Portugal defende entrada do Brasil, Índia e dois países africanos no Conselho de Segurança da ONU

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

Gomes Cravinho, convidado para a reunião do G20, considerou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas é "um anacronismo porque corresponde à realidade geopolítica de há quase 80 anos".

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu esta quinta-feira a entrada permanente do Brasil, Índia e de dois países africanos no Conselho de Segurança das Nações Unidas e também a necessidade de “repensar a utilização do veto”.

“Sublinhamos pela necessidade de termos o Brasil, a Índia e dois país africanos como membros permanentes e outros como membros rotativos”, afirmou aos jornalistas João Gomes Cravinho, à margem do segundo e último dia de reuniões dos chefes de diplomacia das 20 maiores economias do mundo, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

O ministro português, convidado pelo anfitrião brasileiro a participar das reuniões, considerou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas é, neste momento, “um anacronismo porque corresponde à realidade geopolítica de há quase 80 anos”. China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos são neste momento os representantes permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Temos efetivamente de avançar nesse sentido, caso contrário haverá um definhamento na utilidade das Nações Unidas”, disse, considerando que a reforma na governança global é crucial, porque “a desordem internacional tem sido alimentada por alguma degradação das próprias instituições”. Durante as reuniões, Portugal defendeu ainda a necessidade de se repensar o poder de veto nas Nações Unidas, “para impedir o constante bloqueio” a que se tem assistido nos últimos tempos.

As reformas da governança global foi precisamente o tema tratado esta quinta, segundo e último dia das reuniões, sendo que a posição portuguesa está em linha com a do Governo brasileiro, que considerou como uma das suas prioridades para a presidência do G20 a necessidade de reformas nas instituições de governança global, como nas Nações Unidas, Organização Mundial de Comércio e bancos multilaterais.

As discussões desta quinta serviram ainda para estabelecer uma base de trabalho que será aprofundada numa segunda reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros a realizar em setembro, em Nova Iorque, no âmbito da Assembleia das Nações Unidas, num evento sem precedentes no G20.

O Brasil, que assumiu a presidência do G20 a 01 de dezembro de 2023, é o anfitrião do encontro de dois dias que reuniu os máximos responsáveis diplomáticos das 20 maiores economias do mundo, como o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o chanceler russo, Sergei Lavrov, mas também o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, os responsáveis da União Africana, autoridades dos países convidados da presidência brasileira, como o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, e representantes de doze organizações internacionais.

O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, marcou igualmente presença a convite do Brasil, assim como Angola, que se faz representar pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.

As prioridades da presidência brasileira para o seu mandato à frente do G20 são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global, nomeadamente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo que tem vindo a ser defendido por Lula da Silva desde que tomou posse como Presidente do Brasil, denunciando o défice de representatividade e legitimidade das principais organizações internacionais.

O Brasil, que exerce a presidência do G20 desde o primeiro dia de dezembro de 2023, convidou Portugal, Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para observadores da organização. Portugal estará presente em mais de 100 reuniões dos grupos de trabalho, em nível técnico e ministerial, em cinco regiões brasileiras, culminando a presidência brasileira com a Cimeira de chefes de Estado e de Governo, que será realizada no Rio de Janeiro, em 18 e 19 de novembro.

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Frankfurt acolhe agência europeia para combater o branqueamento de capitais

O novo órgão da União Europeia criado para combater a lavagem de dinheiro e que contará com mais de 400 funcionários terá sede em Frankfurt, na Alemanha.

A nova Agência Europeia para o Branqueamento de Capitais (AMLA, na sigla em inglês) será sediada em Frankfurt, na Alemanha, anunciou esta quinta-feira a presidência belga do Conselho da União Europeia.

Este novo órgão “vai desempenhar um papel fundamental no combate às atividades financeiras ilícitas na UE“, terá “mais de 400 funcionários” e começa a funcionar “em meados de 2025”, adianta a presidência belga, num post na rede social X (antigo Twitter).

O Banco Central Europeu (BCE) já reagiu à decisão, notando que é “um marco importante” e demonstrando-se disponível a trabalhar em conjunto com a agência para “para reforçar a luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo em toda a Europa”.

