Mercedes-Benz.io arranca com programa de embaixadores nas universidades

Programa surge depois de, em novembro, a companhia ter anunciado a intenção de reforçar a equipa em Portugal com mais 140 trabalhadores.

A Mercedes-Benz.io, o hub tech da marca automóvel alemã em Portugal, arrancou com um programa de embaixadores nas universidades para reforçar a ligação aos estudantes à empresa. O Campus Promoters inicia-se com o ISCTE e o IST, em Lisboa, mas o “programa prevê expansão para mais universidades e associações, em Portugal e na Alemanha.”

“Queremos continuar a aproximarmo-nos do talento do futuro e reforçar a nossa colaboração para o desenvolvimento do mercado de trabalho tech em Portugal, colocando os estudantes no centro desta parceria”, explica Silvia Bechmann, CEO da Mercedes-Benz.io, citada em comunicado. “Esperamos com esta iniciativa ajudar os estudantes a desenvolverem mais competências profissionais e a conectarem-se com profissionais da área, demonstrando o nosso forte compromisso com a formação e empregabilidade do talento do futuro em Portugal”.

A iniciativa surge depois de, em novembro, a empresa que já conta com um hub em Braga e Lisboa, com um conjunto de mais de 300 trabalhadores, ter mudado o escritório em Lisboa para o Parque das Nações e anunciado a intenção de reforçar com mais de 140 colaboradores em Portugal.

Com duração de um ano letivo, o Campus Promoters arranca em parceria com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e com núcleos de estudantes do Instituto Superior Técnico (IST). A escolha “baseou-se numa relação de longa data, assim como no reconhecimento da qualidade de ambas as instituições na formação de talento tech e nas áreas que a Mercedes-Benz.io pretende reforçar”, justifica a empresa.

Os estudantes “Campus Promoters” selecionados vão “representar a empresa em eventos e feiras de carreira nas respetivas universidades, partilhando atualizações da empresa e oportunidades de emprego com os seus colegas e fornecendo feedback sobre a sua experiência na empresa”.

A iniciativa permite ainda a Mercedes-Benz.io perceber quais as expectativas do jovem talento para o seu primeiro emprego e, em simultâneo, “promover a proximidade com a realidade do mercado de trabalho tech em Portugal, colocando os estudantes no centro desta conexão.”

Job shadowing e mentoring, por parte de membros da equipa Mercedes-Benz.io, são outras das componentes também previstas no programa.

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Caso EDP: Defesa de Manuel Pinho faz participação do juiz Carlos Alexandre ao CSM

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

A defesa Pinho apresentou uma participação do juiz Carlos Alexandre ao CSM e à Ordem dos Advogados pela validação como prova de correspondência trocada pelo arguido com os seus advogados no caso EDP.

A defesa de Manuel Pinho apresentou uma participação do juiz Carlos Alexandre ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) e à Ordem dos Advogados pela validação como prova de correspondência trocada pelo arguido com os seus advogados no caso EDP.

Na base desta ação está o requerimento da defesa do antigo ministro da Economia entregue esta semana no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), ao cuidado do juiz de instrução titular do processo, que pede que seja declarada nula a apreensão da correspondência trocada entre o arguido e os seus advogados, bem como dos equipamentos apreendidos nas buscas domiciliárias de fevereiro de 2022, e a destruição destes ficheiros.

Em declarações à Lusa, o advogado do ex-governante, Ricardo Sá Fernandes, justifica a iniciativa com a necessidade de preservação do segredo profissional: “O requerimento e as participações que foram apresentadas significam que há limites que não podemos deixar ultrapassar, sob pena de pormos em causa o exercício da advocacia em Portugal”.

Segundo o requerimento, a que a Lusa teve acesso, a defesa de Manuel Pinho aponta a existência de 191 emails entre os ficheiros, na sua grande maioria “sobre matéria relacionada, direta ou indiretamente, com a defesa daquilo que se discute nestes autos, algumas de natureza puramente privada, até sobre aspetos relativos à saúde”, considerando “intolerável” que o juiz tenha validado ao Ministério Público (MP) o acesso a estas informações.

“A gravidade das ocorrências (…) justifica que, nesta data, tal factualidade seja participada ao Conselho Superior da Magistratura e à bastonária da Ordem dos Advogados para os efeitos tidos por convenientes”, lê-se no documento, que acrescenta: “O arguido e os seus mandatários sentiram-se devassados na intimidade das comunicações confidenciais”.

Revelando que nas buscas de novembro de 2022, quando foi feita cópia informática de dados dos equipamentos, o arguido encontrou aberta a sua caixa de correio eletrónica com uma seleção de emails trocados com os mandatários, a defesa critica o juiz por autorizar “a investigação a efetuar as pesquisas e seleção dos elementos que possam revelar-se de interesse para a prova”, recusando a eliminação dos ficheiros.

