Sotecnisol entra nos túneis de França e reforça presença em Espanha

O grupo Sotecnisol, que emprega 650 pessoas e fatura 70 milhões, abriu uma filial em Paris, vai reforçar a presença em Espanha e criou uma nova empresa para atuar na área dos pavimentos industriais.

Fundado em Lisboa em 1970, o grupo Sotecnisol atua nos setores da construção, ambiente e energia, água e agroindústria. Soma 24 empresas, emprega 650 pessoas e fatura 70 milhões de euros. Este ano vai investir dois milhões de euros para reforçar a expansão internacional e apostar em novas unidades de negócio.

No arranque do ano, o grupo iniciou a operação em França e abriu uma filial em Paris na área de impermeabilização e revestimento de fachadas. “É uma área importante que vamos começar em Paris, mas também estamos a explorar fora [da capital] a impermeabilização de túneis. Principalmente no sul de França há muitos túneis a serem construídos e queremos ganhar obras neste segmento”, adianta José Luís Castro, CEO do Grupo Sotecniso. Além de Espanha e França, tem uma empresa na Noruega na área de impermeabilização de túneis.

Em declarações ao ECO/Local Online, o gestor conta ainda que a Sotecnisol vai reforçar a presença em Espanha. Está presente em Madrid e Barcelona, e quer alargar a atividade a outras cidades espanholas. “O negócio em Espanha está mais diversificado e atuamos na área de impermeabilização de coberturas e túneis, revestimento de fachadas e fotovoltaicos”, explica José Luís Castro. Além de Portugal, Espanha, França e Noruega, o grupo está presente em Angola, Moçambique e Argélia.

José Luís Castro, CEO do Grupo SotecnisolGrupo Sotecnisol

Por outro lado, fundou recentemente a empresa Proflooring, que atua na área dos pavimentos Industriais. “Já temos uma equipa preparada para fazer obras de grande dimensão. Vamos começar por Portugal e posteriormente alargaremos a atividade para outros países onde já estamos presentes”, realça José Luís Castro, formado em Gestão de Empresas pelo Instituto Universitário de Lisboa.

Também nos planos está o reforço da frota de camiões “para aumentar a capacidade de distribuição de materiais de construção”, detalha o CEO, que assumiu a liderança da empresa em 1996. O grupo Sotecnisol vai comprar quatro camiões, dois deles com grua.

Abre três lojas Obras360 e compra 90% da Evolut.green

No ano passado, o grupo Sotecnisol investiu mais de dois milhões de euros na abertura de novas lojas, na aquisição de capital de empresas e na expansão de atividade da Sotecnisol Coberturas & Fachadas. O grupo comprou 90% do capital da Evolut.green, assinalando a entrada no negócio da instalação de pontos de carregamento para carros elétricos, e adquiriu 75% do capital Waterproof. O grupo liderado por José Luís Castro abriu ainda três novas lojas Obras360 em Palmela, Vila Nova de Gaia e Leiria, passando a ter sete espaços comerciais.

A Sotecnisol foi fundada por Sá Morais de Castro, Hermano Medeiros e Marcelino Carvalho. Em 2004, este último alienou a sua participação, ficando a grande maioria do capital concentrada nas mãos de um Sá Morais de Castro. Em 2016, a filha de Hermano Medeiros também vendeu a participação, passando a família Sá Morais de Castro a deter 100% do capital da Sotecnisol.

Até 2026, o grupo espera alcançar 100 milhões de euros de volume de negócio, através da expansão empresarial e diversificação. Para isso, a estratégia irá centrar-se na criação e aquisição de novas insígnias, de forma a ampliar o portefólio de serviços.

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Das pensões aos apoios parentais, direitos sociais dos advogados variam na Europa

Um estudo da FBE analisou os direitos sociais dos advogados. Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa e Roménia são os países participantes.

Os direitos sociais dos advogados variam nos vários países europeus. Esta conclusão é do estudo da Fédération des Barreaux d’Europe (FBE), que analisou esses direitos junto das diversas Ordem dos Advogados . As jurisdições participantes foram Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Portugal, Polónia, Reino Unido, República Checa e Roménia. Apesar das conclusões relativas a Portugal não estarem no documento.

“A maioria dos ordenamentos jurídicos não dispõe de disposições legais específicas para o tratamento dos prazos judiciais durante a licença parental ou por doença. Os advogados têm muitas vezes de arranjar substitutos ou pedir adiamentos, sendo a Espanha uma exceção, onde as diligências processuais e os prazos legais são assegurados durante a licença parental”, refere o relatório.

Outra das conclusões do estudo é sobre o regime de pensões. Entre as várias jurisdições existe uma grande mistura entre regimes privados e públicos. Por exemplo, no país vizinho, em Espanha, o tipo de regime de pensão depende do facto de os profissionais estarem inscritos no regime geral ou mutualista.

“O cálculo das quotizações varia consoante se trate de um sistema de segurança social ou de uma mutualidade. No sistema de segurança social, o cálculo é efetuado com base na base regulamentar e nos anos de contribuição. No seguro mútuo, os membros constroem as suas pensões com base nas suas contribuições”, lê-se.

Em Espanha, todos os advogados, quer sejam trabalhadores assalariados ou independentes, devem estar cobertos por um sistema de segurança social. Para os advogados assalariados, o Regime Geral de Segurança Social é o padrão, sendo a empresa responsável pela inscrição. Os advogados independentes podem escolher entre o RETA e as mutualidades de segurança social alternativas, que oferecem uma cobertura complementar mas não substituem o regime de segurança social.

Também na Alemanha, existe um regime de pensões mistas, sendo as contribuições calculadas, atualmente, em 18,6% do salário bruto, até ao limite máximo de contribuição atual de 4.987,50 euros. Já em Itália, os advogados têm uma pensão pública “especial”. Esta é composta por duas partes: quota base, que é calculada segundo o critério retributivo; e quota modular, calculada com base no método contributivo.

Na Bélgica, os advogados estão sujeitos ao regime público de pensões, “à semelhança de outros trabalhadores independentes”. “As contribuições para o regime de pensões fazem parte da quotização para a segurança social, que corresponde normalmente a 20,5% do rendimento líquido, com um mínimo de 875 euros por cada três meses”, lê-se no estudo. As pensões são pagas a partir dos 67 anos e o seu montante depende da duração da carreira, variando entre 1.700 euros e 2.125 euros para uma carreira completa de 45 anos.

Já na Roménia existe um regime de pensões para advogados e as contribuições são calculadas com base nos montantes pagos em função do ano de atividade e de um valor por defeito. Por outro lado, na República Checa não existe um regime especial de pensões, aplicando-se as regras gerais aos advogados, tal como os Países Baixos.

