Infraestruturas de Portugal chega a acordo para salário mínimo de 900 euros

Remuneração mínima no grupo do Estado vai ser definida nos 900 euros, nos termos de um acordo fechado com seis sindicatos com "representatividade". Empresa também fala em "atualizações" salariais.

A Infraestruturas de Portugal (IP) vai deixar de praticar salários inferiores a 900 euros, no âmbito de um acordo alcançado com seis sindicatos que estabelece esta remuneração mínima a praticar na empresa, e que também procede a “atualizações remuneratórias”.

“Um dos elementos relevantes da proposta apresentada pela IP e objeto de acordo foi a definição de 900 euros como remuneração mínima a praticar na empresa”, informou esta quinta-feira a IP num comunicado.

O grupo de capital público revelou ter “sido possível chegar a acordo” um conjunto de sindicatos com “representatividade”, nomeadamente SINFA, ASCEF, SINAFE, SINDEFER, FENTCOP e SINTAP, sendo “expectável que outras organizações sindicais igualmente relevantes possam também vir a aderir ao presente acordo de atualização remuneratória”.

Na nota, a IP não refere que outras condições terão sido acordadas com os trabalhadores, nomeadamente o nível da referida atualização. A empresa tem sido fustigada por greves, que têm impactado, por exemplo, a circulação ferroviária, e, em reação ao acordo, o grupo assinala “e congratula-se pelo clima construtivo em que decorreram as negociações”.

Esse clima positivo e as “pontes criadas” permitirão “a continuação da negociação de outras importantes matérias do acordo coletivo de trabalho que vigora nas empresas do grupo IP”, remata a companhia.

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Dívida pública desceu 9,4 mil milhões de euros em 2023. “Só aconteceu duas vezes nos últimos 50 anos”

"Os dados mostram que a queda da dívida em percentagem do PIB foi acompanhada de queda da dívida em valor real", indicou Medina.

A dívida pública reduziu-se, em termos absolutos, em 9,4 mil milhões em 2023, revelam os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira. Esta “diminuição em termos reais só aconteceu duas vezes nos últimos 50 anos”, destaca o ministro das Finanças, em conferência de imprensa de apresentação dos dados.

“Os dados mostram que a queda da dívida em percentagem do PIB foi acompanhada de queda da dívida em valor real. Devemos menos 9,4 mil milhões de euros do que no ano passado”, indica Fernando Medina.

Esta redução em termos absolutos apenas tinha acontecido em 2021, quando a dívida pública caiu 1,4 mil milhões de euros. A diminuição da dívida pública vai permitir poupar 3.300 milhões em juros em dez anos, de acordo com os cálculos apresentados por Medina.

Com esta trajetória de redução, Portugal sai “claramente do grupo dos países mais endividados da Europa” e tem também uma “posição mais segura e protegida perante instabilidades e incertezas ate este resultado”.

O ministro explica que este resultado foi possível devido a “muitas circunstâncias”, com destaque para o “crescimento da economia e emprego”. “Os dados do emprego mostram que batemos de novo um máximo histórico de pessoas a trabalhar no nosso país”, nota, sendo que há por isso “mais pessoas a trabalhar, a receber salários e a gerar receita fiscal.”

O emprego foi assim uma “chave”, que “permitiu ir ultrapassando o que era os valores estimados de receita fiscal”. Medina assegura ainda que “não deixou de ser feito nada, houve mais investimento público do que tinha havido” no ano anterior, ainda que tenha sido inferior ao orçamentado.

Depois, o ministro diz que a inflação também teve impacto na redução da dívida. “O resultado final em termos de dívida pública tem quatro variáveis: uma grande variável em sentido negativo é a fatura com juros”, mas na diminuição temos três linhas: crescimento da economia, inflação e saldos primários.

Apesar da inflação ter sido generalizada pela Europa, o “que já foi um quadro de exceção no quadro europeu foi apresentarmos saldos primários positivos, não desperdiçámos a dinâmica de crescimento e de inflação ao parar e deixar de ter saldos primários positivos”, reitera. “Seria desaproveitar uma oportunidade histórica em 30 anos”, assume, sendo que a “inflação é uma ajuda para os devedores.”

