Tiago Cid é o novo sócio da Andersen Portugal

Na Andersen Portugal desde fevereiro de 2020, Tiago Cid foi nomeado sócio local do departamento de Fiscal do escritório.

A Andersen Portugal promoveu o advogado Tiago Cid a sócio local do departamento de Fiscal, na qual exercia já funções de coordenação desde fevereiro de 2020.

“É uma promoção mais que merecida e que demonstra o compromisso do Tiago com a firma. Estou muito satisfeito com a sua promoção e tenho a certeza que ajudará a Andersen, e principalmente a área de Tax, no caminho de crescimento que estamos a fazer desde 2020“, sublinhou Gonçalo Cid, head of tax da Andersen Portugal.

Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e pós-graduado em International Trade Law pelo Instituto Universitário de Estudos Europeus da Universidade de Turim, Tiago Cid possui mais de 25 anos de experiência, 12 dos quais na consultora Deloitte.

A sua carreira centra-se na área de consultoria e contencioso tributário. No seu percurso profissional destaca-se ainda a passagem pela Pinto Ribeiro, no domínio da tributação financeira e empresarial (Tax & Corporate), tendo ainda desempenhado funções de adjunto na Câmara Municipal de Lisboa, nas áreas de Economia e Inovação.

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Já vai poder saber o impacto ambiental dos eletrónicos que compra

Mais de metade dos consumidores exigem mais transparência sobre o impacto ambiental dos produtos que compram. Fintech vai passar a dar "crachás" de sustentabilidade aos produtos eletrónicos.

A Klarna, fintech especializada em pagamentos a prestações, vai passar a atribuir “crachás” de sustentabilidade aos produtos de marcas de eletrónica para ajudar os consumidores a fazerem compras online com menos impacto ambiental. A decisão surge depois de a Klarna ter apurado que 56% dos consumidores (64% em Portugal) exigem cada vez mais transparência sobre o impacto ambiental das suas compras e que 37% dos inquiridos (56% em Portugal) revela que considera importante que as marcas atuem de forma ambientalmente sustentável.

Com este novo recurso, os utilizadores da Klarna podem aceder a métricas mais abrangentes sobre as suas compras de produtos eletrónicos. A app de pagamentos passa a facultar informações como as emissões de gases de efeito estufa das marcas e o recurso às energias renováveis na produção.

“Estamos a expandir os insights que fornecemos para o espaço da eletrónica, que é uma categoria que historicamente não tem sido tão avançada em termos de informações de sustentabilidade disponíveis. O nosso objetivo é continuar a expandir em mais verticais no futuro, incluindo beleza, casa e jardim e muito mais”, revela Salah Said, head of sustainability da Klarna ao Capital Verde. A responsável dá ainda conta que esta nova ferramenta serve de complemento às “coleções conscientes”, um serviço também na app que disponibiliza aos compradores informações sobre o desempenho de sustentabilidade das marcas de moda e calçado.

“O nosso foco é incentivar o consumo consciente aos nossos consumidores e padrões de produção mais sustentáveis ​​aos nossos parceiros retalhistas. Não vemos necessariamente como sendo a nossa responsabilidade dizer aos nossos clientes o que fazer, mas sim ajudá-los a tomar decisões mais conscientes, fornecendo informações e opções de qualidade, bem como uma alternativa mais justa e sustentável“, acrescenta Said.

Os “crachás” serão acessíveis aos consumidores através da página de detalhes de transações na app Klarna, depois de ser feita uma compra de produtos de eletrónica. Nas próximas semanas, indica a fintech, também estarão visíveis para os consumidores no perfil da app o rastreador de CO2e da Klarna, independentemente de terem feito ou não uma compra deste tipo de produtos.

