Alto Minho candidata projetos de 16,4 milhões para criar 377 camas para estudantes

  • Lusa
  • 12 Maio 2022

Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e câmaras de Valença e Melgaço candidatam projetos de 16,4 milhões de euros ao Plano de Recuperação e Resiliência para criar 377 camas para estudantes.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e as Câmaras de Valença e Melgaço candidataram ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) projetos de 16,4 milhões de euros para criar 377 camas para estudantes.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do IPVC, Carlos Rodrigues, adiantou que uma das duas candidaturas promovidas pela instituição prevê a construção de uma nova residência universitária na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), na avenida do Atlântico, junto à Praia Norte, em Viana do Castelo.

O segundo projeto prende-se com a requalificação do centro académico do IPVC, situado no centro daquela cidade, “num investimento estimado em cerca de 1,5 milhões de euros”.

As nossas expectativas são elevadas, porque os projetos foram bastante bem classificados. Além disso, trata-se de uma necessidade urgente.

Carlos Rodrigues

Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Carlos Rodrigues justificou a intervenção com a “necessidade de melhoria das condições do alojamento dos estudantes”, afirmando que “há tipologias de quartos que já não se adequam à realidade atual”.

O responsável adiantou que os dois projetos promovidos pelo IPVC passaram, no final de abril, à segunda fase do processo de candidatura ao PRR, estimando a sua conclusão “até final de julho”.

Em causa está o concurso para apoio financeiro à construção, reabilitação e renovação de residências para estudantes do ensino superior, do PRR, para alargar a atual oferta de camas a preços acessíveis.

“As nossas expectativas são elevadas, porque os projetos foram bastante bem classificados. Além disso, trata-se de uma necessidade urgente”, afirmou, referindo-se à criação de alojamento para os estudantes.

Já as câmaras de Valença e Melgaço, em parceira com o IPVC, promoveram mais duas candidaturas para a construção de residências universitárias para os estudantes que frequentam a Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) e a Escola Superior de Desporto e Lazer (ESDL), respetivamente.

O projeto para criação de alojamento estudantil a custos acessíveis de Valença prevê a criação de 56 camas, num investimento de 1.812.600 euros.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara, o socialista José Manuel Carpinteira, disse que o município pretende “aumentar as condições para alguns dos alunos deslocados e bolseiros que estudam ou que possam vir a estudar na ESCE”, permitindo-lhes “o acesso a alojamento de qualidade a preços controlados”.

A nova residência universitária será dotada de “salas de refeição, biblioteca, salas de convívio e estudo, lavandarias, área de gestão e administrativa, sala de TV e jogos, estacionamento exterior e espaço exterior de convívio”.

José Manuel Carpinteira adiantou que o local destinado à residência “localiza-se numa zona estratégica do aglomerado urbano da cidade, que garante a proximidade à ESCE e, ao mesmo tempo, num raio de 200 metros permite o acesso a infraestruturas públicas, como ao pavilhão gimnodesportivo, piscina e biblioteca municipal”.

Ao “nível de acesso aos meios de transporte, o espaço encontra-se a uma distância de 10 minutos a pé da Estação Ferroviária de Valença e numa das principais vias de circulação de transporte público”, especificou.

O presidente da Câmara de Melgaço, o socialista Manoel Batista, adiantou que a candidatura do município prevê a reabilitação da escola primária de Prado e a sua adaptação às funções de alojamento estudantil, num investimento de 680 mil euros que criará 21 camas.

O programa de apoio do PRR prevê que os projetos sejam executados até março de 2026.

Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 CTESP e outras formações de caráter profissionalizante.

Além das escolas superiores de saúde, educação e tecnologia e gestão, situadas em Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima (Agrária), Valença (Ciências Empresariais) e Melgaço (Desporto e Lazer).

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Governo aprova ajuste de preços das obras à subida de custos

Caso os custos com materiais, mão-de-obra ou equipamento subam mais de 20% durante a execução das empreitadas, as construtoras poderão forçar a revisão dos preços.

O Governo aprovou um regime de ajuste de preços das obras ao aumento dos custos. O Conselho de Ministros desta quinta-feira deu ‘luz verde’ ao regime excecional, facultativo e temporário para a subida de preços nas empreitadas. A medida será publicada agora em Diário da República, onde será determinada a data de entrada em vigor.

O decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros “estabelece um regime excecional e temporário no âmbito do aumento dos preços com impacto em contratos públicos”, lê-se no comunicado. “O diploma surge como resposta ao aumento excecional dos custos com matérias-primas, materiais, mão-de-obra e equipamentos de apoio, com impacto em contratos públicos, especialmente nos contratos de empreitadas de obras públicas que venham a ser celebrados ou já em execução”, justifica o Executivo.

Com esta medida, qualquer construtora poderá forçar a revisão dos preços das empreitadas caso os custos de materiais, da mão-de-obra ou do equipamento subam pelo menos 20%, como escreveu esta quinta-feira o jornal Público. (acesso condicionado)

A revisão de preços das obras irá ocorrer mesmo que não haja acordo entre o dono da obra e o empreiteiro.

