EACOP: Marsh acusada de violar diretrizes internacionais

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2023

Processos impróprios de aquisição de terras, consultas inadequadas às comunidades afetadas e danos irreversíveis aos ecossistemas locais são alguns dos danos apontados à corretora Marsh no EACOP.

Uma organização não-governamental sediada na Carolina do Norte, nos E.U.A., disse, nesta terça-feira, que apresentou uma queixa ao Departamento de Estado contra a Marsh LLC devido à sua intervenção de corretagem no projeto do oleoduto de 1443 km que atravessa o Uganda e a Tanzânia.

A queixa da Inclusive Development International, apresentada a 10 organizações de direitos humanos e ambientais, sediadas nos países africanos atingidos, alega que a Marsh violou as diretrizes internacionais de conduta empresarial responsável ao servir como corretor de seguros para o oleoduto da África Oriental.

A queixa alega que, ao prestar serviços de corretagem, a Marsh está a contribuir para os danos graves que o projeto EACOP já causou, e os previstos, incluindo processos impróprios de aquisição de terras, consultas inadequadas às comunidades afetadas e danos irreversíveis aos ecossistemas locais.

Várias companhias recusaram envolvimento no projeto EACOP, que consiste na inserção de um oleoduto massivo, que atravessa o Uganda e a Tanzânia, e que exige aquecimento elétrico superior a 50ºC ao longo dos seus 1443 kms.

A Marsh & McLennan Cos. Inc. recusou-se a comentar a queixa, citando a sua política de longa data de não confirmar a identidade dos clientes.

“Estamos empenhados em ajudar as empresas a desenvolver modelos empresariais de baixo carbono e a gerir os riscos associados à transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis”, disse a corretora, em comunicado.

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Seguradoras britânicas aguentam stress test lançado pelo Bank of England

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2023

Entre outras foi testada a possibilidade da Cloud ir abaixo mais de 10 dias, da Bolsa cair 33%, ou de um sismo de grau 7 ocorrer na Califórnia. A simulação abrangeu 54 seguradoras.

A Prudential Regulation Authority (PRA), organismo do Bank of England que controla solvabilidade e capitais necessários de todas as instituições financeiras no Reino Unido, divulgou os resultados do teste de stress de seguros que realizou, em 2022, a 54 seguradoras seguradoras britânicas, 16 especializadas em Vida, 17 de seguros gerais e 21 sindicatos da Lloyd’s. No Reino Unido, a PRA trata de regulação prudencial enquanto a Financial Conduct Authority (FCA) regula a área comportamental, funções que em Portugal são ambas exercidas pela ASF.

Lançado em maio passado, o teste de stress para seguradoras gerais e sindicatos do Lloyd’s avaliou a sua posição de solvência contra um conjunto de catástrofes naturais seguradas e perdas cibernéticas, enquanto as seguradoras de vida examinaram a sua posição de solvência após um cenário económico adverso e um aumento na longevidade.

Dirigindo-se aos participantes no teste, a diretora executiva de supervisão de seguros, Charlotte Gerken, comentou: “os resultados indicam que o setor de seguros do Reino Unido é resiliente aos cenários especificados pela PRA, quando sujeito a uma série de medidas de mitigação”.

“No conjunto dos participantes do IST 2022, a cobertura do requisito de capital de solvência (SCR) do setor de seguros de vida caiu de 162% para 123% e a cobertura de SCR do setor de seguros gerais permanece acima de 120% em todos os cenários.”

A PRA constatou que os impactos de baixa de notações de crédito, choques no mercado imobiliário e melhoria da longevidade no cenário de stress foram as maiores causas do declínio na cobertura de solvência para seguradoras de vida, enquanto o principal atenuante de perdas para seguradoras gerais é o resseguro de terceiros e resseguradores de partes relacionadas.

“Este exercício também identificou algumas lacunas comuns em dados e modelos e destacou exemplos de melhores práticas em gestão de riscos”, acrescentou Gerken.

Testando os extremos

Para além de um cenário de aumento de longevidade dos segurados, no caso das seguradoras Vida os testes incidiram sobre um choque no mercados financeiros e no aumento de longevidade dos segurados. Num primeiro momento, existe uma baixa repentina de taxas de juro e de índices bolsistas para, rapidamente, esta evoluir para uma descida das notas de rating dos ativos financeiros e numa baixa dos ativos imobiliários. Este cenário evolui rapidamente, e, simultaneamente, a liquidez dos mercados baixou significativamente. O valor de SCR (cuja fronteira limite é 100, sendo, valores abaixo deste, preocupantes para a solvabilidade de uma seguradora) baixou no caso do aumento de longevidade, de pouco mais de 160 para 135, e para 123, no caso de aumento de longevidade.

