárias e na Comunidade de Madrid, onde o abastecimento diminuiu para metade no último ano, bem como na Comunidade Valenciana e nas Ilhas Baleares, onde o ajustamento ultrapassa os 30%. A Catalunha e a Andaluzia estão acima dos 20%.

Preço médio dos arrendamentos

O preço médio de aluguer de uma propriedade de 80-90 metros quadrados aumentou de uma média de 826 euros por mês em 2021 para 877 euros por mês em 2022, o que representa um crescimento de 6,2% e uma recuperação de parte do terreno perdido. No entanto, ainda fica aquém da renda registada em 2020, fixada em 884 euros por mês.

A Comunidade de Madrid (1.220 euros), a Catalunha (1.156), as Ilhas Baleares (1.108) e o País Basco (1.036) são as comunidades autónomas com rendimentos acima da média nacional. Estas são regiões onde se concentra o emprego e a atividade de formação. Do outro lado estão a Extremadura (462 euros) e Castilla-La Macha (494), “opções interessantes desde que seja possível fazer teletrabalho ou iniciar um negócio”, indica a análise.

A rentabilidade das habitações de aluguer situa-se em 6,2%, apenas um décimo mais do que em 2021, mas seis décimos menos do que em 2020. A Região de Murcia (7,7%), Cantabria (7,1%), Catalunha (7%) e Castilla-La Mancha (6,7%) são as zonas onde o aluguer oferece maiores rendimentos, enquanto as Ilhas Baleares (4,5%) são as que geram menos lucro para os proprietários.

Idade média dos inquilinos

A idade média dos inquilinos em Espanha passou de 33,4 para 32,6 anos. Mesmo assim, há determinados problemas crónicos que são enfrentados pelos menores de 35 anos e que os impede de atingir o auge do seu plano de vida imobiliário com a compra da sua primeira casa. Segundo a Rede de Agentes Colaboradores (APIs) da Servihabitat, o maior grupo de inquilinos são os de 26 a 35 anos, que ganharam 2,1 pontos no ano passado, enquanto em 2022 ganharam mais 3,4 pontos.

A preferência pelo aluguer de um imóvel com terraço e jardim continua a constar do roteiro dos inquilinos na era pós-pandémica. O pedido de uma varanda, outro dos elementos herdados do confinamento, está também ainda em vigor. As casas maiores estão a consolidar a sua posição, mas as localizações longe do centro, em cidades mais pequenas ou em ambientes rurais estão a perder terreno.

Habitação social

No final de 2021, a Espanha tinha 1,4 milhões de unidades de habitação social em comparação com um total de 25,9 unidades que constituem o parque residencial espanhol. Por outro lado, as casas acabadas que foram classificadas provisoriamente como habitação social no ano passado representaram 13,5% do total, mas se nos concentrarmos apenas naquelas que finalmente obtiveram a classificação definitiva, a percentagem é reduzida para 10,2%.

Este “stock” limitado não tem tanto a ver com a rigidez das condições que devem ser preenchidas para aceder a uma delas, uma vez que os registos de candidatos à habitação subsidiada têm longas listas de espera, mas sim com a falta de uma resposta estruturada e uniforme para acrescentar volume a esta tipologia.

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Taxas Euribor a 3 e 6 meses sobem para novos máximos desde o início de 2009

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2022

Euribor a seis meses sobe para 2,527% enquanto no prazo de três meses é fixada em 2,052%. Taxa Euribor a 12 meses avança para 2,880%.

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde o início de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, avançou esta segunda-feira, para 2,527%, mais 0,061 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu esta segunda-feira, ao ser fixada em 2,052%, mais 0,047 pontos do que na sexta-feira e um novo máximo desde fevereiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em 2,880%, mais 0,019 pontos do que na sexta-feira, contra 2,892% a 28 e 29 de novembro, um máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

A 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 8 de setembro em 75 pontos base.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% a 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Apoio aos agricultores para subida de combustíveis custa 34,6 milhões

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2022

Este apoio, aprovado em 3 de novembro pelo executivo, vai ser pago de uma só vez até ao final deste ano.

O apoio extraordinário de 10 cêntimos por litro ao combustível consumido em 2021 no setor agrícola, para mitigar o impacto do aumento de preços, tem uma dotação disponível de 34,6 milhões de euros, segundo despacho hoje publicado.

A verba refere-se ao apoio extraordinário com vista à mitigação do aumento do preço do combustível no setor agrícola, criado por diploma publicado em finais de novembro, destinado aos titulares de cartões para abastecimento de gasóleo colorido e marcado emitidos pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e inscritos na Base de Dados do IB — Identificação do Beneficiário do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Este apoio, aprovado em 03 de novembro pelo executivo, vai ser pago de uma só vez até ao final deste ano.

