Remessas de emigrantes sobem 2,9% em julho para 377,4 milhões de euros

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

Já os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 47,2 milhões de euros, mais 8,9% do que os 43,3 milhões registados no mesmo mês de 2021.

As remessas dos emigrantes portugueses subiram 2,9% em julho, para 377,4 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas pelos estrangeiros em Portugal subiram 8,9%, para 47,2 milhões de euros, face ao período homólogo.

De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP), os portugueses a trabalhar no estrangeiro enviaram remessas no valor de 377,4 milhões de euros em julho, o que representa uma subida de 2,9% face aos 366,8 milhões enviados em julho do ano passado.

Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 47,2 milhões de euros, mais 8,9% do que os 43,3 milhões enviados em julho do ano passado.

Os portugueses a trabalhar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) enviaram 42,12 milhões de euros em julho, o que representa uma significativa subida de 36,9% face aos 30,7 milhões de euros enviados em julho do ano passado.

Em sentido inverso, os africanos lusófonos a trabalhar em Portugal enviaram 3,6 milhões de euros, o que representa uma subida de 19,9% face aos 3,02 milhões enviados em julho do ano passado, referem os dados do BdP.

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“Não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social”, diz Catarina Martins

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

“O que existe é um truque do Governo, que quer pôr os pensionistas a financiar o Estado em vez de lhes pagar as pensões que são suas por direito", diz a líder do Bloco de Esquerda.

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu esta terça-feira que “não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social” e voltou a acusar o Governo de “truques, de aldrabices” e “manipulação das contas” no que toca às pensões.

Não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social, o que existe é um truque do Governo, que quer pôr os pensionistas a financiar o Estado em vez de lhes pagar as pensões que são suas por direito”, afirmou.

Catarina Martins falava aos jornalistas à margem de uma visita à Escola Secundária da Baixa da Banheira, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, e referiu uma notícia do Jornal de Negócios segundo a qual o Governo não teve em conta a receita nas contas enviadas ao parlamento sobre o impacto das pensões na sustentabilidade financeira da Segurança Social.

Apontando que o Governo alegou que “o problema era a sustentabilidade da Segurança Social porque atualizar as pensões como a lei prevê neste momento teria um impacto de mil milhões de euros, e isso era terrível para a sustentabilidade”, a líder do BE ironizou que o executivo “esqueceu-se de contar o resto da história”. E referiu que “o crescimento económico e a inflação não têm impacto só na atualização nas pensões, também têm impacto na receita da Segurança Social”, que “já ganhou mais 1.300 milhões de euros do que tinha”.

“Ou seja, atualizar as pensões teria um impacto de mais mil milhões de euros, mas as receitas da Segurança Social já cresceram mais 1.300 milhões de euros”, salientou Catarina Martins. A coordenadora bloquista considerou então que “não há nenhum problema de sustentabilidade na Segurança Social, o que existe é um truque do Governo, que quer por os pensionistas a financiar o Estado em vez de lhes pagar as pensões que são suas por direito”.

“A Segurança Social não é um problema para o país, o problema para o país é um Governo de truques, de aldrabices, de manipulação das contas que não diz a verdade e que quer por os pensionistas a financiarem o Estado em vez de lhes darem acesso à pensão que é sua por direito porque com a inflação também as receitas da Segurança Social aumentaram”, criticou. Catarina Martins defendeu que “o Governo já, sobre esta matéria, por duas vezes enganou as pessoas”.

“Primeiro dizendo que ia apoiar quando afinal o apoio que dá agora depois retira em mais para o futuro, depois dizendo que o problema era a sustentabilidade da Segurança Social quando na verdade estava a esconder que a Segurança Social hoje até está mais forte e já tem mais receitas do que tinha antes, mais receitas até do que o impacto do aumento das pensões de acordo com a lei que o Governo agora quer paralisar”, sustentou.

