Aveiro precisa de mais habitação a custos controlados para fixar mão-de-obra

Falta de habitação a custos controlados, escassez de mão-de-obra e formação técnica são os maiores desafios na região de Aveiro, que vale 7,2% das exportações portuguesas de mercadorias.

“O grande desafio da indústria portuguesa e o nosso maior drama — e não é só da minha empresa — é fixar mão-de-obra fabril e formar. E a grande dificuldade não é tanto contratá-los, mas retê-los, pois há um problema gravíssimo de [falta de] habitação a custos controlados que está a afetar a capacidade de fixarmos essas pessoas“. Foi desta forma que Miguel Casal, fundador da Grestel, chamou a atenção para o impacto negativo que o acesso ao mercado residencial está a ter no tecido empresarial aveirense.

A escassez de mão-de-obra, a dificuldade em reter talento e ter pessoas com mais competências foram alertas deixados na conferência ECO Local/Novobanco realizada em Aveiro, repetindo os problemas transversais detetados noutros locais por onde este debate já passou, como Guimarães, Viseu, Faro e Leiria.

A região de Aveiro não é exceção, apesar de representar cerca de 3,6% do PIB nacional, ou seja, cerca 7,75 mil milhões de euros, e a indústria ter um peso superior à média nacional, como destacou o administrador do Novobanco, Luís Ribeiro, num debate moderado pelo diretor do ECO, António Costa. Esta iniciativa está a percorrer o país para analisar a realidade económica e os novos desafios regionais, estando o próximo encontro agendado para dia 16 de junho, no Porto.

Luís Ribeiro, administrador do Novobanco

No caso de Aveiro, Luís Ribeiro apontou a necessidade de haver “capital humano e conseguir atrair competências e pessoas para o desenvolvimento da região, investimento e produtividade“. Só que existe um entrave à fixação das pessoas e, por consequência, ao desenvolvimento da economia local, que é o difícil acesso ao mercado residencial a custos controlados, segundo os empresários presentes neste debate.

“Queremos continuar a ter indústria competitiva na região. Se não resolvermos o problema da habitação, isto vai ser uma bola de neve”, alertou o fundador da Grestel — recentemente distinguida com o Prémio Inovação em Prevenção. Um problema corroborado por Artur Varum, presidente da construtora Civilria, que retomou um projeto imobiliário de 100 milhões no Nó de Francos, no Porto.

Artur Varum, presidente da Civilria

“Não havendo habitação, temos mais dificuldade em captar pessoas, pois não têm onde se instalar”, argumentou o empresário, defendendo menos burocracia nos processos de licenciamento. “Poderia haver mais oferta de habitação se houvesse um sistema de licenciamento ágil. Há muitas exigências que não fazem sentido e a legislação é complexa”, relatou o empresário aveirense.

Poderia haver mais oferta de habitação se houvesse um sistema de licenciamento ágil. Há muitas exigências que não fazem sentido e a legislação é complexa.

Artur Varum

Presidente da Civilria

Miguel Casal vai mais longe no rol dos entraves ao desenvolvimento do tecido empresarial. “Além da energia, da inflação e dos custos, o grande problema da indústria tradicional é a mão-de-obra. Depois, temos a concorrência de muitas multinacionais, o que está a inflacionar o custo da mão-de-obra; vêm buscar-nos os técnicos médios e isto é um problema grave”, lamentou.

Formação de técnicos é desafio no futuro

Para fundador da Grestel, a “formação de técnicos médios, como eletricistas, vai ser o grande o desafio da indústria no futuro, pois nos dias de hoje não há tanta apetência para trabalhar num ambiente industrial”. Precisamente para não se ver a braços com esse obstáculo, o empresário está a criar uma academia de formação tecnológica. “Tentamos reter as pessoas, dando formação. Por isso, estamos em processo de criação de uma academia e a criar uma bolsa de formadores”, anunciou Miguel Casal.

Miguel Casal, fundador da Grestel

Ainda assim, o empresário admitiu que é preciso ser uma empresa de dimensão, com escala, para conseguir ter uma academia de formação. “Somos uma indústria tradicional, com mil colaboradores. Crescemos a partir de uma pequena unidade e o drive do nosso crescimento no início foi o mercado americano, quando começámos a exportar”, recordou. O empresário lembrou o arranque com clientes de private label, a que se seguiu o lançamento da própria marca, a Costa Nova, que já representa 50% do volume de negócios.

Em 2017, a Grestel comprou uma empresa nos Estados Unidos da América (EUA), onde mantém a operação de distribuição. “Neste momento, o mercado das marcas representa 54% das vendas e o mercado americano representa cerca de 50% do volume total de negócios”, divulgou o empresário. E destacou a relação com a academia. “A proximidade à Universidade de Aveiro tem sido muito potenciador do nosso sucesso e da fixação de quadros médios e superiores”, sublinhou.