“Todo esse material apreendido pôde ser analisado, perscrutado e vasculhado por quem não podia sequer tê-lo visto, e isso aconteceu ao abrigo de um despacho judicial em que, afirmando o senhor juiz de instrução ter visualizado os ficheiros, nada detetou que pusesse gravemente em causa direitos, liberdades e garantias dos visados, podendo assim ser objeto de investigação e seleção por parte do MP e dos OPC [órgãos de polícia criminal]”, referiu.

Nenhum dos emails trocados entre Manuel Pinho e Ricardo Sá Fernandes foi usado até agora como prova, mas a defesa aponta ao MP a utilização de correspondência do antigo governante com os seus advogados fiscalistas espanhóis e portugueses.

“Ou o senhor juiz de instrução viu os ficheiros, tendo necessariamente verificado que eles continham extensíssima correspondência entre o arguido e os seus mandatários, sem que isso o tivesse impedido de autorizar a sua investigação e seleção por parte do MP e OPC; ou o senhor juiz de instrução nunca viu os ficheiros, assinando ‘de cruz’, ‘à confiança’, um despacho em que afirma tê-los visto integralmente”, frisou, rotulando a conduta do juiz como “inaceitável”.

O antigo ministro da Economia (entre 2005 e 2009) foi acusado neste caso de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.

Foram ainda acusados neste processo a mulher do ex-ministro, Alexandra Pinho, em concurso efetivo e coautoria material com o marido de um crime de branqueamento de capitais e outro de fraude fiscal, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

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SDG Advogados inaugura novo escritório em Barcelos

  • Conteúdo Patrocinado
  • 3 Fevereiro 2023

A inauguração do escritório decorreu no passado dia 6 de janeiro a partir das 16h00 e contou também com a comemoração do vigésimo aniversario de carreira da sua fundadora Sandra Gonçalves.

A SDG Advogados inaugurou o seu novo escritório na cidade de Barcelos, localizado na Rua Dr. Manuel Pais, nº 90, na cidade de Barcelos. O novo escritório possui um espaço mais amplo e funcional, idealizado com o intuito de proporcionar uma melhoria das condições de trabalho dos seus advogados, bem como continuando a disponibilizar aos seus clientes um maior conforto aliado a um trabalho de excelência técnica orientado para as necessidades concretas de cada cliente.

Em todos os mercados em que atua, a SDG Advogados aposta na escolha da melhor solução para cada cliente, identificando a que melhor se adapta a cada fase do ciclo procurando a melhor estratégia para dar a resposta mais adequada.

Sandra Gonçalves, CEO e fundadora, afirma que “o novo escritório foi idealizado e concebido a pensar no bem-estar das pessoas e no crescimento orgânico da sociedade”, acrescenta ainda pretendem construir projetos verdadeiramente virados para o futuro inovando em todas as áreas em que atuam e nos serviços que prestam e na forma como são prestados.

A Dr.ª Sandra Gonçalves começou o seu percurso profissional há 20 anos, estagiando com o Ilustre e saudoso Dr. Vasco Carvalho, tendo desenvolvido a sua carreira assente em princípios como profissionalismo, ambição, integridade, empatia e compromissos para com os seus clientes.

Em 2007, como resultado do crescimento profissional passou a exercer advocacia sob o nome SDG Advogados de forma totalmente independente.

Com um percurso já traçado no mercado, a SDG Advogados tenciona consolidar a sua posição no mercado aliando experiência e inovação, com uma equipa de advogados motivada e com uma metodologia de trabalho muito própria que permite criar ligações sólidas com os clientes, prestando um serviço de qualidade e eficiência focado em soluções específicas e adequadas a cada um deles.

As mudanças não se ficaram apenas pela estrutura física e organizacional pois foi também apresentado o novo website que poderá aceder em www.sdgadvogados.com

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Acidentes de trabalho causaram a morte de 124 trabalhadores em 2022

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) contabilizou no ano passado 124 acidentes de trabalho com vítimas mortais, menos 20 do que os ocorridos em 2021.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) contabilizou no ano passado 124 acidentes de trabalho com vítimas mortais. Foram menos 20 do que os ocorridos em 2021, segundo os dados disponíveis na página da internet da ACT, que se referem a acidentes de trabalho com vítimas mortais objeto de inquérito no âmbito da ação inspetiva levada a cabo pela autoridade.

Do total de acidentes com vítimas mortais registados no ano passado, 49 ocorreram no setor da construção, 18 no das indústrias transformadoras e 16 na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca.

A maioria dos acidentes (101) sucedeu nas instalações das empresas.

