Serviland e Sareb lançam uma oferta de terrenos para construção em Los Berrocales, a zona de maior desenvolvimento urbanístico do sudeste de Madrid

  • Servimedia
  • 9 Setembro 2024

O terreno, propriedade da Sareb, totaliza 57.797m2 de superfície edificável para a construção de 425 habitações e a implantação de usos terciários e industriais.

A Serviland, filial da Servihabitat especializada na gestão de terrenos, colocou à disposição do mercado um terreno finalista situado em Los Berrocales, uma das zonas mais procuradas do sudeste de Madrid. De acordo com as informações fornecidas, esta oferta de terrenos para construção, propriedade da Sareb, permitirá a construção de 425 habitações, além de incluir espaços para usos terciários e industriais.

Num contexto de escassez de terrenos para construção e de uma procura crescente de habitação a preços acessíveis, a disponibilidade destes terrenos, com uma superfície total edificável de 57.797 m², representa uma contribuição significativa para o mercado imobiliário da Comunidade de Madrid. Trata-se de um conjunto de 28 lotes destinados a uma utilização mista residencial, comercial e industrial do empreendimento. Com uma superfície total de 25.190,44 m², estão situados a sudeste da circular da capital e a norte do Ensanche Vallecas, no bairro madrileno de Vicálvaro.

Ernesto Tarazona, CEO da Serviland, afirma que “esta oferta de terrenos representa uma oportunidade significativa no dinâmico mercado de promoção de Madrid” e acrescenta que “é uma operação que não só contribui para a revitalização do sudeste de Madrid, como também consolidará Los Berrocales como uma das zonas com maior potencial de desenvolvimento em Madrid”.

Prevê-se que a venda, que incluirá lotes em regime de propriedade plena e em regime de copropriedade, decorra de forma ordenada e que as licitações terminem a 4 de outubro.

No final do ano passado, a Serviland concluiu a venda de uma grande parte da carteira da Sareb em Los Cerros, que, na sua totalidade, abrange 172.000 unidades de promoção, com um potencial de desenvolvimento estimado em 1.310 habitações. Juntamente com Los Berrocales, fazem parte de uma zona que se posiciona como um dos bairros mais sustentáveis da capital, em consonância com a “Estratégia de Desenvolvimento do Sudeste” de Madrid, uma vez que se trata de um projeto urbanístico com a maior área de espaços verdes públicos de Madrid.

Atualmente, a filial da Servihabitat promoveu mais de 60 planos de desenvolvimento em mais de 1.500 municípios de Espanha.

 

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LALIGA, o campeonato com mais nomeados para a Bola de Ouro

  • Servimedia
  • 9 Setembro 2024

Um total de 11 jogadores da LALIGA foram nomeados para o prémio individual mais importante do futebol mundial, a Bola de Ouro.

São mais três do que na época passada, o que faz com que seja a competição nacional com mais jogadores elegíveis para este prémio, seguida da Premier League, com 10 representantes.

Depois de um verão em que os jogadores da LALIGA foram protagonistas dos campeonatos europeus e mundiais mais importantes, com estas nomeações a competição espanhola dá um passo à frente das suas congéneres europeias, incluindo a Premier League, que tem menos um nomeado. Assim, a LALIGA posiciona-se como o epicentro do talento futebolístico individual com as mais recentes adições no mercado de transferências de verão.

Em termos de clubes, é o Real Madrid que tem mais nomeados nas suas fileiras, sete no total: Bellingham, Valverde, Rüdiger, Vinicius, Carvajal, Kroos e Mbappé – o astro francês que agora é jogador da LALIGA, mas que na época passada estava na Ligue 1 de França. Já Lamine Yamal e Dani Olmo – que computa tanto na LALIGA quanto na Bundesliga – dão duas indicações ao Barcelona e Nico Williams outra ao Athletic Club. O Girona, por sua vez, acrescenta Dovbyk à lista, embora este tenha assinado com a Roma este verão e conte tanto para a competição espanhola como para a Serie A.

Estes nomes fazem com que a LALIGA mantenha a sua representatividade nestes prémios em relação à última edição, algo que não acontece com a Premier League, que vê diminuir os nomes que pertencem à sua competição, com dez este ano: Rúben Días, Foden, Haaland, Rodrigo, Rice, Odegaard, Saka, Saliba, Palmer e Dibu Martínez.

Por sua vez, a Bundesliga conta com nomes de destaque como Xhaka, Wirtz, Grimaldo, Hummels – bicampeão alemão e italiano – e Kane, além do já citado Dani Olmo. A Serie A italiana tem Çalhanoglu, Lautaro e Lookman na lista, bem como Dovbyk, que vai partilhar o balneário com Hummels, outro dos nomeados em duas ligas, depois de se ter transferido da Bundesliga para o Calcio este verão.

Este marco demonstra a evolução económica positiva dos clubes, que fazem grandes contratações mantendo a sua estabilidade financeira. De facto, a LALIGA destaca-se como a competição nacional europeia que mais aumentou o seu investimento, em contraste com outras como a Premier League, que reduziu as suas despesas com transferências em 16% (de 2,8 mil milhões de euros para 2,34 mil milhões de euros), ou a Ligue 1 francesa (de 915 milhões de euros para 723 milhões de euros) e a Bundesliga (de 758 milhões de euros para 600 milhões de euros), que reduziram as suas despesas em 21%. Fora da Europa, destaca-se o caso da Arábia Saudita.

O investimento dos clubes do reino árabe em transferências sofreu uma redução significativa, passando de 950 milhões de euros para apenas 475 milhões de euros, o que representa uma quebra de 50% em relação ao mercado de verão anterior.