Outro dos países em análise é a França. Em terras francesas, todos os advogados devem contribuir obrigatoriamente para a organização Caisse Nationale des Barreaux Français (CNBF), que faz parte da caixa nacional de seguro de velhice das profissões liberais. Estas contribuições são efetuadas para o regime de base do CNBF e assumem três formas diferentes: honorários advocatícios ou uma contribuição equivalente; uma quotização fixa – progressiva e que atinge 1.774 euros a partir do sexto ano de atividade jurídica -; e uma contribuição baseada nos rendimentos profissionais.

“A licença de maternidade e a presença de filhos contam para o cálculo da pensão. As contribuições efetuadas durante os períodos de licença de maternidade e a presença de filhos são tidas em conta no cálculo das prestações de pensão da advogada. Assim, tanto a duração da licença de maternidade como a responsabilidade pela educação dos filhos são reconhecidas como fatores que contribuem para o direito à pensão de uma advogada”, referem.

Na Polónia os advogados estão cobertos pelo regime público de pensões, que abrange os trabalhadores independentes e os assalariados. As contribuições são calculadas com base em declarações individuais para os trabalhadores por conta própria e com base no salário e nas contribuições para a segurança social para os trabalhadores por conta de outrem.

Por fim, no Reino Unido, os advogados independentes contribuem para o seguro nacional de categoria 2 ou de categoria 4. “Podem verificar as contribuições e os créditos para garantir os anos de qualificação para a pensão do estado”, referem. Segundo o estudo, o montante da pensão varia entre 93,50 euros e 169,50 euros, em função das quotizações. Os advogados independentes podem também contribuir para os regimes privados de seguro de maternidade e de reforma.

Em Portugal, os advogados descontam para a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS). Uma vez que os advogados não descontam para a Segurança Social – e é a única classe profissional que tem um regime de previdência autónomo – estes profissionais não têm direito aos apoios do Estado. Atualmente, os advogados pagam por mês no mínimo 277,76 euros.

Direitos e licenças parentais

Em termos de direitos e licenças parentais, a maior parte das jurisdições concede licença parental, variando a duração e os valores pagos. “A duração da licença parental e os níveis de indemnização variam significativamente. A Itália oferece cinco meses com uma indemnização de 80%, enquanto a Bélgica oferece 12 semanas com um subsídio semanal. Em contrapartida, a licença alargada da Roménia oferece 85% do rendimento líquido médio durante dois anos”, explicam.

Das jurisdições em análise é na República Checa que a licença parental remunerada é de maior duração, uma vez que os pais poderem requerer o subsídio durante um período máximo de três anos. “Um progenitor pode receber uma prestação máxima de 300.000 CZK, que pode aumentar para 450.000 CZK no caso de gémeos ou nascimentos múltiplos” referem.

Também a Roménia é um dos países com uma licença com maior duração. Os advogados têm uma licença parental remunerada durante dois anos. “O subsídio mensal corresponde a 85% do rendimento líquido médio obtido nos últimos 12 meses dos últimos dois anos anteriores à data de nascimento da criança”, explicam. A licença é paga pelo Estado e pela Caixa de Previdência dos Advogados, que paga um subsídio mensal de 1,048 RON, cerca de 211 euros.

Já na Alemanha, os advogados o período de licença parental remunerada é de 14 meses, máximo de 12 meses por pessoa e mínimo de dois meses por pessoa. É o Estado que paga as prestações que podem ascender a 67% do último salário durante 12 meses (de 300 euros a 1.800 euros por mês).

No Reino Unido o subsídio de maternidade para advogados independentes é pago durante 39 semanas, no máximo. Mas para ser elegível é necessário um registo de autoavaliação durante 26 semanas nas 66 semanas anteriores ao nascimento do bebé. O montante, que está isento de imposto, varia entre 27 e 172,48 libras por semana, com base nas contribuições para o seguro nacional de classe 2. No entanto, o subsídio de maternidade Sure Start em terras britânicas, um apoio local, é pago uma vez, no valor de 500 libras.

Com cerca de cinco meses cada, está a Itália e a Polónia. Na bota da Europa, os advogados têm direito a uma licença parental remunerada que inclui dois meses antes do parto e três meses pós-parto. Assegurada pela Organização Nacional de Segurança Social dos Advogados, a prestação recebida é um subsídio único igual a 80% de 5/12 do rendimento profissional líquido produzido no 2.º ano anterior ao nascimento da criança.

Também na Polónia a licença de maternidade para as mães tem a duração de 20 semanas, enquanto os pais têm direito a duas semanas. Existe ainda a alternativa da licença parental partilhada de 41 semanas. O subsídio é calculado com base nas taxas de segurança pagas ou no salário, variando as especificidades em função das circunstâncias individuais. “Estas prestações são concedidas através do sistema público de segurança social”, explicam.

Já em Espanha, os profissionais, independentemente do regime, têm direitos parentais. As mães biológicas têm direito a 16 semanas de licença, com seis semanas obrigatórias imediatamente após o nascimento e 10 semanas voluntárias nos primeiros 12 meses de vida da criança. No âmbito do sistema de Segurança Social, é atribuído um subsídio equivalente a 100% da base regulamentar. Já no âmbito da Mutualidad de la Abogacía, as prestações variam em função da situação, com montantes máximos específicos.

Tanto o sistema de segurança social como as mutualidades partilham a responsabilidade pelo pagamento das prestações. O Instituto de Segurança Social assegura a gestão das prestações do regime geral. As companhias de seguros mútuos são responsáveis pelas prestações do regime mútuo”, referem.

Nos Países Baixos as mães têm quatro meses de licença e os pais cinco semanas. O montante é pago pelo Estado. Por outro lado, na Bélgica o período de licença parental remunerada é de 12 semanas. As prestações, que são pagas pelo sistema nacional de pensões, ascendem aos 800 euros por semana, sem impostos.

Por fim, em Franca, os advogados independentes têm direito a uma licença de maternidade que está sujeita a condições específicas. Assim, para terem um subsídio têm de gozar pelo menos oito semanas de licença de maternidade, incluindo seis semanas de licença pós-natal. Se esta condição não for cumprida, não há lugar a indemnização.

Segundo o estudo, a duração máxima da licença de maternidade é de 16 semanas, das quais seis semanas antes da data prevista para o parto (licença pré-natal) e 10 semanas depois. No entanto, esta duração pode variar em função de circunstâncias específicas. O outro progenitor também pode gozar a licença, suspendendo o trabalho durante quatro a cinco semanas.