Frankfurt recebe, deste modo, mais uma das grandes instituições europeias, dado que é nesta cidade alemã que está sedeado o próprio BCE e a Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões (EIOPA). O processo contava ainda com outras oito cidades candidatas: Madrid, Paris, Roma, Viena, Bruxelas, Dublin, Riga e Vilnius.

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Verlingue intermediou mais de 900 milhões de euros em projetos imobiliários desde 2020 em Portugal

  • ECO Seguros
  • 22 Fevereiro 2024

O novo Hospital CUF Tejo, a residência turística DOMITYS Vilamoura, o Oriente Green Campus, a Quinta do Cedro e Paulo Duque são alguns dos projetos que contaram com a consultoria da corretora.

A francesa Verlinge participou desde 2020 na proteção de mais de 900 milhões de euros em novos projetos imobiliários em Portugal. Segundo um comunicado da corretora, 36% do montante foi coberto no ano passado.

Alguns dos imóveis que contaram com a consultoria da francesa Verlingue foram, nomeadamente, o Oriente Green Campus, a CUF Descobertas Edifício 2, o Hotel no Quarteirão Pombalino Meridional, estes três com seguro de construção, e também o B&B Hotel que para além de seguro de construção conta com a consulturia para o seguro decenal de danos.

O novo Hospital CUF Tejo, a residência turística DOMITYS Vilamoura, o Oriente Green Campus e dois empreendimentos da Vougue Homes, nomeadamente a Quinta do Cedro e Paulo Duque são alguns dos projetos imobiliário que contaram com a consultoria da corretora francesa.

Entre as seguradoras parceiras deste empreendimento encontra-se a Victoria, sobre a residência turística DOMITYS Vilamoura e a Ageas, na Quinta do Cedro e Paulo Duque.

Os dados foram divulgados no lançamento da primeira edição da Verlingue Expert, rubrica dedicada aos promotores imobiliários e setor de construção, redigida por Diogo Batista, Diretor Comercial e Luís Costa, Diretor Técnico. A rubrica alerta para as ameaças para o sucesso de um investimento provocadas pela falta de conhecimentos do promotor, assim como situações comuns neste setor que podem por em causa a concretização do projeto imobiliário. “Se o Promotor Imobiliário é a entidade mais interessada no sucesso do investimento, o corretor deve ser capaz de diminuir o risco de perda desse investimento”., escreve a corretora.

A Verlingue disponibiliza um seguro de responsabilidade civil para o próprio produtor imobiliário “para toda a extensão da atividade de promoção imobiliária, e para a proteção de património (…) as soluções multiplicam-se em função do projeto e dos seus diversos momentos”, lê-se no comunicado.

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Portway anuncia acordo para atualizações salariais

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

A empresa anunciou ainda que foi estabelecido um novo Acordo de Empresa, que revoga o de 2020.

A Portway e os quatro sindicatos SITAVA, SINDAV, SIMAMEVIP e STHA chegaram esta quinta-feira a acordo para atualizações salariais e estabeleceram um novo Acordo de Empresa, segundo a empresa de handling (assistência nos aeroportos).

Em comunicado, a Portway anuncia que a empresa e as quatro estruturas sindicais representativas dos trabalhadores – Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Aeroportos e Aviação (SINDAV), Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pescas (SIMAMEVIP) – fecharam um acordo para atualizações salariais, sem referir os valores em causa.

Foi ainda estabelecido um novo Acordo de Empresa (2024), que revoga o de 2020. A Portway destacou “a boa cooperação entre representantes dos trabalhadores e da empresa”, o que, diz, “possibilitou a assinatura” do acordo.

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Pagamento de agroambientais e adicional de ecorregimes avança sexta-feira

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

Para esta sexta-feira está também agendado o pagamento de um adicional aos ecorregimes agricultura biológica e produção integrada de, respetivamente, 15% e 10%.

