Nova FCSH lança cursos gratuitos sobre competências digitais

Com o mercado de trabalho a mudar, jovens precisam de novas competências digitais. Nova FCSH tem abertas inscrições (até 6 de setembro) para cursos sobre este tema.

Estão abertas as candidaturas para os novos cursos sobre competências digitais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Nova FCSH). Até 6 de setembro, os estudantes e os licenciados podem avançar com a sua inscrição. Os cursos são gratuitos.

“A Nova FCSH reforça o seu compromisso com a transformação digital e tem abertas as candidaturas ao novo programa de competências digitais“, informa esta quinta-feira a faculdade, numa nota enviada às redações.

O programa inclui cursos em quatro grandes áreas: literacia da informação digital, criação de conteúdos digitais, comunicação digital e cidadania e soluções de base tecnológica.

No que diz respeito à literacia da informação digital, estão disponíveis, por exemplo, cursos sobre curadoria de informação, produção musical e métodos digitais para a escrita da história.

Já quanto à criação de conteúdos digitais, estão previstas ações, nomeadamente, sobre deteção remota e processamento digital de imagem, bem como sobre sistemas de informação geográfica.

Por outro lado, no âmbito da comunicação digital e cidadania, está previsto, por exemplo, um curso sobre design de interação e experiência do utilizador.

E no que toca às soluções de base tecnológica, estão abertas as inscrições para o curso de expressão regulares para a análise de dados textuais.

10 a 25 vagas previstas para cada curso, sendo que alguns decorrerão em regime remoto e outros em regime híbrido.

As candidaturas devem ser feitas online, sendo que estes cursos destinam-se especificamente a “jovens e adultos licenciados ou estudantes de licenciaturas das áreas não CTEAM (ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática)”, que tenham residência em Portugal.

Estes cursos foram criados no âmbito do consórcio “Digital Sul + Ilhas”, que junta a Universidade Nova de Lisboa a cinco outras instituições do ensino superior: a Universidade do Algarve, a Universidade de Évora, a Universidade da Madeira, a Universidade dos Açores e a instituição Egas Moniz. O consórcio tem o apoio do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

“O consórcio visa capacitar os participantes com as habilidades digitais essenciais para um mercado de trabalho em rápida evolução”, remata a Nova FCSH na nota enviada às redações.

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Financiamento do Estado sobe para seis mil milhões de euros no primeiro semestre

Financiamento do Estado atingiu seis mil milhões de euros até junho, sendo feito sobretudo através da emissão de títulos de dívida.

As necessidades de financiamento do Estado subiram para seis mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que compara com a situação de excedente verificada em igual período do ano passado, que permitiu capacidade de financiamento, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

No primeiro semestre de 2023, o Estado tinha capacidade de financiamento, pelo que registou um financiamento líquido negativo de 6,6 mil milhões de euros. No entanto, até junho deste ano, precisou recorrer a outros setores para se financiar.

Fonte: Banco de Portugal

A informação do regulador bancário indica que o financiamento concedido às administrações públicas pelo exterior foi de oito mil milhões de euros no primeiro semestre, maioritariamente através de títulos de dívida. Em contrapartida, as administrações públicas financiaram os bancos em 1,8 mil milhões de euros, principalmente através do aumento de depósitos.

O financiamento através de emissões líquidas de títulos correspondeu a 9,3 mil milhões de euros, enquanto por intermédio de empréstimos deduzidos de depósitos foi de -3,3 mil milhões de euros.

O Estado registou um défice orçamental de 2.731 milhões de euros até junho, em contabilidade pública, de acordo com dados da Direção-Geral do Orçamento (DGO). Desde dezembro de 2022, quando o saldo global foi negativo em 3.590,8 milhões de euros, que não era tão elevado, tendo-se agravado em 7.574,5 milhões de euros. Esta evolução resulta de um aumento da despesa (11,2%) aliado a uma diminuição da receita de 4,1%.

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Morreu José Guilherme, o construtor que deu “liberalidade” de 14 milhões a Salgado

  • ECO
  • 22 Agosto 2024

O construtor José Guilherme, que ficou conhecido pela liberalidade de 14 milhões de euros oferecida a Ricardo Salgado, morreu esta noite, avança o Jornal Económico.

