Quinta-feira é dia sem comboios em Portugal

Greve total dos maquinistas da CP coincide com paralisação dos funcionários da CP e da IP. Sem serviços mínimos, não há garantia de circulação de qualquer comboio.

Amanhã, dia 9 de fevereiro, é pouco provável que consiga apanhar um comboio em Portugal. À greve de 24 horas dos maquinistas da CP junta-se a paralisação dos funcionários da CP e da Infraestruturas de Portugal (IP), que gere a rede ferroviária nacional. Como não foram fixados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, não há qualquer garantia de que consiga usar o comboio nas suas deslocações ao longo desta quinta-feira.

Por dependerem dos funcionários da IP para circularem entre estações, a greve desta quinta-feira também afeta as viagens da Fertagus, que faz as travessias entre Roma-Areeiro e Setúbal pela ponte 25 de abril.

Para sexta-feira também está prevista uma greve de 24 horas dos revisores e dos funcionários das bilheteiras da CP, que deverá causar fortes impactos na circulação de comboios. Também não estão previstos serviços mínimos para esta greve, que acumula com a paralisação dos maquinistas da transportadora a partir das 7 horas e 30 minutos de trabalho – em prática até 16 de fevereiro.

Quem já tiver comprado bilhetes da CP para os comboios regionais, interregionais, longo curso e o Celta (Porto-Vigo) poderá pedir a devolução ou a revalidação das viagens sem pagar taxas. O pedido pode ser feito nas bilheteiras ou através da página oficial da transportadora.

Salários levam a greve

As greves na CP e na IP foram convocadas, sobretudo, por causa da proposta de aumentos salariais relativa a este ano. As duas empresas estão sob a ‘batuta’ do Ministério das Infraestruturas mas são consideradas como parte do setor público empresarial; isto é, qualquer questão monetária depende do Ministério das Finanças.

Ora, em 16 de dezembro, o Governo deu orientações às empresas do setor público empresarial para avançarem com aumentos na massa salarial de 5,1% face a 2022, em linha com o que foi definido no Acordo de Rendimentos e Competitividade. No entanto, as subidas nos vencimentos são feitas “salvaguardando a eficiência operacional, a sua sustentabilidade económica e orçamental e respetivos rácios financeiros”.

Além disso, os 5,1% não representam apenas a parte do aumento do salário. Também “tem em conta todos os efeitos e componentes remuneratórias, incluindo as atualizações salariais, progressões, promoções e subsídio de refeição, entre outros, mas exclui eventuais impactos financeiros que decorram da variação líquida do número de trabalhadores”, referiu na altura o Ministério das Finanças.

Ora, com uma taxa de inflação média de 7,8% em 2022, as administrações da CP e da IP propuseram aumentos salariais que correspondem a metade da variação de preços no último ano. Isto traduz perda do poder de compra para estes trabalhadores.

“O melhor que propõem [na CP] é um aumento global de 4% ou um aumento de 51 euros comum a todos os índices, o que representaria, neste caso, um aumento médio na carreira de 3,89%”, refere o pré-aviso de greve do sindicato dos maquinistas (SMAQ).

“A administração da IP apresentou uma proposta de redistribuição do “bolo pequeno”, de 3,9%, valor que é metade da inflação verificada o ano passado, ou seja, uma proposta que, globalmente, significa uma nova redução do poder de compra dos trabalhadores desta empresa”, escreveu a federação de sindicatos dos transportes Fectrans, afeta à CGTP.

Também os revisores e funcionários das bilheteiras estão “contra uma proposta de aumentos salariais apresentada pela CP que configura novo corte nos salários dos associados/as”, menciona o pré-aviso de greve do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante.

Apesar de o ministro das Infraestruturas ter mostrado “toda a disponibilidade do Governo para reunir e resolver os problemas que se vai enfrentando”, as greves ferroviárias foram mantidas e terão impacto até ao dia 17 de fevereiro. Os maquinistas também vão fazer greve à circulação dos comboios e turísticos que poderiam ser marcados entre 17 e 21 de fevereiro por conta do período de Carnaval.

No caso da CP, a empresa poderia reconquistar poder de negociação através da autonomia financeira. Isto seria possível se fosse cumprida a reestruturação de mais de 80% da sua dívida, prevista no Orçamento do Estado para 2022 e que acabou por ser transferida para o documento deste ano. Os ministérios das Finanças e das Infraestruturas recusaram-se a responder às questões do ECO sobre o calendário da reestruturação da dívida história da transportadora. Mais certo no calendário é que nos próximos dois dias será muito complicado apanhar os comboios da CP.

