Livre avisa PS que vota contra OE2022 se não viabilizar propostas

Rui Tavares espera sinais do Governo PS sobre as negociações do OE2022. Para manter a abstenção, o PS terá de viabilizar algumas propostas na especialidade.

O Livre, que se absteve na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), avisou esta segunda-feira o Partido Socialista que votará contra na votação final global se nenhuma das suas propostas for viabilizada na fase de especialidade. O partido que elegeu Rui Tavares entregou 17 propostas de alteração ao Orçamento até ao momento.

Se não passar nenhuma [proposta do Livre na especialidade do OE2022], teremos de votar contra“, disse o deputado à saída de uma audiência com o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa recebe esta segunda-feira os partidos com assento parlamentar para os ouvir sobre o processo orçamental. Durante seis anos as negociações com os partidos eram cruciais, mas deixaram de o ser quando o PS conquistou a maioria absoluta (120 deputados) nas eleições de janeiro.

O aviso de Rui Tavares sobre o voto contra não ameaça o chumbo do Orçamento, mas poderá colocar em em causa o espírito de diálogo e abertura que os socialistas prometeram antes e depois das eleições antecipadas para afastar a preocupação sobre eventuais abusos de uma maioria absoluta do PS. Tal como o Livre, também o PAN, o outro partido que se absteve, tem a expectativa de ver propostas viabilizadas na especialidade.

A prioridade do Livre é a redução da fatura da eletricidade para dar “conforto e dignidade às famílias portuguesas”. Tavares reconhece que “há vontade de dialogar mais” por parte dos outros partidos e do PS sobre este tema. “Mas para lá dessa abertura para dialogar ainda não tivemos mais nada. Não tivemos reuniões técnicas, o tipo de profundidade da discussão e detalhes da proposta“, alertou o deputado.

Rui Tavares revelou também que houve “demonstrações de interesse” por parte do Governo sobre a proposta do Livre para o subsídio de desemprego — em que um membro do casal pode aceder “durante alguns meses” ao subsídio caso o outro elemento aceite um emprego no interior — e para o projeto-piloto da semana de trabalho de 4 dias. “Em relação a nenhuma destas propostas houve, para já, avanços“, realçou.

O deputado revelou que o partido ainda vai divulgar “algumas dezenas de propostas” e fez depender o sentido de voto na votação final global do que acontecer na fase de especialidade. “A sensação que temos é que da parte do grupo parlamentar do PS esperam este avanço nas negociações com o Governo que, até agora, ainda não se verificou. Se for por razões logísticas, nós compreendemos. Se for por razões políticas, preferimos que nos digam claramente se há disponibilidade ou não para avançar“, clarificou Tavares.

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IFLR: Morais Leitão distinguida como “Portugal Law Firm of the Year”

A Morais Leitão foi destacada como “Portugal Law Firm of the Year” pelo IFLR. Concorria com a VdA, a PLMJ e a Uría Menéndez-Proença de Carvalho.

A sociedade de advogados Morais Leitão foi destacada como “Portugal Law Firm of the Year” pelo diretório britânico IFLR (International Financial Law Review) nos seus prémios europeus. Concorria com a VdA, a PLMJ e a Uría Menéndez-Proença de Carvalho. Margarida Torres Gama, advogada sénior, foi também galardoada com o prémio de “Rising Star of the Year”.

A cerimónia, que decorreu ontem em Londres, celebra a inovação na advocacia de negócios, incidindo especialmente nas áreas de corporate/M&A, mercado de capitais, bancário e financeiro e project finance.

Margarida Torres Gama, advogada sénior da Sociedade, arrecadou o importante prémio de “Rising Star of the Year”, destacando-se assim à escala europeia a significativa carreira da advogada, parte ativa de várias das transações e operações mais relevantes dos últimos anos.

Na categoria de Equity, a Morais Leitão estava shortlisted pela assessoria ao accelerated bookbuilding (“ABB”) sintético da EDP Renováveis, que mereceu destaque internacional. A melhor operação europeia de M&A foi a aquisição pela Euronext da Borsa Italiana Group, na qual a Sociedade também participou.

Este prémio surge depois da Morais Leitão ter ganho o Chambers Portugal Law Firm of the Year.

Este diretório reconhece as operações e protagonistas em termos de inovação e complexidade, após um cuidado processo de análise independente sobre as transações em causa e a opinião de clientes e pares.

Jamie Rayat, editor da IFLR Research Research, sublinhou que “a Morais Leitão é mais uma vez a vencedora na categoria Portuguese Law Firm of the Year nos IFLR’s Europe Awards. A sociedade teve um desempenho de nível altíssimo em 2021, sobretudo nas áreas de mercado de capitais e private equity. O forte trabalho da sociedade, notado pela equipa de pesquisa do IFLR’s Awards, incluiu a assessoria à colocação de ações da EDP Renováveis”.

