Investidores portugueses compram clube desportivo do Parque Eduardo VII

Clube VII, em Lisboa, foi adquirido por grupo de investidores portugueses. Compra será acompanhada de projeto de 8 milhões de euros em reabilitação e desenvolvimento, como forma de captar mais sócios.

O Clube VII, o clube desportivo localizado em pleno Parque Eduardo VII, em Lisboa, foi adquirido à Pacific Investments Management Limited por um grupo de investidores portugueses, segundo um comunicado. No seguimento desta aquisição, os novos acionistas pretendem ainda investir cerca de oito milhões de euros, até 2025, no espaço.

O investimento surge como parte de um projeto de reabilitação e desenvolvimento do clube, e irá compreender uma renovação das instalações de modo a captar mais sócios para o clube, pode ler-se. Serão também feitos melhoramentos a nível de interiores, e será concedido o acesso independente a não sócios ao padel, CrossFit, e a uma zona de yoga.

A intervenção exterior, por sua vez, será feita mediante a inclusão de materiais sustentáveis, bem como através da introdução de painéis fotovoltaicos. Também está previsto “nos próximos anos” um novo espaço de restauração, e uma reabilitação mais profunda dos espaços interiores, campos de ténis e de padel, é esclarecido no documento.

Pretendemos dar uma vida nova e mais dinâmica ao Clube VII, apostando na qualidade dos serviços prestados nas áreas desportiva, de saúde e de lazer e na modernização das instalações”, explica António Gellweiler, um dos atuais acionistas do Clube VII, citado no comunicado. Localizado num espaço com cerca de 10 mil metros quadrados, o clube conta atualmente com “6 campos de ténis e 7 campos de padel, ginásio, piscina de 25 metros, restaurante, cafetaria, spa e kids club”, pode ler-se.

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Maioria dos democratas não quer Biden como candidato nas eleições de 2024

  • Lusa
  • 11 Julho 2022

Um terço (33%) apontou a idade de Biden (atualmente com 79 anos) como principal motivo, enquanto 32% disseram que a sua posição tinha a ver com o desempenho do atual Presidente.

Uma sondagem realizada pelo jornal The New York Times e a faculdade Siena College, publicada esta segunda, revela que a maioria dos democratas quer outro candidato às eleições presidenciais norte-americanas de 2024, excluindo o atual Presidente, Joe Biden. De acordo com os resultados da sondagem, quase dois terços (64%) dos eleitores democratas entrevistados disseram considerar que o Partido Democrata devia nomear um candidato diferente para as presidenciais de 2024.

Um número que o diário The New York Times sublinha ser ainda “mais gritante” entre os jovens eleitores democratas, já que 94% dos que têm entre 18 e 29 anos dizem preferir um novo candidato. Entre os 848 eleitores democratas entrevistados por telefone entre os dias 5 e 7 deste mês e que disseram querer um candidato diferente em 2024, um terço (33%) apontou a idade de Biden (atualmente com 79 anos) como principal motivo, enquanto 32% disseram que a sua posição tinha a ver com o desempenho do atual Presidente.

Os entrevistados nomearam a economia (20%), assim como a inflação e o custo de vida (15%), como os problemas mais importantes que o país enfrenta. Por outro lado, também um terço dos entrevistados disse que aprova “um pouco ou fortemente” o trabalho que Joe Biden tem feito como Presidente dos Estados Unidos, cargo que ocupou em janeiro de 2021.

No entanto, apenas 13% consideraram que o país está no caminho certo, sendo esta a menor percentagem de pessoas que aprovam as decisões de um Presidente desde o auge da crise financeira, no início da década passada, segundo o jornal. Os maiores desafios com que a Casa Branca se debate neste momento são a mais alta inflação das últimas décadas, os preços altos dos combustíveis e as preocupações com a idade de Joe Biden e os seus baixos índices de aprovação, que rondam os 38,6%, ou seja, são os mais baixos desde que foi eleito.

Ainda assim, Biden já anunciou querer recandidatar-se daqui a dois anos, numa altura em que já contará 82 anos. Em junho passado, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que os planos do Presidente Biden para 2024 não mudaram, garantindo que irá concorrer à reeleição. Biden já tinha anunciado anteriormente que pretendia concorrer, em conjunto com a vice-presidente Kamala Harris, caso o seu antecessor (Donald Trump) volte a candidatar-se e desde que a sua saúde se mantenham boa.