Os agricultores vão receber esta sexta-feira o pagamento de quatro medidas agroambientais e um adicional aos ecorregimes agricultura biológica e produção integrada, segundo o calendário do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Em causa estão as medidas agroambientais, que se inserem na Política Agrícola Comum (PAC), culturas permanentes e paisagens tradicionais, planos zonais agroambientais, mosaico agroflorestal e conservação do solo-sementeira direta, enrelvamento de culturas permanentes e pastagens biodiversas.

Para esta sexta-feira está também agendado o pagamento de um adicional aos ecorregimes agricultura biológica e produção integrada de, respetivamente, 15% e 10%. O IFAP esclareceu ainda que o restante valor adicional (20% e 15%, respetivamente) será processado “a partir do mês de março, juntamente com o pagamento dos restantes ecorregimes e a candidatura à ajuda complementar nacional”.

Já no dia 27 vai ser liquidada a medida uso eficiente da água para os beneficiários “cuja informação de controlo tenha sido objeto de carregamento pelo respetivo Organismo de Certificação até ao dia 19 de fevereiro”.

Em 14 de fevereiro, o Ministério da Agricultura disse à Lusa ter concluído as conversações com a Comissão Europeia, adiantando que o pagamento dos ecorregimes aos agricultores vai ocorrer a partir deste mês.

“O Ministério da Agricultura e Alimentação já concluiu as conversações com a Comissão Europeia, tendo alcançado um resultado positivo, o qual vai permitir efetuar os pagamentos dos ecorregimes [Agricultura Biológica e Produção Integrada] aos agricultores já a partir deste mês”, lê-se numa nota enviada, na altura, à Lusa.

Os agricultores europeus têm vindo a sair à rua nas últimas semanas, com protestos que já levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a alertar para uma possível subida dos preços, caso estes prossigam.

Em Portugal, os agricultores reclamam a flexibilização da PAC – Política Agrícola Comum, condições justas de trabalho e de concorrência, direito à alimentação adequada e a valorização da atividade.

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Proteção Civil alerta para possibilidade de inundações e queda de árvores

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

Em especial no Norte e Centro, podem ocorrer nos próximos dias trovoada e queda de neve acima dos 800 a 1.000 metros de altitude, com maior acumulação a partir dos 1.000 metros.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou esta quinta-feira para a possibilidade de inundações, quedas de árvores e acidentes rodoviários devido às previsões de chuva, neve, vento e agitação marítima para os próximos dias.

O aviso à população da ANEPC tem por base a previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) de períodos de chuva, em especial no Norte e Centro, podendo ocorrer trovoada e queda de neve acima dos 800 a 1.000 metros de altitude, com maior acumulação a partir dos 1.000 metros. Está igualmente previsto vento até 35 quilómetros por hora, com rajadas até 85 km/hora, nas terras altas.

As ondas poderão atingir os 12 metros de altura, a norte do Cabo Raso. A ANEPC alerta que é expectável piso rodoviário escorregadio, devido à acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água, bem como queda de neve em áreas e altitudes “onde habitualmente não se verifica”. Em comunicado, a Autoridade alertou igualmente para possíveis inundações “nos locais historicamente mais vulneráveis” e em zonas urbanas.

Entre as medidas preventivas, a ANEPC recomenda uma maior atenção aos grupos mais vulneráveis: crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem-abrigo. Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima são outras recomendações.

Câmara do Porto prolonga corte da Avenida D. Carlos I até domingo

A Câmara do Porto prolongou até domingo o período em que a circulação automóvel e pedonal na Avenida de Dom Carlos I estará interrompida devido à forte agitação marítima e vai vedar os acessos às praias. Numa atualização publicada na sua página oficial, a autarquia esclarece que, “por precaução e para salvaguarda da segurança de pessoas e bens, a circulação automóvel e pedonal na Avenida de Dom Carlos I, na zona da barra do Douro, irá manter-se interrompida até ao próximo domingo”.

A circulação naquela zona encontra-se interrompida desde as 20:00 de quarta-feira e, num primeiro momento, a autarquia anunciou que iria manter-se cortada pelo menos até sábado, dia em que reavaliaria a situação. Além do corte da via, a câmara irá também implementar “impedimentos da circulação pedonal, à cota baixa, nos acessos às praias na Avenida do Brasil e Avenida de Montevideu”, lê-se na atualização.

