António Horta Osório, agora em versão Roger Federer

Após 10 anos no Reino Unido à frente do Lloyds, o português vai rumar à Suíça para ser chairman do Credit Suisse.

Money Conference/EY - 22NOV19

Aos 56 anos, o português António Horta Osório volta a fazer a malas. Vai deixar a City londrina e rumar à Suíça para ser chairman de um dos maiores bancos do mundo, o Credit Suisse.

Já era, e vai continuar a ser o banqueiro português com mais currículo. Já passou pelo Citigroup em Portugal, pela Goldman Sachs em Londres e Nova Iorque e foi durante quase 20 anos o braço direito de Emilio e de Ana Botín no gigante Santader. Foi no grupo espanhol que abraçou o desafio de ser o CEO do inglês Abbey National Bank que entretanto tinha sido adquirido pelo banco de Emilio Botin.

Quatro anos depois, com a mediação de George Osborne, na altura ministro das Finanças, foi a escolha do Governo conservador de David Cameron para liderar os destinos do Lloyds Bank em Inglaterra que, com a crise do subprime, tinha sido intervencionado pelo Tesouro britânico.

Foi no Lloyds que teve o momento mais alto da sua carreira ao fazer o turnaround do banco, conseguindo devolver o dinheiro que tinha sido investido na instituição pelos contribuintes britânicos.

E também foi no Lloyds Bank que António Horta Osório teve um dos piores momentos da carreira, tendo sido vítima de um episódio de “burn-out”. Já ninguém na City apostava no seu regresso após ter sido internado numa clínica privada.

Mas o banqueiro português regressou, mais forte e humilde: “o processo de recuperação converteu-se para mim numa cura de humildade”, admitiu então António Horta Osório, o primeiro banqueiro da City a falar de stress e de fadiga extrema sem tabus. Nessa altura, o jornal espanhol El País escrevia que Horta Osório soube transformar “a voracidade de um tubarão na sabedoria de um guerreiro oriental”.

António Horta Osório é um guerreiro que adora jogar ténis. Quando partiu o pulso direito, aprendeu sozinho a jogar ténis com a mão esquerda, recusando-se a ficar parado.

Recuperou do stress e voltou para dar a volta ao Lloyds: “sempre fui muito persistente. Como no ténis, identifico-me mais com a tenacidade do Rafa Nadal do que com a aparente facilidade de Roger Federer”, contava na altura ao El País.

António Horta Osório, durante os anos em que esteve a trabalhar para os espanhóis, foi um tubarão, um lutador, tenaz e ambicioso ao estilo de Rafael Nadal.

Depois rumou ao Reino Unido e, ao estilo de Andy Murray, foi talentoso, mas não resistiu ao stress e à pressão e colapsou à fadiga, tal como Murray que chorou à frente das câmaras. Murray reergueu-se e voltou em 2013 para vencer pela primeira vez Wimbledon para orgulho dos britânicos. Os mesmos britânicos que sorriram quando António Horta Osório lhes passou um cheque que permitiu ao Tesouro britânico sair do Lloyds com lucro.

Agora, o português, filho de um advogado que foi campeão nacional de ténis de mesa, ruma ao Credit Suisse para cumprir, em full time, funções de topo não executivas. É a fase Roger Federer de Horta Osório. O trabalho dele agora vai ser pensar na estratégia e calcular e ponderar milimetricamente o risco daqueles que executam.

No setor da banca, Horta Osório já conquistou o estatuto de Federer no ténis. Como dizia o jovem tenista norueguês Casper Ruud a propósito do suíço, “quando ele entra numa sala, todos se calam”.

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Horta Osório pede “pacto suprapartidário” para o problema da demografia

  • Lusa
  • 31 Março 2019

Presidente do Lloyds Bank vê um problema no crédito malparado, mas também na dívida pública. Mas o desafio mais complicado é mesmo o demográfico.

O presidente do Lloyds Bank, António Horta Osório, alerta para os riscos da economia em Portugal e sugeriu um “pacto suprapartidário” para o problema demográfico do país nas próximas décadas.

“O país como um todo tem que reduzir a dívida pública, mas também a dívida global”, afirmou o banqueiro, numa sessão organizada pelo CDS-PP, em Lisboa, que encerrou a iniciativa “Ouvir Portugal”.

Nos primeiros minutos, Horta Osório mostrou gráficos nos ecrãs da sala da Gare Marítima da Rocha de Conde Óbidos para dizer que “Portugal recuperou de maneira significativa” da crise dos últimos anos, nomeadamente reduzindo o desemprego.

