Parlamento russo declara como genocídio crimes nazis contra a população soviética

  • Lusa
  • 22 Março 2023

O presidente da Duma Estatal, Viacheslav Volodin, afirmou que mais de 13 milhões de civis da antiga URSS foram vítimas da ocupação nazi.

A câmara baixa do parlamento russo (Duma) aprovou esta quarta-feira uma declaração que reconhece como genocídio os crimes cometidos por invasores nazis contra a população da União Soviética (URSS) durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo a agência noticiosa Europa Press, a decisão foi tomada de acordo com vários tratados internacionais, entre os quais a Carta das Nações Unidas e os julgamentos de Nuremberga.

A nível nacional, os tribunais da cidade de São Petersburgo, das regiões de Briansk, São Petersburgo e Novgorod e da República da Crimeia, entre outros, já tinham qualificado os crimes nazis como genocídio contra grupos nacionais, étnicos e raciais que compunham a União Soviética.

O presidente da Duma Estatal, Viacheslav Volodin, afirmou que mais de 13 milhões de civis da antiga URSS foram vítimas da ocupação nazi. Volodin lembrou que um dos crimes foi cometido há exatamente 80 anos, a 22 de março de 1943, quando invasores nazis pegaram fogo a um grupo de aldeões na cidade bielorrussa de Khatyn.

Durante a Segunda Guerra Mundial, nenhum país sofreu tantas vítimas como o povo soviético. E hoje os Estados Unidos e os países europeus tentam que o mundo esqueça o preço que pagámos pela vitória sobre o fascismo“, enfatizou o presidente da Duma.

O massacre de 22 de março de 1943, na Bielorrússia, levou à morte de 149 pessoas, incluindo 75 crianças. Em janeiro, o Presidente russo, Vladimir Putin, ressaltou a importância do reconhecimento do genocídio da população soviética durante a invasão nazi, nas celebrações do 80º aniversário do fim do cerco a Leninegrado, que provocou mais de um milhão de mortos.

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DGAJ decreta serviços mínimos na greve dos oficiais de justiça por tempo indeterminado

A Direção-Geral da Administração da Justiça já definiu os serviços mínimos da greve dos oficiais de justiça e os meios para os assegurar para o período entre as 13h30 e as 24h00.

Face à greve por tempo indeterminado dos oficias de justiça, a Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) já avançou com um ofício para estabelecer os serviços mínimos e dos meios para os assegurar para o período entre as 13h30 e as 24h00.

Quanto aos serviços mínimos, o DGAJ refere que devem ser assegurados quatro atos: a “apresentação de detidos e arguidos presos à autoridade judiciária e realização dos atos imediatamente subsequentes”; a “realização de atos processuais estritamente indispensáveis à garantia da liberdade das pessoas e os que se destinam a tutelar direitos, liberdades e garantias que, de outro modo, não poderiam ser exercidos em tempo útil”; “adoção de providências cuja demora possa causar prejuízo aos interesses das crianças e jovens, nomeadamente as respeitantes à sua apresentação em juízo e no destino daqueles que se encontrem em perigo”; e as “providências urgentes ao abrigo da Lei da Saúde Mental“.

Já no que concerne aos meios necessários para assegurar os serviços mínimos foi exigido um Oficial de Justiça por cada Juízo e um Oficial de Justiça por cada secretaria do Ministério Público/DIAP, materialmente competente, e três Oficiais de Justiça no Tribunal Central de Instrução Criminal, nomeadamente dois por cada Juízo e um por cada secretaria do Ministério Público, materialmente competente.

“Para assegurar aqueles serviços [descritos acima], deverão ser convocados, de forma rotativa, garantindo assim a todos os trabalhadores, que estejam ao serviço neste período, o direito a fazer greve, não podendo ser indicados trabalhadores que, normalmente, não estejam afetos ao serviço materialmente competente para a realização do mesmo”, acrescentam.

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Governo admite reduzir IVA dos alimentos se preços descerem mesmo

Costa revelou que vai haver “ajudas de Estado à produção para diminuir os custos” e será procurado um “equilíbrio entre a redução do IVA e a garantia de que há uma redução" dos preços dos alimentos.

O primeiro-ministro reiterou que vão ser anunciadas novas medidas de apoio às famílias e admite reduzir o IVA dos bens alimentares se isso se traduzir numa “redução efetiva” e “estabilização dos preços”.

