SÉRVULO debate gestão florestal e mercados de carbono

  • ECO
  • 8 Março 2023

No dia 13 de março, a Sérvulo vai receber o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, no 1º Congresso SÉRVULO ESG, dedicado à gestão florestal e mercados de carbono.

O primeiro congresso SÉRVULO ESG vai acontecer no próximo dia 13 de março e irá debater temas como a gestão florestal e os mercados de carbono.

No evento estarão presentes representantes destas temáticas, tais como Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática, Ana Paula Rodrigues, Diretora do Departamento de Alterações Climáticas da APA, e Ana Rocha, diretora da European LandownersOrganization (ELO), que apresentará a proposta da Comissão Europeia sobre as certificações das remoções de carbono e a visão dos proprietários florestais.

O SÉRVULO ESG terá, ainda, dois espaços de debate. O primeiro, moderado por Ana Luísa Guimarães, sócia da SÉRVULO, será sobre os desafios e dificuldades da implementação da proposta de governo para o mercado voluntário de carbono português, e terá como oradores Nuno Miguel Banza, presidente do Conselho Diretivo do INCF, Carolina Silva, policy Officer da Zero, Francisco Purroy Balda, diretor Ibérico da LandLife Company, Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e Ana Gonçalves, partner da S 317 Consulting.

Já a segunda mesa redonda, moderada por Paulo Câmara, sócio da SÉRVULO, será dedicada aos meios de financiamento disponíveis para o mercado de carbono e contará com a presença de João Fonseca Santos, Assessor do Vice-Presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Alexandra Carvalho, secretária-geral do Ambiente e diretora do Fundo Ambiental, João André Dias Mestre, diretor de Sustentabilidade do Grupo Fidelidade SGOIC, Nuno Mota Pinto e Enrique Enciso Encinas, sócio e diretor Executivo do Grupo Sylvestris.

Os interessados em inscrever-se no evento podem fazê-lo aqui.

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Unicórnio Sword Health quer recrutar mais de 300 pessoas. Metade das vagas são para Portugal

Unicórnio quer reforçar a sua presença no país, onde já tem uma equipa de mais de 300 profissionais, e abriu recentemente escritório em Lisboa.

A Sword Health quer recrutar mais de 300 profissionais este ano, dos quais cerca de metade para reforçar equipa em Portugal, onde já conta com mais de 300 colaboradores. A unicórnio, que já conta com mais de 600 colaboradores, abriu recentemente o seu escritório em Lisboa.

“A Sword está em grande crescimento e expansão global, em claro contraciclo com o setor das tecnológicas. Continuamos a investir em Portugal e no talento português, só assim acreditamos que será possível cumprir a nossa missão,” explica Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health, citado em comunicado.

A unicórnio procura profissionais das mais diferentes áreas, desde engenheiros informáticos (back e front end) a engenheiros nas áreas de AI e Algoritmos, mas também para os departamentos financeiro, legal, comunicação, marketing, design, recursos humanos e operações. As vagas disponíveis são para trabalho em regime remoto e híbrido.

A empresa, que tem o maior escritório localizado no Porto, pretende reforçar agora a presença na capital portuguesa — abriu escritório na Praça da Alegria — sendo que cerca de metade das vagas, são para integrar equipa em Portugal.

A Sword conta com mais de 600 colaboradores, cerca de metade dos quais nos Estados Unidos e os restantes em Portugal.

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Em cinco anos, 45 gestores públicos e autarcas foram condenados por infração financeira

  • ECO
  • 8 Março 2023

CEO e chairman demissionários da TAP arriscam também o julgamento pelo Tribunal de Contas, podendo vir a pagar multa até cerca de 18 mil euros ou devolver dinheiro ao Estado.

Nos últimos cinco anos, 45 gestores públicos e autarcas foram condenados por terem cometido infrações financeiras no exercício dos cargos, que lesaram o Estado, avança o Jornal de Notícias (acesso condicionado). Os números constam dos relatórios anuais da atividade do Ministério Público (MP), que referem ainda que, entre 2017 e 2021, houve 32 casos de gestores e de autarcas que optaram por pagar multa para evitarem a ida a julgamento, sendo extintos os respetivos processos.

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e o chairman, Manuel Beja — ambos demitidos pelo Governo na segunda-feiracorrem o mesmo risco, já que, segundo o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), podem vir a ser julgados pelo Tribunal de Contas. Se forem condenados, arriscam pagar uma multa — que pode ir dos 2.550 euros aos 18.360 euros — ou até devolver dinheiro ao Estado, no âmbito do processo da indemnização a Alexandra Reis.

O Tribunal de Contas realizou 62 julgamentos de casos de responsabilidade financeira sancionatória, entre 2017 e 2021, tendo 45 (72,6%) terminado com condenação, sendo que o número de julgamentos tem sido crescente de julgamentos. Em 2017, foram sete, mas, em 2020 e em 2021, houve 18 e 15 julgamentos, respetivamente. No entanto, a maioria dos casos que chega ao Ministério Público tem sido arquivada por “falta de pressupostos da responsabilidade financeira”.