Um segundo cenário de efeitos adversos foi testado nas seguradoras Não Vida relacionado com riscos catastróficos. Foram ensaiadas as situações de uma temporada agressiva de furacões nos Estados Unidos, um terramoto de escala 7 na Califórnia e tempestades e cheias no Reino Unido.

Finalmente, também um grupo de ataques ciber foi experimentado. Uma falha de 10 dias nos principais servidores de Cloud, um roubo de dados generalizado e um ransomware de dimensão sistémica. As seguradoras aguentaram estes choques, a PRA concluiu que está assegurada alguma resiliência nos sistemas e processos, e, principalmente, na gestão de riscos por parte das seguradoras.

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Plataforma da WTW compara riscos ESG em tempo real

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2023

A ESG Clarified usa "bases de dados internas e externas que combinam dimensões como a resiliência financeira, força de trabalho, a reputação corporativa, riscos climáticos e ambientais, entre outras”.

A WTW, especializada em consultoria, corretagem e soluções, anunciou o lançamento da ESG Clarified, uma plataforma analítica que “gera novos insights para ajudar as organizações a compreenderem e a abordarem melhor o risco e exposições climáticas, relativas a sustentabilidade e ESG”, informam em comunicado.

A aplicação incorpora um extenso conjunto de fontes de dados externas e internas de propriedade, numa solução analítica SaaS self-service, que promete analisar e pontuar exposições ESG em tempo real, com vista a compreender métricas financeiras, de capital humano e de reputação. A plataforma compara os riscos ESG de uma organização com os dos seus pares, enquanto gera relatórios sobre exposições relacionadas.

“Procuramos contribuir para que as empresas tenham um mapa mais claro para a sua abordagem em matéria de ESG”, afirmou Nuno Arruda, Head da WTW Portugal.

A WTW apresenta a ESG Clarified como “uma solução abrangente e analítica, sustentada por múltiplas fontes de dados validadas, para ajudar na perceção de tendências, análise de cenários e relatórios”, segundo comunicado.

Nuno Arruda, Head da WTW Portugal, apontou: “são muitas as organizações que dispõem de diversas fontes de dados relacionados com ESG, mas acabam por despender muito tempo para perceber o seu real valor e a definir prioridades, num exercício pouco eficiente, que prejudica a sua capacidade de tomar decisões ágeis, efetivas e informadas. Com o ESG Clarified procuramos contribuir para que as empresas tenham um mapa mais claro para a sua abordagem em matéria de ESG.”

Quando abordados por ECOseguros, para esclarecer detalhes sobre a plataforma, a WTW preferiu manter reservas, “por uma questão de proteção da própria solução”. Mas a empresa esclareceu: “usamos fontes e bases de dados internas e externas que combinam dimensões como a resiliência financeira, força de trabalho, a reputação corporativa, riscos climáticos e ambientais, entre outras”.

Sobre o mapa ESG explicam: “o ESG Clarified possibilita uma perspetiva adaptada e customizada a cada organização, em tempo real, do seu progresso nos indicadores ESG, assim como uma visão granular de forças e fragilidades permitindo definir planos de atuação, mitigação e investimento”.

Desafio ESG

A União Europeia (UE) exige que as empresas forneçam relatórios transparentes sobre as prioridades de proteção ambiental, assuntos sociais e prevenção da corrupção ao longo de toda a cadeia de valor que compõe a ESG. Este requisito, que inicialmente se aplicava a empresas cotadas, foi alargado a companhias de média dimensão, de modo a incluir cerca de 15 mil entidades. No seu Regulamento de Taxonomia, a UE exige a responsabilização por negócios sustentáveis no volume de negócios das empresas, bem como nos seus investimentos e despesas operacionais de ativos e processos em curso. Na prática, as grandes empresas poderão ter de calcular estes três rácios para 25 áreas de negócio diferentes.

Na UE, as questões ESG são menos polarizadas do que, por exemplo, nos E.U.A., mas ainda assim complexas. O conjunto de regras de 7 mil páginas da UE “é demasiado detalhado, especialmente para as pequenas e médias empresas”, afirmava o CEO do Deutsche Bank, Christian Sewing.

