Governo compromete-se a aumentar salário mínimo nacional em linha com inflação e produtividade

Montenegro inclui no programa do Governo a promessa que tinha feito na campanha: aponta salário mínimo para mil euros até 2028. Defende aumentos em linha com inflação e ganhos de produtividade.

O Governo de Luís Montenegro quer que o salário mínimo nacional chegue aos mil euros até 2028, comprometendo-se para isso a fazer aumentos em linha com a inflação acrescida dos ganhos de produtividade “como regra geral”. Compromisso consta do programa do Governo, que foi aprovado esta quarta-feira em Conselho de Ministros e entregue no Parlamento.

O aumento do salário mínimo para mil euros até ao final da legislatura já estava no programa eleitoral da Aliança Democrática (coligação que juntou o PSD ao CDS e ao PPM), sendo que também o PS o defendia.

Consta agora do programa do Governo, que também inclui a promessa de ser criada uma comissão técnica independente que avalie o impacto das subidas do salário mínimo nacional no emprego e “proponha políticas a médio prazo tendo em vista a redução da pobreza e a dignidade no emprego dos trabalhadores com baixos salários”.

Importa notar que nos primeiros anos do Governo de António Costa chegou a ser feito um acompanhamento dos efeitos da evolução do salário mínimo nacional, que subiu de 505 euros em 2015 para 820 euros em janeiro deste ano.

Ainda no capítulo dedicado aos salários e à captação de talento, o Governo de Luís Montenegro compromete-se a potenciar as relações laborais estáveis, e a apostar na “maior adaptabilidade dos tempos e modos de trabalho de forma a dar resposta aos desafios que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional colocam aos trabalhadores e empresas”, isto é, quer facilitar a transição entre teletrabalho e trabalho presencial e entre diferentes regimes de horário.

O Governo quer ainda introduzir a reforma a tempo parcial para prolongar a vida ativa e procurar convergência na Concertação Social em torno do objetivo de aumentar a produtividade.

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Leia aqui o programa do Governo liderado por Luís Montenegro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Abril 2024

Ministro da Presidência realçou “espírito de diálogo” em documento que abrange 60 medidas “de todos os partidos com assento parlamentar”, retiradas dos respetivos programas eleitorais.

O Conselho de Ministros aprovou na manhã desta quarta-feira o programa de Governo que é debatido amanhã e sexta-feira no Parlamento. “É um programa de mudança, mas também de diálogo”, sublinhou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em conferência de imprensa.

De acordo com o governante, o programa inclui cerca de 60 propostas de outros partidos com assento parlamentar.

Leia aqui o documento na íntegra:

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Compra de casa sem impostos e financiamento a 100%. As medidas do Governo para os jovens

Programa do Governo contém várias medidas para os jovens, incluindo o fim do IMT e Imposto de Selo para jovens até aos 35 anos que comprem casa. Garantia do Estado permite crédito à habitação a 100%.

O Programa do Governo prevê que os jovens até aos 35 anos fiquem isentos de IMT e Imposto do Selo na compra de habitação própria permanente e que passem a beneficiar de uma garantia pública para viabilizar o financiamento bancário de 100% do valor de aquisição da primeira casa, de acordo com o documento que foi aprovado esta quarta-feira no Conselho de Ministros.

O IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis) e o Imposto de Selo são os dois principais impostos que incidem sobre quem compra casa, sobretudo quando há recurso a financiamento, e dificultam o acesso à compra de habitação num mercado em que os preços são, por si só, muito elevados. Há que referir que estas propostas já estavam no programa eleitoral da Aliança Democrática, com o qual o PSD, em coligação com o CDS e o PPM, foi a eleições no passado dia 10 de março, mas o novo Governo decidiu agora confirmá-las, transpondo-as para o programa.

Ainda na Habitação, área que passou a ser tutelada pelo novo ministro Miguel Pinto Luz, é prometido o “alargamento da oferta de habitação” e o “reforço do funcionamento do mercado de arrendamento”. O programa Porta 65 vai ser mantido, mas a sua abrangência será alargada, com o compromisso de se reduzirem os limites à sua aplicação, presumivelmente as rendas máximas por tipologia de imóvel em cada município.