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Nido integra rede de residências da Smart Studios e garante mais 2.000 camas

  • Mariana Marques Tiago
  • 8 Março 2023

A Nido concluiu a integração da rede de residências da Smart Studios na sua plataforma operacional, garantindo mais 2.000 camas para alojamento. Até 2025, o objetivo é abrir mais 1.100.

A Nido anunciou a conclusão da integração da rede de residências da Smart Studios, adquirida pela Round Hill Capital, na sua plataforma operacional, o que se traduz em mais 2.000 camas para alojamento em Portugal. Até 2025, o objetivo é abrir mais quatro residências (e criar mais 1.100 camas).

Em comunicado, a marca de gestão de alojamento para estudantes e co-living da Round Hill Capital, esclarece que a integração da Smart Studios permitirá a “criação de um portefólio ibérico com um total de cerca de 5.000 camas em 14 residências como parte de uma oferta mais alargada de 9.000 camas disponíveis na Dinamarca, Irlanda, Países Baixos, Portugal, Espanha e Reino Unido”.

Atualmente, a Nido gere 1.280 camas em Portugal, que se distribuem por seis locais. Até 2025, a marca prevê ainda a abertura de mais quatro residências em Lisboa e no Porto, o que se traduz em mais 1.100 novas camas.

A aquisição da Smart Studios foi a maior transação de alojamento para estudantes e co-living em Portugal no ano passado, registando-se um valor de aproximadamente 200 milhões de euros, segundo a Nido.

“Após a aquisição, o nosso plano sempre foi o de integrar este negócio na plataforma e marca Nido. Acreditamos que, com a sua própria experiência e o longo historial da Round Hill Capital no que toca ao desenvolvimento e gestão de ativos residenciais construídos para o efeito, ser-nos-á possível melhorar a experiência dos nossos residentes e aplicar economias de escala para ajudar a impulsionar os retornos dos investidores“, afirma João Pita, head of Portugal da Round Hill Capital.

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Governo nega atualização das pensões a quem se reformou há menos de um ano

  • ECO
  • 8 Março 2023

Apesar da subida da inflação, o Governo recusa rever a lei que dita que quem se reformou desde 1 de janeiro de 2022 não tem direito a atualização da pensão este ano.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, rejeita fazer alterações à lei de modo a permitir que quem se tenha reformado há menos de um ano possa também ter direito à atualização regular anual das pensões, que é atribuída em janeiro, avança o Diário de Notícias (acesso pago). “A regra existe desde 1975 e é para ser aplicada“, afirmou a governante, na terça-feira, diante dos deputados no Parlamento.

As pessoas que se reformaram em 2022 não foram contempladas com os aumentos das pensões, que variaram entre 3,89% e 4,83%, pagos em janeiro deste ano. Estes pensionistas só poderão beneficiar da atualização em 2024, quando estiverem há mais de um ano na reforma. Ou seja, todos os que pediram a aposentação no início de janeiro do ano passado, incluindo no dia 1, vão ficar com a prestação congelada durante este ano, o que significa uma perda de até 12%, tendo em conta a inflação.

A regra a que se refere Ana Mendes Godinho diz respeito à portaria n.º 865/74, de 31 de dezembro de 1974, segundo a qual seriam atualizadas, em 1975, “as pensões de invalidez ou velhice iniciadas antes de 1 de janeiro de 1974”. Sendo uma portaria, o Governo pode sempre alterá-la, uma vez que este tipo de diploma tem de ser obrigatoriamente publicado anualmente com o novo enquadramento para o ano em que vigora. Esta regra surge pela primeira vez sob a forma de lei em 2006 (Lei n.º 53-B/2006, de 29 de dezembro), da autoria do socialista e então ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, e que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2007.

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Gestores demitidos da TAP arriscam multa máxima de 18.360 euros

  • ECO
  • 8 Março 2023

Relatório da IGF deixa em aberto a possibilidade de aplicar multas aos gestores que saíram da TAP devido a infrações financeiras.

Os gestores que foram demitidos da TAP, Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, podem estar sujeitos à aplicação de multas por parte do Tribunal de Contas, segundo admite o relatório da Inspeção-Geral de Finanças, noticiado pelo Público (acesso condicionado). As possíveis multas, por violação de normas legais de pagamento de despesas públicas, podem ir dos 2.550 euros aos 18.360 euros.

No seguimento do relatório, ficam em aberto algumas eventuais sanções por infrações financeiras. Por um lado, a responsabilidade financeira reintegratória deverá ficar coberta pela devolução da indemnização por parte de Alexandra Reis. No entanto, poderão ainda ser aplicadas responsabilidades financeiras sancionatórias “pela violação das normas sobre a elaboração e execução dos orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas ou compromissos”.