Para além do prémio de melhor jogador atribuído pelo L’Equipe, os clubes da LALIGA também foram nomeados em categorias como a de melhor treinador, que inclui o italiano Carlo Ancelotti. No prémio Kopa, destinado ao Melhor Jogador Jovem, Lamine Yamal, Pau Cubarsí e Arda Güller são os jogadores que vão tentar ganhar o prémio. Para o Yashin, que determina quem foi o melhor guarda-redes do último ano, o LALIGA conta com Unai Simón, Andriy Lunin e Giorgi Mamardashvili, enquanto o Girona FC e o Real Madrid vão competir na categoria de Melhor Clube Masculino do Ano.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 9 de setembro

  • ECO
  • 9 Setembro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 9 de setembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Defesa, digitalização e cooperação. A estratégia de Draghi para salvar a competitividade da UE

Ao fim de um ano, o aguardado relatório de Draghi para recuperar a "perda rápida e súbita" de competitividade na UE será conhecido. Defesa, digitalização e cooperação são principais pilares.

O diagnóstico está feito e já é conhecido: a União Europeia (UE) está a enfrentar “uma perda rápida e súbita de competitividade” para os Estados Unidos e a China e precisa de se reinventar em áreas estratégicas para voltar a ganhar terreno. Agora é preciso agir. Há um ano, a presidente da Comissão Europeia pediu que Mário Draghi identificasse os principais desafios e desenhasse uma estratégia para acabar com “barreiras estruturais” face aos concorrentes. E esta segunda-feira, três meses depois do fim do prazo, o ex-presidente do Banco Central Europeu dá a conhecer as suas conclusões.

Mario Draghi, ex-primeiro-ministro italiano e ex-presidente do Banco Central EuropeuEPA/MASSIMO PERCOSSI

Ursula von der Leyen já está a par das linhas gerais do relatório que lhe foi apresentado, juntamente com os restantes líderes dos grupos parlamentares, na passada quarta-feira. Mas esta segunda-feira, numa conferência de imprensa, estará ao lado de Draghi não só para dar o seu parecer sobre as principais conclusões, como também para explicar de que forma a estratégia será adotada para os próximos cinco anos. Afinal de contas, o reforço da competitividade no bloco europeu é um dos principais pilares do mandato da presidente alemã que foi reeleita, em julho.

[As conclusões] irão inspirar, certamente, as diretrizes que serão traçadas para o próximo mandato”, afirmou von der Leyen, em abril.

De acordo com a imprensa internacional, o documento de cerca de 400 páginas procurará dar soluções sobre como aumentar a produtividade e reduzir as dependências em dez setores económicos estratégicos para a UE, sem deixar para trás as metas climáticas e a inclusão social. Mas para o antigo governante italiano não há margens para dúvidas: a UE peca por uma falta de inovação, está a ser penalizada um aumento dos preços da energia, uma escassez de competências, e não faz o suficiente para acelerar a digitalização e reforçar as capacidades de defesa comuns da Europa.

A União Europeia está a enfrentar uma perda rápida e súbita de competitividade“, afirmou Mario Draghi perante os líderes europeus, na quarta-feira passada, de acordo com a agência de notícias DPA.

Mario Draghi apresenta as linhas gerais do relatório para a competitividade na UEPresidência Húngara do Conselho da União Europeia

Mais financiamento para a defesa

Um dos primeiros aspetos será a nível da defesa. Com o escalar da guerra na Ucrânia e o alargamento da NATO em cima da mesa, a UE terá de priorizar este setor que durante décadas ficou esquecido. A presidente do executivo comunitário partilha da mesma opinião e, por isso, a próxima Comissão terá um responsável encarregue de gerir exclusivamente esta pasta. Mas é preciso mais.

Para Mario Draghi, o setor deve ter pleno acesso a fundos europeus — a UE gasta cerca de um terço do que os EUA gastam em defesa — e as fusões de empresas não devem ser desconsideradas por forma a impulsionar a produção de armas. Atualmente, o setor depende em 80% dos fornecedores internacionais para suprir as suas necessidades, e perante um cenário de agravamento das tensões geopolíticas é expectável que esse valor aumente.

“A base industrial de defesa da UE está a enfrentar desafios estruturais em termos de capacidade, know-how e vantagem tecnológica. Consequentemente, a UE não está a acompanhar o ritmo dos seus concorrentes mundiais”, cita o Politico uma das conclusões do ex-primeiro-ministro italiano.

Assim, as recomendações incluem a introdução de um “princípio de preferência europeia” para incentivar as soluções de defesa europeias em detrimento dos concorrentes; a definição de um modelo de governação entre a Comissão, o Serviço Europeu para a Ação Externa e a Agência Europeia de Defesa; e, finalmente, a criação de uma “Autoridade da Indústria da Defesa” que ficará encarregue de fazer aquisições em nome dos países da UE. Esta autoridade seria diretamente gerida pela Comissão Europeia e copresidida pela Agência Europeia de Defesa.

Mais digitalização, cooperação e menos custos energéticos

A falta de inovação e uma transição digital “lenta” serão outros dois aspetos abordados por Mario Draghi. Num discurso proferido em abril, o antigo líder do BCE era perentório: “Falta-nos uma estratégia que nos permita manter o ritmo numa corrida cada vez mais acirrada pela liderança no domínio das novas tecnologias. Atualmente, investimos menos em tecnologias digitais e avançadas do que os EUA e a China, incluindo na defesa, e só temos quatro empresas europeias de tecnologia global entre as 50 maiores do mundo”, alertou.

Um maior avanço tecnológico será também fundamental para diminuir os custos energéticos que, nos últimos anos, tem subido de forma acentuada. Aos olhos de Draghi, uma maior cooperação entre os Estados-membros e um reforço no investimento nas redes de energia e, nomeadamente, interconexões permitiram colmatar o aumento dos preços, aumentando por sua vez a “resiliência europeia face a crises futuras”.

