Autarquias podem rejeitar reclassificação de solos rústicos para urbanos

  • Ana Petronilho
  • 28 Abril 2023

Ruído, estacionamento, sistema de mobilidade ou garantia de espaços verdes são motivos que as câmaras podem invocar para recusar reclassificar terrenos rústicos para habitação.

As Câmaras só vão poder recusar a reclassificação de solos rústicos para urbanos em casos fundamentados: “por motivo de ruído, estacionamento, sistema de mobilidade ou garantia de espaços verdes” ou se naqueles terrenos vierem a ser instalados “equipamentos públicos e de lazer”.

Estes impedimentos constam do documento apresentado esta sexta-feira pelo Governo, em conferência de imprensa, depois de o Conselho de Ministros ter aprovado um pacote legislativo que permite utilizar mais solos para a construção e reabilitação de habitação e uma maior celeridade e simplificação nos licenciamentos das obras.

Tal como o ECO avançou, em cima da mesa está uma proposta que permite reclassificar os solos rústicos para urbanos, desde que os terrenos tenham como finalidade a construção de habitação pública ou a custos controlados. Além dos terrenos, também os edifícios afetos a comércio e serviços podem ser reclassificados para habitação.

O diploma – que vai ainda ser votado no Parlamento – estipula também que a propriedade dos terrenos reclassificados é exclusivamente pública e que um dos critérios é que fiquem situados na contiguidade de solo urbano.

Questionada sobre a área de solos rústicos que são elegíveis para serem classificados como habitação, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, diz que a reconversão vai ser “avaliada por cada município, em função da necessidade de cada autarquia”, não existindo um levantamento a nível nacional.

Além da reconversão dos solos, o Governo aprovou ainda um diploma que prevê que fiquem isentas de licenciamento as obras “que aumentam o número de pisos”, desde que não alterem a fachada dos edifícios; ou as construções “em área com operação de loteamento, plano de pormenor ou unidade de execução com desenho urbano”. Assim, para realizar estas obras deixa de ser obrigatório o pedido de autorização ou licença à câmara.

Além disso, passa a existir um único momento de notificação ao requerente e o Pedido de Informação Prévia (PIP) passa a ter uma duração de dois anos (em vez de um) e desonera, regra geral, o requerente de controlo prévio. E o não cumprimento dos prazos legais “implica o deferimento tácito da decisão”, lê-se no documento apresentado pelo Governo.

Outra das medidas aprovadas prevê que os projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN) com um investimento acima de 25 milhões ou financiados por fundos europeus e PRR, podem decorrer “enquanto o parecer não é emitido”.

Cozinhas abertas e bidés

O Governo vai ainda revogar as normas procedimentais “redundantes” do Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU), de forma a eliminar “exigências excessivas”. Por exemplo, a possibilidade de cozinhas abertas ou as que estão previstas para as casas de banho, em que é obrigatória a instalação de bidés e banheiras. Serão ainda revogadas as exigências para a ventilação ou iluminação, previstas noutra regulamentação.

Por fim, até ao final da legislatura, o Governo quer criar uma plataforma única de licenciamento, desmaterializada, com a obrigatoriedade do BIM (Modelagem de Informação da Construção), “de forma faseada para projetos de maior dimensão”, explicou o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Campolargo.

A ministra da Habitação acredita que as medidas aprovadas respondem “às necessidades do setor”.

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PME

Cervejeira Letra investe nas sidras e quer “encher copos” em Lisboa

Produzida em Vila Verde, a primeira sidra feita com maçã da variedade Porta da Loja exigiu um investimento na adaptação da fábrica. Fundadores da Letra querem abrir mais três lojas próprias.

Filipe Macieira e Francisco Pereira foram colegas de curso na Universidade do Minho. Após terminarem o curso de Engenharia Biológica, no ramo de tecnologia alimentar, uniram-se para criar a Letra, uma marca de cervejas produzida de forma artesanal. O projeto nasceu em 2013 em Vila Verde e já conta com quatro lojas próprias, empregando 30 pessoas. Em entrevista ao ECO, os empresários minhotos anunciam que vão lançar uma linha de sidras artesanais.