O Executivo liderado por Luís Montenegro compromete-se também a “criar um programa nacional de atração de jovens portugueses que abandonaram o país nos últimos anos”. Não são dados mais detalhes, mas o Executivo explica, no documento, que “para combater a crise na emigração, os incentivos fiscais são importantes, assim como o prémio salarial”. “Dificilmente um jovem regressa ao país se encontrar salários muito mais baixos e uma carga fiscal muito elevada. É, assim, indispensável desenvolver uma política fiscal e salarial competitiva”, admite.

Estas são algumas das medidas do novo Governo destinadas aos jovens, elaboradas por uma equipa que acaba de tomar posse, e numa orgânica que passa a contar com um Ministério da Juventude, tutelado por Margarida Balseiro Lopes. O documento vai ser discutido e votado esta quinta e sexta-feira na Assembleia da República.

“Hoje, demasiados jovens não veem Portugal como parte do seu futuro, acreditando que são dispensáveis e que o seu país não conta com eles”, lê-se no Programa. “O Governo reconhece a gravidade do momento e considera que apenas uma política integrada, que reflita a realidade dos jovens, os seus anseios e as suas preocupações, lhes dá a possibilidade de responderem ao apelo de fazer Portugal e de ficarem cá.”

A ‘borla’ nos impostos na compra de habitação não é a única medida fiscal para os jovens. O Governo tenciona “adotar o IRS Jovem de forma duradoura e estrutural, o que implica uma redução de 2/3 nas taxas atualmente aplicáveis, com uma taxa máxima de apenas 15%”. Uma vez mais, a medida destina-se aos jovens até aos 35 anos, exceto os do último escalão de rendimentos.

Outro compromisso é o reforço da “oferta de camas no ensino superior”, tanto por via de residências estudantis como pelo aproveitamento da capacidade instalada nos setores público, privado e social.

Hoje, demasiados jovens não veem Portugal como parte do seu futuro.

Programa do Governo

Mais jovens técnicos e doutorados na indústria

No trabalho, para os jovens, o Governo de Montenegro pretende “reformular os critérios de elegibilidade para estágios profissionais apoiados”, com vista a “reforçar esta resposta, nomeadamente a ligação com a empregabilidade direta dos jovens por parte das empresas e os níveis das bolsas praticadas e ainda melhorar a regulação dos estágios não apoiados, de modo a prevenir abusos”.

Está igualmente prevista a recuperação do programa Jovens Técnicos para a Indústria (JTI), “desenvolvendo com o apoio dos Centros Tecnológicos Setoriais programas de incentivo à integração dos nossos jovens licenciados, nas áreas científicas, tecnológicas e de gestão, nas empresas portuguesas”.

Na mesma linha, a equipa de Montenegro pretende introduzir o programa Jovens Doutorados para a Indústria (JDI), que, com o apoio das Associações Empresariais Nacionais, pretende incentivar a “integração dos nossos jovens doutorados, nas áreas científicas, tecnológicas e de gestão, nas empresas portuguesas”. O objetivo é que este novo programa substitua o atual sistema de bolsas de investigação.

Ainda no emprego e formação, o novo Governo quer desenvolver “programas de formação, qualificação e certificação de quadros técnicos intermédios” e trabalhar em conjunto com as Ordens profissionais e as associações representativas na “retenção de jovens” no país.

Por fim, é mencionada a “promoção da saúde mental”, que o Governo entende ser “uma das maiores preocupações dos jovens portugueses”.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h47)

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Acionistas da EDP aprovam todos pontos da AG. “Continuaremos com a ambição de sermos parte ativa na mudança de que o planeta precisa”, diz CEO

Assembleia-geral da elétrica aprovou todos os pontos da agenda, incluindo a composição do novo Conselho Geral e de Supervisão liderado por António Lobo Xavier, apurou o ECO.

Os acionistas da EDP EDP 0,00% aprovaram esta quarta-feira todos os pontos na agenda da Assembleia Geral, incluindo a composição do novo Conselho Geral e de Supervisão liderado por António Lobo Xavier, a recondução de Miguel Stilwell de Andrade como CEO e o aumento do dividendo relativo a 2023 para 19,5 cêntimos por ação, apurou o ECO.

Em relação às perspetivas para o triénio 2024-2027, Stilwell de Andrade garantiu, em declarações ao ECO, que “no próximo mandato, continuaremos com a nossa ambição de sermos parte ativa na mudança de que o planeta precisa e que exige um compromisso sério de todos”.