Na semana passada, o primeiro-ministro já tinha anunciado que pretendia anunciar novas medidas de apoio às famílias. No que toca aos aumentos nos bens alimentares, António Costa deixou esta quarta-feira a garantia de que o Executivo vai “agir sobre os preços em diversas dimensões”, referiu o chefe de Governo, no debate de política geral na Assembleia da República.

Segundo o primeiro-ministro vai haver “ajudas de Estado à produção para diminuir os custos” e será procurado um “equilíbrio entre a redução do IVA e a garantia de que há uma redução efetiva e uma estabilização dos preços”.

Para o Chefe de Governo, a “redução do IVA que tem enorme vantagem relativamente a uma redução do IRS, [porque] tem efeito imediato hoje, quando as famílias têm maior dificuldade em pagar”, diz o governante. Todavia, “só faz sentido haver redução do IVA se tiver correspondência na redução do preço”, rematou Costa.

“Vamos trabalhar nos próximos dias para ter um conjunto de medidas, para deixar concluídas na próxima semana”, acrescentou o primeiro-ministro. Assim, a atuação do Executivo vai centrar-se em três pilares: controlo de preços” através de “um acordo com a distribuição” e um “acordo com a produção”; apoios diretos às famílias vulneráveis para fazerem face ao aumento do custo de vida; e a possibilidade de uma atualização extraordinária dos salários dos trabalhadores do Estado, dado que a inflação de 2022 foi mais alta do que o esperado pelo Governo.

O ministro das Finanças já tinha admitido que era ser necessário recalibrar os apoios para passar a ajudar, sobretudo, os mais vulneráveis. Contudo, na altura, Fernando Medina tinha afastado a hipótese de, tal como Espanha, eliminar a taxa de IVA em certos produtos, justificando que isso não resolve o problema.

Pelo PSD, Joaquim Miranda Sarmento fez referência à perda de poder de compra dos portugueses, lembrando que os bens alimentares subiram 21%, o triplo do valor da inflação. Assim, o líder da bancada dos sociais-democratas desafiou o Governo a seguir o exemplo de França e chegar a acordo com o setor da distribuição sobre a regulação de preços, bem como a criar “apoios financeiros diretos aos reformados ao cabaz alimentar”. “Baixe o IRS do 4.º ao 6.º escalão para aliviar a classe média para que viva menos asfixiada financeiramente”, disse.

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Governo quer manter participação acionista na TAP privatizada

"Se temos de ter menos ou mais [participação no capital], depende de quem será o outro sócio" na companhia aérea, referiu o primeiro-ministro na Assembleia da República.

António Costa abriu esta quarta-feira a porta para que o Estado mantenha uma participação na TAP depois da reprivatização. “Se temos de [ter] menos ou mais, depende de quem será o outro sócio”, atirou o primeiro-ministro, respondendo às perguntas dos deputados no debate sobre política geral, na Assembleia da República.

O primeiro-ministro respondia ao líder da bancada do PSD, recordando que “em 2015 [o Estado] recomprou aos privados 50% do capital, tendo mantido a gestão privada” e que “assim se manteve a gestão privada até que, em plena crise do Covid, a empresa teve necessidade de forte injeção de capital — e o único em condições de entrar foi o Estado”.

“Aquilo que vamos fazer é o que sempre dissemos. Esta intervenção é suplementar e vamos reprivatizar [a TAP] na medida do estritamente necessário. Não é para gerir a TAP no dia-a-dia, mas é para assegurar os objetivos estratégicos do país”, incluindo a “ligação territorial com regiões autónomas” e o assegurar do “hub estratégico”, assegurou Costa.

O primeiro-ministro defende ainda que a companhia aérea “será aquilo que deve ser”, nomeadamente, concretizou, com o fim de “manter uma reserva estratégica pública”.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, também já tinha salientado, na conferência de imprensa em que anunciou a exoneração da CEO da TAP, que tem “a plena confiança de que a TAP prosseguirá com sucesso o caminho do seu plano de reestruturação, o caminho da sua sustentabilidade futura, que passará pela privatização de uma parte do seu capital”.

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Empreendedores de Castelo Branco apostam no mercado de impressão 3D de betão

Camada 3D nasceu em Castelo Branco pelas mãos de Pedro Silva e Bruno Gomes de olhos postos no mercado de impressão 3D de betão.