Os “crachás” de sustentabilidade ou de responsabilidade (conscious badges), foram criados em parceria com com a Clarity AI, uma plataforma de tecnologia de sustentabilidade e passa a ficar disponível na app da Klarna para os mais de 150 milhões utilizadores. Para categorizar o desempenho ambiental dos produtos, foram criados cinco crachás:

  • Emissões diretas de gases do efeito estufa: se a empresa estiver entre os 10% de empresas avaliadas pela Clarity AI ​​que apresentem as menores emissões diretas relacionadas com a energia de gases do efeito estufa, isto é, emissões que provêm diretamente das operações da empresa.
  • Emissões indiretas de gases de efeito estufa: se a empresa estiver entre os 10% de empresas avaliadas pela Clarity AI ​​com as menores emissões indiretas de gases de efeito estufa, ou, emissões que ocorrem na cadeia de valor da empresa.
  • Compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa: Se a empresa se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa de acordo com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
  • Divulgação de emissões de gases de efeito estufa: Se a empresa divulgar emissões diretas relacionadas com energia e indiretas de gases de efeito estufa.
  • Utilização de energia renovável: Se mais de 90% da energia utilizada por esta empresa provém de fontes renováveis.

 

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Roblox quer aumentar transparência da publicidade

A Roblox diz pretender garantir que a publicidade não é exibida aos utilizadores com menos de 13 anos e que para os restantes aparece identificada.

Visando aumentar a transparência em redor dos anúncios e amenizar as preocupações quanto à segurança dos mais jovens dentro desta plataforma do metaverso, a Roblox – uma plataforma de jogos MMOSG (Massively Multiplayer Online Social Game/Jogo multijogador massivo online) – anunciou uma mudança de política no seu padrão de anúncios.

A base de jogadores da Roblox tem sido constituída por crianças, com 13 anos ou menos. Contudo, o diretor de negócios da marca, Craig Donato, afirmou que o grupo em maior crescimento é o da faixa etária entre os 17 e os 24 anos, grupo cobiçado pelos anunciantes. Estamos a começar a ver conteúdo realmente dirigido para o público maior de 17 anos”, disse Craig Donato citado pela Digiday.

Apesar do crescimento deste segmento, a Roblox continua a ser bastante popular entre as crianças, especialmente nos EUA, pelo que a presença de marcas na plataforma tem alertado alguns defensores dos consumidores, que mostram preocupações quanto às dificuldades das crianças em conseguir distinguir as experiências sem marca na Roblox e os intitulados “advergames” – estratégia de comunicação que assenta no uso jogos de jogos para divulgação e promoção de marcas e produtos.

Assim, a Roblox vai implementar um interface de publicidade de modo a garantir que os anúncios não serão exibidos aos jogadores com idades inferiores a 13 anos. Os utilizadores a partir dos 13 anos vão ver também, explicitamente, quando o conteúdo for um anúncio, usando a plataforma uma linguagem “simples e compreensível” para os identificar.

Estamos a lançar padrões para anúncios no Roblox que visam fornecer uma experiência transparente para a nossa comunidade, anunciantes e editores – construídos sobre a nossa base de segurança e civilidade. Os nossos padrões são construídos pelas necessidades da nossa comunidade e pelos valores da nossa empresa“, pode ler-se no site da Roblox, onde estão disponíveis os padrões de publicidade.

Foi em setembro de 2022 que a Roblox anunciou que ia lançar anúncios na plataforma, num primeiro passo para diversificar as receitas do negócio, para além dos produtos virtuais que podem ser adquiridos nos jogos da plataforma.

Na altura, e conforme divulgado pela CNBC, Manuel Bronstein, diretor de produtos da Roblox, revelou que a empresa experimentou colocar online alguns anúncios – de marcas como a Warner Bros. e a Vans -, mas garantiu que a empresa continuava comprometida com o seu negócio principal, que passa por permitir aos jogadores gastar dinheiro real na moeda virtual Robux utilizada na plataforma para os jogadores poderem subir de nível e comprar itens.

Bronstein apelidou os anúncios na plataforma de “portais”, tendo em conta que os utilizadores, ao interagirem com a marca, podem ser transportados para a comunidade virtual Roblox da empresa.