José Guilherme, que ficou conhecido pela liberalidade de 14 milhões de euros oferecida ao antigo presidente do BES Ricardo Salgado, morreu esta noite aos 78 anos, confirmou o ECO junto de fonte próxima do construtor, depois da notícia avançada pelo Jornal Económico.

Não foram divulgadas a causa da morte do empresário da construção civil que se revelou figura central no caso BES, que colapsou há dez anos.

No âmbito da operação “Monte Branco”, em 2012 foram descobertas transferências de 14 milhões de José Guilherme, cliente do BES, para uma conta de uma sociedade offshore de Salgado na Suíça, desencadeando uma investigação ao então presidente do banco.

Ricardo Salgado justificou os milhões como uma “liberalidade” do seu “amigo” em forma de agradecimento pelos conselhos que deu para investir no mercado imobiliário em Angola.

José Guilherme era um dos grandes devedores do Novobanco, que herdou o negócio do BES, com uma dívida na ordem dos 121 milhões de euros.

Parte das dívidas diziam respeito ao Invesfundo II, um fundo imobiliário criado em 2005 e que juntou o construtor da Amadora, BES e o Montepio. Devia 85 milhões de euros, antes de decretada a insolvência em 2022.

O empresário — que raramente aparecia publicamente — também foi investigado pelo Ministério Público por suspeitas de “luvas” de 1,5 milhões a Tomás Correia, ex-presidente do Montepio, em troca de financiamento bancário, o que negou dizendo que era para os filhos de um amigo já falecido.

Apelidado de “Zé Grande”, chegou a ser acionista do Benfica, com uma participação de quase 4% do capital da SAD encarnada, que terá vendido a José António dos Santos, conhecido como o “Rei dos frangos”.

O Benfica deixou já uma nota de pesar no seu site pela morte do seu antigo sócio 3.683: “Destacado empresário, José Guilherme sempre afirmou o seu profundo benfiquismo através de uma dedicação ao clube que ajudou a superar alguns dos momentos mais exigentes da sua gloriosa existência. Mantendo sempre uma discrição absoluta, José Guilherme foi uma figura decisiva na construção do novo Estádio da Luz e, em vários momentos, determinante para a recuperação financeira do clube”.

(Notícia atualizada às 12:36 com nota do Benfica)

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Jogos Olímpicos dão empurrão temporário à atividade da Zona Euro

Atividade empresarial na zona euro sobe para nível mais elevado em três meses, mas registaram-se tendências diferentes entre a indústria e o serviços.

Os Jogos Olímpicos de Paris impulsionaram a atividade na Zona Euro durante o verão, mas com este efeito a desvanecer-se o pessimismo na indústria deverá estender-se ao setor dos serviços em breve, de acordo com dados relativos ao índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês), publicado pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank.

A atividade empresarial no setor privado da Zona Euro continuou a subir moderadamente em agosto, com o crescimento da produção a atingir máximos de três meses, mas há ventos que sopram em sentido contrário, de que é sinal a queda de novas encomendas.

O PMI da Zona do Euro – que inclui os setores industrial e de serviços – subiu de 50,2 pontos em julho para 51,2 em agosto, sinalizando um ritmo de crescimento mais rápido de produção no setor privado da região após dois meses consecutivos em que o ritmo de expansão abrandou.

“À primeira vista, isto parece uma surpresa agradável: a atividade na zona euro aumentou em agosto. Mas um olhar mais atento as números revela que os fundamentos subjacentes podem ser mais instáveis ​do que parecem“, destaca Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

Fonte: HCOB Flash Eurozone PMI

Na prática registaram-se tendências diferentes nos dois grandes setores abrangidos. Enquanto o crescimento global da produção foi impulsionado por um aumento da atividade empresarial no setor de serviços, que subiu para o maior nível em quatro meses, a indústria continuou a cair acentuadamente em agosto. A influenciar o aumento mais forte da atividade empresarial na zona euro em agosto esteve o aumento da produção em França, onde subiu para máximos de quase um ano e meio.

A economista-chefe do Hamburg Commercial Bank assinala que “o impulso vem em grande parte de um aumento na atividade de serviços em França, com o Índice de Atividade Empresarial a saltar quase cinco pontos [para 52,7], provavelmente ligado ao buzz em torno dos Jogos Olímpicos de Paris“.

