Santander quer investir mais 400 milhões de euros em educação até 2026

O banco destinou mais de 2.200 milhões de euros e apoiou mais de um milhão de estudantes, profissionais, projetos empreendedores e PME através de acordos com mais de 1.300 universidades de 25 países.

Com um total de 2.200 milhões de euros investidos em educação, o banco Santander planeia destinar mais 400 milhões de euros ao ensino entre 2023 e 2026, anunciou Ana Botín, presidente do Santander e da Universia, durante o V Encontro Internacional de Reitores Universia, em Valência, Espanha.

“As universidades têm um papel decisivo na sociedade. Quando a universidade avança, a sociedade progride. Já investimos mais de 2.200 milhões de euros em educação. Planeamos investir mais 400 milhões no fomento à educação, à empregabilidade e ao empreendedorismo no período 2023 – 2026”, afirmou durante a sua intervenção.

Até agora, o banco destinou mais de 2.200 milhões de euros e apoiou mais de um milhão de estudantes, profissionais, projetos empreendedores e PME através de acordos com mais de 1.300 universidades de 25 países.

Destacando aqueles que que são os principais temas do quinto ano do encontro de reitores — formação contínua, inovação e cooperação entre universidade e empresas —, a presidente do Santander disse que em todas estas áreas houve progressos notáveis, mais “ainda há muito a fazer”. “Temos de fazer coisas distintas, em lugares e maneiras distintas”, reforçou.

O V Encontro Internacional de Reitores Universia decorre até quarta-feira e reúne, em Valência, mais de 1.200 pessoas, entre as quais 700 reitores de 14 países, que representam cerca de 14 milhões de estudantes.

*O ECO Trabalho viajou a Valência (Espanha) a convite do Santander

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Concurso público para vinculação dinâmica de 10.500 professores é lançado quarta-feira

Ministério da Educação vai publicar ainda esta terça-feira a portaria relativa às vagas, que permitirá a vinculação dinâmica de mais de 10.500 professores já em setembro. Concurso abre amanhã.

Após a promulgação do Presidente da República, o Ministério da Educação vai publicar ainda esta terça-feira a portaria relativa às vagas, que permitirá a vinculação dinâmica de mais de 10.500 professores já em setembro. Concurso público será aberto na quarta-feira.

“Hoje será publicada a portaria das vagas para a vinculação dinâmica dos cerca de 10.500 professores que reúnem os requisitos para vincular já este ano para a entrada do próximo ano letivo, e, por isso estamos em condições de amanhã abrir o concurso“, anunciou o ministro da Educação, João Costa, em conferência de imprensa esta terça-feira.

Esta é uma das medidas previstas no decreto-lei que regula o novo modelo de recrutamento e colocação de professores que foi aprovado em Conselho de Ministros a 16 de março, ainda que não tenha merecido a “bênção” por parte dos sindicatos do setor da Educação, que prometem prosseguir as ações de protesto. O diploma foi promulgado na segunda-feira pelo Presidente da República, ainda que Marcelo Rebelo de Sousa tenha referido que o atual diploma está longe daquilo que pretendia e lamentado que o Governo não tenha acolhido as sugestões propostas pela Casa Civil da Presidência da República.

Antes disso, o Chefe de Estado tinha colocado ao Executivo “uma série de dúvidas” sobre o diploma, antes de decidir se o promulgaria ou não. Questionado pelos jornalistas sobre que sugestões foram feitas, bem como as razões pelas quais não foram acolhidas, o ministro da Educação limitou-se apenas a referir que “as interações entre Governo e Presidência são sempre de cooperação e produtivas” e que “não há nada” neste diploma que “seja novo ou surpreendente”.

João Costa reiterou ainda que este diploma tem como “foco principal reduzir a precariedade na carreira docente”, sendo que com a vinculação dinâmica de 10.500 professores e com a eliminação da norma-travão que ditava que apenas os professores com três contratos completos sucessivos podiam vincular e que “levava a um tempo médio de vinculação excessivo”, o Governo estima permitir “uma redução de cerca de 50% da precariedade na profissão docente”, ao vincular cerca 10.700 professores já a partir de setembro.

Por outro lado, o João Costa enalteceu ainda que os professores contratados, fora dos quadros do Ministério da Educação, vão passar a ter três escalões de vencimento, em vez de um único, podendo ganhar até mais cerca de 350 euros brutos por mês. “Vai-se materializar a partir de setembro num aumento salarial para muitos professores”, afirmou.