Esta primeira sidra, que deve chegar ao mercado até ao final do primeiro semestre, vai ser produzida a 100% com maçã Porta da Loja. “As sidras que existem no mercado são muito mais industriais e comerciais. O projeto visa a recuperação da identidade e a valorização das variedades regionais de maçã, como a Porta da Loja, que é muito conhecida e tem elevado valor”, resume Francisco Pereira.

Para lançar esta nova gama de sidras artesanais, os empreendedores nortenhos investiram cerca de 200 mil euros. Francisco Pereira conta ao ECO que foi criada uma pequena área de produção na unidade de Vila Verde (distrito de Braga), que permite produzir 15 a 20 mil litros de sidra por ano.

No que toca ao negócio principal da cerveja, o objetivo passa por abrir mais três lojas no prazo de três anos. Guimarães, Porto e Lisboa podem ser as próximas paragens da Letra. Os fundadores têm aberto uma nova Letraria a cada dois anos: a primeira foi inaugurada em 2015 em Vila Verde e inauguraram depois espaços no Porto (2017), em Braga (2019) e em Ponte de Lima (2021).

“Este ano estamos a trabalhar em duas cidades. Guimarães é a cidade que está mais próxima de acontecer, não descurando também o Porto. Temos uma loja no Porto e achamos que nesse mercado há espaço para abrirmos mais um espaço. Estamos também com um projeto para lançar em Viana do Castelo, mas sem pressas”, adianta Francisco Pereira.

Da letra A ao G, existem Letras para todos os gostos e paladares. Cada uma delas corresponde a um estilo diferente de cerveja e o objetivo da dupla passa por “introduzir novas cervejas no mercado, através de novas letras”.

Fundadores da Letra

No ano em que a Letra completa uma década de existência, Filipe Macieira e Francisco Pereira estão a organizar a primeira Rota da Cerveja Artesanal, em parceria com a Associação Empresarial de Braga. O evento decorre de 2 a 31 de maio e tem como finalidade colocar cada Letra a dialogar com petiscos típicos da região num total de 27 espaços, desde restaurantes a bares.

Parceria com C2 Capital Partners

Foi em 2010 que Filipe Macieira e Francisco Pereira perceberam que “a dinâmica das cervejas artesanais em Portugal ainda não existia” e que esse era um “mercado muito parado em termos de referenciação”. Viram nas cervejas artesanais uma oportunidade de negócio e nesse mesmo ano desenvolveram um plano de negócios, juntamente com a Universidade do Minho, com o apoio da TecMinho. Passados três anos, já com a fábrica instalada em Vila Verde, lançaram a Letra.

Já consolidada no mercado, foi com o objetivo de acelerar o negócio que em fevereiro do ano passado estabeleceram uma parceria com o fundo C2 Capital Partners. Existia “uma necessidade de estender o projeto e a marca para a vertente nacional”, explica Francisco Pereira.

Dentro de dois anos teremos o máximo da capacidade [tomada], o que levará ao desafio de criar outra unidade de produção.

Francisco Pereira

Fundador da Letra

Parte do investimento do fundo foi usada para aumentar a capacidade de produção da fábrica para os 40 mil litros de cerveja. “Estamos a 70% dessa capacidade e acreditámos que, dentro de dois anos, teremos o máximo da capacidade, o que levará ao desafio de criar outra unidade de produção”, revela o fundador.

“Neste momento, estamos a tentar criar infraestruturas de apoio de enchimento, alguma automatização, algum investimento nessa parte de controlo para permitir levar a infraestrutura que temos ao máximo da capacidade. Neste momento estamos com mais de 30 mil litros”, detalha o fundador da Letra, que que faturou 1,3 milhões de euros em 2022.

Este ano querem alcançar as vendas para dois milhões de euros. Num futuro próximo, salienta a dupla de empresários, os planos passam por aumentar o número de lojas e a exportação, aumentar a produtividade na área de fabrico e crescer na área de distribuição a nível nacional.

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Teresa Oliveira assume direção-geral da Mindshare

A nova responsável estava na agência há cerca de 25 anos. Tomás González-Quijano, CEO da Mindshare desde 2009, deixa o grupo.

Teresa Oliveira, até agora head of business development da Mindshare, é a nova diretora-geral da agência até agora liderada por Tomás González-Quijano, avançou o grupo ao +M. O até agora CEO da agência deixou o grupo.