Para além da transição ecológica e digital, a Europa enfrenta também uma terceira transição: as alterações demográficas.

Em junho, o ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta, autor de um relatório sobre o mercado único encomendado pelo Conselho Europeu, salientou que perante as mudanças demográficas e económicas globais, a UE será confrontada com um “declínio” e um “envelhecimento da população” acentuado. Este alerta foi ecoado por Draghi que deverá alertar também no seu relatório para a necessidade de o bloco europeu apostar na qualificação da geração futura. Isto, considerando também os níveis altos de imigração para o bloco e a importância de aproveitar e adequar as competências destas pessoas.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 9 Setembro 2024

INE atualiza evolução das exportações até julho. Draghi apresenta relatório sobre a competitividade na UE. Estas e outras coisas vão marcar o dia.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados das exportações e importações nacionais até julho e ainda o volume de negócios na indústria. É o dia de Mario Draghi apresentar o aguardado relatório sobre a competitividade da União Europeia. Estas e outras coisas vão marcar esta segunda-feira.

Como evoluíram as vendas ao exterior?

Em junho o comércio de Portugal com o exterior arrefeceu perante uma queda das exportações e das importações, seguindo a tendência do mês anterior. O INE atualiza os dados relativos a julho. E também divulga o índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria.

Draghi apresenta relatório sobre competitividade na UE

O antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do BCE apresenta o relatório sobre a competitividade da economia da União Europeia, encomendado pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.

PRR fecha prazo de candidaturas para projetos de armazenar energia

O Ministério do Ambiente e Energia anunciou a abertura de um aviso do Fundo Ambiental para apoiar em 99,75 milhões de euros novos projetos de armazenamento de energia em Portugal, com verbas provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O prazo para apresentar candidaturas termina agora.

Fim de greve na CP

Termina a greve a partir da sexta hora de serviço e ao trabalho extraordinário de trabalhadores da CP que foi convocada pelo Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários.

Inflação na China centra atenções dos investidores

Na semana que será marcada pela reunião do BCE, a agenda dos investidores será dominada hoje pelos dados da inflação na China para agosto, depois de um aumento acima do esperado em julho.

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OPPO renova a parceria com a UEFA para as próximas três épocas desportivas

  • Servimedia
  • 9 Setembro 2024

Vai patrocinar competições como a Liga dos Campeões e a Supertaça Europeia, entre outras.

Como a empresa explicou num comunicado, o objetivo do acordo é “continuar a aproximar a tecnologia dos adeptos de futebol através dos seus dispositivos inteligentes”. Além disso, irá oferecer “uma série de experiências visuais” em parceria com a UEFA.

O anúncio da renovação do patrocínio da OPPO à UEFA foi apresentado num evento realizado pelas duas organizações na Real Fábrica de Tapices, em Madrid.

O evento contou com a presença de Iker Casillas, embaixador da marca tecnológica, que demonstrou o desempenho da Inteligência Artificial (IA) da recém-lançada série de smartphones OPPO Reno12.

Durante a apresentação, o presidente de marketing, vendas e serviços da OPPO, Billy Zhang, afirmou: “A empresa espera reforçar ainda mais a sua parceria com a UEFA, ligando os adeptos ao futebol através das inovações da OPPO nas tecnologias de imagem e IA.

O porta-voz da OPPO também confirmou que a empresa irá dedicar “mais recursos para ajudar os jovens e a comunidade futebolística global”.

APOIAR OS JOVENS FUTEBOLISTAS

Para tal, a OPPO levará a cabo uma série de programas de desenvolvimento do futebol juvenil em todo o mundo, incluindo em países como Espanha, México, Egito e China.

O objetivo destas iniciativas é apoiar os jovens futebolistas e fornecer recursos aos clubes de futebol.

A notícia da renovação do patrocínio foi anunciada aquando do lançamento dos novos smartphones da série OPPO Reno12, o OPPO Reno12 F e o OPPO Reno12 FS, nas versões 4G e 5G.

Estes dispositivos “já estão disponíveis no mercado espanhol” e têm “recursos avançados de IA na secção fotográfica e ferramentas de IA para melhorar a produtividade do utilizador”, disse a empresa.

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Revolut acaba com contas grátis para empresas e preços sobem até 58%

O banco digital vai passar a cobrar dez euros por mês às empresas com contas grátis. Os restantes planos empresariais vão sofrer aumentos de preços que variam entre 14% e 58%, aproximadamente.

A Revolut vai deixar de oferecer um plano gratuito aos clientes empresariais, enquanto os planos pagos ficarão significativamente mais caros a partir do dia 21 de outubro, com aumentos que podem chegar aos 58%, confirmou ao ECO fonte oficial do banco digital. É a primeira vez que a Revolut altera os preços cobrados às empresas, justificando que a atualização reflete a melhoria do serviço e o aumento das funcionalidades disponibilizadas.

Até aqui, as empresas podiam abrir uma conta sem custos, optando por um plano “Básico” que incluía apenas cinco transferências nacionais sem comissões. Mas a fintech britânica está a notificar estes clientes de que passará a cobrar uma mensalidade de dez euros, segundo um desses emails a que o ECO teve acesso.

A nova mensalidade do plano “Básico” tem associada a duplicação do número máximo de transferências nacionais gratuitas que as empresas com este tipo de contas podem fazer: passam de cinco para dez, uma melhoria face ao plano atual. A nova comissão será debitada “automaticamente” das contas empresariais no final de cada ciclo de faturação.

Os restantes clientes empresariais que já têm planos pagos vão passar a pagar bastante mais pelo serviço, calculou o ECO com base em informação facultada pela empresa. O aumento mínimo é de quase 14% e o aumento máximo de cerca de 58%.