O município admite também que “poderá vir a ser necessária a implementação de mais condicionamentos de trânsito – Avenida do Brasil, Avenida de Montevideu e rua Coronel Raúl Peres – a decidir mediante o possível agravamento das condições durante as preia-mares”.

Esta possibilidade de condicionamentos adicionais – mediante avaliação permanente no local – está devidamente agilizada e comunicada à Polícia Municipal e Departamento Municipal de Mobilidade, via Divisão Municipal de Sinalização de Trânsito, acrescenta o município. “O trânsito será restabelecido logo que as condições do mar o permitam, sendo efetuada uma reavaliação da situação durante o dia 25”, conclui.

A Proteção Civil Municipal recomenda por isso à população que respeite os perímetros de segurança estabelecidos junto da orla costeira e acesso aos molhes e praias, nomeadamente nas avenidas D. Carlos I, Brasil e Montevideu. Os serviços municipais apelam a que a população tenha especial cuidado ao circular junto da orla costeira e zonas ribeirinhas, e que não pratique atividades relacionadas com o mar, como pesca desportiva, desportos náuticos ou passeios à beira-mar.

Evitar estacionar veículos junto da costa e em zonas mais vulneráveis a galgamentos costeiros é outra das recomendações, assim como a especial atenção dos avisos emitidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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Sabseg Group compra mais uma corretora em Espanha

  • ECO Seguros
  • 22 Fevereiro 2024

O grupo ibérico que une os acionistas da portuguesa Sabseg e a firma de private equity Miura Partners, avançou para a aquisição da corretora madrilena Arrenta, especializada em seguros imobiliários.

O Sabseg Group realizou a aquisição da Arrenta, uma corretora dirigida por Javier Íscar que agora se torna sócio do grupo. A empresa adquirida tem crescido a uma taxa anual de 30% atingindo 11 milhões de euros em prémios no ano passado e conta com mais de 30 mil apólices em carteira e de uma rede de 500 colaboradores, a maioria deles agentes imobiliários.

O Sabseg Group é um investimento da Miura Partners, uma firma de private equity, com co-investimento e re-investimento da administração da Sabseg Seguros, a corretora portuguesa liderada por Miguel Machado. A holding portuguesa Sabseg SA, que controla 100% do capital da Sabseg Seguros, detém 40% do capital da espanhola Sabseg Group e ofereceu o seu nome ao novo conglomerado, quando a ele se juntou no ano passado.

Com aquisição da corretora Banasegur em 2021, da Ores & Bryan e da Brokers Consultores no ano seguinte, da Sabseg em 2023 e agora da Arrenta, o Sabseg Group indica mais 200 mil clientes, 500 milhões de euros em prémios, dois mil agentes e 44 escritórios.

Comentando esta aquisição, fonte da Sabseg Seguros, afirmou que “em Portugal e nos países de língua portuguesa, a equipa Sabseg liderada por Miguel Machado, como Presidente e CEO, vê nos novos parceiros um alinhamento perfeito com a visão e ambição de crescimento”.

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+M

TVI e CNN em parceria com o IPESPE para elaborar as sondagens para as legislativas

  • + M
  • 22 Fevereiro 2024

No dia das eleições, a 10 de março, a sondagem à boca das urnas para a TVI e CNN Portugal é realizada pela Pitagórica.

A TVI e a CNN Portugal associam-se este ano ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Económicas (IPESPE) – representado em Portugal pela Duplimétrica – para a elaboração das sondagens relacionadas com as eleições legislativas de 10 de março.

A parceria com a instituição brasileira surge “na procura da melhor e mais rigorosa informação“, refere-se em nota de imprensa, onde se adianta que a direção técnica é assegurada por Amauri Teixeira.

