Combustíveis ficam mais baratos para a semana. Gasóleo desce oito cêntimos e gasolina quatro

Combustíveis vão descer na próxima semana, interrompendo três semanas consecutivas de aumentos. Gasóleo vai ficar oito cêntimos mais barato e a gasolina descerá quatro cêntimos.

Os combustíveis vão descer na próxima semana, interrompendo três semanas consecutivas de aumentos. O litro de gasolina vai ficar quatro cêntimos mais barato e o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, vai descer oito cêntimos, avançou ao ECO fonte do mercado. Por isso, se puder, espere por segunda-feira para encher o tanque.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deveria passar a pagar 1,570 euros por litro de gasóleo simples e 1,699 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

No entanto, esta sexta-feira deverá haver uma nova revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, que são atualizadas no início de cada mês. Em janeiro, o efeito de mecanismo de compensação aplicado ditou uma redução do desconto do ISP mais pequena, em 1,3 cêntimos por litro de gasóleo e em 1,2 cêntimos por litro de gasolina, face a dezembro.

É, no entanto, de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento. E ainda podem sofrer ajustamentos para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Os preços invertem assim a tendência, depois de esta semana terem registado a terceira subida consecutiva. O gasóleo ficou 1,6 cêntimos mais caro esta semana e a gasolina 3,2 cêntimos, ou seja, um aumento quase idêntico ao antecipado pelo mercado.

Esta sexta-feira, os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, estão a descer 0,46%, para os 81,80 dólares por barril. O Brent deverá registar esta semana uma queda semanal de 5%, porque os mercados aguardam sinais mais claros relativos à procura chinesa, ou seja, “o grau de dinamismo da procura chinesa, mas também sobre as consequências do embargo europeu e da fixação dos tetos de preços”, sublinhou o Commerzbank numa análise citada pela Reuters. Os analisas da ANZ apontam para uma subida em flecha no tráfego nas 15 maiores cidades chinesas depois das férias do novo ano lunar, mas também reconhecem que os traders chineses têm estado “relativamente ausentes”.

Evolução do preço do Brent em Londres

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Taxas aeroportuárias da ANA sobem em média quase 4% este ano

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

As novas taxas, que entram em vigor a 1 de abril, ditam aumentos absolutos de 0,96 euros em Lisboa, 0,31 euros nos Açores, 0,70 euros na Madeira, 16,34 euros em Beja.

As taxas aeroportuárias da ANA vão subir em média 3,86% este ano, e não 10,81% como inicialmente proposto e ‘chumbado’ pelo regulador, segundo uma deliberação da Comissão Executiva, publicada na página oficial da gestora de aeroportos. De acordo com o documento, consultado pela Lusa, “a variação do conjunto de taxas reguladas na ANA traduz-se, em termos anuais, num aumento médio de 3,86%”, distribuído pelos vários aeroportos da rede.

Assim, Lisboa terá o maior aumento, de 7,59%, seguidos dos Açores de 4,33%, Madeira com 5,88% e Beja 5,34%. Apenas nos aeroportos do Porto e de Faro haverá uma diminuição no valor das taxas aeroportuárias de 5,24%, no primeiro, e de 5,26%, no segundo.

Em termos absolutos, “o aumento da receita regulada por passageiros terminal é de mais 0,41 euros na rede ANA“, sendo que em Lisboa é 0,96 euros, Açores 0,31 euros, Madeira 0,70 euros, Beja 16,34 euros e no Porto e em Faro descem 0,43 euros, em ambos os casos. As novas taxas entram em vigor em 1 de abril.

Este ano, a ANA vai implementar ainda uma modelação da taxa de aterragem, em função do nível de ruído do avião, para “incentivar o uso por aeronaves menos ruidosas, com melhor performance ambiental”.

Recorde-se que, em 24 de outubro, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) considerou que a proposta da ANA — Aeroportos de Portugal para as tarifas a vigorar em 2023 era demasiado elevada e suspendeu o processo até a concessionária alterar os valores.