O ministro da Educação relembrou ainda que a reconfiguração dos quadros de zona pedagógica (QZP) dos atuais dez para 63, vai permitir reduzir as distâncias percorridas pelos professores para dar aulas, não podendo ultrapassar os 50 km, e que a abertura de no mínimo mais 20 mil vagas para QZP em 2024 é um passo “importante porque permite estabilidade das escolas e das equipas que vão poder contar com quadros mais permanentes”, sublinhou. Segundo João Costa, este diploma para além de reduzir a precariedade e dar mais estabilidade “é um passo importante para tornar a carreira mais atrativa”.

Em reação às declarações do ministro da Educação, o líder do PSD defende que “diploma promulgado não vem conferir grande estabilidade às escolas portugueses” e, fazendo uma alusão às palavras do Presidente da República — que pediu que o próximo ano letivo não seja “mais um ano acidentado –, lamenta que haja uma “incapacidade do Governo em cumprir o plano de recuperação das aprendizagens”.

“Há mais de 20 mil alunos que não tem professor a, pelo menos, uma disciplina, há muitas dezenas de milhares de alunos com as aprendizagens em atraso desde os tempos da pandemia e que foram agravados muito por via da instabilidade das greves neste setor”, afirmou Luís Montenegro o, em Leiria, em declarações aos jornalistas no final da reunião do conselho permanente do PSD.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h09)

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Canadiana Mercan entra no Alentejo com hotel de 21 milhões em Évora

Além do Hilton Garden Inn Évora, no qual investiu 21 milhões, o grupo canadiano tem mais três projetos hoteleiros na região. Nova unidade tem 130 quartos e cria 95 postos de trabalho diretos.

Localizado a poucos minutos do centro histórico da cidade de Évora, o Hilton Garden Inn Évora, que representa um investimento de 21 milhões de euros, é o primeiro investimento do grupo canadiano a abrir portas no Alentejo. A Mercan Properties tem mais três projetos hoteleiros na região.

Com uma área superior a oito mil metros quadrados, o Hilton Garden Inn Évora tem 130 quartos e uma piscina exterior no terraço, um bar e uma esplanada. O hotel dispõe ainda de um restaurante, ginásio e sala de reuniões com capacidade para acomodar até 50 pessoas.

Este novo empreendimento do grupo canadiano vai criar 95 postos de trabalho diretos e contribuiu ainda para a criação de 80 postos de trabalho durante o período de construção do empreendimento, que teve início em maio de 2021.

Para Jordi Vilanova, presidente da Mercan Properties, a estreia do grupo no Alentejo é “um investimento marcante para a [empresa], que assim inaugura um novo hotel em mais uma cidade histórica de Portugal (….). Esta nova unidade hoteleira decorre do regime de Autorizações de Residência para Investimento, sendo por isso demonstrativa do potencial deste tipo de regime para a criação efetiva de riqueza, atratividade turística e emprego”.

Em março, como noticiado pelo ECO, os canadianos com 27 projetos hoteleiros no país dramatizaram que o fim dos vistos gold poderia pôr em risco 425 milhões de investimento da Mercan em Portugal, resultando ainda na perda de 565 novos empregos diretos. Nessa altura avisaram igualmente que investidores poderiam pedir indemnizações em tribunal.

O mês passado, o grupo canadiano abriu as portas do Arts Hotel Porto, Tapestry Collection by Hilton na cidade do Porto, um investimento de 15 milhões de euros.

O grupo canadiano chegou a Portugal em 2015 conta atualmente com 27 projetos em localizações como Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Lisboa, Amarante, Santiago do Cacém, Évora, Beja e Algarve. Para além de Portugal, o Grupo Mercan tem presença na China, na Índia, nos Emirados Árabes Unidos e nos Estados Unidos da América.

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CMOs com mandatos mais curtos em 2022, revela estudo

Em 2022, 47% dos diretores de marketing da Fortune 500 eram mulheres e 14% pertenciam a grupos raciais ou étnicos historicamente sub-representados.

Em média, os mandatos dos diretores de marketing da Fortune 500 (compilação das 500 maiores empresas dos EUA) em 2022 foram de 4,2 anos, uma média mais baixa do que aquela registada no ano anterior (4,5). No entanto, a diversidade de género e étnica/racial aumentou no ano passado. As conclusões são de um novo estudo da Spencer Stuart.

Por outro lado, a permanência média dos diretores de marketing entre os 100 maiores anunciantes dos EUA foi menor, numa média de 3,3 anos, “em grande parte devido à diferença de tamanho e composição dos dois conjuntos de dados”, refere-se nas conclusões do estudo.