Esta operação foi finalista na categoria Equity deal of the year e é considerada pela equipa de pesquisa do IFLR como tendo estado entre “os mais inovadores assuntos transfronteiriços do ano.”

Reconhecendo Margarida Torres Gama, advogada sénior da Morais Leitão, como Rising Star do ano numa sociedade nacional, Jamie Rayat afirmou ainda: “Pelo segundo ano consecutivo, uma advogada da Morais Leitão leva para casa um dos prestigiados Rising Star Awards do IFLR, que reconhece advogados e associados séniores pelo seu papel em transações inovadoras.

Margarida Torres Gama liderou a equipa que aconselhou a NOS na sua entrada no negócio de distribuição de seguros, bem como na assessoria à Sonae em desinvestimentos estratégicos complexos.”

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Euribor a três e a seis meses sobem para máximos desde julho de 2020

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

Euribor a 3 e 6 meses sobe para novo máximo desde julho de 2020, para -0,402% e -0,183% respetivamente, e a 12 meses sobe para novo máximo desde março de 2015 para os 0,263%.

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira a três e a seis meses para máximos desde julho de 2020, e a 12 meses para um novo máximo desde março de 2015.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, avançou esta segunda-feira para -0,183%, mais 0,023 pontos e um novo máximo desde julho de 2020, contra o mínimo de sempre, de -0,554%, verificado em 20 de dezembro de 2021.

A três meses, a Euribor também subiu, para -0,402%, mais 0,024 pontos do que na sessão anterior, um novo máximo desde julho de 2020, contra o mínimo de sempre, de -0,605%, verificado em 14 de dezembro de 2021.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu esta segunda-feira, ao ser fixada em 0,263%, mais 0,017 pontos e um novo máximo desde março de 2015, de 0,253%, registado em 5 de maio e contra o atual mínimo de sempre, de -0,518%, verificado em 20 de dezembro de 2021.

Depois de ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido à subida da inflação na zona euro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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MOVHERS vai colocar jovens changemakers à mesa com líderes mundiais

O programa de liderança da Girl Move vai dar a oportunidade a jovens mulheres se sentarem à mesa com líderes mundiais e influenciar a agenda global. As candidaturas estão abertas.

Vem aí o MOVHERS, um programa de liderança para jovens mulheres changemakers. Vai ser-lhes dada a oportunidade de sentarem-se à mesa com líderes mundiais e influenciar a agenda global. As candidaturas estão abertas até 18 de maio.

O objetivo deste programa é “contribuir para criar um futuro onde a liderança feminina influencia efetivamente as decisões do mundo”, lê-se em comunicado. “Desde a mudança climática, à construção da paz ou à defesa dos direitos humanos, passando por todas as áreas refletidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.”

O programa digital — inspirado na metodologia que a Girl Move utiliza na sua Academia, que cruza mentoria intergeracional com círculos de sisterhood — vai, durante quatro meses, dar a possibilidade a jovens changemakers de todo o mundo de juntarem-se em círculos temáticos. Os primeiros temas serão relacionados com paz, alterações climáticas e women in-power/educação.

Da comunidade MOVHERS já fazem parte nomes como António Guterres, Kristalina Georgieva, Graça Machel, Durão Barroso, Mia Couto ou Vandana Shiva, entre mais de 100 outros líderes, incluindo artistas, ativistas, cientistas e políticos.

“Vamos criar círculos globais de sisterhood, conectando jovens changemakers num espaço seguro para partilha, aprendizagem e inspiração mútuas. Vamos ligar estas jovens a líderes e experts globais para que, colaborativamente, criem soluções para endereçar desafios globais, enquadrados na Agenda 2030. Vamos dar acesso a uma audiência global, colocando estas jovens nos melhores palcos mundiais (como a COP27), para que façam ouvir as suas vozes, histórias e soluções”, explica a Girl Move.

Quem se pode candidatar?

Todas as jovens mulheres changemakers de todo o mundo, entre os 20 e os 30 anos, com licenciatura ou a frequentar a universidade, que estejam ativamente envolvidas numa causa social, e com forte sentido de liderança, podem candidatar-se ao programa de liderança.

As inscrições estão abertas até 18 maio de 2022, através deste link.

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Brasil é o maior exportador mundial de futebolistas e Portugal o principal destino

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

Brasil é o maior exportador mundial de futebolistas, com 1.219 jogadores, sendo Portugal o principal destino. Portugal está em 13.º lugar, com 300 futebolistas, e Inglaterra como destino principal.

