EDP reduz preço do gás em 26% a partir de outubro

Já o preço da eletricidade mantém-se inalterado, pelo menos, até ao final do ano.

A EDP vai reduzir no dia 1 de outubro a fatura do gás para os clientes residenciais em 26%, em termos médios.

“Perante alguma melhoria sentida nos mercados internacionais de energia para a aquisição de gás natural, a EDP Comercial tem condições para reduzir a componente de energia da fatura dos clientes residenciais, em média, em 26%, a partir de 1 de outubro”, indica fonte oficial da EDP.

o preço da eletricidade mantém-se inalterado até ao final do ano, acrescenta a empresa.

Esta comunicação surge depois de, a 25 de agosto, a Galp ter avançado que vai aumentar os preços do gás natural em média em 4% a partir de 1 de outubro, enquanto manterá, igualmente, o preço da eletricidade inalterado até ao final do ano.

No simulador de preços disponibilizado pelo regulador da energia, para uma família pequena — um casal sem filhos –, a escolha mais económica é o mercado regulado, sendo que a primeira oferta da Galp aparece como quarta opção mais barata e a EDP figura em décimo lugar. Para um casal com filhos, o cenário é o mesmo, com exceção da EDP, que aparece em nono lugar na lista de opções mais económicas. Já para um casal com filhos e aquecimento central, a EDP sobe mais um degrau, até à oitava posição, enquanto a Galp se mantém em quarto e o mercado regulado segura a “taça” de tarifa mais barata.

(Notícia atualizada às 12h55 com mais informação)

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Custos da construção de habitação nova aumentaram 2,3% à boleia dos custos da mão-de-obra

O preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -1,5% e o custo da mão-de-obra de 7,7%, em julho. Ambos os indicadores abrandaram face ao mês anterior.

Os custos da construção de habitação nova aumentaram 2,3%, em julho, em termos homólogos, à boleia dos custos da mão-de-obra, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira. Já os materiais de construção apresentam uma variação negativa.

“Em julho de 2023, estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 2,3% em termos homólogos, menos 0,5 pontos percentuais (p.p.) que o observado no mês anterior. O preço dos materiais apresentou uma variação homóloga de -1,5% e o custo da mão-de-obra de 7,7%”, escreve o INE. No entanto, ambos os indicadores abrandaram face ao mês anterior — menos 0,7 p.p. e menos 0,2 p.p., respetivamente.

O custo da mão-de-obra contribuiu com 3,2 p.p. (tal como no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do índice e os materiais com -0,9 p.p. (-0,4 p.p. em junho), detalha o INE. E entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação do preço estão a chapa de aço macio e galvanizada, e os betumes, que “apresentaram decréscimos de cerca de 25% em termos homólogos”. Mas também os produtos energéticos, o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, todos com descidas a rondar os 15%. Já o cimento, o betão pronto e as tintas, primários, subcapas e vernizes contribuíram para agravar os preços ao apresentar crescimentos homólogos em torno de 10%.

Porém, quando a comparação é feita em cadeia, ou seja, em relação ao mês anterior, o índice de custos de construção de habitação nova registou uma taxa de variação de 0,3% em julho, com o o custo dos materiais a subir 0,2% e o da mão-de-obra 0,4%. “As componentes materiais e mão-de-obra contribuíram com 0,1 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,3 p.p. e 0,3 p.p. em junho, pela mesma ordem)”, detalha o INE.

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Portugal é o país da União Europeia que mais pesquisou por notícias falsas em 2023

As pesquisas por inteligência artificial também registaram um pico em 2023, sendo que o interesse sobre este assunto entre os portugueses aumentou 290% desde o ano passado.

Portugal é o país da União Europeia que mais pesquisou por notícias falsas em 2023. Nos últimos cinco anos, o interesse por pesquisas sobre desinformação cresceu 620% e por notícias falsas 300%, revelam as novas tendências de pesquisa divulgadas pela Google.

Quanto às tendências de pesquisa sobre desinformação, estas incluem “como as notícias falsas afetam as nossas vidas”, “o que é desinformação” e “como lidar com a desinformação”.

