Ações do retalho animam Wall Street

Retalhistas estão a animar os principais índices de Nova Iorque, com investidores à espera que subida da inflação atinja o pico em breve.

Os principais índices de Wall Street estão a cotar em terreno positivo, numa altura em que os mercados parecem já ter recuperado o equilíbrio, com os investidores à espera que a inflação esteja a começar a atingir o pico. A animar as bolsas estão ainda as cotadas do setor do retalho, que apresentaram resultados bastante animadores, fazendo esquecer os resultados conhecidos na semana passada.

O índice de referência financeiro, S&P 500, está a valorizar 0,95% para 4.016,34 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq que cresce 0,78% para 11.523,93 pontos. O industrial Dow Jones avança 1,07% para 32.463,98 pontos.

As ações dos Estados Unidos “estão estáveis, ​​com rendimentos mais baixos ao longo da curva e as expectativas de [uma subida da] inflação continuam a cair“, diz Dennis DeBusschere, da 22V Research, citado pela CNBC. No entanto, “os investidores estão a descontar o facto de que o aperto das condições financeiras nos últimos seis meses é suficiente para desacelerar significativamente o crescimento económico”.

Este desempenho acontece também devido aos resultados do setor do retalho, que animaram os investidores, depois de terem desapontado na semana passada. As ações da Macy’s sobem 13,64% para 21,83 dólares, depois de a empresa ter revisto em alta as projeções de lucros para 2022. A Williams-Sonoma avança 14,83% para 132,03 dólares, depois de os resultados terem superado as expectativas dos analistas.

Os retalhistas de descontos Dollar Tree e Dollar General avançam 17,45% para 156,90 dólares e 14,19% para 223,06 dólares, respetivamente.

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57% dos espanhóis rejeitam o regresso de Juan Carlos I

  • Servimedia
  • 26 Maio 2022

Um estudo da IO Research revela que 57% dos espanhóis não quer que Juan Carlos I regresse a Espanha. No entanto, 86% dos cidadãos acreditam que a recente visita do rei emérito pode ditar o contrário.

De acordo com um estudo da IO Research, mais de 57% dos espanhóis revelam não apoiar o regresso de Juan Carlos I a Espanha. Ainda assim, 86% consideram que a recente visita do rei emérito ao país pode ser visto como um precedente para o seu regresso definitivo, noticia a Servimedia.

Na mesma análise, 63% dos inquiridos afirmam não acreditar que a chegada do rei emérito possa melhorar a relação com o seu filho Felipe VI. A grande maioria (88%) também não acredita que seja possível uma reconciliação com a sua esposa, a rainha Sofia.

Numa altura em que a popularidade da monarquia não está no seu melhor, 64% dos cidadãos acreditam que o regresso de Juan Carlos I prejudica a imagem do Rei Felipe VI e da instituição monárquica.

Quase 80% também acreditam que o rei emérito deveria dar explicações públicas sobre os acontecimentos que o mantiveram afastado do país durante este tempo.

A população alvo deste estudo eram mulheres e homens, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, a viver em Espanha. A amostra analisou mil indivíduos e o inquérito foi conduzido de 23 a 24 de maio de 2022.

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Caiado Guerreiro assessora expansão da Fraudio BV para Portugal

A equipa da Caiado Guerreiro foi composta pelos associados Anthony Meira, Diogo Silva Melo e Fábio Seguro Joaquim, que aconselharam a empresa em todas as questões jurídicas inerentes ao processo.

A Caiado Guerreiro assessorou a Fraudiu BV no seu processo de expansão para Portugal. O escritório esteve envolvido no processo de incorporação e estabelecimento da empresa em Lisboa.

A equipa da Caiado Guerreiro foi composta pelos associados Anthony Meira, Diogo Silva Melo e Fábio Seguro Joaquim, que aconselharam a empresa em todas as questões jurídicas inerentes ao processo.