Embora também tenha alertado para o facto de o país ter crescido em termos económicos mais do que países como Espanha ou a Grécia.

No entanto, alertou ser necessário reduzir a dívida pública, que é hoje ainda muito alta dirigindo-se a uma plateia onde estavam a líder do CDS, Assunção Cristas, e o seu antecessor, Paulo Portas, entre dirigentes, militantes e simpatizantes do partido.

O país como um todo tem que reduzir a dívida pública, mas também a dívida global.

António Horta Osório

Presidente do Lloyds Bank

Depois, alertou para os riscos que o país enfrenta, entre eles o problema do crédito malparado, a níveis elevados, e também quanto à divida total do pais, que não para de aumentar – de 265% em 2007 para 293% do PIB no terceiro trimestres de 2018.

O desafio mais complicado é mesmo o demográfico, nas palavras de António Horta Osório, dado que, se nada for feito, a população em Portugal baixará para níveis da década de 1960.

“A questão intergeracional é muito importante e é suprapartidária”, disse.

Para tentar responder ao desafio da demografia, o presidente do Lloyds Bank apontou três cenários, a começar pelo aumento da taxa de natalidade, que leva tempo, atrair de volta os jovens que deixaram o país e atrair estrangeiros com incentivos que não sejam fiscais, por exemplo, pela compra de casa.

O ciclo de debates “Ouvir Portugal”, iniciado há quase um ano e meio e descentralizado pelos 18 distritos e duas regiões autónomas, em que foram ouvidas mais de 100 personalidades, resulta agora em “120 propostas inovadoras”, de acordo com o comunicado dos centristas.

As propostas vão ser entregues ao coordenador do programa eleitoral do CDS-PP, Adolfo Mesquita Nunes, que se demitiu de vice-presidente do partido e é um dos oradores no encontro de hoje, intervindo antes de Assunção Cristas.

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Lloyds corta mais de 6.000 empregos e cria mais de 8.000 com reorganização digital

  • Lusa
  • 6 Novembro 2018

Plano de digitalização do banco liderado por António Horta Osório vai implicar a eliminação de cerca de 6.000 empregos e a criação de outros 8.000 novos postos de trabalho.

O Lloyds Banking Group, liderado pelo português António Horta Osório, confirmou esta terça-feira que vai eliminar 6.240 empregos no âmbito do plano de reorganização digital, que vai criar 8.240 novos postos de trabalho.

O grupo financeiro esclareceu que três em cada quatro novos empregos serão ocupados por pessoas que trabalham no grupo, mas outros trabalhadores mais especializados, como os especialistas em software, serão recrutados fora da instituição financeira.

“O Lloyds Banking Group anunciou hoje que vai criar cerca de 2.000 postos de trabalho adicionais para fortalecer a sua capacidade para oferecer aos clientes novos produtos e serviços digitais bancários de ponta”, informou a instituição.

Nesse sentido, o grupo está a investir para digitalizar o banco pelo qual vai “atualizar alguns postos de trabalho já existentes e criar novos postos de trabalho no seio da sua estrutura”, lê-se ainda na nota informativa divulgada. O anúncio destas medidas faz parte de um plano estratégico do Lloyds para atualizar a sua tecnologia.

Em setembro, o banco informou que o lucro nos primeiros nove meses do ano atingiu os 3.664 milhões de libras (4.140 milhões de euros), mais 18% na comparação com idêntico período do ano anterior.

As receitas totais ascenderam a 14.154 milhões de libras (15.994 milhões de euros) até setembro, um acréscimo de 2% face a igual período do ano passado.

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Lloyds aumenta lucros. São resultados “sólidos”, diz Horta Osório

O banco liderado por António Horta Osório revelou um aumento de 18% nos lucros dos primeiros nove meses do ano. Resultados líquidos superaram os quatro mil milhões de euros.

O Lloyds Banking Group continua a crescer. O banco liderado por António Horta Osório revelou um aumento de 18% nos lucros dos primeiros nove meses do ano, resultado explicado pelo crescimento da atividade num contexto de baixa dos encargos. São resultados “sólidos”, diz o CEO.

O banco britânico revelou que o lucro antes dos impostos, de janeiro a setembro deste ano, foi de 4.934 milhões de libras, o equivalente a cerca de 5.575 milhões de euros. Tal representa um aumento de 10% em relação ao período homólogo. o lucro líquido dos primeiros nove meses do ano foi de 3.664 milhões de libras, aproximadamente 4.140 milhões de euros, mais 18%.

