Clan está a recrutar mais de 300 profissionais de construção para os Países Baixos

Alemanha também pode ser um possível destino de trabalho, dependendo da experiência e das expectativas dos candidatos.

O Clan está a recrutar mais de 300 profissionais na área da construção para os Países Baixos, para integrarem projetos nas áreas da remodelação de fachadas de edifícios e da montagem de casas modulares. “A Alemanha também pode ser um possível destino, dependendo da experiência e das expectativas dos candidatos”, refere a plataforma digital de recrutamento da Multipessoal.

“Esta parceria com a Ergon Jobs, para integrar três centenas de trabalhadores portugueses no estrangeiro, é mais uma demonstração do interesse crescente no recrutamento de talento nacional e do reconhecimento da qualidade dos nossos profissionais”, refere Eduardo Marques Lopes, diretor de marketing e comunicação da Multipessoal, citado em comunicado.

Montador de janelas, montador de esquadrias e cladder/montador de fachadas de aço, além de carpinteiros, serralheiros ou outras funções relacionadas com o setor da construção são os perfis mais procurados.

Os profissionais, a serem recrutados em parceria com a Ergon Jobs, empresa de recrutamento especializada no setor da construção, serão colocados “por todo o país” e, dependendo da experiência e expectativas dos candidatos, também na Alemanha.

Pretendem “profissionais com cidadania europeia, disponibilidade imediata e experiência na área da construção”, informa a Clan, em comunicado. “Motivação para trabalhar no estrangeiro e proficiência em inglês, holandês ou alemão são outros dos requisitos.”

Salário competitivo”, oportunidade de viverem uma experiência de trabalho internacional são alguns dos benefícios previstos. “Todos os candidatos terão acesso a seguro de saúde, alojamento e apoio nos processos burocráticos para poderem trabalhar nos Países Baixos.”

Os interessados podem candidatar-se aqui.

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Obrigações da SATA cedidas à holding no plano de reestruturação da companhia dos Açores

Obrigacionistas votam em assembleia geral a alteração da emitente das obrigações com taxa fixa de 2,711% e maturidade a dezembro de 2028, num montante global de 65 milhões de euros.

Os titulares das obrigações emitidas pela SATA Air Açores em 2018, num montante total de 65 milhões de euros, à taxa fixa de 2,711% e com data de maturidade a 20 de dezembro de 2028, vão votar esta quarta-feira a alteração da emitente desses títulos, cedendo a posição contratual à acionista única SATA Holding, constituída em janeiro deste ano pelo Governo Regional dos Açores no âmbito do plano de reestruturação da companhia.

Na sequência do plano de auxílio aprovado pela Comissão Europeu em junho do ano passado, envolvendo uma ajuda de Estado de 453,25 milhões de euros e com vista à “melhoria da gestão financeira do grupo, bem como uma redução dos seus custos”, a holding assinou com o Executivo açoriano um contrato de compra e venda de ações e cessão de créditos no qual ficou acordada a assunção da dívida financeira contraída pela SATA Air Açores. E um dos pressupostos por cumprir era a alteração dos termos e condições da emissão “SATA Guaranteed Notes 2028” para substituir o emitente.

Num comunicado enviado à CMVM, a administração do grupo de aviação, agora liderada por Teresa Gonçalves – a 3 de abril substituiu naquelas funções Luís Rodrigues, designado para liderar a TAP Air Portugal –, sublinha que a deliberação dos obrigacionistas, convocados para esta assembleia geral especial, “não se encontra condicionada à aprovação de qualquer outra deliberação extraordinária pelos titulares de quaisquer outros valores mobiliários emitidos pela SATA Air Açores”.

Após tomar posse como presidente do conselho de administração da SATA Holding, Teresa Gonçalves disse estar convicta de que a empresa vai registar um “novo recorde” de receita, face ao aumento da procura em relação a 2022. A nova CEO referiu nessa altura, citada numa nota de imprensa, que tomou a “firme decisão de ficar na companhia, ao lado dos colaboradores e do acionista, neste momento em que se está a implementar o processo de reestruturação do grupo e foi iniciado o processo de concurso público de privatização da SATA Internacional-Azores Airlines”.