Também está previsto o prolongamento dos prazos das obras sem penalizações para as construtoras, caso não consigam obter os materiais necessários necessários para a execução das obras “por motivos que comprovadamente não lhe sejam imputáveis”, refere o diploma.

O novo regime pretende evitar que as obras públicas não fiquem paradas por falta de fundos. Exemplo disso são as obras ao abrigo do plano de investimentos Ferrovia 2020, que deverão ficar concluídas até ao final de 2023 e que estão sob supervisão da Infraestruturas de Portugal.

A medida também afeta as autarquias e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, indicou na semana passada o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, em que a medida foi discutida na generalidade.

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Atividade económica voltou a travar no início de maio

Depois de ter acabado abril em desaceleração, a atividade económica voltou a travar no início de maio. Tal poderá estar relacionado com os impactos indiretos da invasão russa na Ucrânia.

A economia portuguesa travou novamente na semana terminada a 8 de maio, em comparação com a semana anterior, de acordo com os dados do indicador diário de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira. A atividade económica continua, porém, a ser superior à da mesma altura do ano anterior.

Na semana terminada a 8 de maio, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma taxa de variação homóloga da atividade inferior à observada na semana anterior“, revela o banco central.

Após um pico a meio de abril (ver gráfico), a economia portuguesa começou a desacelerar significativamente em comparação com o mesmo período do ano passado, crescendo agora 2,9% em termos homólogos, de acordo com a média móvel semanal do DEI – indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal — a 5 de maio.

Já o último valor diário, relativo a 8 de maio, apontava para um crescimento homólogo de apenas 1,4%.

Estes dados sugerem que as ondas de choque da invasão russa à Ucrânia já estarão a castigar a atividade económica portuguesa. A subida dos preços da energia agravada pelo conflito deverá travar a expansão económica, assim como outros efeitos indiretos através de exportações de bens e serviços, potenciais repercussões da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), entre outros fatores.

No primeiro trimestre, o qual já incluiu um mês inteiro de guerra (março), o PIB surpreendeu pela positiva e cresceu 2,6% em cadeia, superando todas as expectativas. Em março, o consumo de gasóleo e de gasolina — um dos indicadores importantes para a economia — atingiu um máximo histórico.

Mesmo em abril, a economia portuguesa mostrou-se pujante e outros indicadores de confiança até recuperaram, mas no final do mês o DEI começou a mostrar sinais de travagem, agora confirmados pelo arranque de maio. Também a taxa bienal, que permite comparações com o nível pré-pandemia, mostra uma forte deterioração, registando valores negativos tanto na média móvel semanal (-0,3%) como no último valor diário (-4,8%).

Este novo indicador divulgado pelo banco central incorpora diversas séries de informação: o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, o consumo de eletricidade e de gás natural — o que poderá ser afetado pelo aumento dos preços acentuado pela guerra —, a carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e as compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.

O impacto da pandemia gerou uma maior necessidade de recurso a este tipo de indicadores económicos de divulgação mais frequente, como é o caso do DEI. Isto acontece porque um dos mais relevantes, o Produto Interno Bruto (PIB), é apenas apurado e divulgado trimestralmente. A próxima divulgação do DEI está marcada para 19 de maio.

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Reclamações nos criptoativos fazem disparar alertas no Portal da Queixa

Portal da Queixa alerta para queixas recebidas sobre investimento em criptoativos, aponta para falta de literacia digital como a origem de potenciais burlas, e enumera conjunto de riscos a considerar.

Já são inúmeras as reclamações, relacionadas com o investimento em criptoativos, dirigidas a várias entidades do setor, diz o Portal da Queixa. Entre as queixas mais comuns, os consumidores falam em dificuldades no acesso às suas contas, falta de informação clara e concisa, e burlas. O Portal da Queixa sublinha a importância de ter em atenção os perigos, mas também reforçar a literacia digital antes de investir.

Segundo a rede social de consumidores, existe um potencial risco de burla derivado, principalmente, da falta de conhecimento sobre criptoativos, e sobre o risco associado ao investimento nos mesmos enquanto valores imobiliários. O Portal da Queixa, em comunicado, apela à cautela dos consumidores, e dos investidores, no caso de promessas de ganhos avultados e rápidos.

Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, defende que existe um “novo padrão de consumo” e investimento, e sendo que os criptoativos se apresentam como “a moeda do futuro”, estes acabam por atrair entusiastas do meio digital. “Sendo este um tema complexo, e ainda não regulamentado, parece-me absolutamente necessário deter um profundo conhecimento sobre o tema antes de avançar com o investimento, algo que nem sempre acontece”, esclarece Lourenço.