A alteração na liderança da agência foi oficializada pouco mais duas semanas após Francisco Teixeira ter assumido a função de CEO do GroupM, passando a ter sob sua alçada a Mindshare, a Wavemaker ou a Mediacom, as três principais agências de meios do grupo com operação em Portugal.

Teresa Oliveira entrou para os quadros da Mindshare em 1999. Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, foi docente na Nova SBE no MSc em Management. Iniciou a sua carreira na J. Walter Thompson (hoje Wunderman Thompson), agência criativa também do grupo WPP, como planeadora de meios.

É uma honra para mim liderar esta equipa, que vi crescer, e que todos os dias quer fazer mais pelos nossos parceiros, com a dose certa de impacto, energia e empatia. A confiança que os nossos clientes depositam em nós é, sem dúvida alguma, a chave para continuarmos a entregar um crescimento sustentável”, refere sobre as novas funções.

A Mindshare, de acordo com o ranking MediaMonitor a décima maior agência de meios do país no acumulado dos primeiros três meses do ano, era liderada por Tomás González-Quijano desde 2009, ano em que assumiu a função de CEO, após três anos como diretor comercial do GroupM.

A Mindshare, recorda a WPP, é a primeira agência de meios criada pelo grupo e o escritório de Lisboa foi o primeiro da região EMEA. Hoje está presente em 86 países e tem cerca de 10 mil colaboradores.

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Banco da Rússia mantém taxa de juro em 7,5% e prevê mais crescimento

  • Lusa
  • 28 Abril 2023

As novas previsões macroeconómicas do banco são melhores do que as do Fundo Monetário Internacional, que antecipou um crescimento de 0,7% para este ano.

O banco central da Rússia manteve esta sexta-feira a taxa de juro em 7,5% e reviu em alta as suas previsões de crescimento para a economia para este ano, antecipando uma expansão entre 0,5% e 2%. Nas anteriores projeções, a entidade monetária russa previa que houvesse uma contração até 1% ou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) até 1%, num contexto de sanções devido à ofensiva militar russa na Ucrânia.

Após uma reunião, o banco central russo afirmou em comunicado que “a economia está a crescer de forma mais rápida do que indicavam as previsões de fevereiro”.

“Tendo em conta os novos dados sobre as tendências económicas e a transformação estrutural em curso da economia russa, o cenário de referência do Banco da Rússia antecipa que o crescimento do PIB ficará entre 0,5% e 2% em 2023 e entre 0,5% e 2,5% em 2024“, indicou o regulador.

“Isto significa que em finais de 2024, a economia russa alcançará o nível de finais de 2021”, prevê o banco central, que aponta para um crescimento do PIB entre 1,5% e 2,5% em 2025.

As novas previsões macroeconómicas do banco são melhores do que as do Fundo Monetário Internacional (FMI), que antecipou um crescimento de 0,7% para este ano.

No entanto, o banco central estima que as condições para o comércio externo devem piorar e no novo quadro macroeconómico prevê uma queda das exportações entre 5,5% e 2,5%, enquanto as importações devem aumentar entre 8,5% e 11,5%.

Em relação à inflação, o banco central constata que acelerou o ritmo de aumento dos preços desde finais de 2022, mas que em geral a taxa continua “moderada”.

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Retoma das regras da dívida “não coloca nenhuma questão particular” a Portugal, diz Medina

  • Lusa
  • 28 Abril 2023

O ministro das Finanças considerou que a retoma das regras da UE em 2024 para dívida e défice, com ou sem trajetória mais flexível de redução, "não coloca nenhuma questão particular" a Portugal.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, considerou esta sexta-feira que a retoma das regras da União Europeia (UE) em 2024 para dívida e défice, com ou sem trajetória mais flexível de redução, “não coloca nenhuma questão particular” a Portugal.

“Se não houver um acordo [sobre a nova proposta da Comissão Europeia para normas orçamentais], as regras que estarão em vigor são as regras que todos nós conhecemos […] e Portugal está confortável com qualquer quadro de regras, na medida em que nós neste momento estamos a cumprir escrupulosamente todos os indicadores de todas essas regras”, garantiu o governante.

Em declarações aos jornalistas no final de um Eurogrupo informal, realizado em Estocolmo durante a presidência sueca do Conselho da União Europeia, o ministro apontou que, “na aplicação das regras atuais, que se encontram atualmente suspensas e cuja suspensão acabará já no início do próximo ano”, altura em que serão retomadas, “qualquer um dos cenários não coloca nenhuma questão particular a Portugal”.