No caso dos clientes empresariais com o plano intermédio (“Grow”), a mensalidade vai passar de 25 para 35 euros, um agravamento de 40%. A Revolut faz um desconto se o pagamento for anual: nesse caso, a anuidade vai passar de 228 para 360 euros, um agravamento de 57,9%.

Quanto aos clientes com o plano mais caro (“Scale”), a mensalidade passará de 100 para 125 euros (+25%) e a anuidade, que também tem um desconto face ao pagamento mensal, aumentará de 948 para 1.080 euros (+13,9%), conforme os dados compilados pelo ECO na seguinte tabela:

Novos preços da Revolut Business:

Fonte: Cálculos do ECO com base em informação remetida pela Revolut

O ECO contactou fonte oficial da Revolut no final do mês passado para apurar se estavam previstas alterações ao preçário do banco em Portugal, depois de os clientes com contas pessoais terem recebido um email de “atualização dos termos e condições”. Numa primeira resposta, fonte oficial do banco digital disse que “apenas foram mudadas palavras e frases para melhor compreensão”, sem aludir a qualquer alteração nos preços.

Entretanto, já neste mês de setembro, o ECO apurou que já estavam em curso, pelo menos desde meados de agosto, as referidas alterações ao preçário do serviço empresarial. Confrontada com estas informações, fonte oficial acabou por confirmar um “aumento incremental de preços” a partir de 21 de outubro, só para as empresas.

“A Revolut Business está sempre a evoluir de acordo com as necessidades dos nossos clientes empresariais para garantir que estamos a oferecer o melhor produto e a melhor experiência ao melhor preço. Os nossos clientes empresariais têm acesso a um conjunto mais alargado de serviços, incluindo taxas de câmbio interbancárias, funcionalidades de gestão de despesas, análises sofisticadas e mais integrações e opções de transferência do que nunca”, reagiu a Revolut, salientando que o aumento de preços em outubro reflete “esta evolução”.

No aviso aos clientes empresariais, a que o ECO teve acesso, a Revolut lembra também que em 2023 já tinha melhorado as condições às empresas com contas gratuitas, elevando o plafond de conversões cambiais de zero para 1.000 euros.

Com os aumentos de preços em outubro, as contas “Grow” e “Scale” receberão melhorias do mesmo género. Nas primeiras, o limite de conversões cambiais vai subir de 10.000 para 15.000 euros. Os planos mais caros terão uma melhoria deste limite dos atuais 50.000 para 60.000 euros.

“Atualizar a nossa política de preços permite-nos expandir a nossa gama de produtos e ferramentas, aumentando ainda mais o nosso investimento num apoio ao cliente 24/7 e melhorando os benefícios a que já tem direito”, explicou a Revolut na nota que enviou aos clientes empresariais.

A Revolut oferecia planos grátis às empresas desde 2017 e nunca tinha atualizado os preços corporativos desde então.

Os nossos clientes empresariais têm acesso a um conjunto mais alargado de serviços, incluindo taxas de câmbio interbancárias, funcionalidades de gestão de despesas, análises sofisticadas e mais integrações e opções de transferência do que nunca.

Revolut

Transações por empresas em Portugal perto dos 300 milhões de euros por mês

No mercado português, a Revolut tem quase 1,3 milhões de clientes particulares, mas não revela dados sobre a quantidade de clientes empresariais. No entanto, este mês, anunciou num comunicado que o volume de transações processadas pela Revolut Business em Portugal chegou aos 296 milhões de euros mensais.

Na mesma nota, a fintech britânica assume estar a “reforçar o foco no segmento empresarial”, tendo atingido “receitas anualizadas globais” neste segmento da ordem dos 450 milhões de euros. O banco oferece serviços empresariais em 40 países, tendo acabado de se lançar em Singapura.

A Revolut lançou também um novo serviço para as empresas, designado Revolut BillPay, que permite a integração com “os principais softwares de contabilidade”.

“A Revolut BillPay foi criada para economizar tempo na gestão e pagamento de contas a fornecedores em mais de 150 destinos com apenas alguns cliques. As empresas podem reduzir o esforço manual, beneficiar de controlos de gastos e regras de aprovação, e obter uma visão completa das suas operações, libertando tempo para o crescimento dos negócios”, indicou a empresa num comunicado.

Citado no mesmo, James Gibson, diretor da Revolut Business, mostra-se satisfeito com o desempenho do negócio da fintech. “Com base na nossa experiência a servir milhões de clientes de retalho, a Revolut Business está a crescer rapidamente. No último ano, demos grandes passos na nossa missão de sermos o sistema número um de automação financeira para empresas e recentemente trouxemos o produto para Singapura. Com o apoio de um número significativo e crescente de clientes, estamos a investir fortemente no B2B e prontos para revolucionar a banca para ainda mais empresas em todo o mundo”, refere o responsável.

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Banco de Fomento sem operações contratadas nas linhas InvestEU

Já estão aprovadas 345 operações no âmbito das linhas InvestEU, mas ainda não está nenhuma contratada. Alguns bancos já concederam empréstimos na expectativa de que venham a ser garantidos.

Já estão aprovadas 345 operações no âmbito das linhas InvestEU lançadas pelo Banco Português de Fomento a 5 de julho, revelou fonte oficial do Banco de Fomento, mas ainda não está nenhuma contratada, confirmou o ECO junto de várias fontes. O banco está a pedir para que as letras sejam transformadas em livranças, manualmente. O objetivo é acelerar o processo de contratação das operações.