Depois de “analisados os fundamentos invocados pela ANA, a ANAC considerou que a proposta tarifária apresentada para 2023 (que contempla aumentos das receitas da ANA nos aeroportos do Grupo de Lisboa acima da inflação 5,9 pontos percentuais, no aeroporto do Porto contempla um aumento global médio das taxas 1,9 pontos percentuais acima da inflação e no aeroporto de Faro contempla um aumento global médio das taxas em 2,71 pontos percentuais acima da inflação) não cumpre as disposições previstas no Contrato de Concessão”, considerou então o regulador.

Consequentemente, “em 21 de outubro de 2022, o Conselho de Administração da ANAC deliberou suspender de imediato o processo de consulta tarifária em curso” e “proferir uma determinação” com obrigações para a concessionária.

Numa nota divulgada a 4 de outubro, no mesmo dia em que a TAP criticou o aumento das taxas, a ANA confirmou que “apresentou uma proposta de atualização das taxas aeroportuárias reguladas com data de entrada em vigar a 1 de fevereiro de 2023, seguindo o novo modelo previsto no contrato de concessão para o período 2023 até ao final da concessão”.

De acordo com a concessionária, “ao abrigo do modelo, que vigorou nos primeiros dez anos da concessão, a ANA fez reduções substanciais das taxas praticadas durante o período da Covid que resultaram na devolução de um valor total de cerca de 54 milhões de euros aos seus clientes em 2020 e 2021″.

Além disso, referiu, “a ANA devolveu mais de 13 milhões de euros às companhias aéreas referente a acertos da receita cobrada em 2021, nomeadamente em Lisboa e em Faro”.

Assim, destacou a gestora dos aeroportos, “durante o período pandémico as medidas tomadas pela ANA” resultaram na redução de 26% em Lisboa, de 18% no aeroporto do Porto e de 45% em Faro.

Na mesma nota, a empresa referiu que “os valores propostos para 2023 apresentam acréscimos por passageiro de 0,35 euros nos Açores, 0,79 euros na Madeira, 0,81 euros no Porto, 0,80 euros em Faro e 1,53 euros em Lisboa”, adiantando que “a proposta representa um aumento médio de 10,81% que segue genericamente o aumento da taxa de inflação e as regras estabelecidas pelo Contrato de Concessão com o Estado Português”.

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Proposta do Governo para tornar o Sifide mais restritivo foi aprovada só pelo PS

Proposta do PAN de alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, para aumentar a transparência, foi rejeitado por força da maioria socialista. Todos os grupos parlamentares votaram a favor.

O Parlamento aprovou a proposta do Governo para tornar o sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial (Sifide) mais restritivo com os votos a favor do PS.

A proposta estabelece o regime aplicável às startups e scaleups, altera o regime de tributação dos planos de opções para trabalhadores de startups e empresas do setor da inovação e reforça o sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial, que foi apresentado na quarta-feira ao Parlamento e votado esta sexta-feira, recebeu os votos contra do do PCP, Bloco de Esquerda e Livre e abstenção do PSD, Chega, Iniciativa Liberal e Livre. O projeto baixa agora à quinta o comissão.

O Sifide permite deduzir à coleta do IRC o valor correspondente às despesas com investigação e desenvolvimento numa dupla percentagem: por um lado, uma taxa base de 32,5% das despesas realizadas e, por outro, uma taxa incremental de 50% do acréscimo das despesas realizadas. Mas têm sido identificados abusos através da utilização de uma dupla dedução do benefício concedido, sobretudo no âmbito de investimentos indiretos (através de fundos).