Segundo avançou à Lusa, na semana passada, o cientista político Brian Adams, o Presidente norte-americano só conseguiu ter energia para a anterior candidatura à Presidência porque o mundo estava em pandemia “e não havia nada [de ações políticas de campanha] que se pudesse fazer”. Adams considerou que se Biden se recandidatar perante uma forte oposição do sistema [do Partido] Democrata, haverá primárias com múltiplos candidatos a tentarem tirar-lhe a nomeação.

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Empresa de pneus em Cantanhede duplica faturação em cinco anos

  • Lusa
  • 11 Julho 2022

“Passamos de 10.000 metros quadrados, que eram em dois locais diferentes para concentrar tudo num armazém central, de 20.000 metros quadrados", explica responsável da S. José Logística de Pneus.

A empresa S. José Logística de Pneus, situada na zona industrial de Cantanhede, faturou mais do dobro nos últimos cinco anos, tendo atingido cerca de 60 milhões de euros no ano de 2021. A S. José Logística de Pneus, fundada em 1966, “em cinco anos [de 2016 a 2021] aumentou para o dobro” a sua faturação, disse esta segunda-feira à agência Lusa Luís Aniceto, um dos gerentes da empresa, detalhando que a empresa alcançou em 2019 cerca de 36 milhões de euros, em 2020 cerca de 44 milhões de euros e, no ano de 2021, cerca de 60 milhões de euros.

A empresa, dedicada à área de pneus, exporta para Espanha, emprega 72 trabalhadores e tem a “oferta mais diversificada do mercado”, realçou. A S. José Logística de Pneus está a investir, atualmente, 2,5 milhões de euros na expansão do atual armazém, em 5.000 metros quadrados, que deverá estar a funcionar no mês de outubro.

No ano de 2019, procedeu à construção de uma nova unidade, num terreno com 54.000 metros quadrados, que inclui o armazém com 20.000 metros quadrados, num investimento de cerca de 6,5 milhões de euros. “Fomos adaptando a empresa às novas necessidades, com um aumento de área”, explicou, Luís Aniceto.

Passamos de 10.000 metros quadrados, que eram em dois locais diferentes [na zona industrial de Cantanhede, distrito de Coimbra] para concentrar tudo num armazém central, de 20.000 metros quadrados, ficando as outras áreas adstritas a outros setores da empresa. O armazém central passou a ter 20.000 mil metros”, reforçou.

A expansão do atual armazém deveu-se ao facto de “não haver espaço” para ter pneus, daí o investimento de cerca de 2,5 milhões de euros nesta obra, que estima estar concluída em outubro, acrescentou. Questionado acerca das causas que levaram ao sucesso da empresa, Luís Aniceto frisou que houve um conjunto de fatores que impulsionaram o crescimento da empresa, referindo que a construção da nova unidade, em 2019, foi “uma alteração do paradigma” – passou de “um sítio muito pequeno e de armazéns dispersos” para “concentrar tudo num único local”.

Esta nova unidade possibilitou “ter capacidade para ter stock” e assegurou um “aumento de produtividade. Passou a haver uma alteração da estrutura da empresa, em termos de organização dos seus quadros”, já que “a nova área permitiu todo um enquadramento diferente”, especificou. “A inauguração da nova unidade permitiu a empresa dar o salto para um nível organizacional muito superior”, sublinhou, Luís Aniceto. A estes fatores aliam-se “rigor, ética e profissionalismo”, que “são os grandes alicerces da empresa”, concluiu.

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Justiça angolana afasta detenção de Isabel dos Santos no dia do funeral do pai

  • ECO
  • 11 Julho 2022

O vice-procurador-geral da República de Angola, Mota Liz, diz que não se “prendem pessoas em dias de óbito”.

Perante possíveis receios da filha de José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos, regressar a Angola para o funeral do pai, o vice-procurador-geral da República de Angola, Mota Liz, reiterou que não se “prendem pessoas em dias de óbito”, em declarações recolhidas pelo Novo Jornal e citadas pelo Observador.

Não “se prendem pessoas em dias de óbito, a própria lei exclui essa possibilidade”, disse Mota Liz no velório de José Eduardo dos Santos. O vice-procurador-geral salientou que “a prisão não é o remédio, os seres humanos têm de conversar sempre”.