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Novas empresas constituídas em Portugal aumentam 2% em janeiro

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

O maior crescimento percentual verifica-se no setor dos transportes, com um crescimento que mais que duplica o registo de janeiro de 2022 (577 novas empresas).

As novas empresas criadas em janeiro em Portugal aumentaram 2% em termos homólogos, para 4.840 unidades, destacando-se o setor dos transportes com o maior crescimento percentual, segundo o barómetro Informa D&B, divulgado esta quarta-feira.

“Em termos absolutos, os serviços são, como habitualmente, os setores que registam maior número de novas empresas, mas o maior crescimento percentual verifica-se no setor dos transportes, com um crescimento que mais que duplica o registo de janeiro de 2022 (577 novas empresas, +308 do que em 2022), fortemente sustentado no subsetor do ‘transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’”, refere.

Destacando as novas formas de transporte urbano como “a atividade que regista maior crescimento das novas empresas em janeiro de 2023”, a Informa explica que “a tendência de crescimento do empreendedorismo no setor dos transportes ganhou peso desde 2021”.

“Fruto desta tendência, este setor tem vindo a ganhar terreno no tecido empresarial português, sendo em janeiro de 2023 o terceiro maior setor em número de constituições, com 12% do total do mês”, nota. Segundo a Informa D&B, também os setores do alojamento e restauração (+60 constituições; +15%), serviços gerais (+20 constituições; +3%) e energias e ambiente (+5 constituições; +29%) aumentaram o número de novas empresas face ao período homólogo.

Já do lado das descidas, destacam-se os setores das atividades imobiliárias (-122 constituições; -24%), indústrias (-63 constituições; -23%), agricultura e outros recursos naturais (-39 constituições; -24%) e construção (-35 constituições; -6%).

“No setor das indústrias, que é aquele que mais contribui para o volume de exportações do país, a descida na constituição de novas empresas concentra-se na indústria de têxtil e calçado e na indústria metalúrgica”, detalha. No que se refere aos encerramentos, desceram em janeiro, com um total 676 empresas a fecharem portas, enquanto as insolvências subiram 20%, com 174 novos processos de insolvências, mais 29 face a janeiro de 2022.

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Fórum Ordens Profissionais da Ageas Seguros vai aos Açores

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2023

Os desafios da sustentabilidade da Região Autónoma dos Açores vão estar em discussão no 5º Fórum Ordens Profissionais da Ageas, a ter lugar nesta quinta-feira, em Ponta Delgada e em direto, online.

A Ageas Seguros realiza, nesta quinta-feira, mais uma edição da conferência “Fórum Ordens Profissionais” em parceria com a Ordem dos Economistas e com a Ordem dos Engenheiros, na qual serão debatidos os desafios da sustentabilidade da Região Autónoma dos Açores.

Fernando Santos, Professionals Segment and Protocols Manager e Responsável de Marketing do Segmento Ordens Profissionais da Ageas Seguros vai abrir o encontro que terá lugar nesta quinta-feira, em Ponta Delgada e online.

Depois de quatro conferências no âmbito do Fórum Ordens Profissionais, realizadas em 2021 e 2022, a Ageas Seguros afirma, em comunicado, que “continua focada no futuro“. A marca do Grupo Ageas Portugal pretende “debater os desafios e oportunidades de uma nova realidade económica nos vários setores e entender como estão a ser afetados pelo contexto macro económico atual“.

A conferência tem como convidados Membros das Ordens Profissionais com protocolo com a Ageas Seguros e vários especialistas, contando com o jornalista Camilo Lourenço como moderador.

A ter lugar do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, é possível assistir à conferência online, em direto, a partir do canal youtube da Ageas Seguros, a partir das 17h00, horário dos Açores – ou às 18h, no horário Portugal Continental e Madeira -, no dia 9 de fevereiro.

Programa:

16:00 – Receção dos Participantes
17:00 – Introdução: Camilo Lourenço – jornalista, comentador, fundador e apresentador de ‘A Cor do Dinheiro’
17:05 – Boas Vindas: Fernando Santos – responsável de marketing do segmento Ordens Profissionais da Ageas Seguros

17:10 – Mesa Redonda | Tema: Perspetivas e impactos económicos atuais e futuros

  • António Mendonça – Bastonário da Ordem dos Economistas
  • Berta Cabral – Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas do Governo Regional dos Açores
  • Teresa Soares Costa – Presidente do Conselho Diretivo da Região Açores da Ordem dos Engenheiros
  • Vanda Antunes – Membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal

18:00 – Mesa Redonda | Tema: Estarão as empresas preparadas para os desafios da sustentabilidade?