Segundos a ACT, a generalidade (32) dos acidentes com vítimas mortais ocorreu em estaleiros, pedreiras, minas a céu aberto e construção.

Das 124 vítimas mortais registadas, 90 eram cidadãos nacionais, a maioria (101) homens nas faixas etárias dos 55 aos 64 anos (39) e dos 45 aos 54 (32).

Segundo os dados da ACT, Lisboa foi o distrito onde ocorreram mais acidentes com vítimas mortais (25), seguido do Porto (18), Beja (12) e Aveiro e Leiria (10).

Em 2023 e até 1 de fevereiro, foram já registados três acidentes com vítimas mortais nas instalações das empresas nos distritos de Aveiro, Beja e Braga.

Quanto a acidentes de trabalho com vítimas que ficaram em estado grave, em 2022, a ACT contabilizou 427, menos 186 do que em 2021 (613).

A maioria das vítimas (353) foram homens, na faixa etária entre os 45 e os 54 anos, sendo a generalidade dos ferimentos (202) causados por fraturas e em acidentes em edifícios, construções e superfícies acima do solo.

Lisboa, com 126, foi o distrito onde se registaram mais acidentes com vítimas graves, seguido do Porto (96) e Braga (49).

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Faturação da Apple encolhe pela primeira vez desde 2019

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

Foi a primeira vez desde 2019 que a Apple apresentou uma descida homóloga de faturação. O trimestre em causa é particularmente importante para a empresa, por ser o da época de festas de fim de ano.

A Apple apresentou na quinta-feira os resultados do seu primeiro trimestre, que revelaram uma baixa da faturação e do lucro, devido à redução das vendas dos iPhones, o seu principal produto.

No último trimestre de 2022 – o primeiro do seu exercício de 2023, que começa em outubro – faturou 117,154 mil milhões de dólares, menos 5,5% homólogos, e lucrou 29,998 mil milhões de dólares, uma redução de 13% face aos registados há um ano.

Esta foi a primeira vez desde 2019 que a Apple apresenta uma descida homóloga de faturação. O trimestre em causa é particularmente importante para a empresa, por ser o da época de festas de fim de ano.

Além do arrefecimento económico generalizado, a empresa também foi afetada pela força do dólar e problemas na produção dos seus aparelhos na China.

Contudo, ao contrário de outros conglomerados tecnológico, a Apple não anunciou despedimentos em grande escala, uma vez que o seu efetivo cresceu a um ritmo menor do que o das concorrentes durante a explosão de que o setor viveu durante a pandemia do novo coronavírus.

A Apple, que tem a maior capitalização bolsista em Wall Street, sofreu uma queda importante da cotação das suas ações em 2022, mas já recuperou 20% desde o início deste ano.

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PSD anuncia regresso dos debates quinzenais com o primeiro-ministro para “breve”

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2023

Segundo o líder parlamentar do PSD, só falta "afinar" alguns detalhes, mas é algo que está "relativamente consensualizado".

O líder da bancada parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, assegura que o regresso dos debates quinzenais no Parlamento está “para breve”. Segundo o social-democrata, só falta “afinar” alguns detalhes com o PS, mas é algo que está “relativamente consensualizado”. Para o PSD, vale a pena retomar este modelo, principalmente perante uma maioria absoluta. “As circunstância mudaram”, defende o líder parlamentar.

“Temos bons sinais do lado da maioria absoluta do PS para o regresso dos debates. Está relativamente consensualizado que voltarão. Depende agora de fechar os termos da revisão do regimento. Mas creio que já não pode sair de cima da mesa o [seu] regresso”, afirmou em entrevista ao Expresso. Segundo Miranda Sarmento, chegar a um consenso “foi um processo longo, de muita negociação”, mas necessário. “De facto, os debates quinzenais são muito relevantes para o debate político“, reconheceu.

Para já, o líder parlamentar detalhou que o modelo dos debates está ainda a ser “afinado”, relativamente à forma como se desenrolarão, duração e forma de intervenção. O objetivo é que o formato permita “verdadeiramente um debate: colocar questões ao primeiro-ministro, ele responder e depois o mesmo partido poder voltar a intervir”.

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Galp diz que era “expectável” contaminação do terreno da refinaria de Matosinhos

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

A Galp considera "expectável" que os terrenos onde funcionou a refinaria de Matosinhos tenham de ser "objeto de remediação", depois de a APA revelar que os solos e as águas estão contaminados.

A Galp adiantou esta sexta-feira que era “expectável” que os terrenos onde funcionou a refinaria em Matosinhos tenham de ser objeto de remediação”, depois da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelar que os solos e as águas subterrâneas estão contaminados.