Numa nota divulgada pelo Mistério da Agricultura, no dia da aprovação do diploma em Conselho de Ministros, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, adiantou que o apoio vai abranger cerca de 140 mil agricultores e “é relevante para a estabilidade da atividade agrícola”, uma vez que tem por objetivo mitigar o aumento dos custos de produção ligados aos combustíveis.

Para 2023, o Governo anunciou em outubro que o apoio extraordinário aos agricultores para mitigar a subida do preço dos combustíveis vai representar um custo orçamental de 40 milhões de euros e abranger 145.000 beneficiários, de acordo com o relatório que acompanha a proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

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Caso EDP: Manuel Pinho recorre de arresto da pensão e dos despachos sobre buscas

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2022

A defesa do ex-ministro da Economia Manuel Pinho recorreu contra o arresto da pensão de reforma no âmbito do caso EDP e os despachos relativos às buscas efetuadas em novembro na residência de Braga.

A defesa do ex-ministro da Economia Manuel Pinho recorreu contra o arresto da pensão de reforma no âmbito do caso EDP e os despachos relativos às buscas efetuadas em novembro na residência de Braga, onde cumpre prisão domiciliária.

Segundo o recurso submetido ao Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), a que a Lusa teve acesso, o advogado Ricardo Sá Fernandes aponta “ilegalidades” nas decisões do juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), nomeadamente, a falta de proporcionalidade, face ao levantamento dos bens de que o antigo governante era fiel depositário e que, para a defesa, “serviu apenas para ‘castigar’ o arguido”.

Em causa está também a apreensão de bens (vinhos, uma peça de artesanato, uma máquina de ‘flippers’ e um saco com tacos de golfe) nas buscas de 3 de novembro que, alegadamente, não tinham relação com as vantagens supostamente obtidas através dos crimes imputados ao ex-ministro e que, segundo um despacho do juiz do TCIC citado no recurso, o Ministério Público (MP) e os órgãos de polícia criminal (OPC) presentes não tinham de justificar.

“A não ser assim, estaria a ser atribuído ao MP e aos OPC um poder discricionário de apreenderem o que lhes desse na sua ‘real gana’, sem ter de prestar contas da razão pela qual apreendem específicos objetos. Talvez na Rússia, na Coreia do Norte ou na Arábia Saudita possa ser assim, mas em Portugal não é (ou pelo menos ainda não é)”, lê-se no documento, que sublinhou uma “agressão psicológica gratuita” a Manuel Pinho.

O recurso criticou ainda o despacho de autorização das buscas por prever a apreensão de “quaisquer bens de valor elevado” e um despacho de 6 de dezembro do juiz do TCIC que não deu relevância ao valor dos bens apreendidos.

“Do que vai exposto se retira que o JIC [juiz de instrução criminal] validou apreensões que não observaram aquilo que ele próprio determinara”, indicou, concluindo que é, por isso, “ilegal”.

Sobre o arresto da totalidade da pensão – decretado após o TRL ter revogado em outubro a anterior apreensão da reforma -, a defesa considerou que a sua ilegalidade “é manifesta e até chocante”, ao notar que não foram definidos limites mínimos (três salários mínimos mensais, ou seja, cerca de 2.100 euros) protegidos do arresto e a “nulidade” do uso de um ‘email’ trocado em março de 2021 entre o antigo ministro e os seus advogados espanhóis.

Essa comunicação faria referência a um património de 1,7 milhões de euros que, alegadamente, ainda se manteria hoje, algo que a defesa entendeu não estar provado, nem ser novo no caso, argumentando também que seria preciso mostrar que o anterior arresto era insuficiente para garantir os fins pretendidos e que não existe o risco de Manuel Pinho dissipar património.

Para a defesa, estes atos são lidos como a “vontade de impor ao arguido um regime mais duro na vigência da sua prisão domiciliária”, salientando dessa forma um “abuso de direito”.

No caso EDP, relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), os antigos gestores António Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o MP, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.

Manuel Pinho foi constituído arguido no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo. No processo EDP/CMEC, o MP imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.

O processo tem ainda como arguidos João Conceição, administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia, e o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado.

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CMS assessora Tecnhology & Strategy na compra da Lisbon Nearshore

A CMS esteve do lado do grupo europeu de consultoria Tecnhology & Strategy. Já a PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, e os advogados Filipa Loureiro e Frederico Pestana assessoraram os vendedores.

A sociedade de advogados CMS assessorou o Tecnhology & Strategy, grupo europeu de consultoria sediado em Estrasburgo, na compra da consultora tecnológica portuguesa, LNTD Lisbon Nearshore S.A..

A equipa da CMS responsável pela assessoria foi composta pelo sócio Francisco Xavier de Almeida, pelo associado sénior David Apolónia, pelo associado André Guimarães, e pelo estagiário Santiago Iturriaga. Todos integram a área de Corporate M&A.