  • Andreia Carreiro – Diretora de Inovação Estratégica na Cleanwatts
  • Francisco Bettencourt – Presidente da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Economistas
  • Gustavo Barreto – Membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal
  • Joana Damião Melo – Founder e Owner Senhora da Rosa, Tradition & Nature Hotel
  • Nelson Jerónimo – Secretário-Geral da Ordem dos Engenheiros

18:50 – Encerramento: José Gomes – Membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal

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Tribunal quer ouvir deputado Pinto Moreira por suspeita de corrupção passiva e prevaricação

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

O Tribunal do Porto solicitou à AR o levantamento da imunidade parlamentar do deputado do PSD Pinto Moreira pela "alegada prática" de quatro crimes, entre os quais corrupção passiva e prevaricação.

O Tribunal Judicial da Comarca do Porto solicitou à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira pela “alegada prática” de quatro crimes, entre os quais corrupção passiva e prevaricação.

O parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, noticiado pelo Expresso, e ao qual a agência Lusa teve acesso, será votado esta quarta-feira em reunião desta comissão e indica que o juiz pede autorização ao parlamento para que Pinto Moreira seja constituído “como arguido e interrogado como tal”.

Em causa, segundo o relatório do parecer, está a alegada prática de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, prevaricação e tráfico de influência e o crime de abuso de poderes.

O documento do parlamento refere que “a três dos quatros crimes alegadamente praticados corresponde uma moldura penal com limite máximo superior a três anos”, pelo que, segundo a Constituição e os Estatuto dos Deputados, o levantamento da imunidade parlamentar é obrigatório.

“Tendo em conta o supra exposto, nunca esquecendo que a esta comissão não compete pronunciar-se e nem sequer analisar a questão de fundo, forçoso será de se concluir que a Assembleia da República está obrigada a autorizar o levantamento da imunidade parlamentar“, refere o parecer que terá ainda de ser votado em plenário.

Em 30 de janeiro, quando foi conhecido o pedido de levantamento da imunidade, o deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira anunciou que iria pedir a suspensão do mandato, mas disse que tal não representava “qualquer admissão de culpa”.

Este processo prende-se com a operação Vórtex, no âmbito da qual a residência de Joaquim Pinto Moreira, ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho entre 2009 e 2021, foi alvo de buscas e o seu computador e telemóvel foram apreendidos.

Esta operação resultou na detenção do então presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS), – que entretanto renunciou ao mandato -, de um funcionário desta e três empresários por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.

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H.B. Fuller fixa salário dos estagiários nos 1.000 euros. Mexer no salário de entrada não está nos planos

A atualização salarial para os estagiários da fabricante de adesivos representa uma subida de quase 300 euros face a dezembro do ano passado.

A H.B. Fuller, empresa multinacional norte-americana e com forte presença em Portugal, aumentou este ano o salário de estágios para 1.000 euros brutos. Esta atualização salarial representa uma subida de 41% (quase 300 euros), face a dezembro do ano passado, e implica um investimento de mais de 55.000 euros. A fabricante de adesivos industriais aumentou também o subsídio de alimentação atribuído aos mais de 450 trabalhadores que a empresa tem na região Norte. Mexer no salário mínimo de entrada, para já, não faz parte dos planos, sabe o ECO Pessoas.

“Em 2023, a empresa em Portugal estima investir mais de 55.000 euros para implementar esta medida do aumento dos estágios. Este valor pode facilmente aumentar, dependendo da evolução das necessidades de recrutamento de estágios das várias equipas em Portugal”, admite Paulo Ribeiro, responsável de recursos humanos na H.B. Fuller para Portugal e Espanha.

“Temos tido grande procura para estágios na área financeira, compras, TI, recursos humanos, marketing, auditoria interna, e também para reforçar os nossos laboratórios e apoiar o trabalho de investigação e inovação de produtos”, continua, em declarações ao ECO Pessoas.

O aumento na remuneração dos estágios anunciado esta quarta-feira tem como principal objetivo proporcionar melhores condições aos estagiários e futuros colaboradores, bem como estimular padrões mais favoráveis de entrada no mercado de trabalho, “através de boas práticas laborais juntamente com um aumento progressivo do salário e do subsídio de alimentação, para que os colaboradores tenham maior capacidade financeira ao fim do mês.