Mas importância da questão é apoiada por estudos da empresa de consultoria PwC. Peritos avançaram que investimentos ESG deverão aumentar em 84%, para quase 34 triliões de dólares, até 2026.

O atual panorama ESG encontra-se em rápida evolução e apresenta múltiplos desafios para as companhias, que procuram comunicar a sua estratégia de ESG e gerir os riscos associados. “A capacidade de compreender e gerir eficazmente múltiplas fontes de dados é central para capacitar as organizações a tomar decisões informadas e mais inteligentes”, sublinha a WTW.

Ben Fidlow, Global Head of Core Analytics na WTW, concluiu: “estamos motivados por apresentar o ESG Clarified como um complemento do nosso portefólio de soluções analíticas e tornámo-las acessíveis através da nossa plataforma Risk Intelligence Quantified (RiskIQ).”

Jonathan Weatherly, Líder Global de Produtos da ESG na WTW, acrescentou: “os nossos clientes têm solicitado uma plataforma analítica abrangente, que utilize uma vasta gama de fontes de dados de qualidade para compreender os riscos da ESG, o que levou a WTW a criar a ESG Clarified. Esta plataforma oferece aos nossos clientes a capacidade de aferir os seus riscos de ESG para negócios particulares e criar relatórios únicos para audiências-chave.”

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Pedro Nuno Santos será comentador da SIC Notícias em Setembro

  • ECO
  • 8 Fevereiro 2023

O ex-ministro das Infraestruturas e Habitação terá um espaço semanal na SIC Notícias, tal como acontece atualmente com José Miguel Júdice.

Pedro Nuno Santos prepara-se para ser comentador na SIC Notícias, avança o Público. O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, que se demitiu no final de 2022, terá um espaço de comentário semanal no canal do grupo Impresa a partir de dezembro. O formato e dia da semana ainda não é conhecido.

O ex-governante, que saiu na sequência do caso da indemnização da TAP a Alexandra Reis, está com o mandato suspenso como deputado até julho deste ano, prazo que pediu recentemente para ser estendido até ao limite.

A colaboração com a SIC Notícias deve ter início após o fim dos trabalhos da comissão de inquérito parlamentar à TAP, onde Pedro Nuno Santos terá de explicar um conjunto de pontas soltas, entre as quais os detalhes do ok à indemnização da antiga administradora da TAP e, depois, o convite a Alexandra Reis para presidente da NAV.

O diário indica também que o ex-ministro deve dar uma grande entrevista à SIC antes do verão.

 

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Google perde 100 mil milhões em bolsa após erro cometido pelo chatbot Bard

Estratégia de inteligência artificial da Google para responder à concorrência do ChatGPT não começou da melhor forma. Programa cometeu um erro e investidores castigaram ações da Alphabet na bolsa.

O plano da Google para responder à ameaça do ChatGPT não está a convencer os investidores, desencadeando uma forte pressão vendedora sobre as ações da casa-mãe Alphabet esta quarta-feira e tirando à empresa 100 mil milhões de dólares em valor de mercado, segundo a Reuters.

Os títulos do grupo fecharam a sessão a cair cerca de 7,5%, mas estiveram a perder 9% a certo ponto, depois de ser tornado público que um anúncio promocional da Google ao novo chatbot Bard mostra o programa a dar uma resposta factualmente errada a uma pergunta.

Esta quarta-feira, a Google apresentou novas funcionalidades assentes em inteligência artificial, numa altura em que a concorrente Microsoft se tem aproximado do ChatGPT, um modelo desenvolvido pela OpenAI capaz de responder em linguagem natural às perguntas dos humanos e que atingiu 100 milhões de utilizadores em dois meses de existência.

A alternativa da Google chama-se Bard, mas um anúncio partilhado pela empresa no Twitter contém um erro factual. A notícia foi avançada pela Reuters e representa uma humilhação para a companhia, ao mesmo tempo que lança luz sobre os riscos inerentes a este tipo de tecnologias.

Segundo a agência, o anúncio promocional da Google (no tweet abaixo) mostra o Bard a responder erradamente a uma questão. À pergunta “Que novas descobertas do telescópio espacial James Webb posso contar ao meu filho de nove anos?”, o programa devolve uma lista de opções, incluindo que o telescópio em questão foi usado para tirar as primeiras fotografias de um planeta fora do sistema solar. Mas a Reuters confirmou através de informação da NASA que as primeiras imagens destes exoplanetas foram captadas pelo Very Large Relescope, do Observatório Europeu do Sul, em 2004.