“A licença de maternidade das juristas é coberta pelo regime geral de seguro de doença. A compensação inclui duas componentes: ajudas de custo diárias e um subsídio fixo. As ajudas de custo diárias são calculadas com base no rendimento anual do advogado. Se o rendimento anual do advogado for inferior a um determinado limiar, aplica-se um subsídio diário mais elevado”, lê-se.

Ainda assim, existem certas garantias para as advogadas. Durante e após a maternidade, os seus contratos não podem ser rescindidos devido à gravidez, exceto em caso de violação grave das regras profissionais não relacionada com a maternidade. Além disso, o contrato de trabalho da advogada com a sociedade não pode ser rescindido antes de decorridas oito semanas após o seu regresso ao trabalho após a licença de maternidade.

E em caso de doença?

Bem, em caso de doença, há uma tendência geral para a concessão de subsídios, variando a duração e compensação. Nos Países Baixos, os advogados têm direito a dois anos de baixa por doença com 100% do salário no primeiro ano e 70% no segundo. “As entidades patronais devem seguir etapas específicas; em caso de incumprimento, são aplicadas sanções”, refere o relatório.

Já na Alemanha, onde todos os advogados são obrigatoriamente membros da caixa de pensões dos advogados, os profissionais podem requerer uma pensão por invalidez profissional. O subsídio ou baixa depende do valor pago à caixa de pensões. Mas para os trabalhadores por conta de outrem, o subsídio de doença ascende a 70% do salário.

Tanto na Roménia, como em Espanha, os advogados tem direito a licença. Na Roménia o montante corresponde a 75% da soma dos rendimentos brutos dos 12 meses anterior à ocorrência do risco dividido por 12 e é pago pela Caixa de Previdência dos Advogados. Em Espanha, as prestações variam em função do motivo, com percentagens e subsídios específicos.

Na Polónia a duração dos subsídios por doença pagos pode prolongar-se até 182 dias, estando o montante da prestação dependente das contribuições para a segurança social. “O montante do subsídio de doença do empresário depende da base de cálculo das quotizações. O segurado pode declarar qualquer base de quotização, mas esta não pode ser inferior à base mínima de quotização ZUS aplicável às empresas. Em 2023, esta base ascende a 4.161,00 zlotys (cerca de 1.000 euros)”, lê-se. A base de cálculo do subsídio de doença é a base de cálculo média das contribuições dos últimos 12 meses, reduzido por um índice de 13,71%.

A Bélgica dá apoio em caso de doença, mas o primeiro mês de baixa não é pago, variando a indemnização entre os 46 e 76 euros por dia, consoante o estatuto familiar. Já na República Checa esse apoio pode ser requerido a partir do 15.º dia da incapacidade temporária, com uma duração máxima de 380 dias. Assim, durante as duas primeiras semanas de incapacidade, a entidade patronal paga uma indemnização salarial.

Por fim, na Itália, os advogados têm direito a um subsídio de doença, mas este aplica-se principalmente a doenças graves e a grandes cirurgias e baseia-se no último rendimento anual do doente. “A duração e o montante do subsídio de doença dependem da gravidade e da previsibilidade da doença. O advogado em situação de incapacidade total e permanente é apoiado por uma pensão especial”, explicam.

Do luto à quebra de rendimento

No que concerne a situações de queda abrupta de rendimentos, nem todos os países têm apoios disponíveis. Espanha, Bélgica, Roménia e Alemanha são alguns dos que não preveem qualquer tipo de apoio. Ainda assim, na Bélgica os advogados podem pedir uma isenção do pagamento da contribuição para a segurança social, que é normalmente de 20,5% do rendimento líquido, com um mínimo de 875 euros por cada três meses.

Em contraponto, na Itália os advogados podem receber um apoio financeiro que consiste num pagamento único, geralmente concedido em caso de graves dificuldades económicas. Também na República Checa a contribuição pode atingir o triplo da taxa de base do salário mínimo mensal fixado pela legislação. Já nos Países Baixos, todos os cidadãos têm direito a uma prestação mínima de segurança social, cerca de 1.200 nett por mês para os indivíduos e 1.700 nett para os agregados familiares com duas pessoas.

Na Polónia os advogados podem pedir apoios, mas através de um seguro privado. “As Ordens de Advogados podem também prestar assistência financeira em situações de emergência, financiada pelas contribuições dos advogados para a Ordem”, referem.

No caso de morte de um familiar próximo, apenas a Alemanha e a Polónia não preveem qualquer tipo de apoio. Já países como Itália, Bélgica, Roménia, República Checa e Países Baixos ajudam os profissionais.

Por exemplo, na Bélgica, em caso de morte de um familiar próximo, os advogados podem receber 100 euros por dia, durante um máximo de 10 dias, se houver uma paragem total da atividade. Na Roménia, o valor pago ascende aos 1.511 euros.

“A resolução da Ordem dos Advogados checa prevê uma contribuição social única para cobrir as despesas de funeral de um advogado ou estagiário jurídico falecido”, refere o relatório.

Reação da Ordem dos Advogados portuguesa

O estudo apresentado lança luz sobre uma realidade: “a posição da advocacia portuguesa em termos de direitos sociais é notavelmente inferior em comparação com os seus homólogos europeus. Este estudo destacou, em particular, a singularidade do sistema português, onde a existência de uma caixa de previdência privada, a CPAS, não garante aos advogados os mesmos direitos sociais disponíveis para os trabalhadores independentes”, refere comunicado da bastonária, Fernanda de Almeida Pinheiro. Embora nas conclusões não haja qualquer referência ao regime português.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

“Contrastando com sistemas existentes em países como Espanha e Alemanha, onde mesmo em regimes de segurança social privados, são assegurados direitos essenciais como apoio na doença e parentalidade, Portugal destaca-se, na negativa, pela ausência destes direitos fundamentais”, diz o mesmo comunicado.

Perante esta disparidade, “a Ordem dos Advogados Portugueses reitera o seu firme compromisso em encontrar a equidade e justiça para a nossa classe. Estamos empenhados em promover ações concretas e em trabalhar ativamente com as autoridades competentes, tanto a nível nacional como europeu, para assegurar que os advogados portugueses recebam o tratamento justo e digno que merecem”, conclui.

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Ordem dos Notários reforça rede de cartórios

Os concelhos de Santa Maria da Feira, Coimbra, Évora e Matosinhos vão passar a ter um espaço de cartório. Para além do alargamento, a Ordem vai também dar posse a novos notários.

A Ordem dos Notários (ON) reforçou a rede de cartórios em Portugal continental, abrindo novos espaços em Santa Maria da Feira, Coimbra, Évora e Matosinhos, referem em comunicado.