“Desde o lançamento (nestas semanas de férias para bancos, sociedades de garantia mútua e empresas) foram aprovadas 345 operações por parte das Sociedades de Garantia Mútua”, revelou fonte oficial da instituição liderada por Ana Carvalho ao ECO. “Há mais de 600 operações que, após analisadas pelas sociedades, estão a ser documentalmente completadas pelos bancos comerciais junto das empresas, sendo, portanto, previsível que nas próximas semanas o número de aprovações tenha evoluções relevantes”, acrescentou a mesma fonte. No entanto, não estão ainda contratadas quaisquer operações, confirmou o ECO junto de várias fontes. Ainda assim, alguns bancos já concederam os empréstimos na expectativa de que venham a ser garantidos.

Estas linhas destinas a PME e Small Mid-Caps apoiam operações que visem o investimento sustentável, com uma dotação de 1,28 mil milhões de euros; o investimento com uma dotação de 640 milhões de euros e o fundo de maneio com uma dotação idêntica de 640 milhões. Em cada uma destas gavetas as empresas podem obter um financiamento máximo, respetivo, de 8,25 milhões, cinco milhões e dois milhões de euros.

Há ainda uma linha de garantia de 284 milhões para a apoiar o investimento na mobilidade urbana sustentável. O montante máximo de financiamento por empresa nesta linha é de até dez milhões de euros. E o prazo global de financiamento varia entre 12 e 240 meses, com um período de carência de até 60 meses.

Finalmente, a quarta linha de garantia tem uma dotação de 711 milhões para apoiar investimentos em investigação, inovação e digitalização. “As operações elegíveis incluem infraestruturas de investigação, projetos empresariais, projetos e programas de demonstração, implantação de infraestruturas, tecnologias e processos conexos, projetos de colaboração entre o meio académico e a indústria, transferência de conhecimento e tecnologias, e desenvolvimento de novos produtos de saúde eficazes, incluindo produtos farmacêuticos, dispositivos médicos e medicamentos de terapia avançada”, explica o site do BPF. Neste caso, o montante máximo de financiamento por empresa é de dez milhões de euros. O prazo global de financiamento varia entre 12 e 180 meses, com um período de carência máximo de 48 meses.

Fundo de Contragarantia passou a exigir um título executivo

Estas linhas contam com uma garantia mútua – à semelhança do que já acontecia com as linhas de crédito, no passado, (como as linhas Covid) — que varia entre 50% e 75%, e com uma contragarantida de 75% ou 80% do Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM), gerido pelo Banco Português de Fomento. Mas agora, o Fundo de Contragarantia Mútuo passou a exigir um título executivo. No mercado isto é percepcionado como mais um patamar de burocracia, já que são solicitados às empresas mais de 30 documentos. “O equivalente a uma resma de papel”, desabafou uma fonte ao ECO. “As empresas reclamam, os bancos desesperam, há dificuldades em formalizar os financiamentos associadas à ausência das peças contratuais que dificultam o processo”, conta outra fonte.

O Banco de Fomento justifica esta alteração com a necessidade de “robustecer o processo de recuperação de crédito em caso de incumprimentos”. Quando uma empresa entra em incumprimento, em operações de crédito bancário garantidas pelo sistema de garantia mútua, o banco aciona a garantia mútua; a sociedade de garantia mútua (SGM) paga o valor devido ao banco; a SGM, contragarantida pelo Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM), aciona este mesmo funo e a SGM é reembolsada pelo Fundo na proporção da garantia recebida pelo FCGM. Assim, quando são acionadas as garantias, a sociedade de garantia mútua e FCGM tornam-se também credores da empresa, por isso, “o credor deve figurar no título executivo para que tenha legitimidade para interpor a ação executiva”, explicou ao ECO fonte oficial do BPF.

“Assim, em operações garantidas por Garantia Mútua aprovadas com subscrição de livranças, estas devem ser subscritas em benefício dos credores (banco) e potenciais credores (SGM e o FCGM)”, acrescenta a mesma fonte. “Pelo exposto, este procedimento foi introduzido para robustecer o processo de recuperação de crédito em caso de incumprimentos”, concluiu a mesma fonte.

Rasurar títulos à mão

Nestas novas linhas, que finalmente permitiram que o Banco de Fomento assumisse o seu papel de parceiro nacional do programa europeu InvestEU, a instituição liderada por Ana Carvalho está a pedir que seja rasurado à mão a expressão “letra” por “livrança”. Face à ausência de livranças no Fundo de Contragarantia Mútuo, o Banco de Fomento sugeriu a transformação manual (com rasuras nos títulos) de letras por livranças”, contou ao ECO uma fonte.

O BPF confirma que foram transmitidas instruções de transformação de letras em livranças e justifica a opção com a necessidade de proceder à “contratação célere” das operações aprovadas. “Temporariamente, para permitir uma contratação célere das mais de três centenas de operações aprovadas, essa prática foi adotada”, confirmou a mesma fonte oficial. “Será em breve substituída pela utilização de livranças”, acrescentou a mesma fonte.

O banco garante que a “prática de transformação de letras em livranças é juridicamente válida”, e cita um Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa de 2009 e uma jurisprudência de 1998.

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Construção da Barragem do Pisão vai ser adjudicada nos próximos dias

Declarações de Impacte Ambiental foram proferidas. Comunidade Intermunicipal prepara-se, na primeira quinzena de setembro, para adjudicar o contrato de construção das infraestruturas primárias.

A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIAA) vai adjudicar, na primeira quinzena de setembro, o contrato de construção das infraestruturas primárias da Barragem do Pisão, revelou o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR. No ECO dos Fundos, o podcast quinzenal do ECO, Pedro Dominguinhos explicou que o passo em frente foi possível depois de serem ultrapassadas as questões ambientais.