Nos últimos dados divulgados pela Roblox, em dezembro 2022, a plataforma contava com 59,5 milhões de utilizadores ativos diariamente e 7,4 milhões de experiências disponíveis entre jogos, concertos, encontros sociais, desportos, desfiles de moda, educação e entretenimento.

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Amazon vai acabar com as subscrições de jornais e revistas individuais

É expectável que a medida vise levar o público a adotar o Kindle Unlimited, um serviço de subscrição que dá acesso a milhares de livros e subscrições de revistas.

A partir de setembro vai deixar de ser possível aceder às subscrições de jornais e revistas individuais através do Kindle, serviço de e-reading operado pela Amazon.

A multinacional americana anunciou que ia acabar com o Kindle Newsstand, serviço que permitia aos interessados adquirir subscrições de jornais e revistas para serem lidos através do Kindle e já deixou inclusive de vender as subscrições.

Após uma avaliação das nossas subscrições de revistas e jornais através da Newsstand, decidimos descontinuar os programas de assinatura individual para impressão e Kindle, incluindo edições únicas do Kindle”, disse a Amazon através de um email enviado aos editores, conforme divulgado pelo Mediapost.

A empresa americana acrescentou que não tomava estas decisões de “ânimo leve” e que iria trabalhar com os editores durante o processo de encerramento do programa, o que será feito por fases.

Já aos subscritores, a Amazon revelou que ainda poderiam ler os artigos já entregues, mas que não iriam receber mais nenhum, comprometendo-se a empresa a emitir um reembolso para artigos não entregues. Os assinantes da versão impressa vão deixar de poder gerir as suas subscrições a partir do dia 5 de junho.

Esta medida, que se espera que leve o público a adotar o Kindle Unlimited – um serviço de subscrição que dá acesso ao utilizador milhares de títulos e subscrições de revistas -, provavelmente irá conduzir ao fecho de muitas das pequenas publicações que contavam em grande medida com a Amazon para gerar receita, tendo em conta o grande número de Kindles no mercado, avança a Cord Cutters News.

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Taxas Euribor voltam a descer depois da maior queda diária de sempre

  • Lusa
  • 16 Março 2023

A taxa Euribor desceu 0,169 pontos a três meses, 0,146 pontos a seis e 0,303 pontos a 12 meses face a quarta-feira, depois da maior queda diária de sempre na terça-feira nos três prazos.

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira 0,169 pontos a três meses, 0,146 pontos a seis e 0,303 pontos a 12 meses face a quarta-feira, depois da maior queda diária de sempre na terça-feira nos três prazos. Na terça-feira, a taxa Euribor caiu 0,204 pontos percetuais a três meses, 0,340 pontos a seis e 0,349 pontos a 12 meses face a segunda-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, inverteu a tendência da última sessão, ao ser fixada em 3,359%, menos 0,303 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho, também recuou esta quinta-feira, para 2,985%, menos 0,146 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também a 9 de março. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou, ao ser fixada em 2,646%, menos 0,169 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 2,978%, verificado em 10 de março. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, a 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

A 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Terreno do antigo Horto da Boavista no Porto dá lugar a condomínio privado

  • Lusa
  • 16 Março 2023

O antigo Horto da Boavista, no Porto, vai dar lugar a um condomínio privado com 22 apartamentos.

O terreno ocupado até maio do ano passado pelo Horto da Boavista, no Porto, vai acolher um condomínio privado com 22 apartamentos, revelou à Lusa a responsável pela reabilitação urbana da consultora imobiliária Predibisa, Joana Lima.

À margem do MIPIM, em Cannes, França, Joana Lima adiantou que cada apartamento, com apenas um piso, vai ter “uma área exterior privativa com o mínimo de 90 metros quadrados“, acrescentando que o projeto integra várias valências, tais como uma “infinity pool” na cobertura”, “espaços comuns” e “segurança 24 horas”.