Na terça-feira, ouvida no Parlamento regional, a gestora defendeu que se deve exercer “máxima pressão junto do Governo da República para fechar o quanto antes” esse dossiê da privatização e assegurou que não há “engenharia financeira” na empresa e que a inscrição de impostos diferidos como receitas era uma prática no passado e é utilizada por várias companhias europeias. Na Comissão de Economia, contabilizou ainda que as rotas aéreas de serviço público entre os Açores e o continente, asseguradas pela SATA, são “altamente deficitárias”, estimando prejuízos anuais de 12,5 milhões de euros até 2025.

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CM de Figueira de Castelo Rodrigo recebe Prémio Autarquia do Ano

  • BRANDS' ECO
  • 7 Junho 2023

A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo foi premiada na 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, na subcategoria Promoção do Bem-Estar Público.

O município de Figueira de Castelo Rodrigo foi premiado na 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “Dar Visão ao Interior, Dar Visão a Figueira de Castelo Rodrigo”, na categoria de Saúde e Bem-Estar, subcategoria Promoção do Bem-Estar Público.

O projeto “Dar Visão ao Interior, Dar Visão a Figueira de Castelo Rodrigo” oferece, de forma totalmente gratuita, a operação às cataratas a toda a população do concelho que necessite desta intervenção cirúrgica.

Ao todo, mais de uma centena de Figueirenses já usufruíram desta iniciativa, desenvolvida em parceria com a Fundação Álvaro Carvalho e com a The Claude and Sofia Marion Foundation.

De forma a perceber-se em que consiste este projeto e o motivo que levou à sua implementação, a Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo partilha alguns dos passos que marcaram o desenvolvimento deste projeto.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

Esta iniciativa, na continuidade da política de promoção do bem-estar da população nos vários domínios, veio colmatar um problema recorrente, nomeadamente a assistência médica a doentes com doenças crónicas, mais especificamente doenças oftalmológicas – como é o caso das cataratas.

Nesse sentido, foi aprovado, na Reunião de Câmara de dia 4 de novembro de 2021, o protocolo na especialidade de oftalmologia entre o Município de Figueira de Castelo Rodrigo e a Fundação Álvaro Carvalho, que permite a realização de operações gratuitas às cataratas à população.

Posteriormente este protocolo sofreu uma adenda e outra Fundação juntou–se ao projeto – a The Claude and Sofia Marion Foundation. Em termos de implementação, em parceria com a Unidade de Saúde Local, faz-se a triagem dos doentes abrangidos pelo programa que, posteriormente, são encaminhados para a realização de exames, consultas e operações necessárias nas clínicas parceiras.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo apresenta uma população envelhecida e com mais de um 1/3 dos residentes sem médico de família, o que dificulta o diagnóstico atempado de qualquer doença e, devido à ausência de respostas rápidas nos cuidados de saúde, existe já no concelho o Cartão de Saúde Municipal, que complementa o Serviço Nacional de Saúde, providenciando cuidados de saúde gratuitos ao utente – consultas médicas, consultas de especialidade, meios complementares de diagnóstico e transporte gratuito a clínicas não sediadas no concelho.

O Serviço Nacional de Saúde em geral, e nesta região, o Hospital da Guarda, não consegue dar resposta atempada aos cidadãos que necessitam de cuidados oftalmológicos, sendo os tempos de espera neste Hospital de referência de mais de um ano de espera para consulta e para operação às cataratas. Foi neste âmbito que foi criada esta iniciativa.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A aposta do município de Figueira de Castelo Rodrigo na área da Saúde é muito forte devido ao que foi elencado na questão anterior, por isso era pertinente que escolhêssemos esta categoria de saúde e bem-estar.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão, junto da sua comunidade?

Melhoria da qualidade de vida e bem-estar de todos (as) pacientes que beneficiaram desta iniciativa.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2023?

É uma relação de continuidade, uma vez que o Município se propõe a continuar projeto indefinidamente.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

Esta nova iniciativa municipal leva o projeto do Cartão de Saúde mais além, pois, em estreita colaboração com o Centro de Saúde Local, que faz a triagem dos doentes, tem vindo a obter resultados extremamente positivos, dando uma melhor qualidade de vida no dia-a-dia dos munícipes que têm problemas de visão.