Além disso, “imaginando que a proposta da Comissão como estava hoje seria aprovada, Portugal também estaria em condições de a cumprir”, assegurou.

Os ministros das Finanças da zona euro analisaram esta sexta-feira a revisão das regras orçamentais da UE, prevendo maior flexibilidade para reduzir o défice e a dívida pública, discutindo também as recentes tensões na banca internacional.

A discussão ocorreu à margem da reunião informal do Eurogrupo e ocorreu dois dias depois de a Comissão Europeia ter apresentado propostas legais para a revisão das regras orçamentais.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia propôs regras orçamentais “baseadas no risco”, aquando da sua retoma em 2024, sugerindo uma “trajetória técnica” para países endividados da UE, como Portugal, dando-lhes mais tempo para reduzir o défice e a dívida.

Prevista está uma maior diferenciação entre os países da UE, tendo em conta o seu grau de dificuldades, pelo que os Estados-membros com défice superior a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) ou com uma dívida pública superior a 60% do PIB terão uma “trajetória técnica” definida pela Comissão Europeia.

Em vigor há 30 anos, o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) exige que a dívida pública dos Estados-membros não supere os 60% do PIB e impõe um défice abaixo da fasquia dos 3%, mas, no contexto da pandemia, a cláusula de escape foi ativada em março de 2020 para permitir aos Estados-membros reagir à crise da Covid-19, suspendendo temporariamente tais requisitos.

Pelo contexto de tensões geopolíticas e perturbações nos mercados pela guerra da Ucrânia, a suspensão temporária das regras do PEC manteve-se por mais um ano, até final de 2023, prevendo-se agora que as regras orçamentais sejam retomadas em 2024.

Saudando a iniciativa do executivo comunitário, Fernando Medina disse esperar um consenso até ao final do ano, já que a proposta “vai nesse sentido do avanço”.

Também foi discutida esta sexta-feira a evolução do setor bancário, nomeadamente após o colapso do banco norte-americano Silicon Valley Bank e a crise do Credit Suisse, sendo esta a primeira discussão entre os ministros do euro sobre estas tensões no cenário bancário internacional.

Sobre esta questão, os ministros dos 27 Estados-membros constataram “que o quadro existente é um quadro sólido”, depois do impacto da crise financeira anterior no setor bancário da zona euro, adiantou Fernando Medina.

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Álvaro Amaro renuncia a cargo de eurodeputado e é substituído por Carlos Coelho

  • Lusa e ECO
  • 28 Abril 2023

O eurodeputado social-democrata Álvaro Amaro decidiu esta sexta-feira renunciar ao mandato no Parlamento Europeu (PE) na sequência da condenação por prevaricação. Será substituído por Carlos Coelho.

O eurodeputado social-democrata Álvaro Amaro decidiu esta sexta-feira renunciar ao mandato no Parlamento Europeu (PE) na sequência da condenação, pelo Tribunal da Guarda, por prevaricação, que lhe causou “enorme perplexidade e indignação”, reafirmando a sua inocência. Será substituído por Carlos Coelho.

Se bem que o tribunal tenha entendido não me aplicar a sanção acessória de inibição do meu mandato como deputado do Parlamento Europeu, tomei eu próprio a decisão de renunciar a esse mandato, preservando a instituição e o partido pelo qual fui eleito, e não perturbando o normal funcionamento e o trabalho político de ambos“, referiu Amaro, numa nota de imprensa enviada à Lusa, onde afirma a sua intenção de recorrer da sentença.

“Repudio uma condenação apoiada numa denominada intenção de beneficiar uma empresa de construção civil com obras que a Câmara de Gouveia não adjudicou nem pagou a tal empresa, e que até preteriu nos concursos públicos que se seguiram para a execução dessas mesmas obras”, salientou ainda.

No PE, Álvaro Amaro integrava a Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e a delegação à Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE.

O eurodeputado Álvaro Amaro e o autarca Luís Tadeu, ex-presidente e atual presidente da Câmara de Gouveia, respetivamente, foram condenados esta sexta-feira a penas de prisão suspensas pelo Tribunal da Guarda no caso das parcerias público-privadas.