Assinalando que o primeiro-ministro, António Costa, “prometeu em junho” que iria cumprir a lei no que toca à atualização das pensões, Catarina Martins questionou também “o que é que mudou em tão pouco tempo” para a decisão ser diferente.

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Biofarmacêutica suíça expande centro de serviços em Oeiras

Centro de serviços da Ferring Pharmaceuticals em Portugal adiciona competências nas áreas financeira, de recursos humanos, marketing e compras às tecnologias, chegando às 200 pessoas no Lagoas Park.

A Ferring Pharmaceuticals está a expandir o centro de serviços partilhados em Portugal, que começou em 2020 por dar apoio apenas na área das tecnologias de informação – serviços que até aí estavam descentralizados pelas diferentes geografias onde o grupo suíço está presente – e que está agora a ampliar as competências para as áreas financeira, de recursos humanos, marketing e compras.

Em declarações ao ECO, o diretor-geral do Ferring Service Center, Cristiano Ferreira, conta que a estrutura duplicou no último ano, estando a “diversificar as competências com a integração de uma nova equipa dedicada à gestão de serviços financeiros nos diferentes países da Europa onde a Ferring está presente, desde logo na sua sede”. “Neste momento, estamos a formar equipas de recursos humanos, marketing e compras”, acrescenta.

O centro de serviços instalado no Lagoas Park, no concelho de Oeiras, tem atualmente perto de 180 colaboradores, dos quais 70% são profissionais em diferentes áreas das tecnologias da informação com funções de âmbito internacional. Os restantes estão integrados em equipas e estruturas globais, trabalhando, entre outras, nas áreas financeiras, de compras, assessoria legal e recursos humanos. Até ao final deste ano conta fechar os processos de recrutamento em aberto e superar as 200 pessoas.

A qualificação do talento português acelerou o plano de ampliação de competências, nomeadamente nas áreas financeira, recursos humanos, marketing e compras.

Cristiano Ferreira

Diretor-geral do Ferring Service Center

“A implantação da Ferring em Portugal teve em conta uma avaliação rigorosa com base em diferentes critérios, desde logo fatores de crescimento como a elevada qualificação dos talentos ou a qualidade do ensino superior no país. Outros fatores que foram tidos em conta estão relacionados com a mentalidade empreendedora dos portugueses e, naturalmente, a qualidade e o bem-estar que o país proporciona”, resume o gestor.

A expansão ao nível das competências e no número de profissionais obrigou a farmacêutica a ampliar as instalações no Lagoas Park. Recentemente, passou de um espaço com 700 metros quadrados no edifício 6 para um outro com cerca de 2.000 metros quadrados no edifício 3 do mesmo parque empresarial gerido pela CBRE Portugal e que há dois anos é propriedade da Henderson Park.

Cristiano Ferreira garante que “o percurso de crescimento do centro de competências ainda não terminou”. O porta-voz do grupo biofarmacêutico que reclama a liderança em medicina reprodutiva e saúde materna – iniciou a atividade em Portugal nos anos 1980, com uma área comercial – sublinha que a companhia continua “empenhada em atrair os melhores talentos em diferentes áreas”.

Fundada em 1950, a Ferring Pharmaceuticals tem sede em Saint-Prex, na Suíça, e emprega atualmente cerca de 6.000 pessoas em todo o mundo, tem as suas próprias filiais operacionais em mais de 50 países. Os seus produtos para mães e bebés, com tratamentos que abrangem desde a conceção até ao nascimento, são comercializados num total de 110 mercados.

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Itália: Líder da extrema-direita quer fim de limites ao discurso na Internet

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

“Têm de ser aplicadas às redes sociais as mesmas regras que regulam outros meios de comunicação”, defende Giorgia Meloni, líder do partido de extrema-direita italiana que está à frente nas sondagens.

A líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, defendeu esta terça-feira que deve ser retirada a capacidade de os ‘gigantes’ da Internet limitarem, através dos termos de utilização, o que as pessoas dizem nas redes sociais.