O Brasil é o maior exportador mundial de futebolistas, com 1.219 jogadores a atuar no estrangeiro, sendo Portugal o principal destino dos brasileiros, revelou esta segunda-feira o Observatório do Futebol (CIES, na sigla em inglês).

Segundo o relatório do CIES, que analisou 2.198 equipas em 135 campeonatos de todo o mundo, em 1 de maio o Brasil tinha mais 42 futebolistas a jogar no estrangeiro do que em 2017.

Dos brasileiros a atuar fora do país, quase 19% – 231 – estão nas três primeiras divisões do futebol em Portugal. Esta rota é mesmo descrita pelo CIES “a principal rota migratória do futebol” a nível mundial.

O Brasil conta ainda com 79 jogadores a atuar no Japão, 50 em Itália, 42 nos Emirados Árabes Unidos e 40 em Espanha.

A França, que surge em segundo lugar no ‘ranking’, registou a maior subida, tendo atualmente 978 jogadores em ligas no estrangeiro, mais 208 do que há cinco anos.

Só as três primeiras divisões do futebol em Portugal contam com 39 jogadores franceses.

O relatório admite mesmo que, “num futuro não muito distante, a França poderá tornar-se o principal exportador de futebolistas” do mundo.

A Argentina ficou na terceira posição, com 815, seguida da Inglaterra, que tem 525 futebolistas no exterior, sobretudo nos outros campeonatos do Reino Unido e da Irlanda, sublinhou o CIES.

O relatório referiu ainda que o quinto lugar da Alemanha, com 441 jogadores, deve-se principalmente aos jogadores de origem turca que partem para o campeonato da Turquia.

Portugal surge no 13º lugar com 300 futebolistas a atuar em 52 ligas estrangeiras, mais 65 do que há cinco anos.

Inglaterra é o principal destino dos portugueses, com 31 jogadores, seguindo-se a Turquia, com 23, e a Polónia e a Espanha, ambos com 22.

Quanto aos restantes países lusófonos, Portugal é o principal destino, sendo que Angola conta com 14 futebolistas no estrangeiro, assim como Cabo Verde. Moçambique tem 11 e a Guiné-Bissau 10.

Desde 2017, o número total de futebolistas a atuar em ligas fora do seu país de origem aumentou em quase 2.000, atingindo 13.929.

Além da França, os maiores aumentos nos últimos cinco anos registaram-se entre os holandeses (mais 137) e colombianos (mais 124) a jogar no estrangeiro.

Destaque ainda para um crescimento de 86% no número de futebolistas da Venezuela a atuar em ligas no exterior e de 51% no número de austríacos.

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“Não tem sentido reinstituir” serviço militar obrigatório, diz ministra da Defesa

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

A titular da pasta da Defesa manifestou, contudo, disponibilidade para “discutir modalidades de envolvimento” dos jovens com a Defesa.

A ministra da Defesa Nacional defendeu esta segunda-feira que “não tem sentido reinstituir um serviço militar obrigatório”, defendendo que esse sistema “não responde às necessidades estratégicas” das Forças Armadas, que precisam de “militares qualificados”, com “tecnicidade”.

“Considero, consideramos no Governo, que não é oportuno, que não tem sentido, reinstituir um serviço militar obrigatório, sobretudo nos termos em que ele existia e que esta própria expressão refere”, afirmou Helena Carreiras. A titular da pasta da Defesa manifestou, contudo, disponibilidade para “discutir modalidades de envolvimento” dos jovens com a Defesa.

A ministra da Defesa falava numa audição parlamentar no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, respondendo ao deputado do Chega Bruno Nunes, que perguntou à ministra se era favorável ao regresso do serviço militar obrigatório. Nesta audição conjunta da Comissão de Defesa e na Comissão de Orçamento e Finanças, Helena Carreiras defendeu que “esse tipo de sistema de serviço militar não responde às necessidades estratégicas” das Forças Armadas.

“Nós precisamos de militares qualificados, militares que possam contribuir para a natureza das missões reais das Forças Armadas, que exigem esse tipo de tecnicidade, e é aí que temos de trabalhar”, frisou. Frisando que sabe que “há um debate que se pretende fazer” sobre a reinstituição do serviço militar obrigatório – o que considerou ser normal “numa sociedade livre, democrática, onde todas as ideias e debates naturalmente podem fazer-se” –, a ministra da Defesa, sublinhou que, apesar de se opor a essa modalidade, isso não significa que não se possam “discutir modalidades de envolvimento” dos jovens com os temas da Defesa.