“A partir de agora será mais fácil e mais rápido o acesso das populações destes quatro concelhos a todos os serviços notarias, designadamente, reconhecimento de assinaturas, procurações, testamentos, inventários, escrituras ou até aceder a novas ferramentas digitais como o arquivo eletrónico nacional de escrituras”, lê-se.

Para além do alargamento da rede de cartórios, a Ordem vai também dar posse a novos notários esta terça-feira que passam a integrar a Bolsa da ON.

A Ordem dos Notários tem atualmente inscritos 520 notários, existindo 440 notários titulares de licenças no país, contando atualmente com 482 cartórios notariais em Portugal Continental e Ilhas.

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Utentes de transportes do Alto Minho pedem ajuda à AMP para passe único entre regiões

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

Utentes dos transportes públicos do Alto Minho pedem ajuda à AMP para a implementação de um "passe único", reivindicado desde 2019, que evite os 200 euros mensais na deslocação entre regiões.

Numa carta dirigida ao presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vitor Rodrigues, os utentes reivindicam “igualdade no acesso ao transporte público”, pedindo-lhe que “ajude a promover o mais rapidamente possível a reunião entre a AMP, a CIM [Comunidade Intermunicipal] do Alto Minho e a CIM Cávado e a colocar em prática o Passe Único para o transporte público entre o Alto Minho e a AMP“.

“Desde 2019, com o surgimento do PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes], temos solicitado às CIM do Alto Minho e do Cávado, assim como à AMP, a implementação de um Passe Único multimodal que permita a ligação entre as regiões”, destaca a missiva enviada também ao presidente da Câmara Municipal do Porto e à presidente da Autoridade de Mobilidade e Transporte.

Os passageiros alertam que “há pessoas que vão para o desemprego e estudantes que não têm dinheiro para assistir às aulas todos os dias“, perante “o aumento das taxas de juro dos empréstimos” e alunos sem possibilidade de pagar renda de casa no Porto “apanhados a meio do ano letivo”.

Para os utentes, foi “a incapacidade demonstrada pela CIM Alto Minho em se articular com a CIM Cávado e a AMP em criar um passe único que conduziu a que, em 2024, a Câmara Municipal de Viana do Castelo reduzisse “de 67% para 40%” o apoio dado aos utilizadores frequentes do autocarro que liga o concelho ao Porto.

Desde 2019, com o surgimento do PART [Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes], temos solicitado às CIM do Alto Minho e do Cávado, assim como à AMP, a implementação de um Passe Único multimodal que permita a ligação entre as regiões.

Utentes de transportes do Alto Minho

“Os utilizadores do autocarro (expresso pela A28) que pagavam 88 euros mensais (22 dias x duas viagens x dois euros) passam a pagar 171,60 euros (22 dias x 2 viagens x 3,90 euros)”, recordam. A isto somam-se mais “30 ou 40 euros do passe Andante [para circulação na AMP], o que dará mais de 200 euros por mês”, lamentam.

À AMP pedem ainda uma “solução excecional” para o corte feito pela Câmara de Viana do Castelo, vincando que “a Câmara de Esposende continua a apoiar os seus munícipes, que continuam a ter uma despesa mensal de 88 euros”.

Numa resposta à Presidência da República, a que a Lusa teve acesso e noticiou a 24 de janeiro, a Câmara Muniipal de Viana do Castelo esclarece que “existia uma carreira regular Viana-Póvoa-Viana e Póvoa-Porto-Póvoa suprimida após a conclusão dos concursos públicos internacionais para Concessão de Serviço Público de Transporte de Passageiros, quer da CIM Cávado quer da AMP”.

“Extinta a carreira pública, os serviços de transporte de passageiros Expresso que, atualmente, estão no mercado liberalizado não são financiáveis através do PART”, apontou a autarquia.

Questionado pela Lusa, o Instituto da Mobilidade e dos Transporte (IMT) afirmou que, “no que respeita ao serviço expresso entre Porto e Viana do Castelo, não foi emitida pelo IMT qualquer autorização expresso para essa linha”. “Dado que o transporte não se trata de um expresso, o IMT não tem qualquer intervenção“, sustentou.

O IMT afirma que “a lei liberalizou os preços dos serviços de transporte de passageiros”, pelo que “as únicas entidades que poderão apresentar oposição às tabelas de preços apresentadas pelas transportadoras são a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e as Autoridades de Transporte Municipais”.

A 9 de janeiro, a CIM do Alto Minho explicou também que, com a extinção da carreira pública de ligação ao Porto, “os serviços de transporte de passageiros Expresso que, atualmente, estão no mercado liberalizado, não são financiáveis através do PART”.

Em dezembro, a CIM do Cávado denunciou que a AMP decidiu acabar com a ligação de autocarro Braga-Porto pela A3 e o presidente da AMP responsabilizou a CIM pelo fim do serviço, alegando que competia à entidade minhota promover a continuidade.

As câmaras do Porto e de Braga acordaram entretanto retomar o serviço de autocarro e a autarquia portuense estima gastar cerca de 30 mil euros anuais com o serviço e descontos.

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Incentivo às equipas dedicadas às urgências depende de 11 indicadores de desempenho. Projeto arranca nos maiores hospitais

Para já, o projeto-piloto de equipas dedicadas às urgências vai arrancar nas ULS de Santa Maria e de São José, em Lisboa, na ULS de Coimbra, e nas ULS de São João e de Santo António, no Porto.

Além do vencimento-base, as equipas dedicadas às urgências integradas em Centro de Responsabilidade Integrados (CRI) vão poder receber um incentivo por desempenho, calculado mediante 11 indicadores que constam da portaria publicada esta terça-feira em Diário da República. Além disso, os médicos vão ter direito a um suplemento mensal de 500 euros. Projeto-piloto arranca nas Unidades Locais de Saúde (ULS) de Santa Maria, São José, Coimbra, São João e Santo António.

Em causa está a portaria que define as regras e incentivos a atribuir aos CRI com equipas dedicadas ao serviço de urgência. Este modelo foi criado há mais de 20 anos, mas a legislação “moderna”, que consagrou os CRI tal como são hoje, só chegou em 2017. Já funciona em vários hospitais, como é o caso do Hospital de São João, no Porto.

Na prática, os CRI são estruturas de gestão intermédia, dependentes dos conselhos de administração dos hospitais EPE, mas com autonomia funcional e técnica. Os profissionais de saúde das várias áreas que integram estes centros têm acesso a vários incentivos, incluindo financeiros, diretamente relacionados com o desempenho. Com esta alteração, o objetivo é que haja equipas dedicadas às urgências nos CRI, atendendo aos constrangimentos que se têm verificado.