“Acho que, numa época em que as opiniões são divulgadas predominantemente através desses canais [redes sociais] é absurdo que seja preciso obedecer às exigências dos proprietários das plataformas”, disse Meloni numa mensagem publicada na rede Facebook.

Os donos das plataformas “acham que têm o direito de dizer o que é certo e o que não é, o que se pode dizer e o que não se pode”, mas para o partido, “a liberdade de expressão é um princípio fundamental e não pode ser uma concessão dos gigantes da Internet”, considerou a líder do FdI.

“Têm de ser aplicadas às redes sociais as mesmas regras que regulam outros meios de comunicação”, acrescentou. Segundo Giorgia Meloni, o partido propôs, “enquanto oposição, que seja adotada igualdade de regras e fará o mesmo enquanto Governo”.

As últimas sondagens indicam que Giorgia Meloni, em coligação com a Liga, de Matteo Salvini, pode conseguir uma vitória sem precedentes para a direita nas legislativas do próximo dia 25 de setembro.

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Estas 9 competências digitais podem valer salários até 38 mil euros/ano

Estratégia e implementação de CRM, videografia e animação ou marketplace trading são algumas das competências digitais mais procuradas em setores de consumo/retalho e serviços.

A crescente digitalização do mundo empresarial está a elevar a procura por competências digitais e profissionais com esse perfil, mesmo em setores que não têm uma matriz nativa tecnológica. Estratégia e implementação de CRM, videografia e animação ou marketplace trading são algumas das competências procuradas em setores de consumo/retalho e serviços e que podem valer remunerações brutas anuais entre os 28.000 euros e os 38.000 mil euros, segundo a Michael Page.

“Existe uma maior concorrência no setor digital, o que tem provocado mudanças frequentes e o surgimento de novas funções. Cada vez mais, as empresas procuram profissionais com competências focadas no mundo digital, contando ainda com colaboradores que foram atualizando os seus conhecimentos. É importante construir uma equipa de profissionais digitais com as competências técnicas essenciais, mas que também consigam adaptar-se de forma a superar novos desafios e proporcionar às empresas ideias únicas e inovadoras para a resolução de problemas“, Sofia Montalvo, associate manager da Michael Page.

A Michael Page identificou, junto de PME e multinacionais, 9 competências digitais necessárias para o desenvolvimento da área digital das empresas em Portugal. “A remuneração anual bruta para as funções de especialistas nestas 9 áreas de competências digitais, pode variar entre os 28.000 euros e os 38.000 mil euros”, refere a consultora de recrutamento especializado.

9 competências digitais

  • PPC ad management

Competências criativas e analíticas são essenciais neste campo – os especialistas de PPC devem ter a capacidade de analisar uma vasta quantia de dados rapidamente, tendo ainda o talento necessário para criar copy conciso e apelativo para plataformas como Google AdWords. O PPC Specialist irá ajudar a aumentar o tráfego do website e a melhorar significativamente o ROI.

  • SEO: técnico e conteúdos

Atualmente, o search engine optimisation (SEO) “não é apenas uma competência desejada, é absolutamente essencial”, considera a Michael Page. Com o crescimento do comércio online, ganhar visibilidade e boas avaliações nos motores de busca, através de palavras chave, é fundamental para as marcas. “As equipas devem incluir profissionais especializados em SEO com competências verificadas em technical SEO, content e linkbuilding.”

  • Estratégia e implementação de CRM

Uma gestão eficiente do customer relationship management (CRM) faz com que as campanhas das empresas consigam atingir um público-alvo mais preciso, traduzindo-se num ROI (retorno de investimento) mais elevado e em leads de melhor qualidade. Apesar de muitas áreas do processo de CRM poderem ser automatizadas, ter na equipa um bom profissional de CRM com “competências e experiência no desenvolvimento de abordagens estratégicas e orientadas a KPI”, faz toda a diferença.