A Spencer Stuart revela inclusive que um mandato mais curto não deve ser encarado como consequência de um mau desempenho, tendo em conta que, muitas vezes, é antes uma consequência de sucesso e de promoção para outras funções. Entre os 100 principais anunciantes, por exemplo, quase 30% dos diretores de marketing eram novos (mandato de 12 meses ou menos) no emprego em 2022, em comparação com apenas 18% dos diretores da Fortune 500.

A pesquisa revelou também que 77% dos diretores de marketing que saem da lista dos 100 principais anunciantes vão para cargos “maiores e melhores”, onde se incluem cargos de gestão e cargos de direção de marketing em empresas maiores. Por outro lado, e em comparação, o papel de diretor de marketing nas empresas da Fortune 500 costuma figurar como um destino final de carreira.

Segundo os dados recolhidos pela Spencer Stuart, em 2022, 47% dos diretores de marketing da Fortune 500 eram mulheres, o que representa um aumento de três pontos percentuais face a 2021.

O cargo de diretor de marketing foi também desempenhado por pessoas de grupos raciais ou étnicos historicamente sub-representados numa percentagem de 14%, um aumento de 12% em relação ao ano anterior.

Já entre os 100 principais anunciantes, as mulheres ocuparam 53% das funções de direção de marketing em 2022, em comparação com 50% no ano anterior, e 18% dos diretores de marketing em 2022 eram de grupos raciais e étnicos sub-representados, contra 15% em 2021.

Outra das conclusões do estudo foi que 54% dos diretores de marketing foram promovidos dentro da empresa onde trabalhavam, um valor que desceu ligeiramente face aos 56% registados em 2021. Entre as contratações externas à empresa, 37% vieram de um setor diferente.

Já entre os diretores de marketing dos 100 principais anunciantes, 60% foram promovidos dentro das empresas, 40% foram contratados externamente e 28% já tinham experiência como diretores de marketing antes de assumirem funções.

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Operadoras cobram 11 milhões a mais ao Estado por internet que nunca foi ativada nas escolas

Auditoria do Tribunal de Contas aponta desconformidades no programa que distribuiu portáteis com net aos alunos e professores. Telecoms cobraram conectividade antes de ter sido ativada.

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) à compra de computadores para os alunos e professores do ensino público concluiu que as operadoras cobraram 11 milhões de euros a mais por internet que não foi ativada. A auditoria incidiu sobre a “Fase 1” do programa Escola Digital, que abrangeu a compra de 350 mil portáteis com conectividade em 2020 e 2021 por 126,8 milhões de euros. Nas fases seguintes, a fatura alegadamente indevida pode ser maior e chegar aos 25 milhões, e, na fase anterior a esta, tinham sido cobrados a mais 1,3 milhões.

De acordo com a auditoria, publicada esta semana, o TdC revela que a Secretaria-Geral da Educação e Ciência (SGEC), que celebrou os contratos, detetou “desconformidades” relativas a seis contratos já executados, tendo interpelado as operadoras em novembro “com vista a serem desencadeados os necessários procedimentos para efeitos da reposição do montante global de 5,4 milhões de euros, pago mas sem ter ocorrido a efetiva prestação de conectividade”.

Quanto a dois outros contratos em curso, a SGEC também detetou desconformidades e “notificou as operadoras do projeto de decisão sobre a reposição do montante de 2,5 milhões de euros, também já pago sem ter ocorrido a efetiva prestação de conectividade”.

O relatório do TdC avança ainda que a SGEC “devolveu” a uma operadora “toda a faturação relativa a outro contrato”, no montante de 3,2 milhões de euros, porque “não estava de acordo com os termos contratualmente definidos”. Depois da notificação, a SGEC pagou 400 mil euros a essa empresa e pediu a emissão de uma nota de crédito no valor de 2,8 milhões.

Como recorda o TdC, o Governo “estruturou a aquisição de 1,05 milhões de computadores e de prestação de serviços de conectividade” à internet para os alunos e professores portugueses dos ensinos básico e secundário, um programa que ficou conhecido por Escola Digital e que pretendia universalizar o acesso a um computador com internet no ensino público no país. O programa foi dividido em três fases: 100 mil computadores na “Fase Zero”, 350 mil na “Fase 1” e 600 mil na “Fase 2”. Neste caso, “os computadores da ‘Fase 1’ destinara-se a alunos com Ação Social Escolar e a docentes”.