“Ao longo dos últimos 38 anos o IPESPE desenvolveu milhares de pesquisas de opinião pública e mercado no segmento nacional e internacional”, refere-se na mesma nota, acrescentando-se que os estudos deste instituto “são assentes no trabalho de uma equipa multidisciplinar com mestres e doutorados em estatística, sociologia, antropologia, marketing, economia, comunicação e ciência política, sob a coordenação da diretora executiva Marcela Montenegro”.

“Ao longo da sua atuação o Instituto formou e treinou equipas operacionais para a realização de pesquisas quantitativas frente a frente, telefónicas, mobile, online e qualitativas, com focus groups e entrevistas em profundidade presenciais e online”, lê-se.

António Lavareda, doutorado em Ciência Política, mestre em Sociologia e presidente de honra da ABRAPEL (Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais) é quem preside ao conselho científico do IPESPE. Lavareda é especialista em comportamento eleitoral e marketing político e participou, como coordenador ou consultor de estratégia, em mais de 90 campanhas eleitorais no Brasil.

No dia das eleições, a 10 de março, a sondagem à boca das urnas para a TVI e CNN Portugal é realizada pela Pitagórica.

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Municípios abertos a uma tarifa mínima para a água

O preço da água deve subir? Os municípios alertam para diferentes realidades no território, mas mostram-se disponíveis à criação de uma tarifa mínima a nível nacional.

Numa altura em que, face à escassez de água, o Governo e regulador do setor defendem a subida dos preços cobrados pela água na região, os municípios não se opõem por completo a aumentos, mas alertam para as diferentes realidades que se vivem no país. Em paralelo, mostram-se disponíveis para a definição de tarifas mínimas comuns a todo o território.

“Estamos disponíveis, para evitar esta disparidade tarifária, a criar uma tarifa mínima nacional, que permita ajustamentos”, referiu Ricardo Leão, Presidente Câmara Municipal e Loures e vogal da direção da ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Este representante dos municípios falava no evento “O Futuro da Água”, que decorreu esta quinta-feira, em Lisboa. Participou do debate “Deve o preço da água subir?”, no qual as suas posições foram confrontadas com as do CEO da empresa privada de gestão de água Indaqua, Pedro Perdigão. Ambas as vozes se unem num ponto: o da necessidade de remodelar a rede de abastecimento. Mas dispersam na hora de apontar os “remendos” necessários. “Penso que [o aumento da tarifa] não deve ser a única via”, diz Ricardo Leão.

Aponta como opção completar o acesso a fundos comunitários, ao mesmo tempo que critica: “O PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] foi uma oportunidade perdida”. “O Governo tem de ser parceiro”, acredita, sugerindo a criação de linhas de financiamento próprias para o fim da remodelação das redes. “Não houve investimento e a culpa não foi dos municípios”, defende.

A presidente da entidade reguladora da água, Vera Eiró, estava presente na plateia, e a convite da moderadora deu o seu contributo. “Em alturas de escassez, não há dúvida: é necessário dar um sinal através da valorização do bem que queremos poupar”, apontou, ressalvando que existe a necessidade de consolidar, em paralelo, os tarifários sociais.

Eiró classifica o Algarve como um “caso de estudo”, onde houve um consenso de que o aumento do preço era necessário para dar um sinal de escassez e para induzir comportamentos mais responsáveis. Mas esse consenso manteve-se apenas “por um momento”, até um município recuar e outros lhe seguirem. “Damos pareceres não vinculativos. Oxalá haja quem os siga”, concluiu.

Leão reconheceu que existem “alguns casos” de municípios que “exageram” na subsidiação das tarifas da água, mas outros “não poderiam fazer de outra forma”. No entanto, sublinhou que “o custo do quilómetro de rede é diferente” de lugar para lugar, dependendo do número de pessoas que serve, e portanto será importante, na sua ótica, olhar ao custo de exploração.

Em oposição, o CEO da Indaqua mostrou-se defensor do princípio do “utilizador pagador”, e entende que “existe necessidade e espaço para a subida das tarifas”, e que “a água deve ter preços diferentes de acordo com a região, porque tem custos diferentes”. Perdigão recorda ainda que os utilizadores acabam a pagar um preço mais elevado da água, mas como contribuintes. E traz um dado para a mesa: uma subida de 50% nos tarifários de rendimento médio mais baixo traduz-se num peso de 2% sobre o rendimento médio dessas famílias.