Nesse sentido, as equipas dedicadas às urgências que integrem estes CRI são constituídas por médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e técnicos auxiliares de saúde, mas podem também incluir “outros profissionais”, em função “da tipologia e dimensão do respetivo estabelecimento ou serviço de saúde e do nível de resposta do serviço de urgência”, aponta o diploma assinado pelo ministro das Finanças e pelos secretários de Estado da Saúde e da Administração Pública.

De acordo com o diploma, a remuneração mensal dos profissionais que integram as equipas dedicadas às urgências inclui o vencimento mensal, um incentivo de desempenho (que diz respeito ao índice de desempenho da equipa) e, no caso dos médicos “um suplemento remuneratório no montante de 500 euros, associado à integração de cuidados”.

Este suplemento é pago mensalmente, 12 vezes ao ano. De notar que, “se o período normal de trabalho não for igual em cada semana, é considerada a respetiva média no período de referência de um mês”.

Para apuramento deste índice de desempenho da equipa (IDE), o Executivo estabelece um conjunto de 11 indicadores, que medem, entre outros, a percentagem de doentes atendidos dentro do tempo previsto na triagem (até 1.ª observação médica), o tempo de espera em serviço de urgência desde a primeira observação até à alta clínica, a taxa de abandono neste serviços, a taxa de readmissões, a taxa de utilizadores frequentes ou o gasto médio com meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) por doente sem internamento.

Estes indicadores têm diferentes ponderações — regra geral, cada um é de 9% à exceção da percentagem de doentes atendidos dentro do tempo previsto, que é de 10% — e são calculados numa escala de 0 a 100, sendo que estarão dependentes de intervalos de valor esperado (“tendo por base as boas práticas num contexto de trabalho organizado e eficiente”) e de uma variação considerada aceitável, que ainda não estão definidos. São “válidos para um período de três anos”, lê-se.

Com este modelo, “os profissionais destes CRI podem duplicar o seu vencimento, se cumprirem os objetivos que permitam receber os respetivos suplementos e incentivos ao desempenho”, adianta o Ministério da Saúde, em comunicado. Em declarações ao Público, o secretário de Estado da Saúde tinha afirmado que as equipas dedicadas às urgências vão ter “no mínimo” um aumento entre os 60% e os 70% face ao ordenado-base.

Equipas dedicadas às urgências arrancam nos 5 maiores hospitais

Já esta terça-feira, a tutela liderada por Manuel Pizarro assinala que nesta fase inicial e “por não haver ainda um histórico de registo e avaliação dos indicadores, os profissionais vão receber 75% do valor máximo previsto”. “Caso a avaliação venha a revelar-se superior, será feito um pagamento com valor retroativo à data de início de funcionamento do CRI”, acrescenta.

Para já, o projeto-piloto de equipas dedicadas às urgências vai arrancar nas ULS de Santa Maria e de São José, em Lisboa, na ULS de Coimbra, e nas ULS de São João e de Santo António, no Porto. Tem a duração de dez meses.

Para o efeito, é criada uma comissão de Acompanhamento e Avaliação, que deve reunir regularmente, pelo menos, uma vez por mês. Vai acompanhar a implementação e a execução dos projetos-piloto e “elaborar relatórios trimestrais intercalares“. No final vai também realizar “um relatório final de avaliação e conclusões, incluindo recomendações e propostas concretas para a alteração e alargamento do regime previsto na presente portaria”, conclui o diploma.

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Francisco de Abreu Duarte vence Prémio Abreu Advogados 2023

“Equilíbrio Digital” é o tema da obra vencedora do Prémio Abreu Advogados 2023. Francisco de Abreu Duarte recebeu um prémio de 7.500 euros e a sua obra será publicada numa editora internacional.

O Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados atribuiu o Prémio Abreu Advogados de Investigação Inovadora a Francisco de Abreu Duarte, doutorando do Instituto Universitário Europeu, em Florença, pelo trabalho dedicado à moderação de conteúdos nas plataformas digitais. O premiado irá receber um valor monetário de 7.500 euros e a sua obra será publicada numa editora internacional.

Com o título “O Equilíbrio Digital: como os Indivíduos, as Empresas e os Governos negociaram a Regulamentação do Discurso Online na União Europeia”, Francisco de Abreu Duarte apresenta uma proposta para repensar a liberdade de expressão através de curadores independentes, permitindo empoderar o indivíduo a escolher o seu próprio destino digital, não estando dependente do algoritmo das plataformas clássicas, mas de um mercado concorrencial de empresas de algoritmos alternativos.

“Acredito que o melhor futuro é aquele em que os utilizadores podem escolher entre várias empresas, os curadores certificados, que disponibilizarão diferentes ofertas de conteúdos à medida do utilizador e não na medida do interesse de agentes publicitários”, referiu Francisco de Abreu Duarte. O autor da obra explica ainda que um utilizador cujo interesse seja sobretudo desporto poderá escolher um curador certificado nessa área e passará a ter os seus conteúdos filtrados em torno dessa temática. “Trata-se de uma opção que permite escolher os mais variados temas, por exemplo literatura, cinema, tecnologia, sociedade”, acrescentou.

Luís Barreto Xavier, Presidente do Instituto de Conhecimento e Consultor da Abreu Advogados; Francisco Abreu Duarte, doutorando do Instituto Universitário Europeu, em Florença; e Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados

O presidente do Instituto de Conhecimento e Consultor da Abreu Advogados, Luís Barreto Xavier, descreveu a obra como “de fôlego”, “bem documentada” e uma “proposta arrojada”.

“Estamos muito felizes por, mais uma vez, o júri do Prémio Abreu Advogados ter escolhido uma obra de investigação inovadora, versando sobre um tema extremamente atual: a liberdade dos utilizadores na modulação do conteúdo a que acedem nas plataformas digitais. Francisco de Abreu Duarte é um investigador promissor, pelo que o Prémio fica em muito boas mãos”, salientou Luís Barreto Xavier.

A entrega do Prémio decorreu numa cerimónia realizada no auditório da Abreu Advogados. O Prémio Abreu Advogados pretende promover a articulação entre a ciência jurídica e a prática do Direito, sendo uma das principais marcas do trabalho desenvolvido desde 2012 pelo Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados. Esta competição nacional pretende incentivar a inovação na resolução de problemas jurídicos. São aceites trabalhos em domínios jurídicos novos ou com abordagem marcadamente inovadora.