Perante estes problemas, o TdC indica que “importa concluir o processo de verificação e validação do cumprimento das obrigações contratuais e da conformidade da faturação emitida por parte das operadoras, com vista a determinar os montantes pagos e/ou faturados sem contraprestação e a repor ou a corrigir, que a SGEC demonstrou encontrar-se a desenvolver”. Em sede de contraditório, a secretaria-geral explicou que “tem mobilizado todos os seus recursos” para esse fim.

Em antecipação a uma auditoria às duas outras fases, o TdC revela que a SGEC já pediu a “integral devolução às operadoras da faturação desconformidades no montante de 25 milhões de euros”. “Também neste caso, importa concluir o processo de verificação e validação da faturação emitida à luz das obrigações contratuais”, indica o tribunal. Na auditoria à “Faze Zero”, o TdC já tinha concluído ter sido cobrados indevidamente 1,3 milhões de euros por internet.

Além da internet cobrada sem nunca ter sido ativada, o TdC apontou outros problemas no programa do Governo, nomeadamente a existência de “computadores em quantidade superior às necessidades”. Isto verificou-se porque os encarregados de educação recusaram os equipamentos e há reutilização de computadores usados. Os equipamentos a mais encontram-se “acondicionados nas escolas em condições logísticas e de segurança cada vez mais críticas e com risco da sua salvaguarda e controlo”, nota a auditoria.

Outra preocupação do TdC é o facto de “a plataforma para registo dos computadores” permanecer “com fragilidades”, designadamente não existir “registo histórico” e dos “computadores cedidos”, “inconsistência de dados” e “deficiências na identificação da fonte de financiamento”. Além disso, “a insuficiência de recursos humanos necessários para a preparação e manutenção dos computadores ainda não foi ultrapassada”, sublinha o tribunal.

O Orçamento do Estado para 2023 contempla uma linha de financiamento para a manutenção, substituição e controlo dos portáteis, aponta o tribunal. Ora, segundo disse a SGEC ao TdC, esse dinheiro “permitirá ultrapassar as insuficiências e deficiências identificadas pelas auditorias” do TdC.

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“Precisamos de mais regulação para uma maior desburocratização”, defende Augusto Santos Silva

Augusto Santos Silva defendeu que o caminho para uma economia mais moderna e sustentável só será conseguido através de mais regulamentação em todos os padrões do tecido produtivo nacional.

O Presidente da Assembleia da República acredita que o desafio da economia nacional não passa por promover menos regulamentação, mas justamente pelo contrário. Augusto Santos Silva vai mais longe, sublinhando que a raiz do problema está, desde logo, em “superar um equívoco persistente relativo ao que quer dizer regulação e desregulação”.

“Muitas vezes ouvimos dizer que a economia precisa de desregulação. Depois, ouvimos com cuidado essas pessoas e rapidamente descobrimos que estão a mostrar ignorância ou estão a dizer o contrário do que queriam dizer”, referiu o Presidente da Assembleia da República, esta terça-feira no primeiro encontro das entidades reguladoras portuguesas.

Augusto Santos Silva notou que uma das funções fundamentais das entidades reguladoras é justamente contribuir para a desburocratização, “fundamentando a concorrência, impedir o fecho dos mercados, impedindo os protecionismos, impedindo os corporativismos profissionais e empresariais, obrigando à competição e à saída, e obrigando a manter espaços livres à entrada de novos players”.

Foi nesse sentido que Augusto Santos Silva defendeu que é necessária “mais regulação para mais desburocratização”, sublinhando a necessidade de haver “regulação independente para os procedimentos serem mais simples, os comportamentos e as regras mais modernos e a economia mais viva, mais vibrante, mais aberta e mais dinâmica, e por isso mais competitiva”.

Na sua intervenção, Augusto Santos Silva apontou também o dedo às vozes que criticam a regulamentação no desenvolvimento da economia, lembrando que “não há uma economia de mercado, pelo menos na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, sem que instituições que resultem de escolhas públicas (salário mínimo, regras de concorrência) sejam garantidas e concretizadas”.

O presidente da Assembleia da República referiu que “uma economia de mercado é uma economia que necessita de instituições porque, desde logo, o mercado é ele próprio uma instituição como espaço de troca e de informação” e, por isso, “se os contratos não forem cumpridos, a economia de mercado é disfuncional”.

Foi neste sentido que Augusto Santos Silva defendeu também que são necessárias “entidades reguladoras independentes, que por serem independentes sejam responsáveis e prestadores de contas”.