Além de Isabel dos Santos, também Tchizé dos Santos, outra filha do ex-Presidente angolano, tinha expressado que não se sente segura nem em Angola, nem em Portugal. Tchizé disse ser “vítima de perseguição política” em Angola, defendendo também que “merecia proteção” de Portugal.

As duas filhas do ex-Presidente angolano estão também a tentar impedir a trasladação do corpo do pai para Luanda. Sobre esta questão, Mota Liz defendeu a necessidade de “consenso” entre a família e reiterou que “o Presidente José Eduardo dos Santos é património da Nação e é preciso que haja bom senso da família para não prejudicar aquilo que é da Nação.”

Já o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos angolano, Francisco Queiroz, apontou que a “família tem a última palavra neste domínio”, apesar de admitir que é “uma questão de Estado”. Queiroz disse também acreditar que vai existir bom senso.

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Accenture, Minsait e Telefónica exploram negócios metaverso

  • Servimedia
  • 11 Julho 2022

As empresas querem rodear-se de parceiros tecnológicos para explorar as capacidades empresariais oferecidas pelo metaverso. A Minsait é a primeira a oferecer os seus produtos financeiros no metaverso.

As empresas estão cada vez mais a construir novas oportunidades físicas e virtuais e a oferecer serviços em ambientes criados por outros, nomeadamente através do metaverso. A Minsait, a Accenture e a Telefónica são alguns dos exemplos de parceiros que podem ajudar as empresas que estão a apostar nesta nova forma de fazer negócios, noticia a Servimedia.

Todas as empresas que pretendem aderir ao metaverso pretendem oferecer os seus serviços nestes novos cenários, a fim de conseguirem atingir novos segmentos de públicos-alvo. No caso específico do metaverso, este é um novo mundo virtual que está constantemente a ganhar utilizadores e que se está a tornar cada vez mais importante nas estratégias empresariais para a transformação digital.

A Accenture lançou recentemente o ‘Accenture Metaverse Continuum’, um novo grupo de trabalho que procura ajudar as empresas a adaptarem-se a este novo ambiente tecnológico. Tem o seu próprio metaverso, “the Nth floor”, onde os seus trabalhadores participam na orientação de novos empregados, recebem formação, participam em reuniões e podem socializar com a equipa.

Por seu lado, a Minsait, empresa líder da Indra na transformação digital, com mais de 35 anos de experiência em simulação de processos, é a primeira empresa tecnológica a oferecer os seus produtos financeiros no metaverso e a primeira no setor que, além de disponibilizar aos seus clientes uma área de oferta virtual única e paralela, oferece também o seu próprio espaço no metaverso.

Além disso, Minsait oferece possíveis aplicações do metaverso na banca, tais como a apresentação de novos produtos, escritórios virtuais para criar novos ambientes de relações com clientes, eventos de marketing ou mundos corporativos que encorajam as relações internas entre empregados e instituições.

Outra grande empresa espanhola que também está a avançar para o metaverso é a Telefónica, que desenvolveu o projeto da Academia Rafa Nadal. Trata-se de uma réplica interativa em 3D das instalações desportivas da lenda do ténis. O espaço contém os 43 campos de ténis da academia mais dois exclusivos na versão metaversa.

Esta experiência virtual inclui mini-jogos, tais como uma sessão de treino de ténis virtual em que se pode bater uma bola, e também se podem encontrar avatares com quem interagir, tais como Toni, o diretor da academia, ou Gemma, a nutricionista. A Telefónica declarou, também, que está a trabalhar para oferecer as NFT como parte deste projeto numa data posterior.

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App que recebeu quase um milhão do Fundo Ambiental representa 0,53% das viagens Andante

  • Lusa
  • 11 Julho 2022

A aplicação Anda registou 613.566 viagens em 2021, ou seja, 0,53% do total de 116,3 milhões de validações.

A aplicação Anda, do sistema de transportes Andante, da Área Metropolitana do Porto, que recebeu quase um milhão de euros do Fundo Ambiental, representou 0,53% de validações em 2021, mas os responsáveis pelo investimento defenderam a sua implementação.

De acordo com o Relatório e Contas dos Transportes Intermodais do Porto (TIP), responsáveis pelo sistema intermodal Andante, em 2021 a aplicação (‘app’) Anda registou 613.566 viagens em 2021, ou seja, 0,53% do total de 116,3 milhões de validações. Quanto à proporção nas receitas de bilhética, a Anda chegou aos 0,60% em termos do peso do canal de vendas na rede, de acordo com o documento noticiado pela Lusa no dia 01 de julho.