Formar técnicos médios, como eletricista, vai ser o grande o desafio da indústria no futuro, pois nos dias de hoje não há tanta apetência para trabalhar num ambiente industrial.

Miguel Casal

Fundador da Grestel

O administrador do Novobanco referiu, por seu lado, que as empresas têm desafios e oportunidades em mãos. “Estamos numa fase de transição de programas comunitários e é importante as empresas aproveitarem os programas de financiamento que existem”, sustentou. “Estamos no fim do Portugal 2020 — aqui na região foram 4.000 projetos apoiados com o Portugal 2020“, notou.

Luís Ribeiro destacou, por isso, “o desafio de haver uma economia mais sustentável e da digitalização, e de tornar o modelo de negócios mais sustentável”.

Estamos numa fase de transição de programas comunitários e é importante as empresas aproveitarem os programas de financiamento que existem.

Luís Ribeiro

Administrador do Novobanco

Aveiro aposta no turismo cultural

José Pina, assessor cultural do autarca Ribau Esteves, destacou o potencial da cultura na dinamização económica de Aveiro e, por arrasto, o turismo cultural, sobretudo quando a cidade vai ser a Capital Portuguesa da Cultura, em 2024. “Vamos ter um ano marcante, em 2024, não só pela notoriedade que vai trazer ao território de Aveiro, mas também pelo investimento em recursos”. Aliás, reforçou, “Aveiro tem todas as condições para ser uma referência no país de turismo cultural de qualidade e esperamos que o evento seja uma alavancagem para futuro”.

Segundo os dados transmitidos pelo administrador do Novobanco, 65% dos turistas da região de Aveiro são portugueses, 15% são espanhóis e 4% são franceses.

José Pina criticou ainda a falta de investimento na cultura, lamentando que “as políticas públicas, na área do investimento, não olham para a cultura com uma prioridade, mas como um apêndice para se poder chegar a algo mais“. Ainda assim, Aveiro vai ter um “significativo investimento” na cultura. “A dimensão financeira e programática da Capital da Cultura será divulgada em setembro”, referiu.

 

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Porto e Gaia unidos para agarrar Capital Mundial do Desporto em 2027

Porto e Gaia apresentam candidatura conjunta a Capital Mundial do Desporto em 2027. Têm um longo historial neste campo e já apoiam 20 mil atletas federados.

Ser palco de eventos desportivos de projeção internacional e ter políticas de incentivo à prática desportiva, uma vasta rede de equipamentos, variados programas de desenvolvimento desportivo, assim como apoiar mais de 20 mil atletas federados como mote de coesão territorial, inclusão e educação para a cidadania. Estes são motivos mais do que suficientes para as câmaras municipais do Porto e de Vila Nova de Gaia apresentarem uma candidatura conjunta a Capital Mundial do Desporto em 2027 à Associação de Capitais e Cidades Europeias do Desporto (ACES Europa).

A cidade eleita para Capital Mundial do Desporto 2023 foi Konya, na Turquia, e no ano de 2024 será Sofia, na Bulgária. Agora, Porto e Vila Nova de Gaia — lideradas pelo independente Rui Moreira e pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues, respetivamente — candidatam-se “com a ambição de promover um programa completo e inovador“, lê-se no comunicado conjunto dos dois municípios.

As duas câmaras argumentam que, nos últimos anos, somaram experiência e conhecimento da organização de grandes eventos. Tiram da manga terem servido de cenário para eventos desportivos de projeção internacional, com a realização de provas como a Red Bull Air Race World Championship — mais de 850 mil espetadores –, o Campeonato do Mundo de F1 em Motonáutica, o WRC Rally de Portugal – Porto Super Special Stage — 80 mil pessoas a assistir. Além da final four da Liga das Nações, da final da Liga dos Campeões, dos torneios internacionais de andebol, como o Campeonato Europeu de Andebol de sub-20.

Os municípios enumeram mais eventos como a Volta a Portugal, o WTT Youth Star Contender 2022 – Torneio Internacional de Ténis de Mesa, o Longboard Pro Gaia by WSL – World Surf League, o Campeonato Europeu de Laser, o Campeonato do Mundo de Vela (Finn Gold Cup), a Douro Bridges – Porto & Gaia Open Water, a Extreme XL de Enduro, a etapa internacional da Liga Pro Skate e a competição The World Battle – World Series de breaking, entre outros.

Entre as diversas razões que os levam a candidatar-se, as autarquias elencam ainda “a importante rede de equipamentos desportivos”, capazes de acolher competições e eventos desportivos, como pavilhões, piscinas, complexos desportivos, estádios, centros de alto rendimento, unidades de apoio ao alto rendimento nas escolas, ciclovias, parque urbanos e espaços verdes, campos de golfe.