As multas em causa têm um limite mínimo de 2.550 euros e máximo de 18.360 euros, contudo a lei prevê também a possibilidade de serem aplicados montantes diferentes destes. A sanção pode ainda ser atenuada “quando existem circunstâncias anteriores ou posteriores à infração que diminuam de forma acentuada a ilicitude ou a culpa”.

A publicação adianta também que a IGF não vai enviar o relatório sobre a saída de Alexandra Reis da TAP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nem ao Ministério Público, defendendo que os factos apurados não justificam a necessidade de enviar a avaliação aos reguladores nem à Procuradoria-Geral da República.

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Hoje nas notícias: pensões, TAP e ANA

  • ECO
  • 8 Março 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As pessoas que se reformaram em 2022 não foram contempladas com os aumentos das pensões, que variaram entre 3,89% e 4,83%. A regra existe desde 1975 e não vai ser alterada. Nos últimos cinco anos, 45 gestores públicos e autarcas foram condenados por terem cometido infrações financeiras. A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e o chairman, Manuel Beja, arriscam pagar uma multa que pode ir dos 2.550 euros aos 18.360 euros. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Governo nega atualização das pensões a quem se reformou há menos de um ano

As pessoas que se reformaram em 2022 não foram contempladas com os aumentos das pensões, que variaram entre 3,89% e 4,83%, pagos em janeiro deste ano. Estes pensionistas só poderão beneficiar da atualização em 2024, quando estiverem há mais de um ano na reforma. Nesta terça-feira, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, revelou que “a regra existe desde 1975 e é para ser aplicada”, rejeitando assim mexer na lei de modo a permitir que quem se tenha reformado há menos de um ano possa também ter direito à atualização regular anual das pensões, que é atribuída em janeiro.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Em cinco anos, 45 gestores públicos e autarcas foram condenados por infração financeira

Nos últimos cinco anos, 45 gestores públicos e autarcas foram condenados por terem cometido infrações financeiras, no exercício dos cargos, que lesaram o Estado. A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e o chairman, Manuel Beja — ambos demitidos pelo Governo na segunda-feira — correm o mesmo risco, já que, segundo o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), podem vir a ser julgados pelo Tribunal de Contas. Se forem condenados, arriscam pagar uma multa ou até devolver dinheiro ao Estado, no âmbito do processo da indemnização a Alexandra Reis.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Gestores demitidos da TAP arriscam multa máxima de 18.360 euros

Os gestores que foram demitidos da TAP, Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, podem estar sujeitos à aplicação de multas por parte do Tribunal de Contas, segundo admite o relatório da Inspeção-Geral de Finanças. As possíveis multas, por violação de normas legais de pagamento de despesas públicas, podem ir dos 2.550 euros aos 18.360 euros.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Galamba quer ANA a investir já no aeroporto de Lisboa

O ministro das Infraestruturas quer que a ANA avance com os investimentos no aeroporto de Lisboa já, adiantando que vai ser notificada para dar um calendário da execução. Em causa está um conjunto de constrangimentos físicos das infraestruturas como saídas de pista e taxyways. Este investimento é “uma obrigação do contrato de concessão”, frisou.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Recrutamento negociado com professores “irá permitir vincular um número sem precedentes”, diz João Costa

O ministro da Educação assina, esta quarta-feira, um artigo de opinião no Correio da Manhã no qual defende que o modelo de recrutamento negociado com os professores “irá permitir vincular um número sem precedentes” de profissionais ainda este ano. Além disso, possibilita “reduzir significativamente as áreas geográficas de deslocação dos professores”, reitera, salientando que o Ministério da Educação “alterou por várias vezes a proposta inicial”.

Leia o artigo de opinião completo no Correio da Manhã (acesso indisponível)

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O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de março

  • ECO
  • 8 Março 2023

Ao longo desta quarta-feira, 8 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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O que querem as empreendedoras? Fundos específicos e mais mulheres a decidir investimento

É um setor que tem um problema de diversidade e representatividade de mulheres, o que se reflete na captação de investimento. O ECO Pessoas falou com mulheres empreendedoras sobre as suas prioridades.

Os números são claros e reveladores do longo caminho que o empreendedorismo feminino tem pela frente: 90 mil milhões de dólares foram injetados no ecossistema de startups europeu no ano passado e apenas 12,7 mil milhões foram investidos em startups fundadas por mulheres.

Uma gota de água reveladora do “desequilíbrio na paridade de género dentro do setor empreendedor”. Aumentar o número de mulheres nos fundos de capital de risco ou a criação de fundos específicos para financiar o empreendedorismo feminino são algumas das medidas defendidas pelas mulheres no ecossistema ouvidas pela ECO Pessoas. Mas não só.

Poderá ser bastante importante o papel do Banco Português de Fomento no sentido do coinvestimento público para impulsionar ao cumprimento de metas relacionadas com este tópico”, aponta Lurdes Gramaxo, partner da Bynd Venture Capital e presidente da Investors Portugal.