No caso da Barragem do Pisão, todas as declarações de Impacte Ambiental foram proferidas e a Comunidade Intermunicipal prepara-se muito em breve, na primeira quinzena de setembro, para adjudicar o contrato de construção das infraestruturas primárias”, disse Dominguinhos.

Havia oito candidatos à construção da barragem, como avançou o Público em maio, mas nem todos passaram à fase de avaliação de candidaturas porque não apresentaram propostas dentro do limite do preço-base do concurso (71,7 milhões de euros).

“Isso significa que depois terá de submeter ao Tribunal de Contas para a sua concretização”, precisou Dominguinhos. “A expectativa é que, estando o procedimento administrativo todo correto, as obras se possam iniciar até final do ano de 2024, princípio de 25. Significa um avanço muito importante”, acrescenta.

Este prazo poderá ser encurtado se este contrato já puder beneficiar das alterações introduzidas ao nível da fiscalização dos projetos do PRR, por parte do Tribunal de Contas. Em Conselho de Ministros, a semana passada foi decidido criar um regime especial de fiscalização preventiva, que permitirá que os projetos financiados ou cofinanciados no âmbito do PRR avancem, não tendo de aguardar decisão pelo Tribunal de Contas no âmbito da sua competência de fiscalização prévia. Esta fiscalização passará a ser feita em simultâneo com a execução do projeto.

“Se, no decurso da análise do Tribunal de Contas, forem detetadas deficiências de instrução do processo, poderão ser corrigidas de seguida, enquanto a obra decorre. Se forem detetadas irregularidades graves (ausência de concurso ou inexistência de rubrica orçamental para pagar a obra), o Tribunal de Contas pode imediatamente mandar parar os trabalhos”, disse ao ECO o ministro da Coesão, Manuel Castro Almeida.

O Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato, que vai implicar submergir a aldeia do Pisão, envolve um investimento total superior a 200 milhões de euros, dos quais mais de 141 milhões financiados pelo PRR, uma revisão em alta decorrente da reprogramação do PRR. O projeto inclui ainda a construção de uma central fotovoltaica flutuante, de 150 megawatts (MW), cujo investimento, no valor de cerca de 51 milhões de euros, não está inscrito no PRR.

Entre outras componentes, o projeto contempla, além da barragem e da central fotovoltaica, uma central mini-hídrica e canais para regadio agrícola e sistema de abastecimento público de água. A barragem vai permitir regar cerca de 5.500 hectares e, segundo o cronograma submetido pela CIMAA à Comissão Europeia, as obras de construção deverão estar terminadas no final de 2026.

A albufeira, uma reivindicação histórica da região, vai surgir numa área de 10.000 hectares e vai garantir o abastecimento às populações dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel, num total de cerca de 55 mil pessoas.

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Paynest levanta mais um milhão e avança para Espanha

Portugal é o principal mercado da solução de pagamento flexível de salários e gestão de despesas, mas até final do ano Espanha, França e Grécia deverão representar mais de 50% da faturação.

 

Nuno Pereira, cofundador e CEO da Paynest

Depois de fechar no final do ano passado uma ronda de dois milhões de euros, a Paynest estendeu a ronda e captou mais um milhão para dar músculo à expansão internacional da startup que desenvolveu uma solução de pagamento flexível de salários, literacia financeira e gestão de despesas. Espanha junta-se agora à França e Grécia.

“Em dezembro de 2023, levantámos dois milhões de euros numa ronda seed com o objetivo de reforçar a equipa, desenvolver o nosso produto, consolidar a nossa presença em Portugal e expandir, de forma estruturada, para outros países europeus, com um grande foco no mercado francês, onde já tínhamos presença. Desde então, reforçámos a nossa equipa de vendas, desenvolvemos dois novos produtos – o gestor de despesas e o cashback instantâneo – e expandimos o produto original – além do adiantamento de salário, é agora possível adiantar subsídios – que já estão disponíveis, lançámos uma nova e melhorada versão da aplicação da Paynest e, brevemente, iremos fazê-lo com a plataforma que disponibilizamos aos empregadores“, descreve Nuno Pereira, cofundador e CEO da Paynest, ao ECO.

“Verificámos também que existiam mais oportunidades noutros mercados europeus, nomeadamente, em Espanha, que exigiria uma equipa e estrutura fortes e, consequentemente, mais financiamento. Os investidores que lideraram a ronda em dezembro, a BlueCrow Capital e a Lince Capital, viram também esta oportunidade e apoiaram-nos, desde logo, nesta decisão, coliderando agora esta extensão de 1 milhão de euros”, refere ainda o CEO.

Com esta nova injeção de capital eleva-se para 3,5 milhões de euros o investimento levantado no mercado em menos de dois anos de operação.

Em Espanha, a startup já tem escritório em Barcelona “com sete pessoas para cobrir os dois mercados”. País que se junta a França. E com o objetivo de reforçar a operação em Portugal e nos mercados internacionais a startup reforçou a equipa.

Gonçalo Parreira – com um percurso no BNP Paribas, Mercer, WTW, MDS Group e, mais recentemente, na Lovys como vice-presidente para parcerias – vai liderar a equipas de vendas em Portugal; já Barthélémy Monigard e Raúl Castro assumem a liderança em França e Espanha, respetivamente. Monigard fez parte da equipa fundadora de um marketplace de viagens, adquirido pela Accor, e, em 2021, foi responsável pelo lançamento em Espanha do unicórnio francês Ankorstore, como country manager. Já Castro, oriundo de Barcelona, transita da Pleo, startup da área de gestão de despesas empresariais.

Verificámos também que existiam mais oportunidades noutros mercados europeus, nomeadamente, em Espanha, que exigiria uma equipa e estrutura fortes e, consequentemente, mais financiamento. Os investidores que lideraram a ronda em dezembro, a BlueCrow Capital e a Lince Capital, viram também esta oportunidade e apoiaram-nos, desde logo, nesta decisão, coliderando agora esta extensão de 1 milhão de euros.