“Podemos e devemos [discutir essas modalidades]. Isso faz-se por muitos outros meios. (…) Tenho muitas ideias – temos muitas ideias – sobre como fazer essa crescente articulação com a sociedade, designadamente através da escola, do referencial de educação para a segurança, Defesa e paz, e através de outro tipo de projetos que expandem o alcance do próprio dia da Defesa Nacional, que tem contribuído também para essa relação”, disse.

Ministra da Defesa defende que OE2022 responde “de forma direta” à guerra na Ucrânia

A ministra da Defesa Nacional defendeu que o Orçamento do Estado para 2022 “responde de forma direta” ao contexto de guerra na Ucrânia, prevendo uma cobertura orçamental que permite cumprir compromissos internacionais.

O orçamento para 2022 responde já, de forma direta, a este contexto de guerra, prevendo a cobertura orçamental do esforço que poderá ser pedido ao nosso país para cumprir os compromissos perante a NATO, a União Europeia e o apoio que decidimos prestar à Ucrânia”, considerou Helena Carreiras que está a ser ouvida em audição, na Assembleia da República, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022.

Nesta reunião conjunta da Comissão de Defesa Nacional e Orçamento e Finanças, Helena Carreiras afirmou que o OE2022 prevê “um orçamento total de 73 milhões de euros para as Forças Nacionais Destacadas, mais dois milhões do que em 2021, representando um aumento de 3,2% em receitas de impostos e um aumento de 2,8%, em termos globais”.

Estes montantes permitirão a Portugal cumprir os seus compromissos com um total de 23 missões distintas no quadro das várias Organizações Internacionais a que pertencemos, nomeadamente no quadro da NATO, da ONU e da União Europeia, a par de outras 11 missões de caráter bilateral ou multilateral”, acrescentou.

Helena Carreiras anunciou ainda que o Governo irá avançar com a criação do quadro permanente de praças no Exército e na Força Aérea, esperando concretizar o processo legislativo “nos próximos meses”.

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Digi, a nova operadora em Portugal, quer ter fibra além de 5G

Romenos da Digi iniciam construção da rede móvel em junho, mas também planeiam oferecer serviços fixos. Empresa confirma que já tem 70 pessoas em Portugal. Deve recrutar comerciais no fim do ano.

A empresa romena que comprou licenças 5G no leilão da Anacom também planeia lançar ofertas em fibra ótica no mercado português, disse ao ECO fonte familiarizada com os planos da Digi. Confrontado com esta informação, o grupo não comentou o tema, mas aproveitou a ocasião para fazer aquela que é a primeira declaração pública sobre a sua entrada no mercado de telecomunicações português.

“A Digi Portugal encontra-se a trabalhar no sentido de investir em redes de alta velocidade, nova geração e tecnologia de ponta, que permitam entregar os serviços mais modernos e com elevados padrões de qualidade aos consumidores portugueses. Os nossos planos comerciais serão anunciados mais tarde, à medida que vamos progredindo nos projetos em curso”, comentou ao ECO fonte oficial da empresa, revelando que se apresentará ao mercado com a marca Digi Portugal.

"A Digi Portugal encontra-se a trabalhar no sentido de investir em redes de alta velocidade, nova geração e tecnologia de ponta, que permitam entregar os serviços mais modernos e com elevados padrões de qualidade aos consumidores portugueses. Os nossos planos comerciais serão anunciados mais tarde, à medida que vamos progredindo nos projetos em curso.
Podemos confirmar que temos, atualmente, cerca de 70 trabalhadores e esperamos aumentar a nossa equipa local de especialistas em telecomunicações. Em simultâneo, gostaríamos de informar que o nome oficial da empresa foi agora alterado, para ‘Digi Portugal’.”

Fonte oficial da Digi Portugal

Seis meses depois de ter investido 67 milhões de euros na aquisição de espetro para explorar a quinta geração móvel, a Digi ainda não tinha feito qualquer anúncio sobre os planos concretos para este mercado. Estes são, por isso, os primeiros anúncios oficiais do grupo em Portugal.

Fibra da Digi a caminho de Portugal

O ECO apurou junto de fonte próxima da Digi que o grupo quer apresentar-se aos portugueses como “operador integral” e uma alternativa mais acessível aos pacotes da Meo, Nos e Vodafone, aplicando no mercado português a mesma estratégia que tem feito mexer o setor em Espanha. A empresa continua a trabalhar no terreno para fechar todos os preparativos no segundo semestre, prevendo agora dar início à venda de serviços fixos e móveis no início de 2023, disse a mesma fonte.

A Digi planeia dar início à construção da sua rede móvel já no próximo mês de junho, em paralelo com a da rede fixa, que dependerá parcialmente de fornecedores externos. Estarão a ser feitos os “últimos contactos” para aproveitar o roaming nacional, que vai permitir à Digi “explorar condutas e antenas” das outras operadoras, um benefício que lhe foi dado pela Anacom no leilão do 5G, por ser estreante no país, contra a vontade da Meo, Nos e Vodafone.