Apostaram no mercado de impressão 3D de betão e saíram vencedores do BootCamp do projeto YEB – Young Entrepreneurs Boosting, uma iniciativa com o objetivo de capacitar empreendedores de regiões e territórios de baixa densidade. Pedro Silva e Bruno Gomes, os dois jovens empreendedores de Castelo Branco, lançaram a empresa Camada 3D, no início deste mês de março, e já estão a trabalhar a velocidade de cruzeiro.

Os empreendedores Pedro Silva e Bruno Gomes participaram no Bootcamp, em julho de 2022, e arrecadaram o primeiro lugar na apresentação do pitch. Iniciaram depois a mentoria a que se seguiu o apoio à elaboração do plano de negócios e a empresa que já está a funcionar.

“Somos um marketplace print-on-demand focado na impressão 3D de betão e outras argamassas, de produtos decorativos, por empresas e designers do mundo inteiro”, diz Pedro Silva. O colega Bruno Gomes acrescenta que a plataforma foi lançada no início do mês, estando ainda em formato privado. Nesta fase estamos a dar acesso apenas por convite para garantir um crescimento sustentável”.

Somos um marketplace print-on-demand focado na impressão 3D de betão e outras argamassas, de produtos decorativos, por empresas e designers do mundo inteiro.

Pedro Silva

Empresa Camada 3D

Os dois empreendedores querem expandir a gama de produtos e estão, por isso, à procura de designers e arquitetos que queiram aderir ao mercado de impressão 3D de betão.

Refira-se que o projeto YEB – Young Entrepreneurs’ Boosting desenvolve sessões de mentoria junto de jovens empreendedores de regiões e territórios de baixa densidade para uma transformação pessoal. Dá apoio na estruturação como empreendedores com vista ao seu êxito enquanto empresários.

“Com o YEB pretendemos apoiar a criação de um novo tecido empresarial, ajudando na constituição de novas empresas, preparadas para gerar postos de trabalho e para se afirmarem nacional e internacionalmente”, sublinha a presidente de Direção da Asociação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), Palmeira de Oliveira.

O YEB é um projeto apoiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – “sistema de apoio a ações coletivas”.

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Novas medidas abrangem 60 mil professores, garante ministro da Educação

  • Mariana Marques Tiago e Joana Abrantes Gomes
  • 22 Março 2023

Governo propôs aos sindicatos a isenção da obrigatoriedade de vagas para aceder aos 5.º e 7.º escalões, bem como a redução de um ano no escalão para os professores em pontos mais altos da carreira.

O ministro da Educação, João Costa, disse esta quarta-feira que não haverá vagas no acesso ao 5.º e ao 7.º escalão, o que permitirá “no imediato” que 60 mil professores recuperem o tempo de serviço. Um número que corresponde aos docentes que se encontram atualmente entre o primeiro e o sexto patamar da carreira.

Esta medida, anunciada após uma nova ronda de negociações entre o Ministério e as organizações sindicais, tem um custo de 161 milhões de euros, segundo o governante adiantou em declarações aos jornalistas.

O fim das vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões da carreira docente tem sido uma das principais reivindicações dos sindicatos de professores, sendo que, na reunião anterior, o ministro João Costa já tinha admitido que a proposta estaria em cima da mesa.

De acordo com a Federação Nacional de Professores (Fenprof), cerca de 6 mil professores ficaram parados na carreira docente em 2022 por causa da obrigatoriedade da existência de vagas. Agora, para serem eliminadas, será necessário alterar o Estatuto da Carreira Docente (ECD), no qual estão consagradas.

O Governo estabelece como universo de referência os professores que estavam em funções a 30 de agosto de 2005 (data de início do primeiro congelamento na carreira docente) e que tenham nove anos, quatro meses e 18 dias de tempo congelado.

Outra medida proposta pelo Ministério é para aqueles professores que já estavam posicionados em pontos mais altos da carreira. “Aquilo que propusemos foi a redução de um ano no escalão em que se encontram para terem também uma progressão mais rápida“, afirmou.

Quanto aos sindicatos, o ministro disse que “mantêm a sua posição de recuperação total do tempo de serviço”. João Costa disse ainda que ficou marcada uma nova reunião entre sindicatos e Ministério para o dia 5 de abril “já com as propostas de texto legislativo” para cada medida apresentada esta quarta-feira.

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Câmara de Lisboa aprova loja da Mercadona no Lumiar, a primeira na capital portuguesa

Retalhista espanhola garante primeiro espaço na capital para a construção de um supermercado. Edifício na Quinta do Lambert terá dois pisos e uma área comercial de 3.422 metros quadrados.