No entanto, alerta: há dúvidas que este impulso se mantenha nos próximos meses. Ao contrário de França, na Alemanha o ritmo global de crescimento no setor dos serviços abrandou e o setor industrial continua em rápido declínio, com a atividade a cair pelo segundo mês consecutivo e a um ritmo mais acentuado.

Isolando o PMI da indústria da zona euro verifica-se que caiu de 45,8 pontos em julho para 45,6 em agosto, o nível mais baixo em oito meses. “É uma história de dois mundos. O setor industrial continua atolado na recessão, enquanto o setor dos serviços ainda parece estar a crescer a um ritmo decente”, sublinha Cyrus de la Rubia.

Com o impulso olímpico temporário em França a desvanecer-se e os sinais de diminuição da confiança na indústria de serviços da zona euro, é provavelmente apenas uma questão de tempo até que as dificuldades do setor industrial comecem a pesar também nos serviços

Cyrus de la Rubia

Economista-chefe do Hamburg Commercial Bank

A economista considera que “com o impulso olímpico temporário em França a desvanecer-se e os sinais de diminuição da confiança na indústria de serviços da zona euro, é provavelmente apenas uma questão de tempo até que as dificuldades do setor industrial comecem a pesar também nos serviços“.

Segundo a nota divulgada

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S&P, as novas encomendas continuaram a diminuir e registou-se uma ampla estagnação dos níveis de pessoal em todo o bloco monetário, num contexto de sentimento empresarial mais baixo no acumulado do ano. Paralelamente, a taxa de inflação dos custos dos fatores de produção diminuiu para o menor nível dos últimos oito meses, mas as empresas aumentaram os preços de venda no ritmo mais rápido desde abril.

“Os fabricantes subiram os preços de venda pela primeira vez desde abril de 2023, uma resposta a três meses consecutivos de aumento de custos de produção. Apesar do enfraquecimento da procura, as empresas parecem não ter tido outra escolha senão transferir alguns destes custos mais elevados para clientes. Pelo lado positivo, isso sugere que ainda há algum poder de precificação no mercado”, considera Cyrus de la Rubia.

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Aviões pedidos por Portugal à UE chegam hoje à Madeira. Comissão “preparada” para enviar mais meios

Além das duas aeronaves que chegarão hoje à Madeira, a Comissão Europeia disponibilizou o sistema de satélite da Copernicus para ajudar a monitorizar a evolução do incêndio.

Os dois aviões Canadair de combate a incêndios pedidos pelo Governo português à União Europeia (UE), no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam esta quinta-feira à Madeira. A confirmação foi dada esta manhã pela Comissão Europeia, em comunicado, que anunciou também que o sistema de emergência por satélite Copernicus foi igualmente ativado para ajudar as autoridades locais a monitorizar a evolução do incêndio.

Numa conferência de imprensa esta manhã, em Bruxelas, um porta-voz garantiu que o executivo comunitário está a “acompanhar de perto” a situação da Madeira e assegurou que a Comissão Europeia “está preparada para disponibilizar mais recursos”, se necessário, para combater o incêndio que lavra há nove dias na Madeira.

“Em resposta ao pedido de assistência de Portugal para combater os fortes incêndios florestais na Madeira desde ontem [quarta-feira] à noite, estamos a coordenar o envio de dois aviões de combate a incêndios da reserva estratégica da UE em Espanha”, anunciou o comissário europeu Janez Lenarcic, numa publicação na rede social X (antigo Twitter). “Os aviões chegarão à Madeira hoje”, adiantou o responsável.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou uma mensagem de apoio às autoridades na Madeira que estão no terreno a combater o incêndio. Na rede social X, a líder do executivo frisou que “a UE apoia Portugal na luta contra um incêndio florestal na Madeira“.

A informação surge um dia depois de o Governo ter anunciado que iria ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, no âmbito do qual existe uma reserva estratégica de meios, para que possam ser enviados dois aviões de combate a fogos Canadair para ajudar no combate ao incêndio na Madeira.

O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.