Segundo a Google, as pessoas em Portugal continuam preocupadas quanto ao tema da cibersegurança, sendo que as algumas pesquisas relacionadas com o tema aumentaram significativamente nos últimos cinco anos, como as pesquisas por “phishing por SMS” (+1250%), “phishing de voz” (+1160%) e “violação de dados” (+230%). Já o interesse de pesquisa em “definições de privacidade” aumentou mais de 5000% só este ano.

A Google, que em julho lançou em Portugal o Bard – ferramenta parecida com o ChatGPT -, encontra-se também a usar a inteligência artificial (IA) para enfrentar os desafios de desinformação e segurança, refere-se em nota de imprensa.

Através do Google News Initiative, “os engenheiros trabalham diretamente com os verificadores de factos e editores dos meios de comunicação para usar ferramentas baseadas em IA para identificar e combater a desinformação”, explica-se. Já o Gmail, por exemplo, bloqueia automaticamente 99,9% de malware, phishing e spam e protege mais de 1,5 mil milhões de contas através do recurso a ferramentas de IA.

As pesquisas por inteligência artificial, na verdade, registaram também um pico. Em 2023, até agora, o interesse neste assunto aumentou 290% desde o ano passado, e 500% quando comparado com os últimos cinco anos.

Entre as perguntas mais populares encontra-se “como funciona a inteligência artificial” (+7580% desde o ano passado), “o que é inteligência artificial” (+2620%) e “onde a inteligência artificial é usada?” (+270%). Já as pesquisas por “quando surgiu a inteligência artificial” aumentaram mais de 5000% desde o ano passado.

Os portugueses também começaram a pesquisar formas de utilizarem a IA para aumentarem a sua produtividade ou desenvolverem as suas carreiras profissionais. Segundo os dados revelados, o interesse da pesquisa por IA em relação à elaboração de currículos aumentou 490% este ano, enquanto as pesquisas por IA em relação a cursos e engenheiros registaram um aumento de 250%.

Já as pesquisas por “IA para escrever textos”, “IA para editar vídeos”, “IA para programação” e “IA para criar um logótipo” aumentaram mais de 5000% em comparação com 2022.

Em Portugal as pessoas parecem também “cada vez mais interessadas em desenvolver as suas carreiras e em aprender novas competências”, tendo em conta que pesquisas por “como abrir um negócio online” aumentaram mais de 5000% no ano passado ou “como abrir uma loja online” duplicaram nos últimos cinco anos.

Já em termos de novas certificações, os cursos mais populares nas pesquisas dos portugueses foram “curso de programação”, “curso de IA” e “curso de informática”, segundo os dados da Google.

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Banco Empresas Montepio vendido à fintech Rauva por 35 milhões de euros

O Banco Montepio acordou a venda da licença bancária do banco de empresas à fintech Rauva. Negócio de 35 milhões deverá ficar concluído nos próximos meses, após luz verde dos reguladores.

O Banco Montepio fechou a venda da licença bancária do Banco Empresas Montepio, o antigo Montepio Investimento, à fintech Rauva, num negócio avaliado em 35 milhões de euros.

A operação encontra-se ainda dependente da aprovação dos reguladores, um processo que deverá demorar alguns meses, de acordo com o CEO do banco, Pedro Leitão, em conferência a partir da sede, em Lisboa.

Montepio vende Banco Empresas Montepio à Fintech Rauva - 08SET23
Montepio vende Banco Empresas Montepio à Fintech RauvaHugo Amaral/ECO

Antes da conclusão da transação, os ativos, passivos, operações e trabalhadores do BEM serão transferidos para o Banco Montepio. O banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) já tinha anunciado anteriormente que estava a avaliar a venda da licença do banco de empresas, e agora está prestes a colocar um ponto final à aposta estratégica do anterior presidente Carlos Tavares.