No relatório pode ler-se que “durante o período findo em 31 de dezembro de 2017, na sequência da candidatura do projeto Anda, o TIP recebeu do Fundo Ambiental o montante total de 982.028 euros”, valor a que acrescem 150 mil euros, também provenientes do Fundo Ambiental para o projeto (beyond) Anda”, dos quais foram devolvidos 5.827 euros.

A app Anda consiste num título Andante desmaterializado, que calcula automaticamente, através dos smartphones, as zonas percorridas e o preço a pagar sem que os utentes se tenham de preocupar com o tipo de bilhete a comprar, e a (beyond) Anda visa, segundo respostas do Ministério do Ambiente e da Ação Climática à Lusa, “a generalização do Anda a outras geografias”.

O desenvolvimento de projetos-pilotos que visem alargar a base dos utilizadores habituais do transporte público, captando procura ao automóvel, não podem ser somente avaliados pelos seus resultados imediatos”, respondeu fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática à Lusa, considerando que o desenvolvimento de ambos “decorreu com sucesso”. O projeto-piloto permitiu “validar o conceito e as tecnologias envolvidas, assim como desenvolver as componentes previstas e confirmar a atratividade da solução por parte dos utilizadores”, defendeu.

O ministério de Duarte Cordeiro (à data liderado por João Pedro Matos Fernandes) refere ainda que o objeto do protocolo com os TIP, quanto à aplicação Anda, “previa a simplificação do Andante por via da desmaterialização total dos títulos de transporte e permitir a prazo uma diminuição da quantidade e complexidade dos equipamentos afetos ao sistema de bilhética”.

Porém, em resposta à Lusa, os TIP afirmaram que os valores investidos pelo Fundo Ambiental não serviram apenas para a app Anda, mas também para “criar toda a infraestrutura necessária à potencial integração de apps de parceiros externos” ou “assegurar as condições de contratar redes de elevada capilaridade para carregamento de cartões Andante, correspondendo atualmente a mais do que 1.500 pontos de venda” na Área Metropolitana do Porto (AMP).

Fonte oficial dos TIP respondeu à Lusa que “não está, e certamente não estará num futuro próximo, satisfeito com os números de utilizadores da app Anda” nem do Andante, “pelo facto de a taxa de motorização ser ainda excessiva” na AMP. “O principal objetivo da app Anda não é a potenciação da rentabilidade económica pela utilização” do Andante, referem os TIP, considerando que “se assim fosse, a própria app não utilizaria um algoritmo que opta pelo tarifário mais económico para o seu utilizador”.

Ainda assim, os TIP dizem estar “certos” de que “os valores investidos, diretamente no desenvolvimento da ‘app’, mas também na infraestrutura criada com esse desenvolvimento, ainda irão ser suplantados pela receita afeta à sua utilização“. “O Anda foi o impulsionador e não o ponto final”, defendem os TIP.

Para 2022, os TIP preveem o desenvolvimento da Anda para sistemas operativos IOS e a “integração do Anda no novo Portal Andante”, estando também a alargar o “leque de funcionalidades” quer da Anda quer dos cartões bancários na rede.

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Produção automóvel nacional dispara para mais do dobro com Stellantis a crescer 8%

Stellantis é a fábrica portuguesa com o maior crescimento na produção automóvel (8%), enquanto Autoeuropa apenas aumenta 1,2%, embora mantenha quota de 72,4% do total de unidades.

No primeiro semestre de 2022 saíram das fábricas portuguesas 157.121 veículos automóveis, uma subida de 3,2% face ao registado em período homólogo de 2021. Em termos acumulados, a Autoeuropa produziu 72,4% do total de unidades automóvel, com 113.678 veículos, contra 36.853 unidades da Stellantis, ou 23,5%.

Por outro lado, a Stellantis foi a fábrica nacional a registar o maior crescimento na produção automóvel, com um aumento de 8%. Já a Autoeuropa apenas verificou um aumento de 1,2%, avançou esta segunda-feira a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Em junho de 2022, por sua vez, foram produzidos 38.692 veículos, uma subida de mais do dobro (139,3%) em termos homólogos. Deste número, a Autoeuropa produziu 29.859 veículos automóveis (77,2% do total), o que representa um aumento na produção de 174,2%, face ao mesmo mês de 2021. Em comparação, a fábrica da Stellantis em Mangualde verificou um aumento de 76,5% na sua produção, atingindo as 7.316 unidades (18,9% do total).