Questionada sobre a calendarização da empreitada, Joana Lima disse acreditar que a obra deverá arrancar “no final do ano”, escusando-se, no entanto, a revelar o valor do investimento. O terreno, onde vai ser construído este empreendimento, faz frente com o Parque da Cidade e com a Avenida da Boavista, na União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.

O Horto da Boavista fechou portas a 30 de maio de 2022, depois do contrato de arrendamento “não ter sido renovado“, por vontade do senhorio, e o proprietário, Jorge Santos, ter sido informado que lá tencionavam construir habitação privada. “Aquilo está situado numa zona nobre da cidade, numa zona cara onde há poder de compra”, afirmou na altura, em declarações à Lusa, o proprietário.

À época, o terreno onde estava inserido o horto encontrava-se já como “reservado” no site da imobiliária Re/max. Contactada pela Lusa, fonte da imobiliária encaminhou para a consultora Predibisa, segundo a qual naquele local estava prevista a construção de um “projeto residencial” e que o processo era “confidencial”.

A Predibisa é uma das 19 empresas que acompanha o Greater Porto — marca criada pelos municípios do Porto, Gaia e Matosinhos para atrair investimento para a região da Frente Atlântica –, no MIPIM. Um evento que reúne em Cannes mais de seis mil investidores e instituições financeiras internacionais.

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Inspetores da PJ declaram greve ao trabalho suplementar a partir de 1 de abril

  • Lusa
  • 16 Março 2023

A greve dos inspetores da PJ ao trabalho suplementar é devido à falta de regulamentação do estatuto das carreiras especiais e à estagnação das negociações com a direção e o Ministério da Justiça.

Os inspetores da Polícia Judiciária marcaram greve ao trabalho suplementar a partir de 1 de abril, devido à falta de regulamentação do estatuto das carreiras especiais e à estagnação das negociações com a direção e o Ministério da Justiça.

De acordo com o pré-aviso enviado esta quinta-feira às redações pela Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (ASFIC/PJ), a greve arranca às 00:00 do dia 1 de abril e prolonga-se por tempo indeterminado, afetando o trabalho das unidades de prevenção e todo o trabalho prestado fora do horário normal, ou seja, entre as 12h30 e as 14h00 e entre as 17h30 e as 09h00.

Em causa para a associação sindical, presidida por Carla Pinto, está a ausência da regulamentação do estatuto profissional das carreiras especiais, que devia ter sido efetuada nos seis meses seguintes à sua entrada em vigor, isto é, desde julho de 2020; a falta de recursos humanos e materiais; e a não atualização pela tutela do referencial dos valores dos suplementos de piquete e prevenção.

Sobre este último ponto, a ASFIC/PJ destacou que, em alguns casos, um inspetor acaba por receber num serviço de piquete ao fim de semana um valor abaixo da remuneração mínima garantida, traduzindo-se num “valor ilíquido e indigno de 3,61 euros” por hora de trabalho.

Foi igualmente invocada a recusa de autorização da passagem à disponibilidade quando um trabalhador atinja os 55 anos de idade e os 36 anos de serviço.

Por último, os inspetores criticaram “a ausência de qualquer avanço, efetivo, nas negociações com o Ministério da Justiça e com a Direção Nacional da PJ” para resolver os problemas denunciados pelos trabalhadores desta força policial, lembrando que “o país atravessa um período de crise económico-social decorrente da crescente inflação”.

Em 23 de janeiro, a presidente da ASFIC/PJ já tinha deixado um alerta para a necessidade de respostas às exigências dos inspetores para problemas com cerca de duas décadas. “Durante 20 anos os inspetores puseram o bem comum à frente do seu interesse pessoal e 20 anos é tempo suficiente. Chegou a altura de as pessoas baterem o pé, é insustentável continuar a trabalhar assim”, afirmou, então, Carla Pinto à Lusa.

Este pré-aviso abrange os funcionários da carreira de investigação criminal e da carreira de especialista de polícia científica. A exceção a esta greve é o serviço de piquete de cada unidade, que, esclareceu a ASFIC/PJ, “garantirá a realização de todos os atos estritamente indispensáveis à satisfação de necessidades sociais impreteríveis que se destinem a tutelar direitos, liberdades e garantias”.