Notícia atualizada às 14h12 com a publicação de Ursula von der Leyen na rede social X

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Residentes falam em “invasão ilegal”, mas presença de barcos chineses nos Açores terá sido falso alarme

  • Lusa
  • 22 Agosto 2024

O assunto foi tema nas redes sociais e um residente na ilha das Flores alertou para "uma invasão ilegal de uma frota pesqueira chinesa". O governo açoriano diz que é um caso de falsificação de dados.

O alerta para a presença de várias embarcações de pesca chinesas na Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores terá sido um caso de falsificação de dados do Sistema de Identificação Automática (AIS), informou esta quinta-feira o executivo açoriano.

Segundo um comunicado do Governo Regional dos Açores, o alerta para a situação, verificada a sul e a sudoeste da ilha das Flores, no grupo Ocidental, foi dado na quarta-feira, pelas 10h30 locais (11h30 em Lisboa), após o que as autoridades iniciaram uma missão de fiscalização e patrulhamento.

“Eram 10h30 de quarta-feira quando o serviço de inspeção da Secretaria Regional do Mar e das Pescas deu alerta ao Centro de Controlo e Vigilância da Pesca, da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, para a existência de 16 navios com pavilhão da República Popular da China a sul da ilha das Flores, identificados no Marine Traffic por AIS terrestre, como sendo de pesca e que apresentavam um comportamento aparentemente não compatível com atividades e operações de pesca“, lê-se na nota.

Após o alerta, foram de imediato ativados os meios navais e aéreos das entidades participantes no Sistema Integrado de Vigilância, Fiscalização e Controlo das Atividades da Pesca (SIFICAP). De acordo com a fonte, a Marinha enviou um semirrígido da Polícia Marítima da ilha das Flores, “para efetuar uma primeira aproximação”, e a Força Aérea Portuguesa (FAP) enviou um avião P3, “para monitorização da área identificada”.

“Não obstante, mas para melhor acompanhamento imediato da situação e respetiva evolução, foram solicitados os serviços de satélite da EuropeanMaritimeSafetyAgency para concederem acesso/imagens do serviço Copernicus”, acrescenta.

A unidade naval do Comando Local da Polícia Marítima das Flores esteve no local e “não verificou qualquer navio“. Também a aeronave da FAP “fez sobrevoo da área para além da área de referência, incluindo até aos limites da ZEE nacional da subárea dos Açores e não verificou qualquer navio deste conjunto, tudo levando a crer que se trata de AIS ‘spoofing‘”, admitiu o executivo açoriano.

As ações de fiscalização foram concluídas pelas 20:30 locais de quarta-feira (21:30 em Lisboa).

O assunto foi referido em publicações nas redes sociais e a Lusa recebeu na noite de quarta-feira uma informação por correio eletrónico, enviada por um residente na ilha das Flores, a alertar para “uma ‘invasão’ ilegal de uma frota pesqueira chinesa”.

“São mais de uma dezena de navios de pesca com bandeira chinesa que estão estacionados a poucas milhas da costa da ilha e na ZEE portuguesa, presumivelmente pescando de arrasto uma série de espécies protegidas (como o atum, cuja pesca está até interditada aos pescadores portugueses)”, descrevia José Madeira.

O mesmo residente na ilha das Flores considerava a situação “inédita”: “Porque se trata da primeira vez que uma frota pesqueira chinesa viola descaradamente a Zona Económica Exclusiva de Portugal, o que está naturalmente a deixar os residentes e pescadores locais muito nervosos e preocupados”.

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Publicidade chega ao Disney+ em outubro

O novo plano "standard com anúncios" chega a Portugal a 17 de outubro. A sua subscrição vai estar disponível apenas num método mensal, cujo valor é de 5,99 euros/mês.

Em breve os portugueses vão poder optar por subscrever o serviço de streaming Disney+ através de um plano com anúncios. Esta tipologia de subscrição, que já foi implementada em outros países, chega a Portugal a partir de 17 de outubro.

O novo plano “standard com anúncios” vai estar disponível apenas num método mensal, cujo valor é de 5,99 euros/mês. Este plano de subscrição permite a visualização (até 1080p full HD) em simultâneo em dois ecrãs mas não permite downloads.

Os clientes do serviço de streaming da Disney vão dispor também da opção de assinatura “standard” – que permite ver séries e filmes sem interrupções (até 1080p full HD), em dois ecrãs em simultâneo, e fazer downloads num máximo de 10 dispositivos – que custa 9,99 euros/mês ou 99,90 euros/ano.