Numa primeira fase, a cobertura da Digi estará mais limitada aos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, mas o objetivo é alargar a oferta a todo o território nacional, disse a mesma fonte. Não estará previsto, por agora, o lançamento de um serviço de TV por subscrição.

Em Espanha, a Digi também oferece serviços móveis e fibra ótica. No caso da fibra, a empresa divide as ofertas entre fibra “disponível em todo o território nacional” ou “fibra smart“, esta última mais acessível, mas só nas zonas onde a empresa está a construir a sua “própria rede de fibra”, lê-se no site da operadora.

Além de ofertas só com fibra ou só com rede móvel, a empresa vende em Espanha pacotes convergentes de fibra e móvel. Internet fixa com 300 Mbps (megabits por segundo) mais telemóvel com tráfego de 10 GB acumuláveis e chamadas ilimitadas custa 30 euros mensais; internet com 1 Gbps (gigabit por segundo) e telemóvel com 20 GB acumuláveis tem um custo de 36 euros por mês. Na modalidade “fibra smart“, o preço da primeira oferta desce para 25 euros mensais e a velocidade da rede fixa sobe para 1 Gbps de internet; há ainda um pacote com fibra a 10 Gbps de velocidade e internet móvel com 20 GB acumuláveis por 36 euros por mês.

Pacotes da Digi em Espanha:

Fonte: Digi Mobil

Digi Portugal a recrutar

No que toca aos recursos humanos, a Digi conta já com dezenas de pessoas em Portugal: “Podemos confirmar que temos, atualmente, cerca de 70 trabalhadores e esperamos aumentar a nossa equipa local de especialistas em telecomunicações”, disse ao ECO fonte oficial da Digi.

Outra fonte não oficial que conhece o processo explicou que a Digi está a recrutar, principalmente, para as áreas mais técnicas, como “passa cabos, juntistas e técnicos de trabalho em altura”. Mais perto do final do ano, deve começar a contratar equipas comerciais que vão vender os serviços aos consumidores, “dependendo da evolução da construção da rede e da qualidade de serviço”, explicou.

Do ponto de vista comercial, está decidido que o grupo vai lançar-se no mercado português com a marca Digi Portugal. A Digi Communications deixou cair a designação Dixarobil com que se apresentou à Anacom durante o leilão para a venda das licenças 5G. Aliás, a alteração do nome já consta nos atos societários da empresa, com efeito a partir de 3 de maio, segundo informações consultadas pelo ECO no portal do Ministério da Justiça. “Gostaríamos de informar que o nome oficial da empresa foi agora alterado, para ‘Digi Portugal'”, confirmou fonte oficial da companhia.

Emil Grecu é o CEO da Digi Portugal. E numa altura em que se especula em Espanha que a Nowo, controlada pela Másmóvil, pode tentar aliar-se à Digi no mercado português, ao que foi possível apurar, essa hipótese não estava, até ao início deste mês, em cima da mesa.

Para já, a equipa portuguesa continua a operar a partir de um escritório partilhado no Parque das Nações. Mas está em vias de fechar “a assinatura de um espaço no centro de Lisboa”, afirmou fonte próxima da empresa.

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Estónia é país menos dependente da energia importada e Portugal está em 11.º lugar

  • Lusa
  • 9 Maio 2022

Estónia é o país da UE menos dependente da importação de energia (11%); Portugal em 11.º (65%) tendo vindo a diminuir a sua dependência desde 2000 (85%), mas fica acima da média da UE (58%).

A Estónia é o país da União Europeia (UE) menos dependente da importação de energia e Malta, Chipre e Luxemburgo lideram, enquanto Portugal está em 11.º lugar, segundo dados compilados pela Pordata, reportados a 2020.

“Em 2020, Malta, Chipre e Luxemburgo eram os países mais dependentes (mais de 90% da energia importada). O país menos dependente era a Estónia (11%)”, indicou, em comunicado, a Pordata, base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Portugal ocupava o 11.º lugar (65%), acima da média da UE (58%), considerando os 27 Estados-membros, tendo vindo a diminuir a sua dependência desde 2000 (85%).

No que se refere ao preço da energia, em 2021, os portugueses pagavam o 6.º preço mais caro da UE27, enquanto a indústria pagava o 14.º mais elevado.

Já no que se refere ao gás natural, anulando a diferença do custo de vida dos vários países, as famílias portuguesas pagavam o segundo preço mais caro da UE e a indústria o 18.º.

Em 2020, Portugal importou 3.712.686 toneladas de petróleo, proveniente de Espanha (57%), Rússia (15%) e dos EUA (10%).