O Portal da Queixa deixa ainda um conjunto de riscos a considerar antes de investir neste tipo de produtos, sendo o primeiro relativo ao risco de fraude nas redes sociais, através dos influencers. No entender da plataforma, é necessária atenção quando são usadas estratégias de marketing agressivas, com informação pouco clara, incompleta ou enganadora, pois estes conteúdos focam-se em potenciais ganhos e ofuscam possíveis riscos, havendo ainda, frequentemente, um incentivo financeiro próprio por detrás da promoção.

A plataforma adverte também para o risco de liquidez, visto não estar assegurada a venda dos criptoativos adquiridos, bem como para o risco de perda parcial ou total do investimento, e branqueamento de capitais. Para evitar a perda de investimento, a plataforma aconselha a procurar cláusulas sobre este assunto no caso de haver contratos envolvidos. Dado o anonimato associado aos criptoativos, o portal alerta também para a possível falta de informação quanto à origem dos fundos investidos.

O Portal da Queixa nota, por fim, a falta de regulamentação e proteção dos investidores no que toca ao investimento em criptoativos, pois sem ela, não é possível determinar se os ativos estão abrangidos pela regulamentação aplicável ao mercado de valores mobiliários.

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Empresas vão ter catálogo de serviços para acelerar transição digital

Projeto previsto na "bazuca" deve ser lançado no último trimestre e vai ajudar as empresas na transição digital dos seus negócios. Escolha das PME que entram no catálogo arranca no verão.

Vanda de Jesus lidera a estrutura de missão Portugal Digital desde junho de 2020Hugo Amaral/ECO

O Catálogo de Serviços de Transição Digital, que vai apoiar as empresas na digitalização dos seus negócios, deverá ser lançado no quarto trimestre deste ano, disse ao ECO a diretora executiva da estrutura de missão Portugal Digital, Vanda de Jesus. A criação da ferramenta está prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

De acordo com a responsável, este catálogo vai servir de montra aos serviços de apoio à transição digital prestados por pequenas e médias empresas (PME) portuguesas, que serão escolhidas por consulta pública, a ser lançada, em princípio, neste verão, revelou a mesma responsável.

Uma empresa que identifique carências de digitalização numa determinada parte da operação pode recorrer ao catálogo para encontrar ajuda, avançando por sua conta ou recorrendo a incentivos do PRR.

Entre esses incentivos estão as aceleradoras de comércio digital, que vão apoiar as empresas mais atrasadas na transição, ou o programa Coaching 4.0, através do qual vai ser possível pedir um voucher de cerca de dez mil euros por empresa, explicou Vanda de Jesus, à margem do congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorre em Lisboa.

Para as empresas que precisem de ajuda a identificar as necessidades de digitalização, a estrutura de missão Portugal Digital vai disponibilizar também uma espécie de ferramenta de diagnóstico que identifica o respetivo “nível de maturidade digital”, mostrando assim onde estão as principais carências. O lançamento está previsto para o mês de junho, disse Vanda de Jesus.

Academia sai do papel em junho

Além destas iniciativas, a estrutura de missão Portugal Digital está a preparar o lançamento da Academia Portugal Digital. O lançamento estava originalmente previsto para março, mas a diretora executiva revelou estar agora “a tentar ter uma versão beta [fase inicial] até ao final de junho”. A versão final só chegará em 2023, dado que o processo está dependente de concurso público internacional, justificou.

Nesta plataforma, todos os cidadãos terão acesso a cursos gratuitos nas áreas tecnológicas e digitais, o que lhes pode abrir portas em áreas diferentes da sua formação original. A Academia Portugal Digital é, deste modo, direcionada a quem quiser melhorar competências digitais ou procurar uma especialização na área. As empresas também vão poder recorrer à academia para formar os seus trabalhadores.

Acredito que este ano vamos conseguir acelerar o e-residency.

Vanda de Jesus

Diretora executiva da estrutura de missão Portugal Digital

Ajuda à Ucrânia desbloqueia e-residency

Vanda de Jesus fez ainda um balanço do desenvolvimento do e-residency, um programa que vai permitir aos cidadãos estrangeiros a obtenção de identidade e residência digital em Portugal, de forma mais simples e rápida. É uma ideia que o anterior Governo chegou a prever lançar no final de 2021, mas a operacionalização tem-se revelado mais difícil do que o antecipado. Contudo, a guerra na Ucrânia pode ter contribuído para desbloquear este processo.

“Não consigo dar uma data para o e-residency“, disse a responsável. No entanto, salientou que foi feito um “trabalho interagências”, nomeadamente com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e Instituto dos Registos e Notariado (IRN).

Ora, a necessidade de acolhimento e inclusão rápida dos refugiados ucranianos “veio demonstrar a importância da aceleração quer do e-residency, quer dos nómadas como fenómeno”, explicou.

“Portanto, [o e-residency] está totalmente como ponto de agenda e está reforçado naquilo que era um projeto que vinha do Plano de Ação [para a Transição Digital]. Acredito que este ano vamos conseguir acelerar o e-residency“, concluiu.