Não é a única a destacar o papel que o Governo pode (e deve) ter, através dos seus mecanismos de financiamento ou legislativos, na promoção de um ecossistema mais diverso. “Os governos são obviamente players fundamentais para que esta mudança aconteça. Devem apoiar as mulheres e regular pela equidade de direitos e oportunidades encorajando o empreendedorismo feminino. Hoje é de conhecimento geral que mecanismos de discriminação positiva utilizados como política pública, como é o caso das quotas, são fundamentais para combater as desigualdades e a discriminação”, defende Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto.

“A igualdade de género é uma questão de direitos humanos, não faz sentido que em pleno século XXI continuem a existir ‘setores económicos’ praticamente vedados às mulheres à partida”, conclui a responsável da incubadora da Santa Casa da Misericórdia que acolhe mais de 60 startups de impacto.

Poderá ser bastante importante o papel do Banco Português de Fomento no sentido do coinvestimento público para impulsionar ao cumprimento de metas relacionadas com este tópico (o aumento do empreendedorismo feminino).

Lurdes Gramaxo

Partner da Bynd Venture Capital e presidente da Investors Portugal

Fundos específicos para financiar o empreendedorismo feminino, atuando como uma espécie de mecanismos de discriminação positiva, poderiam dar assim uma nova energia ao surgimento de mais startups fundadas por mulheres.

“A criação de fundos específicos dedicados à promoção da diversidade e inclusão no ecossistema das startups pode ser uma forma eficaz de abordar as desigualdades sistémicas que impedem as fundadoras de terem acesso ao capital”, considera Milana Dovzhenko, cofundadora da Bairro, uma das oito scaleups que integram o Scaling Up Program da Fábrica de Unicórnios, lembrando que já existem diversos fundos e iniciativas focadas em promover diversidade e inclusão no ecossistema das startups, como é o caso do Fund F, fundo de capital de risco, que apoia e investe em startups cofundadas por mulheres em fase pre seed e seed.

A criação de fundos específicos dedicados à promoção da diversidade e inclusão no ecossistema das startups pode ser uma forma eficaz de abordar as desigualdades sistémicas que impedem as fundadoras de terem acesso ao capital.

Milana Dovzhenko

Cofundadora da Bairro

Apesar disso, “neste momento, startups fundadas por homens recebem sete vezes mais dinheiro do que projetos liderados por mulheres”, lembra Mariama Injai. “Significa que ainda estamos numa fase de desigualdade exacerbada e vamos precisar de uma ‘discriminação positiva’ para equilibrar melhor o ecossistema de investimento”, considera a gestora de projetos no Impact Hub Lisbon, que dinamiza o programa BORA Mulher.

Em cinco anos este programa já recebeu 3.000 candidaturas e conta com 1.500 alummi formadas pelo percurso de capacitação, das quais 70% já tem um negócio com vendas, 25% encontra-se em consolidação e 54% está numa fase early-stage de incubação. Uma das três vencedoras da edição de 2022, a Inclita Sea-Weed, de Catarina Guedes, este ano recebeu financiamento da Índico Capital.

Karly Alves Ribeiro aponta no mesmo sentido. “As barreiras que enfrentamos são gigantes e as financeiras acrescentam o seu peso. Muitas mulheres veem suas carreiras interrompidas pela maternidade. Quando volta ao mercado de trabalho passa pela dificuldade de recuperar o tempo perdido”, diz a cofundadora da sheerMe. “Alguns incentivos financeiros específicos podiam ajudar a promover o empreendedorismo feminino.”

Os fundos poderiam ajudar a criar medidas e incentivos que visem reduzir as disparidades de género, tais como a promoção da igualdade salarial e a melhoria do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, poderiam ajudar a aumentar a confiança das mulheres empreendedoras e a incentivá-las a começar suas próprias startups.

Karly Alves Ribeiro

Cofundadora da sheerMe

Com os fundos também a desempenhar o seu papel na melhoria do fosso de género do ecossistema. “Os fundos poderiam ajudar a criar medidas e incentivos que visem reduzir as disparidades de género, tais como a promoção da igualdade salarial e a melhoria do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, poderiam ajudar a aumentar a confiança das mulheres empreendedoras e a incentivá-las a começar suas próprias startups”, considera a cofundadora da sheerMe.

Mais mulheres a decidir investimento

Aumentar o número de mulheres nos fundos de capital de risco com poder de decisão poderá ser fulcral para dinamizar uma maior diversidade. Os desafios do empreendedorismo feminino são muitos e exigem um novo olhar. O velho cliché de que os homens são de Marte e as mulheres de Vénus pode ser um fator na hora de decidir onde investir o capital de risco.

“Há um desafio imediato quando falamos com empreendedoras que desenvolvem negócios criados para resolver problemas específicos de mulheres com tecnologia (chamados femtech), como a menopausa ou a menstruação, por exemplo. Nestes casos, um investidor homem pode ter maior dificuldade em identificar a respetiva oportunidade económica por não estar familiarizado ou devidamente instruído acerca do problema”, comenta Cristina Almeida, diretora da Maze Impact.