Trazer igualdade social no acesso a cuidados de saúde mais específicos à população Figueirense é também uma ambição deste projeto.

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Do total de promoções na Abreu, 58% são mulheres

A Abreu Advogados acaba de divulgar o que chama de "Comunicação de Progresso", uma publicação anual que contempla os principais indicadores e as atividades desenvolvidas em 2022 na área de ESG.

A Abreu Advogados acaba de divulgar o que chama de “Comunicação de Progresso”, uma publicação anual que contempla os principais indicadores e as atividades desenvolvidas em 2022 no campo ambiental, social e governance (ESG). O relatório concluiu que a Abreu realizou 3186 horas de trabalho pro bono e registou que 58% das promoções dentro da sociedade foram mulheres.

Esta iniciativa por parte da sociedade pretende complementar o trabalho já realizado no Relatório de Sustentabilidade, que é apresentado bianualmente “e que dita todas as inovação da Abreu no desenvolvimento em áreas que contribuem para um mundo melhor, mais equilibrado e justo para todos”, segundo comunicado do escritório.

“Na Abreu Advogados, sempre entendemos a sustentabilidade como uma necessidade presente e futura, que é estruturante da forma como encaramos a advocacia e como exercemos a nossa atividade. No ano em que celebramos o nosso 30º aniversário e olhando para o caminho que temos feito, orgulhamo-nos de ser uma sociedade de advogados com uma ação pioneira, contínua e sustentada a este nível, tendo desenvolvido e apoiado iniciativas e dinâmicas que contribuem, cada vez mais, para o desenvolvimento de um mundo melhor”, refere Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu, em entrevista ao ECO/Advocatus - 21SET21

Recorde-se que a Abreu Advogados foi a primeira sociedade de advogados em Portugal a apresentar um relatório de sustentabilidade em 2009, segundo fonte oficial do escritório.

A propósito desta Comunicação a Inês Sequeira Mendes refere ainda que “estamos empenhados em trabalhar para fazer a diferença, assumindo a nossa parte no combate às alterações climáticas, e na promoção da igualdade, diversidade e inclusão na sociedade. A certificação como empresa B Corp, a associação à Meta Nacional para a Igualdade de Género e iniciativas como a Abreu Sustainability School ou o Legal Up são exemplos claros do papel que assumimos na comunidade. Não desistimos de agir nem de pensar sobre estas questões com o sentido de urgência e de responsabilidade que elas motivam. Numa altura em que enfrentamos crescentes desafios ambientais e de desenvolvimento social, a atuação de todos será fundamental para uma sociedade mais comprometida com o futuro que queremos colocar em prática. Cada minuto conta.”

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Florestas vão ter apoio europeu de 425 milhões. Candidaturas abrem em 2024

O ministro do Ambiente avançou ainda que conta que o diploma do mercado de carbono seja publicado “ainda este verão, na sua versão final”.

O Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) para Portugal inclui 274,5 milhões de euros para apoiar o investimento na produção florestal e 150,7 milhões para outras áreas da cadeia de valor, como a transformação de produtos agrícolas e florestais. O setor das florestas vai assim poder contar com um apoio de verbas comunitárias de 425 milhões de euros, avançou o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, na audição regimental esta quarta-feira no Parlamento.

No segundo semestre deste ano será iniciada a regulamentação das intervenções de investimento florestal, prevendo-se de seguida o lançamento de avisos para candidaturas, a partir do início de 2024. Outra novidade prevista no PEPAC é a possibilidade de se concederem prémios anuais a ações de manutenção e gestão florestal ativa durante 20 anos para os povoamentos constituídos por folhosas, e por um período de 15 anos para as restantes espécies.

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas terá um papel reforçado, segundo o mesmo plano, na análise e acompanhamento dos projetos de investimento, passando este instituto a ser parte da Comissão de Gestão.

Já no que diz respeito ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) estão abertos três avisos a medidas de apoio ao investimento, no valor de 40 milhões de euros, para instalação e manutenção de áreas de mosaicos de parcelas de gestão de combustíveis, e ainda este mês está prevista a abertura de novos avisos na componente de transformação, resiliência ambiental e recursos cinegéticos, “num montante superior a 20 milhões de euros, o que perfaz mais de 60 milhões de euros”, indicou o ministro.