Os municípios apontam ainda como trunfos nesta parceria a valorização do desporto de formação e o investimento na capacitação de crianças e jovens, além da promoção da atividade física em todos os escalões etários.

“Nestes dois municípios, a coesão territorial, a inclusão, a educação para a cidadania e a criação de políticas de sustentabilidade estão intimamente ligadas com a promoção do desporto na sua mais ampla aceção”, refere a mesma nota. “O associativismo desportivo é forte e preponderante, sendo um parceiro relevante que apoiam de forma permanente”, justificam as duas câmaras a decisão de unirem esforço neste desígnio.

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Bruxelas propõe orçamento de 189,3 mil milhões para UE em 2024. E mais 113 mil milhões para o PRR

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

Maior fatia do orçamento anual da UE é para a Política Agrícola Comum, responsável por 53,8 mil milhões de euros em autorizações, à qual serão acrescentados 1,1 mil milhões para as pescas.

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira um orçamento da União Europeia (UE) de 189,3 mil milhões de euros para 2024, prevendo mais 113 mil milhões de euros referentes a subvenções do Fundo de Recuperação, que financia planos nacionais (PRR).

“A Comissão propôs um orçamento anual da UE de 189,3 mil milhões de euros para 2024”, que “será complementado por um montante estimado de 113 mil milhões de euros em pagamentos de subvenções ao abrigo do Fundo de Recuperação, o instrumento de recuperação pós-pandemia da UE”, anuncia o executivo comunitário em informação hoje enviada à imprensa.

De acordo com Bruxelas, este “potencial combinado”, do orçamento anual e do mecanismo que financia os planos nacionais de recuperação e resiliência (PRR), “continuará a impulsionar a recuperação económica em curso na Europa e a criar emprego, reforçando simultaneamente a autonomia estratégica”.

Para 2023, o orçamento anual (contando com autorizações totais) foi de 186,6 mil milhões de euros.

A instituição aborda também o peso da guerra da Ucrânia nas finanças comunitárias, indicando que, “na sequência da guerra de agressão da Rússia contra o país, o orçamento da UE foi totalmente mobilizado para apoiar a Ucrânia e os Estados-membros que acolhem refugiados, mas as suas disponibilidades foram esgotadas”.

Por essa razão, “a Comissão avaliará o futuro apoio à Ucrânia no contexto da próxima revisão do seu orçamento de longo prazo para 2021-2027”, assinala Bruxelas sem especificar.

Admitindo os “desafios excecionais nos últimos anos, incluindo o rápido aumento da inflação, que exerceu uma pressão considerável sobre a capacidade do orçamento para continuar a responder aos novos desenvolvimentos”, a Comissão Europeia sublinha que as verbas propostas permitirão “fornecer financiamento fundamental para as prioridades políticas da UE, tal como previsto”, com destaque para as prioridades ecológicas e digitais.

A maior fatia do orçamento anual da UE é referente à Política Agrícola Comum, responsável por 53,8 mil milhões de euros em autorizações, à qual serão acrescentados 1,1 mil milhões de euros para as pescas.

Seguem-se áreas como o desenvolvimento regional e a coesão (47,9 mil milhões de euros) para assegurar infraestruturas de apoio à transição ecológica, o apoio aos países parceiros mundiais (15,8 mil milhões), investigação e inovação (13,6 mil milhões), investimentos estratégicos europeus (4,6 mil milhões para investimentos estratégicos), programas espaciais (2,1 mil milhões), coesão social e os valores (10,3 mil milhões para as pessoas), ambiente e ação climática (2,4 mil milhões para o ambiente e a ação climática), gestão de fronteiras (2,2 mil milhões), migrações (1,7 mil milhões), defesa (1,6 mil milhões), mercado único (947 milhões), saúde (754 milhões), segurança (726 milhões) e ligações seguras por satélite (213 milhões).

O projeto de orçamento para 2024 faz parte do orçamento de longo prazo da UE, adotado no final de 2020, e dedica 30% ao combate às alterações climáticas, tal como acontece com o Fundo de Recuperação.

Na proposta, estão em causa dotações ao abrigo dos limites máximos orçamentais a longo prazo, financiadas por recursos próprios, que são complementadas por despesas no âmbito do Fundo de Recuperação, financiadas por empréstimos contraídos nos mercados de capitais.

Com um orçamento de até 807 mil milhões de euros a preços correntes, o Fundo de Recuperação visa reparar os danos económicos e sociais causados pela pandemia de Covid-19 e tem como elemento central o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que concede subvenções e empréstimos aos países para fazerem reformas e investimentos, ao abrigo dos seus PRR.