Do total de veículos fabricados em Portugal durante os primeiros seis meses do ano, 97,4% (153.025) destas unidades destinam-se à exportação, e embora este número represente um aumento de 2,6% em termos homólogos, a diferença nesta categoria é mais expressiva com os números de junho. No sexto mês do ano, 96,2% (37.236) da produção automóvel foi para exportação, sendo que isto representou um aumento na produção de 141,5%, face a junho de 2021.

“A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional – com 93,3 por cento – com a Alemanha (21,9%), França (15,4%), Itália (12,5%) e Espanha (9,1%) no topo do ranking”, pode ler-se no comunicado da ACAP.

No que diz respeito à montagem de veículos automóveis pesados, foram montadas 35 unidades em junho de 2022, o que representa uma subida de 94,4% em termos homólogos. Já em termos acumulados, o primeiro semestre do ano registou uma quebra de 46,8% face ao mesmo período de 2021, com um total de 66 veículos montados. “Pelo sexto mês consecutivo, no ano de 2022, apenas foram montados veículos pesados de passageiros”, acrescenta a ACAP.

Dentro do segmento de veículos automóveis pesados feitos em Portugal, foram exportados 48,5% das unidades produzidas, ou 32 veículos. A Europa representa o único destino destes veículos, acrescenta a ACAP, sendo que a Alemanha representa 59,4% do destino final destas exportações, enquanto o Reino Unido 40,6%.

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Comissão Europeia vai cortar previsões de crescimento mas não vê sinais de recessão

A Comissão Europeia vai rever em baixa as previsões económicas para este e para o próximo ano, nomeadamente "por causa de muitas incertezas e riscos".

A Comissão Europeia admitiu que vai cortar novamente as previsões de crescimento para este ano e aumentar as projeções para a inflação, numa altura em que ainda persistem riscos e incertezas. Apesar deste cenário, o Executivo comunitário sinalizou que ainda não vê sinais de recessão.

“O que vemos é que o crescimento económico está a mostrar-se bastante resiliente este ano. Ainda assim, pode-se esperar alguma revisão em baixa e ainda mais para o próximo ano por causa de muitas incertezas e riscos“, disse o vice-presidente executivo da União Europeia (UE), Valdis Dombrovskis, a jornalistas em Bruxelas, citado pela AFP.

A comissão executiva da UE deve atualizar as previsões económicas numa reunião mensal regular de ministros, que vão mostrar um crescimento mais lento e inflação mais alta, explicou Valdis Dombrovskis.

Em maio, a Comissão já tinha reduzido as previsões de crescimento para os 19 países do euro para 2,7% este ano, (em fevereiro a previsão era de 4,0%), e para 2,3% no próximo ano, (anteriormente 2,7%), na primeira avaliação do impacto da guerra em Ucrânia sobre a economia do bloco.

Nesse mês, a estimativa da inflação apontava para os 6,1% para este ano, o que já representava um aumento em relação aos 3,5% anteriormente projetados.

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Governo tem compromisso com pensionistas para 2023 e cumprirá, diz Medina

  • Lusa
  • 11 Julho 2022

"Existe esse compromisso com o valor, esse compromisso será cumprido, e o restante, tal como nas outras dimensões todas da política nacional, iremos apresentar em detalhe" no OE 2023.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse esta segunda-feira em Bruxelas que o Governo tem “um compromisso” com os pensionistas para o próximo ano, que “será cumprido”, mas reservou mais detalhes para a apresentação do Orçamento do Estado para 2023.

Em declarações à entrada para uma reunião de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), Medina, questionado sobre como pretende o Governo proceder a esse aumento das pensões sem prejudicar a sustentabilidade das contas públicas, disse que este ainda não é o momento de se pronunciar, confirmando apenas a intenção do executivo de proceder a tal aumento, atendendo à evolução da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) no corrente ano.

“Sobre as posições relativamente ao Orçamento do Estado para 2023 – essa ou qualquer outra –, não irei neste momento pronunciar-me, no seu devido tempo irei pronunciar-me sobre elas. Gostaria de frisar que existe relativamente aos pensionistas um compromisso relativamente a um montante, que é um montante que está colocado, que tem características diferentes”, começou por responder.