Confrontada com esta situação, fonte oficial da Google disse à Reuters que este caso “destaca a importância de processos de teste rigorosos”, que foram iniciados “esta semana”. “Vamos juntar o feedback externo aos nossos próprios testes internos para garantir que as respostas do Bard seguem um alto padrão de qualidade, segurança e fundamentação em informações do mundo real”.

A imprensa internacional tem dado conta de que o crescimento acelerado da popularidade do ChatGPT fez soar alarmes na Google. O ChatGPT é gratuito e responde aos pedidos dos utilizadores, mas a OpenAI aponta que o programa não tem informação de eventos ocorridos depois de 2021. Além disso, o modelo ChatGPT também comete erros factuais nas respostas, algo que os especialistas em inteligência artificial chamam de “alucinações”.

Mesmo assim, a Microsoft prepara-se para investir dez mil milhões de dólares na OpenAI, na expectativa de que o modelo que serve de base ao ChatGPT possa dar impulso aos serviços da empresa e ao motor de busca Bing. Os títulos da Microsoft chegaram a ter uma forte subida durante a sessão, mas fecharam a cair 0,31% esta quarta-feira.

O braço de ferro entre Google e Microsoft na inteligência artificial marcou a sessão nas bolsas norte-americanas, num dia em que os principais índices corrigiram dos ganhos da sessão prévia. O S&P 500 caiu 1,04%, o industrial Dow Jones cedeu 0,54% e o tecnológico Nasdaq recuou quase 2%.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h47)

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Greve na CP suprime 17% comboios até às 20:00

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

Entre as 00:00 e as 20:00 estavam programados 1.218 comboios, tendo sido realizados 1.012 e suprimidos 206.

A greve dos trabalhadores da CP, que começou esta quarta-feira e se prolonga até ao dia 21 de fevereiro, suprimiu, até às 20:00, 206 comboios, disse fonte oficial da operadora ferroviária à Lusa. Assim, entre as 00:00 e as 20:00, estavam programados 1.218 comboios, tendo sido realizados 1.012 e suprimidos 206.

No serviço de longo curso estavam programados 71 e foram realizadas 33 composições. No caso do regional, dos 303 programados foram realizados 223. Por sua vez, nos urbanos de Lisboa, dos 571 programados foram realizados 541 e no Porto, onde estavam programados 273, foram realizados 215. Numa nota publicada no seu site, a CP alertou para perturbações na circulação a partir de hoje e até ao dia 21 de fevereiro.

“Por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ocorrerão fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no período entre as 00:00 do dia 08 de fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de fevereiro de 2023”.

A operadora recordou que “não foram decretados serviços mínimos para este período de greves”. A CP garantiu ainda que “aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional será permitido o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”.

Este reembolso “pode ser solicitado nas bilheteiras e em cp.pt através do preenchimento do formulário online, com o envio da digitalização do original do bilhete e indicação de Nome, Morada postal, IBAN e NIF, até dez dias após terminada a greve”, sendo que a “revalidação gratuita pode ser feita nas bilheteiras e em myCP na área ‘Os seus bilhetes’ (para bilhetes adquiridos na bilheteira ‘online’ e App CP) até aos 30 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente”.

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Presidente da República concorda com envio de três Leopard 2 para Kiev

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

"Era muito importante para a paz no continente e para a paz no mundo que realmente tivéssemos um epilogo o mais rápido possível" na guerra, disse também Marcelo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se esta quarta-feira de acordo com o envio dos três tanques Leopard 2 para a Ucrânia, afirmando que a ajuda de Portugal está “em linha” comparativamente à capacidade de outros países. “Foi aquilo que o primeiro-ministro comunicou ao Presidente da República e, como Comandante Supremo das Forças Armadas, eu concordei”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à margem da cerimónia de entrega do Prémio Bial de Medicina Clínica, que decorreu na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

O chefe de Estado destacou que a ajuda de Portugal está “na linha daquilo que faz sentido”, comparativamente à capacidade de cada país e permitirá “acorrer de imediato a uma situação”, face à necessidade daquele equipamento militar por parte da Ucrânia. Marcelo Rebelo de Sousa admitiu a possibilidade de, “mais tarde”, o Governo ponderar “outras hipóteses adicionais” de ajuda.