“Foi com muito gosto que participámos nesta operação, que demonstra, uma vez mais, que as empresas tecnológicas portuguesas estão no radar dos investidores internacionais. O facto de pertencermos a uma organização, presente em 70 países, tem permitido que a equipa de Corporate M&A da CMS seja vista como um parceiro preferencial neste tipo de operações”, referiu Francisco Xavier de Almeida.

Os vendedores foram assessorados pela PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, que teve Leila Grácio, sócia de Corporate a coordenar a operação, e pelos advogados Filipa Loureiro e Frederico Pestana.

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Preços do gás natural sobe com descida das temperaturas

Os futuros do gás natural TTF para entrega em janeiro estão a subir para perto de 140 euros por MWh, face à descida das temperaturas no continente europeu.

Os futuros do gás natural TTF para entrega em janeiro estão a subir para perto de 140 euros por MWh, de acordo com o Barchart.

Com as exportações de gás natural russo severamente reduzidas, a Europa tem procurado fontes alternativas. Em novembro, o continente europeu importou mais de 11,4 milhões de toneladas de gás natural, um novo recorde para 2022, segundo a Rystad Energy.

França, Espanha e Reino Unido juntos representaram mais de metade das importações totais da Europa – os países europeus assinaram acordos de importação de gás natural com os EUA e os países do Golfo nos últimos meses.

Na passada quarta-feira, o Reino Unido e os Estados Unidos anunciaram uma nova parceria energética que, segundo ambos, ajudará a reduzir a dependência da Europa ao gás e petróleo russos.

A União Europeia está a considerar impor um teto máximo ao preço do gás natural de 220 euros antes da reunião de 13 de dezembro.

(Notícia atualizada com a cotação do gás natural na Europa)

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Exportações de azeite sobem 36% em volume até outubro, mas consumo interno cai

  • Lusa e ECO
  • 12 Dezembro 2022

Como 2021 foi o ano de maior produção de azeite em Portugal, era "natural que uma parte significativa dessa produção viesse a ser exportada ao longo de 2022", aponta a Casa do Azeite.

As exportações portuguesas de azeite aumentaram 36% em volume e 57% em valor entre janeiro e outubro, mas as vendas internas recuaram cerca de 14% face a 2021, segundo dados avançados pela Casa do Azeite. Estes números estão em linha com as projeções do setor, tendo em conta que 2021 foi o ano de maior produção de azeite em Portugal, “sendo natural que uma parte significativa dessa produção viesse a ser exportada ao longo de 2022”, indicou a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos, em resposta à Lusa.

O valor do azeite na origem também registou um “aumento muito significativo”, pelo que já era expectável uma subida expressiva no valor das exportações. Por mercado, destacam-se, com os maiores aumentos, Itália (+84%) e Espanha (+55%), no que se refere à exportação de azeite a granel. Já o Brasil continua a ser o principal mercado de destino de azeite embalado, com as exportações a crescerem 6,5% face ao mesmo período de 2021.

De acordo com a Casa do Azeite, que citou dados internos, as vendas de azeite em Portugal recuaram cerca de 14% em comparação com o ano anterior. “Esta quebra de consumo de azeite era também expectável, não só porque o preço do azeite tem aumentado muito significativamente, mas também pelo efeito da inflação, com a consequente diminuição do poder de compra das famílias”, justificou Mariana Matos.

A secretária-geral da Casa do Azeite referiu ainda que o setor tem registado um impacto “enorme” devido ao aumento dos custos, com as marcas a “viverem dias muito difíceis”. Os aumentos do preço do azeite na origem já ultrapassam os 50% face ao ano passado, conforme apontou, somando-se aumentos nos custos de operação, nos materiais e embalagens, ficando as famílias com o menor rendimento. Assim, e mesmo com o “esmagamento das margens comerciais”, não tem sido possível manter os preços do azeite e, consequentemente, a quebra no consumo “já é percetível e deverá manter-se em 2023”.

Preço do azeite sem “aumentos significativos” em 2023

O preço do azeite não deverá ter “aumentos significativos em 2023”, depois de ter atingido um recorde na origem este ano, mas o consumo vai baixar, penalizado pela inflação. “Os preços do azeite na origem estão ao nível mais alto de sempre e já se verifica uma quebra significativa no consumo de azeite. Espera-se que não se verifiquem novos aumentos significativos, mas os preços deverão continuar a um nível bastante elevado”, antecipou Mariana Matos.

Por sua vez, o consumo “seguramente vai baixar”, tendo em conta não só o preço para o consumidor final, mas também a inflação, que continua a penalizar o orçamento das famílias.

Questionada sobre as perspetivas da associação para o Natal, a secretária-geral da Casa do Azeite notou que esta é uma época de elevado consumo, “não só porque é um ingrediente chave para todas as ementas natalícias, mas igualmente porque começa a entrar nos hábitos nacionais a oferta de azeite como presente, à semelhança do que passa com os vinhos, pelo que se espera um aumento das vendas de azeite na época do Natal”.