“Gostamos de trabalhar com estes clientes internacionais, ligados à área das tecnologias, que trazem empregos e know-how para Portugal”, disse João Caiado Guerreiro, managing partner da Caiado Guerreiro.

A empresa dos Países Baixos, fundada em 2019, tem agora sede em Lisboa, Amesterdão, Londres e Barcelona, onde desenvolve o seu trabalho junto de entidades financeiros e não-financeiras no ecossistema de pagamentos, tendo como principal intuito a deteção de fraudes, lavagem de dinheiro e crimes financeiros, através de uma tecnologia inovadora e segura.

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Portugal pode ser pioneiro na utilização de cânhamo em vez de betão

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

O arquiteto Pedro Gadanho defende “uma arquitetura mais local” e refere o potencial português na produção de cânhamo em alternativa ao betão.

O arquiteto Pedro Gadanho, autor do livro “Climax Change!: How Architecture Must Transform in the Age of Ecological Emergency”, defende “uma arquitetura mais local” e refere o potencial português na produção de cânhamo em alternativa ao betão.

“Portugal é um país que já teve uma cultura de cânhamo muito, muito forte, e que depois foi abandonada, por razões económicas. Hoje em dia, o cânhamo está a ser utilizado como alternativa ao betão. Portugal podia-se tornar pioneiro na utilização de cânhamo na produção de um material alternativo ao betão”, diz ao autor, em entrevista à Lusa.

“Climax Change!: How Architecture Must Transform in the Age of Ecological Emergency”, ainda sem tradução em português, é editado pela Actar e lançado este sábado, às 18:00, na livraria Circo de Ideias, no Porto.

Para fazer face à emergência climática, o arquiteto sugere que a disciplina olhe para “a questão da economia circular, no facto de, também nas construções que são feitas, estar previsto o reaproveitamento dos materiais após a exaustão do seu uso no edifício, e isso são coisas que estão a ser investigadas, e fazem parte dessa tal inovação tecnológica que o livro também refere como um dos caminhos, não uma solução mágica, (…) mas uma das possibilidades que temos de encarar para responder à escala massiva dos problemas que vêm aí”.

Segundo o arquiteto, a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia vieram evidenciar a crise dos recursos: “é óbvio que estamos a esgotar os materiais todos com os quais estamos habituados a construir, ou estamos a usar materiais que contribuem para o ecocídio – o último crime reconhecido pelo Tribunal Penal Internacional”.

“Mesmo após a pandemia, aqueles que advogam um regresso ao normal não se aperceberam de que havia aqui uma oportunidade, que a pandemia mostrou bem – até fomos capazes de parar o nosso crescimento económico – para rever como é que fazíamos uma transição justa”.

O autor reconhece que “a Europa de facto advoga” princípios como “uma transição energética, económica e a nível de recursos”, mas “às vezes não é implementado com a rapidez que era necessário”. “Daí a necessidade de todos poderem contribuir para a mudança”, considera, “e o campo da arquitetura, seguramente, pode ser um dos que tem um papel decisivo”.

Para isso, é preciso recuperar “uma arquitetura mais local, que usa recursos locais”, que podem tornar-se economicamente viáveis através da “inovação tecnológica”. O caminho é o “regresso à arquitetura orgânica, muito mais inspirada na natureza”, considera.

“Hoje em dia, com as tecnologias digitais que temos disponíveis, é possível fazer imitações da natureza muito mais perfeitas e muito mais dinâmicas do que era possível no passado”.

Há já, relata, “arquitetos que estão a investigar as qualidades estruturais de plantas e a adaptar esses modelos através de inteligência artificial para criar novas estruturas mais resistentes e mais leves no campo da arquitetura”.

Mas até que essas exceções se tornem norma, diz, “tem de haver uma mudança de mentalidades também nos arquitetos, para abraçarem esses caminhos, e não estarem à espera que [as inovações] façam o seu caminho lento”. “Tem de haver uma certa pressão para que haja essa mudança”, conclui.