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Mais de 28 mil trabalhadores perdem benefícios laborais

  • Trabalho
  • 16 Março 2023

Em causa estão regalias como mais dias de férias, um ordenado de entrada superior ao SMN ou uma jornada de trabalho inferior à que está estipulada para o setor privado, de 40 horas.

Mais de 28 mil trabalhadores, abrangidos por 42 instrumentos de regulamentação coletiva a expirar, estão prestes a perder um conjunto de benefícios laborais, que não estão previstos no Código do Trabalho. Em causa estão regalias como mais dias de férias (25 em vez de 22, por exemplo), um ordenado de entrada superior ao salário mínimo nacional (760 euros) ou uma jornada semanal de trabalho inferior à estipulada para o setor privado, de 40 horas, avança o Diário de Notícias esta quinta-feira.

O conjunto de benefícios laborais pode ser perdido por estes trabalhadores, porque, no passado dia 9 de março, terminou a suspensão de dois anos das convenções coletivas, e ainda nem sequer entraram em vigor as regras mais apertadas, às quais os sindicatos poderão recorrer, aprovadas em fevereiro pelo Parlamento, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno. O diploma seguiu para a Presidência da República e aguarda aprovação.

“Entre 2018 e até ao dia 15 de março, foram comunicadas 12 denúncias de convenções coletivas, que abrangem 10.047 trabalhadores”, revelou o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes. E acrescentou: “há 30 pedidos de publicação do aviso sobre a data da cessação da vigência, que abrangem 18 mil trabalhadores“. Ou seja, ao todo há 42 instrumentos de regulamentação coletiva que estarão a expirar, sendo que os 30 avisos estão já na fase final do processo. Ao todo serão afetados 18.047 trabalhadores e, no curto prazo, os 18 mil referentes aos avisos. Sobre estes casos, fonte oficial do Ministério do Trabalho indicou que a “DGERT está a analisar todas as situações”.

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CEO recebem onze vezes mais do que restantes colaboradores

Em Portugal, a remuneração de um CEO é, em média, 1,5 vezes superior à remuneração dos restantes vogais executivos e 10,9 vezes superior à média de remuneração dos restantes colaboradores da empresa.

Em Portugal, a remuneração total de um CEO é, em média, 1,5 vezes superior à remuneração dos restantes vogais executivos e 10,9 vezes superior à média de remuneração dos restantes colaboradores. As comissões executivas das organizações são maioritariamente compostas por homens (75%), sendo que os cargos de CEO são em 90% das empresas ocupados por homens, aponta o estudo “Remuneração de Executivos”, da Mercer divulgado esta quinta-feira.

Decompondo o salário dos CEO, 67% da remuneração corresponde ao seu salário base, 26% a incentivos a curto prazo e 7% a incentivos a longo prazo. Por sua vez, 59% da remuneração dos membros executivos corresponde ao seu salário base, 24% a incentivos de curto prazo, 10% a incentivos a longo prazo e 7% a subsídios garantidos. Em termos de paymix, o estudo indica que a remuneração variável representa entre 30 a 35% da remuneração total dos membros executivos.

A totalidade das organizações inquiridas afirma ter definida uma política de incentivos de curto prazo. Os incentivos atribuídos aos CEO correspondem no target, em média, a 51% do respetivo salário base. Por sua vez, esta percentagem é ligeiramente superior para os executivos com reporte direto ao CEO, correspondendo em média a 48% do salário base.

Os dados mostram que, em média, o incentivo máximo a curto prazo corresponde a 95% do salário base do CEO e, no caso dos membros executivos com reporte ao CEO, corresponde a 92%.

As organizações têm de procurar equilíbrio e adequação da sua política de remuneração de incentivos do topo à base da sua estrutura para manter a organização coesa e motivada.