“Não quer dizer que mais tarde o Governo não possa ponderar outras hipóteses adicionais, mas para já pareceu-me bem a proposta do Governo e o contributo português”, acrescentou. O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira que Portugal tem em execução o plano de manutenção dos tanques Leopard 2 e que está em condições de dispensar três para a Ucrânia no próximo mês de março.

Questionado sobre a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na reunião do Conselho Europeu de quinta-feira, em Bruxelas, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que “não se pode criar expectativas para depois serem frustradas”, referindo-se às expectativas da Ucrânia, mas também dos líderes da União Europeia que estão no processo de negociações.

“Isso significa que é um processo difícil, mas que deve ser visto de boa-fé e determinação porque envolve muitas mudanças. Envolve mudanças políticas, o centro da Europa com a adesão de novos membros a leste irá mais para leste, mudanças institucionais, a adesão da Ucrânia significa a adesão de um país que tem e terá um peso na União Europeia em termos de presença nos órgãos muito significativo”, disse, notando que a adesão de novos países terá também implicações no “funcionamento” da União Europeia.

“Um alargamento de 27 [países], que são hoje, a mais de 30 [países] é uma transformação importante”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, apontando ainda as “consequências económicas”, seja ao nível da “recuperação económica da Ucrânia”, seja de atribuição de “fundos europeus” aos novos países.

A par da “frente político diplomática” que enfrenta a Ucrânia, o chefe de Estado realçou que a frente militar “pode ser mesmo determinante nos próximos meses”. “Era muito importante para a paz no continente [europeu] e para a paz no mundo que realmente tivéssemos um epilogo o mais rápido possível e que fosse favorável aos ideais da carta das Nações Unidas e do direito internacional”, observou.

O primeiro-ministro confirmou hoje que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai marcar presença na reunião do Conselho Europeu de quinta-feira, em Bruxelas, estando em discussão o apoio à Ucrânia e a sua adesão à União Europeia.

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Ricardo Rio quer que UE siga exemplos de sustentabilidade dos poderes locais

Autarca de Braga defendeu, no Comité das Regiões, em Bruxelas, que a União Europeia deve aproveitar as boas práticas implementadas pelos poderes locais ao nível da sustentabilidade.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, defendeu, esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, que a União Europeia (EU) deve aproveitar os exemplos de políticas de sustentabilidade, já implementadas pelos poderes locais nas regiões europeias, para a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e, assim, atingir as metas até 2030.

“Num ano decisivo, em que a União Europeia vai apresentar o seu primeiro relatório voluntário às Nações Unidas, a Europa deve liderar pelo exemplo, apoiando as autoridades locais com mais apoios financeiros e estabelecendo parcerias intercontinentais”, defendeu Ricardo Rio, durante a 153.ª reunião plenária do Comité das Regiões.

Em declarações aos jornalistas à margem do plenário, Ricardo Rio realçou que “este ano de 2023 é muito importante, porque vai sair o primeiro relatório voluntário de monitorização, feito pela União Europeia”.

Deve existir um maior nível de compromisso com a concretização dos ODS em todos os níveis de Governo, num processo em que a União Europeia pode beneficiar da experiência das autoridades locais e regionais e da partilha de boas práticas já existentes.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

No seu parecer durante a sessão do Comité das Regiões, que foi aprovado por unanimidade, o autarca social-democrata defendeu, por isso, que “esse mesmo relatório tem que trazer para a dimensão europeia o trabalho que está a ser feito a nível local”. Ricardo Rio citou o caso das boas práticas existentes no terreno, em Braga, onde “a área da mobilidade ganha um grande protagonismo” com uma grande aposta de investimento municipal. “Renovámos 40% da frota de autocarros e toda ela movida a veículos elétricos, contribuindo também para a descarbonização e os objetivos de desenvolvimento sustentável até 2030”, precisou.

Para o autarca bracarense, “deve existir um maior nível de compromisso com a concretização dos ODS em todos os níveis de Governo, num processo em que a União Europeia pode beneficiar da experiência das autoridades locais e regionais e da partilha de boas práticas já existentes”.

O social-democrata referiu ainda que “há estudos da OCDE que dizem que 60% dos objetivos de desenvolvimento sustentável só podem ser concretizados com o envolvimento direto e com ações concretas por parte do poder local”. O objetivo é claro, sublinhou, “estabelecer um enquadramento que cumpra os objetivos dos ODS para lá de 2023”.