Pedro Gadanho é professor convidado da Universidade da Beira Interior e lecionou também, entre 2000 e 2012, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

Foi Loeb Fellow na Universidade de Harvard, entre julho de 2019 e junho de 2020, que o ajudou na preparação deste livro.

No campo da cultura, foi curador de arquitetura contemporânea no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque, entre 2012 e 2014, diretor do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, de 2015 a 2019, e dirigiu a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027, de 2020 a 2022.

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Governo mantém medidas Covid. Ministra diz que já “terá passado” o pico da sexta vaga em Portugal

O pico da sexta vaga da pandemia de Covid-19 "já terá passado", avançou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, após o Conselho de Ministros. Medidas Covid não mudam.

O pico da sexta vaga da pandemia de Covid-19 “já terá passado”, avançou esta quinta-feira a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final da reunião semanal do Conselho de Ministros. Nesse contexto, o Governo decidiu prorrogar o estado de alerta, mantendo as medidas atualmente em vigor, incluindo as que dizem respeito às máscaras de proteção.

“A análise dos números indica que, muito provavelmente, o pico já terá passado, com algumas regiões já com quedas visíveis e de vários grupos etários também, pelo que a decisão do Conselho de Ministros foi a de manter as medidas em vigor”, disse a governante, numa conferência de imprensa. As conclusões surgem na sequência da habitual reunião semanal com peritos que fazem a monitorização da pandemia.

Na prática, o Governo decidiu prolongar o estado de alerta até até às 23h59 de 30 junho. Isto significa que o uso de máscara apenas é obrigatório nos transportes públicos (incluindo “ubers” e táxis), estabelecimentos e serviços de saúde, bem como para estruturas residenciais de idosos (ou equiparados). Ainda assim, a ministra lembra que “o fim da obrigatoriedade de máscara não significa que a máscara não deva ser utilizada em situações de maior risco”, consoante a avaliação de cada um.

Mariana Vieira da Silva justifica a manutenção destas medidas com o facto de “já se estar a verificar esta inversão de trajetória” da pandemia em várias regiões do país, bem como o facto de “o número de pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos estar “abaixo dos 40%” e de, paralelamente, se estar a administrar a segunda dose de reforço aos maiores de 80 anos.

Neste contexto, o Executivo “entende que não são necessários medidas adicionais“, mas a ministra de Estado e da Presidência sublinha que “o Governo pondera sempre a necessidade ou não de voltar a tomar medidas”.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h53)

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Ironhack e Volvero lançam bolsas de estudo em tecnologia no valor de 60 mil euros

Existem 50 bolsas direcionadas aos quatro cursos que a academia oferece: Web Development, Data Analytics, Cibersecurity e UX/UI Design. As candidaturas estão abertas até 13 de junho.

Com o objetivo de formar talento tecnológico preparado para promover a sustentabilidade dos negócios, bem como combater a escassez de talento nesta área em Portugal, a app de drive-sharing Volvero está a promover, em conjunto com a escola de tecnologia Ironhack, bolsas de estudo no valor de 60 mil euros. Existem 50 bolsas direcionadas aos quatro cursos intensivos e práticos que a academia oferece: Web Development, Data Analytics, Cibersecurity e UX/UI Design.

“A Ironhack quer revolucionar, desde o início, a forma como se ensina tecnologia, através de experiências imersivas e adaptadas à realidade atual. Acreditamos que é essencial criar iniciativas que permitam a entrada no ensino tecnológico por qualquer pessoa que tenha interesse na área, para que o combate à iliteracia digital seja incisivo, e, nesse sentido, o objetivo desta parceria é ‘abrir portas’ e formar talento tecnológico pronto para os atuais desafios das empresas, tal como o é a sustentabilidade”, começa por dizer Catarina Costa, responsável pelo campus de Lisboa da Ironhack Portugal.