(Notícia atualizada às 14h20)

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Redução da dívida permite poupar 3.300 milhões em juros em dez anos, calcula Medina

"Este resultado vai permitir libertação de recursos em juros para apoiar políticas públicas no país", defende ministro das Finanças em gestão.

A diminuição da dívida pública, que ficou abaixo dos 100% do PIB em 2023, e encolheu também em termos absolutos, vai permitir reduzir os custos com juros em 3.300 milhões de euros ao longo de dez anos, calculou o ministro das Finanças esta quinta-feira, numa conferência de imprensa após a divulgação dos dados pelo Banco de Portugal.

Os dados mostraram que a dívida pública se reduziu, em termos absolutos, em 9,4 mil milhões de euros. Além disso, o peso da dívida pública no PIB caiu para 98,7%, ficando assim abaixo dos 100% do PIB pela primeira vez desde 2009.

Fernando Medina defendeu que “este resultado vai permitir a libertação de recursos em juros para apoiar políticas públicas no país”. “A diminuição significará que reduziremos custos em juros em 3.300 milhões de euros” entre 2024 e 2034, apontou o governante em gestão.

Estes cálculos são feitos tendo em conta a redução da dívida nominal em 2023 em 9,4 mil milhões de euros e assumindo o custo médio das novas emissões de dívida pública observado em 2023 de 3,5%, acumulado durante o prazo de emissões mais utilizado (10 anos).

(Notícia atualizada pela última vez às 14h27)

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“Se não vêm falar connosco, em breve tomamos Lisboa”, ameaçam agricultores

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

Manifestantes na fronteira em Elvas ameaçam avançar para a capital portuguesa caso o Governo não fale com os agricultores. Movimento Civil diz estar "tudo em aberto" em matéria de protestos.

Os agricultores concentrados junto à fronteira do Caia, em Elvas, distrito de Portalegre, ameaçaram esta quinta-feira levar os protestos até Lisboa caso o Governo não os contacte sobre as reivindicações do setor.

Já temos confirmação de Espanha que eles [agricultores] vão avançar com o fecho das fronteiras, pelo que a nossa ação aqui em Caia deixa de fazer sentido. Se não vêm [Governo] falar connosco, em breve tomamos Lisboa“, disse João Dias Coutinho, do Movimento Civil de Agricultores, em declarações à agência Lusa.

O responsável disse ainda que “tudo está em aberto” em matéria de protestos, sublinhando que o objetivo traçado para esta quinta-feira foi cumprido.

Os agricultores estão na rua com os seus tratores, de norte a sul, reclamando a valorização do setor e condições justas, num protesto que está a bloquear várias vias rodoviárias, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.

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Banqueiros elogiam redução da dívida pública. “Agora não haja desgoverno”, pedem

CEO da Caixa destacou que alívio da dívida pública para menos de 100% do PIB é "especial" pois vai baixar juros pagos pelos contribuintes. Líder do BCP não quer desgoverno em cenário eleitoral.

Os líderes dos principais bancos em Portugal elogiaram a redução do peso da dívida pública para um patamar inferior aos 100% e reclamam agora que “não haja desgoverno” por conta das eleições.

A maior vitória, nos últimos anos, foram as contas públicas equilibras e a sustentabilidade da dívida pública. (…) Acho importantíssimo para o futuro, temos responsabilidade coletiva que não haja desgoverno nesta matéria”, referiu o CEO do BCP, Miguel Maya, na conferência Fórum Banca, organizada pelo Jornal Económico.

Maya havia tocado no ponto das eleições, das quais não tem receio de que possam colocar em risco os resultados alcançados até agora. “Temos de estar preparados para qualquer resultado que surja. Temos uma democracia consolidada. Pode haver instabilidade, mas não há uma transformação que possa por tudo em risco“, disse o líder do BCP.

O Banco de Portugal anunciou esta quinta-feira que a dívida pública caiu para 98,7% do PIB no final do ano passado.