Estes não foram os únicos reforços da equipa. Com a ronda no final do ano passado já havia a meta de aumentar o número de colaboradores — na época 12 pessoas — para até 30 pessoas até ao final de 2024 e, crescer até final do próximo ano para um headcount entre 30-40. “Na verdade, o crescimento está a superar as nossas expectativas iniciais. Atualmente, contamos com 21 pessoas, um aumento muito impulsionado por vendas — sendo que contratámos três pessoas para liderar esta área nos mercados português, francês e espanhol, e completámos as suas respetivas equipas. A nossa previsão é que cheguemos ao final do ano com cerca de 25-30 pessoas“, aponta o CEO.

Neste momento, “estamos com vagas abertas para as áreas de vendas, customer success e marketing para Portugal, Espanha e França”, detalha.

O modelo de trabalho é híbrido, até porque têm a equipa distribuída por diferentes zonas de Portugal e da Europa. No entanto, “valorizamos muito a presença no escritório pela componente cultural e de trabalho em equipa. Vemos que, enquanto equipas de desenvolvimento estão naturalmente mais habituadas a trabalhar remotamente, as equipas de marketing, vendas e customer success trabalham melhor em equipa se partilharem espaço físico”, ressalva. “Achamos muito importante reunir toda a equipa regularmente, pois cada pessoa acaba por trabalhar com outras que estão em diferentes regiões e faz diferença conhecê-las pessoalmente e trabalhar com elas no mesmo espaço, mesmo que seja por um período curto. Por isso, todos os trimestres realizamos um offsite”, reforça o cofundador.

Foco internacional: Espanha e França

Em dezembro, Nuno Pereira admitia, dado o tipo de solução oferecido pela Paynest, que a startup poderia, no futuro, avançar para a região LatAm, para os EUA ou Médio Oriente, mas, por agora, foco está em ganhar espaço na Europa.

“Ao sermos uma plataforma tecnológica e não concedermos empréstimos ou créditos, estamos prontos para oferecer a nossa solução integrada em qualquer mercado. Os nossos clientes não têm barreiras e nós também não – queremos que uma multinacional possa disponibilizar a Paynest aos seus colaboradores de diferentes países. Há soluções que carecem de muitas mais adaptações de mercado, como seguros ou benefícios flexíveis; a nossa solução é o oposto – é country agnostic“, diz o responsável.

“O nosso primeiro objetivo é a expansão europeia, com especial foco em França e Espanha, onde já temos equipas e já estão a ser feitos esforços de vendas. Após a consolidação nestes mercados que, apesar de próximos, são muito distintos, poderemos então pensar num crescimento para outros continentes”, garante o cofundador.

Fundada em novembro de 2022, a Paynest conta, atualmente, com “mais de 50 clientes que representam um universo de 30 mil clientes”. “Apoiamos empresas de diversos setores, desde a indústria à limpeza, consultores e advogados. Face ao ano passado, que foi o primeiro ano de atividade, crescemos acima de 300%, o que é muito positivo”, destaca Nuno Pereira.

O nosso primeiro objetivo é a expansão europeia, com especial foco em França e Espanha, onde já temos equipas e já estão a ser feitos esforços de vendas. Após a consolidação nestes mercados que, apesar de próximos, são muito distintos, poderemos então pensar num crescimento para outros continentes.

Portugal ainda é o principal mercado da startup. “É ainda o mais representativo e o nosso principal foco”, diz Nuno Pereira. “Com o lançamento dos novos produtos, conseguimos alargar a nossa abrangência e chegar a diferentes perfis de empresas. Com a entrada em Espanha e França, mercados maiores e onde a solução de adiantamento salarial já é mais reconhecida, esperamos mais solicitações destes”, aponta, quando questionado sobre os serviços mais procurados.

E com a evolução da expansão internacional, Nuno Pereira acredita outros mercados “irão representar mais de metade da faturação até ao final do próximo ano.”

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Há quatro mestrados portugueses nos melhores do mundo em Gestão. Nova SBE estreia-se no “top 10”

Nova SBE continua a ser a escola portuguesa mais destaca no ranking do "Financial Times", estreando-se esta ano no "top" dez mundial. Universidade do Porto entra na tabela, pela primeira vez.

quatro mestrados portugueses entre os melhores do mundo em Gestão. Na edição deste ano do ranking “Masters in Management” do Financial Times, a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) sobe sete posições e estreia-se no “top 10”. Na tabela dos 100 melhores mestrados do mundo aparecem também a Católica Lisbon School of Business and Economics (27.º lugar), a ISCTE Business School (60.ª posição) e, ao contrário do ano passado, também a Universidade do Porto (70.º lugar).

Neste ranking, o britânico Financial Times avalia os 100 melhores mestrados do mundo em Gestão com base em 18 indicadores em três dimensões principais: progressão na carreira dos graduados, diversidade da escola e experiência internacional.

Na edição do ano passado, a Nova SBE tinha ficado em 15.º lugar, mantendo a posição registada em 2022. Mas este ano conseguiu uma melhoria de sete posições, chegando ao 8.º lugar.

“A Nova SBE alcança uma nova conquista no panorama da educação superior internacional ao figurar, pela primeira vez, no grupo dos dez melhores mestrados em Gestão do mundo”, assinala em comunicado a escola liderada por Pedro Oliveira.

Para este resultado, contribuiu, particularmente, o desempenho nos “indicadores internacionais de mobilidade e experiência académica, assim como no critério de pegada de carbono (que avalia as emissões de carbono da escola nos últimos três anos)”, explica a Nova SBE.