“Estamos muito entusiasmados com a colaboração entre a Ironhack e a Volvero e queremos, em conjunto, oferecer a várias pessoas a possibilidade de aliar o interesse pela tecnologia ao entusiasmo pela sustentabilidade, sem necessidade de experiência prévia”, acrescenta, citada em comunicado.

Do lado da Volvero, Ekaterina Efimova explica que, com estas bolsas, a empresa mostra que pode “fazer ainda mais para promover um futuro sustentável através da tecnologia” bem como “influenciar a comunidade a apostar, também, nesta transição”. “Estamos muito entusiasmados para impulsionar a mudança juntamente com a escola tecnológica e com os seus estudantes”, afirma a marketing specialist da Volvero.

Segundo dados recentes do ManpowerGroup, cargos tecnológicos como big data specialist, software engineer e cibersecurity specialist fazem parte do top dez de profissões mais bem pagas em Portugal. Porém, a escassez de talento na área continua a existir e há vários cargos por preencher.

A Ironhack está a aceitar candidaturas para as bolsas de estudo parciais, que podem ir desde os 1.200 euros até aos 3.750 euros, de acordo com os diferentes critérios de seleção. Os cursos podem ser realizados em full-time (nove semanas) ou em part-time (24 semanas), em formato presencial ou online. As candidaturas estão abertas até 13 de junho.

Mais informações sobre as bolsas e o processo de candidatura aqui.

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Turismo de Portugal diz que TAP é, afinal, “essencial em todo o território”

Turismo de Portugal não desmente a recomendação do seu presidente ao Norte para apostar na Iberia e no aeroporto de Madrid. Realça o papel da TAP, mas também da concorrentes espanhola.

“A TAP enquanto companhia aérea nacional é não só essencial para o setor em todo o território nacional como um parceiro estratégico do Turismo de Portugal”, afirma esta entidade num comunicado divulgado ao início da tarde, em reação à notícia de que o seu presidente, Luís Araújo, aconselhou os agentes do setor no Norte a deixarem de lado a TAP e focarem-se na espanhola Iberia e no aeroporto de Madrid.

O comunicado não desmente o relato noticiado hoje pelo Jornal de Notícias, segundo o qual Luís Araújo incentivou a região Norte a centrar a estratégia nas rotas e no programa da Iberia e na infraestrutura da capital espanhola, durante uma reunião promovida pelo Turismo do Porto e Norte.

“O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, pediu ajuda para transformar Madrid no aeroporto de conectividade internacional para o Porto”, disse ao JN fonte presente na reunião. E lembrou que “a Iberia tem naquele aeroporto ligações que cobrem praticamente todos os continentes”. A reunião contou também com a presença da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

Salientando o papel da TAP, o Turismo de Portugal não deixa de referir o papel que a transportadora aérea espanhola pode desempenhar. “Sem prejuízo, e considerando que a Iberia incluiu recentemente os destinos de Porto e Lisboa no seu programa [de stopover], tem sido desenvolvido um trabalho no sentido de tornar ainda mais atrativos estes destinos para os passageiros que fazem ligação em Espanha”, afirma o comunicado.

Um trabalho que a entidade liderada por Luís Araújo tem feito também com a companhia portuguesa. “O mesmo se passa com o programa stopover da TAP com quem o Turismo de Portugal tem trabalhado no sentido de aumentar a sua atratividade e impacte para todos os aeroportos nacionais”.

O presidente da Câmara Municipal do Porto e empresários da região Norte têm contestado o fim de rotas operadas pela TAP naquela cidade. No último trimestre de 2021, o último para o qual existem dados, a empresa portuguesa transportou 13% dos passageiros no Sá Carneiro, ficando atrás da Ryanair (37%) e easyJet (17%). A principal rota internacional daquele aeroporto é para Paris-Orly.