Tiago Borges

Business leader de career da Mercer Portugal

Os incentivos a curto prazo atribuídos ao CEO e aos membros executivos têm por base, primeiramente, a performance da empresa, seguindo-se a performance individual não-financeira, performance individual financeira e a performance da divisão/unidade de negócio. Relativamente às principais medidas que determinam os incentivos de curto prazo, as respostas mais frequentes são, “EBIT, EBITDA, Resultados Líquidos” e “Outras Medidas Financeiras”.

Mais de metade (53%) das organizações inquiridas diz ter uma política de incentivos de longo prazo, sendo que a atribuição de ações com base no desempenho constitui o principal incentivo. O valor médio dos incentivos de longo prazo enquanto percentagem do salário base é de 63% para CEO e de 61% para os restantes diretores executivos.

Aumentos salariais, mas inferiores à inflação

Quanto a previsões para 2023, o estudo aponta que os aumentos salariais nos mercados maduros serão superiores aos valores recentes, mas muito inferiores às atuais expectativas de inflação. “Dada a probabilidade de uma diminuição dos rendimentos em termos reais e as consequências mais graves da inflação para os colaboradores com rendimentos mais baixos, os comités de remuneração terão de agir com sensibilidade na definição de aumentos para executivos face a este novo enquadramento”, aponta a Mercer.

Já os pagamentos reais de bónus de desempenho relativos a 2023 serão provavelmente inferiores aos de anos anteriores na maioria dos setores devido ao impacto económico da inflação e da guerra na Ucrânia, estima a consultora, e os valores dos incentivos de longo prazo podem “permanecer ligeiramente deprimidos para as empresas que fixaram objetivos financeiros para 2022 no início pré-pandémico de 2020, com 2019 como ano base”.

“As organizações vivem tempos desafiantes. Ao mesmo tempo que se debatem com um cenário de incerteza ao nível geoeconómico, com os efeitos da inflação na redução dos rendimentos disponíveis, as organizações têm de procurar equilíbrio e adequação da sua política de remuneração de incentivos do topo à base da sua estrutura para manter a organização coesa e motivada”, comenta Tiago Borges, business leader de career da Mercer Portugal, citado em comunicado.

O estudo “Remuneração de Executivos” inquiriu 40 organizações a operar em Portugal, incluindo 13 cotadas em bolsa no índice PSI, e analisou sete funções distintas de membros executivos.

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Mourinho Félix defende “mix” de empréstimos e subvenções para aumentar investimento na Europa

O vice-presidente do BEI defende que a Europa deve colmatar o hiato em termos de investimento face aos EUA, já que “continua atrasada nesta matéria”.

“A Europa deve estar preparada e competir de forma justa com os Estados Unidos” para estimular o investimento e responder “com igualdade de condições” à Lei da Inflação norte-americana, defende o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) em entrevista ao El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol). Ricardo Mourinho Félix acredita que a Europa deve colmatar o hiato em termos de investimento face aos EUA, já que “continua atrasada nesta matéria”.

“O ideal seria um mix de empréstimos e subvenções de tal forma que o custo de financiamento seja suficientemente baixo para que o setor privado possa assumir risco que tenderia a não assumir de outra forma”, explicou o ex-secretário de Estado do Tesouro. “O BEI pode pôr no mercado os empréstimos necessários. É esse o nosso trabalho”, acrescentou.

Sublinhando que a Europa está confrontada com a concorrência no mercados internacionais, seja da China, “que compete de forma muito agressiva”, seja dos Estados Unidos, agora com “um grande programa de subvenções e empréstimos”, Mourinho Félix lembra que este tipo de programas tem vantagens e desvantagens competitivas e que o recurso às ajudas de Estado deve ser feito preservando sempre a “integridade do mercado interno”.

Agir de forma coordenada é o segredo sucesso deste tipo de abordagem diz o vice-presidente do BEI. “Se não houver uma resposta coordenada, podemos entrar em concorrência entre Estados-membros. Alguns países têm mais margem orçamental e podem utilizar mais ajudas públicas. Os que não a têm ficam para trás. Este não é o caminho da convergência”, alerta.