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Galp abre nova edição do programa de trainees ‘Generation Galp’

Os candidatos selecionados terão direito a um ano de contrato de estágio, bolsa, subsídio de refeição, seguro de saúde e férias. As candidaturas estão abertas até 26 de julho.

A Galp abriu esta semana o processo de candidaturas para mais uma edição do seu programa de trainees “Generation Galp”, que pretende formar os líderes do futuro. Ao longo dos seus 20 anos de história, este programa já formou mais de 500 dos atuais colaboradores da empresa, entre os quais um administrador e vários diretores de primeira linha. Os candidatos selecionados terão direito a um ano de contrato de estágio, bolsa de estágio, subsídio de refeição, seguro de saúde e férias.

“Criado com o objetivo de integrar todos os anos nos quadros e na cultura da empresa jovens de elevado potencial, o ‘Generation Galp’ aposta na atração de talento e no desenvolvimento de competências profissionais, através da criação de ligações sustentadas e duradouras com as diferentes equipas e áreas de negócio da Galp”, lê-se em comunicado.

“A ambição máxima de formar os líderes do futuro através deste programa contou este ano com um exemplo de particular relevo: a comissão executiva da Galp passou a integrar pela primeira vez um administrador – João Diogo Silva – cuja entrada na empresa ocorreu precisamente como trainee numa das primeiras edições do ‘Generation Galp’, em 1997.”

O programa de formação do Generation Galp terá a duração de um ano e início em setembro, passando também a prever uma lógica de rotatividade dos trainees por diferentes áreas funcionais da Galp, com o objetivo de proporcionar uma visão holística sobre a atividade da empresa.

Os interessados podem candidatar-se até 26 de junho, através deste link.

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Sistema informático da Justiça em baixo há 24 horas

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

"As equipas tecnológicas estão a desenvolver os trabalhos para a total reposição dos mesmos", diz o Ministério da Justiça.

A rede informática que serve a Justiça, designadamente os sistemas CITIUS da jurisdição comum e SITAF dos tribunais administrativos e fiscais, continua na manhã de quarta-feira inoperacional, disse à agência Lusa fonte judicial.

Segundo adiantou a fonte, quer o sistema informático CITIUS, quer o SITAF, “estão em baixo”, e, embora nalguns sítios os sistemas arranquem, acabam por se desligar logo de seguida, não permitindo qualquer utilização.

Esta falha do sistema informático está, de acordo com a fonte, a colocar em causa as audiências de julgamento, as inquirições do Ministério Público e outras diligências que impliquem o recurso aos computadores da rede informática da Justiça.

“Tudo o que requeira também a gravação e que esteja ligado às plataformas informáticas não funciona”, acrescentou.

A fonte referiu que o Instituto de Gestão Financeira e de Equipamentos da Justiça (IGFEJ), responsável pelas plataformas informáticas da Justiça, comunicaram apenas que o problema se deve a “constrangimentos técnicos” e que esperam resolver a falha o mais breve possível.

Contactado o Ministério da Justiça, o gabinete de imprensa informou a Lusa que “decorrente do problema verificado na terça-feira no ‘datacenter’ externo onde estão alojados equipamentos da justiça, mantêm-se os constrangimentos técnicos em serviços que afetam serviços da Justiça”.

“As equipas tecnológicas estão a desenvolver os trabalhos para a total reposição dos mesmos”, conclui a resposta do Ministério da Justiça.

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Comércio entre China e Rússia atinge maior volume desde início da guerra

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

O valor das trocas entre os dois países atingiu 18.630 milhões, no mês passado, valor que representa um crescimento de cerca de 51%, face a maio de 2022, e o mais alto desde fevereiro de 2022.

O volume do comércio mensal entre a China e a Rússia atingiu em maio o nível mais alto desde o início da invasão russa da Ucrânia, segundo dados publicados esta quarta-feira pela Administração Geral das Alfândegas do país asiático.

O valor das trocas entre os dois países atingiu os 141.820 milhões de yuan (18.630 milhões de euros), no mês passado, valor que representa um crescimento de cerca de 51%, face a maio de 2022, e o mais alto desde fevereiro de 2022.

Entre janeiro e maio de 2023, as trocas comerciais entre os dois países ascenderam a 646,1 mil milhões de yuan (84,840 milhões de euros), dados que representam um avanço de 53%, em relação ao mesmo período de 2022.

Em 2022, a Rússia foi o parceiro comercial com o qual a China registou o maior aumento (+34,3%) no comércio denominado na moeda chinesa, o yuan.

As trocas entre a China e a Rússia ascenderam a 1,28 biliões de yuan (174.879 milhões de euros), em 2022, valor que representou 3,03% do total do comércio exterior chinês durante esse ano.

Desde a eclosão do conflito, a China manteve uma posição ambígua, na qual apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, em referência à Rússia.