Já as importações de gás natural ascenderam a quase 5.600 milhões de metros cúbicos normais (Nm3), com origem na Nigéria (54%), EUA (19%), Rússia (10%) e Argélia (9%).

A UE produziu, em 2020, 573,8 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) de energia, sendo que França (21%), Alemanha (17%), Polónia (10%), Itália (7%), Espanha e Suécia (6%) foram os que mais contribuíram.

Por sua vez, o consumo de energia primária na UE diminuiu 10% em 2020, face a 1990, e apenas oito dos 27 países aumentaram este consumo, incluindo Portugal (29%).

No entanto, desde 2005 que se verifica uma descida, com 19,5 milhões de tep consumidos em 2020, abaixo da meta proposta para 2020 de 22,5 milhões de tep.

Entre 1990 e 2020, a UE reduziu em 5% o consumo de energia final.

“Dos 27 países da UE, 11 aumentaram este consumo. Portugal foi o 6.º país que mais aumentou o consumo de energia final (26%), embora desde 2007 esteja numa trajetória decrescente. Deste modo, conseguimos superar a meta 2020 a que nos tínhamos proposto: em 2020 consumimos 15 milhões de tep, quando a meta era não ultrapassar os 17,4 milhões de tep nesse ano”, indicou.

Portugal aumentou a sua eficiência energética desde 1995, em linha com a Europa.

De acordo com os dados da Pordata, em 2020, a intensidade energética em Portugal era de 76 tep de energia consumida por cada milhão de euros de riqueza gerada, enquanto, a nível europeu, era de 66 tep.

A intensidade carbónica da economia, por sua vez, tem vindo a recuar desde 1995 na UE, uma tendência que também foi seguida por Portugal.

A Suécia é o país com maior eficiência carbónica e a Bulgária o com pior.

Na UE, as renováveis produziram, em 2020, 41% da energia primária e contribuíram para 22% da energia consumida.

Portugal foi o terceiro país da União Europeia que mais produziu energia renovável no total da energia produzida (98%). Portugal foi o quinto país da União Europeia que mais consumiu energias renováveis no total do consumo final de energia (34%)”, acrescentou.

A Alemanha foi o país que mais contribuiu para a produção de energia primária através de fontes renováveis, com um quinto da energia total dos países europeus.

Neste ano, a produção de energias renováveis na UE estava dividida entre biomassa (57%), energia eólica (15%), hídrica (13%), solar (7%) e geotérmica (3%).

Em Portugal, o destaque foi também para a biomassa (51%), seguida pelas energias eólica e hídrica (ambas com 16%), solar (4%) e geotérmica (3%).

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Nas notícias lá fora: Barclays, ONU e reservas russas

China atinge máximo histórico de importações russas em abril. Barclays paga menos de 1% em impostos durante 12 anos com esquema no Luxemburgo. Canadá apoia Ucrânia na exportação de cereais.

Josep Borrel defende que as reservas russas congeladas pela União Europeia (UE) devem ser usadas para financiar a reconstrução da Ucrânia após a guerra. O Barclays fintou quase dois mil milhões de libras em impostos durante mais de 12 anos. Importações da China com origem na Rússia atingem máximo histórico de 8,9 mil milhões de dólares em abril. Canadá apoia Ucrânia na procura por soluções sobre como exportar cereais.

The New York Times

Escândalo de 61 milhões de dólares na ONU gera demissão

O secretário-geral da ONU, António Guterres, demitiu Grete Faremo, diretora executiva do gabinete da ONU para Serviços de Projetos, após o The New York Times noticiar que a entidade atribuiu 61 milhões de dólares em empréstimos e subsídios a uma única família britânica. O gabinete em questão tem como objetivo operar como um banco de investimento, mas arrisca agora perder até 22 milhões de dólares em crédito malparado. A demissão de Faremo surge num momento em que a ONU se encontra a pedir doações para a guerra na Ucrânia.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Financial Times

Josep Borrel defende uso de reservas russas para reconstrução da Ucrânia

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrel, defende que as reservas russas congeladas pelo bloco devem ser usadas para ajudar nos custos de reconstrução da Ucrânia após a guerra. O comentário foi feito em paralelo com o anúncio de que os EUA tomaram posse de milhares de milhões de dólares em ativos do banco central afegão, estando os mesmos destinados a compensar vítimas de terrorismo e a ajuda humanitária ao país.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Bloomberg

China nunca importou tanto da Rússia como em abril

Com o aumento dos preços da energia, as importações da China com origem na Rússia atingiram um máximo histórico (8,9 mil milhões de dólares em bens russos, mais 57% em termos homólogos) em abril. Já as exportações chinesas para território russo recuaram, atingindo o nível mais baixo desde março de 2020, o primeiro mês de pandemia. Desde o início da invasão russa à Ucrânia, a 24 de fevereiro, que a comunidade internacional tem pressionado Pequim a aplicar sanções ao Kremlin, mas as autoridades chinesas rejeitaram sempre essa hipótese.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago/conteúdo em inglês).