As propostas de alteração do Executivo pretendem tornar mais apertadas as regras de utilização deste incentivo, respondendo assim a alguns dos problemas identificados e contabilizados na auditoria da Inspeção Geral de Finanças (IGF) — 3,19 milhões de euros de crédito fiscal indevido. A IGF concluiu que este incentivo fiscal é eficaz para promover o investimento privado em I&D, mas sugeriu a implementação de mecanismos de monitorização e alertou para o “aumento muito significativo da despesa” com a via indireta do incentivo.

Na proposta do Executivo, agora aprovada as empresas passam a ser obrigadas a deter as unidades de participação no fundo durante dez anos e não cinco como até aqui. É aumentada a exigência da percentagem mínima do investimento do fundo em empresas dedicadas a I&D de 80% para 90%, mas reduz os prazos de investimento pelo fundo nestas empresas de cinco para três anos.

O objetivo é garantir maior celeridade na execução dos projetos e, por isso, esta redução de prazos também se aplica às próprias empresas de I&D na concretização dos projetos. Deixam de ser elegíveis os investimentos indiretos para operações entre entidades com relações especiais e deixa de se aplicar a taxa incremental para o investimento indireto.

No início de janeiro foram debatidas na generalidade propostas do PSD, BE, PCP, Chega e PAN de alteração ao Sifide. Mas, com exceção das do PAN e do Chega, que baixaram à comissão sem votação, todas as outras foram chumbadas.

A proposta de alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, com vista ao aprofundamento dos mecanismos de transparência, do PAN, foi rejeitado por força da maioria socialista. Todos os grupos parlamentares votaram a favor, mas o PS votou contra ditando o chumbo da proposta que defendia maior transparência fiscal.

Já a proposta do Chega para fomentar o regresso de portugueses emigrados e a contratação de jovens qualificados também foi chumbada, sendo que apenas recebeu votos a favor do próprio partido, mas todos os outros se abstiveram com exceção do PS e PCP que votaram contra.

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BPI sobe juros dos depósitos “em breve”. Estado não devia pagar tanto nos certificados, diz CEO

João Pedro Oliveira a Costa prometeu novidades para “breve” no que toca à remuneração dos depósitos. E diz que Estado não devia pagar tanto nos Certificados de Aforro.

O BPI prepara para “breve” o aumento dos juros dos depósitos, adiantou o CEO do banco, João Pedro Oliveira e Costa. Ao contrário do concorrente, não quer que os clientes tirem as poupanças do banco para os Certificados de Aforro. E critica a alta remuneração que o Estado dá neste produto.

“Não queremos que os nossos clientes vão para os Certificados de Aforro. (…) Não seria necessário Estado pagar tanto, mas entendo o incentivo para a poupança”, disse Oliveira e Costa esta sexta-feira na apresentação dos resultados anuais. O BPI lucrou 365 milhões de euros em 2022, uma subida de quase 20% em relação ao ano anterior.

Na véspera, questionado sobre o tema dos juros dos depósitos, o presidente do Santander Totta referiu que os portugueses têm alternativas para as suas poupanças. “Olhem para os Certificados de Aforro”, atirou Pedro Castro e Almeida. Em fevereiro, as novas subscrições de Certificados de Aforro contam com uma taxa de juro de 3,403%. A alta remuneração está a provocar uma corrida a este produto de poupança do Estado.

Sobre a subida dos juros dos depósitos, João Pedro Oliveira e Costa revelou que “em breve, com uma gestão prudente, iremos remunerar os depósitos a prazo”. “O banco não está desatento”, disse o gestor.

Ainda assim, adiantou que, apesar de não remunerar as poupanças dos seus clientes, o BPI “não tem sentido saída de depósitos, o que demonstra alguma vontade dos clientes em manter as poupanças no banco”, disse Oliveira e Costa. No final do ano passado, os clientes tinham mais de 30 mil milhões depositados no banco, um aumento de 5% em relação ao ano anterior.

(Notícia atualizada às 13h32)

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Comissão de inquérito à TAP avança com abstenção do PS e PCP

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2023

Proposta pelo Bloco de Esquerda, comissão de inquérito vai avaliar, por exemplo, a atribuição de uma indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora Alexandra Reis.