“A redução da dívida pública não deve ser minimizada. Os economistas não podem dizer que era um elefante na sala e agora que não é nada especial. É especial no sentido de fortalecer o rating das empresas. E no sentido de que vai diretamente ao bolso dos contribuintes nos juros pagam pelo serviço da dívida”, disse Paulo Macedo.

O líder da Caixa destacou que Portugal já paga taxas de juro abaixo de Espanha e Itália e “vamos ver o que vai acontecer em relação a França”.

O governador do Banco de Portugal também elogiou a redução da dívida, dizendo que “não é um epifenómeno, não é uma situação que acontece por acaso”. Antes, prosseguiu Mário Centeno, “resultou de um esforço que passa pelas famílias, empresas e, necessariamente, pelo Estado”, sendo “um caminho que temos de continuar a fazer”.

Do ponto de vista macroeconómico, Portugal realizou um caminho “muito pouco habitual”, disse ainda o ex-ministro das Finanças, porque conseguiu “desalavancar, investir e crescer” ao mesmo tempo. “Não é um resultado muito habitual, foi o que Portugal fez na última década”, frisou.

Já o CEO do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, disse que “ter contas certas é o mínimo”. “É como ter um terreno limpo, é melhor do que ter um terreno com imensos pedregulhos como tínhamos em 2011 ou 2012. Mas convém semear alguma coisa”, apontou. “O problema de Portugal é de crescimento, há 20 anos que não crescemos”, referiu Castro e Almeida.

Neste ponto, os líderes do Banco Montepio e do BPI exigiram uma maior ambição. “Precisamos de uma agenda mais ambiciosa”, salientou Pedro Leitão. Num outro painel, João Pedro Oliveira e Costa referiu que “não pode haver conformismo”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Óculos da Apple que custam 3.499 dólares chegam às lojas

Vision Pro começam a ser vendidos nos EUA esta sexta-feira, sobrepondo elementos virtuais no campo de visão de quem os usa. Preço não é para qualquer carteira.

Os novos óculos de realidade virtual e aumentada da Apple chegam esta sexta-feira às lojas nos EUA, com um preço que não é para qualquer carteira: 3.499 dólares, cerca de 3.237 euros à taxa de câmbio atual. Há quase uma década que a marca não lançava novos produtos, desde que introduziu o Apple Watch, um relógio inteligente, em abril de 2015.

Os Apple Vision Pro são um “computador espacial revolucionário” que “mistura conteúdo digital com o mundo físico”, explicou a empresa. Ou seja, os óculos, que têm um volume considerável (não são como os típicos óculos de ver), sobrepõem elementos virtuais no campo de visão de quem os usa, mas também permitem imergir o utilizador numa realidade paralela e 100% virtual.

Para tal, os Vision Pro, cujas pré-encomendas arrancaram a 19 de janeiro (novamente, apenas nos EUA), estão equipados com um novo sistema operativo, a que a Apple chamou de visionOS, uma adaptação do sistema que dá vida aos iPhones e iPads, mas que é controlado de formas diferentes. Nomeadamente, através dos olhos, das mãos e da voz, os meios mais “naturais e intuitivos” que existem, argumenta a empresa.

Num comunicado, Tim Cook, CEO da Apple, anuncia a chegada da “era da computação espacial”, classificando a nova coqueluche da marca da maçã como “o mais avançado dispositivo eletrónico de consumo alguma vez criado”. Declaração que vai agora ser posta à prova do mercado.

A apresentação dos Vision Pro ocorreu num evento Apple a 5 de junho do ano passado, antecedida de anos de especulação e rumores. A expectativa era alta, porque a marca, apesar de não ter propriamente fama de ser pioneira na tecnologia (mesmo o iPhone aproveitou tecnologias que, de alguma maneira, já existiam), é conhecida por entregar melhores experiências e de trazer tecnologias para o mainstream. Por isso, o setor vai estar atento para ver se é desta que descolam as tecnologias ligadas à realidade virtual e aumentada.