Já em resposta aos deputados, o ministro acrescentou que o Governo está a estudar a criação de um regulador para a floresta portuguesa. Na mesma ocasião, o secretário de Estado da Conservação da Natureza, João Paulo Catarino, afirmou que o Governo está a avaliar a possibilidade de que o licenciamento de novas fábricas de “pellets” estejam dependentes da avaliação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Mercado de carbono é para o verão

O ministro adiantou ainda que, no que diz respeito ao mercado de carbono, a consulta pública foi realizada e “registou uma forte adesão com uma participação alargada, resultando em mais de 70 contributos com alguma densidade de conteúdo” pelo que o Governo irá ponderar o “melhoramento do diploma”. Cordeiro afirma que, deste modo, conta que o diploma seja publicado “ainda este verão, na sua versão final”.

Plano de eficiência hídrica para o Alentejo a caminho

Já no que diz respeito à água, o ministro enumerou aquelas que foram identificadas como sendo as cinco regiões críticas, ou seja, com maior escassez. São elas o Algarve, o litoral Alentejano, o Tejo e as regiões do Oeste, Viseu e zona envolvente e Trás-os-Montes. “São estas as regiões que nós queremos ter plano de eficiência hídrica”, afirmou.

No Algarve já existe um plano de eficiência hídrica e o respeitante ao Alentejo “está praticamente concluído” e será publicado em breve, assegurou.

Em paralelo, questionado sobre projetos de dessalinizadoras, o ministro defendeu que “não podemos ir para investimentos de grandes dimensões, que vão custar aos contribuintes ou a quem paga a água, sem termos a certeza que fizemos um esforço grande para reduzir as perdas de água”, assegurando que todos os projetos têm esta dimensão em conta.

PAra já, indica que “está em curso” o projeto da dessalinizadora no Algarve, mas que o Governo está a trabalhar em mais duas, uma na zona de Sines e outra em Mira.

Quanto à primeira, a Águas de Portugal está a fazer o levantamento das necessidades de água dos setores industriais, para eventualmente se fazer uma nova dessalinizadora, “por exemplo para a produção de hidrogénio”. A segunda, já tem grupo de trabalho criado, com privados, os regantes do Mira, “que querem fazer investimento para uma dessalinizadora de uso privativo”.

O Governo está a trabalhar com este grupo, a Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto de Conservação das Florestas para encontrar localizações. Há “ganhos dos dois lados”, sublinha. Do lado dos privados a previsibilidade, para “todos os restantes” a maior disponibilidade da barragem de Santa Clara, cujos consumos são libertados pelos privados.

(Notícia atualizada às 14h45 com mais informação)

 

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Comissão Europeia equaciona forçar exclusão da Huawei das redes 5G

Ramo executivo da União Europeia está preocupado com a baixa adoção das recomendações sobre fornecedores de "alto risco" nas partes críticas das redes 5G e admite tornar as medidas obrigatórias.

A Comissão Europeia pode vir a obrigar os Estados-membros a proibirem o recurso a fornecedores de alto risco no desenvolvimento das redes 5G.

O Financial Times noticia esta quarta-feira que a medida esta a ser analisada porque só um terço dos países da União Europeia (UE) já impediu o uso de tecnologia de marcas como a Huawei das partes mais críticas das redes. O jornal britânico cita “responsáveis com conhecimento das discussões” em curso.

A Huawei é um fornecedor chinês de tecnologia que os EUA acreditam ser um veículo de espionagem ao serviço de Pequim. Acusações que também têm tido eco na Europa, mas que a empresa sempre negou com veemência.

Em 2020, a UE acordou um conjunto de recomendações, a que chamou “5G Toolbox”, no sentido da exclusão de fabricantes considerados de “alto risco” do núcleo das redes 5G. No final de maio, o Estado português tornou pública uma deliberação que, na prática, conduz à exclusão de fabricantes como a Huawei do núcleo do 5G e das partes periféricas das redes, apanhando o setor de surpresa.