Neste período, o as receitas do banco aumentaram 2% em relação ao período homólogo. Até 30 de setembro, o Lloyds Banking Group obteve proveitos de 14.154 milhões de libras, o equivalente a 15.994 milhões de euros. Por outro lado, relativamente aos custos, Horta Osório reforçou que o Lloyds “continua a diminuir os custos operacionais”. Caíram 3%.

Empréstimos e adiantamentos a clientes e depósitos de clientes registaram um aumento de 1% cada, alcançando os 502.850 milhões de euros e os 476.860 milhões de euros, respetivamente, até ao final do mês de setembro. Ao mesmo tempo, os depósitos dos clientes apresentaram um crescimento de 1%.

Horta Osório destacou os “lucros sólidos e retornos crescentes”, bem como “a forte geração de capital”, tendo o Lloyds encerrado os primeiros nove meses com um rácio de capital (CET1) de 15,5%. Para o CEO do banco, os resultados “demonstram ainda mais a força do nosso modelo de negócio e os benefícios de nossa abordagem de baixo risco e foco no cliente”.

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Horta Osório afasta sinais de nova crise, mas pede prudência

  • Lusa
  • 28 Setembro 2018

"Não vejo indicadores que mostrem que estamos à beira de ter uma nova crise, seja económica, seja financeira", diz Horta Osório. Mas não se pode "embandeirar em arco".

António Horta Osório considera que não existem, atualmente, sinais de que se esteja à beira de uma nova crise, mas recomenda prudência e tomada de medidas que tornem Portugal mais forte para essa eventualidade.

Questionado pelas recentes declarações de economistas como Nouriel Roubini que, numa coluna de opinião do Financial Times, disse prever uma próxima crise financeira e recessão global em 2020, ou do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Jean-Claude Trichet — que alertou para o risco do aumento das dívidas públicas e privadas em todo o mundo e do recurso à alavancagem nos mercados financeiros como antes da crise financeira –, o presidente executivo do Lloyds Bank mostrou-se mais otimista.

“É um facto que, como esses economistas dizem, as crises financeiras são cíclicas, de tantos em tantos anos, normalmente, existe algum tipo de recessão ou algum tipo de crise. Isso é normal nos ciclos económicos. Eu não vejo indicadores que mostrem que estamos à beira de ter uma nova crise, seja económica, seja financeira. O que não quer dizer que não devamos ser prudentes”, disse em declarações à Lusa, em Lisboa, onde esteve para dar uma palestra sobre previsões económicas na Cimeira do Turismo.

Devemos ser prudentes e nunca embandeirar em arco. E, apesar do crescimento mundial, que está a aumentar e deve ser cerca de 4% este ano – o que é muito relevante -, devemos ser muito prudentes e tomar as medidas agora que tornem Portugal mais forte para quando, eventualmente, haja uma recessão ou uma crise. E isso significa vivermos dentro das nossas possibilidades, continuarmos a exportar bastante como temos vindo a fazer – e onde o Turismo tem vindo a ter poder crítico – e a não gastar mais do que aquilo que podemos”, acrescentou.

Para o responsável, a ajudar a afastar os receios mais pessimistas estão as perspetivas de crescimento mundial que, neste momento, “são bastante favoráveis”, reforçou.

"As crises financeiras são cíclicas, de tantos em tantos anos, normalmente, existe algum tipo de recessão ou algum tipo de crise. Isso é normal nos ciclos económicos. Eu não vejo indicadores que mostrem que estamos à beira de ter uma nova crise, seja económica, seja financeira. ”

Horta Osório

CEO do Lloyds

Já relativamente às preocupações que alguns responsáveis revelam com o ainda endividamento das famílias que, como mostram os dados do Banco de Portugal, têm recorrido mais ao crédito, o que fez já com que o presidente do regulador bancário, Carlos Costa, tenha admitido pôr um travão à banca nos créditos à habitação, por exemplo, Horta Osório também desdramatiza, mas aplaude a atitude prudente.