“O valor da venda terá como referência um múltiplo de entre 1,15x a 1,18x capitais próprios do BEM à data da conclusão da operação, estimados em 30 milhões”, refere o Montepio em comunicado. Contas feitas, a transação deverá fazer-se por cerca de 35 milhões de euros. “À presente data não é possível estimar com exatidão o valor do impacto positivo nos resultados do Banco Montepio”, acrescenta o comunicado.

Queremos preservar e potenciar a nossa proposta de valor de banca comercial e de empresas que estamos a entregar ao mercado. Seria um contrassenso desperdiçar este valor.

Pedro Leitão

CEO do Banco Montepio

Pedro Leitão explicou aos jornalistas que a venda do BEM representa mais um passo no ajustamento que tem vindo a executar no banco que lidera desde 2020. Ainda assim, destacou que o Banco Montepio vai continuar a desenvolver o negócio do BEM. “Queremos preservar e potenciar a nossa proposta de valor de banca comercial e de investimento que estamos a entregar ao mercado”, assumiu. “Seria um contrassenso desperdiçar este valor”, sublinhou.

Nos últimos anos, o banco avançou com um plano de saídas de centenas de trabalhadores, fecho de agências e ainda a alienação de operações, como Angola e agora o BEM. A venda do Finibanco Angola levou a instituição financeira a prejuízos de 48,3 milhões no primeiro semestre do ano.

“Portugal em primeiro”

A Rauva assume-se como a primeira super app para os negócios em Portugal. Também presente na conferência de imprensa, o cofundador e CEO da Rauva, Jon Fath, adiantou que pretende “fazer com que a Rauva seja um banco europeu, ajudar os negócios de pequena e média dimensão, ajudar os empreendedores a gerir os negócios”.

“A ideia é expandir a licença do BEM para o resto da Europa. Queremos criar uma proposição de valor em primeiro lugar em Portugal, temos cá a nossa equipa. A ideia é depois expandir para o resto do negócio europeu”, explicou o responsável.

(Notícia atualizada às 12h01)

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Exportações caem 10,6% em julho. Estão a recuar há quatro meses consecutivos

Em julho deste ano, o défice da balança comercial recuou sete milhões de euros para 2.218 milhões de euros, face a igual período de 2022, adianta o INE.

As exportações de bens recuaram 10,6% em julho, em termos nominais, em comparação com o mesmo mês de 2022, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É o quarto mês consecutivo a recuarem, em termos homólogos. Já as importações registaram uma descida homóloga de 8,2%.

Os combustíveis e lubrificantes são uma das categorias a influenciar este desempenho, com o INE a destacar um decréscimo de 47,8% nas importações desta categoria, em consequência da quebra de 19,3% em volume e da diminuição de 49,5% em valor dos óleos brutos de petróleo, “refletindo a descida do preço deste produto no mercado internacional (-37,5%)”. Além disso, o gabinete de estatísticas destaca ainda a queda de 13,6% dos fornecimentos industriais, “principalmente de Metais comuns provenientes de Espanha”.

Já no que toca às exportações, o INE destaca também a queda homóloga de 46,3% dos combustíveis e lubrificantes, “refletindo igualmente decréscimos em volume e em valor”, bem como o decréscimo de 18,3% dos fornecimentos industriais, “sobretudo de produtos químicos e de pastas celulósicas e papel”. “Excluindo Combustíveis e lubrificantes, observou-se uma diminuição de 7,1% nas exportações e um ligeiro aumento de 0,2% nas importações (+1,1% e +2,5%, respetivamente, em junho de 2023)”, acrescenta o gabinete de estatísticas.

Evolução das exportações até julho 2023Fonte: INE

Neste contexto, os “índices de valor unitário (preços) registaram variações de -4,2% nas exportações e -9,1% nas importações”, como nota o INE, mas se retirarmos os produtos petrolíferos, as variações são de 0,3% nas exportações e de 3,4% nas importações.

Já na comparação em cadeia, isto é com junho, as exportações encolheram 6,1%, enquanto as importações cederam 3,4%.

No agregado do trimestre terminado em julho, as exportações e as importações diminuíram 7% e 6,7%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2022.