Ainda assim, a notícia do Financial Times refere ser “improvável” que a Comissão force os Estados-membros a tomarem medidas durante o seu atual mandato, que termina na reta final de 2024.

O ECO tem vindo a questionar a Comissão Europeia sobre os fornecedores de “alto risco” nas redes 5G e a recente decisão portuguesa. Ainda não obteve qualquer resposta.

Depois de conhecida a deliberação de Portugal, emitida por um organismo integrado no Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, a vice-presidente da Comissão Europeia Margrethe Vestager elogiou o país no Twitter. “Felicito o conselho de cibersegurança de Portugal pela decisão ponderada de implementar a Toolbox de segurança do 5G da UE. As ameaças não têm lugar e não impedirão a Europa de tomar medidas legítimas para proteger as suas infraestruturas críticas”, escreveu na rede social.

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Taxas Euribor descem a três meses e sobem a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

As taxas Euribor desceram hoje a três meses e subiram a seis e a 12 meses, face a terça-feira.

As taxas Euribor desceram esta quarta a três meses e subiram a seis e a 12 meses, face a terça-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 3,923%, mais 0,009 pontos do que na terça-feira, depois de ter aumentado em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 3,733%, menos 0,018 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado também em 29 de maio. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,459%, menos 0,17 pontos, face a terça-feira. No dia 05 de junho deste ano, a taxa Euribor bateu um novo máximo desde novembro de 2008 ao ser fixada em 3,493%. A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras devido ao acréscimo da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 04 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Oitante com lucro recorde de 63,8 milhões e dá metade ao Fundo de Resolução

Veículo que gere ativos tóxicos do Banif quase triplicou resultados no ano passado, atingindo lucros recorde de 63,8 milhões, dos quais 32 milhões vão para os bolsos do acionista Fundo de Resolução.

A Oitante quase triplicou os lucros no ano passando, atingindo um resultado recorde de 63,8 milhões de euros, graças sobretudo à venda dos fundos da ECS — o maior negócio imobiliário realizado em Portugal em 2022. Com isto, o veículo que gere ativos tóxicos que eram do Banif vai entregar ao Fundo de Resolução 32 milhões de euros em dividendos.

De acordo com o comunicado da entidade liderada por Manuel Artiaga Barbosa, os resultados “foram suportados pelo crescimento dos proveitos e pelo controlo dos custos operacionais e financeiros”, o que permitiu que o capital próprio tenha crescido quase 50% para 199 milhões de euros, que compara com os 50 mil euros quando iniciou atividade em dezembro de 2015, quando o Banif foi resolvido e vendido ao Santander.

A venda de ativos imobiliários rendeu 74 milhões de euros, dos quais 50,4 milhões são relativos a ativos diretamente detidos pela Oitante. Outros 8,6 milhões de euros em ativos pertenciam à Banif Imobiliária e 14,9 milhões a fundos imobiliários.

Por outro lado, a carteira de crédito problemático registou uma redução de 27,9 milhões de euros, sendo que a diminuição da exposição permitiu “encaixar recebimentos na ordem dos 19,6 milhões”. E isto enquanto a redução do peso das participações em ativos financeiros através da venda e reduções de capital gerou um ganho de 44,7 milhões.

A Oitante fala em “realização eficiente” da sua atividade que permitiu fechar 2022 com um saldo de liquidez de 79 milhões de euros.

“A Oitante continuará determinada e manterá o seu propósito na execução da estratégia preconizada, assente no desinvestimento dos ativos recebidos, com o claro objetivo de continuar a criar valor para o acionista”, acrescenta a entidade que já teve lucros de 210 milhões de euros desde 2015.

Oitante lucra 210 milhões desde 2015

Fonte: Oitante

FdR ainda perde 489 milhões com resolução do Banif

Desde a resolução do Banif, há quase oito anos, a Oitante já liquidou toda a dívida que tinha perante o Santander, que atingiu os 750 milhões de euros, algo que também foi sinalizado pelo Fundo de Resolução num comunicado separado.

Em relação aos dividendos, a Oitante pagou 15 milhões em 2021, absteve-se no ano passado devido à crise pandémica e agora passa um cheque de 32 milhões que já foi aprovado na assembleia geral realizada no dia 5.