“Apesar de a Galp desconhecer qual o parecer da APA a que é feita referência, durante 50 anos esteve em funcionamento uma refinaria naquele local [Matosinhos], pelo que é expectável que os terrenos tenham de ser objeto de remediação”, referiu a empresa depois de questionada pela Lusa.

A APA revelou esta sexta-feira que a parcela do terreno da antiga refinaria da Galp em Matosinhos que a empresa pretende ceder à câmara para a Cidade da Inovação tem os solos e as águas subterrâneas contaminadas.

“Na sequência desta avaliação dos solos e águas subterrâneas concluiu-se pela existência de contaminação dos solos e das águas subterrâneas na parcela em causa”, mencionou a APA, em resposta a questões colocadas pela Lusa. Segundo a agência portuguesa, a Galp já foi informada do parecer.

A Galp salientou estar a trabalhar num plano de desmantelamento, descomissionamento e descontaminação do terreno que tem de obter parecer das entidades licenciadoras ambientais, processo esse que envolverá também a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) e a Câmara Municipal de Matosinhos. Essa descontaminação, acrescentou, será feita de forma faseada ao longo de vários anos, de acordo com o plano de desativação que deverá ser objeto de aprovação por parte da APA.

Questionada sobre se estas conclusões da APA inviabilizam a construção da Cidade da Inovação, a Galp garantiu que “a necessidade de descontaminação não inviabiliza a execução do projeto, bem pelo contrário, é um passo essencial para a regeneração daquele território“.

A APA adiantou que a análise de risco efetuada pela Petrogal para o terreno sito entre a refinaria, encerrada em 2021, e a rua António da Silva Cruz, em Leça da Palmeira, determinou a existência de “risco inaceitável para os futuros utilizadores da parcela (considerando uma eventual utilização residencial ou industrial da mesma), situação a ultrapassar com medidas de gestão de risco adequadas”, salientou. E “risco aceitável para os trabalhadores da construção que possam vir a estar envolvidos em eventuais intervenções na parcela em causa e atuais recetores da envolvente”.

Contactada pela Lusa, a Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, assumiu desconhecer esta avaliação, reforçando que nesta fase a discussão é entre a APA e a Galp. “A Câmara Municipal de Matosinhos apenas aceitará o terreno, aplicando nessa parcela o investimento disponível do Fundo para uma Transição Justa, após a garantia de que os riscos estão devidamente salvaguardados“, garantiu.

Em abril de 2022, a autarca salientou, em reunião de câmara, que dos cerca de 260 hectares que ocupava a refinaria, a Galp cedeu 40 à autarquia para aí desenvolver projetos de utilidade pública e aplicar as verbas do Fundo para Uma Transição Justa.

Na ocasião, Luísa Salgueiro ressalvou que a área cedida pela Galp se localiza no topo Norte e que, à partida, não precisaria de ser descontaminada porque não tinha equipamentos, nem atividade. Nessa parcela, a autarquia pretende construir uma cidade da inovação ligada às “energias do futuro”, no âmbito de um protocolo de cooperação entre a Galp e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

A cidade da inovação pretende potenciar “um ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável, incluindo comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 5.0, habitação, equipamentos culturais e de lazer, com destaque para um ‘Green Park’ [parque verde]”.

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Já fez o ‘reset’ do trabalho? Dez dicas para reduzir o stress e aumentar o sucesso

Segundo os especialistas em produtividade, o arranque do ano é uma excelente altura para fazer o 'reset' no trabalho. Saiba como fazê-lo.

Um novo ano oferece, normalmente, aos profissionais um ponto de referência para uma avaliação sobre o que correu bem, o que correu menos bem e o que se pode fazer no futuro, estabelecendo um plano de ação e progresso. Segundo os especialistas em produtividade, é uma excelente altura para fazer o ‘reset’ no trabalho.

“É importante aproveitar o tempo para avaliar o ano passado e olhar em frente. É tão fácil voltar ao mesmo ritmo [que tinha antes]”, começa por dizer Jono Luk, vice president of product management da Webex by Cisco, citado pelo The Washington Post. E alerta que fazer mudanças significativas não tem, necessariamente, de ser esmagador e difícil. Comece, antes, por pequenos ajustes.

“Sou um grande fã de fazer pequenas mudanças incrementais. Nunca é uma boa ideia acabar com tudo”, defende Joshua Zerkel, head of global engagement marketing and productivity expert da Asana.

Saiba como fazer o ‘reset‘, reduzindo o stress e aumentando o sucesso no trabalho:

Restabeleça limites

Ao longo dos últimos anos, a pandemia esbateu, em certos casos, as fronteiras entre a vida profissional e a vida pessoal. Partilhe os seus objetivos e limites com outros“, sugere Jono Luk.