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, proclamaram uma “nova era” nas relações bilaterais, em 2022, e assinaram um acordo que incluía, entre outras coisas, um aumento das trocas comerciais, para cerca de 250.000 milhões dólares, anualmente.

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Parlamento da Madeira aprova programa “Casa Própria” para construir duas mil habitações

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

Foi aprovado esta quarta-feira na Madeira o programa "Casa Própria" que visa incentivar a construção de 200 habitações por ano, num total de duas mil na próxima década.

O programa “Casa Própria”, que visa incentivar a disponibilização de 200 habitações por ano, num total de 2 mil na próxima década, na Madeira, foi hoje aprovado na Assembleia Legislativa da região autónoma.

“As medidas nele contidas visam criar um ambiente favorável para que, através da iniciativa privada, se construam mais casas, por forma a conseguir-se um equilíbrio maior no mercado habitacional, através do ajustamento da oferta aos rendimentos de muitas famílias”, explicou o secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas na apresentação do diploma.

A iniciativa legislativa do Governo Regional (PSD/CDS-PP) contou com os votos favoráveis da maioria que suporta o executivo, do JPP e da CDU. O PS, o maior partido da oposição (ocupa 19 dos 47 lugares no hemiciclo), optou pela abstenção.

Pedro Fino considerou que o programa vai “marcar a política habitacional da próxima década” na região, destinando-se “aos madeirenses em geral”.

A fonte de financiamento, referiu, é “exclusivamente o Orçamento Regional”.

O programa disporá de um conjunto de incentivos, a conceder a cooperativas de habitação e promotores imobiliários – para a construção e reabilitação de imóveis para habitação económica -, bem como às famílias, para a sua aquisição.

Pretende-se fomentar o ajustamento dos valores de venda das casas à taxa de esforço da classe média e dos jovens em início de vida profissional, através de uma redução de preços até 30% em relação aos atuais valores de mercado.

Para Pedro Fino, este programa tem outro mérito: “o efeito regulador dos valores dos preços do mercado da habitação”, intervindo no lado do aumento da oferta a preços inferiores aos do mercado.

Sobre os apoios a conceder às cooperativas e aos promotores imobiliários, enunciou, entre outros, a cedência de terrenos para construção ou edifícios para reabilitação, o apoio no financiamento, a garantia de escoamento das frações a alienar e ainda a aquisição, por parte da entidade gestora (Investimentos Habitacionais da Madeira – IHM) de até 20% das frações se não existirem famílias elegíveis na altura da celebração das escrituras.

Em matéria de apoios às famílias, o programa estabelece a aquisição de habitação abaixo do valor do mercado e a comparticipação financeira a fundo perdido até ao montante de 7,5% para composição do sinal a pagar no contrato-promessa de compra e venda, devendo as famílias assumir o restante (até ao limite máximo de 15%).

Haverá ainda condições preferenciais no crédito à habitação nas instituições de crédito com protocolo com o Governo Regional.

Outra medida é “a possibilidade de empréstimo, sem juros, do montante até 50% dos capitais próprios das famílias, quando estas não disponham da totalidade do valor necessário para a composição do sinal, mediante amortização até à data da escritura e condicionada ao cumprimento da taxa de esforço do empréstimo da IHM de até 40%”, disse Pedro Ramos.

“Recusamos o assistencialismo sem regras”, declarou, considerando que, “sem prejuízo do inegável alcance social deste programa, devem ser definidas igualmente balizas de responsabilidade para que a ele se possa ter acesso”.

O governante salientou a importância de uma boa gestão e rentabilização do património disponível, como escolas desativadas ou outros edifícios públicos inutilizados.

“Temos feito o que nos compete, sem contarmos com o Governo da República. Um Governo, aliás, que se vai dissolvendo, que vai perdendo autoridade, que já perdeu o rumo”, afirmou.

O secretário mencionou que o “desnorte que reina no Governo da República é o pacote ‘Mais Habitação'”, que “não passa de um rol de intenções, algumas muito más”.

No seu entender, “a pressão atualmente existente neste setor da habitação não se resolve com medidas de ataque aos direitos de propriedade”.

Pelo PS, Elisa Seixas argumentou que esta proposta tem “problemas crónicos”, inclusive por remeter a sua aplicação para uma portaria, ou seja, “evitando o debate”, numa postura de “falta de transparência e opacidade” dos diplomas.

A deputada socialista Sofia Canha considerou o programa positivo, mas criticou que se permita que um imóvel adquirido com apoios públicos “possa ser alienado pouco tempo depois [sete anos] a custo do mercado” e defendeu uma alteração para permitir também a modalidade de arrendamento.

O JPP, através de Élvio Sousa, afirmou que a proposta “não deixa de ser um instrumento importante”, manifestando preocupação pelo “atraso no investimento no setor da habitação”.