Mas, nesta construção de uma economia mais moderna e sustentável, o presidente da Assembleia da República lembrou que as entidades reguladoras não estão sozinhas. Esta tarefa é garantida por um quadrilátero, onde marcam presença as escolhas públicas, os mercados e a Justiça.

“Não há economia de mercado sem que os oligopólios sejam combatidos, os monopólios regulados, os abusos de poder sejam combativos e até os erros cometidos pela violação das regras sejam penalizados”.

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Portugal tem de reduzir a elevada dependência da banca e dos fundos europeus, diz Vieira Lopes

  • ECO
  • 9 Maio 2023

“Uma estrutura empresarial nas mãos de um sistema bancário com perfil conservador, não tem condições para inovar e operar a mudança de perfil produtivo de que o país carece”, disse Vieira Lopes.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) alertou para a necessidade de diminuir a elevada dependência da banca e dos fundos europeus no investimento. No arranque das Jornadas CCP 2023, que vão percorrer o país, João Vieira Lopes, pediu uma maior autonomia dos organismos intermédios e um reforço da sua ligação com os promotores dos projetos.

Uma estrutura empresarial nas mãos de um sistema bancário com perfil conservador, não tem condições para inovar e operar a mudança de perfil produtivo de que o país carece”, disse Vieira Lopes. O país tem de crescer com base em reformas de fundo que permitam às empresas diminuir a elevada dependência dos fundos europeus, atraindo recursos externos e reduzindo a dependência das empresas no que respeita ao financiamento bancário, acrescentou o responsável citado em comunicado.

Uma opinião partilhada pelo ministro da Economia que destacou que “as empresas estão viciadas no endividamento bancário”, no seu discurso.

Sublinhando a importância de Portugal levar a cabo uma reforma do Estado, o presidente da CCP defende a necessidade de existir na orgânica do Governo um responsável político pela área dos fundos estruturais, de modo a que a atuação dos ministérios que gerem fundos esteja subordinada a uma orientação geral. Além disso, defendeu que os organismos intermédios, como o IAPMEI, AICEP, etc, devem ter uma maior autonomia, sobretudo no Portugal 2030, para garantir uma melhor ligação aos promotores dos projetos, algo que, na sua opinião, não tem acontecido até aqui.

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Guterres admite impossibilidade de negociações de paz na Ucrânia em breve

  • Lusa
  • 9 Maio 2023

O secretário-geral das Nações Unidas admitiu serem impossíveis a curto prazo negociações de paz para pôr fim à guerra russa contra a Ucrânia.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, admitiu serem impossíveis a curto prazo negociações de paz para pôr fim à guerra russa contra a Ucrânia, numa entrevista divulgada esta terça-feira pelo jornal espanhol El Pais.

“Infelizmente, penso que, neste momento, uma negociação de paz não é possível“, afirmou Guterres, citado pela agência francesa AFP.

O antigo primeiro-ministro português disse que também não vê “qualquer possibilidade de [se] obter imediatamente (…) um cessar-fogo abrangente”.

“É evidente que as duas partes estão totalmente empenhadas na guerra” e estão “convencidas de que podem vencer”, justificou.

Guterres disse esperar que seja possível, no futuro, levar as duas partes à mesa das negociações.

António Guterres, 74 anos, líder da ONU desde 2017, vai receber esta terça-feira, em Espanha, o prémio europeu Carlos V, atribuído pela Fundação da Academia Europeia e Ibero-americana de Yuste numa cerimónia presidida pelo Rei Felipe VI.

O prémio reconhece o trabalho de “pessoas, organizações, projetos ou iniciativas que contribuíram para o conhecimento geral e o engrandecimento dos valores culturais, sociais, científicos e históricos da Europa, assim como para o processo de construção e integração europeia”.

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Guterres, assistem à cerimónia, no Mosteiro de Yuste, Cáceres.

A entrevista do secretário-geral da ONU foi divulgada no dia em que a Rússia celebra a vitória contra a Alemanha nazi, em 1945.

Perante milhares de soldados e a elite política russa reunida na Praça Vermelha, em Moscovo, o Presidente Vladimir Putin apelou para a vitória contra a Ucrânia.

Putin também acusou os países ocidentais de orquestrarem uma guerra contra a Rússia.

“A civilização encontra-se, mais uma vez, num ponto de viragem. Foi lançada uma guerra contra a nossa pátria”, disse.