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Dívida direta do Estado atinge cerca de 280 mil milhões em abril, mais 1,1% face a março

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

Subida deveu-se sobretudo ao aumento do saldo de Obrigações do Tesouro em 3.000 milhões de euros e ao aumento do saldo de Bilhetes do Tesouro em 1.254 milhões de euros.

O saldo da dívida direta do Estado atingiu 279.120 milhões de euros em abril, mais 1,10% do que em março, anunciou esta quinta-feira a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

No boletim mensal, divulgado esta quinta-feira, a agência explica que esta subida se deveu “sobretudo” ao aumento do saldo de Obrigações do Tesouro (OT) em 3.000 milhões de euros, explicado pela emissão sindicada da OT 1,65% JUL2032, e ao aumento do saldo de Bilhetes do Tesouro em 1.254 milhões de euros.

A IGCP refere também que estes aumentos foram parcialmente compensados pela amortização da série de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV ABRIL 2022) no montante de 1.000 milhões de euros e pela amortização parcial do empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), no valor de 500 milhões de euros.

Em relação aos Certificados de Aforro (CA) e aos Certificados do Tesouro (CT), a IGCP afirma que os saldos dos mesmos em abril registaram um aumento de 79 milhões de euros e uma redução de 43 milhões de euros, respetivamente.

“As contrapartidas das contas margem recebidas no âmbito de derivados financeiros registaram um aumento de 78 milhões de euros”, afirma a IGCP, adiantando que, “adicionalmente, o stock de dívida aumentou em 151 milhões de euros pelo efeito decorrente das flutuações cambiais da generalidade dos instrumentos de dívida denominados em moeda não euro avaliados ao câmbio do último dia de abril”.

A agência indica ainda que “incorporando o efeito cambial favorável da cobertura de derivados, correspondente ao valor nacional dos swaps de cobertura de capital, que ascendeu a 688 milhões de euros em março, o valor total da dívida após cobertura cambial situou-se em 278.431 milhões de euros, aumentando 1,05% face ao mês precedente”.

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Já há 58 casos de Monkeypox em Portugal. DGS estuda vacinar contatos de casos confirmados e profissionais de saúde

DGS está a estudar a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde, no contexto do surto de Monkeypox em Portugal.

Há mais nove casos de infeção pelo vírus Monkeypox em Portugal, avançou esta quinta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS). Assim, o número total de casos confirmados de varíola dos macacos é agora de 58. A maioria das infeções verificam-se em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.

“A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma mais nove casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, um total de 58 casos. A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve. Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 23 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos”, avança a entidade liderada por Graça Freitas em comunicado.

A DGS revela ainda que Portugal está a “constituir uma reserva nacional de vacinas, através do mecanismo europeu”. Por outro lado, “através de especialistas da Comissão Técnica de Vacinação da DGS, está a ser estudada a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde, no contexto deste surto”, acrescenta a mesma nota.

O vírus Monkeypox é uma doença geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados na África Ocidental e Central, podendo também transmitir-se através do contacto com uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”.

Estes 58 casos identificados “mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis e em ambulatório“. E estão em curso os inquéritos epidemiológicos, para identificar cadeias de transmissão, potenciais novos casos, respetivos contactos e ainda eventuais locais de exposição. Ainda assim, a DGS pede que indivíduos que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico. Mas, “ao dirigirem-se a uma unidade de saúde, deverão cobrir as lesões cutâneas”, alerta a DGS.

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Portuguesa Rovensa compra mexicana e cria líder na agricultura sustentável

Aquisição da Cosmocel pela antiga Sapec permite quase duplicar a faturação do grupo com sede em Lisboa. Empresa mexicana abre a porta a mercados na América do Norte e Latina.

A Rovensa anunciou esta quinta-feira a aquisição da mexicana Cosmocel, reclamando a liderança mundial nos bionutrientes e soluções biológicas para a agricultura sustentável. A operação, cujo valor não foi divulgado, permite aumentar em 80% as receitas do grupo, para 650 milhões de euros.