Qualquer quadro de ajudas públicas deve contar com fundos que permitam a todos os Estados utilizá-lo nas mesmas condições. Caso contrário há uma distorção da igualdade de condições e cria-se um problema”, concluiu.

O vice-presidente do BEI defende ainda que a Europa “deve criar capacidade de produção para não depender de certos países”, à semelhança do que aconteceu durante a pandemia e que acabou por forçar as empresas a fazer uma adaptação rápida para produzir álcool gel, máscaras e viseiras, por exemplo.

Também para reduzir dependências, mas neste caso energéticas, o BEI tem sofrido uma alteração da sua carteira de investimentos, com uma aposta muito maior nas energias renováveis.

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Greenvolt adquire mais de um terço do capital da energética italiana Solarelit

A Greenvolt Next Holding passa a controlar mais de um terço do capital da empresa italiana numa operação que avalia a Solarelit em 33,5 milhões de euros.

A Greenvolt comprou 37,3% da empresa de energias renováveis italiana Solarelit. Agora presente no mercado italiano, a empresa liderada por Manso Neto afirma ter concretizado “mais um passo na estratégia de expansão no negócio da geração distribuída”.

De acordo com o comunicado divulgado esta quinta-feira, a Greenvolt, através da Greenvolt Next Holding, passará a controlar mais de um terço do capital da empresa italiana numa operação que avalia a Solarelit powered by Greenvolt em 33,5 milhões de euros. O contrato assinado prevê ainda a opção de um reforço da participação no capital da empresa.

Na nota, a energética portuguesa dá nota que a Solarelit powered by Greenvolt tem mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento, implementação e gestão de projetos fotovoltaicos, no segmento comercial e industrial, registando mais de 100 megawatts (MW) em instalações de unidades de produção de energia a partir da irradiação solar.

Com esta operação, a Greenvolt eleva para seis o número de países onde está presente — Portugal, Espanha, Polónia, Alemanha, Grécia e, agora, Itália — e onde disponibiliza as suas soluções de geração distribuída de energia obtida a partir de fontes renováveis, segmento estratégico para a empresa.

O CEO da Greenvolt considera que o mercado italiano oferece “enormes oportunidades de crescimento”, permitindo desta forma entrar no segmento da geração distribuída ao cluster empresarial da região da Lombardia. “Estamos confiantes de que a capilaridade da Solarelit powered by Greenvolt vai permitir-nos expandir progressivamente para o resto de Itália e crescer por todo o Mediterrâneo”, aponta Manso Neto.

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Caiado Guerreiro assessora entrada da Autodoc em Portugal

A equipa da Caiado Guerreiro envolvida na operação foi liderada pela sócia Ana Castro Gonçalves e contou com a participação do associado André Madeira de Jesus e da estagiária Laura Gaudêncio Borges.

A sociedade de advogados Caiado Guerreiro assessorou a transferência da Autodoc da Rússia para Portugal. A empresa alemã, um dos principais retalhistas online de peças e acessórios para veículos na Europa, abriu as suas instalações no Lagoas Park, em Oeiras.

A equipa da Caiado Guerreiro envolvida na operação foi liderada pela sócia Ana Castro Gonçalves e contou com a participação do associado André Madeira de Jesus e da estagiária Laura Gaudêncio Borges. Em comunicado, a sócia realçou a importância da “vinda de uma empresa tão relevante, em termos de negócio, para Portugal”.

Fundada em 2008 por Alexej Erdle, Max Wegner, e Vitalij Kungel em Berlim, a Autodoc conta com operações em 27 países, empregando cerca de cinco mil pessoas em seis localizações. Em 2021, a Autodoc atingiu vendas de mais de mil milhões de euros. A empresa armazena cinco milhões de produtos para 166 marcas de automóveis, 23 de camiões e 154 marcas de motociclos.

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