Vai avançar a comissão de inquérito ao papel do Estado na gestão da TAP. O Parlamento aprovou a proposta do Bloco de Esquerda para avaliar, por exemplo, a atribuição de uma indemnização de meio milhão de euros à ex-administradora Alexandra Reis. PSD, Chega, IL, BE, PAN e Livre votaram a favor. PS e PCP abstiveram-se.

A comissão parlamentar de inquérito será liderada pelo deputado socialista Jorge Seguro Sanches. O PS vai assumir a presidência, apesar de ter defendido que esse lugar deveria caber ao Chega. Na última conferência de líderes, tinha sido explicado que havia um empate entre Chega e PS seguindo o habitual método de Hondt na distribuição das presidências das comissões parlamentares, tendo ficado a decisão para a reunião desta sexta-feira. Em 10 de janeiro, o PS já tinha anunciado que iria viabilizar esta comissão de inquérito.

Também foram votadas duas outras propostas de comissão de inquérito à TAP, do Chega e do PCP, que acabaram chumbadas.

A proposta do PCP era um aditamento à comissão do Bloco de Esquerda e pretendia que a comissão explorasse as consequências da privatização da companhia aérea, em 2015. PSD, Iniciativa Liberal, PCP, PAN e Livre votaram a favor. Bloco de Esquerda, PS e Chega votaram contra.

A proposta do Chega pretendia avaliar a utilização dos fundos públicos junto da companhia aérea. Os votos a favor do PSD, Chega, Iniciativa Liberal e PAN foram insuficientes para os votos contra do PS e do PCP. Bloco de Esquerda e Livre abstiveram-se.

(Notícia atualizada às 13h01 com mais informação)

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Deputados aprovam Agenda do Trabalho Digno na especialidade. Votação final marcada para dia 10

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

Concluídas as votações na especialidade, a votação final global das alterações à legislação laboral ficou marcada para a próxima sexta-feira.

As votações na especialidade das alterações laborais no âmbito da Agenda do Trabalho Digno terminaram esta sexta-feira, após uma maratona de reuniões desde novembro, com o PS a prever que a generalidade das novas regras entre em vigor em abril.

O coordenador do grupo de trabalho onde decorreram as votações, o socialista Fernando José, disse à Lusa que a votação final global das alterações à legislação laboral, que esteve inicialmente agendada para esta sexta-feira, ficou marcada para dia 10, após a ratificação das votações na especialidade, que deverá realizar-se dia 8.

Acreditamos que estas alterações à legislação laboral serão publicadas durante o mês de março e irão entrar em vigor em abril“, adiantou Fernando José à Lusa.

Para o deputado do PS, o processo na especialidade consistiu numa “negociação aprofundada, com contributos dos grupos parlamentares do PS, do PSD, do BE e do PCP”. “O PS desde o início que tentou atingir consensos, quis que esta fosse uma discussão aprofundada, assim o foi. Aceitámos em muitas situações alterações às redações porque efetivamente ficavam melhores, houve uma tentativa de criar esses consensos, o PS nunca votou sozinho”, sublinhou Fernando José.

Para o socialista, as alterações à legislação laboral “não representam um recuo nem uma retirada de direitos, muito pelo contrário, representam uma importante densificação dos direitos laborais”.

Na reunião desta sexta-feira, os deputados aprovaram o artigo relativo à entrada em vigor da proposta da Agenda do Trabalho Digno, que prevê a mesma para o primeiro dia do mês seguinte ao da sua publicação, que obteve os votos favoráveis do PS e do BE e os votos contra do PSD e do PCP. O PSD apresentou uma proposta para que a nova legislação entrasse em vigor 90 dias após a publicação, mas todos os grupos parlamentares votaram contra, à exceção do partido proponente.