Reuters

Canadá vai ajudar a Ucrânia a exportar cereais

O Canadá tenciona ajudar a Ucrânia a explorar opções de como poderá exportar os cereais que tem em stock para melhorar a segurança alimentar no mundo, afetada pela invasão russa. De acordo com a agência das Nações Unidas dedicada à alimentação, a FAO, a Ucrânia tem quase 25 milhões de toneladas de cereais. Contudo, há dificuldades em exportar por causa do bloqueio russo nos portos do Mar Negro (incluindo Mariupol, onde decorre a batalha mais destrutiva da guerra até ao momento) e a destruição de algumas infraestruturas do país. Desde o final de fevereiro que os preços dos alimentos têm alcançado máximos históricos, uma vez que tanto a Rússia como a Ucrânia são dos maiores exportadores de cereais do mundo.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

The Guardian

Barclays finta 2 mil milhões em impostos com esquema no Luxemburgo

O Barclays terá recorrido a um esquema no Luxemburgo para evitar pagar cerca de dois mil milhões de libras impostos, beneficiando de uma taxa inferior a 1% sobre os seus lucros durante mais de 12 anos. Segundo uma análise do The Guardian, o banco britânico está ainda a beneficiar de uma venda feita em 2009 naquele paraíso fiscal, em vez de no Reino Unido (onde está sedeado), tendo lucrado 15,2 mil milhões de dólares.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Porto vence 30.º título e sobe quase 5% em bolsa

As ações do FC Porto estão a subir esta segunda-feira, após a conquista do campeonato nacional de futebol. Já as do Benfica e do Sporting estão inalteradas.

O Futebol Clube do Porto sagrou-se no sábado o campeão da Primeira Liga, atingindo o seu 30.º título nacional, depois de ter vencido o Sport Lisboa e Benfica no Estádio da Luz. Na primeira sessão desde então nos mercados financeiros, as ações do Porto sobem.

As ações da SAD dos “dragões” estão a subir 4,76% no início desta segunda-feira, para 99 cêntimos, de acordo com as cotações exibidas no site da Euronext.

Ações do Porto na bolsa:

Já o Benfica, que foi derrotado por 1-0 pelo Porto, ainda não terá negociado esta segunda-feira. Na passada sexta-feira, cedeu 1,56%, para 3,15 euros.

Ainda falta uma jornada, mas os encarnados vão ficar em terceiro lugar, atrás do Sporting, que fica em segundo lugar. Os títulos do Sporting também ainda não negociaram esta segunda-feira, valendo 82,6 cêntimos.

A liquidez de ambas as cotadas é limitada, em comparação com as cotadas do PSI. No site da Euronext ainda não estão disponíveis os valores desta sessão, mas na passada sexta-feira trocaram de mãos apenas 528 ações do Porto e 750 ações do Benfica.

O plantel do FC Porto está avaliado nos 259,3 milhões de euros, o segundo mais valioso no panorama nacional, apenas atrás do Benfica, que conta com uma avaliação fixada nos 266 milhões de euros. A capitalização bolsista da SAD do Porto é de 21,26 milhões de euros enquanto a do Benfica é de 72,45 milhões de euros.

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Renato Sousa Antunes assume direção de marketing da dona da Paladin

Desde 2019 na Casa Mendes Gonçalves, desempenhando a função de direção de mercados internacionais e estratégia, o profissional acumula, agora, a direção de marketing e comunicação.

Renato Sousa Antunes acaba de assumir a liderança da direção de marketing e comunicação da Casa Mendes Gonçalves, que detém, entre outras, as marcas Paladin, Peninsular e Dona Pureza. Desde 2019 na Casa Mendes Gonçalves, na direção de mercados internacionais e estratégia, o profissional acumula, agora, a direção de marketing e comunicação da empresa.

“No core das minhas funções está precisamente o desafio de fortalecimento a curto/médio prazo das várias marcas do portefólio atual da Casa Mendes Gonçalves, preparando as fundações para o lançamento futuro de várias outras marcas e novidades da ‘Casa'”, refere o novo diretor de marketing e comunicação.

“Os dados, quando bem analisados e transformados em informação válida (insights de negócio), são o novo ouro. É por aí que temos de ir, sempre de mãos dadas com a inovação, a flexibilidade e a inquietude que, além de inegociáveis, são os nossos valores mais profundos”, acrescenta, em comunicado.