Desafios que não se ficam por aqui. Há outros relacionados com “as circunstâncias pessoais de cada mulher empreendedora, e os seus planos de vida familiar, que podem implicar uma suspensão futura das suas funções executivas durante a experiência de maternidade e gerar incerteza por parte de investidores”, refere a responsável da Maze Impact. E explica porquê.

Uma empresa em média levanta uma ronda de investimento a cada 18 meses. Uma ausência de seis meses pode ter um impacto grande na vida de uma startup em fase inicial. Felizmente, há já investidores com consciência desta desvantagem maternal. Que se focam mais na antecipação destas circunstâncias, em parceria com as empreendedoras, para que estas possam implementar estratégias eficazes de mitigar riscos e assegurar a longa e boa vida das empresas nestas circunstâncias. Infelizmente, continua a haver relatos de mulheres que são negativamente penalizadas”, lamenta.

Apenas 5% a 15% dos investidores europeus (angels e vcs) são mulheres. Assim, torna-se fundamental promover iniciativas que assegurem mais mulheres em comités de investimento.

Cristina Almeida

Diretora da Maze Impact

Desafios que “carecem de correção do lado da oferta de financiamento, ou seja, das pessoas que compõe os comités de investimento de cada fundo”, diz Cristina Almeida. “Apenas 5% a 15% dos investidores europeus (angels e vcs) são mulheres. Assim, torna-se fundamental promover iniciativas que assegurem mais mulheres em comités de investimento”, refere, apontando que algo tem vindo a ser feito ao longo dos anos para apoiar e promover mulheres empreendedoras e/ou investidoras, como é o caso da femstreet ou European Women in VC, entre outros.

Num tempo em que a diversidade é um tema cada vez mais atual, os fundos de investimento também devem ter atenção a estas questões a começar por terem equipas mais diversas, pois se assim o fizerem tenho a certeza que as suas decisões de investimento também vão ter como base menos ‘bios’ e, consequentemente, poderemos ver maior investimento em startups com founders mulheres”, refere Inês Sequeira, da Casa da Impacto.

Uma visão partilhada por Pauline Foessel. “Acredito que os fundos que têm um objetivo específico, como promover a diversidade, são o caminho futuro. Para escolher mulheres founders, precisamos de mulheres VC para mudar o ecossistema, tal como nas artes, precisamos de mulheres curadoras para escolher mais mulheres artistas”, diz a fundadora e diretora da startup, sedeada em Lisboa, Artpool.

“As mulheres têm uma forma diferente de gerir startups, uma forma diferente de levantar capital, formas diferentes de gerir o risco, etc.”, continua. “O que pode ser feito é ter mais mulheres investidoras, mais VC fundados por mulheres, para termos frente a nós alguém que perceba que não levantamos dinheiro da mesma forma do que os homens, e que isso não é um problema”, diz. E deixa uma sugestão.

Talvez mais do que ter programas para ajudar as mulheres a levantar capital, deveríamos ter um inquérito sério sobre como as mulheres levantam capital, e o que as motiva para dar a conhecer aos VC que isso não é ter falta de capacidades, e que não é por não agirmos da forma esperada, que não temos tudo o que é necessário para termos uma companhia bem sucedida. Estamos apenas a fazer as coisas de forma diferente, mas as hipóteses de sucesso são iguais às de empresas fundadas pelos homens”, aponta.

As mulheres têm uma forma diferente de gerir startups, uma forma diferente de levantar capital, formas diferentes de gerir o risco, etc. (…) O que pode ser feito é ter mais mulheres investidoras, mais VC fundados por mulheres, para termos frente a nós alguém que perceba que não levantamos dinheiro da mesma forma do que os homens, e que isso não é um problema.

Pauline Foessel

Fundadora e diretora da Artpool

Aliás, as hipóteses de sucesso podem até ser maiores. Um relatório da Boston Consulting Group (2018) indica que negócios liderados por mulheres devolvem melhor retorno aos investidores; e um estudo da Mckinsey (2020) aponta que as empresas com mulheres em cargos executivos têm 25% maior probabilidade de ser lucrativas.

“Se nos anos anteriores o foco era crescimento a qualquer custo, as condições atuais do mercado exigem um maior foco em receitas e fundamentos sólidos de negócio”, refere Cristina Almeida, logo, “seria expectável que as mulheres fossem pelo menos igualmente capazes a atrair investimento quando comparadas com homens”. Não é o caso.

Na Europa, as empreendedoras recebem apenas 1,1% do capital investido. É importante reconhecer que em 2020, as empreendedoras compunham apenas 15,5% da população empreendedora europeia. Ainda assim, continua a não explicar o 1,1%.”