A China, que se apresenta como um interlocutor neutro no conflito na Ucrânia, apesar da proximidade com a Rússia, está a tentar agir como mediadora no conflito.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, está na Europa esta semana, e deverá visitar sucessivamente a Alemanha, a França e a Noruega.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.

Desde então, declarou anexadas à Federação Russa as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, depois de ter feito o mesmo à Crimeia, em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania de Moscovo nas regiões anexadas.

A guerra contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de mortos e feridos no conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

Os aliados ocidentais da Ucrânia, incluindo a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, têm fornecido armas a Kiev para combater as tropas russas.

Impuseram também sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está em Kiev para o Dia da Europa.

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Portugal bem colocado na OCDE na promoção de licença de paternidade

  • Lusa
  • 9 Maio 2023

Portugal é o segundo país, depois de Espanha, com a "licença de paternidade remunerada com substituição total do rendimento para o trabalhador médio" de maior duração.

Portugal está bem colocado entre os países da OCDE em relação à promoção da licença de paternidade, considerada um avanço no caminho para a igualdade de género, indica um relatório da organização sobre o tema divulgado hoje.

No trabalho “Unir Forças pela Igualdade de Género — O que é que nos está a travar?”, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) faz recomendações de políticas para a igualdade de género e assinala a persistência de “grandes desafios”, referindo também o “progresso em algumas áreas políticas”, dando como exemplo as medidas para criar e utilizar a licença de paternidade, a transparência salarial ao serviço de igualdade de remuneração e uma maior representação de mulheres em cargos de liderança.

Considerando que “não trabalhar para a igualdade de género põe em risco a prosperidade futura” dos países, a OCDE aconselha, entre outras, a promoção de “uma utilização mais igualitária da licença parental por pais e mães”, assinalando que as medidas para encorajar os pais a tirarem licença parental levam a que a divisão de género no seu uso tenda a tornar-se mais equilibrada. Em países como Portugal, Islândia e Suécia “chega a aproximar-se de 50/50”, indica o relatório.

Quase todos os 38 países membros da OCDE contam com uma licença de maternidade e paternidade paga por altura do nascimento, variando a duração e o valor do pagamento.

Em alguns países, como é o caso de Portugal, Noruega e Austrália, os direitos de ambos os progenitores estão integrados no regime de licença parental e Portugal é o segundo país, depois de Espanha, com a “licença de paternidade remunerada com substituição total do rendimento para o trabalhador médio” de maior duração, segundo a organização, que apresenta dados de 2022.

Na passada quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou alterações às licenças e subsídios de parentalidade, aumentando o valor do subsídio parental de 83% para 90% da remuneração, desde que o pai goze pelo menos 60 dias dos 180 previstos, e a licença parental obrigatória do pai dos atuais 20 dias úteis para 28 dias seguidos ou interpolados.

Promoção da igualdade de género

Também no que se refere à adoção de “ferramentas de transparência salarial para reduzir as disparidades salariais entre homens e mulheres”, Portugal aparece entre os 10 países da organização que “implementaram processos abrangentes de auditoria de igualdade salarial que se aplicam a um conjunto predefinido de empregadores“, ao lado do Canadá, Espanha, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Noruega, Suécia e Suíça.

Para aumentar a representação feminina na liderança pública e na política, o relatório indica que nos países da OCDE foram tomadas medidas como o estabelecimento de metas e quotas, assim como programas de capitação e recrutamento ativo de mulheres para cargos de liderança, apontando como exemplo a adoção por Portugal de “uma quota de 40% para mulheres e homens em cargos de liderança no emprego público em 2019”.

Entre os principais indicadores de disparidades de género, refere-se, que em 2020, Portugal contava com 38% de mulheres em cargos de gestão, sendo a média da OCDE de 33,7%, e, em 2023, com 36,1% como representantes parlamentares (33,8% na média dos países da organização).

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico assinala igualmente que a igualdade de género e a integração “estão a ganhar força na agenda política”, referindo entre outros “os esforços para incorporar uma perspetiva de género na governança e nos processos de formulação de políticas”.

Os governos também precisam de estar cientes dos perigos que as tecnologias emergentes e a inteligência artificial representam para a igualdade de género, como a transferência de preconceitos (…) para o mundo digital, o surgimento de novas divisões digitais e a discriminação algorítmica contra as mulheres”.

OCDE

Exemplifica com a introdução em Portugal, Canadá, Islândia e Itália de um “orçamento sensível ao género”, permitindo avaliar o contributo dos orçamentos públicos para a realização da igualdade entre mulheres e homens e fazendo aumentar, em 2022, para 23 o número de países da organização com algumas medidas de “orçamento de género”.