Como explicou o ECO em meados do ano passado, os Vision Pro permitem correr aplicações no espaço físico e são diferentes dos óculos de realidade virtual de outras marcas no mercado, porque não são, necessariamente, imersivos. Por outras palavras, enquanto os óculos Quest 2 da concorrente Meta transportam o utilizador para um mundo virtual totalmente novo, os Vision Pro da Apple conseguem misturar elementos virtuais com o mundo real, de modo a que o utilizador consiga manter-se consciente do que está a acontecer nas redondezas.

Ainda assim, é possível alterá-los para um modo mais imersivo e a Apple desenvolveu uma tecnologia para que as outras pessoas saibam se o utilizador está num mundo virtual ou se tem os pés assentes na Terra. A funcionalidade chama-se EyeSight e, na prática, faz com que os olhos do utilizador estejam visíveis, ou não, a quem está de fora.

Para fazer tudo isto, os óculos da Apple, feitos em vidro e alumínio, contam com 12 câmaras, cinco sensores e seis microfones que funcionam de forma integrada num novo sistema operativo desenhado para o efeito. A empresa adaptou também um dos seus chips para permitir que os óculos sejam silenciosos e não aqueçam. Chamou ao novo processador Apple R1.

A um nível mais prático, os óculos da Apple possuem uma espécie de rosca que permite fixar e ajustar o equipamento à cabeça do utilizador, além de uma Digital Crown semelhante à que existe no Apple Watch. São acompanhados por uma bateria que se pode pôr no bolso e que confere ao equipamento duas horas de autonomia.

Os Vision Pro não escondem os olhos do utilizador, a não ser que este esteja imerso numa realidade virtual.Apple

O preço elevado, e o mercado limitado aos EUA (não há previsões sobre quando poderão chegar às lojas de outros países, muito menos de Portugal), fazem deste produto o alvo dos principais early adopters. Aliás, é com eles que a Apple conta identificar as principais utilidades de um produto inovador deste tipo, que, nesta altura, ainda não estão lá muito bem definidas.

O site especializado Tech Crunch foi um dos que já tiveram a oportunidade de experimentar os Vision Pro. Após um dia de utilização, além de criticar a bateria externa do equipamento, recomenda aos novos utilizadores “tempo para se ajustarem”. “Isto será a última coisa que vão querer usar”, escreve este meio, lembrando que há quem se queixe de náuseas e dores de cabeça se forem usados durante um tempo prolongado. Nos próximos dias, a Apple enfrentará a prova de fogo e verá com que lentes o mercado vê o seu mais recente produto.

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Tecnológica portuguesa entra na rede de carregadores elétricos com tarifas a metade do preço

Até ao final do ano, a Ecoinside quer ser uma das principais operadoras na rede. A expansão arrancou em Matosinhos com a instalação de 22 pontos de carregamento 'low cost'.

A Ecoinside reforçou a sua presença na rede pública de carregadores para veículos elétricos. A empresa tecnológica portuguesa de serviços na área de energias renováveis e mobilidade elétrica irá instalar em Matosinhos 22 carregadores públicos semirrápidos garantido tarifas 50% inferiores aos valores médios que atualmente vigoram na região. A ideia será expandir a oferta ao longo de todo o ano, permitindo que a Ecoinside se torne numa das 10 principais operadoras a nível nacional.

Entre 2022 a 2023, registámos um acréscimo de mais de o dobro do portefólio que tínhamos desde o início de 2022. Acreditamos que uma empresa da dimensão da Ecoinside consegue integrar serviços tão bem quanto uma empresa maior. Temos essa capacidade, de desenhar soluções que se aproximem das necessidades”, garante fonte oficial ao ECO/Capital Verde.

Embora não revelem em quanto se traduz a nova estratégia ligada à mobilidade elétrica, a Ecoinside indica que estes carregadores “de última geração” nasceram de uma parceria com a tecnológica alemã Hager. A tecnologia permite que sejam feitos até quatro carregamentos em simultâneo, não só para veículos elétricos — que têm ao dispor duas tomadas por carregador — mas também para bicicletas, trotinetes e motas elétricas — que poderão usufruir das outras duas tomadas.