  • Redes sociais para marcas

“Os especialistas em redes sociais apresentam um grande leque de competências, tais como capacidade de apresentar um serviço eficiente ao cliente, lançamento de campanhas de influenciadores, obter um bom ROI através de publicações pagas e orgânicas. Com o aumento da concorrência no espaço online, o perfil de especialista em redes sociais para rentabilizar ao máximo a gestão e resultados, é essencial”, destaca a Michael Page.

  • Videografia e animação

Em marketing digital, o conteúdo é rei e o vídeo e o multimédia são ferramentas valorizadas. “Ter um operador de câmara interno é uma forma rentável de transmitir a mensagem através de conteúdo vídeo”, diz a Michael Page. Mas não só. “Criativos com competências de operação de câmara, edição e animação, ou idealmente os três, são muito valorizados atualmente pelas grandes multinacionais“, diz a recrutadora.

  • Competências data science

O data (dados) assume um papel cada vez mais importante na tomada de decisão e negócio das empresas e, nesse sentido, os profissionais com capacidade para selecionar e analisar dados de forma eficiente e relevante são “imprescindíveis”. “Candidatos com um percurso em matemática, computer science e até astrofísica podem ter um ótimo perfil para se integrarem nas equipas digitais, trabalhando como Data Science Specialists.

  • Ecommerce trading

As funções relacionadas com o comércio online requerem um leque de competências, que vão desde a conhecimentos financeiros e compreensão de dados, a componentes do marketing digital como SEO e PPC. Há por isso “uma elevada procura de bons candidatos e do melhor talento nesta área.”

  • Marketplace trading

Os marketplaces online estão a ganhar peso no comércio online, funcionando como canal de vendas para empresas de grande e pequena dimensão. “Os especialistas nesta área terão conhecimento de visual merchandising, analytics e trading, competências essenciais para as empresas hoje e no futuro.”

  • Programmatic media

“Tradicionalmente desempenhado por agências, com o crescimento do conhecimento e adoção desta forma algorítmica de publicidade digital, muitas empresas estão a optar por contratar internamente estes especialistas para analisar e melhorar o ROI”, alerta a Michael Page.

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AT alerta contribuintes para novo email fraudulento sobre lista de devedores

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

Entre as mensagens fraudulentas incluem-se as que começam por dizer que está em curso uma atualização da lista de devedores na Internet, indica a Autoridade Tributária.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) alertou para novo email fraudulento que está a ser enviado a alguns contribuintes sobre a necessidade de procederem à regularização da sua situação tributária.

“A Autoridade Tributária e Aduaneira tem conhecimento de que alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico supostamente provenientes da AT, as quais trazem um anexo para alegadamente se proceder à regularização da situação tributária”, refere a AT num alerta agora publicado no Portal das Finanças.

Entre as mensagens fraudulentas incluem-se as que começam por dizer que está em curso uma atualização da lista de devedores na Internet, e que procuram convencer o contribuinte a proceder à regularização da sua situação tributária, para ‘evitar’ que o seu nome passe a constar da referida lista, convidando-o a abrir o ficheiro (malicioso) em anexo.

A AT sublinha que “estas mensagens são falsas e devem ser ignoradas”, alertando que visam unicamente “convencer o destinatário a descarregar software malicioso” pelo que “em caso algum” os contribuintes devem efetuar esta operação.

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Inscritos nos centros de emprego no fim de agosto baixam em termos homólogos mas sobem face a julho

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

No final de agosto, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego era de 282.847, menos 23,2% face a 2021 e mais 1,9% face ao mês anterior.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego no final de agosto era de 282.847, refletindo uma quebra homóloga de 23,2% e uma subida de 1,9% face ao mês anterior, revelam os dados do IEFP agora divulgados. “No fim do mês de agosto de 2022, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 282.847 indivíduos desempregados”, refere o boletim estatístico do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A mesma informação adianta que o total de desempregados registados no país “foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2021 (-85.557; -23,2%) e, em sentido contrário, face ao mês anterior (+5.381; +1,9%)”. Na análise regional, a informação estatística do IEFP indica que, em termos homólogos, se observou uma descida do desemprego em todas as regiões do país, destacando-se o Algarve (-50,3%) e a região autónoma da Madeira (-40,8%).