Está dado o primeiro passo para a abertura de um supermercado da Mercadona na cidade de Lisboa. A autarquia liderada por Carlos Moedas aprovou esta quarta-feira por maioria um “parecer favorável condicionado de pedido de informação prévia para viabilidade de obras de alteração” num espaço comercial localizado na Quinta do Lambert, na freguesia do Lumiar.

De acordo com a proposta submetida à Câmara de Lisboa pela Irmãdona Supermercados, em março de 2021, a retalhista de origem espanhola pretende fazer obras de ampliação nos pisos -1 e 0 de um edifício destinado a comércio e serviços – “essencialmente obras interiores” e sem mexer no número de pisos –, que ficará com uma área comercial de 3.422 metros quadrados, além de construir uma rotunda para acesso à loja.

Votada em reunião de Câmara, a proposta colheu os votos favoráveis do PS, da coligação de direita Novos Tempos, do Livre e dos deputados Rui Franco e Floresbela Pinto. O PCP e o Bloco de Esquerda votaram contra.

O parecer favorável à realização das obras neste imóvel que abrange as ruas Agostinho Neto e Amílcar Cabral está condicionado à “formalização subsequente de dois pedidos de licenciamento – um para as alterações ao edifício e outro para as obras de urbanização necessárias” e à “dispensa da cedência de áreas para espaços verdes e de utilização coletiva e equipamentos de utilização coletiva, mediante o pagamento da devida compensação urbanística, por se tratar de operação de impacto relevante ou semelhante a loteamento”.

Efetivamente faz parte dos estudos que levamos a cabo em todo o país, com o objetivo de prosseguir com o plano de expansão.

Fonte oficial da Mercadona

Contactada pelo ECO, fonte oficial da Mercadona respondeu que este espaço junto ao Estádio de Alvalade “efetivamente faz parte dos estudos que [leva] a cabo em todo o país, com o objetivo de prosseguir com o plano de expansão”. Não confirma, porém, que esta venha mesmo a ser a primeira loja a abrir na capital portuguesa, nem indica uma estimativa para o arranque das obras ou de data para a abertura ao público.

Depois das dez aberturas concretizadas no ano passado (entre as quais a primeira no distrito de Lisboa, em Oeiras), o que elevou para 39 o número total de espaços em Portugal – o primeiro a ser inaugurado deste lado da fronteira, em julho de 2019, foi em Canidelo, Vila Nova de Gaia –, a empresa de Valência prevê acrescentar mais uma dezena de lojas em 2023. Mercês (Sintra), Alverca, Torres Vedras, Massamá (Sintra), Corroios (Seixal) e Figueira da Foz são as localizações já confirmadas.

A companhia, que no último trimestre de 2022 ultrapassou o Minipreço no ranking do retalho alimentar em Portugal, onde já emprega 3.500 pessoas, conta investir este ano mais 280 milhões de euros em Portugal. Este montante inclui a expansão da rede de lojas e a construção de um bloco logístico em Almeirim, que deverá entrar em funcionamento em 2024 e que vai suportar os planos de crescimento no sul do país.

A Mercadona fechou o ano passado com um volume de vendas de 737 milhões de euros no mercado português, o primeiro de internacionalização da cadeia, uma subida de quase 78% em termos homólogos. Apesar da evolução positiva das receitas, a operação é ainda deficitária. “Em 2022 perdemos em Portugal 50 milhões de euros – no ano anterior esse valor era de 64 milhões de euros. Em 2024 chegaremos ao equilíbrio”, antecipou o CEO, Juan Roig.

Sede da Mercadona em PortugalMercadona

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, realizada na terça-feira da semana passada, o grupo que lidera o retalho alimentar no país vizinho anunciou ainda ter comprado cerca de 789 milhões de euros a fornecedores portugueses durante o ano passado, e contribuído com 93 milhões de euros em impostos através da Irmãdona Supermercados, que tem sede em Vila Nova de Gaia.

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Aquila Capital garante mais de 500 milhões de euros de capital em fundo europeu de energias renováveis

A Aquila Capital gere cerca de 15 mil milhões de euros para investidores institucionais em todo o mundo, somando 17 gigawatts (GW) de capacidade.

O fundo europeu de energias renováveis Aquila Capital ultrapassou, no final de 2022, o patamar de 500 milhões de euros de capital assegurado.