Balança comercial encolhe em sete milhões de euros

Em julho deste ano, o défice da balança comercial portuguesa (exportações menos importações) encolheu em sete milhões de euros, para 2.218 milhões de euros, face a igual período do ano passado. Contudo, quando comparado com o mês anterior, verificou-se um aumento de 109 milhões de euros.

“Excluindo Combustíveis e lubrificantes, em julho de 2023, o saldo da balança comercial totalizou -1 709 milhões de euros, o que corresponde a um aumento do défice de 477 milhões de euros face a julho de 2022 e de 199 milhões de euros comparando com o mês anterior”, conclui o gabinete de estatísticas.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h58)

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Volume de negócios na indústria recua, mas emprego resiste

O volume de negócios na indústria caiu 7,7% em julho, mas o emprego aumentou 0,7% e os salários cresceram 6%.

O volume de negócios na indústria caiu quase 8% em julho, mas o emprego, as remunerações e as horas trabalhadas mantiveram-se em terreno positivo, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Alguns segmentos do setor industrial estão a ser afetados de modo significativo pela escassez de encomendas e o Governo já está a preparar uma nova medida para evitar despedimentos.

“O índice de volume de negócios na indústria registou, em termos homólogos e nominais, uma redução de 7,7% em julho, 0,2 pontos percentuais (p.p.) menos intensa que a verificada em junho”, salienta o gabinete de estatísticas esta manhã.

Por mercados, enquanto o índice relativo às vendas feitas em Portugal caiu, em termos homólogos, 4,1%, o indicador referente às vendas para o mercado externo recuou 12,5%.

E enquanto no mercado nacional foi verificada uma atenuação da tendência negativa (de 1,7 p.p.) face à variação registada no mês anterior, no mercado externo houve um agravamento (de 1,9 p.p.).

Contas feitas, o índice de vendas com destino ao mercado nacional contribuiu -2,3 p.p. para a variação total do índice de volume de negócios na indústria. Já as vendas para o mercado externo originaram um contributo de -5,4 p.p., dá conta o INE.

Por outro lado, numa análise por agrupamentos, há a destacar que os bens intermédios deram o contributo mais expressivo para a variação do índice total, ao terem caído 13,3%, mais 3,4 p.p. do que a variação registada no mês anterior.

Já a energia atenuou o decréscimo em 10,5 p.p. para -16,4%. Quantos aos bens de consumo e bens de investimento, julho foi sinónimo de aumentos de 2,3% e 3,7%. Em comparação com as variações registadas em junho, concluiu-se, contudo, que houve um abrandamento neste agrupamento.

Se olharmos, porém, especificamente para o mercado nacional, foi a energia a dar o contributo mais influente em julho, ao ter caído 11%. Em contraste, no mercado externo, foram os bens intermédios que mais pesaram.

Com estas variações como pano de fundo, o emprego na indústria cresceu 0,7%, menos 0,2 p.p. do que em junho. Já os salários aumentaram 6%, desacelerando face à subida de 8,4% registada no mês anterior.

Por outro lado, as horas trabalhadas avançaram 0,1%, recuperando do recuo de 0,6% contabilizado em junho.

Alguns dos segmentos do setor industrial estão a ser castigados pelo cenário internacional, que tem levado a uma redução das empresas. É o caso, por exemplo, do têxtil. O Governo está a preparar, por isso, um novo programa de formações, que suportará uma parte do salário dos trabalhadores destas empresas e tentará evitar, assim, os despedimentos.

Notícia atualizada às 11h29

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Família Monteiro vende Matcerâmica da Batalha à capital de risco Atena e ao CEO

Fabricante de louça de mesa que detém a marca Nosse emprega 500 pessoas e faturou 25,2 milhões de euros em 2022. Produz mais de um milhão de peças por mês e exporta 97% da produção.