Na comparação com o mês anterior, o desemprego registado diminuiu em quatro regiões (Açores, Madeira, Algarve e Lisboa e Vale do Tejo), tendo aumentado em três (Centro, Norte e Alentejo), com o Centro a registar a maior variação positiva (+4,6%).

Segundo o IEFP, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2021, na variação absoluta, contribuíram, essencialmente as pessoas que procuram novo emprego (-80.228), os que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-75.428) e os inscritos há 12 meses ou mais (-40.061).

“Ao longo deste mês de agosto de 2022, inscreveram-se, nos Serviços de Emprego de todo o País, 37.121 desempregados. Este número é superior ao observado no mesmo mês de 2021 (+684; +1,9%) e em relação ao mês anterior (+340; +0,9%)”, refere a mesma informação estatística.

Por outro lado, as ofertas de emprego recebidas ao longo de agosto totalizaram 10.328 em todo o país, o que traduz uma quebra homóloga de 720 (-6,5%) e 424 (-3,9%) na comparação em cadeia.

As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (dados do Continente) foram as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (21,2%), o “Comércio por grosso e a retalho”(12,6%) e a “Construção”(10,3%).

Número de casais com ambos os elementos desempregados recua 21% em agosto

O número de casais com ambos os elementos no desemprego recuou 21,3% em agosto face ao mesmo mês de 2021, mas aumentou em 0,02% face a julho, para um total de 4.504, segundo dados agora divulgados.

“Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.008 (7,9%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.504 casais desempregados, em agosto de 2022, o que representa -21,3 %, quando comparado com o período homólogo do ano anterior”, refere a informação estatística do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Em relação a julho, há a registar mais duas situações (+0,02%), sendo esta a segunda subida em cadeia desde o início do ano. Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo.

Segundo o IEFP, no final de agosto estavam inscritos nos centros de emprego 282.847 desempregados, número que traduz uma quebra homóloga de 23,2% e uma subida de 1,9% face ao mês anterior.

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Entre os 62 milhões de milionários em todo mundo, 159 mil são portugueses

Aumentou o número de pessoas com património avaliado acima de um milhão em 2021 em todo o mundo: são mais 62 milhões, dos quais 159 mil são portugueses.

mais milionários em todo o mundo e menos em Portugal. Cerca de 159 mil portugueses tinham um património avaliado acima de um milhão de dólares no final do ano passado, integrando o restrito clube de 62 milhões de milionários em todo o mundo, de acordo com o Global Wealth Report 2022 do Credit Suisse divulgado esta terça-feira.

Em comparação com 2020, o número de portugueses milionários caiu em cerca de 10 mil, traduzindo-se num decréscimo de cerca de 6% num ano – contra o crescimento de 9% registado a nível mundial.

De acordo com o relatório do banco de investimento suíço, cada um dos mais de 8,3 milhões de adultos portugueses tinham em média uma riqueza avaliada acima dos 154 mil dólares (154 mil euros), o que representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior e acima da média mundial de 87,5 mil dólares. No início da década, a riqueza média de um português era de 52,4 mil dólares.

A grande maioria dos portugueses adultos apresenta uma riqueza avaliada entre dez mil dólares e 100 mil dólares (43,8%) e entre 100 mil de dólares e um milhão de dólares (31,3%).

O estudo do Credit Suisse mostra que baixou o número de pessoas na base inferior da pirâmide de riqueza (com património até 100 mil dólares), aumentando na parte superior (com património acima dos 100 mil dólares).

Riqueza global atinge recorde

A riqueza global das famílias atingiu um valor recorde de 463,6 biliões de dólares no final do ano passado, quase mais 10% em relação a 2020 e “muito acima da média de 6,6% registada desde o início do século”, adianta ainda o banco suíço, que justifica esta tendência com a subida do valor dos ativos financeiros e não financeiros.