A falta de dados desagregados por género em muitos setores é um dos obstáculos à criação de políticas inclusivas, refere o relatório, adiantando que “os governos também precisam de estar cientes dos perigos que as tecnologias emergentes e a inteligência artificial representam para a igualdade de género, como a transferência de preconceitos (…) para o mundo digital, o surgimento de novas divisões digitais e a discriminação algorítmica contra as mulheres”.

Combater a desigualdade de género não é apenas uma questão de valores ou um imperativo moral, é também uma forma de fortalecer o crescimento, a produtividade, a competitividade e a sustentabilidade das economias”, salienta a OCDE.

“Ultrapassar as distâncias de género na participação da força de trabalho e no tempo de trabalho levaria a um aumento médio de 9,2% no PIB (produto interno bruto) nos países da OCDE até 2060, o que aumentaria em cerca de 0,23 pontos percentuais o crescimento médio anual”, precisa.

Ainda assim, “as desigualdades de género persistem em todas as áreas da vida social e económica”, em todos os países membros, de acordo com o relatório.

A OCDE sublinha que, mesmo nos países “na vanguarda das políticas modernas de igualdade de género”, mulheres e raparigas enfrentam “barreiras e desvantagens” em casa, no mercado de trabalho e na vida publica.

Enquanto as raparigas “continuam sub-representadas nas áreas que oferecem as melhores oportunidades profissionais. As mulheres continuam a dedicar uma quantidade desproporcional do seu tempo ao trabalho familiar e doméstico não remunerado, o que prejudica a sua presença no mercado de trabalho, principalmente quando têm filhos”.

As “taxas de emprego mais baixas, jornadas de trabalho semanais mais curtas” e uma “forte segregação no mercado de trabalho” fazem com que as mulheres continuem a receber menos do que os homens, mais um dos fatores que explicam as “grandes diferenças de género em rendimentos e pensões ao longo da vida”.

A OCDE defende assim a intensificação dos esforços “para enfrentar as disparidades persistentes na educação, emprego, empreendedorismo e vida pública e promover a igualdade de género em todos os lugares”, alertando que crises como a da pandemia da covid-19 e da guerra devido à invasão russa da Ucrânia, com a consequente crise do custo de vida causada pelo rápido aumento dos preços da energia e dos alimentos, “correm o risco de fragilizar alguns dos progressos já alcançados”.

Considera ainda “urgente erradicar todas as formas de violência de género, flagelo considerado pela maioria dos países da OCDE como a primeira prioridade na luta pela igualdade de género”.

Integram a OCDE a Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chéquia, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia.

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João Miguel Tavares e Alexandre Relvas entram para Conselho de Curadores do Instituto +Liberdade

André Pinção Lucas foi reconduzido até 2024 como diretor executivo do Instituto +Liberdade.

A direção do Instituto +Liberdade, liderada por André Pinção Lucas, gestor, ex-consultor da McKinsey e ex-quadro da Sonae e da The Navigator Company, foi reconduzida para o novo mandato 2023-2024. As novidades concentram-se no Conselho de Curadores, para onde entram o jornalista João Miguel Tavares e o empresário e político Alexandre Relvas.

Carlos Moreira da Silva, presidente do Conselho de Curadores, congratula a entrada dos novos curadores, destacando que “reflete o trajeto de sucesso do Instituto +Liberdade, reforçando cada vez mais as suas equipas com pessoas de elevado mérito profissional, político, académico e cívico”. E acrescenta: “O Instituto +Liberdade estará mais preparado para enfrentar os inúmeros desafios de crescimento, bem como a continuar a inovar com novos projetos, graças à vasta experiência, contributos e ideias dos novos curadores”, citado em comunicado.

João Miguel Tavares e Alexandre Relvas

Entre os nove membros do Conselho de Curadores, saem dois, a eurodeputada Lídia Pereira e o professor catedrático jubilado José Manuel Moreira (cumprindo os estatutos do Instituto, que requer a mudança de pelo menos dois curadores a cada novo mandato). Para estes lugares, entram João Miguel Tavares, colunista e jornalista, e Alexandre Relvas, empresário, gestor e político.

Mantêm-se no Conselho de Curadores, Carlos Moreira da Silva, Ana Rita Bessa, Catarina Maia, Gonçalo Mendes, Paula Gomes da Costa, Pedro Santa-Clara e Rita Seabra Brito.