Produção de azeite deverá ter quebra de até 50% nesta campanha

A produção nacional de azeite deverá registar uma quebra de até 50% face à campanha anterior, devido à seca e ao facto de se estar a realizar em contrassafra, apontou a secretária-geral da Casa do Azeite à Lusa. “Estima-se que a produção nacional possa sofrer uma quebra de 30%-40% em relação à campanha anterior. Em algumas regiões de olival tradicional, essas quebras podem mesmo atingir os 50%”, afirmou a secretária-geral da Casa do Azeite.

Segundo Mariana Matos, a quebra na produção deve-se ao facto de esta ser uma “campanha de contrassafra”, mas também à seca. O olival tradicional, de sequeiro, é o mais afetado pela seca, destacando-se as regiões de Trás-os-Montes e Beiras, onde predomina este tipo.

No que diz respeito à região do Alentejo, com olivais em sebe, de regadio, verificou-se “alguma quebra” devido às elevadas temperaturas “na altura da floração e da contrassafra”. Ainda assim, a descida será inferior à registada nos olivais de sequeiro.

Com atividade desde 1976, a Casa do Azeite é uma associação patronal de direito privado, que representa a quase totalidade das associações de azeite de marca embalado em Portugal.

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Recuo da globalização é mais um risco para a subida dos preços

  • ECO
  • 12 Dezembro 2022

As políticas mais protecionistas nos EUA e na Europa podem ajudar a acentuar uma tendência de abrandamento da globalização que já vinha de anos anteriores.

Da subida das taxas alfandegárias nos EUA aos planos europeus para reduzir a dependência da energia da Rússia na sequência da invasão russa da Ucrânia, acumulam-se, nos últimos anos, os sinais de que o processo de globalização económica pode vir a passar, no curto prazo, por uma fase de retrocesso. Um dos impactos mais prováveis pode ser uma subida generalizada dos preços, numa altura em que a inflação voltou a ser uma preocupação, avança o Público (acesso condicionado).

Nos primeiros nove meses deste ano, os bens importados pelos EUA com origem na China registaram um novo máximo histórico para esse período de tempo. Isto pode estar a ser influenciado pela subida de preços, mas serve como argumento para aqueles que assinalam que a notícia da morte da globalização pode ser exagerada. Mas é impossível deixar de observar o percurso em direção a políticas mais protecionistas, tanto nos EUA como também na Europa.

Depois do aumento unilateral das taxas alfandegárias decidido por Trump, os EUA mantêm, com Joe Biden, uma estratégia de trazer para dentro do país a capacidade de produção em áreas em que se sentem dependentes. E, na Europa, a pandemia e a guerra na Ucrânia levaram a que se começasse a adotar estratégias de redução de dependência da China e da energia russa. Estas políticas podem ajudar a acentuar uma tendência de abrandamento da globalização que já vinha de anos anteriores e “precede a pandemia”, assinala o professor de Economia Internacional da ESCP Business School, em Berlim, Gonçalo Pina.

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Novos emigrantes chegam a ganhar três vezes mais do que em Portugal

  • ECO
  • 12 Dezembro 2022

Em Portugal, 70% dos emigrantes ganhava menos de 1.000 euros, enquanto no destino, mais de 50% passou a receber mais de 2.000 e 26,5% acima de 3.000 euros, revela um estudo da Universidade do Porto.

Os novos emigrantes portugueses têm habilitações superiores e chegam a ter salários três vezes mais altos nos países que os acolhem do que em Portugal, tendo empregos estáveis e progressão profissional, e os que partiram a pensar no regresso dizem agora que a saída é permanente, segundo as conclusões do estudo “Êxodo de competências e mobilidade académica de Portugal para a Europa”, citado pelo Diário de Notícias (acesso livre).

Uma das razões apontadas para emigrar é precisamente o nível salarial. “Estamos a falar de pessoas que ganhavam mil euros [em Portugal] e nos países de destino vão ganhar três mil ou mais euros”, aponta um dos autores do estudo, João Teixeira Lopes. “Faz-se um investimento na formação dos jovens, que depois não têm o devido reconhecimento na sociedade portuguesa e acabam por emigrar. Não há o devido retorno para o desenvolvimento do país”, lamenta, considerando que “estamos a perder a geração mais qualificada”.

A investigação envolveu os jovens qualificados que emigraram para a Europa e que representarão um quarto dos portugueses que deixaram o país na última década, de acordo com o sociólogo, professor e investigador do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto. Embora a maioria dos jovens que deixa o país não tenha um curso superior, o número de emigrantes qualificados subiu 87,5%, atingindo um peso de 11% no total de emigrantes em 2015.

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