Articule objetivos

Uma forma de pensar sobre os seus objetivos é lembrar-se do que realizou e aplicá-lo ao que pretende fazer no futuro, aconselha Akhila Satish, CEO da Meseekna. Estabeleça prazos, peça feedback e dedique algum tempo por semana para rever as suas atividades e alinhá-las com os seus objetivos. “Seja intencional e específico no que precisa de fazer para progredir”, afirma Anita Williams Woolley, professora e associate dean de investigação na Carnegie Mellon University’s Tepper School of Business.

Defina prioridades

O que é urgente pode nem sempre ser o que é importante, alerta Woolley, por isso certifique-se de que compreende as suas prioridades. “Concentre-se no que é realmente importante”, afirma. “Não se deixe descarrilar por coisas que não são importantes e urgentes”, acrescenta a docente.

Comunique intencionalmente

Dê a conhecer os seus compromissos e intenções para 2023, sugerem os especialistas. “Partilhar os seus pensamentos pode ser útil para o resto da sua equipa, que pode contribuir ou ajustar as suas expectativas”, lê-se na publicação. Além disso, se fizer uma espécie de compromisso publicamente, será mais provável que o cumpra.

Avalie a produtividade

Veja o seu calendário e avalie quando foi mais produtivo e quando foi menos produtivo. Esse exercício pode revelar tendências sobre quando é mais e menos produtivo.

Encontre o equilíbrio

Para encontrar o seu equilíbrio, pense em como gasta as 168 horas semanais e identifique a percentagem de tempo que passa em cada uma destas seis áreas: carreira e formação contínua, família e amigos, espiritualidade e religião, saúde, diversão e responsabilidade social. Depois disso, reflita sobre quanto tempo gostaria realmente de dedicar semanalmente a cada uma destas esferas. E atue em prol dessas metas.

Invista nas ferramentas digitais

Poupar tempo e aumentar a produtividade pode ser tão simples como adotar um novo programa ou uma nova forma de digitalizar pequenas tarefas. Em vez de trabalhar a partir da sua caixa de entrada, por exemplo, pode haver um sistema de gestão de trabalho que faça mais sentido para as suas equipas utilizarem em projetos específicos, e para os quais precisem de conversar, partilhar recursos e estabelecer prazos. Informe-se e invista em ferramentas que melhoram o fluxo do seu trabalho.

Planeie tempo de descanso

Comece já a planear o seu tempo livre, mesmo que ainda não seja definitivo, aconselha o vice president of product management da Webex by Cisco. Se já sabe que no verão quererá passar alguns fins de semana prolongados na praia, olhe para o calendário e identifique os fins de semana que seriam mais propícios. “Se, pelo menos, não o escrever, não vai conseguir realizá-los.”

Mantenha o contacto

E que tal voltar a aproximar-se da sua rede profissional? Tire algum tempo para contactar colegas, amigos e mentores. “É difícil [manter o contacto] durante o ano”, refere a CEO da Meseekna, mas o arranque de um novo ano é altura certa para alterar esse status quo.

Atualize o currículo

Por outro lado, esta é também uma boa altura para garantir que o seu currículo, websites e perfis profissionais estão atualizados. “Nunca se sabe quando é que se vai precisar deles”, conclui Akhila Satish.

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Rival da Primark e Ikea chega a Portugal em maio e quer “abrir mais de 30 lojas” só este ano

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2023

A Pepco prevê "abrir mais de 30 lojas no primeiro ano" de presença no mercado português. A primeira loja abre em maio, em Coimbra, e vai criar 13 postos de trabalho.

Seis meses depois de anunciar a chegada a Portugal em 2023, a Pepco – rival da Primark e do Ikea – tem planos para “abrir mais de 30 lojas no primeiro ano” de presença no mercado português. O grupo explora mais de 4.000 em 18 países europeus, como Espanha, República Checa, Hungria ou Itália, tendo aberto 105 espaços nos últimos três meses e faturado 1,65 mil milhões, um aumento de 27% face a 2021.

A informação foi avançada por Jorge Barrie Ruiz, gestor de operações do grupo para Portugal e Espanha, ao Jornal de Negócios. Para já, a intenção da marca é instalar-se em “Coimbra, Albufeira, Olhão, Elvas e Lisboa até ao final do verão de 2023”. Inicialmente, a marca avançou que iria instalar-se também no Porto, mas a cidade nortenha acabou por ficar fora da nova lista. Todavia, Ruiz assegura que o Porto continua a ser “uma clara aposta”, onde abrirá um estabelecimento “antes de outubro de 2023”.