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Dependência europeia de combustíveis fósseis subiu em 2022. Portugal fica ligeiramente abaixo dos 70%

A maior parte dos países da União Europeia apresentam percentagens de dependência de combustíveis fósseis entre os 50% e os 85%. Portugal fica dentro deste intervalo, com perto de 70%.

A dependência da União europeia em relação a combustíveis fósseis foi de 70,9% em 2022, ligeiramente acima do nível de 2021, que estava nos 69,9%, indica o Eurostat.

O ano de 2022 foi excecional de uma perspetiva energética. Foi o primeiro ano após as grandes restrições decorrentes da pandemia de Covid-19 terem sido levantadas, e ficou também marcado pela invasão russa à Ucrânia”, escreve o gabinete de estatística europeu, na nota divulgada esta terça-feira.

Nesse ano, além de picos nos preços de várias fontes energéticas, houve uma descida na produção de energia nuclear, e mesmo o aumento de fontes renováveis não terá sido suficiente para compensar este contexto.

De acordo com a nota divulgada pelo gabinete de estatística europeu, “esta percentagem caiu significativamente nas últimas décadas”, verificando-se uma quebra de 11,5 pontos percentuais desde 1990, o primeiro ano no qual foram levantados estes dados.

A quebra na dependência de combustíveis fósseis deve-se sobretudo, de acordo com a mesma fonte, ao aumento verificado em energia renovável. A dependência é calculada através do rácio de combustíveis fósseis presente na procura de energia da região.

Olhando país a país, as maiores subidas na dependência verificaram-se na Estónia (3,2%), França (2,9%) e Bulgária (2,8%).

Em 2022, Malta manteve-se como o país europeu com a maior dependência de combustíveis fósseis dentro do espaço europeu (96,1%), seguida do Chipre (86,3%) e dos Países Baixos (87,6%).

A maior parte dos restantes países da União Europeia apresentam percentagens entre os 50% e os 85%. Portugal fica dentro deste intervalo, com uma dependência ligeiramente abaixo dos 70%. Apenas a Suécia e a Finlândia estão abaixo deste intervalo, com dependências na ordem dos 30% e 38%, respetivamente.

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JPMorgan prevê “duas a três descidas de juros” por parte do BCE e Fed, mas só na parte final do ano

A gestora de ativos do JPMorgan considera que os investidores estão demasiado otimistas em relação à política monetária, antecipando dois ou três cortes de juros, mas apenas na segunda metade do ano.

As pressões inflacionistas registaram uma forte desaceleração no último ano, permitindo aos bancos centrais fazer uma paragem no ciclo de subida de juros e uma mudança de discurso. No entanto, a JPMorgan Asset Management alerta que os investidores estão a interpretar com demasiado otimismo as indicações deixadas pela Reserva Federal e pelo Banco Central Europeu (BCE), apontando para mexidas nos juros apenas na segunda metade do ano.

É demasiado otimista esperar um corte de juros no verão“, argumenta Elena Domecq, diretora-adjunta de estratégia e responsável pelo investimento sustentável em Espanha e Portugal da JP Morgan. Para a mesma especialista, os cortes deverão acontecer em 2024, mas “mais na parte final do ano”, adiantou numa apresentação a jornalistas esta terça-feira.

Questionada sobre quantos movimentos de descida se podem esperar este ano, Elena Domecq aponta para “duas a três descidas de juros“, tanto por parte da Fed como do BCE.

Apesar de reconhecer a grande correção da taxa de inflação ao longo do último ano – baixou de valores em torno de 9% e mais de 10% para cerca de 3% nos Estados Unidos e na Europa, respetivamente – a especialista responsável pelo negócio da JPMorgan AM em Portugal realça que “a luta contra a inflação ainda não está terminada“.

A luta contra a inflação ainda não está terminada. Estamos em níveis muito melhores que há um ano, mas vai levar tempo até atingir os targets dos bancos centrais para a inflação.

Elena Domecq

Diretora-adjunta de estratégia e responsável pelo investimento sustentável em Espanha e Portugal da JP Morgan AM

“Estamos em níveis muito melhores que há um ano, mas vai levar tempo até atingir os targets dos bancos centrais para a inflação“, explica. Nota, porém, que 2024 será um ano marcado por uma política monetária menos restritiva por parte dos bancos centrais.

Na primeira reunião de política monetária do ano, a presidente do BCE, Christine Lagarde, não fechou a porta a um corte de juros em abril, tal como estão a prever os investidores, mas o discurso da presidente do BCE está mais alinhado com uma descida em junho ou nos meses de verão.

Já esta semana será a vez de Jerome Powell deixar novas indicações sobre futuros cortes de juros nos EUA, na conferência após a reunião de política monetária que termina na quarta-feira.

Dívida e ações têm oportunidades

A JPMorgan AM antecipa, assim, um ano de crescimento mais moderado a nível global, mas positivo, acompanhado de uma normalização da taxa de inflação e descidas de juros. Um conjunto de circunstâncias que deverá favorecer o investimento tanto em obrigações, como em ações.

“Vamos ter crescimento, a inflação vai manter uma tendência para baixar e vamos ter os bancos centrais a adotarem uma política monetária menos restritiva”, sintetiza a responsável, mostrando-se mais otimista para o investimento nos Estados Unidos e reiterando a preferência pelos chamados “sete magníficos”: Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.

Elena Domecq realça que estas gigantes de Wall Street têm potencial para continuar a destacar-se, suportadas no investimento na inteligência artificial.

Em relação às tensões geopolíticas que permanecem a nível global, a especialista refere que vão continuar a monitorizar a situação, contudo, para já, estes riscos não justificam uma mudança nas previsões para 2024.

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“A ideia de que vamos consumir experiências e coisas que nos fazem felizes está claramente desafiada neste momento”, diz Sérgio Ferreira da EY

O cenário macroeconómico fez aumentar a importância do preço enquanto fator de decisão de compra, bem como a aposta dos consumidores em marcas próprias e na diminuição do consumo de bens em geral.

A ideia de que vamos consumir experiências e coisas que nos fazem felizes está claramente desafiada neste momento“, diz Sérgio Ferreira, partner, consumer products and retail leader da EY Portugal, ao +M a propósito da quarta edição do EY Future Consumer Index.

Segundo Sérgio Ferreira, as tendências de consumo em Portugal estão a ser impactadas pelo cenário macroeconómico global, notando-se uma clara repercussão nas prioridades de compra entre os portugueses sobre gastar menos em bens que não são essenciais, uma mudança que “obviamente se está a acentuar”.

Há claramente uma disrupção continuada ao longo dos últimos anos que está a levar os consumidores a introduzirem aquilo que eu poderia chamar mudanças dramáticas de curto prazo no seu estilo de vida“, considera, em análise ao inquérito elaborado pela EY Portugal.