Nos últimos anos, a empresa tem registado uma taxa de conversão de estágios para contratos de trabalho na ordem dos 70%. Uma percentagem que a H.B. Fuller acredita estar relacionada com “políticas de retenção de talento, trabalho flexível e programas de benefícios que dão resposta às preferências dos colaboradores”.

“Os estágios são sempre uma excelente oportunidade para entrar no mercado de trabalho e apontar caminhos e competências para quem está a começar. Quem escolhe estagiar connosco tem acesso imediato a uma realidade bastante dinâmica numa indústria que toca muitas das esferas do nosso dia a dia, e que oferece boas perspetivas de desenvolvimento de carreira à escala regional e global”, considera o gestor de pessoas.

Atualmente, a empresa conta com 16 estágios ativos em diversas áreas. A expectativa é aumentar este número nos próximos meses.

Salário mínimo de entrada mantém-se nos 802 euros

Juntamente com o aumento da remuneração referente aos estágios na empresa, a fabricante norte-americana reforçou também o valor de subsídio de alimentação. Em vez de 7,63 euros, os profissionais passaram a receber 8,32 euros por dia, o mais recente montante isento de tributação em cartão, num total de 183 euros por mês.

Já no que toca ao salário mínimo de entrada, não está previsto qualquer aumento, mantendo-se, assim, nos 802 euros, valor atualizado em maio de 2022. Atualmente, existem seis colaboradores que auferem este valor, num universo de cerca de 150 na área de operações da H.B. Fuller em Portugal.

“Não temos previsto de momento aumentar o salário mínimo de entrada nas áreas de operações e produção, mantendo-se o valor de 802 euros, ao que acresce o seguro de vida e seguro de saúde, entre outros benefícios que temos vindo a reforçar, como a plataforma de benefícios flexíveis com soluções personalizadas de acordo com o interesse de cada um e o Programa de Assistência ao Colaborador, totalmente gratuito e extensível ao agregado”, explica Paulo Ribeiro.

E detalha: “Este último inclui serviços de aconselhamento jurídico ou financeiro, ferramentas de suporte relacionadas com a saúde mental, formações sobre desenvolvimento pessoal e outras soluções no âmbito do quotidiano e que seguramente ajudam em temas da vida pessoal e profissional.”

O gestor admite ainda que a empresa está, neste momento, a ver outras opções de benefícios e tem a intenção de criar maiores oportunidades de carreiras à escola regional na EIMEA (Europa, índia, Médio Oriente e África) e global.

Em Portugal, a H.B. Fuller conta com mais de 450 colaboradores e um centro global de serviços de excelência em áreas como a Financeira, Apoio a Clientes, Compras e Tecnologias de Informação, localizado no Grande Porto. Juntamente com a sua unidade Produtiva e de Investigação & Desenvolvimento, a empresa trabalha com clientes em mais de 20 setores na região da EIMEA, Estados Unidos e Ásia.

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Sónia Vasconcelos é nova head of people da Celfocus

A profissional terá como missão encontrar estratégias de atração e desenvolvimento de talento que melhor enderecem e contribuam para os objetivos da Celfocus, promovendo o crescimento e a valorização.

A Celfocus, empresa do Grupo Novabase, acaba de nomear Sónia Vasconcelos como a nova head of people. No grupo desde 2007, a profissional terá, agora, como objetivo encontrar estratégias de atração e desenvolvimento de talento, que melhor enderecem e contribuam para os objetivos da Celfocus, promovendo o crescimento e a valorização individual. Coordenará uma equipa de cerca 60 pessoas.

“Os desafios intimamente relacionados com as pessoas são imensos e naturalmente diversos e complexos. As soluções devem sentir-se simples e flexíveis. Devem ser desenhadas a pensar nas pessoas e para as pessoas, enquadradas e ao serviço do propósito das organizações. Este tem sido o meu mote e a minha fonte de energia e inspiração”, afirma Sónia Vasconcelos, em comunicado.

A profissional ingressou no grupo Novabase em 2007 para coordenar a implementação de um sistema de gestão de serviços de IT. Nos anos seguintes, desenvolveu diversos projetos no âmbito da inovação e desenvolvimento organizacional e, em 2014, assumiu a liderança da unidade de Compensation & Benefits na Direção de Recursos Humanos do grupo. Depois de assumir a função de head of people & organization da Novabase, surge agora a promoção a head of people da Celfocus.