Foi ainda aprovada uma proposta do PS sobre a renúncia aos créditos salariais dos trabalhadores no fim do contrato, a chamada remissão abdicativa, com os votos favoráveis do PS e do PCP, a abstenção do BE e os votos contra do PSD. Com a proposta do PS relativa ao artigo 337.º do Código do Trabalho, os créditos a que o trabalhador tem direito quando sai da empresa podem ser renunciados apenas “por meio de transação judicial”, ou seja, por acordos feitos em tribunal.

A proposta do PS sobre a remissão abdicativa aprovada hoje surgiu depois de o BE ter pedido aos socialistas para que retirassem a proposta “inaceitável” apresentada antes, que permitia que os trabalhadores abdicassem dos créditos salariais, esvaziando assim a proposta dos bloquistas aprovada em janeiro. Assim, a proposta do PS agora aprovada mantém a regra introduzida pelo BE (aprovada em janeiro), que proíbe a renúncia a créditos salariais no fim do contrato, mas acrescenta este novo ponto que estabelece que o trabalhador pode abdicar, por acordo, em tribunal.

A proposta do Governo que altera a legislação laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, foi aprovada na generalidade em julho e o início da discussão na especialidade arrancou em 29 de novembro. Durante o processo na especialidade, foram introduzidas algumas normas que não estavam previstas inicialmente, como é o caso da possibilidade de as baixas de até três dias serem passadas pelo serviço digital do Serviço Nacional de Saúde (SNS24), mediante autodeclaração de doença, com limite de duas por ano.

Os deputados aprovaram ainda o alargamento do direito ao teletrabalho aos pais com filhos com deficiência ou doença crónica, independentemente da idade.

Entre as medidas previstas na Agenda do Trabalho Digno estão limites à renovação dos contratos de trabalho temporários bem como o reforço do papel da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). O documento prevê ainda o alargamento da compensação para 24 dias por ano em caso de cessação de contrato de trabalho a termo, certo ou incerto, e o aumento do valor das horas extraordinárias a partir das 100 horas anuais.

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Sindicatos de professores não assinam “acordozinhos” e ameaçam prolongar greve “até final do ano letivo”

Sindicatos dos professores reiteram que as novas propostas apresentadas pelo Governo ficaram "muito aquém das já baixas expectativas" e prometem anunciar novas "formas de luta" a 11 de fevereiro.

Os sindicatos dos professores reiteram que as novas propostas apresentadas pelo Ministério da Educação ficaram “muito aquém das já baixas expectativas” e avisam o Governo de que não assinam “acordozinhos”. Prometem ainda anunciar novas “formas de luta” na manifestação nacional de 11 de fevereiro.

As organizações sindicais que convergem na greve por distrito consideram que a reunião de quinta-feira com o Governo ficou “muito aquém das já baixas expectativas que levaram”, dado que além da “falta de um documento escrito faltaram respostas relativas a todos os assuntos que vão além do regime de concursos” dos professores, afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, na conferência de imprensa que juntou nove organizações sindicais de professores, na Escola Secundária de Camões, em Lisboa.

Entre as linhas vermelhas definidas por estas organizações sindicais está a criação dos Conselhos Locais de Diretores, dado que com esta alteração os professores que estejam no quadro de escola/agrupamento podem passar a ser “em distribuição de serviço professores de hiperagrupamentos” por decisão deste organismo. “É inaceitável também o aumento de 6 para 8 horas aquilo que é considerado insuficiência do tempo letivo”, bem como a “imposição de os docentes dos quadros de zona pedagógica (QZP) terem de concorrer a mais 3 quadros além do seu”, o que obrigará alguns docentes a áreas superiores às atuais, apontou ainda o líder da Fenprof.

Mário Nogueira adiantou ainda que na última reunião o Governo apresentou “duas modalidades” para chegar acordo com os sindicatos: a assinatura de um acordo global ou, em alternativa, “a assinatura de 10 acordos parcelares”, sendo “um para cada aspeto do acordo global. “Ontem as organizações fizeram saber que não assinam acordozinhos. Assinarão um acordo global quando estiverem de acordo”, atirou.