Para o presidente do Comité das Regiões Europeu, Vasco Alves Cordeiro, “as cidades e regiões estão empenhadas em construir uma recuperação socioeconómica que junte pessoas, clima e justiça social. Passar da estratégia à execução e reconhecer a contribuição das autoridades locais e regionais para tornar os ODS uma realidade é vital”.

O presidente do Comité das Regiões Europeu alertou que “faltam sete anos para 2030 e para o prazo limite para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que continuam a ser a bússola para construir uma Europa mais forte e mais justa para todos, mesmo face às diferentes crises que nos assolam”.

Face ao risco de um abrandamento na luta contra a crise climática e de um aumento das disparidades económicas e sociais, os líderes locais e regionais apelaram, assim, a um maior envolvimento da UE no sentido de acelerar a realização dos ODS das Nações Unidas e atingir as metas até 2030. Um número crescente de cidades e regiões está a utilizar os ODS para construir estratégias de recuperação fortes e resilientes.

Faltam sete anos para 2030 e para o prazo limite para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que continuam a ser a nossa bússola para construir uma Europa mais forte e mais justa para todos, mesmo face às diferentes crises que nos assolam.

Vasco Cordeiro

Presidente do Comité das Regiões Europeu

De acordo com o Comité das Regiões, “os ODS são potencialmente o único instrumento global capaz de conjugar os diferentes quadros e estratégias para o desenvolvimento futuro, desde o acordo de Paris sobre alterações climáticas, aos Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência, desde o Pacto Ecológico Europeu até à nova Agenda Urbana”.

A secretária geral adjunta das Nações Unidas e presidente do Grupo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Amina J. Mohammed, apelou ao papel dos membros do Comité das Regiões “para tornar os ODS uma realidade na vida das pessoas” e que “as políticas e iniciativas que foram experimentadas e testadas pelas cidades e regiões podem servir de catalisadores para mudanças que irão salvar vidas e melhorar os meios de subsistência em todo o mundo.”

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Concorrência dá ‘luz verde’ a compra da Arquiled pela Constructel Visabeira

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

Autoridade da Concorrência justificou a decisão por o negócio não ser "suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva" no mercado nacional.

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu ‘luz verde’ à entrada da Constructel Visabeira na estrutura acionista da portuguesa Arquiled, empresa especialista em iluminação pública em LED, segundo aviso publicado pelo regulador da concorrência.

A decisão de não oposição à operação de concentração, explica a AdC no aviso, resulta de o negócio não ser “suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva” no mercado nacional ou em parte substancial deste.

A operação de concentração, notificada à AdC, resultou da compra pela Constructel Visabeira do controlo exclusivo da sociedade anónima Arquiled – Projetos de Iluminação.

A Constructel Visabeira, controlada pelos grupos Goldman Sachs e Visabeira, opera nas áreas das redes de telecomunicações e infraestruturas energéticas, prestando serviços de engenharia, aquisição e construção de redes de distribuição de gás natural e linhas de transporte de eletricidade e subestações elétricas.

Com esta aquisição, passa a controlar a Arquiled, que fabrica e desenvolve soluções de iluminação LED, com atividade em iluminação pública, sistemas e serviços de eficiência energética.

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Netflix proíbe partilha de contas em Portugal

Utilizadores que queiram partilhar conta da Netflix vão ter de subscrever um dos planos mais caros e somar 3,99 euros à mensalidade.

A Netflix vai oficialmente começar a combater as contas partilhadas em Portugal, uma prática usada por muitos utilizadores para dividir a despesa da mensalidade, mas que penaliza as receitas da empresa. A plataforma de streaming de filmes e séries tem vindo a agir contra este hábito noutros países e anunciou esta quarta-feira que o vai passar a fazer também no mercado nacional.

Doravante, só será possível partilhar a conta se for assinante de um dos pacotes mais caros: o Standard, que custa 11,99 euros por mês; ou o Premium, que custa 15,99 euros. Para o fazer de forma regular, terá de “adicionar um membro extra” à sua conta Netflix, o que soma 3,99 euros à mensalidade. No final do mês, pagará, respetivamente, 15,98 ou 19,98 euros, o que põe fim ao racional económico por detrás desse costume.

As contas Premium podem adicionar um segundo membro extra, o que eleva a mensalidade para perto de 28 euros. Já as contas Standard têm o limite de um membro extra.

Para comparação, até aqui, dois utilizadores que partilhassem a mesma conta Standard pagavam cerca de seis euros cada um. Quatro pessoas poderiam ainda subscrever uma conta Premium e ficar a pagar, cada uma, perto de quatro euros (a conta Standard permite duas pessoas a ver em simultâneo, enquanto a Premium permite quatro).