De acordo com o comunicado divulgado esta quarta-feira, a estratégia do EBRF (ou European Balanced Renewables Fund) gerido pela empresa de gestão de investimentos sustentáveis e desenvolvimento de ativos, com sede em Hamburgo, na Alemanha, assenta numa “carteira diversificada de ativos de energia limpa” em vários países da Europa continental, como Portugal, e ainda na Irlanda.

Atualmente, a Aquila Capital gere cerca de 15 mil milhões de euros de investidores institucionais em todo o mundo, somando 17 gigawatts (GW) de capacidade e cerca de 2 milhões de metros quadrados de projetos de imobiliário sustentável ou logística verde concluídos ou em desenvolvimento.

No comunicado, a empresa explica que “o EBRF procura investir em ativos nos locais onde a fonte de energia é mais abundante, aproveitando o vento nórdico e a energia solar fotovoltaica ibérica, e tem um posicionamento conservador, com uma baixa alavancagem financeira”.

Esta diversidade de fontes de rendimento é conseguida através da amplitude de tipos de contrato, explicam. “Enquanto os contratos de aquisição de energia (PPA, Power Purchase Agreements), de preço fixo, “dão maiores garantias e visibilidade dos ganhos”, os investimentos com maior exposição ao risco de mercado (“merchant financing”) “proporcionam uma correlação com o valor da inflação”.

“Esta combinação de estratégias permite uma proteção face a quedas nos preços da energia, ao mesmo tempo que preserva o potencial de subida, caso os preços aumentem”, indica o comunicado.

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Costa antecipa aumentos extraordinários na Função Pública

O primeiro-ministro anunciou que poderá rever os salários na Função Pública, tendo em conta a inflação. Além disso, anuncia que vão avançar apoios às famílias mais carenciadas.

O primeiro-ministro abre a porta a novos aumentos extraordinários aos funcionários públicos, admitindo que os “pressupostos” que serviram de base aos acordos com os sindicatos mudaram. Além disso, revela também que vão avançar apoios para as famílias com menores rendimentos e medidas para travar a subida dos preços dos alimentos.

António Costa assume que “há uma alteração dos pressupostos sobre os quais foram assinados acordos com a Função Pública em matéria de rendimentos dos trabalhadores“, no debate na Assembleia da República. Em causa, o facto de taxa de inflação média anual de 2022 ter sido superior à prevista pelo Governo. “Temos disponibilidade para haver uma revisão”, acrescenta.

Já sobre novos apoios, Costa salienta que o Governo está a aguardar “que, no final desta semana, seja confirmado o resultado da execução orçamental do ano passado para anunciar novas medidas de apoio às famílias mais vulneráveis.

No que diz respeito ao controlo da subida dos preços dos alimentos, “tendo em conta que estão claramente acima da média da inflação e de outros países”, o primeiro-ministro adianta que o Governo vai “trabalhar com o setor para agir sobre preços em diversas dimensões”.

Por um lado, vão avançar ajudas de estado à produção e, por outro, uma redução da fiscalidade, nomeadamente no IVA. Isto já que uma redução do IVA tem uma “enorme vantagem para as famílias relativamente a redução do IRS: tem efeito imediato e não diferido”. Costa ressalva, ainda assim, que é necessário ter um equilíbrio e “garantia que a redução da fiscalidade se traduz na estabilização de preços”.

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Portugueses vão pagar mais pela água no futuro, alerta Filipe Duarte Santos

  • Capital Verde
  • 22 Março 2023

Perante o agravamento da situação da seca e da escassez de água, o presidente do CNADS admite ser "inevitável" que a fatura da água venha a aumentar no futuro.

O presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e relator do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (IPCC) alerta que a água em Portugal não reflete o seu custo real e não descarta a eventual inevitabilidade de a fatura da água dos consumidores vir a encarecer no futuro.

Em entrevista à Renascença esta quarta-feira, Filipe Duarte Santos explica que “a forma como se vai calcular o preço da água daqui para a frente – sabendo que a tendência é de maior escassez de água – é uma questão de natureza social e política” e não tem ilusões de que um aumento do preço da fatura “é inevitável”.

E justifica: “se nós queremos evitar que haja uma escassez de água, teremos de fazer este percurso que outros países já fizeram, e estão a fazer, devido a essas alterações climáticas que provocam menos precipitação não só em Portugal, mas em Espanha, em Itália, na Grécia, todo o Mediterrâneo e noutras regiões do mundo” onde os períodos de seca prolongados são uma constante.