Com sede em Monterrey, no México, a Cosmocel fabrica bioestimulantes especializados e produtos de alta tecnologia para a agricultura e trabalha com mais de 50 países na América do Norte, América Latina, Europa, Médio Oriente e África do Sul. Emprega mais de 700 trabalhadores e tem três centros fabris.

Segundo a Rovensa, a aquisição abre “as portas a novas geografias”, facilitando o acesso a mercados estratégicos do continente americano. Traz também capacidade acrescida de produção no México, “além de competências adicionais em matéria de I&D e importantes sinergias entre produtos. Esta integração estratégica posiciona a Rovensa como líder mundial em BioSoluções para a agricultura sustentável“, reclama a empresa em comunicado

A conclusão do processo de integração está sujeita à aprovação das autoridades da concorrência. Uma vez concluído, o novo grupo terá receitas anuais de 650 milhões de euros, mais 80% do que os 360 milhões apontados em 2020. “Esta integração estratégica vem reafirmar as nossas ambições de crescimento no mercado internacional de BioSoluções e o nosso forte compromisso para com a agricultura sustentável”, afirma Eric van Innis, CEO da antiga Sapec.

A Rovensa já emprega mais de 2.000 colaboradores, distribuídos por 30 geografias, e vende para mais 80 países, Dispõe também de 30 centros e laboratórios experimentais de I&D distribuídos por todo o mundo. Foi assessorada nesta operação pela JP Morgan, Uría Menéndez, Dunham Trimmer, PwC, Marsh e ERM.

A empresa, com sede em Lisboa, tem origem no negócio agroalimentar da Sapec, fundada em 1926 para a exploração das minas de pirite no Alentejo, evoluindo depois para fabricante de fertilizantes a partir das cinzas do mineral. Cresceu nos produtos agrícolas, internacionalizou-se para 70 países e em 2016 chamou a atenção da Bridgepoint, que a adquiriu. O posicionamento da empresa para o fornecimento de produtos para uma agricultura mais equilibrada e sustentável foi reforçado. Em 2020, o grupo de capital de risco suíço Partners Group adquiriu a participação da britânica Bridgepoint por cerca de mil milhões.

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Portugal vende quase 500 milhões de móveis no primeiro trimestre de 2022

  • Lusa
  • 26 Maio 2022

Nos primeiros três meses deste ano, as exportações do cluster português do mobiliário aumentaram 4% em relação ao período pré-pandemia. Nove dos dez principais mercados aumentaram as compras.

As exportações do cluster português do mobiliário aumentaram 6%, para quase 500 milhões de euros, no primeiro trimestre, face ao mesmo período do ano anterior, superando níveis pré-pandemia, informa a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA).

“Os três primeiros meses do ano vigente evidenciam uma subida constante entre os mesmos, ao serem gerados cerca de 155 milhões em janeiro, um valor 12% acima de 2021, e 160 milhões em fevereiro. Já em março, o mês que mais impulsionou esta subida, o número alcançou os 169 milhões, aproximadamente”, refere a associação setorial.

Comparativamente ao primeiro trimestre de 2019, antes da pandemia, o volume de exportações cresceu 4%, ficando assim acima dos níveis recorde daquele ano, segundo o mesmo comunicado.

“Após a ambição demonstrada em superar o melhor ano de sempre, o primeiro trimestre de 2022 confirma a tendência positiva esperada para o cluster do mobiliário e afins e, pela primeira vez, supera os valores pré-pandemia”, realçou a associação.

Dos 10 principais destinos comerciais, nove demonstraram desempenho positivo, comparativamente a 2020, com França a destacar-se como principal importador de produtos portugueses (quota de quase 35%).