No comunicado divulgado esta quarta-feira, a Netflix não especifica como vai levar os utilizadores a pagarem mais para partilharem a respetiva conta. Mas a imprensa internacional tem vindo a referir algumas das medidas que a empresa emprega para detetar este tipo de atividade irregular, como a combinação de diferentes endereços de IP e de diferentes dispositivos e a análise da atividade.

Segundo a Netflix, só é permitida a partilha da mesma conta sem membros extra entre pessoas que vivam na mesma casa. As contas em situação irregular estarão, assim, em violação das regras da empresa, mas não são claras as consequências.

“Na Netflix, sempre tentámos facilitar a partilha da conta Netflix entre pessoas que vivem na mesma casa, por isso oferecemos funcionalidades, como sejam, perfis diferentes e a possibilidade de ver a Netflix em vários ecrãs em simultâneo. Apesar do sucesso das mesmas, estas funcionalidades geraram alguma confusão sobre quando e como a Netflix pode ser partilhada. Hoje, mais de 100 milhões de residências partilham contas – o que impacta a nossa capacidade de investir em séries e filmes de grande qualidade”, argumenta a empresa na referida nota.

“Assim, durante o último ano, explorámos as diferentes abordagens à resolução deste problema na América Latina e chegou a agora o momento de alargar a implementação desta funcionalidade, já a partir de hoje [quarta-feira], a outros países como o Canadá, a Nova Zelândia, Portugal e Espanha. O nosso foco foi dar aos nossos membros o controlo sobre quem tem acesso à sua conta”, continua a plataforma.

Netflix passa a cobrar por “membro adicional”

Fonte: Netflix

Face a estas medidas, a Netflix anuncia também alguns dos próximos passos e saídas. Por exemplo, assume que vai “ajudar os membros” a configurar a localização principal, “para garantir que todas as pessoas que vivem na sua residência podem usar a sua conta Netflix”. A companhia promete ainda que “os membros podem continuar a ver a Netflix nos seus dispositivos pessoais ou iniciar sessão num novo televisor, por exemplo, num quarto de hotel ou numa casa de férias”.

Para que os utilizadores, que partilham contas, possam constituir a sua própria conta sem perderem o histórico de visualizações e outros dados do seu perfil, como as preferências, a empresa passou recentemente a permitir transferir perfis. “As pessoas que usem uma conta podem agora facilmente transferir um perfil para uma nova conta, cuja adesão seja paga por elas, mantendo as respetivas recomendações personalizadas, o histórico de visualização, a ‘Minha Lista’, os jogos guardados e muito mais”, explica a empresa.

“Valorizamos os nossos membros, e reconhecemos que existem muitas opções de entretenimento. Uma conta Netflix destina-se a ser usada numa residência e os membros têm à sua escolha vários planos, com diferentes características. Como é habitual, estas novas funcionalidades serão aperfeiçoadas com base no feedback dos nossos membros, para podermos melhorar a Netflix nos próximos anos”, conclui a Netflix.

A Netflix é uma das plataformas de streaming internacionais há mais tempo presentes no mercado português. Uma dúzia de países já têm acesso a um novo plano da empresa, chamado “Base com anúncios”, que é mais acessível do que os 7,99 euros da mensalidade da conta Base. No entanto, esse plano ainda não está disponível em Portugal.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h50)

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Lisboa está “extremamente preparada” para o risco sísmico, diz Moedas

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2023

"Como engenheiro civil e como alguém que trabalhou nesta área, a nossa cidade está extremamente preparada depois dos anos de 1980, infelizmente não nos bairros mais antigos", diz o autarca.

O presidente da Câmara de Lisboa disse esta quarta-feira que a capital portuguesa está “extremamente preparada” para a possibilidade de um sismo como o que aconteceu na segunda-feira na Turquia e na Síria, inclusive com um sistema de alerta de tsunami.

Gostava de deixar aqui alguma tranquilidade sobre a preparação que Lisboa tem em relação a potenciais sismos, e todos nós sabemos que vivemos numa zona do país em que estes sismos podem acontecer. Como engenheiro civil e como alguém que trabalhou nesta área, a nossa cidade está extremamente preparada depois dos anos de 1980, infelizmente não nos bairros mais antigos, mas muito, muito, preparada em termos de engenharia e de construção”, declarou Carlos Moedas (PSD).