Já a subscrição “premium” vai possibilitar a visualização de séries e filmes sem interrupções (até 4k UHD & HDR), em quatro ecrãs em simultâneo, e fazer downloads num máximo de 10 dispositivos. O custo é de 13,99 euros/mês ou 139,90 euros/ano.

Recorde-se que atualmente, as opções de subscrição do Disney+ variam apenas entre a subscrição mensal (10,99 euros/mês), e a subscrição anual (109,90 euros/ano), pelo que a chegada do método de subscrição com publicidade vai permitir aos subscritores do serviço a poupança de alguns euros.

O lançamento do plano com anúncios no Disney+ em Portugal é uma importante evolução do serviço tanto para os consumidores, que passam a ter mais opções para aceder ao Disney+, como para os anunciantes, nossos parceiros, e para o mercado publicitário no seu todo“, entende Luís Fernambuco, VP general manager da The Walt Disney Company (TWDC) Portugal, conforme citado em comunicado.

“A partir de 17 de outubro, a TWDC Portugal passará a ter uma oferta publicitária integrada, que adicionará o Disney+ à atividade comercial que desenvolve há anos em Portugal, onde se destaca tanto pela publicidade nos canais lineares do nosso grupo — Star, National Geographic, 24 Kitchen e Disney Channel — como pela inovação e qualidade reconhecida por todo o setor na produção e implementação de formatos inovadores de branded content, eventos e outros formatos publicitários”, acrescenta.

Atualmente, o Disney+ oferece conteúdos da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic e da marca de entretenimento Star, bem como séries e filmes de estúdios como o FX, ABC, Disney Television Studios, Searchlight Pictures e 20th Century Television.

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TdC dá visto prévio ao prolongamento da concessão do Metro de Lisboa até julho de 2030

A decisão contribui para a "criação das condições de estabilidade e previsibilidade necessárias à concretização do exigente plano de investimentos em curso", entende a empresa.

O Tribunal de Contas concedeu visto prévio ao aditamento ao contrato de concessão de serviço público de transporte de passageiros do Metropolitano de Lisboa, que vai vigorar até 1 de julho de 2030. Esta decisão suporta a concretização dos planos de expansão e modernização da rede do metro.

“Esta decisão constitui um marco relevante para a criação das condições de estabilidade e previsibilidade necessárias à concretização do exigente plano de investimentos em curso e para prosseguir com a estratégia de melhoria e desenvolvimento sustentável do serviço público de transporte de passageiros pelo Metropolitano de Lisboa“, refere a empresa em comunicado.

O aditamento ao contrato de concessão permite a definição de “mecanismos equilibrados de remuneração e de monitorização rastreáveis, assegurando a definição clara das obrigações de serviço público e respetivos mecanismos de controlo”.

O Governo decidiu em março prorrogar a concessão do serviço público de transporte de passageiros à empresa Metropolitano de Lisboa até 2030, num investimento de cerca de 71 milhões de euros.

No entendimento do Governo, a prorrogação do prazo de concessão era “necessária à prossecução do interesse público” e à concretização de projetos e investimentos já em curso, considerando ser o tempo necessário para a “amortização e remuneração do capital investido pelo concessionário”.

Segundo o Metropolitano de Lisboa, o contrato de concessão “reconhece e valoriza o papel fundamental e estruturante do Metropolitano de Lisboa para a mobilidade na cidade e na Área Metropolitana de Lisboa, na promoção da utilização do transporte público, na descarbonização e na transição energética, assegura o alinhamento temporal necessário com os calendários dos investimentos de expansão e modernização em curso”.

Além disso também “define e clarifica um conjunto coordenado e coeso de métricas de eficiência e eficácia para a medição da qualidade do serviço público e dos objetivos de valorização do seu serviço e do capital humano da empresa”.

Segundo a própria empresa, o metro de Lisboa assegura o transporte de 600 mil passageiros todos os dias úteis, sendo carbonicamente neutro nas suas operações, o que contribui para o compromisso assumido por Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.

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Aposta nos Certificados de Aforro cai há nove meses

Famílias continuam sem grande interesse nos certificados do Estado como forma de rentabilizar as suas poupanças.