O fundo liderado por Máximo dos Santos adianta que os valores obtidos e a obter pela sua participação de 100% no capital da Oitante “contribuirão para a redução dos prejuízos de 489 milhões de euros suportados por este fundo na resolução do Banif e serão utilizados no reembolso da dívida do próprio Fundo de Resolução, nomeadamente perante o Estado”.

(Notícia atualizada às 11h12)

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Mecanismo Nacional Anticorrupção já está instalado a 100%, com orçamento de 2,1 milhões

O Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) — que tem como função fiscalizar e criar mecanismos para evitar a corrupção — começa esta quarta-feira a funcionar em definitivo.

O Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) — que tem como função fiscalizar e criar mecanismos para evitar a corrupção — começa esta quarta-feira a funcionar em definitivo, com uma dotação orçamental de 2,1 milhões de euros.

A portaria, assinada pelos Ministros da Justiça e das Finanças, que declara a instalação definitiva do Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) foi publicada esta quarta-feira em Diário da República, com efeitos imediatos.

“Conclui-se assim o processo de instalação desta entidade, que se iniciou com a publicação da Portaria n.º 164/2022, de 23 de junho, com vista à criação das condições materiais necessárias ao início da sua atividade e à sua entrada em funcionamento, prosseguiu com a publicação da Portaria n.º 292-A/2022, de 9 de dezembro, que fixa o respetivo mapa de pessoal de apoio técnico e administrativo, e termina agora com o referido diploma, que declara a instalação definitiva”, segundo fonte oficial do Ministério da Justiça.

O MENAC substituiu o Conselho de Prevenção da Corrupção, que funcionava junto do Tribunal de Contas e faz parte do pacote anti-corrupção aprovado em 2021, ainda era Francisca Van Dunem a ministra da Justiça. A ideia é que apoie a criação e desenvolvimento de políticas anticorrupção e que reúna e trate de informação fiável sobre a corrupção.

“Em menos de um ano, foi possível regular a instalação e concretizá-la. A entidade independente já tem um Presidente (indicado pelo Presidente do Tribunal de Contas e pela Procuradora-Geral da República), um Vice-Presidente e constituiu os seus órgãos, estando agora criadas todas as condições para a sua instalação definitiva e funcionamento pleno”, explicou ainda o gabinete de Catarina Sarmento e Castro.

A luta contra a corrupção tem ocupado um lugar de destaque na lista de compromissos assumidos pelo programa de Governo, mas já vinha do anterior Executivo. Uma das medidas é a obrigatoriedade das empresas com mais de 50 colaboradores terem canais de denúncia para reportarem comportamentos suspeitos dos colegas de trabalho.

Assim, torna-se vinculativo a adoção por todas as entidades públicas e privadas com mais de 50 trabalhadores de um programa de compliance, que inclua “a elaboração de um plano de prevenção da corrupção, a aprovação de um código de conduta, a disponibilização de um canal de denúncia, a realização de um programa de formação, a designação de um responsável independente pelo cumprimento normativo e a aplicação de sanções para o respetivo incumprimento”.

Para fiscalizar esta e outras medidas foi criado este MENAC, assumido como “uma prioridade” por Catarina Sarmento e Castro que reiterou o compromisso do Governo no combate à criminalidade económico-financeira com a criação desta “entidade independente que será dotada dos meios necessários para exercer as funções de iniciativa, controlo e sanção”, disse.

António Pires Henriques da Graça foi o escolhido, em junho, para o cargo de presidente do MENAC, sob proposta conjunta do Presidente do Tribunal de Contas e da Procuradora-Geral da República. Nomeado para o Supremo Tribunal de Justiça a 12 de fevereiro de 2007, nasceu em 1952, em Salavessa (Montalvão, distrito de Portalegre). Pires da Graça foi o juiz conselheiro que acompanhou no Supremo Tribunal de Justiça o inquérito do processo “Operação Lex” que envolve suspeitas de corrupção e outros crimes alegadamente cometidos por juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa, incluindo Rui Rangel e Vaz das Neves.

António Pires Henriques da Graça tem 70 anos e fez toda a sua carreira na magistratura. Jubilou-se em março do ano passado por ter atingido o limite de idade.