“Acho que o Banco de Portugal tem vindo a ter exatamente uma atitude prudente, o que só lhe fica bem como regulador, fazer os avisos para os bancos serem prudentes e não terem uma atitude complacente. O crédito às famílias baixou muito após a crise, as famílias fizeram um ajustamento muito significativo e muito penoso e, neste momento, o crédito às famílias é muito mais baixo, é cerca de 20% mais baixo em percentagem do PIB do que era há 12 anos atrás. Recomeçou as crescer, o que é positivo, mas não deve crescer muito mais do que PIB [Produto Interno Bruto] nominal, que é cerca de 4%-5% ao ano. Portanto, acho que os avisos do Banco de Portugal estão dentro de uma política de ser prudente, são bem-vindos porque mais vale prevenir do que remediar e a função do regulador é exatamente fazer isso”, afirmou o banqueiro.

Sobre o Turismo, um dos setores que mais tem contribuindo para o crescimento da economia em Portugal, Horta Osório lembra que “deve ser, como tem vindo a ser, acarinhado pelas autoridades”.

“Este ano vamos ter mais de 13 milhões de turistas em Portugal, o que significa o dobro daquilo que tínhamos há 12 anos. O peso do Turismo no PIB praticamente dobrou nestes últimos 12 anos, sendo, neste momento, praticamente 9% da totalidade do que produzimos em Portugal por ano. Portanto são números muito importantes por ano”, disse.

O banqueiro considera, contudo, que aquele que é um dos setores mais importantes da economia tem espaço para crescer.

“Temos visto a oferta hoteleira a aumentar, o país é um país pacífico, os portugueses acolhem bem os estrangeiros, temos todas as condições para Portugal continuar a ser o ‘país da moda’ em termos de Turismo, o que só beneficia o país”, acrescentou.

“Quando a crise financeira aconteceu tínhamos um défice da balança corrente muito importante, cerca de 10% do PIB, hoje em dia temos as contas externas equilibradas, o número de turistas dobrou, o mercado está a funcionar bem nesse aspeto, e penso que é importante o Governo ter em atenção em não prejudicar a situação e sempre que tome medidas ter em atenção que o Turismo é um setor empresarial e que, pelo emprego que cria, pelas receitas que traz, deve ser acarinhado”, concluiu.

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Voltar a Portugal? “Não considero que o meu trabalho à frente do Lloyds tenha terminado”

Ainda não é desta que Horta Osório regressa a Portugal. O gestor diz ao ECO que liderar o Lloyds "continua a ser um desafio muito interessante", no dia em que o banco revelou lucros recorde.

O Lloyds Banking Group obteve os melhores resultados de sempre. No dia em que o banco conseguiu registar lucros recorde de 5,3 mil milhões de libras, o ECO enviou algumas perguntas ao português que está ao comando daquele que é, segundo António Horta Osório, o “maior banco digital no Reino Unido”.

Para acompanhar a revolução tecnológica, a instituição financeira que lidera decidiu investir três mil milhões de libras durante os próximos três anos na digitalização do banco, o equivalente, “em termos anuais, a todo o investimento no ano passado em fintech no Reino Unido”, revela Horta Osório, por escrito, o que vai ajudar o Lloyds a adaptar-se ao “comportamento dos clientes, ajudando-os a evoluir para um mundo digital e multicanal”.

Este é agora o grande desafio do gestor, depois de ter liderado a reestruturação do banco, que voltou a ser totalmente privado depois de anos com o Estado como acionista no seguimento de um resgate. Depois de devolver o dinheiro aos contribuintes, o Lloyds quer agora dar mil milhões de libras aos acionistas através de um programa de recompra de ações, o maior pacote de remuneração acionista de sempre do banco. Mas a sua missão ainda não acabou. Está na hora de voltar a Portugal? “Não considero de maneira nenhuma que o meu trabalho à frente do banco tenha terminado”, garante.

Está à frente do Lloyds Bank desde 2011. No primeiro triénio focou-se em salvar o banco, no segundo na sua reestruturação e digitalização, culminando na saída do Tesouro. Qual vai ser o objetivo nos próximos três anos?

Apresentámos hoje o plano estratégico do Lloyds para os próximos três anos (2018-2020). Nesse plano estão definidos três objetivos principais: prestar, cada vez mais, o melhor serviço aos nossos clientes prosseguindo o caminho de digitalização do banco e de formação dos seus colaboradores. O Lloyds já é atualmente o maior banco digital do Reino Unido, com 13,5 milhões de clientes e uma quota de mercado de 22%. Nos próximos três anos vamos investir três mil milhões de libras, mais 40% que no anterior, na digitalização interna de todos os procedimentos bancários e na formação dos colaboradores do banco, assegurando que todos estão preparados para o mundo digital. Além disso, queremos aumentar a nossa presença no mercado de seguros e pensões, onde estamos sub-representados, e temos como objetivo chegar aos 50 mil milhões de libras de volume de planos de pensões e seguros. Em terceiro lugar, anunciámos o objetivo de aumentar a rentabilidade sobre os capitais próprios para entre 14 e 15% o que levará a aumentos adicionais da remuneração aos nossos 2,4 milhões de acionistas.