A razão pode ser outra. “Esta assimetria evidencia que as decisões de investimento são afetadas por enviesamentos inconscientes que favorecem mais homens que mulheres. Só conseguiremos assegurar que o efeito de desaceleração não é mais penalizador para as mulheres, se conseguirmos aumentar o número de negócios começados por mulheres e melhorarmos a composição dos comités de investimento para maior sensibilidade nestas matérias”, considera a responsável da Maze que, a partir desta quarta-feira, passa a ter um conselho de administração renovado, composto por três mulheres e um homem.

“Acreditamos que também desta forma seremos ainda melhores a endereçar as necessidades específicas de mulheres empreendedoras bem como identificar as inúmeras oportunidades económicas que residem nos problemas específicos de mulheres”, argumenta Cristina Almeida.

O tema da diversidade e inclusão, incluindo a diversidade de género, está a ficar cada vez mais importante. O facto de os fundos de investimentos terem de medir os indicadores ESG, faz-nos acreditar que, no futuro, a canalização de dinheiro para negócios liderados por mulheres venha a aumentar.

Mariama Injai

Gestora de projetos no Impact Hub Lisbon

Apesar do atual momento de menor liquidez no mercado de capitais, com as rondas a abrandarem, com potencial impacto negativo na capacidade de levantar capital para as mulheres founders, Mariama Inja mostra-se otimista.

“As mulheres já estavam a sofrer desigualdade a nível de investimento e, na verdade, acreditamos que agora possa ser a oportunidade para os financiadores começarem a olhar para negócios liderados por mulheres como oportunidades: estes reduzem o risco para os investidores, geram mais lucro e abrem novas áreas de negócio normalmente inexploradas pelos homens”, considera.

“O tema da diversidade e inclusão, incluindo a diversidade de género, está a ficar cada vez mais importante. O facto de os fundos de investimentos terem de medir os indicadores ESG, faz-nos acreditar que, no futuro, a canalização de dinheiro para negócios liderados por mulheres venha a aumentar”, aponta ainda a gestora de projetos no Impact Hub Lisbon.

Ecossistema a lutar pela diversidade

Lurdes Gramaxo destaca igualmente os passos que têm vindo a ser dados no país para aumentar a participação das mulheres no ecossistema. “O nosso país, pelo espírito inovador que apresenta – e que é reconhecido lá fora – tem já vindo a lançar, muito por iniciativa privada, plataformas e programas que incentivam à captação de talento feminino para o ecossistema. Estes passam por programas de capacitação de diferentes competências de negócio e outras mais técnicas apenas para mulheres, e pela criação de redes compostas por empresárias mais experientes que partilham a sua experiência com aquelas que estão a dar os primeiros passos”, descreve a partner da Bynd VC que, no seu portefólio inclui cerca de 30% de startups que têm mulheres na equipa fundadora, como é o caso de Daniela Braga, da Defined.ai, Veronica Orvalho, da Didimo ou Cidália Pina Vaz, da FASTinov.

Queremos melhorar esta representatividade, contudo é importante reforçar que na Bynd VC avaliamos a tecnologia, a solução e o seu potencial, e a capacidade da equipa fundadora acima de outros critérios que não refletem a oportunidade de negócio”, ressalva.

Um trabalho que está igualmente a ser desenvolvido pela Investors Portugal. A associação, que representa os investidores early-stage, “quer também liderar dando o exemplo com a implementação de práticas que conduzam a uma maior integração de mulheres fundadoras no setor”. Uma delas é o Women & Money, projeto com um parceiro italiano que visa à capacitação de mulheres para o empreendedorismo.

A Casa do Impacto também tem em marcha iniciativas. Um terço dos fundadores são mulheres. “Um número que nos orgulha, comparativamente ao restante ecossistema mas que não nos deixa de todo satisfeitos”, admite Inês Sequeira. “As mulheres foram um dos grupos mais afetados pela pandemia e estamos a procurar inverter esta tendência, o que passa, no nosso caso, por alavancar, apoiar e capacitar este público”, refere. Um exemplo de medidas concretas é que, “um dos critérios de admissão para o cohort de qualquer programa da Casa do Impacto (aceleração, investimento e incubação) é a diversidade não apenas ao nível dos fundadores, mas também das equipas.”

Desafiamos todo o ecossistema empreendedor a experimentar abrir mais espaço às mulheres e avaliar os resultados. E se ainda não há provas suficientes para os benefícios de uma maior diversidade e inclusão, aí estaremos em condições para podermos discutir o tema com toda a propriedade.

Inês Sequeira

Diretora da Casa do Impacto

Mas há mais iniciativas que se pretendem (à semelhança da casa que os dinamiza) com impacto. “Estamos de momento a desenvolver um programa com um dos nossos parceiros internacionais, que ainda não posso adiantar muita informação, mas que será direcionado a mulheres founders da Casa do Impacto em startups de early stage para que possam ter acesso a um conjunto de ferramentas, desde mentoria a networking para aumentar as suas hipóteses de financiamento”, revela Inês Sequeira.

O programa, transversal a todos os programas da Casa de Impacto, irá também “proporcionar mais data e “testemunhos” de diversos players do ecossistema de empreendedorismo internacional (desde founders, a investidores), a exemplos de sucesso de negócios que criaram ambientes de diversidade e que foram muito bem sucedidos”, continua.