Fundada há mais de duas décadas por Isabel e José Luís Monteiro, a Matcerâmica acaba de passar para as mãos da Atena Equity Partners, através do fundo Atena II, e do CEO do grupo de cerâmica da Batalha, Marcelo Sousa, que anunciaram esta sexta-feira a aquisição de 100% do capital, incluindo a marca Nosse, à família fundadora.

Com mais de 500 trabalhadores e uma unidade de produção com mais de 30 mil metros quadrados, que produz mensalmente mais de um milhão de peças, é um dos principais grupos nacionais produtores de cerâmica de mesa em grés e faiança (tableware). No ano passado registou vendas de 25,2 milhões de euros e exportou 97% da produção.

Victor Guégués, founding partner da Atena Equity Partners

Victor Guégués, founding partner da sociedade de capital de risco que no último ano comprou uma empresa de plásticos da Trofa, a empresa de brinquedos Science4you e a têxtil de Barcelos Quinta & Santos, destaca a “equipa extraordinária” da empresa e o “forte potencial de otimização e crescimento que a Atena, enquanto novo acionista quer exponenciar, nomeadamente através da consolidação internacional da marca Nosse”.

Citado no mesmo comunicado de imprensa, o CEO, Marcelo Sousa, que fica com uma posição minoritária, confia que os novos donos vão dar ao grupo da região de Leiria “melhores condições para acelerar o seu desenvolvimento, procurar posicionamentos inovadores, consolidar a sua posição de liderança e apostar no desenvolvimento do seu portefólio de produtos”.

Com a nova estrutura acionista, o grupo terá melhores condições para acelerar o seu desenvolvimento, procurar posicionamentos inovadores, consolidar a sua posição de liderança e apostar no desenvolvimento do seu portefólio de produtos.

Marcelo Sousa

CEO da Matcerâmica

“É com muita satisfação que assistimos a este novo capítulo no desenvolvimento do grupo que fundámos. Estamos muito satisfeitos pelo facto de os novos acionistas partilharem os valores que presidiram, desde o início, à criação da Matcerâmica, assentes numa contínua qualificação e valorização dos recursos humanos, na aposta no melhor produto e qualidade de serviço junto dos clientes, e na permanente procura de inovação, procurando assentar a sua atividade nas melhores práticas de sustentabilidade”, resumem os fundadores, Isabel Monteiro e José Luís Monteiro.

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Preços mundiais do arroz atingiram em agosto máximo dos últimos 15 anos

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

Os preços de todos os tipos de arroz subiram 9,8% em agosto, face a julho, atingindo o valor mais alto dos últimos 15 anos, refletindo as perturbações no comércio na sequência das restrições na Índia.

Os preços mundiais do arroz atingiram em agosto o nível mais elevado dos últimos 15 anos, com um aumento de 9,8% em relação a julho, depois de a Índia ter imposto restrições à exportação, informou esta sexta-feira a FAO.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) precisa que os preços de todos os tipos de arroz subiram 9,8% em relação a julho, atingindo o valor mais alto dos últimos 15 anos, refletindo as perturbações no comércio na sequência da proibição das exportações de arroz branco Indica pela Índia, o maior exportador mundial de arroz.

Os preços do açúcar também subiram, 1,3% em relação a julho, com a média de agosto a aumentar 34,1% em relação ao valor de há um ano.

Os preços mundiais dos produtos alimentares no seu conjunto caíram ligeiramente no mês passado, arrastados pela descida dos preços dos cereais, óleos vegetais e produtos lácteos, depois do aumento do mês anterior devido ao fim do acordo do Mar Negro.

O índice de preços dos alimentos da FAO, que acompanha as variações mensais dos preços internacionais dos produtos alimentares comercializados a nível mundial, atingiu uma média de 121,4 pontos em agosto, menos 2,1% do que em julho e menos 24% do que o pico em março de 2022.

Mais pormenorizadamente, o preço dos óleos vegetais diminuiu 3,1% em agosto, invertendo parcialmente o forte aumento de 12,1% em julho, enquanto o índice de preços dos cereais da FAO diminuiu 0,7% em relação a julho, após o aumento do mês anterior devido ao fim do acordo do Mar Negro.