A digitalização pode levar a uma redução do número de agências e, consequentemente, dos trabalhadores?

O plano que hoje apresentamos não tem a ver com estes aspetos mas sim com a satisfação dos nossos clientes e o acompanhamento das suas necessidades. Anunciámos o maior investimento de sempre no banco com o objetivo de o continuar a adaptar ao comportamento dos clientes ajudando-os a evoluir para um mundo digital e multicanal.

Um dos desafios desta nova realidade é a concorrência com as fintech. Vê esta relação com uma cooperação ou uma ameaça?

Vejo como uma relação de cooperação sendo que os bancos têm bases sólidas de clientes e mais diversificadas. De qualquer modo, o Lloyds tem vindo a apostar fortemente na digitalização, sendo já o maior banco digital do Reino Unido com a mobile app com maior rating do país. E vai continuar a fazê-lo: o investimento que hoje anunciámos é equivalente, em termos anuais, a todo o investimento no ano passado em fintech no Reino Unido.

Já está há sete anos à frente do banco. Qual foi o seu maior desafio enquanto presidente do Lloyds?

O maior desafio foi conseguir devolver o dinheiro dos contribuintes britânicos com lucro dado que o banco tinha sido intervencionado e estava perto da falência quando assumi funções. Mas o meu foco total é nos desafios e nos projetos que temos pela frente e que nos vão permitir continuar a crescer e a apoiar a economia real do Reino Unido.

Vai continuar à frente do banco ou pondera regressar a Portugal?

Como já disse algumas vezes, estou comprometido com o Lloyds. Não considero de maneira nenhuma que o meu trabalho à frente do banco tenha terminado. O Lloyds é o maior banco do Reino Unido e tem, por isso, uma enorme responsabilidade no apoio a umas das principais economias mundiais. Continua a ser um desafio muito interessante liderar este banco.

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Mudanças no Lloyds. Número dois apontado como sucessor de Horta Osório

Lloyds está a mudar a sua estrutura antes de apresentar o novo plano estratégico para os próximos três anos. O número dois do banco está a ser visto como um candidato à sucessão de Horta Osório.

Português é apontado como próximo presidente do HSBC.Simon Dawson/Bloomberg

Está em curso uma grande reestruturação organizacional no britânico Lloyds Banking na sequência da saída de dois gestores de topo do banco, numa altura em que se prepara um novo plano estratégico de três anos. As mudanças agora anunciadas põem Juan Colombas como número dois do banco, sendo visto como um candidato à sucessão do presidente executivo, António Horta Osório.

O português apresentou uma nova estrutura de negócio e promoveu mudanças no staff senior que o acompanha no sentido de centrar atenções nos detalhes do próximo plano estratégico 2018-2020, que será revelado em fevereiro do próximo ano.

Dentro das mudanças promovidas o destaque vai para a nomeação do espanhol Juan Colombas, diretor de controlo de riscos, para o recém-criado cargo de diretor de operações, com responsabilidades de supervisão da transformação digital do banco em todas as divisões da instituição. De acordo com o jornal espanhol Expansión (acesso livre / conteúdo em espanhol), citando fontes do setor, com esta nomeação, Colombas perfila-se como número dois do banco britânico e um dos principais candidatos à sucessão de Horta Osório.

Horta Osório está há sete anos na liderança do Lloyds, tendo ajudado o banco a superar a grave crise que enfrentou nos últimos anos e que culminou com o fim da presença do Governo britânico no capital da instituição no mês passado. Mas há algum tempo que existem rumores de que a sua saída está para breve. Alguns analistas já apontaram o nome do português entre os principais candidatos à liderança do maior banco europeu, o HSBC.

A reestruturação organizacional acontece depois da saída de Andrew Bester, até há pouco tempo presidente da unidade comercial do banco, cinco anos após a sua entrada no Lloyds. O Financial Times citava (acesso pago / conteúdo em inglês) fontes do setor financeiro londrino que o indicavam como principal sucessor de Horta Osório. Além de Bester, também Simon Davies, que chegou ao grupo em 2015 para diretor de recursos humanos, estratégia e departamento legal, está saída.