O tribunal absolveu o presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues.

Álvaro Amaro e Luís Tadeu foram ainda absolvidos da pena acessória da perda de mandato político, atendendo a que, entretanto, cumpriram “sucessivos mandatos”.

Social-democrata Carlos Coelho substitui Álvaro Amaro no Parlamento Europeu

O reitor da Universidade de Verão do PSD e antigo eurodeputado Carlos Coelho vai substituir Álvaro Amaro no Parlamento Europeu após esta renúncia.

Carlos Coelho era o nome que se seguia na lista de candidatos do PSD ao Parlamento Europeu às últimas eleições europeias, em maio de 2019, e fonte do PSD confirmou à Lusa a assunção de funções pelo social-democrata.

Foi deputado ao Parlamento Europeu pela primeira vez em 1994 e desempenhou o cargo de vice-presidente da Comissão de Política Regional, Ordenamento do Território e Relações com o Poder Local. Carlos Coelho regressou a Bruxelas em 1998, na altura em substituição de António Capucho, tendo voltado a ser eleito no ano seguinte e exercido o mandato de eurodeputado até 2019.

É o responsável máximo da Universidade de Verão do PSD desde a criação deste organismo, foi deputado eleito pelo círculo de Lisboa nas III, IV e V legislaturas, e por Santarém nas duas seguintes. Carlos Coelho também integrou o último Governo de Cavaco Silva, como subsecretário de Estado da então ministra da Educação Manuela Ferreira Leite.

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Câmara da Lousã com resultado líquido negativo de um milhão de euros

  • Lusa
  • 28 Abril 2023

Câmara da Lousã registou um resultado líquido negativo de um milhão de euros em 2022, mas aumentou o saldo da gerência.

A Câmara Municipal da Lousã registou um resultado líquido negativo de um milhão de euros em 2022, mas aumentou o saldo da gerência, afirmou esta sexta-feira à agência Lusa fonte oficial do município.

Os resultados, presentes na Prestação de Contas relativas ao ano de 2022, indicam também que a autarquia da Lousã, no distrito de Coimbra, executou 90% da receita no ano transato, avançou o município em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

O documento, aprovado em Assembleia Municipal, que decorreu esta quinta-feira, mostra que os indicadores de liquidez da Câmara Municipal da Lousã registam uma “melhoria significativa, demonstrando uma situação de equilíbrio financeiro“, precisou o município.

A conjugação entre o investimento — nas pessoas e no território — e saúde financeira da autarquia são um eixo estruturante da nossa atuação.

Luís Antunes

Presidente da Câmara Municipal da Lousã

A autarquia da Lousã encerrou 2022 com um aumento do saldo da gerência para 1,97 milhões de euros — mais 389 mil euros do que em 2021 — e uma execução da receita de 90%.

O município cumpriu “o limite da dívida total com uma margem superior a 2,8 milhões de euros e com uma poupança corrente superior a 1,5 milhões de euros; o que permitiu canalizar essa verba para investimento”, vincou a edilidade.

“A conjugação entre o investimento — nas pessoas e no território — e saúde financeira da autarquia são um eixo estruturante da nossa atuação“, frisou o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, citado na nota do município.

Luís Antunes destacou ainda que, mesmo face aos desafios levantados pela inflação e pela guerra na Ucrânia, o município “cumpriu com todas as suas obrigações legais e manteve um elevado nível de investimento e de serviço aos munícipes”.

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Chumbada integração da previdência dos advogados no regime geral da Segurança Social

PCP e Chega abstiveram-se, mas todos os outros grupos parlamentares votaram a favor da recomendação do PS relativa à criação de uma comissão que pondere a eventual integração.

O Parlamento votou esta sexta-feira os projetos-lei do PAN, Livre, Bloco de Esquerda e Chega relativos à possibilidade de opção entre a previdência dos advogados e o regime geral da Segurança Social. Todos foram chumbados. Aprovada foi a recomendação do PS relativa à criação de uma comissão que pondere a eventual integração da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) na SS. PCP e Chega abstiveram-se mas a recomendação foi aprovada pelos restantes grupos parlamentares. Segundo o projeto de resolução, o partido sugere que seja realizada uma “auditoria ao funcionamento” a este sistema de previdência e avaliados “modelos alternativos de proteção social”. O regime da CPAS engloba atualmente mais de 37 mil beneficiários, entre advogados e solicitadores.