Já André Pinção Lucas foi reconduzido como diretor executivo. Integram ainda a direção Filipa Osório e três diretores não executivos: Carlos Guimarães Pinto, Cecília Meireles e Fernando Alexandre. Adolfo Mesquita Nunes mantém-se como presidente da mesa da Assembleia Geral.

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Instituto do Porto vai integrar projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho

  • Lusa
  • 9 Maio 2023

O programa-piloto semana de quatro dias arranca em junho e prevê a redução do número de horas semanais dos trabalhadores, sem qualquer redução salarial ou perda de direitos.

O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no Porto, vai, durante seis meses, integrar o projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho, tornando-se a “primeira instituição de I&D” no país a associar-se à iniciativa do Governo.

Em comunicado, o INESC TEC adianta hoje que no segundo semestre deste ano, os colaboradores do Centro de Telecomunicações e Multimédia (CTM) — um dos 13 centros do instituto — vão passar a adotar “novas formas de trabalho distribuídas ao longo de quatro dias”.

O instituto do Porto torna-se, segundo o grupo de trabalho deste projeto piloto, a “primeira instituição de I&D [Investigação e Desenvolvimento] a associar-se à iniciativa do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social”.

Citado no comunicado, o administrador executivo do INESC TEC, Luís Seca, destaca não ser possível “continuar a olhar para as jornadas de trabalho do mesmo modo que há 20 ou 30 anos”.

“Há novos desafios, impostos sobretudo pela nova geração que chega ao mercado de trabalho, aos quais temos de dar resposta, nomeadamente na sua flexibilização, procurando conciliar a satisfação profissional com a vida pessoal e familiar”, destaca.

O administrador executivo do INESC TEC acredita que a iniciativa poderá “manter ou até aumentar a produtividade do trabalho” se permitir “organizar e respeitar o tempo de outra forma”, nomeadamente, “otimizando a duração das reuniões, priorizando tarefas e definindo objetivos de forma regular e clara”.

“Estamos perante uma mudança na forma como a sociedade olha para o trabalho”, considera, dizendo acreditar que a semana de quatro dias terá um resultado “muito positivo” nos colaboradores.

O programa-piloto semana de quatro dias arranca em junho e prevê a redução do número de horas semanais dos trabalhadores, sem qualquer redução salarial ou perda de direitos.

Também citado no comunicado, o coordenador do grupo de trabalho do programa, Pedro Gomes, destaca que, “tal como na tecnologia, também o mundo do trabalho necessita de inovação, e para isso é preciso experimentar novas formas de trabalhar”

Já o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, salienta que “este estudo adquire uma grande importância na construção de um dos grandes pilares desta agenda: a conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar”.

“Do lado dos trabalhadores, iremos medir os efeitos no bem-estar, qualidade de vida, saúde mental e saúde física, bem como o seu nível de compromisso com a empresa, satisfação com o trabalho e intenção de permanecer na organização. Do lado das empresas, o foco vai ser na produtividade, competitividade, custos intermédios e lucros”, acrescenta.

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Onze voos de e para o aeroporto da Madeira cancelados devido ao vento

  • Lusa
  • 9 Maio 2023

Onze voos de e para o aeroporto da Madeira da TAP, easyjet e Swiss International estão cancelados devido às condições meteorológicas, segundo informação disponível no site da ANA - Aeroportos.

A ANA Madeira Aeroporto informa numa mensagem, publicada no site, que as previsões meteorológicas, de vento forte, “apontam para uma continuação de restrições nas partidas e chegadas“, pedindo aos passageiros que confirmem o estado do seu voo, antes de se dirigirem ao aeroporto.

Segundo informação disponível às 07:30, ao longo do dia há 11 voos de e para a Madeira da TAP, easyjet e Swiss International cancelados. Durante a manhã desta terça-feira, nas partidas foram cancelados um voo da TAP (6h00) com destino a Lisboa, e três voos às 8h45, 9h30 e 10h50 da easyjet para o Porto, Lisboa e Milão, respetivamente.

No que diz respeito às chegadas, foram cancelados voos da easyjet provenientes do Porto (08h15), Lisboa (9h00) e Milão (10h20).

Já esta segunda-feira, o vento forte fez com que nove voos divergissem e quatro fossem cancelados.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou a Madeira sob aviso amarelo devido à previsão de vento forte de nordeste, com rajadas até aos 75 quilómetros por hora até às 18h00 desta terça-feira.

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