Ainda assim, se tivermos em conta o impacto da inflação, cujas pressões começaram a intensificar-se na parte final do ano passado, o crescimento da riqueza em termos reais foi de 8,2%.

Nem todos os países “engordaram” a lista de milionários. O Credit Suisse sublinha que isso não foi uma tendência comum e que as perdas de riqueza estão essencialmente “associadas à desvalorização da moeda em relação ao dólar americano, afetando, por exemplo, Japão, Itália e Turquia”, aponta o Credit Suisse. Portugal, Espanha, Alemanha e os vários países da Zona Euro também têm menos milionários.

Abrandamento não trava milionários

Por outro lado, com vários países a enfrentarem um crescimento mais lento ou até uma recessão, é provável que se assista a “alguma reversão de ganhos” este ano e no próximo. Contudo, o banco suíço continua a perspetivar um aumento da riqueza nos próximos cinco anos.

“Esperamos que a riqueza global aumente em 169 biliões até 2026, um aumento acumulado de 36%”, aponta os analistas do Credit Suisse, prevendo que a riqueza média por adulto supere a fasquia dos 100 mil dólares até 2024 e que o número de milionários ultrapasse os 87 milhões nos próximos cinco anos.

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Bolsas dos EUA abrem em baixa na véspera da Fed

Investidores aguardam pela atualização das projeções económicas e por nova subida das taxas de juro após reunião de quarta-feira da Reserva Federal dos EUA.

As bolsas dos EUA voltaram a abrir a sessão em terreno negativo. A pouco mais de 24 horas de novas decisões da Reserva Federal norte-americana (Fed), os investidores estão na expectativa em relação a novas subidas das taxas de juro e ainda da divulgação das novas previsões económicas.

No início da sessão, o índice tecnológico Nasdaq registava a maior desvalorização, ao ceder 0,82% (11.440,143 pontos); o índice S&P 500 cai 0,63% (3.875,23 pontos); o índice industrial Dow Jones baixa 0,42% (30.888,53).

Dos 11 setores que constituem o índice S&P, 10 negociavam em terreno negativo, com destaque para a parte dos materiais.

Na quarta-feira, pelas 18 horas (hora de Lisboa), a Fed deverá anunciar nova subida das taxas de juro, da ordem dos 75 pontos base, embora haja investidores que admitem um aumento mais expressivo, de 100 pontos base. Travar a escalada da inflação é o principal objetivo das mexidas nas taxas de juro, que aceleraram nos últimos meses.

Também as obrigações de dívida continuam a subir e a registar máximos de 15 anos: na maturidade a dois anos, a yield ascendeu a 3,97%; no prazo a 10 anos, o aumento foi para 3,58%.

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Cartão do banco vai chegar para viajar na Fertagus

Fertagus vai lançar serviço que permite viajar só com o cartão do banco. Solução será expandida a toda a rede em novembro.

Os clientes da Fertagus vão poder viajar só com o cartão bancário a partir desta semana, validando as viagens com a tecnologia contactless nas máquinas do operador. A solução, que desconta o preço do bilhete na conta bancária do utente, deverá ser testada esta quinta-feira no troço Sete Rios-Pragal, avançou ao ECO a administradora executiva Clara Esquível.

“O que vamos fazer é testar já a solução e permitir que qualquer cartão bancário possa ser usado para viajar diretamente, validando nos nossos validadores. Ao chegar a uma estação, temos validadores, que, no fundo, identificam o início da viagem. Com qualquer cartão de crédito, basta validar e usar o serviço”, explicou a responsável.

Em suma, “o utente pode chegar a uma estação, simplesmente pegar no seu cartão de crédito, validar e usar o serviço”, detalhou a responsável, à margem do Mastercard Innovation Forum, o evento anual da Mastercard, que decorre esta terça-feira em Lisboa, e no qual a gestora interveio num painel.