“As perdas conseguem reduzir-se rapidamente com gestão, com incentivos, com assegurar que as tarifas não pagam as perdas, sejam elas quais forem”, afirmou. Um remédio para as ineficiências, diz, é a concorrência.

Outro tema que separa os dois oradores é a agregação. Enquanto Leão indica que os municípios da zona de Lisboa equacionam uma gestão metropolitana, Perdigão queixa-se que “nos últimos anos houve uma fixação com a escala, como se a agregação de um conjunto de entidades ineficientes fizesse uma entidade eficiente”.

O representante dos municípios insiste ainda na educação ambiental, combate ao consumo fraudulento e transparência na fatura, que acredita que devia ser descomplicada e dar uma noção mais clara aos utilizadores de que quanto mais gastam, mais pagam.

Atualmente, cerca de três em cada dez litros de água são perdidos, em média, no país. No Algarve não só as perdas estão acima da média, como os preços estão abaixo da média, alertou o CEO da Indaqua.

 

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CMVM poderá pedir informação adicional à Porto SAD sobre novo investidor

"A relevância, evolução e impacto na situação financeira" poderá implicar a necessidade de prestação de informação adicional, explicou a CMVM ao ECO sobre a entrada de um novo investidor.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) afirmou esta quinta-feira ao ECO que poderá pedir informação adicional à FC Porto SAD sobre a entrada de um novo investidor no grupo, mesmo que seja numa subsidiária e não na cotada.

“Apesar de a situação mencionada dizer respeito ao investimento numa subsidiária, e não na própria sociedade cotada – não se aplicando, por isso, o regime das participações qualificadas – a sua relevância, evolução e impacto na situação financeira do emitente poderá implicar a necessidade de prestação de informação adicional, o que é aferido dentro do normal exercício das funções de supervisão da CMVM”, explicou a reguladora do mercado de capitais.

Na apresentação de resultados, esta segunda-feira, a SAD revelou que acordou com “uma reputada empresa internacional, com reconhecida experiência na otimização das receitas comerciais relacionadas com grandes equipamentos desportivos, uma parceria que será consubstanciada na participação minoritária numa das empresas com os direitos comerciais do Grupo FC Porto e num investimento inicial com vista a modernizar o Estádio do Dragão, potenciando assim as receitas com ele relacionadas”.

Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC PortoRicardo Castelo/ECO

 

A SAD recusou, também na segunda-feira, revelar ao ECO a identidade dessa empresa internacional que irá entrar como acionista minoritária numa das empresas do grupo a troco de um investimento entre 60 e 70 milhões de euros.

O ECO confirmou com a SAD que não se trata da Legends, empresa global de experiências com a qual o FC Porto em novembro assinou um acordo para uma parceria estratégica de 15 anos, para transformar a experiência dos adeptos e na qual a Legends irá apoiar parcerias globais e “a experiência de comida e bebida no Estádio do Dragão”.

Esta quinta-feira, a CMVM explicou ainda que “acompanha a atividade das entidades emitentes sujeitas à sua supervisão, no sentido de garantir que informação sobre negócios relevantes que possam qualificar-se como informação privilegiada são atempadamente divulgados ao mercado e em respeito pelos requisitos de qualidade da informação”.

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Bruxelas propõe aligeirar controlos e lança inquérito ao setor agrícola

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

A Comissão Europeia isenta ainda as pequenas explorações agrícolas, com menos de dez hectares, dos controlos relacionados com o cumprimento as normas de boas condições agrícolas e ambientais.

A Comissão Europeia propõe a simplificação de regras da Política Agrícola Comum (PAC), como as dos controlos agrícolas, e avança com um inquérito online para ouvir as queixas do setor, foi anunciado esta quinta-feira em Bruxelas.