Sónia Vasconcelos é licenciada em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, pelo Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

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+M

Grupo WPP junta The Cocktail ao portfólio

  • + M
  • 8 Fevereiro 2023

A unidade é definida como "um verdadeiro cocktail de competências, que junta o marketing e a criatividade à consultoria estratégica".

Oito meses depois de ter lançado no mercado nacional a Acceleration, uma consultora de dados e tecnologia que pretende trabalhar com os clientes no processo de transformação no espaço do marketing, a WPP apresentou oficialmente a The Cocktail, que descreve como “um verdadeiro cocktail de competências, que junta o marketing e a criatividade à consultoria estratégica, focando restruturações e operações complexas de marketing, mas também as áreas de commerce, CRM, customer data e customer experience“.

A nova unidade, a operar no mercado desde o último trimestre do último ano, é dirigida por Gonçalo dos Santos Rodrigues, nos últimos quatro anos partner da consultora Winning. “Temos um conjunto de objetivos económicos e de crescimento acelerado para a The Cocktail. Mas, mais importante que os números, vamos fazer boas propostas e bons projetos com clientes sofisticados, que desafiem e motivem as nossas pessoas com o caminho que queremos seguir“, diz citado em comunicado.

O objetivo, diz, é “tornarmo-nos rapidamente líderes nacionais na prestação de serviços de consultoria que se foquem em operações complexas de marketing e sermos bastante competitivos em temas de commerce, CRM, customer data e customer experience”.

A unidade, para além de clientes locais, está a coordenar neste momento um projeto global de restruturação de operações de marketing da UNICEF.

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IGCP não antevê mudanças nos Certificados de Aforro

O ambiente de incerteza em relação à política monetária do BCE retira de cima da mesa a possibilidade de o IGCP promover uma mexida na remuneração dos Certificados de Aforro.

Comissão de Orçamento e Finanças, audição da a IGCP - 08FEV23
Miguel Martín, presidente do IGCP, na Comissão de Orçamento e FinançasHugo Amaral/ECO

A corrida aos Certificados de Aforro em 2022 não foi apenas notada com o aumento de 7,2 mil milhões de euros de emissões em 2022 para um valor recorde de 20 mil milhões de euros.

De acordo com dados avançados esta quarta-feira por Miguel Martín, presidente da Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), durante a sua audição na Comissão de Orçamento e Finanças, “foram abertas mais de 80 mil novas contas Aforro no ano passado”, cerca de quatro vezes mais do que se regista anualmente.

Numa altura em que também a taxa de juro destes produtos de dívida desenhados para o retalho se aproxima do valor máximo permitido por lei, o IGCP não coloca de lado a possibilidade de estudar novas alternativas para financiar a República.

Porém, por considerar que “estamos a trabalhar num cenário incerto em relação à política monetária do BCE”, Miguel Martín não antecipa qualquer mexida na remuneração dos Certificados de Aforro. “A alteração de condições é algo que o IGCP avalia de forma permanente e, quando as condições de mercado são mais certas, reúnem-se melhor as condições para se poder avaliar a oportunidade de se introduzir mudanças.”

Além disso, o presidente do IGCP ressalva “a estabilidade que os Certificados de Aforro oferecem aos aforradores deve pesar sobre qualquer alteração” que possa ser promovida pelo Estado, quer seja ao nível de alterações sobre este produto ou com o lançamento de novos.

Segundo o presidente do IGCP, verificou-se no ano passado um “volume extraordinariamente elevado de subscrições de Certificados de Aforro” que culminou em mais de 34 mil milhões de euros de poupanças das famílias junto do Estado, o equivalente a menos de 20% do volume total aplicado atualmente em depósitos nos bancos.

A subida das taxas de juro no mercado monetário contribuiu para esta corrida dos aforradores aos Certificados de Aforro, que poderia até ser maior se a rede de comercialização destes produtos fosse mais alargada.

Sobre a possibilidade de os Certificados de Aforro e do Tesouro poderem ser comercializados para lá das agências dos Correios (e até em breve através do homebanking do Banco CTT), o presidente do IGCP refere que isso não acontece porque os bancos não têm interesse.

“A banca não está interessada em comercializar os Certificados de Aforro porque considera que canibaliza os seus depósitos”, justifica Miguel Martin, sublinhando que esta é uma situação que “não acontece em outros países da Zona Euro.”