O operador de transporte do grupo Barraqueiro tem planos para expandir a solução a toda a rede Fertagus em novembro, numa operação que implica “substituir todo o parque de validadores”. São “mais de 200”, representando “um investimento de mais de meio milhão de euros, com esforço muito significativo” por parte da empresa que liga por comboio a margem norte à margem sul do Tejo na Grande Lisboa.

Este serviço da Fertagus será diferente do Viva Go, que desde 2019 permite associar o cartão Lisboa Viva a um cartão bancário, para que os utentes consigam viajar mesmo se não tiverem adquirido o bilhete previamente. Com o serviço da Fertagus, o próprio cartão bancário pode ser usado para validar as viagens.

A modernização dos validadores vai permitir também desbloquear outras soluções no futuro, revelou a administradora: “Os nossos validadores vão ter também leitor de códigos de barras, Bluetooth, ecrã tátil, e vão abrir uma panóplia de oportunidades em termos de meios de pagamento e acesso ao serviço completamente diferente do que temos hoje”, disse Clara Esquível.

Segundo a gestora, as viagens com recurso a cartão bancário deverão ganhar mais adesão no futuro, à medida que outros operadores de transportes públicos vão adotando a mesma tecnologia. “Esperamos conseguir ser o primeiro operador da Área Metropolitana de Lisboa a disponibilizar, para, no futuro, ser possível chegar ao metro de Lisboa ou à Carris e fazer o mesmo.”

“É necessário que as tecnologias estejam disponíveis nesses operadores e haja integração dos sistemas, para não andar a pagar um bilhete aqui, um bilhete ali, um bilhete acolá, e, se calhar, seja criado um bilhete diário, em que me cobram só um valor”, rematou a administradora executiva.

No evento da Mastercard, a gestora desvendou ainda que a aplicação Pick Hub, que permite comprar e carregar o passe Navegante “sem sair do sofá”, e que foi disponibilizada há apenas “dez meses”, já representa “30% dos títulos de transporte” vendidos em todo o “sistema de bilhética” da Fertagus. Um sinal de que os clientes procuram estas melhorias.

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Capital de risco Atena compra empresa têxtil de Barcelos

Sociedade liderada por Miguel Lancastre promete “recursos financeiros e humanos” para expandir a Quinta & Santos, da área dos acabamentos têxteis, que emprega mais de uma centena e fatura 8 milhões.

A Atena Equity Partners fechou a compra de uma participação maioritária na empresa têxtil Quinta & Santos – Score, especializada na área dos acabamentos têxteis e que tem clientes sobretudo no mercado da moda de luxo, focado em pequenas séries ou produtos únicos.

Fundada há cerca de três décadas, a empresa industrial localizada na freguesia da Várzea, no concelho de Barcelos, emprega atualmente mais de uma centena de pessoas e conta chegar ao final deste ano com um volume de faturação superior a oito milhões de euros.

O nosso objetivo é continuar a desenvolver a empresa, explorando oportunidades de crescimento. [Contamos] com recursos financeiros e humanos que contribuirão para a expansão e prosseguir com a forte aposta na sustentabilidade.

Miguel Lancastre

Founding partner da Atena Equity Partners

Concretizada através do fundo Atena II, esta aquisição “enquadra-se no âmbito da temática da sucessão empresarial, tendo os acionistas reconhecido o valor acrescentado da opção pela alienação de uma posição maioritária” a esta sociedade de capital de risco, que é dona da rede de clínicas dentárias Maló e que conta no portefólio com a Simi (engenharia), a Prado Cartolinas da Lousã (papel) ou a Wemold (moldes).

O founding partner promete “continuar a desenvolver a empresa, explorando oportunidades de crescimento”. Citado num comunicado de imprensa, Miguel Lancastre frisa que a Atena tem um “importante historial de geração de valor, contando com recursos financeiros e humanos que contribuirão para a expansão da empresa e para prosseguir com a forte aposta na sustentabilidade”.