Segundo o consumer products and retail leader da EY Portugal, estudo que conta com 525 inquiridos, existe atualmente um cenário “que não é propriamente o mais promissor” e “enquanto não tivermos outro cenário macroeconómico, diria que é difícil que se altere esta ideia de que as pessoas tenham um comportamento muito mais cauteloso e consciente relativamente àquilo que é viverem dentro dos seus orçamentos”.

Sérgio Ferreira, partner, consumer products and retail leader da EY Portugal.

Nos dias atuais existe assim claramente uma “preocupação muito acentuada” dos consumidores relativamente ao aumento do custo de vida, com 80% das pessoas inquiridas demonstrarem essa preocupação e 63% a admitirem que o aumento dos produtos e serviços está a limitar o seu poder de compra.

Além disso, 81% dos consumidores estão a planear comprar menos bens em geral, em todas as categorias de produto, para poderem economizar, e 41% anteciparam que iam gastar menos na temporada festiva que passou.

O preço é o que mais pesa na decisão de compra atualmente, com 85% dos consumidores a preocuparem-se com a acessibilidade dos bens essenciais. Na mesma linha preocupam-se com o aumento de outros custos, como os cuidados de saúde (59%) o que, segundo Sérgio Ferreira, “vai limitar o que vão gastar noutras coisas que não são essenciais”.

A importância do fator preço enquanto critério de compra sempre teve a maior percentagem em Portugal, mas esta acentuou-se nos últimos anos. Enquanto em 2021 representava 65%, em 2022 e 2023 fixou-se em 76%.

Entre os três principais critérios analisados no estudo da EY – preço, saudável e sustentável – a maior variação, no entanto, ocorreu entre o critério saudável. Em 2021, 54% das pessoas diziam que este era um fator de decisão, número que desceu em 2022 para 40% e em 2023 para 35%.

Já a sustentabilidade também diminuiu em termos de importância, com 45% dos consumidores a colocarem esta critério como fator de decisão em 2021, mas apenas 33% a fazê-lo tanto em 2022 como 2023.

Em 2023, estabelece-se assim uma “diferença enorme” entre os três critérios – preço (76%), saudável (35%) e sustentável (33%) – numa comparação que é mais ou menos transversal a outras geografias, como nos Estados Unidos da América onde “o preço também se tem tornado o fator, destacadamente, como o mais importante na decisão de compra“, diz Sérgio Ferreira.

No que toca a diferenças entre o panorama português e global o partner e consumer products and retail Leader da EY Portugal revela que não são encontradas diferenças “muito significativas”. “Como é evidente, há países que são mais desenvolvidos e ricos do que outros, mas as diferenças são relativamente baixas. Por isso, cada vez mais, sentimos que existe uma normalização de comportamentos. Esta acontece quer seja a nível local quer global”, explica.

Em termos de produtos, Sérgio Ferreira destaca que 45% dos portugueses estão a comprar menos roupa, calçado e acessórios, enquanto 30% compram menos bebidas alcoólicas do que normalmente faziam.

“As marcas próprias estão a sair claramente beneficiadas desta situação de elevadas taxas de juro com impacto naquilo que é uma menor disponibilidade financeira dos consumidores”.

Sérgio Ferreira

Partner, consumer products and retail leader da EY Portugal

Além disso, 48% dos consumidores nacionais estão a comprar alternativas mais baratas de produtos para cuidar da casa, 46% estão a comprar alternativas mais baratas de produtos alimentares básicos e 39% estão a comprar alternativas mais baratas de comida fresca embalada.

Outra tendência que tem pautado os últimos meses, mas que “foi fortemente reforçada na época festiva”, é a da aposta dos consumidores em marcas próprias, refere Sérgio Ferreira, adiantando que 82% dos portugueses concorda que a mudança para marcas próprias está a ajudar a poupar dinheiro. Metade (50%) dos portugueses estão mesmo a comprar mais produtos de marca própria, naquela que é uma tendência “em crescimento” tanto a nível local como global.

“Há algumas variações [em relação ao global] mas é generalizado que a compra de produtos de marca própria é a que está a ter, em todas as geografias, o aumento maior. A forma como os consumidores estão a tentar encontrar maneiras de poupar é precisamente em migrarem para as marcas próprias“, explica Sérgio Ferreira, exemplificando também com o caso dos Estados Unidos, onde 67% dos consumidores concordam que os produtos de marca própria os estão a ajudar a poupar dinheiro.

Esta é assim uma “tendência incontornável, naquilo que é o comportamento de compra. As marcas próprias estão a sair claramente beneficiadas desta situação de elevadas taxas de juro com impacto naquilo que é uma menor disponibilidade financeira dos consumidores“, afirma.

Já no que diz respeito a diferenças de consumo entre as diferentes gerações, Sérgio Ferreira explica que estas foram mais evidentes na participação em eventos de vendas – como a Black Friday e a Ciber Monday – onde 75% dos consumidores da geração Z (idades inferiores a 26 anos) disse que ia participar ativamente, número que diminui para 59% entre a geração X (45 aos 60 anos) e 57% nos baby bommers (nascidos em 1946-1964).

As pessoas mais velhas estão claramente muito mais conservadoras relativamente à situação económica e ao seu comportamento de compra relativamente aos mais jovens, que estão mais otimistas.

Sérgio Ferreira

Partner, consumer products and retail leader da EY Portugal

Por outro lado, enquanto 54% dos baby bommers disseram que iam gastar mais ou menos o mesmo do que nos anos anteriores e 29% que iam gastar menos, entre a geração Z só 6% afirmaram que iam comprar menos, com 44% a dizer que iam gastar mais e 40% mais ou menos o mesmo.

As pessoas mais velhas estão claramente muito mais conservadoras relativamente à situação económica e ao seu comportamento de compra relativamente aos mais jovens que estão mais otimistas“, diz Sérgio Ferreira.

Quanto ao método de compra, 48% dos inquiridos compram igualmente no online e em loja, dados que “apoiam claramente a necessidade de os retalhistas criarem sistemas omnicanal e cada vez mais orientados e liderados por dados“, segundo o consumer products and retail leader da EY Portugal.

“O que sentimos é que o estudo sinaliza claramente que os consumidores estão focados em comprar as melhores ofertas, por isso em vez de priorizarem experiências – ligados à marca ou conveniência – claramente estão à procura dos melhores negócios. E daí esta situação do omnicanal e do online estar a ganhar muita importância. Muitas vezes não é só fazer a compra no online é também poder fazer pesquisa e encontrar a melhor oferta disponível”, diz Sérgio Ferreira.