Para o Estado, o alargamento da rede de comercialização dos produtos de poupança do Estado seria um elemento muito positivo, pois traria mais concorrência ao mercado potenciando assim uma redução da despesa com a emissão destes produtos que, segundo o presidente do IGCP se repercute num custo entre 0,585% e 0,26%, consoante o montante de subscrição.

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Alojamentos sobrelotados cresceram 17,11% na última década

  • Mariana Marques Tiago
  • 8 Fevereiro 2023

Os Censos 2021 revelam um aumento dos arrendamentos de alojamentos. No que toca à aquisição de habitação, cerca de 30% dos proprietários têm encargos financeiros com um valor médio de 360,5 euros.

Em dez anos o número de alojamentos superlotados cresceu 17,11% e houve um aumento dos arrendamentos. No que toca à aquisição de habitação, apenas cerca de 30% dos proprietários têm encargos financeiros.

Face a 2011, o número de alojamentos superlotados cresceu 17,11% em 2021. Os dados foram avançados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em parceria com o Observatório da Habitação, do Arrendamento e da Reabilitação Urbana (OHARU) e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) a propósito dos dados sobre a habitação dos Censos 2021.

Segundo os dados, de 4.142.581 alojamentos familiares clássicos, 23,7% estão adequados, sendo a maior fatia correspondente aos alojamentos sublotados (ou seja com divisões em excesso). Isto explica-se, em parte, pela diminuição da dimensão média dos agregados, não sendo tão necessária a existência de tantas divisões, clarifica Maria da Graça Igreja, do OHARU.

No entanto, o destaque vai para o aumento do número de alojamentos sobrelotados, que “cresceram significativamente”, completa António Vilhena, investigador do LNEC. Quanto ao possível agravamento deste número, na sequência do aumento da imigração após a criação do novo visto para procurar emprego em Portugal (em vigor desde o fim de outubro de 2022), e que teve um ponto mais visível no incêndio desta segunda-feira na Mouraria (que resultou na morte de duas pessoas que partilhavam casa com outras 16), os responsáveis escusaram-se a comentar.

Segundo o Índice de Lotação dos alojamentos sobrelotados – que relaciona o número de divisões do alojamento com o número de residentes – em 2021 existiam 35 municípios com este índice entre os 16% e os 30% (e uma média nacional de 12,7%). Os municípios com maiores proporções de sobrelotação encontram-se na Região Autónoma da Madeira, Região Autónoma dos Açores e Algarve. Em causa estavam, especificamente, Câmara de Lobos (30,1%), Ribeira Grande (25,8%) e Albufeira (25,3%). No Alentejo destacava-se Odemira (com 20,5% de alojamentos sobrelotados) e na Área Metropolitana de Lisboa (AML), a Amadora (com 19,7%).

Mais de 60% dos donos de habitações não têm encargos financeiros

Registou-se ainda um aumento dos arrendamentos na última década. Segundo os dados, em 2011, 19,91% do parque habitacional estava em regime de arrendamento ou subarrendamento. Dez anos depois, esse valor aumentou para 22,28%. Já no que toca à percentagem de alojamentos ocupados pelos proprietários, em 2011 este valor era de 73%, número que diminuiu para 70% em 2021.

Relativamente a encargos financeiros resultantes da aquisição de habitação, dos mais de 2 milhões de alojamentos de residência habitual ocupados pelos proprietários, 61,6% não tinha qualquer encargo. “Mais de 60% dos proprietários não têm encargos com a habitação, ou seja, não têm empréstimos, é disso que falamos. Mas isto não significa que os outros 30% não estejam sobre grande pressão atualmente”, alerta Maria da Graça Igreja.

É na Área Metropolitana de Lisboa que mais proprietários têm encargos financeiros: 47,8%. Segue-se a Área Metropolitana do Porto (com 44,1%). A região onde a proporção de proprietários com encargos é menor é o Alto Tâmega (16,9%).

O valor médios dos encargos com a aquisição de habitação era de 360,5 euros. Na AML registou-se o valor médio por mês mais elevado: 397 euros. Excetuando a Região Autónoma da Madeira (394,3 euros) e o Algarve (374,3 euros), todas as outras regiões apresentavam valores médios de encargos mensais abaixo da média do país. No que toca aos encargos financeiros associados aos alojamentos arrendados, o valor médio de renda mensal era de 334 euros.

Ainda relativamente aos alojamentos arrendados, 6,9% conta com apoio ao arrendamento (o que se traduz em 63.217 alojamentos). A maior percentagem é associada a renda social ou apoiada (4,3% destes alojamentos), seguindo-se o subsídio de renda da administração central (1,4% dos casos) e o subsídio de renda do município ou região autónoma (1,2%). É neste tópico que Maria da Graça Igreja faz questão de destacar programas como o Porta 65, que nos últimos quatro anos ajudou 42 mil jovens a arrendar casa.