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Investimento de 15,6 milhões reforça segurança ferroviária na Linha do Minho

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

A modernização da Linha do Minho, que representou um investimento total de 86 milhões de euros, foi cofinanciada com 68 milhões de fundos do programa Compete 2020.

A Infraestruturas de Portugal (IP) investiu 15,6 milhões de euros na sinalização eletrónica, sistema de controlo automático de velocidade e novas telecomunicações de apoio à exploração na Linha do Minho, foi revelado esta quarta-feira.

“Já entrou em serviço a nova sinalização eletrónica, o sistema complementar de segurança para controlo automático de velocidade (ETCS – European Train Control System a funcionar ainda como sistema nacional) e os novos sistemas de telecomunicações de apoio à exploração, no troço entre Viana do Castelo e Valença e a fronteira, com interface com a rede espanhola da ADIF na estação de Tui, na Galiza”, refere a IP em comunicado.

Para o presidente da IP, Miguel Cruz, citado na nota, “dotar a Linha do Minho com os novos sistemas de sinalização e telecomunicações representa verdadeiramente o forte investimento que o país está a fazer na modernização da Rede Ferroviária Nacional (RFN)”.

“É uma infraestrutura de transporte de mercadorias e de passageiros cada vez mais eficiente, segura e com maior capacidade, que oferece um nível de serviço com elevada qualidade e ambientalmente sustentável”, adianta o responsável

O investimento, que ronda os 15,6 milhões de euros, foi desenvolvido no âmbito do programa de expansão e modernização da Rede Ferroviária Nacional, Ferrovia 2020, cofinanciado pela União Europeia.

Com a entrada em operação dos novos sistemas, acrescenta, “a Linha do Minho encontra-se agora integralmente dotada com os mais modernos equipamentos de sinalização, telecomunicações e de comando-controlo, reforçando significativamente as condições de exploração, operação e segurança ferroviária”.

Segundo a IP, com a intervenção, a operação dos comboios passa a ser feita de forma centralizada no Centro de Comando Operacional (CCO) do Porto, garante o controlo das passagens de nível já anteriormente automatizadas e de 10 passagens de nível agora automatizadas, reforçando a segurança da circulação ferroviária, rodoviária e pedonal nos atravessamentos sobre a via-férrea.

O reforço da segurança do sistema ferroviário nacional “permite colocar em exploração duas novas estações técnicas (Carreço e Carvalha, que se juntam à de Midões já em exploração) para cruzamento de comboios de mercadorias até 750 metros”.

A IP realça ainda que a operação aumenta a capacidade do troço Nine (Braga) a Valença, concelho do distrito de Viana do Castelo que faz fronteira com a Galiza, “para comboios de mercadorias, que atualmente circulam com 300 metros de comprimento e poderão passar a circular com 750 metros”.

A modernização da Linha do Minho, que representou um investimento total de 86 milhões de euros, foi cofinanciada com 68 milhões de fundos do programa Compete 2020.

A eletrificação do troço Nine-Viana do Castelo, que ficou concluída em julho de 2019, custou 16 milhões, e a eletrificação do troço Viana do Castelo-Valença, concluída em 2021, custou 18 milhões de euros.

Esta empreitada de eletrificação da Linha do Minho garantiu a melhoria das condições de operação da linha e de segurança, com redução dos tempos de percurso entre as cidades do Porto e Vigo e dos custos operacionais, assegurando simultaneamente a melhoria dos níveis de qualidade do serviço, designadamente em termos da pontualidade e fiabilidade do horário e da redução da sinistralidade nos atravessamentos de nível.

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Aumento dos custos de construção de habitação nova abranda para 3,2% em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Junho 2023

Em abril, construir uma casa ficou 3,2% mais caro face ao mesmo mês do ano passado, mas os custos abrandaram três pontos percentuais em relação a março. A produção na construção desacelerou para 2,8%.

Os custos de construção de habitação nova terão aumentado 3,2% em abril face ao mesmo mês de 2022, o que representa um abrandamento de três pontos percentuais relativamente ao crescimento registado em março (6,2%), segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É a menor subida desde fevereiro de 2021.

Ambas as componentes do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) apresentaram uma desaceleração face ao mês anterior, em particular os preços dos materiais, que tiveram uma variação nula em termos homólogos quando em março tinham aumentado 4,6%.

Já o custo da mão-de-obra teve um crescimento homólogo de 7,8% em abril, menos 0,7 pontos percentuais relativamente ao mês anterior.

Evolução da taxa homóloga do ICCHN

Fonte: INE

Entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão o cimento, com uma subida homóloga do preço superior a 20%, o betão pronto, com um crescimento acima dos 15%, e as madeiras e derivados de madeira, com variações superiores a 15%.