Medina explicou que “há, de facto, uma parte desse montante que é um montante de natureza normal, de natureza regular, de acordo com uma inflação normal e um crescimento do PIB normal”, mas existe igualmente “uma dimensão que é, de facto, uma dimensão extraordinária, que foi aquilo que se verificou durante o ano de 2022, que nos dois indicadores que contabilizam para essa dimensão assumiram valores que são valores fora do que são os valores padrão”.

“E por isso existe esse compromisso com o valor, esse compromisso será cumprido, e o restante, tal como nas outras dimensões todas da política nacional, iremos apresentar em detalhe aquando da apresentação do orçamento para 2023”, concluiu.

Em 20 de junho passado, o primeiro-ministro, António Costa, assegurou que o Governo vai cumprir a lei e em 2023 haverá um “aumento histórico” do valor das pensões por efeito conjugado da drástica subida da inflação e do elevado crescimento económico registado este ano. Falando numa conferência da CNN Portugal, o chefe de Governo adiantou que, face à drástica subida da inflação, conjugada com o elevado crescimento económico em 2022, no próximo ano “o aumento das pensões será histórico”.

No mesmo dia, um pouco depois, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anteviu que as pensões podem subir no próximo ano mais de 10%, e pesar cerca de dois mil milhões de euros no Orçamento de 2023. À margem da sessão de encerramento da conferência “Dez anos do Conselho das Finanças Públicas”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa, questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, admitiu que, sendo aplicada a fórmula de atualização das pensões previstas na lei, “vai haver um ajustamento de pensões e reformas nunca visto”.

Será porventura superior a 10%, equivale a ter mais um mês de pensões e reformas”, disse. No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa alertou para que as previsões económicas para 2023 indiciam que este será apenas um efeito passageiro. “Se olharmos para evolução previsível para 2023, em que o crescimento cai e em que a inflação se espera que caia também, aí vira-se ao contrário (…) O que estamos a falar é de em 2023, pela aplicação de uma lei que já existe, haver uma subida histórica das reformas, pode ser mais de dois mil milhões de euros, mas não quer dizer que seja para ficar para sempre, depende da evolução nos anos seguintes do crescimento e da inflação”, avisou.

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Época de resultados pesa em Wall Street. Twitter cai 7%

A semana arranca negativa em Wall Street, com a antecipação da época de resultados das empresas a preocupar os investidores. Twitter choca com Elon Musk e afunda 7%.

Os principais índices de referência norte-americanos arrancaram a primeira sessão da semana no vermelho, com os investidores a prepararem-se para o início da temporada de resultados, que pode revelar que os lucros das empresas estão sob pressão num momento de crescentes receios de uma desaceleração económica.

O industrial Dow Jones recua 0,5%, para 31.182,13 pontos, enquanto o índice S&P 500 cede 0,75%, para 3.870,25 pontos. Já o tecnológico Nasdaq registou a maior queda no início da sessão, ao descer 1%, para 11.518,86 pontos, desvalorização que se agravou entretanto e já alcança os 2%.

Esta semana será marcada pelo início da publicação de resultados por parte das cotadas, a começar pelos maiores bancos americanos (JPMorgan e Morgan Stanley na quinta-feira e Citigroup na sexta-feira). Estes bancos registam perdas de cerca de 1% no arranque da sessão desta segunda-feira.

As contas das empresas podem revelar já o impacto da inflação nos negócios, o que preocupa os investidores. Além disso, o agravamento dos números da Covid-19 na China volta a colocar pressão no sentimento.

Nas quedas, destaque para as ações do Twitter, que caem 7,08%, para 34,24 dólares, depois de Elon Musk recuar do acordo no valor de 44 mil milhões de dólares para comprar a rede social.

Outras cotadas do setor tecnológico também se destacam pela negativa nesta sessão. É o caso da Amazon, que recua 3,12%; da Microsoft, que desvaloriza 1,67%; e da Apple, que cede 1,71%.

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Portugal regista quebra na incorporação de renováveis para geração de eletricidade em junho

Face à "diminuição do índice de hidraulicidade", Portugal viu a incorporação de renováveis para a geração de eletricidade cair 4,6% em junho, quando comparado com o período hómologo do ano anterior.

Durante o mês de junho, Portugal registou uma quebra na incorporação de energias renováveis para a produção de eletricidade.