“O MENAC é uma entidade administrativa independente, com personalidade jurídica de direito público e poderes de autoridade, dotada de autonomia administrativa e financeira, criada no quadro da Estratégia Nacional Anticorrupção (ENAC), com a missão de promover a transparência e a integridade na ação pública e de garantir a efetividade de políticas de prevenção da corrupção e de infrações conexas. Para 2023, o MENAC dispõe de uma dotação orçamental superior a 2 milhões de euros”, concluiu ainda o Governo.

Quais são, em concreto, as funções do MENAC?

  • Desenvolver os programas e iniciativas no caminho de uma cultura de integridade e transparência, abrangendo todas as áreas da gestão pública e todos os níveis de ensino;
  • O MENAC tem por missão a promoção da transparência e da integridade na ação pública e a garantia da efetividade de políticas de prevenção da corrupção;
  • Promover, controlar e fiscalizar a implementação do Regime Geral de Proteção de Denunciantes;
  • Elaborar o relatório anual anticorrupção;
  • Instaurar, instruir e decidir processos relativos à prática de contraordenações previstas no Regime Geral de Proteção de Denunciantes e no Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações e aplicar as respetivas coimas;
  • Receber e analisar as denúncias efetuadas por canais externos previstas no Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações, nos casos em que não exista autoridade competente para conhecer das mesmas ou, existindo, tal denúncia vise essa mesma autoridade.

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Bancos espanhóis abrandam subida dos juros dos depósitos em abril e aumentam fosso com a Zona Euro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Junho 2023

Em abril, a banca espanhola pagou uma média de 1,33% de juros às famílias pelos depósitos a um ano, 40% abaixo da média na Zona Euro.

Espanha é o quinto país da Zona Euro onde a banca paga menos juros pelos depósitos das famílias. Pior só na Grécia, Portugal, Eslovénia e Chipre. De acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE) relativos a abril, citados pelo Cinco Días, os bancos espanhóis pagaram em média uma taxa de 1,33% às famílias pelas poupanças com prazo até 12 meses, muito abaixo da média registada na Zona Euro (2,27%).

Espanha faz parte do grupo de cinco países da moeda única onde os juros dos depósitos das famílias caíram no quarto mês do ano (está no grupo da Letónia, Croácia, Eslovénia e Chipre).

Este abrandamento deve-se ao aumento acentuado do custo dos passivos da banca espanhola. Por exemplo, em março, aumentou consideravelmente em relação a fevereiro, quando remunerava, em média, 0,76%. O mesmo aconteceu em janeiro, quando pagou apenas uma média de 0,37%. Mas esta aceleração não significa que a convergência com a média europeia tenha sido alcançada: ainda está 40% abaixo.

Quanto aos juros dos depósitos das empresas, os bancos espanhóis pagaram, em média, uma taxa de 2,6% em abril, valor mais próximo dos 2,79% de média na Zona Euro. Em Portugal, a taxa média foi de 2,33% em abril, subindo pelo terceiro mês seguido. Esta taxa tinha sido de 1,05% em janeiro, 1,50% em fevereiro e 1,98% em março. Também no caso nacional as remunerações para as empresas são mais atrativas do que para as famílias.

Nos últimos meses, o Governo e as instituições europeias apelaram a que se pagasse mais pelos depósitos, embora os bancos continuem concentrados na venda de fundos de investimento. O Banco de Espanha foi a mais recente entidade a criticar esta política, vendo duas razões principais para este atraso: o excesso de liquidez e a falta de concorrência.

Em Portugal a pressão para a subida das remunerações dos depósitos é idêntica, tendo em conta a subida das taxas de juro. Uma pressão que subiu de tom depois de o Executivo ter decidido rever em baixa as condições oferecidas pelos Certificados de Aforro, ao substituir a série E pela F, que no máximo dará um juro líquido aos aforradores de 2,37%, de acordo com as contas do ECO. A decisão é vista pelos partidos da oposição como uma cedência à banca. O Presidente da República opta por dizer que a mudança nos Certificados de Aforro é um “apelo implícito à banca”.

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Escolas de gestão nacionais no top mundial. E agora?