Os certificados continuam fora do radar das famílias portugueses, sendo que os outrora populares Certificados de Aforro registam quebras de investimento há nove meses, depois de o Governo ter cortado a taxa de juro deste produto de poupança.

Entre subscrições e resgates, os Certificados de Aforro observaram um saldo negativo de 19,29 milhões de euros em julho, mantendo a tendência que se verifica desde novembro do ano passado, período em que acumula saídas líquidas de 130 milhões. Ainda assim, estes certificados continuam a assegurar uma grande fatia da poupança das famílias: 33,9 mil milhões de euros era o valor investido no final do mês passado.

Em junho do ano passado, o Governo decidiu cortar a taxa de juro quando lançou a nova Série F e, desde então, que o interesse das famílias se desvaneceu, até porque os bancos também começaram a remunerar os depósitos de forma mais adequada.

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Quanto aos Certificados do Tesouro, que atingiram o auge antes da pandemia, há 33 meses que registam mais saídas do que entradas. Em julho registou subscrições líquidas negativas de 82,9 milhões de euros, com o valor do investimento a cair para 10,2 mil milhões.

Tudo somado, as famílias detinham 44,18 mil milhões de euros em aplicações nos certificados.

(Notícia atualizada às 12h08)

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Lucro do Crédito Agrícola cresce 30% até junho à boleia das taxas de juro

Instituição liderada por Licínio Pina contou com o ambiente de taxas de juro elevadas para melhorar os resultados na primeira metade do ano: lucrou 224,4 milhões de euros.

O Crédito Agrícola reportou um lucro de 224,4 milhões de euros no primeiro semestre, correspondendo a uma subida de 28,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Como aconteceu com a generalidade dos bancos, também a instituição liderada por Licínio Pina beneficiou do ambiente de taxas de juro elevadas, com a margem financeira – que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – a aumentar 19,3% para 398,9 milhões de euros.

Este desempenho ajudou o grupo a registar um crescimento de 14,2% no produto bancário para 520,6 milhões de euros, apesar do recuo de quase 5% nas comissões, para 74,6 milhões.

Os custos de estrutura aumentaram 6%, para 219,6 milhões de euros, um acréscimo que é justificado principalmente pelo aumento dos custos com pessoal, “devido aos impactos da implementação de um novo modelo de carreiras, do aumento do número de colaboradores e das atualizações da tabela salarial”.

Por outro lado, as imparidades e provisões baixaram 73,1%, para 7,5 milhões.

Deste modo, o Crédito Agrícola alcançou uma rentabilidade dos capitais próprios de 17,7%, um registo para o qual também contribuiu os desempenhos positivos do negócio de seguros vida e não vida.

A CA Seguros apresentou um lucro de seis milhões de euros e a CA Vida de 3,3 milhões de euros, com o resultado a crescer 15,4% em termos homólogos.

Ao nível do balanço, a carteira de empréstimos praticamente estagnou em relação ao final do ano passado, mantendo-se nos 12,1 mil milhões de euros, sendo que a quebra no crédito às famílias (-1,6% para 4,85 mil milhões) foi compensada pelo crescimento do crédito às empresas e administrações públicas (+1,8% para 7,26 mil milhões).

Já os depósitos tiveram um crescimento de 4,4% desde o início do ano, ascendendo a 20,9 mil milhões de euros.

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PIB da OCDE mantém crescimento de 0,5% no segundo trimestre

Economia dos países da OCDE manteve inalterada a taxa de crescimento, na comparação em cadeia, registada no arranque do ano.

A economia dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve o ritmo de crescimento no segundo trimestre deste ano, com uma taxa de 0,5%, de acordo com a informação divulgada esta quinta-feira pela instituição.

Embora a taxa de crescimento global do PIB da OCDE, na comparação em cadeia, tenha permanecido inalterada em 0,5% no segundo trimestre de 2024, a economia do G7 avançou mais rapidamente no segundo trimestre (0,5%) do que no primeiro trimestre (0,2%).

O crescimento acelerou nos Estados Unidos de 0,4% no primeiro trimestre para 0,7% no segundo trimestre, impulsionado principalmente por um aumento do consumo privado (0,6% face a 0,4% no 1º trimestre). A tendência também se registou no Japão, com o PIB a subir 0,8% no segundo trimestre, após uma contração de 0,6% no primeiro trimestre, ajudado pela recuperação do consumo privado (1% no segundo trimestre face a -0,6% no primeiro trimestre) e ao investimento (1,7% face a -0,9%). O PIB do Canadá também subiu (de 0,4% para 0,5%) e manteve-se inalterado em França (0,3%).