“O programa é ambicioso e tem como objetivo, num primeiro momento, dar ferramentas a mulheres empreendedoras para que aumentem as suas probabilidades de serem bem sucedidas mas, num segundo momento, de ‘influenciar’ todo o ecossistema a seguir estas boas práticas uma vez que já poderão ter acesso ao ‘impacto positivo’ que o programa irá certamente causar”, diz.

“Desafiamos todo o ecossistema empreendedor a experimentar abrir mais espaço às mulheres e avaliar os resultados. E se ainda não há provas suficientes para os benefícios de uma maior diversidade e inclusão, aí estaremos em condições para podermos discutir o tema com toda a propriedade”, conclui.

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Programa de mentoria da Farfetch destinado a jovens mulheres está de regresso

As inscrições para o "Plug-in Mentoring for Young Women" estão abertas até 9 de abril.

Vem aí a quarta edição do “Plug-in Mentoring for Young Women” da Farfetch. O programa oferece orientação, coaching e mentoria a jovens mulheres que frequentem o Ensino Secundário ou Ensino Superior e que tenham iniciado o seu percurso académico nas áreas de Tecnologia, Engenharia e Matemática. Atualmente, a Farfetch conta com mais de 6.000 colaboradores em todo o mundo, sendo que 50% são mulheres. Contudo, a percentagem de mulheres que trabalham na área das TIC não é tão elevada, roda os 25%.

“É exatamente com o objetivo de aumentarmos a representatividade feminina nas áreas tecnológicas que promovemos iniciativas como o ‘Plug-In Mentoring for Young Women’”, afirma Ana Sousa, VP people lifecycle da empresa, em declarações à ECO Pessoas.

“Ao inscreverem-se, as participantes têm acesso a mentoria personalizada, oportunidades de desenvolvimento e de networking que, possivelmente, só teriam acesso mais tarde nas suas carreiras já formadas. Hoje em dia, são já inúmeros os programas de desenvolvimento e mentoria para mulheres em Portugal, mas sobretudo numa fase já mais avançada de carreira. Há muito poucos — ou nenhuns, arrisco-me a dizer — com a proposta de valor que a Farfetch apresenta”, continua a responsável.

Ana Sousa é VP people lifecycle da Farfetch

Desde 2020, altura em que foi lançado, 14 estudantes já tiveram a oportunidade de participar no programa de nove meses que visa a aceleração do desenvolvimento pessoal e profissional de estudantes, através da experiência e know-how das mentoras da Farfetch. Angélica Rodrigues, trainee mobile engineer – iOS, foi uma delas.

“Quando frequentei o programa tinha 23 anos, e estava a terminar o meu curso de Engenharia Biomédica. Estava a fazer a minha tese de mestrado, juntamente com um estágio. Estava naquela fase de início de carreira, onde começamos a tomar decisões e a dar os primeiros passos na jornada profissional”, recorda.

O “Plug-In Mentoring for Girls” (na altura ainda com este nome) acabou mesmo por determinar o seu percurso profissional. “Este programa trouxe-me onde estou hoje. Sou atualmente uma trainee na Farfetch graças aquilo que aprendi, que me inspirou e que me levou a candidatar-me ao ‘Plug-in Graduates’.”

“Durante o programa pude compartilhar experiências e receber aconselhamento de uma profissional mais experiente na área e com uma visão mais objetiva face a muitas situações. Este programa estimula e apoia as mulheres a enveredar por um percurso em áreas tecnológicas, uma vez que nos demonstra que não estamos sozinhas nesse caminho: existem outras raparigas com o mesmo interesse que nós, e existem mulheres com sucesso nesta área”, explica.

Este programa estimula e apoia as mulheres a enveredar por um percurso em áreas tecnológicas, uma vez que nos demonstra que não estamos sozinhas nesse caminho: existem outras raparigas com o mesmo interesse que nós, e existem mulheres com sucesso nesta área.

Angélica Rodrigues

Trainee mobile engineer - iOS e antiga participante do Plug-In Mentoring for Girls

Durante nove meses, as mentoradas têm reuniões regulares, de forma virtual ou nos escritórios da plataforma de moda de luxo, com as suas mentoras, com o objetivo de lhes ser providenciado apoio e aconselhamento personalizado sobre o seu futuro profissional e objetivos para a sua carreira em construção. Adicionalmente, poderão ter acesso a aconselhamento personalizado sobre construção da sua marca pessoal, networking e preparação para entrevistas de emprego.

De mentorada a trainee

Embora o “Plug-In Mentoring for Young Women”, seja um programa de mentoria e não de estágios, Ana Sousa conta que tem originado candidaturas a estágios na empresa, tal como aconteceu com Angélica Rodrigues. “Tem acontecido — e felizmente — com frequência que, depois de passarem pelo programa, as participantes decidem candidatar-se à Farfetch.”