Cada um dos 22 postos de carregamento de Matosinhos terá 22 kilowatts (kw) de potência, e segundo a empresa natural de Gaia as tarifas praticadas serão metade do valor médio dos preços que vigoram na região.

Em Matosinhos, o preço médio da tarifa aplicada para carregamento de veículos elétricos varia entre os 3 e os 5 cêntimos por minuto, mas nos carregadores da Ecoinside a tarifa low cost permite que os consumidores paguem cêntimo e meio por minuto.

Por considerar que “as zonas urbanas têm maior necessidade de potenciar veículos elétricos”, a Ecoinside vai focar-se em alagar a rede de parcerias com as autarquias, à semelhança do que aconteceu com a câmara de Matosinhos. “Os municípios acabam por facilitar esta democratização uma vez que os espaços públicos são concessionados para explorar a atividade”, explicam ao ECO/Capital Verde.

A Ecoinside começou em 2006 a partir da Universidade do Porto como uma empresa de consultoria a nível da eficiência energética. Cerca de uma década mais tarde, a tecnológica passou a operar também enquanto tecnológica de serviços de energias renováveis, com especial destaque para a instalação de centrais fotovoltaicas para autoconsumo. Em 2023 a empresa tinha um total de 19 carregadores a nível nacional, pretendo instalar no primeiro trimestre de 2024 mais 36 carregadores.

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Maria João Oliveira passa a COO do GroupM. Frederico Correia assume liderança da Wavemaker

Maria João Oliveira assume as funções de COO do braço de media do grupo WPP e Frederico Correia passa a liderar a Wavemaker. Filipa Duarte é nomeada managing director do GroupM Nexus.

Maria João Oliveira, Filipa Duarte e Frederico Correia

Fevereiro começa com mudanças na liderança do GroupM. Maria João Oliveira vai assumir as funções de chief operating officer (COO), cargo agora criado no grupo que agrega as agências de meios da WPP. A até agora CEO da Wavemaker fica assim responsável pela otimização da eficiência operacional do grupo. O foco será na integração e evolução das diferentes áreas do grupo em conjunto com cada uma das suas agências, procurando o desenho de estratégias e respostas operacionais ajustadas aos desafios particulares de cada marca e negócio, adiantou o grupo ao +M.

Juntamente com toda a talentosa e dedicada equipa do GroupM, tudo farei para impulsionar a inovação, aprimorar a eficiência operacional e encontrar soluções excecionais para os nossos clientes. Estou empenhada em contribuir para o sucesso contínuo do GroupM enquanto enfrentamos os desafios em constante evolução do mercado e alavancamos as oportunidades emergentes”, acrescenta Maria João Oliveira, desde 2019 CEO da maior agência do grupo e a quarta maior país, no acumulado do último ano, segundo os dados provisórios da MediaMonitor.

É uma oportunidade emocionante e estou ansiosa para contribuir com a minha experiência e liderança para impulsionar o crescimento e o sucesso da organização”, refere.

Com Maria João Oliveira a assumir uma função transversal no grupo que detém também a Mindshare ou a EsenceMediacom, Frederico Correia será o novo a managing director da Wavemaker.

É com um orgulho tremendo que aceito o desafio de liderar a agência que me formou, 16 anos depois de aqui ter entrado pela primeira vez. A cultura da provocação positiva para gerar crescimento é a filosofia que cada um dos fantásticos profissionais desta agência respira e transmite no dia a dia interna, e externamente à nossa organização”, afirma Frederico Correia, que desde 2019 desempenhava funções de direção de serviço a clientes da Wavemaker.

Em simultâneo, Filipa Duarte foi nomeada managing director do GroupM Nexus, a área de media performance, peritos em canais digitais, plataformas, search, social, programmatic, IA, otimização cross-channel, tecnologias e software data-driven.

No GroupM desde 2014, Filipa Duarte assumiu o cargo de diretora de operações em 2018 e, em 2022, o de chief operations officer. “Apaixonada por pessoas, inovação e tecnologia, estou apostada em garantir que os nossos clientes recebem serviços de ativação e performance integrada de qualidade irrepreensível, ao mesmo tempo que continuamos a inovar e a adaptar-nos aos desafios do mercado”, destaca.