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Dona da Tabaqueira atinge meta de 40% de mulheres em funções de gestão

A próxima meta a alcançar já foi estabelecida: 35% de mulheres em cargos superiores até 2025. 

A Philip Morris International (PMI), a dona da Tabaqueira, alcançou o objetivo global de equilíbrio de género a que se tinha comprometido. A companhia já assegura, pelo menos, 40% de representação feminina em funções de gestão prevista para 2022. A próxima meta a alcançar já está definida: 35% de mulheres em cargos superiores até 2025.

“Estou imensamente orgulhoso do compromisso assumido pela PMI, e que nos permitiu alcançar a igualdade de oportunidades no local de trabalho, independentemente do género. O cumprimento deste objetivo demonstra que a nossa estratégia de inclusão e diversidade está a funcionar. A existência de perfis, backgrounds e perspetivas diversificadas permite-nos tomar melhores decisões e mais ponderadas, bem como contribuir para um desempenho melhor e mais sustentável”, afirma Jacek Olczak, CEO da PMI.

“Acredito firmemente que uma cultura baseada na justiça, na inclusão e na diversidade são cruciais para o progresso da PMI na prossecução de um futuro sem fumo e continuarão a beneficiar a nossa empresa, à medida que nos tornamos cada vez mais focados nas necessidades dos nossos consumidores”, acrescenta, citado em comunicado.

O novo objetivo que a empresa agora estabelece –- 35% de mulheres em cargos superiores até 2025 –- demonstra a aposta contínua da PMI em matéria de igualdade de género. Além disso, a empresa anuncia esta quinta-feira também a recertificação de EQUAL-SALARY, atribuída pela Fundação independente EQUAL-SALARY. Esta recertificação confirma que a PMI continua a pagar de forma igual a homens e mulheres pelo desempenho de funções iguais nos mais de 90 mercados onde opera.

“Este foi um esforço levado a cabo por toda a empresa, que exigiu que todos assumissem as suas responsabilidades. Estou extremamente satisfeita por termos atempadamente cumprido o nosso objetivo, mas reconheço que ainda temos um longo caminho a percorrer na nossa jornada de diversidade, igualdade e inclusão. Com isto em mente, o nosso próximo grande objetivo de representação de género inclui 35% de mulheres em cargos superiores até 2025”, diz Silke Muenster, responsável pela área da diversidade da PMI.

“Uma força de trabalho verdadeiramente diversificada é uma parte fundamental para alcançar o nosso objetivo de construir um futuro sem fumo. Estou muito orgulhosa dos progressos que fizemos até à data e estou confiante no que iremos atingir no futuro”, conclui.

Boas práticas

No passado mês de março, Silke Muenster dizia, em conversa com a Pessoas, que a empresa se esforça por recrutar em igual número mulheres e homens. Isso começa logo por, ao redigir os anúncios de emprego, utilizar linguagem neutra, de forma a garantir todos os candidatos, independentemente do género, submetem a sua candidatura.

Silke Muenster, responsável pela área da diversidade da PMI.

Uma vez na empresa, os profissionais podem contar com um programa de desenvolvimento profissional. “Concentramo-nos em apoiar o crescimento e progresso de todos os colaboradores através de planos de desenvolvimento personalizados e acesso a oportunidades de aprendizagem, contribuindo para uma liderança mais equilibrada em termos de género ao longo do tempo”, detalhava a responsável pela diversidade da companhia, na altura.

Ainda neste campo, a PMI começou, a partir de janeiro 2021, a implementar uma licença parental global mais inclusiva. O objetivo é ajudar os seus colaboradores — mulheres e homens — a serem pais mais presentes, capazes de equilibrar a vida pessoal e a vida profissional. “Estes novos princípios de licença mínima proporcionam aos prestadores de cuidados primários um mínimo de 18 semanas de licença parental totalmente remuneradas e aos prestadores de cuidados secundários um mínimo de oito semanas de licença parental totalmente remuneradas”, defendeu Silke Muenster.

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Marriott chega aos mil hotéis na Europa, Médio Oriente e Ásia com abertura do The Westin em Londres

Cadeia internacional alcança o marco de 1.000 hotéis na região EMA (Europa, Médio Oriente e Ásia) com a abertura do The Westin London City.

A Marriott International escolheu Londres para sediar o The Westin London City, naquela que representa a milésima unidade hoteleira na Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Mas os planos de expansão não ficam por aqui. Para 2022 e 2023, a cadeia hoteleira quer somar mais 200 propriedades na mesma região, num total de 38 mil quartos.

“Estamos muito orgulhosos de alcançar mil hotéis da Marriott International em toda a região EMEA. Este crescimento deve-se à nossa história, e parece apropriado que a nossa milésima propriedade seja um fantástico Westin em Londres”, diz Satya Anand, presidente da Marriott International para a EMEA, citado em comunicado. Só no ano passado, a empresa abriu cerca de 90 novas unidades naquela região.