Mestre em Gestão pela Nova School of Business and Economics, com especialização em Estratégia e Negócios Internacionais, Renato Sousa Antunes não esconde o fascínio pela internacionalização, vertente que se propõe a explorar também nesta nova função. Na vertente de marketing internacional, há ainda o desafio “hiper ambicioso” de promover ‘o salto’ de toda a organização de uma lógica “de exportação para a lógica de internacionalização”.

Com 31 anos, Renato Sousa Antunes passou pelos CTT Correios de Portugal, foi diretor regional de relações externas na Mercadona e responsável de expansão internacional do grupo Future Healthcare. Academicamente, colabora com a Nova School of Business and Economics enquanto invited teaching assistant (Strategy & International Business).

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UE vai proibir seguros para petroleiros com crude russo

  • ECO Seguros
  • 9 Maio 2022

Proibição de seguros para navios-tanque visa complementar e reforçar embargo total ao petróleo da Rússia. Aplicação das restrições às seguradoras poderá demorar até seis meses a efetivar-se.

O seguro de navios que transportam petróleo russo pode ser a próxima arma da UE para travar o acesso da Rússia aos mercados internacionais de crude e assim fechar a torneira à fonte de receitas que têm ajudado Moscovo a manter o esforço militar na invasão à Ucrânia, noticiou The Wall Street Journal (WSJ).

As vendas de petróleo e gás representaram 45% da receita orçamental do governo da federação russa em 2021, nota o jornal citando dados da Agência Internacional de Energia (IEA).

Decidida a concretizar o sexto pacote de sanções (à Rússia), a Comissão Europeia (CE) espera concluir, num mês, a restrição de toda a assistência financeira (incluindo seguros, corretagem e resseguro) que possa ser fornecida por empresas sediadas na UE ao transporte de petróleo exportado pela Rússia, avançou fonte da Reuters. A proibição de segurar os navios petroleiros constituirá “um obstáculo muito forte às exportações do petróleo russo”, disse Lars Barstad, CEO da Frontline, proprietária de uma das maiores frotas de navios-tanque do mundo. A frota da companhia não faz transporte de petróleo se a Frontline não puder segurar os navios contra riscos como danos ambientais, disse Barstad referido no artigo do WSJ.

A CE pretende proibir todas importações de petróleo para a UE por um período de seis meses, após a entrada em vigor do novo pacote de sanções. No caso do petróleo refinado, a suspensão duraria oito meses. O novo pacote de sanções deverá incluir o veto a todos os serviços de assistência técnica e financeira, direta ou indireta e todo o serviço de intermediação. No âmbito de restrições ao nível de assistência financeira comercial, qualquer medida adotada pela UE tenderá a incluir os seguros para a generalidade de operações envolvendo petróleo russo.

As restrições nos seguros para os navios complementam o planeado embargo total ao petróleo russo, mas a proposta de Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão, está pendente de um acordo no Conselho da UE. Além de países muito dependentes do crude russo (Hungria, Eslováquia e República Checa), aos quais seriam concedidos prazos excecionais, a proposta do executivo comunitário enfrenta dificuldades de negociação junto de outros países membros da UE, nomeadamente Grécia, Chipre e Malta, todos com histórico de amplos interesses no setor marítimo internacional. Na Grécia, existem armadores contratados pela Chevron e a Shell para transportar crude da Rússia para clientes na Ásia, como China e Índia. Por isso, a aplicação do novo pacote de sanções poderia ser atrasada até 3 meses.

Ainda e para evitar que os petroleiros russos contornem sanções, o texto que está a ser discutido em Bruxelas pede a proibição do transporte de petróleo russo em todas as suas formas, incluindo transferências (de carga ou da respetiva documentação), navio a navio, das embarcações russas para outras jurisdições, mais ou menos opacas.

O International Group of P&I Clubs (IG P&I clubs), organização que funciona em pool e agrupa membros no Reino Unido, Noruega, UE e outros países, é o maior fornecedor de seguros P&I (proteção e indemnização) para navios de grande tonelagem, incluindo navios-tanque. Segundo o WSJ, o presidente executivo do IG of P&I Clubs, Nick Shaw adiantou que os associados da entidade “cumprirão sempre com as proibições de fornecimento de seguro e resseguro, seja no caso da Rússia, do Irão ou de outros países relativamente aos quais foram aplicadas sanções”.

O website da Comissão Europa contém uma secção que resume em retrospetiva setores abrangidos pelas sanções à Rússia. O ficheiro com perguntas frequentes (FAQs) sobre restrições em (re)seguros foi atualizado na primeira semana de maio e pode ser consultado aqui

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