Em fevereiro de 2018, o Lloyds apresenta o novo plano de estratégia para os próximos três anos que deverá focar-se na digitalização dos serviços financeiros e na automação de processos internos, à medida que cada vez mais clientes adaptam os seus hábitos de consumo aos dispositivos móveis e num ambiente de baixas taxas de juro que continua a dificultar o negócio dos bancos.

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Horta Osório dá lucro de mil milhões ao Governo britânico

O português que lidera o Lloyds Bank diz que há seis anos herdou “um banco muito fragilizado e em situação financeira muito precária”. Depois do resgate em 2008, hoje o banco é 100% privado.

O Lloyds Bank foi uma das vítimas da crise do subprime, tendo sido alvo de uma intervenção pública em 2008, quando o Tesouro britânico ficou com uma posição de 43% na instituição.

Em 2011, o Governo britânico resolveu chamar, para comandar os destinos do Lloyds Bank, o português Horta Osório, que chegou a ser presidente do conselho de administração do Banco Santander Totta.

Quando o Santander comprou o Abbey National, Osório ruma a Inglaterra para tomar conta do banco que mais tarde viria a comprar o Alliance & Leicester e o Bradford & Bingley. Deu nas vistas e foi convidado, em 2011, para liderar o Lloyds Bank, banco no qual os contribuintes britânicos injetaram 20,3 mil milhões de libras.

Depois da chegada de Horta Osório, o banco conseguiu colocar-se novamente de pé e o Tesouro britânico, em 2013, começa a desfazer-se da posição. Hoje o Tesouro britânico veio anunciar a saída da totalidade do capital do banco, conseguindo inclusive um “lucro” de mil milhões de euros.

“Herdámos um banco em situação financeira muito precária”

Horta Osório já reagiu a este anúncio. Num comunicado enviado às redações, o homem forte do Lloyds Bank, o segundo maior banco britânico em market cap, confirma que o Governo britânico vendou as últimas ações que detinha no Lloyds Banking Group, “recebendo mais de mil milhões de euros em excesso do valor que investiu no banco”.

Este valor surpreende, porque o próprio tinha antecipado no dia 11 de maio que os contribuintes britânicos poderiam ter um ganho de 600 milhões de euros. Afinal foram mil milhões.

“Há seis anos herdámos um banco muito fragilizado e em situação financeira muito precária. Graças ao trabalho árduo desenvolvido por todas as equipas do banco, o Lloyds é hoje um banco muito sólido, rentável, a pagar dividendos e a apoiar a economia britânica”, afirma Horta Osório.

Na mesma comunicação, o banqueiro escreve que o “trabalho ainda não terminou”, já que o banco, o maior de retalho e comercial do Reino Unido, vai “continuar a ajudar a economia britânica a prosperar”.

A mensagem de Horta Osório termina em jeito de slogan comercial: “a quem tem uma PME, o Lloyds pode disponibilizar-lhe o financiamento de que precisa para crescer. A quem quer cumprir o sonho de ter a sua primeira casa, o Lloyds pode conceder-lhe a hipoteca adequada e a quem quiser continuar a aprender e a desenvolver a sua carreira, o Lloyds pode ajudar através dos 8.000 programas de estágios profissionais que estamos a oferecer em todo o Reino Unido.”

Evolução da capitalização bolsista do Lloyds desde 2011

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Lloyds de Horta Osório já devolveu toda a ajuda aos contribuintes britânicos

O Governo voltou a reduzir a participação no Lloyds e já recuperou todas as 20,3 mil milhões de libras que injetou em 2009. Ainda tem 1,4% do capital para vender. Daqui para a frente, é lucro.

“Este é um momento de grande orgulho para nós aqui no Lloyds”, disse António Horta Osório.Simon Dawson/Bloomberg

O Tesouro britânico já recuperou a totalidade das 20,3 mil milhões libras (cerca de 23,3 mil milhões de euros) que injetou no Lloyds Bank em 2009, altura em que ficou com 43,4% do banco. O anúncio foi feito esta sexta-feira depois de vender mais 1,55% do capital do banco liderado por Horta Osório. Tudo o que for obtido com a venda da restante posição será lucro para os contribuintes britânicos.

O Tesouro ainda fica com 1,4% para vender. Mas, daqui para a frente, é lucro: desde que começou a vender a sua posição em 2013 que os contribuintes britânicos já recuperaram 20,4 mil milhões de libras — ou seja, e para já, 100 milhões de euros a mais. Num comunicado, o Tesouro confirma que, dependendo das condições do mercado, o Governo deverá sair completamente do capital do banco “nos próximos meses”.