Tantos os advogados como os solicitadores e agentes de execução não descontam para a Segurança Social, mas antes para a CPAS. Desde o dia 1 de janeiro, que passaram a pagar, no mínimo, 267,94 euros por mês à CPAS para poderem usufruir dos direitos sociais que este sistema lhes garante. Este valor é independentemente dos rendimentos que aufiram mensalmente ou mesmo que não aufiram qualquer rendimento.

O PS relembra que a pandemia acabou por “destapar” as fragilidades deste sistema de previdência e que é necessário criar condições para que o “quadro atual seja significativamente alterado e adaptado às realidades e necessidades atuais dos beneficiários”

Que medidas foram aprovadas?

  • Realização e acompanhamento de uma auditoria, através de entidade independente, tendo em vista o apuramento do património da CPAS e seus encargos, bem como as condições para o pagamento de pensões;
  • Concluída a auditoria, a criação de uma Comissão para a reflexão sobre a eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social;
  • Com base nos resultados da auditoria, a Comissão deve refletir sobre os requisitos e impactos sobre a eventual integração dos beneficiários da CPAS na Segurança Social; definir eventuais fases de transição entre regimes e ponderar sobre o período durante qual o atual regime da CPAS passa a ser opcional;
  • A Comissão devera apresentar, no prazo de doze meses após a sua tomada de posse, um estudo e respetivas conclusões quanto aos objetivos definidos.

A CPAS já fez saber que o pagamento coercivo de dívidas, a cargo da Segurança Social, vai começar a ser feito a seguir ao verão, em setembro. Atualmente, estão mais de 150 milhões em dívida, relativos a contribuições mensais que um advogado ou solicitador tem de pagar para ter acesso aos benefícios. Esta taxa de incumprimento situa-se à volta dos 21% do total dos beneficiários.

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PIB de Itália cresce 0,5% no 1.º trimestre deste ano

  • Lusa
  • 28 Abril 2023

O Produto Interno Bruto (PIB) da Itália aumentou 0,5% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2022, enquanto cresceu 1,8% em termos anuais.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Itália aumentou 0,5% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2022, enquanto cresceu 1,8% em termos anuais, anunciou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística italiano (Istat).

Os dados preliminares divulgados esta sexta-feira superam ligeiramente as previsões de crescimento do PIB em cadeia (+0,2%) e em termos homólogos (+1,4%) no período em análise, refletindo tanto o crescimento do setor industrial quer do setor de serviços, embora o primário permaneça estabilizado, segundo o Istat.

A evolução positiva do PIB resultou do aumento do valor acrescentado tanto na indústria como nos serviços e de uma estagnação do setor agrícola, florestal e pesqueiro (setor primário)“, assinala.

Já do lado da procura, a contribuição para o crescimento do PIB é “positiva tanto no caso da procura interna como da procura externa”.

O Istat referiu ainda que no primeiro trimestre deste ano houve dois dias úteis a mais do que no trimestre anterior e um dia a mais que no primeiro trimestre de 2022.

Além disso, afirmou que, “depois do ligeiro abrandamento do PIB no último trimestre de 2022, há registar uma retoma no início deste ano, prevendo-se uma taxa de crescimento da economia de 0,8% no final de 2023“, face à última previsão do Istat, que apontava para mais 0,4%.

No último trimestre do ano passado, o PIB caiu 0,1% face ao trimestre anterior e registou um crescimento homólogo de 1,4%, ligeiramente abaixo da previsão de 1,7%, sublinha o Istat.

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Hóspedes e dormidas crescem cerca de 30% em março

Turistas estrangeiros representaram maior contribuição para o crescimento. Mercado americano com a maior subida percentual.

Portugal registou 2,1 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas em março, correspondendo a crescimentos de 30,8% e 26,7%, pela mesma ordem, face ao período homólogo e de 32,5% e 37,7%, respetivamente, face a fevereiro. Comparativamente a 2019, antes da pandemia da Covid-19, as subidas foram de 10,4% e 10,2%.