  • Trabalho
  • 7 Junho 2023

As escolas de gestão nacionais estão entre as melhores do mundo, segundo o FT. Como chegamos aqui? O ECO e o Trabalho by ECO convidaram os deans da NOVA SBE, Católica-Lisbon e ISEG ao debate.

As escolas de gestão portuguesas estão entre as melhores do mundo, segundo o Financial Times. Como chegamos aqui?

E, depois de se atingir o top 50 que salto qualitativo tem de ser dado para melhorar o desempenho das escolas nacionais perante a concorrência internacional? Que modelos educativos estão a afirmar-se e que papel o digital joga em tudo isso? De que modo o país pode ser promovido como destino educativo para talento internacional? Poderão as escolas ser um gancho para reter no país o talento que Portugal tanto precisa?

Estes são alguns dos temas que irão ser debatidos no dia 14 de junho e que conta com a participação de Filipe Santos, dean da Católica-Lisbon, João Duque, dean do ISEG, e Pedro Oliveira, dean da NOVA SBE, com moderação de Ana Marcela, diretora executiva do Trabalho by ECO.

O debate decorre no auditório da redação do ECO em Lisboa e será mais tarde transmitido no site e redes sociais do ECO e do Trabalho by ECO.

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Espanhola Montepino começa a negociar na Euronext Access Paris

  • Ana Petronilho
  • 7 Junho 2023

Em Portugal, a Montepino está a construir em Castanheira do Ribatejo a maior plataforma de logística no país para a Leroy Merlin. Terrenos foram comprados ao Novobanco por 150 milhões.

A espanhola Montepino estreou em bolsa com a entrada esta terça-feira na Euronext Access Paris, anunciou a empresa que tem um portefólio de imóveis de logística avaliado em 1.209 milhões de euros. O conselho de administração da Montepino fixou um preço inicial de cotação de 11,07 euros para cada ação da empresa.

Promovida pela Valfondo Investment Management e pelo Bankinter Investment SGEIC, a Montepino é uma das maiores proprietárias de logística em Espanha, conta atualmente com mais de 1.800 acionistas.

Em Portugal, a Montepino está a construir em Castanheira do Ribatejo a maior plataforma de logística no país para Leroy Merlin, a multinacional francesa de bricolage, de materiais para construção e jardinagem, que dali fará o centro de distribuição de materiais a nível nacional.

Os terrenos da plataforma logística eram propriedade do Novobanco e foram comprados pela Montepino, em outubro de 2022, por cerca de 150 milhões de euros, avançou à data o Jornal de Negócios. As obras vão arrancar em janeiro e o imóvel deverá entrar em funcionamento em novembro de 2024.

Este projeto que é o maior investimento em logística da década em Portugal, marcou a entrada da Montepino no país que, também pela primeira vez, investiu fora de Espanha.

De acordo com o EjePrime, com o IPO a empresa procura liquidez. Mas esta também é uma estratégia para a empresa se afirmar no mercado de capitais, tendo como ambição ser uma das principais plataformas de logística a nível europeu.

O jornal espanhol escreve ainda que a Montepino tem uma carteira de 1,86 milhões de metros quadrados de superfície em diferentes fases de desenvolvimento que estão distribuídos por um portfólio de 46 ativos logísticos. Destes, quase metade correspondem a armazéns arrendados (21), enquanto os restantes são terrenos para promoção e promoção futura (16) e edifícios em construção (9).

Do total de área do portfólio da Montepino, 39,6% está em operação e todos os imóveis estão ocupados; há ainda 27,5% de área em construção e os restantes 32,8% são terrenos para desenvolvimento de projetos a médio e longo prazo.

No ano passado a Montepino registou receitas de 26,1 milhões subindo 88% face a 2021. O resultado líquido foi de 32,6 milhões de euros.

A Montepino é uma empresa familiar fundada em 2002 pela família Vera. Em maio de 2021, o Bankinter comprou a logística imobiliária numa operação avaliada em 1.200 milhões de euros. Os atuais acionistas da empresa são o Bankinter Investment com uma participação de 6,4%, a Valfondo Inmuebles com 5,1%, a Catalana Occidente (6,3%) e os clientes do Bankinter, que têm uma participação de 82,15%.

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