“Estes indicadores não só reforçam a relevância e impacto do programa de formação da Nova SBE, como também sublinham o compromisso da escola em formar líderes globais comprometidos com a sustentabilidade e a excelência”, acrescenta a escola.

Com esta prestação no “Masters in Management”, a Nova SBE torna-se, de resto, a primeira escola de negócios portuguesa a ter ambos os mestrados de Finanças e Gestão no “top 10” mundial.

Católica, ISCTE e Porto também figuram no “top 100” mundial

A segunda escola portuguesa mais bem classificada no ranking do Financial Times dos mestrados em Gestão é a Católica Lisbon School of Business & Economics. Em 2023, tinha estado no lugar 26.º, depois de uma melhoria de dois lugares. Mas, nesta edição, desce para a 27.ª posição.

“A Católica Lisbon é avaliada neste ranking do Financial Times há 14 anos e mantém consistentemente uma elevada classificação entre os 100 melhores mestrados em Gestão de todo o mundo, estando este ano na 27.ª melhor posição mundial”, salienta a escola.

Na visão da Católica, este seu desempenho reflete o sucesso do mestrado em causa “como plataforma de lançamento para extraordinárias carreiras internacionais dos seus graduados”.

“Entre os vários critérios que contribuem para estes excelentes resultados, como a taxa de empregabilidade de 97% nos três meses após a conclusão do mestrado, é de destacar também a elevada proporção de professores (38%) e alunos (93%) internacionais, bem como paridade de género nos alunos e professores“, destaca ainda a faculdade.

Mais abaixo na tabela, aparece a ISCTE Business School, que passa do lugar 62 para a posição 60. Ou seja, conseguiu subir duas posições na tabela preparada pelo Financial Times. Isto depois de ter melhorado 12 posições entre 2022 e 2023.

“[Esta evolução no ranking é] reflexo do esforço contínuo na melhoria da qualidade do nosso programa”, afirma Maria João Cortinhal, dean da escola em causa. “O aumento expressivo do número de estudantes internacionais demonstra o reconhecimento crescente do nosso mestrado a nível global”, acrescenta a diretora, que adianta também que esta escola “trabalha constantemente para garantir que o seu currículo é relevante no contexto internacional, abordando temas globais essenciais para a formação de líderes do futuro”.

Já em 70.º lugar figura a Universidade do Porto (Faculdade de Economia e Porto Business School). Nas últimas edições, este mestrado em Gestão não estava entre os 100 melhores do mundo, mas agora conseguiu figurar nesse grupo.

“A subida para a 70.ª posição no ranking é um reflexo positivo das nossas estratégias de ensino e internacionalização. Este reconhecimento reforça o nosso compromisso com a excelência e a preparação dos estudantes para um mercado global e incentiva-nos a melhorar,” sublinha Luísa Pinto, diretora do mestrado agora distinguido.

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Governo descongela taxa de carbono e trava descida dos preços dos combustíveis

Pela segunda vez desde 23 de agosto, o Governo trava uma descida mais pronunciada do preço dos combustíveis com um novo descongelamento da atualização da taxa de carbono.

Afinal, o preço dos combustíveis vai descer menos do que estava previsto. Pela segunda vez no espaço de semanas, o Governo decidiu descongelar, outra vez parcialmente, a taxa de carbono aplicada aos combustíveis rodoviários, para “retomar o objetivo de promoção de uma fiscalidade verde e descarbonização da energia”. Assim, o gasóleo vai ter um agravamento no preço final de um cêntimo e meio (0,015 cêntimos) e a gasolina ligeiramente inferior a um cêntimo e meio (0,0138 cêntimos) face à descida de preço antecipada.

Como o ECO revelou na sexta-feira, a gasolina deveria baixar quatro cêntimos e o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deveria descer dois cêntimos, o que levaria os preços para os valores mais baixos desde julho e dezembro de 2023, respetivamente gasóleo e gasolina. Com esta decisão, revelada em portaria publicada neste domingo ao final do dia, a redução de preços nos postos de combustível será menos pronunciada. “A presente portaria procede ao descongelamento gradual da atualização da taxa do adicionamento sobre as emissões de CO (índice 2), mantendo-se uma suspensão parcial da sua atualização“, nota o Ministério das Finanças.

Assim, “a taxa do adicionamento sobre as emissões de CO (índice 2) é de 74,429 euros/tonelada de CO (índice 2)“, que compara com a taxa de 83,524 euros que seria aplicável em 2024 caso não existisse qualquer congelamento. Como o Governo nota nesta portaria, o Governo de António Costa fez um primeiro congelamento desta taxa em 2021, para atenuar o aumento do preço dos combustíveis, a que se seguiram outras decisões idênticas nos meses seguintes. Depois, iniciou o descongelamento desta taxa em maio de 2023. “Em maio de 2023, considerando a evolução do preço dos combustíveis e a evolução do preço resultante dos leilões de licenças de emissão de gases de efeitos de estufa, no quadro de avaliação das medidas aprovadas, o Governo iniciou o descongelamento gradual da atualização do adicionamento sobre as emissões de CO (índice 2). Mas voltou aos congelamentos logo a seguir, em agosto.

Já este ano, no passado mês de agosto, Joaquim Miranda Sarmento decidiu iniciar um processo de atualização gradual da taxa de carbono, aproveitando uma semana em que os preços teriam uma redução da ordem dos três a quatro cêntimos. E segue agora a mesma estratégia. “Para além de retomar o objetivo de promoção de uma fiscalidade verde e descarbonização da energia, este descongelamento gradual da atualização do adicionamento sobre as emissões de CO(índice 2) concilia a proteção do ambiente com as necessidades de apoio às famílias e às empresas no domínio energético“.

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