Concretamente, os preços do trigo caíram 3,8% em agosto, devido ao aumento das disponibilidades sazonais de vários dos principais exportadores, enquanto os preços internacionais dos cereais secundários caíram 3,4%, devido à abundante oferta mundial de milho, resultante de uma colheita recorde no Brasil e do início iminente da colheita nos Estados Unidos.

O Índice de Preços dos Laticínios da FAO desceu 4% em relação a julho, devido às cotações internacionais do leite em pó gordo, que é abundante na Oceânia, enquanto os preços da carne desceram 3,0%.

A produção mundial de cereais deverá igualar o recorde anterior, de acordo com um novo relatório da FAO que prevê 2,815 mil milhões de toneladas, a par do recorde alcançado em 2021.

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Taxa Euribor sobe em todos os prazos

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta sexta-feira para 4,086%, mais 0,008 pontos que na quinta-feira.

A taxa Euribor subiu esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses face ao dia anterior.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 4,086%, mais 0,008 pontos que na quinta-feira, depois de ter subido até 4,193% a 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
  • No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho de 2022, subiu para 3,952%, mais 0,014 pontos do que na sessão anterior, abaixo dos 3,987% registados em 31 de agosto, um máximo desde novembro de 2008.
  • Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,001 pontos face à véspera, ao ser fixada em 3,800%, depois de ter atingido um novo máximo de 3,826% em 23 de agosto deste ano.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base – tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, a 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e a 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Carlos Coelho questiona Bruxelas sobre inexistência de membro português no TCE há 2 anos

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

Eurodeputado considera que a falta de um representante português "levanta sérias questões no que respeita à capacidade de Portugal cumprir eficazmente as suas responsabilidades" no seio do TCE.

O eurodeputado do PSD Carlos Coelho questionou esta sexta-feira a Comissão Europeia sobre a inexistência, há já dois anos, de um membro português no Tribunal de Contas Europeu (TCE), na sequência da morte de João Figueiredo, em 2021.

Existem precedentes em que um Estado-Membro tenha passado um período sem representação no TCE semelhante ao que Portugal está atualmente a vivenciar? Se sim, que país, e durante quanto tempo?”, pergunta o eurodeputado ao executivo comunitário.

Coelho quer ainda saber se a Comissão Europeia tem conhecimento de alguma iniciativa de Portugal para nomear um juiz em substituição de Figueiredo. A situação, considera o eurodeputado, “levanta sérias questões no que respeita à capacidade de Portugal cumprir eficazmente as suas responsabilidades no seio do Tribunal de Contas Europeu“.

Os membros do TCE – o auditor externo da UE – são propostos por cada Estado-membro e nomeados pelo Conselho da União Europeia após consulta ao Parlamento Europeu (PE).

Os eurodeputados José Manuel Fernandes (chefe da delegação do PSD no PE), Paulo Rangel, Lídia Pereira, Maria da Graça Carvalho e Cláudia Monteiro de Aguiar subscreveram a pergunta de Coelho.

João Figueiredo, que morreu em 30 de junho de 2021, substituiu Vítor Caldeira no TCE em 01 outubro de 2016, afeto à Câmara I (Utilização Sustentável de Recursos Naturais), depois de ter sido (2008-2016) juiz do Tribunal de Contas português. Exerceu também funções de secretário de Estado da Administração Pública (2005-2008).

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Bloqueio russo aos portos ucranianos é “escandaloso”, diz Charles Michel

  • Lusa
  • 8 Setembro 2023

"É francamente escandaloso que a Rússia, depois de pôr fim à iniciativa cerealífera do Mar Negro, esteja a bloquear e a atacar os portos marítimos ucranianos. Isto tem de parar", disse Charles Michel.

O bloqueio da Rússia aos portos da Ucrânia, desde que se retirou, em julho, de um acordo mediado pela ONU e pela Turquia, “é escandaloso e deve acabar”, disse esta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu.

“É francamente escandaloso que a Rússia, depois de pôr fim à iniciativa cerealífera do Mar Negro, esteja a bloquear e a atacar os portos marítimos ucranianos. Isto tem de parar”, disse Charles Michel.