“Neste momento temos um caso desses, a Angélica, que além de ter participado no ‘Mentoring for Young Women’, entrou também na Farfetch através do nosso programa de estágios e está, neste momento, a trabalhar enquanto trainee na área de engenharia. É algo que nos deixa muito orgulhosos e com a confiança de que estamos a fazer algo muito importante para a carreira destas mulheres”, detalha.

As inscrições para o “Plug-in Mentoring for Young Women”, que terá início em maio, estão abertas até 8 de abril.

Mais informações aqui.

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5 coisas que vão marcar o dia

No Dia da Mulher, Portugal volta aos mercados e os médicos cumprem o primeiro dia de greve. Lá fora, Powell é ouvido em Washington e Guterres volta à Ucrânia para renovar o acordo dos cereais.

Se tem consulta marcada num estabelecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve contar com complicações de agenda por causa do primeiro dia de greve dos médicos. Dia da Mulher é assinalado com várias iniciativas, que vão de almoços com empresários a estatísticas sobre a disparidade salarial.

Portugal emite até 1.000 milhões em Obrigações do Tesouro

A Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública (IGCP) vai realizar esta manhã dois leilões de Obrigações do Tesouro (OT), cujo montante indicativo global se situa entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros, com maturidades a nove e a 12 anos. De acordo com o programa de financiamento divulgado em janeiro, o IGCP, que está agora sob a liderança de Miguel Martin, planeia emitir 19.800 milhões de euros de dívida em Obrigações do Tesouro durante este ano.

Primeiro dia da greve dos médicos

Arranca esta quarta-feira o primeiro de dois dias da greve convocada pela Federação Nacional dos Médicos. A paralisação, que não é acompanhada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), a outra estrutura que, desde abril do ano passado, está a negociar com o Ministério da Saúde a revisão das carreiras, as grelhas salariais e as normas particulares e de organização do trabalho nos serviços, deverá provocar constrangimentos na atividade dos centros de saúde e dos hospitais. Protesto inclui uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, às 15h30, em que vai participar a secretária-geral da CGTP.

Dia da Mulher com almoços a estatísticas

No Dia da Mulher há várias iniciativas programadas para assinalar a data. A CGTP prossegue a Semana da Igualdade “Aumentar os salários, para a vida mudar e a igualdade avançar!” com vários eventos no país. O presidente da CIP, António Saraiva, almoça no Hotel Tivoli Avenida da Liberdade, em Lisboa, com 30 empresárias de várias áreas que “têm em comum o facto de terem êxito e cargos de responsabilidade, num mundo empresarial ainda dominado por homens”. O Eurostat vai divulgar novas estatísticas sobre disparidade salarial entre géneros, empregos com a maior percentagem de mulheres ou mulheres nos parlamentos.

Fed publica relatório e Powell é ouvido em Washington

No dia em que a Reserva Federal (Fed) norte-americana publica o Livro Bege, relatório sobre a situação económica dos EUA publicado oito vezes por ano, e poucas horas depois de Jerome Powell admitir acelerar a subida das taxas de juro – “os dados económicos mais recentes são mais fortes do que o previsto”, o que sugere que “é provável que o nível final das taxas de juro seja mais alto do que o antecipado previamente”, declarou numa comissão do Senado –, o presidente da Fed é ouvido na Câmara dos Representantes, em Washington, a partir das 15h (hora de Lisboa). Esta quarta-feira são também publicados vários indicadores sobre a economia do país, incluindo sobre as ofertas de emprego e a evolução do comércio de mercadorias.

António Guterres em Kiev para renovar acordo de cereais

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, viaja para a Ucrânia para se reunir com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e discutir, entre outras coisas, a continuação do acordo para exportação de cereais através do Mar Negro. O chamado Acordo do Mar Negro, que facilita a saída de cereais ucranianos e outros produtos alimentícios para os mercados internacionais, foi uma das principais iniciativas da ONU no âmbito da guerra e vai expirar a 18 de março, a menos que todas as partes concordem prolongá-lo.

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10 números que ajudam a explicar a desigualdade de género

  • Trabalho
  • 8 Março 2023

Em causa está a desigualdade salarial, a pouca representação das mulheres em cargos de liderança, a necessidade de fomentar o empreendedorismo feminino e de apoiar as mães-trabalhadoras.

Falta mais de um século para que homens e mulheres tenham finalmente direito iguais. As estatísticas e dados sobre o tema ajudam-nos a entender melhor o porquê da necessidade de assinalarmos o Dia Internacional da Mulher.

Em causa está a desigualdade salarial, a pouca representação das mulheres em cargos de liderança, a desigualdade de oportunidades, a necessidade de fomentar o empreendedorismo feminino e de criar mais medidas de apoio às mães-trabalhadoras. A ECO Pessoas reuniu 10 números que ajudam a explicar a desigualdade de género.

https://videos.sapo.pt/9ctZlz2tgicvaM7Nve94

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