Quanto ao aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e a chapa de aço macio e galvanizada, observaram-se decréscimos de cerca de 30% face ao mesmo mês de 2022.

Na comparação em cadeia, a variação dos custos de construção foi de -0,2%, com o custo dos materiais a baixar 0,3% face a março e o custo da mão-de-obra a registar um recuo ligeiro de 0,1%.

Produção na construção desacelera para 2,8% em abril

O índice da produção na construção apresentou um crescimento homólogo de 2,8% em abril deste ano, o que representa uma descida de 1,2 pontos percentuais relativamente à taxa registada em março, de acordo com dados do INE divulgados esta quarta-feira.

Este indicador traduz abrandamentos em ambos os segmentos: a engenharia civil desacelerou 0,8 pontos percentuais em abril, para um crescimento de 3,8%, enquanto a construção de edifícios revelou um aumento de 2,2%, contra uma subida de 3,5% no mês anterior.

Evolução do índice da produção na construção

Fonte: INE

Quanto ao índice do emprego, observou-se um abrandamento do crescimento homólogo para 2,8% no mês de abril deste ano, quando a subida foi de 2,9% em março.

Já o índice de remunerações apresentou um aumento homólogo de 7,8% em abril, contra um crescimento de 8,6% no mês precedente.

Em termos mensais, as taxas de variação do emprego e das remunerações situaram-se em 0,2% e -2,9%, respetivamente, contra as subidas de 0,3% e -2,2% em abril de 2022, pela mesma ordem.

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“Rabo de Peixe” em 7º no top global da Netflix para séries em línguas que não inglês

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

A série só atingiu a primeira posição em Portugal mas integrou o Top 10 de séries mais vistas em 15 países como Croácia, Grécia, Jamaica, Polónia, Quénia e Uruguai, entre outros.

A série “Rabo de Peixe” alcançou o sétimo lugar no top global da Netflix para séries em línguas que não inglês, com mais de 12 milhões de horas vistas, de acordo com a lista divulgada pela plataforma de streaming.

Metade das 10 séries que integram a lista chegaram a este ranking na semana entre 29 de maio e 04 de junho, sendo encabeçada pela série colombiana “Perfil Falso”, líder destacada com mais de 76 milhões de horas vistas.

De acordo com a lista de Top 10 da Netflix, a primeira temporada de “Rabo de Peixe” (“Turn of the Tide”, no título inglês) só atingiu a primeira posição em Portugal, mas integrou os 10 mais vistos em 15 países, como Croácia, Grécia, Jamaica, Polónia, Quénia e Uruguai, entre outros.

Como explica o site da Netflix, a lista é atualizada à terça-feira e consiste na divulgação dos 10 filmes e séries mais vistos, em inglês e não-inglês.

“Estas listas baseiam-se no número de horas vistas por semana: o número total de horas que os nossos membros à volta do mundo assistiram a cada título, de segunda-feira a domingo da semana anterior”, indica a Netflix.

“Rabo de Peixe”, realizada por Augusto Fraga e Patrícia Sequeira, foi um dos 10 projetos vencedores do concurso promovido pela plataforma Netflix com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), para argumentistas, lançado em 2020, que teve no seu propósito apoiar a produção audiovisual portuguesa no contexto da pandemia de covid-19.

Com produção da Ukbar Filmes, “Rabo de Peixe” é a segunda série portuguesa para a Netflix realizada integralmente em Portugal, depois de “Glória”, de Tiago Guedes, produzida pela SPi e estreada em novembro passado.

“Inspirada (muito livremente) num evento real, ‘Rabo de Peixe’ conta a história ficcional de quatro amigos que veem a sua vida mudar com a chegada de uma tonelada de cocaína à costa da pequena vila açoriana Rabo de Peixe. A série é um thriller com toques de humor sarcástico e uma história baseada na esperança, nos sonhos, na amizade, no amor e no mar que promete conquistar e arrebatar o público português”, descreveu a Netflix, em comunicado.

O elenco é encabeçado por José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás, André Leitão e Kelly Bailey, contando ainda com a participação de Maria João Bastos, Pepê Rapazote, Albano Jerónimo e Afonso Pimentel.

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PSD indica para a ERC atual diretor executivo Pedro Gonçalves e Carla Martins

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

Os nomes do PSD juntam-se aos que o PS já tinha apresentado no início de abril: Helena Sousa e Telmo Gonçalves. As eleições para a ERC já estiveram marcadas por diversas ocasiões.

O PSD indicou esta quarta-feira Pedro Gonçalves e Carla Martins para o Conselho Regulador da entidade que regulamenta a comunicação social (ERC) e o antigo deputado Carlos Abreu Amorim para a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos.