Nesse sentido, as nove estruturas sindicais prometem “levar até ao fim” as greves distritiais previstas até 8 de fevereiro, assim como, fazer queixa ao Ministério Público sobre os alegados abusos aos serviços mínimos decretados (dado que estes foram decretados para a greves do Stop e não abrangem as greves distritais)Serviços mínimos abrem as portas das escolas, mas não garantem aulas

“Na manifestação nacional anunciaremos novas formas de luta e também a data ou datas do dia D para debater o documento do Ministério da Educação”, adiantou ainda o secretário-geral da Fenprof. “No dia D, a palavra é dos professores”, atirou, acrescentando que “a luta vai continuar se for essa a vontade dos professores e, sobretudo, se for essa a falta de vontade do Governo em resolver os problemas”. O responsável explicou que só a 11 de fevereiro serão decidido os próximos passos, mas questionado pelos jornalistas admitiu prolongar a greve “até ao final do ano letivo”.

(Notícia atualizada pelas última vez às 13h)

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Pré-avisos de greve atingiram número mais elevado desde 2013

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

Os pré-avisos de greve comunicados ao Ministério do Trabalho em 2022 totalizaram 1.087, um aumento de 25% face a 2021. Este foi o valor mais alto desde 2013, altura da crise financeira da troika.

Os pré-avisos de greve comunicados ao Ministério do Trabalho em 2022 totalizaram 1.087, um aumento de 25% face a 2021, sendo o valor mais alto desde 2013, altura da crise financeira da troika, segundo a DGERT.

Entre janeiro e dezembro de 2022, entraram assim mais 215 pré-avisos de greve no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social do que no ano anterior, quando foram entregues 872, de acordo com as estatísticas da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

Segundo os dados disponíveis, é preciso recuar até 2013, altura em que Portugal foi sujeito ao programa de ajustamento financeiro da troika, para encontrar um número mais elevado (1.534 pré-avisos entregues).

Os dados da DGERT, que se referem aos pré-avisos comunicados no âmbito do Código do Trabalho, mostram que do total de pré-aviso entregue, 908 ocorreram fora do setor empresarial do Estado e as restantes 109 no setor empresarial do Estado. O número de pré-avisos comunicados podem, no entanto, não corresponder às greves efetivamente realizadas, já que algumas podem ter sido suspensas.

No ano passado, foram abertos 113 processos de serviços mínimos, tendo sido decretados 38 por acordo, 45 por decisão arbitral e 30 por despacho.

Tendo em conta apenas o mês de dezembro, foram comunicados 224 pré-avisos, um aumento de 24% face ao mesmo mês do ano anterior, quando foram entregues 181. Do total de pré-avisos comunicados em dezembro, 90% ocorreram fora do setor empresarial do Estado.

O setor das atividades administrativas e dos serviços de apoio foi o que registou mais pré-avisos de greve, com 29% do total, seguido pelo setor das atividades de informação e de comunicação (16%).

Despedimentos coletivos caem ligeiramente para 330 em 2022

O número de despedimentos coletivos comunicados em 2022 totalizou 330, sendo ligeiramente inferior ao registado em 2021, quando se verificaram 336 processos, segundo os dados divulgados pela Direção-geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

No ano passado, o número de trabalhadores a despedir totalizou 3.303 (que compara com 4.441 em 2021), tendo sido efetivamente despedidos 3.033 (contra 3.759 em 2021).

A maioria dos processos ocorreu nas pequenas empresas (133) e nas microempresas (129), seguindo-se as médias empresas (58) e as grandes empresas (10). Lisboa e Vale do Tejo foi a região mais afetada (177 processos), seguida pelo Norte (110), Centro (25), Algarve (12) e Alentejo (6).