“Conscientes dos desafios que temos pela frente, estaremos preparados enquanto organização e seremos firmes e ágeis na entrega dos nossos objetivos”, sublinhou o CEO da energética.

Enquanto a gestão executiva da empresa (Conselho de Administração Executivo — CAE) se manteve inalterada, o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da empresa viu nomeados novos membros. António Lobo Xavier, tal como o ECO avançou em primeira-mão, encabeça a lista do CGS, no papel de presidente. Além de Lobo Xavier, são novos no conselho de supervisão os nomes de Alicia Reyes Revuelta, que fez currículo essencialmente o setor financeiro, Gonçalo Moura Martins, presidente executivo da Mota-Engil, María José García Beato, que se moveu essencialmente na área da justiça espanhola, Sandra Maria Santos, ex-CEO da nortenha BA Glass, Stephen Vaughan, consultor financeiro na área de energia, e Lisa Frantzis, diretora geral de uma empresa de renováveis com a atividade focada nos Estados Unidos.

No âmbito de uma revisão dos estatutos da empresa, o nome da empresa passa de “EDP – Energias de Portugal” unicamente para “EDP”. Uma mudança que tem como objetivo, de acordo com a proposta, simplificar a imagem e ajustar a denominação “a uma empresa cada vez mais global”, assim como “ao conhecimento generalizado da marca”.

Foi ainda aprovada a remuneração do CGS e apreciado o Relatório de Remunerações do CAE, que apontava um aumento de 18,6% para a remuneração do conselho de administração em 2023, para os 10,25 milhões de euros. Na reunião magna mereceram ainda a aprovação as contas do ano anterior e a distribuição de lucros através de um dividendo de 19,5 cêntimos por ação.

(Notícia atualizada às 14:42 com mais informação)

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Governo entrega Programa de Estabilidade a Bruxelas sem incorporar medidas novas

Documento vai ser entregue segunda-feira na Assembleia da República. Só depois segue para Bruxelas. É feito com base em políticas invariantes, sem refletir opções e medidas discricionárias.

O Governo vai entregar em Bruxelas uma atualização do Programa de Estabilidade, mas sem ter em conta as medidas que no novo Executivo pretende implementar, anunciou António Leitão Amaro, ministro da Presidência, na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros no qual foi aprovado o programa do Governo. O documento começará por ser entregue na Assembleia da República já na segunda-feira.

O Governo “aprovou a atualização do Programa de Estabilidade 2024-2028 para entrega à Assembleia da República no dia 15 de abril”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros. “Conforme diálogo com as instituições da União Europeia, o cenário e o conteúdo desta atualização do Programa de Estabilidade baseiam-se em políticas invariantes, não refletindo por isso as opções e medidas discricionárias previstas no programa” do Governo, detalha ainda o documento.

A decisão de não introduzir medidas previstas no programa resulta da “interação com as instituições europeias”, que permitiu perceber que esta era uma opção à qual Bruxelas não se iria opor, explicou o ministro da Presidência. Assim, é contornada a falta de tempo para entregar um documento que tinha como prazo limite o final de abril, e não é desperdiçado o trabalho elaborado por Fernando Medina, o ex-ministro das Finanças, que tinha deixado um documento pronto para este Executivo e evitar atrasos ou penalizações.

Com a versão simplificada do documento e o cenário de políticas invariantes (ou seja, que toma em conta as medidas já legisladas e previstas) fica de fora o impacto orçamental das medidas de política previstas pelo Executivo.

Apesar de o Programa de Estabilidade ser entregue na Assembleia da República já na segunda-feira — que depois tem o prazo de dez dias para a sua apreciação –, só será discutido no Parlamento a 24 de abril, na véspera da sessão solene do 25 de Abril, anunciou o porta-voz da conferência de líderes, o social-democrata Jorge Paulo Oliveira, no final da reunião na Assembleia esta manhã.

Recorde-se que, em setembro, o Executivo terá de entregar à Comissão Europeia, um novo documento que vai substituir o Programa de Estabilidade, que terá a designação de “Programa Nacional Orçamental Estrutural de Médio Prazo”, como revelou ao ECO o presidente da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), Rui Baleiras.

Os programas nacionais orçamentais estruturais de médio prazo serão apresentados até 20 de setembro e neste novo plano Montenegro terá de já de incorporar as medidas do seu programa e adaptá-las às novas regras europeias de disciplina orçamental – que estavam suspensas decido à pandemia — que estabelecem limites à despesa que pode ser contraída em cada ano, sob pena de violar as normas comunitárias.