The Westin London City, 1.000º hotel da Marriott International na EMEA.D.R.

O grupo afirma que as marcas Marriott International — AC by Marriott, Moxy Hotels, Courtyard by Marriott, Residence Inn by Marriott, Aloft Hotels, Element Hotels e Four Points by Sheraton — continuam a liderar o crescimento em toda a Europa, respondendo por mais de 50% do atual pipeline da Marriott na região da Europa. A Moxy (pensada para os jovens) vai ganhar 26 hotéis em 2022 e 2023.

Está ainda previsto inaugurar a marca Fairfield by Marriott na Europa em 2025, com os hotéis Fairfield by Marriott Badhoevedorp Amsterdam Schiphol Airport (Holanda) e o Fairfield by Marriott Copenhagen Nordhavn (Dinamarca), refere o comunicado. Esperam-se novas aberturas na Europa, Arábia Saudita e no continente africano, com destinos como o Quénia, Nigéria e Gana.

“À medida que emergimos da pandemia global, continuamos a ver um forte interesse por parte dos proprietários pelo portfólio das 30 marcas de hotéis confiáveis da Marriott“, diz Satya Anand. “Verificámos um aumento de número de membros do Marriott Bonvoy que estão se adaptando às mudanças nos requisitos de viagem para aproveitar essas férias tão importantes o que faz acreditar que o futuro das viagens é brilhante”, acrescenta.

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Portugal é o terceiro país da zona euro com maior peso dos juros pagos no PIB

  • Lusa e ECO
  • 12 Maio 2022

Apesar do peso no PIB, Portugal registou uma redução de 10,8% de despesa em juros relativos à dívida pública.

Portugal é o terceiro país da zona euro com o maior peso dos juros pagos no PIB em 2021, ainda que tenha registado uma redução de 10,8% de despesa em juros relativos à dívida pública, segundo o INE.

Nos dados detalhados relativos à despesa pública em 2021, divulgados hoje, o Instituto Nacional de Estatística (INE) indica que Portugal registou um dos valores mais altos no peso dos juros pagos no Produto Interno Bruto (PIB) (2,4%), sendo apenas ultrapassado pela Grécia (2,5%) e pela Itália (3,5%), países que apresentaram também um nível de dívida pública, em percentagem do PIB, superior.

Contudo, Portugal pagou cerca de 5,2 mil milhões de euros em juros relativos à sua dívida pública, o que representou uma redução de 10,8% face ao ano anterior e de 38,8% relativamente ao valor registado em 2014, ano da conclusão do Programa de Assistência Económica e Financeira.

“A evolução decrescente dos juros pagos, a partir de 2014, é sobretudo resultado da redução das taxas de juro, uma vez que a evolução da dívida bruta das administrações públicas (consolidada) foi, em geral, crescente”, refere o INE.

O INE recorda que, comparando com o conjunto da zona euro, em 2011 verifica-se um aumento substancial do peso dos juros pagos no PIB em Portugal face à zona euro, “quando o acesso do país aos mercados da dívida ficou fortemente limitado, em plena crise financeira”.

“Nesse ano, o peso dos juros pagos atingiu 4,3% do PIB (contra 3% no conjunto dos países da área do Euro), progredindo para um máximo, em 2014, de 4,9%, quando o valor deste indicador para a área do Euro foi 2,6%. Desde então, o peso dos juros pagos no PIB tem vindo a descer, situando-se, ainda assim, muito acima do registado para o conjunto da área do euro”, sublinha.

Em 2021, a despesa pública total atingiu 101,7 mil milhões de euros, o que corresponde a 48,1% do PIB, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2020, sendo o peso da despesa pública no PIB em Portugal inferior em 4,4 p.p. à média da zona euro.

Peso do investimento público no PIB em Portugal foi o terceiro mais baixo da zona euro em 2021

O investimento representou 5,3% da despesa pública total em 2021, mas o peso relativo desta rubrica no Produto Interno Bruto (PIB) foi o terceiro mais baixo da zona euro, segundo dados do INE, divulgados hoje. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o investimento representou 5,3% da despesa pública total em 2021, registando uma variação positiva de 16,9%, face ao ano anterior, ao atingir 5,4 mil milhões de euros.

“Este acréscimo deveu-se, principalmente, à despesa realizada pelas empresas de metropolitano de Lisboa e Porto associada à expansão das respetivas redes e aquisição de material circulante e à aquisição de computadores no âmbito do Projeto de Universalização da Escola Digital pelo Ministério da Educação”, refere o relatório do organismo de estatística.

No entanto, destaca que, quanto ao peso relativo do investimento no PIB, em 2021, apesar deste aumento, “Portugal salienta-se por continuar a apresentar um dos valores mais baixos (2,5%) entre os países da área do Euro” e cuja média foi de 3%. De acordo com os dados do INE, apenas a Irlanda e a Alemanha apresentaram menores pesos do investimento público no PIB em 2021.