Por outro lado, a economia alemã contraiu-se ligeiramente (-0,1% no segundo trimestre, após um crescimento de 0,2% no primeiro trimestre), devido a uma queda, em particular, na formação bruta de capital fixo em máquinas e equipamentos e na construção. O crescimento também abrandou ligeiramente em Itália e no Reino Unido no segundo trimestre, para 0,2% e 0,6%, respetivamente, em comparação com 0,3% e 0,7% no primeiro trimestre. No segundo trimestre, a economia portuguesa cresceu 0,1% face ao trimestre anterior.

Na comparação homóloga, o PIB da OCDE avançou 1,8% no segundo trimestre, quando no primeiro trimestre subiu 1,7%. Já a economia do G7 cresceu 1,7%, após uma taxa de 1,6% nos primeiros três meses do ano.

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Governo cria comissão para auditar Caixa de Previdência dos advogados

A nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído.

O Governo publicou esta quinta-feira em Diário da República o despacho que determina uma auditoria à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras, a qual deverá estar concluída e homologada no prazo de cinco meses. A nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído.

“A complexidade da matéria em apreço, bem como o pretendido apuramento dos impactos da eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, impõem não só a realização de uma auditoria ao património, encargos e responsabilidades futuras daquela entidade, tal como recomendado pela Assembleia da República, mas também uma análise técnica rigorosa aos resultados dessa mesma auditoria em função dos modelos em que tal integração poderá ocorrer“, lê-se em Diário da República.

Este despacho vem extinguir a comissão de avaliação criada em novembro de 2023, que tinha como objetivo analisar uma auditoria, que não foi realizada, e estudar a eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, ou, em alternativa, de ponderar um novo modelo de proteção social, tendo tal comissão sido incumbida de apresentar um relatório no prazo de 12 meses.

A nova comissão será composta por sete membros: um representante da área governativa da justiça, que preside e que diligencia pela constituição e pelo regular funcionamento da comissão; um da área das finanças; outro da área do trabalho, solidariedade e segurança social; um representante da CPAS e outro da Ordem dos Advogados; um representante da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução; e, por fim, uma pessoa de “reconhecido mérito”, que será indicada por alguns dos membros anteriores. A comissão de avaliação vai iniciar funções no prazo de 45 dias após a publicação do despacho.

“Sob a égide da comissão de avaliação, é constituído um grupo técnico, composto por técnicos do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças (GPEARI) e da Direção-Geral de Segurança Social, designados pelo Secretários de Estado Adjunto e do Orçamento e pelo Secretário de Estado da Segurança Social, com a missão de elaborar, com base nos resultados da auditoria e em cálculos atuariais pertinentes, um relatório“, explicam.

Esse relatório, que deverá ser entregue no prazo de quatro meses após a criação do grupo, contemplará o estudo de três possibilidades: a plena integração dos beneficiários da CPAS na Segurança Social, com impacto financeiro neutral no sistema previdencial; a criação de um regime optativo em que os beneficiários possam escolher entre a integração na Segurança Social ou na CPAS; e a manutenção da CPAS, com melhoramentos decorrentes das possibilidades reveladas no relatório do grupo técnico.

“Tendo por base os resultados da auditoria e o relatório do grupo técnico, a comissão de avaliação deverá cumprir a missão para a qual foi constituída, apresentando o seu relatório no prazo máximo de dois meses a contar da data da entrega do relatório produzido pelo grupo técnico”, lê-se.

As iniciativas legislativas apresentadas no Parlamento para alterar as regras de proteção social dos advogados e solicitadores foram votadas na generalidade a 28 de abril e rejeitadas. Apenas passou o projeto de resolução do PS visa a realização de uma auditoria e a criação de uma referida comissão. Foram rejeitados os cinco projetos de lei – do BE, do PAN, do Livre e do Chega – que pretendiam que os advogados, solicitadores e agentes de execução passassem a poder optar pelo regime contributivo: Segurança Social ou CPAS.

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