Miguel Lancastre, founding partner da Atena Equity Partners

A operação assessorada pela EY e pela GLX LTM e Associados do lado do comprador e pela RSN Advogados do lado do vendedor, vem reforçar o portefólio de investimentos do Fundo Atena II, que no ano passado concretizou, por exemplo, a aquisição da farmacêutica Sidefarma ou do Hospital Particular de Almada, também na área da saúde, e que resgatou da falência a Cariano, especialista em serviços de elevação para parques eólicos e que era detida pelo fundo Explorer.

Tingimento através de nanotecnologia

Na moderna unidade industrial situada no coração do Minho, que o comprador diz dispor de uma “elevada eficiência ambiental e energética”, a empresa possui também um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) dedicado à criação de novas tecnologias e ao aperfeiçoamento de técnicas de lavagem, tingimento e acabamento têxtil.

Uma dessas inovações – um novo processo de tingimento através de nanotecnologia – foi apresentada no início de setembro na feira Modtissimo, realizada na Exponor (Matosinhos). Utilizando pigmentos naturais, esta tecnologia permite a reprodução de todos os pantones de cores e alcançar uma durabilidade superior a outros processos.

“A empresa é detentora dos certificados GOTS, OCS, RCS e OEKOTEX Class I. (…) Estas certificações asseguram aos clientes a conformidade da empresa com rigorosos padrões ambientais e sociais ao longo do processo de tingimento e lavagem de têxteis orgânicos, bem como a conformidade com parâmetros relacionados com a saúde humana, nomeadamente a não utilização de substâncias perigosas ou banidas”, destaca.

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Presidente da Greenvolt recusa ideia de que elétricas têm lucros excessivos

  • Lusa
  • 20 Setembro 2022

João Manso Neto admite não saber bem “quem em Portugal tem lucros excessivos" e relembra que as energéticas já estão sujeitas a uma contribuição extraordinária.

O presidente executivo da Greenvolt, João Manso Neto, afirmou que não há lucros excessivos nas elétricas e lembrou que as energéticas já pagam uma contribuição extraordinária, que classificou como um imposto “estúpido”, porque penaliza quem mais investe.

Falando na abertura da conferência “Fiscalidade no OE2023” promovida pelo Global Media Group, João Manso Neto começou por referir não saber bem “quem em Portugal tem lucros excessivos”.

Lucros excessivos? Na eletricidade não vejo onde estão. Nas renováveis não estão de certeza”, disse o gestor para referir que a questão da tributação dos lucros excessivos, lhe parece “disparatada” e questionando, em relação às petrolíferas – setor que reconheceu conhecer menos bem – o que se faria quando as margens de refinação descem: “Também pagam?”.

O gestor referiu ainda que o setor energético já está sujeito a uma contribuição extraordinária, criada durante o período da troika, considerando que devia acabar pois “é o imposto mais estúpido que há, porque quanto mais se investe mais se paga”.

Falando num painel que tinha por tema geral “O choque fiscal é fundamental. Como pode a abordagem aos impostos no OE2023 ajudar famílias e empresas”, João Manso Neto manifestou-se ainda contra políticas que considerem a atribuição de mais subsídios.

“Concordo com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais [que fez a intervenção na abertura desta conferência] quando diz que a transição energética é essencial”, mas “não concordo quando se diz que são necessários mais subsídios. Não é esse o ponto”, afirmou o CEO da Greenvolt.

João Manso Neto disse ainda que neste momento o “PRR [Programa de Recuperação e Resiliência] está a ter um efeito perverso porque há investimentos que se fazem, que se pagam e que não estão a ser feitos porque estão à espera do PRR”.

O gestor referiu que, se por um lado se pode considerar que a burocracia do Estado atrasa alguns investimentos, também há culpas do lado das empresas porque “não investem”.

João Manso Neto admitiu também que haja apoios a algumas empresas e famílias, mas “sem exagerar”.

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