Na verdade, Portugal “denota claramente uma adoção da tecnologia no estilo de vida dos consumidores muito elevada“, a qual é feita em especial através das apps de smartphone, adianta o partner da EY Portugal.

Os consumidores estão de forma crescente a suportar-se na tecnologia sempre que esta facilita a sua vida, lhes poupa dinheiro e tempo, e porque lhes permite comprar e trabalhar a partir de casa. E depois ainda existem alguns consumidores que apontam a vantagem de diminuir a sua pegada ambiental, embora num número mais reduzido”, adianta.

Segundo Sérgio Ferreira, uma grande maioria dos consumidores portugueses afirma utilizar estas tecnologias, em especial as wallets, para gerir o orçamento familiar. Encontrar sugestões de séries, filmes e música e procurar marcas alternativas de alguns produtos são outros dos principais usos dados pelos portugueses à tecnologia no que diz respeito ao consumo, assim como utilizam cada vez mais aparelhos como smartwatches para monitorizar a sua saúde.

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Da mão robótica ao guarda-chuva com sensor, Universidade do Minho “vende” projetos de engenharia

Projeto surge para "pôr à prova a criatividade dos alunos" e "desenvolver a criatividade e competências dos alunos na procura de soluções inovadoras para problemas de engenharia".

A Universidade do Minho apresenta esta terça-feira 15 projetos desenvolvidos pelos alunos do terceiro ano da licenciatura em Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores, no âmbito da unidade curricular projeto integrador. Os projetos, que vão ser apresentados ao público e aos docentes, vão desde um braço robótico a um guarda-chuva com sensor de humidade.

Desta exposição fazem parte um pedal de distorção para guitarra e amplificador, um analisador de baterias, uma mão robótica servo motora por impressão 3D, um carro seguidor de linha, um wired hand controlled robot, um acelerador de (macro)partículas, um carregamento por indução, um guarda-chuva com sensor de humidade ou uma estufa com refrigeração e sensores.

“Esta exposição é uma oportunidade para os alunos mostrarem o seu trabalho e as suas competências, aos docentes, outros alunos e público em geral”, afirma a Universidade do Minho, através de comunicado.

A academia minhota destaca que os projetos foram desenvolvidos ao longo do semestre em grupos de três a cinco alunos com o objetivo de “pôr à prova a criatividade dos alunos e a capacidade inovadora e competências nas áreas de aprendizagem do semestre”.

Termina com a apresentação de um protótipo com funcionalidades que o tornem útil e competitivo; possibilidade de ser produzido a custos acessíveis e competitivos; utilização segura; elevada fiabilidade; e estudo de certificação, se for orientado a áreas que requerem certificação e documentação adequada para o processo de produção, manutenção e posterior desenvolvimento.

“Ao longo do curso são realizados diversos projetos individuais e em grupo, envolvendo conhecimentos multidisciplinares, que desenvolvem a criatividade e competências dos alunos na procura de soluções inovadoras para problemas de engenharia”, acrescenta a Universidade do Minho.

 

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Exportações portuguesas caem 1,9% no último trimestre de 2023. É a terceira queda consecutiva

As importações de bens também recuaram no quarto trimestre de 2023, em 5,4%. Ainda assim, a queda no comércio internacional foi menos acentuada do que nos três meses anteriores.

As exportações de bens recuaram 1,9% no último trimestre de 2023, face ao mesmo período do ano anterior, naquela que é a terceira queda consecutiva, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelados esta terça-feira. Esta redução é, ainda assim, menos acentuada do que a do trimestre anterior.

No terceiro trimestre de 2023, as exportações tinham caído 8,7%, pelo que a queda abrandou no final do ano. Já as importações caíram 5,4% no quarto trimestre, também menos do que no trimestre anterior, quando registaram uma diminuição de 12,4%.

O INE ainda não divulgou os dados do comércio internacional para o conjunto do ano, que vão ser publicados a 9 de fevereiro, quando serão também conhecidos os dados mensais para dezembro.

No entanto, o gabinete de estatísticas publicou esta terça-feira a estimativa rápida para o PIB de 2023, que mostra que já se verificou um contributo mais diminuto das exportações para a atividade económica. O contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB, que foi de 2,3% no ano passado, “foi positivo em 2023, mas menos intenso que em 2022, tendo as exportações e as importações de bens e serviços em volume desacelerado significativamente”.

Já para 2024, as grandes empresas exportadoras mostram-se mais otimistas e antecipam um aumento das vendas ao exterior. A expectativa é de um acréscimo nominal de 2,9% nas suas exportações de bens, impulsionado, sobretudo, pela venda de máquinas.

(Notícia atualizada às 11h25)

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PIB da Zona Euro cresceu 0,5% em 2023. Portugal tem maior subida em cadeia no quarto trimestre

Economia da Zona Euro e da União Europeia estagnou no último trimestre de 2023, face ao trimestre anterior. Portugal registou a maior subida trimestral, ao crescer 0,8%.

Tanto a economia da Zona Euro como da União Europeia (UE) cresceram 0,5% em 2023, revela a estimativa rápida publicada pelo Eurostat esta terça-feira. Já no quarto trimestre do ano passado, o PIB manteve-se estável em ambos os blocos, na comparação com o trimestre anterior. Portugal registou a maior subida em cadeia no final de 2023.

Depois de uma contração de 0,1% no terceiro trimestre, o PIB da Zona Euro e da UE teve uma variação nula em cadeia, no quarto trimestre de 2023. Em termos homólogos, a economia cresceu 0,1% na Zona Euro e 0,2% na UE.

“Entre os Estados-Membros para os quais existem dados disponíveis relativos ao quarto trimestre de 2023, Portugal (+0,8%) registou o maior aumento face ao trimestre anterior, seguido por Espanha (+0,6%), Bélgica e Letónia (ambas +0,4%)”, indica o gabinete de estatísticas da UE. Já a Irlanda, Alemanha e Lituânia observaram contrações da economia no último trimestre de 2023.

Portugal também tem o melhor desempenho (entre os países disponíveis) em termos homólogos: cresceu 2,2% face ao mesmo período de 2022. Já o PIB de Espanha cresceu 2% e o da Bélgica 1,6%. Nesta métrica, as taxas de crescimento foram positivas para seis países e negativas para cinco.

É de salientar que os resultados para o bloco comunitário ainda podem mudar quando forem conhecidos os dados para mais países. As próximas estimativas do Eurostat para o PIB do quarto trimestre de 2023 serão divulgadas a 14 de fevereiro.

(Notícia atualizada às 10h30)

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