Num documento divulgado esta quinta-feira, o executivo comunitário propõe, nomeadamente, a simplificação de regras da PAC, como alguns requisitos de condicionalidade que os agricultores da UE têm de cumprir, como as normas de boas condições agrícolas e ambientais (designadas pela sigla BCAA) e isentando as pequenas explorações agrícolas, com menos de dez hectares, dos controlos relacionados com o cumprimento destes requisitos.

Será ainda lançado um inquérito a todos os agricultores, a realizar entre março e maio, para ajudar a identificar as suas principais fontes de preocupação e a compreender as fontes de encargos administrativos e de complexidade decorrentes das regras da PAC e outras em matéria de alimentação e agricultura na UE, e a sua aplicação a nível nacional. Ainda no âmbito das medidas de curto prazo, Bruxelas propõe até meados de março, a redução das superfícies que antigos criadores de gado têm de reconverter em prados permanentes, entre outras medidas.

Estas propostas com um caráter mais imediato, somam-se às já previstas exceções às obrigações de pousio para, nomeadamente, cultivo de leguminosas, fixadoras de azoto. Outra medida prevista é a simplificação da metodologia para determinados controlos, para reduzir o número de visitas às explorações pelas administrações nacionais até 50%.

A Comissão avança ainda com a clarificação da utilização do conceito de força maior e circunstâncias excecionais, que permite a isenção de sanções aos agricultores que não possam cumprir todos os requisitos da PAC devido a acontecimentos excecionais e imprevisíveis fora do seu controlo (por exemplo, em casos de secas graves ou inundações).

Os ministros da Agricultura da UE vão debater na segunda-feira, em Bruxelas, a crise que afeta a agricultura europeia e as propostas hoje divulgadas, no dia em que está marcada mais uma manifestação do setor na cidade. Agricultores de diferentes países europeus, incluindo Portugal, têm realizado protestos nas últimas semanas, reclamando a flexibilização da PAC, condições justas de trabalho e de concorrência, direito à alimentação adequada e a valorização da atividade.

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DN precisa de “plano de revitalização” e “não aceitará emagrecimento”

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

"Os trabalhadores do Diário de Notícias recusam ser sujeitos passivos do indispensável processo de revitalização futura do jornal", afirmam, garantindo que não aceitam um "emagrecimento".

Os trabalhadores do Diário de Notícias (DN) consideram “imperativo” que a nova administração saiba que “não aceitará emagrecimento” da redação, exigem a retoma das negociações com o Sindicato dos Jornalistas e pedem um plano de revitalização.

Estas são as conclusões do plenário de quinta-feira do título do grupo Global Media (GMG), a que a Lusa teve acesso.

A redação “decidiu delegar nas delegadas sindicais, no Conselho de Redação [CR] e na direção do jornal (se assim o entender) a função de interlocutores junto da nova administração da GMG no sentido de ouvir e ser ouvida sobre o futuro do DN“, lê-se no comunicado.

Os trabalhadores do Diário de Notícias recusam ser sujeitos passivos do indispensável processo de revitalização futura do jornal” e isto “implica disponibilidade para considerar um papel interventivo nas decisões com impacto na redação, junto da administração”.

É referido que o reforço da redação do DN, que foi iniciado com a entrada em funções da atual direção, “não é algo que se possa considerar concluído”, mas “longe disso”. A atual redação “é ainda manifestamente insuficiente para as exigências de um jornal diário com a qualidade que se pretende que o DN tenha” e o título precisa de “um plano de revitalização com medidas a curto, média e longo prazo, que seja discutido entre todos, a todos os níveis, na redação – e apresentado depois à administração“.

O plano deverá ser construído “tendo um horizonte e, no mínimo, cinco anos“, lê-se no documento.

Apesar da redação entender os tempos de incerteza que a Global Media atravessa, defende que a “estabilidade, incluindo editorial, só será conseguida, com garantias de um futuro“, pelo que “por isso mesmo é imperativo que a nova administração saiba que a redação não aceitará emagrecimento” e “exigirá a retoma das negociações com o Sindicato de Jornalista para aplicação do Contrato Coletivo de Trabalho, que conferirá justiça salarial”, conclui.

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