No Conselho de Ministros desta quarta-feira foi também decidido que a apresentação da proposta de lei das Grandes Opções será aprovada pelo Governo para envio à Assembleia da República no prazo de 90 dias, a contar desde a tomada de posse.

(Notícia atualizada)

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Programa do Governo inclui 60 propostas de todos os outros partidos com assento parlamentar

Entre as medidas incluem-se "matérias como a redução em 20% da tributação autónoma de veículos em IRC, apresentada pelo PS.

O Programa de Governo inclui “pelo menos 60 medidas que vêm de programas eleitorais de outros partidos com assento parlamentar”, avançou António Leitão Amaro, ministro da Presidência. O programa foi entregue esta quarta-feira no Parlamento e será discutido nos próximos dois dias.

“Este Programa de Governo contém várias dezenas de propostas de outros partidos que não constavam no programa da Aliança Democrática”, indicou o ministro, no briefing após o Conselho de Ministros.

Entre as medidas incluem-se “matérias como a redução em 20% da tributação autónoma de veículos em IRC, apresentada pelo PS, garantia da manutenção de posição maioritária do Estado na Lusa apresentada pelo Livre, medidas na área da justiça, na cultura, bibliotecas”, exemplificou.

Na análise do programa, é possível identificar medidas de outros partidos como uma do Chega para “promover apoio jurídico e mediação gratuita para a defesa de pequenos contribuintes junto da Administração Tributária quando estejam em causa dívidas de pequenos montantes relativos a impostos ou outros tributos e/ou execuções fiscais de pequeno valor”. Há também uma do PS, que visava “lançar o Programa Capitalizar +, de apoio à transição geracional e à valorização de ativos empresariais”.

Questionado sobre se esta inclusão das medidas foi comunicada aos partidos, Leitão Amaro indica que “estão a ser informados antes da comunicação social, através da apresentação do Programa do Governo na Assembleia da República”.

O ministro destaca ainda que também “já foi anunciada a intenção de iniciar um diálogo particular para agenda ambiciosa de combate à corrupção”, salientando: “há muito que nos separa mas também há muito em que partilhamos opiniões”.

(Notícia atualizada às 13h40)

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Programa do Governo já foi entregue na Assembleia da República

O programa do Governo liderado por Luís Montenegro foi entregue ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, após ter sido aprovado em Conselho de Ministros esta quarta-feira.

Depois de ter sido aprovado em Conselho de Ministros, o programa de Governo já foi entregue na Assembleia da República. O documento, que rege as linhas orientadoras do Executivo liderado por Luís Montenegro, será discutido, quinta e sexta-feira, no Parlamento.

O programa do XXIV Governo Constitucional, que conta com 17 ministros e 41 secretários de Estado, foi entregue, em mãos, ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. À saída, o ministro dos Assuntos Parlamentares escusou-se a fazer declarações, referindo que o programa será apresentado no briefing do Conselho de Ministros.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte (E), entrega o programa de Governo ao Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco (D), na Assembleia da República, em Lisboa, 10 de abril de 2024ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

A entrega do documento acontece na mesma semana em que Pedro Nuno Santos enviou uma carta a Luís Montenegro a mostrar-se disponível para aprovar um Orçamento retificativo, mas mediante algumas condições, nomeadamente no que diz respeito à valorização das carreiras e dos salários da Função Pública, “em especial dos profissionais de saúde (de todos, e não apenas dos médicos), das forças de segurança, dos oficiais de Justiça e dos professores”.

O presidente do PSD já respondeu ao repto, e também por carta, saudou o “exercício de responsabilidade política e compromisso” do PS, mas avisa que o tempo e o modo de condução” dos processos negociais serão, “obviamente, definidos pelo Governo”.

O programa do Governo espelhará as linhas orientadoras e compromissos assumidos para os quatro anos de legislatura, que se adivinha difícil para atingir consensos, dada a maioria relativa. Neste documento, deverão constar algumas das promessas feitas durante a campanha eleitoral. Não obstante, os especialistas ouvidos pelo ECO antecipam que o programa deverá ser prudente para dar margem para entendimentos com PS e Chega.