Estas alterações ocorrem de acordo com a visão do grupo em moldar hoje a próxima era de media. Acreditamos que uma gestão cada vez mais otimizada de processos e recursos permitirão a geração em escala de produtos e soluções alinhados com as expectativas dos nossos clientes, e como tal, capazes de se traduzirem em resultados expressivos”, justifica Francisco Teixeira, desde abril de 2023 CEO do GroupM Portugal.

Da media “tradicional” às mais recentes evoluções tecnológicas, dos insights à implementação, passando pela criatividade e retail media, todo o espetro do nosso negócio é influenciado pela forma como nos organizamos”, conclui.

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Apoio à contratação de trabalhadores passa a ser só para empresas que paguem salário mínimo de 1.018 euros

O apoio às empresas que queiram contratar trabalhadores para os quadros passa a depender do pagamento de um salário de, pelo menos, 1.018 euros. Medida já abrangeu 30 mil trabalhadores.

A partir desta sexta-feira vai ficar mais difícil às empresas acederem ao compromisso emprego sustentável, isto é, à medida que prevê uma ajuda financeira para os empregadores que contratem sem termo desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Segundo uma portaria publicada esta manhã, a atribuição deste apoio passa a estar dependente do pagamento de um salário de, pelo menos, 1.018 euros.

“De acordo com os princípios preconizados pela Agenda do Trabalho Digno, concretamente a valorização dos salários e o combate à precariedade, com especial foco nos jovens, é agora estabelecido um valor mínimo de retribuição mensal elegível para o acesso a esta medida“, determina o diploma publicado em Diário da República.

Até aqui, no que diz respeito aos requisitos do contrato de trabalho, era apenas pedido que o vínculo fosse permanente. Mas agora acrescenta-se uma exigência: a retribuição base tem de ser igual ou superior a duas vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), ou seja, 1.018,52 euros em 2024.

O objetivo do Governo é garantir que os contratos apoios contribuem para os “objetivos estabelecidos no acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, nomeadamente através da promoção do aumento dos salários“.

Esta medida, importa notar, surgiu no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e já “ajudou à criação de mais de 30 mil contratos sem termo“, indica a portaria publicada esta manhã, em linha com o que já tinha revelado a ministra do Trabalho.

“Tornou-se num instrumento poderoso para responder aos desafios estruturais do mercado de trabalho, nomeadamente a necessidade de promover a estabilidade laboral, concretizando uma estratégia de promoção do emprego jovem e da efetiva melhoria dos salários”, salienta o Executivo, no diploma em questão.

Importa notar que essa portaria vem também esclarecer que esta medida poderá ser financiada no futuro por outras fontes comunitárias, para além do Plano de Recuperação e Resiliência.

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Taxa de juro dos novos créditos à habitação cai pelo terceiro mês consecutivo

Apesar das taxas de juro das novas operações de empréstimos para a compra de casa estar a corrigir desde outubro, permanece acima da média da taxa de juro média praticada na Zona Euro.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação voltou a contabilizar uma correção pelo terceiro mês consecutivo. É preciso recuar até fevereiro de 2021 para se encontrar um período com tantos meses de queda das taxas de juro.

Segundo dados divulgados estas quinta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro das novas operações dos empréstimos para a compra de casa baixou de 4,23% em novembro para 4,12% em dezembro, após terem alcançado um máximo em mais de uma década de 4,27% em setembro do ano passado.

No entanto, o Banco de Portugal nota que a atual taxa de juro das novas operações permanece acima da média da área do euro, apesar de a diferença se ter reduzido, “de 0,36 pontos percentuais em dezembro de 2022 para 0,12 pontos percentuais em dezembro de 2023”.

A entidade liderada por Mário Centeno apresenta também, pela primeira vez, uma desagregação das novas operações de empréstimos que permite, por exemplo, observar que, enquanto as taxas de juro médias dos novos contratos de crédito à habitação se situaram em 3,98% em dezembro, “as taxas de juro médias dos contratos renegociados cresceram até ao final do ano, atingindo 4,40% em dezembro”.