Pedro Gonçalves é diretor executivo da Entidade Reguladora para a Comunicação Social desde 2018, além de professor universitário, e Carla Martins, doutorada em Ciências da Comunicação, também integra desde 2006 o quadro técnico da ERC, onde coordena, desde 2019, a Unidade da Transparência dos Media.

Os nomes do PSD juntam-se aos que o PS já tinha apresentado no início de abril: Helena Sousa, professora de ciências da comunicação na Universidade do Minho, e Telmo Gonçalves, encarregado de proteção de dados na ERC e investigador na área dos estudos dos média e jornalismo.

As eleições para a ERC já estiveram marcadas por diversas ocasiões — incluindo para hoje — mas foram sendo sucessivamente adiadas pela falta de indicações do PSD e deverão ser agora reagendadas na reunião da conferência de líderes, numa votação que exigirá a aprovação por maioria de dois terços.

O atual Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), presidido por Sebastião Póvoas, assumiu funções em 14 de dezembro de 2017, num mandato de cinco anos que terminou no final do ano passado.

O Conselho Regulador é composto por cinco pessoas: presidente, vice-presidente e três vogais. Cabe à Assembleia da República designar quatro dos membros do Conselho Regulador, por resolução, os quais cooptam o quinto elemento.

De acordo com os nomes indicados pelo PSD a que a Lusa teve acesso, os sociais-democratas indicarão para a CADA, outro órgão externo cuja eleição chegou a estar marcado para hoje, o antigo deputado (2011-2019) Carlos Abreu Amorim, doutorado em Direito, e que chegou a ser vice-presidente da bancada social-democrata.

Já para o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, o PSD propôs a recondução dos já atuais membros Carla Maria Pinho Rodrigues, advogada e que preside a este órgão, e do médico Carlos Calhaz Jorge.

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Deputados chamam com urgência secretário das Finanças sobre Certificados de Aforro

  • Lusa
  • 7 Junho 2023

Comissão de Orçamento e Finanças vai chamar com caráter de urgência o secretário de Estado das Finanças sobre o fim da série E dos Certificados de Aforro e a distribuição deste produto pela banca.

Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças vão chamar ao Parlamento com caráter de urgência o secretário de Estado das Finanças sobre o fim da série E dos Certificados de Aforro e a distribuição deste produto pela banca.

Os deputados aprovaram hoje por unanimidade o requerimento apresentado pelo PCP para audição urgente do secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, sobre a suspensão de emissão de certificados de aforro da série E, tal como a parte do requerimento do BE que chamava este governante.

Por outro lado, foi chumbada a parte do requerimento do BE que também chamava com caráter de urgência à Comissão de Orçamento e Finanças (COF) o ministro das Finanças, Fernando Medina, devido ao voto contra do PS.

Pelo caminho ficou igualmente devido ao voto contra do PS, o requerimento do Chega para audição urgente do ministro das Finanças e do presidente do Conselho de Administração da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), Miguel Martín.

Em causa está o fim da série E dos Certificados de Aforro (CA) e início da série F, com uma remuneração mais baixa, a alteração que permite que a banca também poderá passar a ser um canal de venda deste produto financeiro.

Durante a discussão sobre os requerimentos, o deputado do PCP Duarte Alves considerou que a Assembleia da República (AR) “não pode passar ao lado de uma decisão que afeta a poupança”, mas também “a relação com a própria banca”.

Um argumento partilhado pela deputada do BE Mariana Mortágua que defendeu ser importante discutir o “momento da decisão tomada, depois da declaração dos bancos”, bem como as comissões que a República vai ou não pagar aos bancos privados pela distribuição do produto.

Também o deputado do Chega Rui Afonso sustentou que os CA são um “importante instrumento de poupança dos portugueses” e que “permite estar menos dependente do financiamento bancário”.

As subscrições de CA deixam de ser feitas apenas aos balcões dos CTT ou Espaços do Cidadão, passando também a estar disponíveis “nas redes físicas ou digitais de qualquer instituição financeira ou de pagamentos inscrita no Banco de Portugal e indicadas para o efeito pelo IGCP”.

A suspensão da série E e a sua substituição pela nova gerou várias críticas da oposição, que acusam o Governo de ceder ou fazer um favor aos bancos.

A acusação foi rejeitada pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, numa declaração aos jornalistas, no sábado, em que respondeu às críticas e afirmou que “houve cedência zero a banca”.

Fonte oficial da APB afirmou que “os bancos não tiveram conhecimento prévio, quer da decisão sobre Certificados de Aforro, quer do pretendido envolvimento dos bancos na sua venda”.

A mesma fonte sublinhou que a decisão caberá a cada instituição financeira: “Conhecidas que forem as condições para esse envolvimento, cada banco procederá à sua análise e decidirá por si”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou na segunda-feira que a mudança nas condições dos certificados de aforro constitui um “apelo implícito à banca” para oferecer mais juros pelos depósitos.

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