O documento será apresentado e discutido entre, quinta e sexta-feira, no Parlamento, sendo que findo este “passo”, o Executivo liderado por Luís Montenegro entra em plenitude de funções. De recordar, que o PCP anunciou uma moção de rejeição ao documento, mas os socialistas já garantiram que iriam viabilizar o documento.

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Ligação aérea Bragança – Portimão vai custar 13,5 milhões até 2028

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

O prazo para entrega de propostas para a prestação de serviços aéreos regulares, em regime de concessão, na rota Bragança/Vila Real/Viseu/Portimão/Cascais termina a 26 de maio.

O Governo lançou o concurso público internacional para a concessão da ligação área entre Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão por um valor base de 13,5 milhões de euros, segundo publicação em Diário da República.

De acordo com o anúncio do concurso, que foi lançado pelo anterior governo em 27 de março e alterado na segunda-feira, o prazo para entrega de propostas para a prestação de serviços aéreos regulares, em regime de concessão, na rota Bragança/Vila Real/Viseu/Portimão/Cascais termina a 26 de maio.

O concurso público é internacional, o preço base do procedimento, sem IVA, é de 13,5 milhões de euros e o prazo de execução do contrato é de quatro anos.

O contrato da concessão do serviço de transporte aéreo regular Bragança/Vila Real/Viseu/Cascais/Portimão terminou em 28 de fevereiro e desde o dia 29 de fevereiro que a operadora Sevenair (prestadora do serviço) introduziu um novo horário, que estará disponível até 07 de junho.

Esta medida foi tomada após um ajuste direto de 750 mil euros do Governo liderado pelo socialista António Costa enquanto decorre o novo concurso público internacional para a concessão do serviço.

Neste novo horário, os voos de segunda e sexta-feira são feitos em todas as escalas, às terças e quintas-feiras os voos são diretos entre Bragança e Cascais e aos sábados não há escala em Vila Real. Às quartas-feiras e domingos não há voos.

Até ao final de fevereiro os voos eram feitos de forma regular entre Bragança e Portimão, com paragem em Vila Real, Viseu e Cascais.

Em fevereiro, fonte oficial do então gabinete do secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas disse à Lusa que o Governo e a Sevenair “encontraram uma solução contratual transitória” para evitar a interrupção da ligação aérea a partir de 29 de fevereiro.

Nesse mesmo mês, o então Governo socialista informou que autorizou a despesa de 13,5 milhões de euros para a adjudicação em regime de concessão do serviço aéreo regular que liga Trás-os-Montes ao Algarve por quatro anos.

O anúncio de abertura do concurso público para a carreira aérea foi publicado em DR a 27 de março, mas na segunda-feira foi publicado, pela Secretária-Geral da presidência do Conselho de Ministros, um novo anúncio com a alteração da data limite para apresentação de propostas, que passou de 23 de maio para 26 de maio.

Segundo o documento, esta alteração foi “motivada pelo atraso na publicação em jornal oficial nacional”.

A carreira aérea que ligava Trás-os-Montes a Lisboa foi interrompida em 2012 e retomada em 2015 com o alargamento dos voos até ao Algarve, com passagem por Viseu e Cascais.

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Mediobanca compra em bolsa 13,28% da Greenvolt

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

A Mediobanca vai proceder à aquisição de até 19,9% das ações da elétrica até ao final de julho, conforme acordado com a GVK Omega, a sociedade do fundo KKR.

A Mediobanca passou a deter, na segunda-feira, 13,28% da Greenvolt, seguindo o mandato aplicado pela GVK Omega, a sociedade do fundo KKR, que tinha acordado a compra em bolsa de até 19,9% da energética.

Segundo um documento divulgado esta quarta-feira ao mercado, a Mediobanca passa, assim, a deter 13,28% dos direitos de voto, com um total de 18.475.167 ações.

De acordo com um comunicado da Greenvolt enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na sexta-feira, o Mediobanca vai proceder à aquisição de até 19,9% das ações da elétrica através de um acordo de “total return equity swap” até ao final de julho.

“Os direitos económicos associados a essas ações da Greenvolt serão para benefício da Gamma Lux”, lê-se no comunicado na semana passada.

A Gamma Lux, fundo de investimento em infraestruturas com sede no Luxemburgo e gerida pelo KKR, terá a opção de liquidar o swap fisicamente, através da aquisição das ações da Greenvolt adquiridas pela Mediobanca ao abrigo do acordo ou em dinheiro.