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Os dados do Banco de Portugal revelam ainda que, apesar de o montante das novas operações de crédito à habitação terem corrigido 3,4% em dezembro, registou um crescimento de 40% no último ano.

Desagregando esse valor, verifica-se que o montante contabilizado na renegociação de empréstimos à habitação voltou a corrigir pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, para cerca de 636 milhões de euros, como resultado de uma queda de 14,75%. No entanto, mais do que duplicou no espaço do último ano.

Bem diferente continua a ser o comportamento dos novos contratos celebrados para a compra de casa, que desde abril desenha uma tendência de subida. Em dezembro, o montante contratualizado em novos créditos à habitação aumentou 3,2% para 1.323 milhões de euros.

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Taxa de juro dos novos depósitos supera os 3% pela primeira vez em mais de 11 anos

Portugal registou o segundo maior aumento das taxas de juro médias dos novos depósitos em 2023. No entanto, a taxa de remuneração dos depósitos das famílias permanece abaixo da média da Zona Euro.

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou 0,1 pontos percentuais entre novembro e dezembro, fixando-se nos 3,08% no último mês de 2023. É o valor mais elevados desde julho de 2012.

O Banco de Portugal revela também que a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou 2,73 pontos percentuais entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023, de 0,35% para 3,08%, e que “este é o maior aumento anual observado desde o início da série, em 2003”.

Além disso, o banco central salienta também que “Portugal registou o segundo maior aumento das taxas de juro médias dos novos depósitos a prazo de particulares do conjunto dos países da área do euro, atrás da Letónia”, entre 2022 e 2023.

Com este aumento, “Portugal passou da segunda posição mais baixa em dezembro de 2022, para a 13.ª posição em dezembro de 2023”, mas, ainda assim, “abaixo da taxa média de remuneração dos depósitos praticados na Zona Euro”, que se situa nos 3,29%.

Desagregando os depósitos por prazo, os dados do Banco de Portugal mostram que o maior aumento da remuneração média no último ano se observou para os novos depósitos com prazo até 1 ano: de 0,30% em dezembro de 2022 para 3,10% em dezembro de 2023.

“Estes depósitos, que representavam 89% dos novos depósitos em dezembro de 2022, ganharam relevância ao longo do segundo semestre de 2023, até atingirem 97% dos novos depósitos em dezembro desse ano”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal.

Com uma dinâmica distinta tiveram os novos depósitos com prazo acordado superior a um ano. Apesar de terem registado um crescimento dos montantes aplicados pelas famílias na primeira metade do ano, “totalizando o máximo de 27% do total de novos depósitos em abril de 2023”, desde essa altura que perderam ânimo, chegando a dezembro com uma quota de mercado de apenas 3%.

Este comportamento deve-se, em grande medida, pela remuneração dos depósitos de curto prazo (até um ano) terem alcançado e superado a taxa de juro média dos depósitos com vencimentos a mais de um ano.

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Taxas Euribor caem a seis e 12 meses para mínimos desde junho e março de 2023

  • Lusa
  • 1 Fevereiro 2024

A taxa Euribor desceu a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, nos dois prazos mais longos para mínimos desde respetivamente junho e março do ano passado.

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, nos dois prazos mais longos para mínimos desde respetivamente junho e março do ano passado. Com as alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,884%, ficou acima da taxa a seis meses (3,832%) e da taxa a 12 meses (3,505%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou esta quinta-feira para 3,505%, um mínimo desde março de 2023 e menos 0,067 pontos que na quarta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também caiu para 3,832%, um mínimo desde junho de 2023 e menos 0,003 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,884%, menos 0,021 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor em janeiro voltou a cair nos três prazos, mas menos acentuadamente do que em dezembro.

A média da Euribor em janeiro desceu 0,010 pontos para 3,925% a três meses (contra 3,935% em janeiro), 0,035 pontos para 3,892% a seis meses (contra 3,927%) e 0,070 pontos para 3,609% a 12 meses (contra 3,679%).

Em dezembro, a média da Euribor baixou 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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