Em 2021, o valor nominal da despesa pública aumentou 3,0% face ao ano anterior, atingindo 101,7 mil milhões de euros, representando 48,1% do PIB. As prestações sociais foram a rubrica com maior peso relativo, representando 40,7% do total da despesa, enquanto as remunerações e o consumo intermédio corresponderam a 24,5% e 12,0% desse total, respetivamente.

O INE detalha que, comparando com a zona euro e tomando com referência o PIB, verifica-se que Portugal apresenta pesos relativamente maiores da despesa pública com remunerações e com pagamento de rendimentos de propriedade, e relativamente menores da despesa pública com prestações sociais, consumo intermédio e investimento.

“Detalhando a comparação com os Estados-membros que integram a área do Euro, começando pelas remunerações, em 2021, Portugal encontrava-se a meio da tabela entre os 19 países da área do Euro, com um valor (11,8%) inferior ao de Espanha e Grécia (12,2% e 12,3%, respetivamente) mas superior tanto ao de Itália (9,9%) como à média da área do Euro (10,3%)”, indica.

O INE refere ainda que, relativamente ao consumo intermédio, o peso no PIB, em Portugal, foi inferior (5,8%) ao de Espanha e Itália (6,0% e 6,9%, respetivamente), mas superior ao da Grécia (5,6%), situando a média do conjunto dos países da zona euro em 6,2%.

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DHM lança a Octant Hotels. Nova marca vai representar 50% do negócio

Cadeia hoteleira gerida pela Explorer agrupou oito dos seus 18 hotéis numa nova marca. Com uma "oferta muito singular e diferente", unidades terão preço médio de 250 euros por noite.

A DHM – Discovery Hotel Management lança oficialmente esta quinta-feira a Octant Hotels. A nova marca vai agrupar oito boutique hotéis do grupo, com uma “oferta muito singular e diferente” e em “sítios muito específicos, especiais e característicos”. Num total de 539 quartos, com um preço médio de 250 euros por noite, os hotéis Octant vão representar 50% do negócio da DHM este ano.

Douro 41 Hotel & Spa; Palácio da Lousã Boutique Hotel; Évora Farm Hotel & Spa; Santiago Hotel Cooking & Nature; Praia Verde Boutique Hotel; Vila Monte Farm House; Azor Hotel e Furnas Boutique Hotel são as unidades que passarão a designar-se Octant Hotels.

Estes hotéis “foram recuperados em diferentes momentos, de acordo com o mesmo ADN” e “têm em comum a sua dimensão” e os locais onde estão inseridos, explicou Luís Mexia Alves, CEO da DHM, numa apresentação aos jornalistas. “Esta diferenciação é muito séria. O processo de regeneração é feito de forma individual. Tentamos entre as paredes de cada hotel incorporar pedaços de cada localidade, arquitetura, design, tradições, etc.”.

Douro 41 Hotel & Spa, em Castelo de Paiva, passa a designar-se Octant Hotels Douro.D.R.

O responsável salienta que a DHM, “ao contrário da maioria, representa escolhas em vez de cópias” e que, por isso, “cada hotel é verdadeiramente único e irrepetível”. Os “pequenos-almoços são diferentes” e podem ser tomados a qualquer hora do dia e a “própria marca dos restaurantes é sobre a terra” em que o hotel está inserido, exemplifica Luís Mexia Alves.

Os oito hotéis que passam a operar sob a marca Octant representam, no total, 539 quartos e 30% do inventário do DHM. A nova marca vai representar em 2022 cerca de 50% do volume de negócios da DHM, empregando 400 trabalhadores. O preço médio por noite é de 250 euros. “Vamos ter um ano recorde de vendas em 2022 e isso deve-se bastante ao investimento que tem sido feito no reposicionamento destes ativos”, diz o CEO da DHM.

A DHM é detida pelo Discovery Portugal Fund que, por sua vez, é gerido pela Explorer Investments. A empresa nasceu em 2014 e dedica-se à recuperação de ativos em dificuldades ou parados. Desde então já regenerou 18 unidades hoteleiras em todo o país, empregando mais de 1.300 trabalhadores e recebendo mais de 600 mil clientes por ano.

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Previsão da inflação do Governo já está ultrapassada, diz CFP

A presidente do CFP admitiu ainda que, se os salários dos trabalhadores não subirem, "evidentemente que se traduz em perda de poder de compra".

A presidente do Conselho das Finanças Públicas, Nazaré Costa Cabral, considera que a previsão do Governo para a taxa de inflação em 2022 já foi ultrapassada pela realidade. Numa audição no Parlamento, a especialista em finanças públicas admite que “tudo aponta” para valores mais elevados do que os 4% inscritos na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Neste momento, tudo aponta para valores de inflação mais elevados do que esses que estão previstos na proposta de Orçamento do Estado“, afirmou Nazaré Costa Cabral, escusando-se a antecipar uma nova previsão dado que é “prematuro” e ainda há “muita incerteza e volatilidade”. A presidente do CFP remeteu números para a próxima atualização das previsões do Conselho.