Esta operação, anunciada na sexta-feira, acontece enquanto decorre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Greenvolt, lançada em dezembro.

A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.

Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou justo o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que o capital acionista adicional permitirá “acelerar o plano de negócios”.

Relativamente ao preço de 8,3 euros por ação oferecido, o Conselho de Administração da Greenvolt entende que “é justo”, tendo em conta que “representa um prémio de 95,3% face ao preço de subscrição das ações no âmbito da abertura de capital e de 47,7% face ao preço de subscrição das ações no âmbito do aumento de capital 2022”.

Representa ainda “um prémio de 11,4% face à cotação do dia anterior ao da publicação do anúncio preliminar e um prémio de 32,1% face à cotação média ponderada das ações nos seis meses anteriores ao dia da publicação do anúncio preliminar”, encontrando-se “em linha com os resultados das fairness opinions preparadas pela Lazard e pelo Millenniumbcp, que consideram o valor justo”.

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Amarante vai cobrar taxa turística de dois euros na época alta

  • Lusa
  • 10 Abril 2024

Valor da Taxa Municipal Turística é de dois euros por dormida, entre 1 de abril e 30 de setembro, e de um euro por dormida, entre 1 de outubro e 31 de março. Amarante regista 80 mil dormidas ao ano.

A Taxa Municipal Turística de Amarante, de dois euros na época alta e de um euro na época baixa, começa a ser cobrada na quinta-feira, disse esta quarta-feira à Lusa fonte autárquica.

De acordo com o regulamento publicado esta quarta-feira em Diário da República (DR), a taxa prevista “é devida como contrapartida da singular fruição de um conjunto de atividades e investimentos promovidos pelo Município de Amarante, relacionados com a atividade turística”.

Segundo a publicação, o valor da Taxa Municipal Turística é de dois euros por dormida, entre 01 de abril e 30 de setembro, e de um euro por dormida, entre 01 de outubro e 31 de março.

A taxa será aplicada a pessoas com 16 ou mais anos, “independentemente do seu local de residência”, até ao máximo de três dormidas seguidas por pessoa.

O regulamento define ainda várias exceções, nomeadamente as estadias motivadas por qualquer ato médico devidamente comprovado e aos portadores de deficiência, com incapacidade igual ou superior a 60%.

Também ficarão isentos os cidadãos que “por razões de conflito e deslocados dos seus países de origem residem temporariamente em Portugal, desde que devidamente comprovado pelos serviços responsáveis desse pedido de asilo”.

De acordo com dados publicados em DR, atualmente são realizadas em Amarante cerca de 80 mil dormidas por ano, prevendo-se que “a receita estimada associada ao lançamento da taxa fixada permitirá a recuperação de parte dos custos suportados pelo Município com as utilidades geradas para o Turismo”.

A cobrança da taxa turística mereceu o consenso das duas forças com assento no executivo municipal (PSD/CDS-PP e PS).

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Após “melhor ano de sempre”, Adega Cartuxa abre espaço de enoturismo no centro histórico de Évora

Com 600 hectares de vinha, seis marcas e uma produção de 5,5 milhões de garrafas de vinho, a empresa detida pela Fundação Eugénio de Almeida reforça a atividade de enoturismo no Alentejo.

A Adega Cartuxa, pertencente à Fundação Eugénio de Almeida, acaba de investir num novo espaço de enoturismo no Páteo de São Miguel, um edifício histórico situado no centro histórico de Évora, depois de ter alcançado em 2023 o “melhor ano de sempre” no segmento do enoturismo.

“Depois de em 2023 ter registado mais de 30 mil visitas no enoturismo da Quinta Valbom, local das adegas originais, a Adega Cartuxa vem com este novo espaço dar resposta ao crescimento de cerca de 40% que se verificou no ano passado na categoria de enoturismo”. Os visitantes estrangeiros representam 60% do total de visitas no enoturismo da Cartuxa, com os brasileiros em destaque, seguidos dos portugueses, norte-americanos e ingleses.

“Com este novo espaço, a Adega Cartuxa passa não só a ter uma maior capacidade de resposta para a crescente procura que regista no enoturismo, como também a ter uma oferta mais abrangente e diversificada nas experiências que pode proporcionar a todos os turistas e entusiastas dos vinhos da Cartuxa”, afirma em comunicado.