Tendo em conta apenas o mês de dezembro foram comunicados à DGERT 32 processos de despedimento coletivo, face a 18 no mesmo mês de 2021. Em dezembro, foi no comércio por grosso e a retalho e reparação de veículos automóveis e motociclos e no setor das indústrias transformadoras que se verificaram as maiores percentagens de despedimentos coletivos, com 41% e 16%, respetivamente.

Também se verificaram despedimentos coletivos em dezembro nas atividades administrativas e dos serviços de apoio (7% do total), transportes e armazenagem (6%), atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (6%), alojamento, restauração e similares (3%), atividades financeiras e de seguros (3%), atividades imobiliárias (3%), entre outros.

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BPI com lucros 365 milhões em 2022. Vai pagar dividendo de 285 milhões

A atividade em Portugal contribuiu com 235 milhões de euros. Margem financeira disparou 20% para 548 milhões. Banco prepara dividendo de 284 milhões para Caixabank.

O BPI registou lucros de 365 milhões de euros em 2022, uma subida de 19% em relação ao ano anterior. E anunciou que pretende pagar dividendos de 284 milhões de euros (quase mais 100 milhões do que no ano passado) ao dono espanhol, o Caixabank.

A atividade em Portugal deu 235 milhões, mais 31% face a 2021. Daqui a proposta de dividendo é de 65% do resultado, detalhou o CEO João Pedro Oliveira e Costa na apresentação dos resultados. Já as participações no angolano BFA e no moçambicano BCI tiveram contributos de 96 milhões de euros e 34 milhões para o resultado consolidado, respetivamente. Os resultados dos negócios africanos seguem todos para Espanha. A proposta de dividendo ainda vai ser levada a assembleia geral de acionistas.

Oliveira e Costa fala em bom “dinamismo comercial” no ano passado e os números da operação demonstram isso mesmo. A margem financeira disparou 20% para 548 milhões de euros, beneficiando a subida das taxas de juro (sobretudo no último trimestre), mas também dos volumes de crédito concedido. Por outro lado, já devolveu quase todos os empréstimos TLTRO ao BCE, restando 400 milhões que serão amortizados até junho.

Já as comissões subiram 3% para 296 milhões, face À “maior penetração das contas pacote, que tem vários serviços associados”, segundo o CEO. Com isto, o produto bancário atingiu os 873 milhões, subindo 14% em termos anuais.

O BPI diz ter conquistado quota no mercado de crédito (11,5%), apesar da inversão de tendência de subida registada na segunda metade do ano. Oliveira e Costa adiantou que 2023 arrancou a “seguir a mesma linha”: “Estamos a assistir a um abrandamento da procura e concretização do crédito”. Em janeiro é normal, mas continua a abrandar face ao mesmo período do ano anterior”.

A carteira de empréstimos aumentou 6% para 29,2 milhões de euros, com o segmento da habitação a subir 8% para 14,2 mil milhões.

Nos depósitos, os clientes têm depositados no banco 30,3 mil milhões de euros, um aumento de 5%. O banco promete subir os juros dos depósitos em “breve”. Os recursos totais atingem os 40 mil milhões.

“Interesse nenhum em executar casas”

Sobre os processos de renegociação de contratos da casa, Oliveira e Costa espera que a situação venha “agudizar” para as famílias. Até ao momento 2.000 clientes contactaram o banco para baixar a prestação ao abrigo das novas regras. Destes, 500 já tiveram os seus processos de renegociação fechados com o banco. As soluções passam geralmente por uma extensão do prazo do contrato ou carência de capital e/ou juros.

“O banco não tem interesse nenhum em executar as casas”, disse o gestor, assegurando que o banco está preparado para um aumento da procura de pedidos e para um eventual aumento do nível de incumprimento.