A última previsão do CFP foi feita em março deste ano e apontava para um Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC) de 3,9%. Um mês depois, o OE2022 trazia uma previsão ligeiramente acima, nos 4%. Contudo, desde então a inflação voltou a acelerar, registando-se em abril uma taxa de 7,4%, “novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996“, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

A presidente do CFP admitiu ainda que, se os salários dos trabalhadores não subirem, “evidentemente que se traduz em perda de poder de compra”. Contudo, “o importante é que este episódio inflacionista seja contido e que não se crie fatores de pressão do lado da procura que agudizem este fenómeno“, avisou Nazaré Costa Cabral, pedindo “prudência” a todos os agentes económicos e decisores.

“É muito importante manter a inflação controlada e estabilizá-la”, reforçou a especialista em finanças públicas, admitindo que já se possa ter atingido o pico da inflação, como sugeriu o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, mas “não sabemos dada a incerteza”. Certo é que se houve um efeito duradouro da inflação tal poderá levar a uma “retração” do consumo privado nos próximos meses.

Reconhecendo a dificuldade e a complexidade da condução da política monetária neste particular momento — dada a conjugação de dois choques, um do lado da procura e outro do lado da oferta –, Nazaré Costa Cabral explicou que o combate à subida dos preços deve ser a prioridade uma vez que uma economia com elevada inflação é uma economia “difícil de programar” e cheia de “distorções” que dificultam o crescimento. Porém, alertou que os países têm de estar “preparados” para um cenário em que a inflação não esteja controlada “tão cedo”.

Apesar de toda a incerteza, o CFP afasta, para já, o cenário de recessão em Portugal ou na Zona Euro em 2022.

Governo deve dar atenção especial à saúde e educação nesta legislatura

Na audição sobre o OE2022, Nazaré Costa Cabral deixou também avisos à navegação para o Governo, a começar por duas áreas particularmente importantes: a saúde e a educação. “Na área da saúde e da educação, é preciso que haja nesta legislatura uma atenção muito séria porque induzem pressões sobre a despesa, sobre o esforço financeiro dos portugueses nos próximos anos“, disse aos deputados.

Esta afirmação vem na sequência de um cálculo do CFP que mostra que em 2022 a despesa primária, excluindo tudo o que são medidas one-off ou temporárias (Covid-19, efeito da guerra ou PRR), vai ficar 2,8% acima do valor registado em 2019. Isto significa que, naquilo que é mais estrutural e contínuo, a despesa engordou e tal deve-se principalmente às despesas com pessoal, via novas contratações. “Este é um aspecto que merece ser aqui acentuado”, fez questão de dizer a presidente do CFP.

Além disso, a equipa do CFP alertou para o facto de, apesar de o défice orçamental baixar, o cálculo do saldo estrutural mostrar uma deterioração, o que significa que a “postura da política orçamental é expansionista”. “Não estamos a aproveitar o momento de conjuntura económica favorável para fazer consolidação orçamental“, disse, assinalando que “não se pode perder o foco da despesa primária”.

Mas este não foi o único aviso deixado nesta audição de hora e meia. Nazaré Costa Cabral falou também da subestimação da receita fiscal e contributiva e da potencial sobrestimação da componente do investimento público não financiada pelo PRR, assim como do impacto da inflação no PRR dado que os fundos “podem não ser suficientes” para o mesmo nível de investimento previsto.

E voltou a frisar a importância do Governo fazer um planeamento plurianual, o que teria implicado a apresentação de um Programa de Estabilidade após a tomada de posse e não em março, em política invariantes, como fez. “Não se pode fazer tábua rasa como se o que estivesse na lei fosse letra morta“, criticou, referindo-se ao que dita a Lei de Enquadramento Orçamental em vigor.

Além dos alertas, a equipa do CFP também deixou uma mensagem que dá respaldo à estratégia de Fernando Medina: “A redução da dívida deve ser um desígnio nacional. Com elevada dívida, Estado não consegue cumprir as suas funções sociais“, disse Nazaré Costa Cabral, colocando ênfase naquela que tem sido a mensagem mais repetida pelo ministro das Finanças desde que tomou posse. O CFP reconhece que a política monetária teve um efeito de contenção dos spreads nestes anos e que tal pode inverter, colocando Portugal em perigo de ficar “novamente no radar dos mercados. “Não podemos correr este risco. Não nos podemos esquecer desse risco. Esse risco existe e está lá”, concluiu.

No final da audição, Nazaré Costa Cabral revelou também que o CFP faz parte das discussões técnicas sobre a reforma das regras orçamentais da União Europeia do ponto de vista técnica, através de uma rede europeia de entidades similares. O trabalho passa pela identificação dos problemas técnicos, seja na sua “aplicação” seja na “coerência técnica”, que as atuais regras têm. Mas, no final, a decisão será “política”, lembrou.