As maiores contribuições para estas subidas vieram dos turistas estrangeiros, que totalizaram, naquele mês, 3,6 milhões de dormidas — uma subida de 31,6% face ao período homólogo. Quanto ao mercado interno, a contribuição foi equivalente a 1,5 milhões de dormidas, uma valorização de 16,3%, revelam os números divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Se se tiver em conta os três primeiros meses do ano, as dormidas aumentaram 40,9% em relação aos três primeiros meses de 2022: entre os residentes, a subida foi de 22,5%, enquanto nos não residentes disparou 51,6%. Face ao primeiro trimestre de 2019, as dormidas cresceram 14,1%. Nos residentes a subida foi de 19,6% e nos não residentes, o acréscimo foi de 11,8%.

Embora se tenha observado um aumento homólogo das dormidas em todas as regiões do país, a região do Algarve registou um decréscimo de 0,7% nas dormidas quando se compara com o mesmo período antes da pandemia. Os principais crescimentos verificaram-se no Norte (30,8%), Açores (24,5%) e Alentejo (22,3%)

Turistas britânicos superam níveis de 2020

Segundo o gabinete estatístico, as dormidas de turistas dos 17 principais mercados emissores aumentaram em março, representando 86,4% das dormidas de não residentes.

Face a março de 2020, as dormidas de residentes no Reino Unido (17% do total das dormidas de não residentes em março) tiveram uma subida ligeira de 8,9%, enquanto os mercados alemão (quota de 13,7%) e espanhol (quota de 9%) caíram 3,6% e 2,9%, respetivamente.

“O crescimento do mercado norte americano continuou a destacar-se, quer face a março de 2022 (+71,4%) quer quando comparado com março de 2019 (+77,9%)”, realça o INE.

Em março, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,47 noites) diminuiu 3,1% face ao período homólogo. Enquanto a estada média dos residentes diminuiu 1,2% a dos não residentes decresceu 7%. As estadas mais longas verificaram-se na região autónoma da Madeira (4,38 noites) e Algarve (3,71 noites).

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Trabalho que sabe a férias? Hub digital da VW entrega camper vans a novos contratados

Novos recrutados -- o hub digital da marca automóvel alemã tem 20 vagas -- poderão usufruir durante três dias de uma camper vans para irem de férias ou trabalharem remotamente nesta campanha.

A Volkswagen Digital Solutions (VWDS) quer contratar trabalhadores para umas “férias de sonho” e tem mais de 20 vagas em aberto. Os candidatos selecionados vão poder usar uma camper van Volkswagen durante três dias para irem de férias ou trabalharem de forma remota, promete a empresa nesta campanha de recrutamento. O hub digital da marca automóvel alemã quer fechar o ano com 520 trabalhadores. Hoje já tem cerca de 400 pessoas.

“Há muitas empresas a contratar para o emprego de sonho, mas nunca ouvi falar de uma contratação para umas férias de sonho. Esta campanha de contratação permite destacar a VWDS do que já se pratica no mercado e ligarmo-nos a um público mais preocupado com flexibilidade e bem-estar no local de trabalho, mas também que tem interesse pela inovação e tecnologia”, explica Rui Martins, responsável da marca Volkswagen Digital Solutions, citado em comunicado.

Hoje com mais de 400 trabalhadores, o hub tech tem como objetivo atingir 520 colaboradores este ano, e para isso, está a apostar numa campanha de recrutamento que os distinga da concorrência. Tem 20 vagas em aberto para software engineer, data engineer e DevOps, entre outras posições.

“A ideia principal é que os novos colaboradores sintam flexibilidade e liberdade para fazerem o que mais gostam, também nos dias de trabalho, de forma híbrida, e que adotem um modelo de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional numa empresa que aporta estes valores de preocupação com os seus recursos humanos”, refere a empresa em comunicado.

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Medina rejubila com hat-trick de boas notícias económicas

Ministro diz que o Governo responde com certezas às incertezas da conjuntura internacional: a economia cresceu mais que o esperado, a confiança continua a aumentar e a inflação tem abrandado.

A partir de Estocolmo, ao fim de uma manhã recheada de dados económicos, o ministro das Finanças enalteceu os indicadores “crescentemente positivos” sobre a evolução da economia portuguesa, dizendo que “às incertezas” da conjuntura internacional, o Governo responde com “certezas na frente interna”.