Há mais edifícios a precisar de reparações

Tendo em conta que “apenas 3% do parque habitacional do país é da última década”, alerta António Vilhena, é de destacar que mais de metade dos edifícios do país não necessita de qualquer intervenção (64,2%). No entanto, dos 35,8% edifícios que precisam de ser reparados, 4,6% precisam de intervenções profundas (163.101 edifícios), número que aumentou nos últimos dez anos. Segundo a análise do investigador do LNEC, o “número de edifícios com necessidade de reparação aumentou, o que demonstra uma falta de manutenção e intervenção da indústria de construção”, alertando ainda para a existência de uma maior probabilidade de ferimentos.

Relativamente à questão da acessibilidade, é de destacar que em 2021 apenas 34% dos alojamentos eram acessíveis. Nos alojamentos construídos nos últimos dez anos, 68,2% foram feitos de forma a garantir acessibilidade a cadeiras de rodas.

(Notícia atualizada às 15h)

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Custos de construção de casas novas aumentam 11,9% em 2022

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

Os materiais e a mão-de-obra apresentaram aumentos médios de 15,9% e 6,3%, contra 6,2% e 5,1% em 2021, respetivamente

Os custos de construção de habitação nova registaram um aumento médio de 11,9% em 2022, contra uma subida média de 5,7% no ano anterior, anunciou nesta segunda-feira o INE.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os materiais e a mão-de-obra apresentaram aumentos médios de 15,9% e 6,3%, contra 6,2% e 5,1% em 2021, respetivamente.

Os custos de construção de habitação nova, por seu turno, aumentaram 11,5% em dezembro, face ao mesmo mês de 2021, com os preços dos materiais e o custo da mão-de-obra a subirem 15,3% e 6,1%, divulgou hoje o INE.

Além disso, refere que, “em dezembro de 2022, estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 11,5% em termos homólogos, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) que o observado no mês anterior”.

No mês em análise, o INE refere os preços dos materiais aumentaram 15,3%, acelerando 0,3 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, e o custo da mão-de-obra aumentou 6,1% (6,5% em novembro).

O custo dos materiais contribuiu com 9,0 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN, o que compara com 8,7 pontos percentuais em novembro, enquanto a componente mão-de-obra aumentou a sua contribuição para 2,5 pontos percentuais (2,7 pontos percentuais no mês anterior).

Entre os materiais que mais contribuíram para esta evolução, o INE destaca os produtos cerâmicos, com crescimentos homólogos dos preços de cerca de 60%.

É referido também que o cimento, o betão pronto, as madeiras e derivados de madeira, os mármores e produtos de mármore e o consumo de produtos energéticos apresentaram crescimentos homólogos superiores a 20%.

Em termos mensais, o ICCHN registou uma queda de 1,3% em dezembro, com o custo dos materiais a cair 0,4% e o custo da mão-de-obra a subir 2,6%.

As componentes materiais e mão-de-obra contribuíram com -0,2 pontos percentuais (p.p.) e -1,1 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN, contra -0,5 p.p. e 1,1 p.p. em novembro, pela mesma ordem.

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Universidade de Coimbra testa tecnologia para tornar a indústria de extração de óleo mais ecológica

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

Investigadores da Universidade de Coimbra testam processo avançado de oxidação que pode tornar indústria de extração de óleo "mais ecológica e amiga do ambiente".

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) testou um processo avançado de oxidação que pode tornar a indústria de extração de óleo “mais ecológica e amiga do ambiente“.

O processo foi testado por investigadores Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), no âmbito do estudo “Sludge-free Fenton integrated methodology for agro-industrial wastewaters treatment”, referiu esta quarta-feira a UC, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

De acordo com os cientistas, a intenção era tratar o efluente da indústria de extração de óleo, designadamente da matéria-prima, resíduo sólido húmido, que provém dos lagares de azeite.

“Estudámos várias metodologias, das quais os processos avançados de oxidação, e chegámos à conclusão de que o processo de Fenton é efetivamente um processo muito viável”, afirmou a investigadora do DEQ e autora principal do estudo, Eva Domingues.

O investigador e docente do DEQ, Rui Martins, esclareceu, citado na mesma nota, que “o processo de Fenton é baseado no poder oxidante do peróxido de hidrogénio catalisado por iões ferro“.