Seguiu-se Espanha, que permanece como o segundo mercado mais importante para os produtores nacionais e, a fechar os cinco primeiros lugares, ficaram os Estados Unidos da América, que prosseguem a “forte rota de crescimento”, com uma variação homóloga acima de 30%; a Alemanha (10%) e o Reino Unido (19%).

“Decorridos dois anos marcados por restrições pandémicas, não posso deixar de destacar a retoma da participação nos certames internacionais, decisivos para a promoção global da oferta nacional. A este título, é com grande expectativa que antecipamos a segunda edição do Portugal Home Week, que promete ser um marco incontornável na afirmação global da Fileira”, afirmou o presidente da APIMA, Joaquim Carneiro.

O Portugal Home Week realiza-se nos dias 21 e 22 de junho, na Alfândega do Porto, organizado pela APIMA, com o apoio da AICEP, e reunirá mais de 60 empresas da Fileira Casa Portuguesa.

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Alterações climáticas podem cortar PIB per capita em 2,5% até 2050, diz CFP

CFP alerta que Portugal está numa posição "vulnerável" quanto aos riscos das alterações climáticas e que cumprimento do Acordo de Paris pode não ser suficiente para mitigar efeitos.

A posição “vulnerável” de Portugal aos elevados riscos das alterações climáticas poderá traduzir-se num impacto negativo de até 1,2 % no PIB e 2,5% no PIB per capita. O alerta é feito esta quinta-feira pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP) numa análise à atual evolução das emissões nacionais de gases de efeito de estufa (GEE) onde é explicado que Portugal está numa posição mais “vulnerável” aos riscos das alterações climáticas quando comparado com os restantes países europeus.

A entidade liderada por Nazaré Costa Cabral alerta, no mesmo documento, que o cumprimento do Acordo de Paris não será suficiente para mitigar os efeitos negativos e antecipa um impacto negativo de 0,2% no PIB per capita ou de 0,4% no PIB até 2050, face a um cenário sem alterações climáticas. Num cenário mais severo, de um aumento da temperatura de 3,2 graus Celsius até 2050, o impacto estimado situa-se entre -1,2% no PIB e -2,5% no PIB per capita face a um cenário sem alterações climáticas.

“Portugal encontra-se numa posição relativamente vulnerável em termos de exposição aos riscos físicos quando comparado com outros países europeus”, nomeadamente, devido à exposição ao risco de escassez de recursos de água, fogos florestais e vagas de calor, explica a CFP.

Quanto aos efeitos macroeconómicos que as alterações climáticas podem ter a nível nacional, a entidade admite serem de “difícil modelação” uma vez que estão “envoltos em elevada incerteza”.

Apesar de estarem em curso várias medidas de mitigação e de adaptação e que têm em vista atingir a neutralidade carbónica, a CFP frisa ser “evidente” a necessidade de “melhor articulação entre os vários instrumentos”. Na mesma nota da autoria de Erica Marujo, Nuno Gonçalves e Rui Dias, é feito um apelo para que seja desenvolvida a dimensão financeira “de forma a garantir uma maior transparência dos processos inerentes e assegurar a concretização das metas acordadas”.

Além desta recomendação, os responsáveis sublinham que o cumprimento do Acordo de Paris não será suficiente a menos que sejam adotadas medidas de mitigação e adaptação adequadas para limitar os efeitos macroeconómicos adversos das mudanças climáticas “num horizonte relativamente curto”.

“O papel preponderante da dimensão climática na formulação das políticas económicas e orçamentais no curto, médio e longo prazo torna impreterível a inclusão da dimensão climática nas projeções macro-orçamentais nos documentos de programação orçamental”, acrescenta a análise.

Quanto ao Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050, este prevê um investimento adicional necessário para a neutralidade carbónica em Portugal, de 2016 a 2050, em cerca de 1,2% do PIB por ano. No entanto, aponta o CFP, não se conhecem estimativas globais quanto aos custos associados a medidas de adaptação, ainda que sejam identificados como “elevados” em vários documentos.

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