A Rússia retirou-se do acordo que permitia a exportação em segurança de cereais da Ucrânia, um dos maiores produtores do mundo, depois de dizer que o acordo não conseguiu atingir o objetivo de aliviar a fome em África.

Desde então, o Kremlin tem pedido à Turquia que ajude a Rússia a exportar os seus cereais para países africanos, nomeadamente no início da semana, em conversações entre o líder russo, Vladimir Putin, e o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no sul da Rússia.

“A oferta de um milhão de toneladas de cereais a África feita pelo Kremlin é absolutamente cínica”, acrescentou Charles Michel aos jornalistas em Nova Deli, na véspera da cimeira do G20.

A Ucrânia e a Rússia são grandes exportadores de cereais. O acordo implementado no ano passado ajudou a baixar os preços globais dos alimentos e proporcionou à Ucrânia uma importante fonte de receitas para o seu esforço de guerra.

“Os navios que transportam cereais devem poder aceder ao Mar Negro com total segurança”, sublinhou Michel, especificando que a iniciativa das Nações Unidas permitiu inicialmente entregar 32 milhões de toneladas, “em particular aos países em desenvolvimento”.

Putin alegou que, “das 32,8 milhões de toneladas exportadas da Ucrânia, mais de 70% acabaram nos países ricos, principalmente na União Europeia”, com os países mais carenciados a receberem apenas 3% dos cereais que saíram pelos portos ucranianos, ou seja, “menos de um milhão de toneladas”.

Desde que se retirou do acordo de cereais, a Rússia intensificou os seus ataques contra os portos fluviais ucranianos do Danúbio, na região de Odessa, a que a Ucrânia tem recorrido para exportar cereais.

“Mais de 250 milhões de pessoas enfrentam uma grave insegurança alimentar em todo o mundo e, ao atacar deliberadamente os portos marítimos ucranianos, o Kremlin está a privá-las dos alimentos de que necessitam desesperadamente“, argumentou Michel.

Putin não irá participar na cimeira do bloco G20 na Índia e nem sequer planeia enviar um discurso em vídeo, devido às tensas relações entre Moscovo e muitos membros do bloco, na sequência da invasão russa da Ucrânia. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, irá substituir Putin na cimeira deste fim de semana.

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Gás natural dispara mais de 6% com greves na Austrália

Preços do gás natural na Europa disparam mais de 6%, no dia em que os trabalhadores de duas unidades da Chevron na Austrália avançaram com greves parciais. Reservas da UE estão em 93%.

Os preços do gás natural na Europa estão a disparar mais de 6%, na sequência dos receios relativos à diminuição na oferta, no dia em que os trabalhadores de duas unidades da Chevron na Austrália avançaram com greves parciais.

Pelas 8h41 desta sexta-feira, os futuros do TTF para entrega em outubro estavam a disparar 6,87%, para cerca de 35 euros/MWh (megawatt-hora), de acordo com a plataforma Barchart. Mas, de acordo com a Bloomberg, os contratos chegaram a disparar 11% para 36,20 euros/MWh. No entanto, nos últimos cinco dias, acumulam perdas de 2,7%.

Este desempenho acontece no dia em que os trabalhadores das unidades de exploração de gás natural liquefeito (GNL) de Gorgon e Wheatstone, na Austrália, que forneceram cerca de 7% do GNL global no ano passado, iniciaram uma greve parcial. Estas greves poderão perturbar as operações e levar a uma diminuição do fornecimento de GNL, especialmente se forem prolongadas.

No entanto, importa sublinhar, que, neste momento a procura por GNL permanece moderada e as reservas de gás natural na União Europeia (UE) estão em 93%, isto é, o nível mais elevado para esta época do ano e acima da meta de 90% delineada por Bruxelas até novembro, o que ajuda a conter os preços. Contudo, espera-se que a procura de GNL na Ásia aumente, à medida que os países se preparam para o pico da época de inverno.

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