Na primeira loja da marca, que deve abrir em Coimbra “em meados de maio”, vão “trabalhar mais de 13 colaboradores”. “Esta será maior do que as nossas lojas habituais – terá uma área de cobertura de 800 metros quadrados”, realçou o gestor de operações. A loja será “uma Pepco Plus”, um espaço que oferece três categorias de produtos: ‘merchandising’ geral, vestuário e artigos de FMCG (como produtos de higiene pessoal, limpeza e lavandaria, snacks e categorias de animais de estimação), acrescentou ao jornal.

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Hoje nas notícias: TAP, depósitos e crédito à habitação

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O contrato da CEO da TAP é inválido por não ter sido aprovado em assembleia geral. Renegociação dos empréstimos à habitação duplicou em três meses. Pepco, a “Primark polaca”, prepara a entrada no mercado português. Conheça algumas das notícias que marcam a atualidade em Portugal.

Contrato que prevê bónus milionário da CEO da TAP é inválido

Christine Ourmières-Widener foi contratada para CEO da TAP com a promessa de receber um bónus entre 2,1 milhões e três milhões de euros se cumprir os objetivos fixados no plano de reestruturação. A informação consta do contrato assinado entre a companhia aérea e a gestora francesa, onde é estipulado que o respetivo conteúdo está sujeito à aprovação da assembleia geral da companhia — algo que não chegou a acontecer, noticia o Jornal Económico. Segundo o jornal, significa que o contrato é inválido e o pagamento do bónus não será devido.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Banca à conquista de clientes com depósitos a render até 5%

A taxa de juro dos novos depósitos a prazo das famílias em Portugal atingiu 0,35% em dezembro de 2022, o valor mais baixo da Zona Euro. Apesar de a média ser baixa, há ofertas muito acima do mercado, especialmente para novos clientes. O grande leque de ofertas competitivas está nos bancos de menor dimensão. De acordo com uma análise do Jornal de Negócios, a oferta mais generosa, pelo menos no primeiro ano e para novos clientes, é do Bankinter (juro bruto de 5%). Segue-se o Banco CTT (oferece 3%), o Banco Angolano de Investimentos (BAI) Europa (2,5%) e o Best (2,25%). O BiG, Invest e Banco Português de Gestão (BPG) oferecem depósitos a render 2%, assim como no Carregosa (para montantes acima dos 25 mil euros).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Renegociação de empréstimos à habitação duplicou em três meses

A percentagem relativa a reestruturações de créditos ascendeu a 22% das novas operações de crédito em dezembro de 2022. Este valor compara com 6% em dezembro de 2021. As renegociações reportadas não resultaram de situações de incumprimento ou de prestações em atraso. Ao longo do ano, e depois de um aumento progressivo de 5% a 10% até setembro, o peso das renegociações saltou em outubro e novembro para 17% do volume de crédito para habitação própria e permanente. Com o crescimento destas operações, o peso dos empréstimos dados pela primeira vez caíram nestes dois meses, passando de 90% para 83%. E caiu mais ainda em Dezembro, com os novos empréstimos a representar 78% do stock mensal, e os renegociados os 22% já referidos.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Rival da Primark e Ikea quer abrir 30 lojas em Portugal

A Pepco prepara-se para entrar no mercado português, onde prevê abrir mais de 30 lojas no primeiro ano, de acordo com o gestor de operações do grupo para Portugal e Espanha, adiantou Jorge Barrie Ruiz. A primeira loja em solo português deverá abrir em Coimbra, mas, até ao verão, pretende estabelecer-se em Albufeira, Olhão, Elvas e Lisboa. A “Primark polaca” explora mais de 4.000 lojas em 18 países europeus, como Espanha, República Checa, Hungria ou Itália.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

“Já ninguém é contra a subida do salário mínimo”

A ministra do Trabalho revelou que dois terços das medidas do Acordo de Rendimentos estão já em implementação. Essa monitorização está a ser feita na Concertação Social, onde Governo e parceiros estão a avaliar a evolução dos salários e do trabalho desde 2015. Em relação ao salário mínimo, adianta Ana Mendes Godinho, já subiu 50% desde então. “É uma evolução muito positiva” que mostra que “se quebrou um tabu”: “Há alguns anos havia o grande receio de que aumentar o salário mínimo induzisse o aumento do desemprego. Hoje já ninguém diz que é contra a subida do salário mínimo”.

Leia a entrevista completa no Expresso (ligação indisponível).

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PS pede ao Banco de Portugal envio urgente de documentação sobre ação de Carlos Costa no BIC

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

O grupo parlamentar do PS solicitou ao Banco de Portugal que envie com urgência a documentação relativa ao envolvimento do ex-governador Carlos Costa em relação ao Bic

O grupo parlamentar do PS solicitou ao Banco de Portugal que envie com urgência à Assembleia da República a documentação relativa ao envolvimento do ex-governador Carlos Costa em relação ao BIC Portugal/EuroBic.