Segundo os dados da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), divulgados esta segunda-feira, a incorporação de energias limpas, durante o mês de junho, foi de 47,3%, menos 4,6% face a junho de 2021. Segundo a entidade, esta redução deve-se, maioritariamente, à diminuição do índice de hidraulicidade, que resultou num decréscimo acentuado da produção hídrica.

“A produção hídrica e a percentagem máxima de armazenamento nas barragens atingiram valores mínimos face ao período homólogo nos últimos 10 anos, o que contribuiu para um aumento da produção por fontes fósseis”, revela o documento da APREN.

A queda também se verificou quando comparado com o mês anterior: em maio, a produção hídrica foi de 13% e em junho derrapou para 5,9%.

  1. Esta quebra fez com que Portugal caísse da quarta para quinta posição nos países com maior incorporação renovável na Europa, durante o mês de junho. No entanto, no acumulado dos últimos seis meses, Portugal continuou a ser o quarto país com maior incorporação renovável na geração de eletricidade. Assim, a produção a nível nacional ficou atrás da Noruega, Áustria e Dinamarca, que obtiveram 99,5%, 77,0% e 76,2%, respetivamente, a partir de fontes de energia renováveis

Redução do preço da eletricidade em maio

Entre 1 de janeiro e 30 de junho, “foram registadas 57 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal”, mais uma em relação ao mês anterior, diz a APREN, salientando que o preço horário médio no Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel), em Portugal, em junho foi de de 151,5 euros por megawatt/hora.

“De salientar a redução no preço da eletricidade em maio, já influenciada pela limitação do preço do gás natural”, indica a entidade. Esta medida foi elaborada pelos Governos de Espanha e Portugal e aprovada, em junho, pela Comissão Europeia.

Quanto ao nível do comércio, nos primeiros seis meses do ano, o sistema elétrico de Portugal Continental registou importações de eletricidade equivalentes a 5.992 gigawatts/hora (GWh) e exportações de 1.227 GWh, tendo Portugal sido importador, com um saldo de 4.765 GWh

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Itália desiste e apoia João Leão na corrida à presidência do fundo de resgate europeu

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Julho 2022

O candidato italiano à direção do Mecanismo Europeu de Estabilidade desistiu em favor de Portugal. João Leão e o luxemburguês Pierre Gramegna são os únicos candidatos que permanecem na corrida.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse esta segunda-feira que o candidato italiano à direção do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Marco Buti, desistiu a favor da candidatura portuguesa, protagonizada pelo ex-ministro João Leão. Restam, assim, dois candidatos na corrida para suceder ao alemão Klaus Regling no cargo de líder do fundo de resgate europeu.

“Temos hoje um apoio importante que não tínhamos na reunião anterior, que é o apoio da Itália, com a desistência do candidato italiano, que apoia a candidatura portuguesa”, disse Medina, em declarações transmitidas pela RTP3 à entrada para a reunião do Eurogrupo, que decorre em Bruxelas.

Segundo Medina, os responsáveis das Finanças da Zona Euro irão avaliar, “em conjunto com a presidência do Eurogrupo”, se há condições para ser feita a eleição para o MEE durante a reunião desta segunda-feira. A decisão cabe aos ministros das Finanças do Euro, numa votação feita por maioria qualificada, ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro do MEE no capital social autorizado.

Por esse motivo, “trata-se de uma eleição em que é preciso não só compatibilizar o apoio dos países, mas também os apoios que permitam assegurar os 80%” de votos, sublinhou o governante, considerando que é “uma fasquia muito elevada” e para a qual é necessário ter “um diálogo muito intenso” entre os vários membros da Zona Euro.

Fernando Medina reiterou ainda que Portugal “será sempre parte de uma solução e não parte do problema” no processo de eleição do novo diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade, que no início da década passada funcionou como um fundo de apoio aos resgates na crise da dívida soberana.

Portugal tem cerca de 2,5% dos direitos de voto, o que compara com os 26,9% da Alemanha e 20,2% de França, estes com maior peso na votação e ainda com poder de veto. Para um candidato ser eleito como diretor executivo do mecanismo, tem de ter o apoio de pelo menos 80% dos votos dos membros do MEE.

O diretor executivo do MEE é responsável por conduzir os trabalhos do mecanismo, atuando como representante legal da organização e presidindo ao Conselho de Administração, sendo os seus mandatos de cinco anos e podendo ser renovados apenas uma vez.

Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da Zona Euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.

(Notícia atualizada às 14h30)

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