Em concreto, Fernando Medina referia-se a “três notícias” que descreveu como bastante positivas para o país. Primeiro, que a economia cresceu 1,6% no primeiro trimestre, em comparação com o último trimestre de 2022, ficando no topo do pódio da Zona Euro e superando “largamente as expectativas de todos os observadores”. Depois, que a inflação terá travado a fundo em abril, de 7,4% para 5,7%. A terceira notícia tinha sido conhecida no dia anterior, nomeadamente a melhoria da confiança dos consumidores e do sentimento económico.

Referindo-se às contas nacionais trimestrais, Medina disse que o crescimento “foi o maior da Zona Euro, que cresceu só 0,1%”. “Um crescimento acima do esperado pela generalidade dos observadores e que assenta, sobretudo, no crescimento das exportações. Isto é um crescimento que demonstrou a capacidade [das exportações] de compensar o abrandamento da procura interna”, apontou, em declarações transmitidas pela RTP3.

Sobre a conjuntura económica, o ministro destacou a “melhoria dos indicadores de confiança das famílias e das empresas”. “Os indicadores de confiança das famílias crescem pelo quinto mês consecutivo, estão no valor mais alto desde maio do ano passado. Melhoram no que é a avaliação da situação económica do país, mas também a evolução da sua própria situação económica e financeira. O mesmo relativamente às empresas, onde os indicadores de sentimento económico mostram indicadores crescentemente positivos”, sublinhou.

Numa terceira nota, sobre a evolução dos preços, Medina indicou que a inflação “prossegue a trajetória de descida desde o pico de outubro do ano passado”. “Acentua agora a sua descida, que acontece nas várias categorias de produtos, que tem a ver com os produtos energéticos, também já nos próprios bens alimentares, com uma descida importante e no momento em que a generalidade dos bens utilizados para analisar o indicador da inflação não incluem aqueles que foram sujeitos ao ‘IVA zero’. Portanto, os efeitos do IVA zero só serão sentidos na avaliação da inflação do próximo mês de maio”, recordou.

O que nós hoje temos como certo é que a economia está a crescer, a inflação está a cair, as pensões estão a aumentar (…).

Fernando Medina

Ministro das Finanças

Perante este hat-trick de boas notícias económicas, o ministro das Finanças falou em “indicadores particularmente importantes e significativos” e garantiu que o Governo está focado “no que é fundamental”, nomeadamente “a vida das famílias”, com “apoios sempre nos momentos certos” e “dirigidos àqueles que mais necessitam”.

O último recado, à saída da reunião do Eurogrupo, foi exclusivamente político: “Às incertezas que o tempo e a conjuntura internacional nos trazem, temos sempre respondido com certezas na frente interna. O que hoje temos como certo é que a economia está a crescer, a inflação está a cair, as pensões estão a aumentar, temos como certo que as contas estão certas e vão continuar certas e temos como certo que continuaremos focados nos portugueses e nas necessidades das famílias em cada conjuntura e que permitem hoje apresentar estes resultados”, apontou.

Mas se as exportações ajudaram ao brilharete do crescimento económico, outra notícia conhecida esta sexta-feira destoou das demais. Como o ECO noticiou, com base na última estimativa do Instituto Nacional de Estatística, as exportações abrandaram pelo terceiro trimestre consecutivo no início deste ano.

Medina critica fugas de informação “seletivas” sobre a TAP

Os jornalistas aproveitaram a ocasião para instar Medina a comentar as informações que vieram a público provenientes da comissão de inquérito à TAP, nomeadamente que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, autorizou a então CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, a participar na controversa reunião com o grupo parlamentar do PS, antes de uma audição, num encontro onde terão sido acordadas as perguntas que seriam feitas à gestora e as respostas desta.

“Não me quero pronunciar sobre fugas de informação seletivas de documentação entregue à comissão de inquérito, aliás pelo Governo. Reafirmo só o que sempre disse desde o início sobre este processo: a base de toda a fundamentação relativamente à administração da TAP está descrita nos seus factos, na sua argumentação jurídica, no relatório da Inspeção-Geral de Finanças”, respondeu o ministro.

Fernando Medina também não quis comentar a manchete do Jornal de Notícias desta sexta-feira, que o acusa de ter escondido durante cinco meses um “parecer crítico” relacionado com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR): “Não quero comentar a adjetivação que um órgão de comunicação social faz.”

(Notícia atualizada pela última vez às 12h32)

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