A empresa detém 600 hectares de vinha no concelho de Évora, mais concretamente na Quinta de Valbom e na Herdade de Pinheiros. No ano passado produziu 5,5 milhões de garrafas de vinho de seis marcas, sendo que um terço da produção se destina aos mercados externos, com destaque para os Estados Unidos.

A nível global, a Adega da Cartuxa registou um volume de negócios de 25 milhões de euros em 2023, o que representou um crescimento de 1,4 milhões de euros face ao exercício anterior.

A história da Adega Cartuxa escreveu-se pela mão de Vasco Maria Eugénio de Almeida, um dos maiores mecenas e filantropos do século XX em Portugal, que investiu na diversificação da produção agrícola, revitalizando a atividade vitivinícola impulsionada pelo seu avô, Carlos Maria, e apostou na plantação de uma vasta área de olival.

Sem descendentes, Vasco Maria Eugénio de Almeida criou, em 1963, a Fundação Eugénio de Almeida, à qual doou todo o seu património e deixou a missão de promover o desenvolvimento cultural, educativo, social e espiritual da região de Évora.

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Há três portugueses na edição europeia da “30 Under 30” da Forbes

Empreendedores nacionais foram selecionados nas categorias Finanças e Indústria na edição deste ano da revista internacional.

Pedro Gomes, Martim Perestrelo e Pedro Braz (da esquerda para a direita)

Pedro Braz, Pedro Gomes e Martim Perestrelo são os três portugueses destacados na edição deste ano da “30 under 30” da revista norte-americana Forbes. Empreendedores nacionais foram selecionados nas categorias Finanças e Indústria.

“Ser distinguido pela Forbes é uma honra. Enquanto startup, temos de estar sempre a reinventar-nos e arranjar formas de crescer. Neste momento, estamos a repensar um dos nossos maiores produtos, e iremos lançar uma versão melhorada em breve! Ainda estamos a descobrir o nosso caminho, mas o objetivo global é ajudar as pessoas a tomar melhores decisões financeiras, e tornarmo-nos numa referência para quem pretende comparar serviços financeiros internacionalmente”, afirma Pedro Braz, cofundador da HelpMeChoose, citado em comunicado.

A startup, incubada pela Uptec, desenvolve produtos digitais com o objetivo de analisar serviços e ativos financeiros a nível internacional, tais como corretoras de bolsa, bancos digitais, ETF, entre outros. Cofundada com Franklin Carneiro da Silva, a HelpMeChoose tem na sua lista de clientes empresas como o Saxo Bank, a Wise e a Interactive Brokers, tendo, desde o seu arranque em 2021, já superado o milhão de utilizadores em todo o mundo, segundo informação partilhada pela Uptec.

O empreendedor foi distinguido na categoria Finanças onde está listado ainda o português Pedro Gomes. Fundador da WalletConnect, recebeu em 2018 uma bolsa da Fundação Ethereum para criar um protocolo que permitia a ligação entre carteiras e aplicações descentralizadas. O protocolo criado, segundo o empreendedor, permite a ligação ente mais de 500 carteiras e mais de três mil aplicações em mais de 150 cadeias, com cerca de 4 milhões de utilizadores mensais. A empresa levantou 25 milhões de dólares (cerca de 23 milhões de euros) junto a investidores como a Union Square Ventures e Shopify, pode ler-se no perfil do empreendedor na revista norte-americana. (conteúdo em inglês)

Martim Perestrelo foi destacado na categoria indústria. É cofundador da Tether, empresa de software sedeada em Barcelona que analisa, prevê e otimiza os horários de carregamento de veículos elétricos através de parcerias com operadores de pontos de carregamento, fornecedores de serviços de mobilidade elétrica e outros sistemas de gestão de energia. Desde 2022, data de arranque, já levantou cerca de 350 mil dólares de fundos de business angels como o Hustle Fund e a Precursor Ventures, refere a Forbes. (conteúdo em inglês)

Carlos Lei (cofundador da HypeLabs); Frederico Carpinteiro (fundador da Adaptted); Bruno Azevedo e Rodrigo Pires (Addvolt); Gilberto Loureiro e Paulo Ribeiro (Smartex); Tiago Sá (Wisecrop) ou Miguel Santo (fundador da Uniplaces) são outros nomes nacionais que já figuram nesta lista da revista internacional.

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