(Notícia atualizada às 13h24)

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Euribor sobe a três meses para novo máximo desde 2008. Cai a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

A taxa Euribor subiu a três meses para um novo máximo desde janeiro de 2009 e desceu a seis e a 12 meses face a quinta-feira.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três meses para um novo máximo desde janeiro de 2009 e desceu a seis e a 12 meses face a quinta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou esta sexta-feira, ao ser fixada em 3,374%, menos 0,072 pontos, contra 3,446 na quinta-feira, um novo máximo desde dezembro de 2008. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
  • A taxa Euribor a seis meses, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também baixou, para 3,011%, menos 0,018 pontos, depois de se ter fixado em 3,029% em 2 de fevereiro, um novo máximo também desde dezembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta sexta-feira, ao ser fixada em 2,545%, mais 0,005 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro. Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Walk Talks. Deixe de procrastinar. “Just do it”

  • Trabalho
  • 3 Fevereiro 2023

As Walk Talks estão de regresso. A segunda temporada começa por um tema pelo qual todos já passamos ou melhor procrastinamos. Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete todas as semanas.

Eu procrastino, tu procrastinas, todos (em algum momento da vida) procrastinamos. E quando adiamos decisões ou ações demasiadas vezes os resultados nem sempre são os melhores.

Nesta segunda temporada das Walk Talks, Nuno Santos Fernandes e João Perre Viana, partners e mentores da Walking Mentorship, sugerem uma reflexão sobre o que nos leva a adiar decisões e sugerem estratégias para acabar de vez com a procrastinação. Faça uma lista dos seus objetivos, reveja-a com regularidade e, depois, como diz João Perre Viana, “Just do it.”

Fica também uma sugestão de leitura — The War of Art, de Steven Pressfield — caso queira levar mais longe esta reflexão.

 

http://videos.sapo.pt/LP3Z0w2bz5OAys4srz3J

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Analistas esperam inflação alinhada com meta do BCE em 2025

Inquérito trimestral do Banco Central Europeu (BCE) mostra que os analistas profissionais antecipam recuo da taxa de inflação na Zona Euro para 2,1% em 2025, alinhando-se com a meta de 2%.

Os analistas sondados pelo Banco Central Europeu (BCE) reviram em alta as expectativas de inflação para 2023 e 2024 e esperam que a taxa se alinhe com a meta do banco central em 2025, estabilizando no longo prazo (2027).

No rescaldo do anúncio de uma nova subida das taxas diretoras, o BCE publicou esta sexta-feira uma atualização às expectativas dos analistas profissionais para a subida dos preços na Zona Euro. A previsão é que a taxa se cifre em 2,1% em 2025 e permaneça neste patamar em 2027, em linha com a meta de 2% da entidade liderada por Christine Lagarde.

Mais no imediato, os analistas antecipam agora um abrandamento da taxa de inflação em 2023 para 5,9%, uma previsão que fica 0,1 pontos percentuais acima do inquérito anterior. Para 2024, a expectativa é de uma taxa de inflação de 2,7%, superior em 0,3 pontos percentuais face ao inquérito prévio, já bastante abaixo dos 9,2% registados pelo Eurostat em dezembro (e dos 8,5% estimados em janeiro).

Expectativas de inflação

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“As revisões em alta correspondem a alterações nas expectativas para a inflação excluindo energia, alimentação, álcool e tabaco. De acordo com os respondentes, estas alterações refletem sobretudo uma combinação de resultados de dados recentes, efeitos indiretos em curso mais amplos do que o esperado da evolução dos preços da energia, assim como uma previsão de crescimento salarial mais elevada”, explica o BCE em comunicado.

Quanto a outros indicadores, as expectativas de crescimento económico mantêm-se, mas são agora ligeiramente mais fracas para 2024, e as perspetivas para o emprego foram ligeiramente revistas em baixa. Os analistas antecipam que a taxa de desemprego suba para 7% em 2023 (face aos 6,5% em novembro de 2022) e que desça gradualmente para 6,4% em 2027.

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