“Recuperar todo o dinheiro que os contribuintes injetaram no Lloyds é um marco significativo no nosso plano de construir uma economia que funcione para toda a gente”, disse o chanceler Philip Hammond, responsável máximo do Tesouro, em Washington. “Foi correto ajudar durante a crise financeira, mas o Governo não deve estar no negócio de controlar os bancos no longo prazo. O sítio certo para eles é no setor privado e tenho satisfação em dizer que nos aproximamos do ponto em que vendemos as nossas últimas ações no Lloyds”, acrescentou.

“Com o anúncio de que o Governo já recebeu a totalidade das 20,3 mil milhões de libras que originalmente pôs no grupo, este é um momento de grande orgulho para nós aqui no Lloyds”, disse, por sua vez, o presidente executivo António Horta Osório, em reação à notícia. “Mantemo-nos absolutamente focados no nosso compromisso de ajudar a Grã-Bretanha a prosperar.”

O Estado britânico tem vindo a reduzir gradualmente a sua participação no capital da instituição liderada por Horta Osório desde 2013. A 13 de dezembro de 2016, detinha apenas 6,93% do capital. Em janeiro, essa posição diminuiu para 5,95%. A 15 de março, o Tesouro anunciou que já tinha recuperado 19,5 mil milhões de libras, participando em apenas 2,95% do capital do Lloyds.

Mantemo-nos absolutamente focados no nosso compromisso de ajudar a Grã-Bretanha a prosperar.

António Horta Osório

Presidente executivo do Lloyds Bank

Recorde-se que em fevereiro, a instituição apresentou lucros de 973 milhões de libras, ou cerca de 1,15 mil milhões de euros. O valor, apesar de abaixo das estimativas dos analistas, compara com os prejuízos de 507 milhões de libras registados um ano antes.

Com os resultados, o banco propôs um aumento do dividendo pago aos acionistas de 3,05 pence por ação (2,55 pence mais um dividendo extraordinário de 0,5 pence), um aumento de 13%. Com a notícia, as ações do Lloyds dispararam mais de 4% para 69,76 pence, máximos de oito meses. Hoje, as ações do Lloyds negoceiam abaixo desse valor, com os títulos a valerem 64,37 pence.

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António Simões e Horta-Osório na corrida pela liderança do HSBC

António Simões (HSBC) e António Horta-Osório (Lloyds) estão entre os candidatos para liderar o maior banco europeu, o HSBC.

O grupo bancário britânico HSBC vai ter um novo presidente executivo no próximo ano e, de acordo com a Reuters, há dois portugueses bem destacados na lista para suceder a Stuart Gulliver na liderança do banco. São eles António Horta-Osório (Lloyds) e António Simões (HSBC Europa). Mas há mais nomes.

O HSBC está em reformulação. Anunciou a escolha de Mark Tucker para substituir Douglas Flint enquanto presidente do conselho de administração do grupo a partir de outubro deste ano. Tratou-se de uma decisão que foi contra a tradição no seio da instituição, dado que Tucker foi uma escolha externa.

António Simões está no HSBC desde 2007.

E o mesmo poderá acontecer com o presidente executivo. Identificar o próximo CEO do banco será uma das primeiras tarefas de Tucker. E, não havendo propriamente uma linha de sucessão dentro do banco, são muitos os candidatos dentro e fora do grupo que se apresentam com um perfil sólido para liderar o maior banco europeu no próximo ano.

António Simões, chefe da divisão europeia do HSBC, é um dos nomes fortes apontados pela Reuters. John Flint, diretor da gestão de fortunas, e Matthew Westerman, responsável pela banca de investimento, também surgem na pole position entre os candidatos dentro do banco.

Já entre as possibilidades externas, o nome de António Horta-Osório é frequentemente citado pelos investidores como tendo um perfil adequado para liderar o HSBC, depois da recuperação que empreendeu nos últimos anos à frente do intervencionado Lloyds. Algo que Sam Laidlaw não descarta.

“Temos vindo a desenvolver alguns candidatos internos fortes, mas devemos sempre esperar que um grupo deste tamanho olhe também externamente”, assumiu Sam Laidlaw, membro independente do board e responsável pelo comité de remunerações do HSBC.