“Esta metodologia tem um elevado interesse industrial, uma vez que opera em condições ambiente de pressão e de temperatura e mostra elevada eficiência de remoção de matéria orgânica, geralmente associada a um aumento significativo da biodegradabilidade do efluente”, acrescentou.

Por este motivo, este processo pode ser encarado como um “possível pré-tratamento do efluente“, possibilitando a posterior “aplicação de um sistema convencional de lamas ativadas”.

No entanto, esta metodologia possui uma desvantagem associada à quantidade de ferro necessária para garantir a sua eficiência, que geralmente está acima do limite legal para este metal imposto para a descarga de efluentes nos cursos hídricos ou nas estações de tratamento municipais.

Os cientistas também estudaram outras tecnologias, de modo a evitar a formação de lamas de ferro ou de retirar este metal da corrente após o tratamento, para posterior processo biológico.

“Estamos muito focados na remoção do ferro utilizando a Corbicula flumínea, uma amêijoa asiática invasora que possui elevada capacidade de reter o ferro”, explicaram os investigadores, acrescentando que “foi possível concluir com este trabalho que estas amêijoas podem ser utilizadas no tratamento de efluentes dando a esta espécie invasora uma utilidade ambiental”.

Segundo os investigadores, este estudo está inserido no projeto Serena e deu origem a uma unidade piloto instalada numa fábrica de extração de óleo, que forneceu o efluente para o desenvolvimento deste estudo e onde os investigadores irão otimizar as condições de operação à escala piloto.

O propósito deste projeto passou pelo desenvolvimento de uma tecnologia eficiente proveniente da integração de processos avançados de oxidação para o tratamento de águas residuais da indústria do óleo, capaz de responder aos requisitos ambientais atuais e futuros, com vista à reutilização da água tratada na própria indústria.

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Fundação Repsol procura projetos inovadores para reduzir pegada de carbono

Desde a sua criação, o Fundo de Empreendedores já permitiu acelerar mais de 70 startups, com uma taxa de sobrevivência de 80%, desenvolver mais de 850 protótipos e registar cerca de 230 patentes.

A Fundação Repsol acaba de lançar a 12.ª convocatória para o seu Fundo de Empreendedores, através do qual procura startups tecnológicas que desenvolvam soluções inovadoras nos domínios da transição energética e redução da pegada de carbono, das tecnologias de baixas emissões, da economia circular e da digitalização da indústria energética. As candidaturas estão abertas até 10 de março.

“O Fundo de Empreendedores apoia, todos os anos, entre cinco a sete empresas na fase pré-comercial, dando-lhes o impulso que necessitam para se converterem num projeto real no mercado, o mais rápido possível. Todas elas têm em comum o facto de estarem a desenvolver projetos inovadores que contribuem para uma transição energética mais sustentável”, lê-se em comunicado.

Os projetos selecionados receberão um apoio financeiro de até 100 mil euros durante um ano, e aconselhamento de uma equipa de mentores especializados que os acompanharão durante a fase de aceleração. Este grupo de mentores agrega uma variedade de especialistas, desde profissionais da Repsol Technology Lab e das diferentes áreas de negócio da empresa, que farão um acompanhamento técnico e empresarial, até antigos executivos da Repsol, com uma vasta experiência no desenvolvimento de negócios.

Nas suas onze edições, a Fundação Repsol doou mais de 10 milhões de euros às empresas incubadas, que conseguiram angariar no seu conjunto mais de 400 milhões de euros de financiamento público e privado, e criaram quase 500 novos empregos, 25 dos quais em Portugal, em setores como os das tecnologias de baixas emissões, biotecnologia, mobilidade avançada, nanotecnologia, economia circular ou digitalização.

Desde a sua criação, o Fundo já permitiu acelerar mais de 70 startups, com uma taxa de sobrevivência de 80% entre as empresas incubadas, desenvolver mais de 850 protótipos e registar cerca de 230 patentes. Em Portugal, já participaram e submeteram candidaturas 117 startups, sendo que, até ao momento, quatro empresas nacionais receberam investimento do Fundo de Empreendedores para desenvolverem os seus projetos.

O processo de aceleração tem a duração de um ano e começa em outubro de 2023. Durante este período, não é necessário que as startups alterem a sua localização atual. Os empreendedores que queiram participar podem apresentar os seus projetos até 10 de março de 2023, através do formulário disponível no site da Fundação Repsol, em www.fundacionrepsol.com.

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