O responsável alerta ainda que, no futuro, a resposta às secas recorrentes estará na captação das chamadas “disponibilidades alternativas” de água que incluem águas residuais tratadas para a agricultura, “que absorve 76% do total da água consumida em Portugal”, e estações de dessalinização de água, como as que estão projetadas para o Algarve e para o Litoral Alentejano.

 

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BCE esteve “mal” ao continuar a subir taxas de juro, critica Costa

Primeiro-ministro regressou ao Parlamento para mais um debate sobre política geral, num momento em o pacote "Mais Habitação", os preços altos dos alimentos e as contas da TAP marcam a agenda política.

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Melhor oferta pelas ações da Bacalhôa ficou a metade do valor mínimo em leilão

Melhor proposta pelo lote de ações da empresa de vinhos de Berardo foi de apenas 687 mil euros, metade do valor mínimo que estava a ser pedido. Leilão surge na sequência da ação de execução do BCP.

O leilão de um lote de ações da Bacalhôa, a empresa de vinhos de Joe Berardo, terminou esta quarta-feira sem grande sucesso, com a última oferta a rondar apenas os 687 mil euros, cerca de metade do valor mínimo de 1,12 milhões de euros. Não deverá haver negócio.

Esta participação, correspondente a quase 2% do capital da Bacalhôa, estava em leilão desde o passado dia 23 de fevereiro, depois de o BCP ter avançado para a execução de duas empresas ligadas ao empresário madeirense, a Associação de Coleções e a Metalgest, por conta de uma dívida de dois milhões de euros.

Os interessados tinham até às 10h30 desta quarta-feira para apresentarem propostas. Agora, com os prazos encerrados, terá lugar a cerimónia de encerramento do leilão que está marcada para as 14h30, no Palácio da Justiça, em Lisboa. O banco não comenta o resultado do leilão.

A página do portal E-Leilões, onde a operação estava a decorrer, já alertava os interessados para o facto de existirem embargos pendentes relacionados com este processo que coloca frente-a-frente o BCP e Joe Berardo. Por outro lado, também avisava que era “da exclusiva responsabilidade dos interessados proponentes, a análise e interpretação da documentação disponibilizada, sem prejuízo das diligências que entendam efetuar na avaliação do bem a adquirir, assegurando-se que corresponde às expectativas”.

Como o ECO escreveu em janeiro, o BCP avançou para a penhora de bens das duas sociedades do universo de Joe Berardo, por via de uma ação de execução no valor de dois milhões de euros. Com a ação, o banco pode proceder de imediato à penhora de bens de ambas as sociedades sem precisar da autorização do juiz do processo, pois já há uma sentença em julgado. E só depois da penhora é que os executados são citados para se oporem, se quiserem.

Nos últimos anos, não só o BCP como também a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Novobanco têm avançado com várias ações contra empresas ligadas ao comendador por dívidas passadas. Na ação mais relevante, os três bancos tentam, em conjunto, executar a principal coleção de obras de arte de Joe Berardo – detida pela Associação Coleção Berardo – por conta de uma dívida de cerca de mil milhões de euros. Segundo a última avaliação pedida pelo comendador, a coleção encontra-se avaliada 1,8 mil milhões de euros.

Em maio do ano passado, Joe Berardo contra-atacou os bancos, reclamando em tribunal 900 milhões de euros, dos quais 800 milhões se destinam a compensar a fundação por se ter visto “despojada” do seu património para cobrir as dívidas contraídas junto dos bancos, enquanto outros 100 milhões visam para ressarcir o comendador por danos morais.

Com 300 trabalhadores, a empresa que tem explorações vitivinícolas nas principais regiões do país, incluindo o Douro, Dão, Bairrada, Azeitão e Alentejo, fechou 2021 com vendas de quase 50 milhões de euros, um acréscimo de 17% face ao ano anterior, de acordo com os documentos consultados pelo ECO.

Os lucros ascenderam a 2,1 milhões de euros, mais 25% em relação a 2020. A sociedade explica a melhoria das contas com a reabertura da economia após as restrições impostas pelas autoridades por conta da pandemia. A dívida líquida caiu quase 10% para 30,8 milhões de euros.

Liderada por Renato Berardo, filho de Joe Berardo, a Bacalhôa apostou em 2022 no crescimento nos mercados externos, nomeadamente na Europa, América e Ásia, do desenvolvimento do enoturismo e, no plano financeiro, na racionalização de custos, reforço dos capitais próprios e diminuição e diversificação da dívida.

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