Num requerimento enviado ao banco central, através da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, os socialistas consideram que após o primeiro-ministro ter respondido às questões colocadas pelo PSD sobre esta matéria, “ficam porém por conhecer os fundamentos que motivaram o tempo e o modo com que o ex-governador do Banco de Portugal interveio em assunto com ligações conhecidas e uma temporalidade tão sensível”.

O PS considera que as respostas dadas por António Costa ao PSD “devem suscitar a preocupação da Assembleia da República” já que “indiciam ter ocorrido uma intervenção de elevado risco por parte do Banco de Portugal que pôs em causa o acordo alcançado entre os acionistas do BPI em abril de 2016″, que resultou na saída de Isabel dos Santos da estrutura acionista do BPI e o aumento da posição do espanhol CaixaBank.

Em julho de 2017 o BIC Portugal passou a chamar-se EuroBic, depois de uma decisão judicial ter forçado a mudança de marca.

Os socialistas pedem ao banco central agora liderado por Mário Centeno que disponibilizem ao parlamento, “com caráter de urgência”, informação sobre “a natureza e a substância da intervenção do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa no processo EuroBic, com enfoque nos factos ocorridos na semana entre 10 e 17 de abril de 2016″.

A bancada do PS pede ainda “informação sobre os fundamentos técnicos, documentação de suporte e correspondência trocada referente a essa intervenção, designadamente quanto ao tempo e modo” em que ocorreu.

No texto, datado de quarta-feira, os subscritores referem que em 10 de abril de 2016, “após um intenso processo de negociação, os acionistas do BPI comunicaram publicamente ter chegado a um acordo que garantia que o Banco BPI solucionava o problema da ultrapassagem do limite dos grandes riscos e dessa forma evitava medidas sancionatórias que punham em causa o banco”, só que “uma semana depois, contudo, o acordo ruiu”.

“Três dias depois do anúncio do acordo, no dia 13 de abril de 2016, o Governo terá tomado conhecimento de que ‘Isabel dos Santos estava a pôr em causa o acordo a que os acionistas do BPI tinham chegado’ e que ‘tal era resultado de uma intervenção do governador do Banco de Portugal relativa ao EuroBic'”, acrescentam.

Para o PS, ficou “esclarecido que o contacto ‘leal, direto e informal — e sem publicidade’ do primeiro-ministro com o então governador do Banco de Portugal visava apenas partilhar o conhecimento da iminente implosão do acordo acionista e uma análise dos ‘graves riscos para a estabilidade do sistema financeiro» decorrentes desse fracasso'”.

Só não está esclarecida a intervenção de Carlos Costa neste processo, que segundo os socialistas terá posto em perigo o acordo acionista no BPI.

“Importará conhecer que factos novos ou urgentes ou que decorrência de prazo ou processo veio desencadear naquele momento uma intervenção do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, fazendo perigar o difícil acordo obtido pelos acionistas do BPI”, lê-se no requerimento.

Os subscritores escrevem que “o Banco de Portugal tem o dever de informar o Parlamento da natureza, substância e fundamentos de tal intervenção, revestindo-se esse esclarecimento de manifesto interesse público” e admitem que perante “eventuais limitações de sigilo bancário ou profissional”, o banco liderado por Mário Centeno “pode fazer chegar ao Parlamento os devidos esclarecimentos com registo da sua natureza confidencial”.

O requerimento é assinado pelo líder parlamentar o PS, Eurico Brilhante Dias, pela vice-presidente da bancada Jamila Madeira e pelo coordenador dos socialistas na Comissão de Orçamento e Finanças, Miguel Cabrita, e ainda pelo deputado Miguel Costa Matos.

Em 23 de novembro, O Grupo Parlamentar do PSD dirigiu 12 perguntas ao primeiro-ministro para esclarecer declarações do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa, quer sobre a resolução do Banif, quer sobre o afastamento da empresária Isabel dos Santos do BIC.

Parte das perguntas do PSD centravam-se na alegada intromissão do Governo no Banco de Portugal, na sequência das acusações de Carlos Costa reveladas no livro “O Governador”.

Em causa, segundo o ex-governador e numa versão contestada pelo primeiro-ministro (que já anunciou um processo judicial a Carlos Costa por afirmações “falsas e ofensivas”), está um telefonema de António Costa em 12 de abril de 2016 em que o primeiro-ministro lhe teria dito que “não se pode tratar mal a filha do presidente de um país amigo de Portugal”, no que entendeu como um pedido para que o Banco de Portugal não afastasse a empresária angolana Isabel dos Santos (filha do então Presidente de Angola José Eduardo dos Santos) da administração do BIC.