(Notícia atualizada às 13h00 com mais informação)

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Máscara vai continuar a ser obrigatória nos voos da TAP, Ryanair e EasyJet de e para Portugal

O uso de máscara vai continuar a ser obrigatório nos voos operados pelas companhias aéreas TAP, Ryanair e EasyJet de e para Portugal.

O uso de máscara vai continuar a ser obrigatório nos voos operados pelas companhias aéreas TAP, Ryanair e EasyJet de e para Portugal, confirmaram as transportadoras aéreas.

“No caso de Portugal, de acordo com a última resolução do Conselho de Ministros, o uso de máscara mantém-se obrigatório nos transportes públicos, incluindo o transporte aéreo”, avançou o Jornal Económico e confirmou fonte oficial da TAP ao ECO.

Já a Ryanair anunciou na quarta-feira que vai deixar de ser obrigatório o uso de máscara na generalidade dos voos operados pela companhia de bandeira irlandesa dentro da União Europeia (UE) “com exceção dos voos de e para destinos onde os governos da UE ainda exigem o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos”. Deste modo, a máscara vai continuar a ser obrigatória nos voos de e para Portugal, Áustria, Chipre, República Checa, Estónia, Alemanha, Grécia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda e Espanha.

“Esperamos que estes países flexibilizem as suas regras de máscaras nos próximos dias, em conformidade com estas novas diretrizes sanitárias da AESA e do ECDC”, sinaliza ainda o CEO da companhia, citado em comunicado.

Também a EasyJet adiantou, em comunicado, que não exige aos “clientes e tripulantes” que usem máscaras “nos voos em que as máscaras não são exigidas legalmente em ambas as extremidades da rota”, sinalizando que a empresa segue “os requisitos legais de todos os países para os quais” operam. Na prática, isso significa que “ao voar de ou para países onde os requisitos de máscara permanecem em vigor”, como é o caso de Portugal, a companhia continua a impor o uso de máscara obrigatório.

A manutenção desta obrigatoriedade em Portugal surge na sequência do decreto-Lei n.º 30-E/2022, publicado a 21 de abril em Diário da República, que aliviou o uso obrigatório de máscara na generalidade dos espaços fechados, mas manteve essa obrigatoriedade para estabelecimentos e serviços de saúde, estruturas residenciais de idosos (ou equiparados), bem como para o transporte coletivo de passageiros, incluindo TVDE e transporte aéreo.

Na quarta-feira, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) informaram que vão deixar de recomendar o uso de máscara nos aeroportos e voos na Europa. As novas regras entram em vigor na segunda-feira. Não obstante, as duas entidades alertaram que as regras relativas às máscaras continuarão a variar por companhia aérea para além dessa data. No mesmo dia, França anunciou que, a partir de segunda-feira, também vai deixar de ser obrigatório o uso de máscara nos transportes públicos, incluindo nos aviões.

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Falta de competências em cibersegurança origina 80% das tentativas de ataques

O número de profissionais dedicados à cibersegurança precisa de aumentar 65% para defender eficazmente os ativos críticos das empresas, defende a Fortinet.

Oito em cada dez organizações inquiridas sofreram, pelo menos, um ciberataque que poderiam atribuir à falta de competências ou de sensibilização no que diz respeito à cibersegurança. Além disso, 64% das organizações sofreram violações que resultaram em perda de receitas, custos de recuperação e multas, revela o relatório “Cybersecurity Skills Gap 2022″, elaborado pela Fortinet.

“A falta de competências não é apenas um desafio de escassez de talento, mas tem também um impacto severo nos negócios, tornando-o numa das principais preocupações dos líderes executivos em todo o mundo”, começa por dizer a Fortinet, em comunicado.

A nível global, o número de profissionais dedicados à cibersegurança precisa de aumentar 65% para defender eficazmente os ativos críticos das empresas. Embora o número de profissionais necessários para preencher a lacuna tenha diminuído de 3,12 milhões para 2,72 milhões no ano passado, este é ainda um gap significativo que deixa as organizações vulneráveis.

Tendo em conta os custos crescentes dos ataques nos lucros e na reputação das organizações, a cibersegurança está a tornar-se cada vez mais uma preocupação e prioridade ao nível da administração.

Globalmente, 88% das organizações, que têm um conselho de administração, informaram que o seu conselho faz perguntas específicas sobre cibersegurança e 76% das organizações têm um conselho de administração que recomendou um aumento no número de especialistas em TI e cibersegurança.

Formações e certificações para aumentar o conhecimento dos colaboradores são também alguns dos recursos sugeridos no relatório.

Com o objetivo de conseguir fazer a diferença no gap de competências até 2026, a Fortinet comprometeu-se a formar um milhão de profissionais, de forma a aumentar as competências cibernéticas, bem como a consciencialização.

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