O autarca falava numa reunião pública descentralizada da Câmara Municipal de Lisboa, para audição de munícipes das freguesias de Santa Maria Maior, Santo António, São Vicente e Misericórdia, após ter sido questionado por um lisboeta sobre o que está a ser feito na cidade para precaver a possibilidade de ocorrência de um sismo como o que ocorreu na segunda-feira na Turquia e na Síria, uma vez que a capital portuguesa se encontra numa zona de risco sísmico.

“Acredito que existam planos de emergência, mas acho que isso não chega à população, pelo menos eu não tenho conhecimento”, afirmou o munícipe Henrique Sousa, questionando sobre a sensibilização da população, a realização de simulacros e a definição de medidas de preparação, inclusive o que fazer e onde se dirigir no caso da ocorrência de um sismo.

Em resposta, o presidente da câmara disse que Lisboa tem um programa municipal de promoção da resiliência sísmica do parque edificado privado e municipal e infraestruturas urbanas municipais, denominado ReSist, para “reforçar toda a proteção sísmica dos edifícios”, incluindo “o mapeamento de todos os edifícios que não estão ainda reforçados”. Carlos Moedas realçou a importância do programa municipal ReSist, que tem ligações à Comissão Europeia e que conta com “muito dinheiro” de fundos europeus.

O autarca destacou a implementação do Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo, com a instalação de sirenes na Praça do Império e na Ribeira das Naus e a definição de percursos de evacuação. “Se houver alguma catástrofe deste género [sismo] em Lisboa, isso implicaria também um tsunami”, apontou o presidente da câmara, recordando a realização de um simulacro no final de novembro de 2022.

A Câmara de Lisboa tem “distribuído muitos ‘kits’ de emergência” e tem estado nas escolas, existindo “todo um trabalho da Proteção Civil”, frisou Carlos Moedas, indicando que “são muitas” as atividades de preparação da cidade para o risco.

“Obviamente, infelizmente, às vezes não chega a toda a gente, mas gostava de deixar essa palavra de serenidade em relação à preparação que temos a tudo o que é o plano de emergência de proteção municipal: saber para onde é que as pessoas se devem dirigir, quem é que faz o quê, que é das coisas mais importantes num momento de uma catástrofe”, sublinhou o autarca, referindo que tal envolve várias entidades, inclusive a Polícia Municipal de Lisboa e os bombeiros, e a preparação de uma sala de controlo.

“Tudo isso é importantíssimo e, em tudo isso, Lisboa tem essa preparação”, assegurou. O balanço do sismo de segunda-feira na Turquia e na Síria ultrapassou os 11.200 mortos, de acordo com os números oficiais. O sismo forte de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas e de um novo terramoto de magnitude 7,5, que os especialistas disseram ter sido consequência do primeiro.

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Pessoal de terra aprova proposta da TAP garantindo paz social

Esforço de última hora da TAP permitiu que o plenário do SITAVA aprovasse a proposta da companhia aérea. Cortes no valor das horas extraordinárias e do trabalho noturno acabam.

O plenário do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) aprovou, praticamente por unanimidade, a proposta de melhoria das condições salariais feita pela TAP, afirmou ao ECO Paulo Duarte, presidente da estrutura sindical que representa o pessoal de terra da companhia.

“Em cima da hora a TAP fez uma proposta que foi ao encontro do que era pretendido e foi aprovada quase por unanimidade, com apenas 10 votos contra”, relata Paulo Duarte, referindo que o plenário desta quarta-feira reuniu mais de 600 associados no refeitório da companhia área. A aprovação evita o recurso a outras formas de luta, que poderiam passar pela greve.

Além de manterem o corte salarial de 20% (e não um agravamento para 25% como está previsto no Acordo Temporário de Emergência assinado em 2021), que passará a ser aplicado acima dos 1.520 euros, deixará também de incidir sobre as horas extraordinárias e o trabalho em período noturno (entre as 20h e as 7h). “Os trabalhadores da TAP sempre foram apetecíveis. Com os cortes salariais está a sair muita gente e a há dificuldade em contratar. É uma medida a título de prémio para reter os trabalhadores”, explica Paulo Duarte.

O SITAVA conseguiu ainda o aumento do subsídio de alimentação. De fora ficou a atualização das tabelas salariais em 5%, já que a companhia aérea denunciou o Acordo de Empresa. A TAP já fez uma proposta e o sindicato uma contraproposta, num processo que Paulo Duarte antecipa que será difícil e tenso.

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