Nas respostas ao PSD, António Costa afirmou nunca ter feito junto do Banco de Portugal “ou de quem quer que seja” diligências em favor da idoneidade de Isabel dos Santos, assegurando que apenas atuou para procurar resolver o bloqueio acionista no BPI.

Numa carta enviada ao parlamento, o primeiro-ministro sublinhou que o EuroBic “não foi objeto de qualquer tipo de ação” por parte do seu Governo e que “apenas o Banco de Portugal podia avaliar do fundamento da sua intervenção na definição do Conselho de Administração” desse banco, “que nunca foi comunicada publicamente, nem tal foi dado conhecimento” ao seu executivo.

“Naquele período havia outro processo envolvendo a envolvendo a engenheira Isabel dos Santos, esse sim com relevância para a estabilidade do sistema financeiro e a economia nacional, que exigia a maior atenção ao Governo: A situação de bloqueio acionista que se verificava no banco BPI”, assinalou o líder do executivo.

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Lucros do CaixaBank recuam 40% em 2022

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2023

CaixaBank teve lucros de 3.145 milhões de euros em 2022, menos 39,8% do que em 2021, quando os resultados tiveram o impacto extraordinário da fusão com o Bankia.

O banco espanhol CaixaBank teve lucros de 3.145 milhões de euros em 2022, menos 39,8% do que em 2021, quando os resultados tiveram o impacto extraordinário da fusão com o Bankia.

Comparando os resultados recorrentes, os lucros no ano passado cresceram 29,7% em comparação com 2021, segundo um comunicado divulgado pelo CaixaBank, o dono do BPI em Portugal, que apresenta as contas às 12h00.

O presidente executivo do grupo CaixaBank (CEO), Gonzalo Gortázar, citado no mesmo comunicado, diz que 2022 foi “um ano muito positivo” para o banco, destacando o “dinamismo comercial”, “a qualidade” do crédito e “a fortaleza financeira”.

O banco sublinha que em 2022, ano em que completou o processo de integração do Bankia, considerada a maior fusão do setor financeiro em Espanha, o Caixabank “conseguiu manter o ritmo comercial apesar do contexto de incerteza gerado pela invasão da Ucrânia e cumpriu os seus objetivos financeiros e de atividade”.

A rentabilidade do CaixaBank no ano passado, medida pelo índice conhecido como ROTE, cresceu 9,8%.

Excluindo o impacto extraordinário da fusão com o Bankia, as receitas do CaixaBank cresceram no ano passado 5,8%, para os 11.997 milhões de euros, “impulsionadas pelo aumento de 7,7% da margem de juros e de 33,1% das receitas e gastos com contratos de seguros”.

Quanto às despesas, os gastos de gestão e amortização recorrentes (regulares) diminuíram 5,6%, o que o banco associa às sinergias conseguidas com a integração do Bankia.

Em 2022, o CaixaBank concluiu um processo de “saídas voluntárias” que se reflete numa diminuição de 8,1% das despesas com pessoal, diz o banco.

Quanto ao crédito, aumentaram tanto os empréstimos concedidos a particulares como a empresas, “com um crescimento da carteira de crédito sã (que exclui os saldos duvidosos) de 3,3%, para 351.225 milhões de euros”.

O crédito concedido a empresas cresceu 7,6%, o crédito ao consumo aumentou 4,1% e as hipotecas (empréstimos para compra de casa) aumentaram 0,7%, segundo o CaixaBank.

No caso específico de Espanha, a concessão de empréstimos para habitação mais do que duplicou no ano passado (o aumento foi de 108%), alcançando 14.299 milhões de euros.

Num contexto de subida das taxas de juro, o CaixaBank sublinha que “mantém a aposta em empréstimos de juros fixos” e que em 2022, mais de 90% dos contratos para compra de casa do banco foram feitos com taxas fixas.

Quanto aos “saldos duvidosos” de crédito, o CaixaBank diz terem diminuído para os 10.690 milhões de euros no ano passado, menos 2.943 milhões de euros do que em 2021, situando-se o rácio de morosidade (atrasos no pagamento de empréstimos ou crédito mal parado) no final de 2022 nos 2,7% (em 2021 tinha sido 3,6%).

No final de 2022, os recursos totais de clientes do banco eram 609.133 milhões de euros, menos 1,7%, dado “o impacto da volatilidade dos mercados”, segundo o banco.

Os ativos geridos pelo Caixabank no final de 2022 também tinham caído, comparando com 2021: eram 144.832 milhões de euros, menos 8,3%, o que o banco atribui, essencialmente, ao comportamento desfavorável dos mercados, embora tenha havido uma recuperação no último trimestre do ano.

No conjunto, o CaixaBank destaca que fechou 2022 com ativos líquidos de 139.010 milhões de euros e taxas de liquidez de 194%, “muito acima do nível mínimo requerido de 100%”.

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