O lucro do HSBC caiu 62% em 2016, ficando bem longe daquilo que o mercado esperava. O banco apresenta dificuldades de rentabilidade sobre o seu capital, tendo registado um ROE abaixo de 1% no ano passado, abaixo do objetivo de 10%.

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Dividendos põem Lloyds em máximos desde o Brexit

Banco britânico mais do que duplicou lucros e propôs subida do dividendo. Ações respondem com ganhos até máximos desde que o Reino Unido decidiu sair da União Europeia.

Dobro dos lucros e aumento dos dividendos. O Lloyds apresentou um bom resultado em 2016 e as ações do banco estão a subir para o nível mais elevado desde que os britânicos votaram a favor da saída do Reino Unido da União Europeia.

As ações do banco liderado por António Horta Osório sobem mais de 4% para 69,76 pence, a cotação mais alta desde o dia 23 de junho do ano passado.

O Lloyds mais do que duplicou o lucro antes de impostos (158%) para os 4,2 mil milhões de libras (quatro mil milhões de euros) em 2016, face aos 1,6 mil milhões de libras de lucro registados um ano antes. Um desempenho que permitiu à gestão propor um aumento da remuneração aos acionistas: vai subir o dividendo em 13% para um total de 3,05 pence por ação — estão previstos um dividendo 2,55 pence e um dividendo extraordinário de 0,5 pence.

Lloyds em máximos desde o Brexit

“Apresentamos um desempenho financeiro forte em 2016, mantendo bons progressos nas nossas prioridades estratégicas. A forte geração de capital permitiu-nos aumentar o nosso dividendo em 13%, pagar um dividendo especial e cobrir totalmente o impacto da aquisição da MBNA”, referiu António Horta Osório.

"Apresentamos um desempenho financeiro forte em 2016, mantendo bons progressos nas nossas prioridades estratégicas. A forte geração de capital permitiu-nos aumentar o nosso dividendo em 13%, pagar um dividendo especial e cobrir totalmente o impacto da aquisição da MBNA.”

António Horta Osório

CEO do Lloyds Banking

Um dos maiores pontos de atenção da parte dos investidores passava pelos números que o Lloyds iria apresentar em relação à margem financeira — a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — num ambiente em que os juros no Reino Unido estão em mínimos históricos.

O banco revelou que a margem financeira deverá subir 2,7% este ano, sem contar com o negócio de cartões de crédito MBNA adquirido em 2016 ao Bank of America.

“Os investidores estavam preocupados com as margens. Por isso, reforçar o compromisso foi positivo tendo em conta este ambiente de queda dos juros”, referiu Eric Moore, da Miton Group, à Bloomberg. “Os dados saíram melhor que os investidores esperavam”, acrescentou.

Isto acontece numa altura em que o Governo britânico continua a reduzir progressivamente a sua posição no banco intervencionado em 2008. Chegou a assumir uma participação de 43%, mas hoje em dia a sua presença fixa-se nos 4,99%, tendo o Lloyds como principal acionista o fundo BlackRock.

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Lloyds volta aos lucros no quarto trimestre e aumenta dividendo

Banco britânico liderado por António Horta Osório registou um resultado líquido positivo no último trimestre do ano.

O britânico Lloyds Banking apresentou um lucro de 973 milhões de libras (cerca de 1,15 mil milhõs de euros) no quarto trimestre do ano passado, um resultado que compara com prejuízos de 507 milhões obtidos um ano antes, e vai propor um aumento do dividendo.

O desempenho observado no final de 2016 ficou, ainda assim, aquém do esperado pelos analistas sondados pela Bloomberg, que estimavam um lucro líquido de 1,38 mil milhões de libras (1,64 milhões de euros). Retirando encargos excecionais, o lucro do Lloyds situar-se-ia nos 1,79 mil milhões de libras (2,1 mil milhões de euros), acima das projeções do mercado.

No global do ano, o banco mais do que duplicou o lucro antes de impostos (158%) para os 4,2 mil milhões de libras (quatro mil milhões de euros) em 2016, face aos 1,6 mil milhões de libras de lucro registados um ano antes.

O dividendo proposto será de 2,55 pence por ação e um dividendo extraordinário de 0,5 pence, acima do total de dividendos pagos em 2016, de 2,75 pence.

“Apresentamos um desempenho financeiro forte em 2016, mantendo bons progressos nas nossas prioridades estratégicas. A forte geração de capital permitiu-nos aumentar o nosso dividendo em 13%, pagar um dividendo especial e cobrir totalmente o impacto da aquisição da MBNA”, referiu António Horta Osório.

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