IEFP investe 1,5 milhões em centro de formação para indústria e aeronáutica

"O crescimento contínuo e o investimento expectável para o setor da indústria e o cluster da aeronáutica" levaram o IEFP a decidir investir num novo polo de aprendizagens em Ponte de Sor.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai investir mais de 1,5 milhões de euros na criação de um novo polo de aprendizagens em Ponte de Sor, Portalegre, virado para o setor industrial e, em particular, para o cluster da aeronáutica.

“O investimento a realizar pelo IEFP em Ponte de Sor, em máquinas e equipamentos para o aumento da oferta formativa e operacionalização das ações de formação, ultrapassa 1,5 milhões de euros, que acrescem ao investimento já realizado“, explica esta segunda-feira Arnaldo Frade, delegado regional no Alentejo do instituto em questão, em comunicado.

O protocolo de cedência do espaço para a criação deste novo centro de formação — que estará inserido no Centro Empresarial e Tecnológico de Ponte de Sor — será celebrado esta terça-feira entre a Câmara Municipal e o IEFP. Em causa estão instalações com cerca de 700 metros quadrados, é detalhado na nota enviada à imprensa.

O crescimento contínuo e o investimento expectável para o setor da indústria em geral e do cluster da aeronáutica em particular levaram a Delegação Regional do Alentejo do IEFP a antecipar-se e a promover um protocolo de colaboração com o município, que permite expandir a oferta formativa tanto quantitativa como qualitativamente na sub-região, acrescentando à formação em Produção e Transformação de Compósitos, Maquinação/Programação CNC e Montagem de Estruturas e as áreas ligadas à Manutenção de Aeronaves e de Material de Voo“, sublinha Arnaldo Frade.

Já o presidente da Câmara de Ponte de Sor, Hugo Hilário, frisa, por sua vez, que não se podem “falar em desenvolvimento do cluster aeronáutico sem ultrapassar as dificuldades de recursos humanos especializados, uma das principais exigências deste setor, que, por ser uma indústria de ponta, com recurso a tecnologia complexa, necessita de mão-de-obra especializada”, daí a importância do novo polo do IEFP. “Graças ao IEFP, e a todas as entidades que a nós se juntam nesta missão de gerar conhecimento e capacitação profissional, iremos dar importantes passos para dotar as empresas que aqui se fixam de mais e melhores recursos”, sublinha o autarca.

A Câmara Municipal destaca, além disso, que o aumento da oferta formativa “contribuirá para o crescimento das empresas e a atratividade de Ponte de Sor enquanto local para a fixação de novos players“, além de aumentar “drasticamente a competitividade das empresas” que já estão aí instaladas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais 176 organizações portuguesas juntam-se ao Green Deal europeu em 2022

Com a nova parceria com a Comissão Europeis, as 176 organizações portuguesas (que incluem cidades como Lisboa, Porto, Braga, entre outras, e empresas como a EDP e a NOS) vão reduzir as suas emissões.

A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira em comunicado que para 2022 conquistou o apoio de 176 organizações portuguesas para o Pacto Climático Europeu (Green Deal), que se comprometeram a trabalhar para a redução da emissão de CO2, para um aumento da eficiência energética e para o cumprimento das metas do Pacto.

Estas incluem a redução das emissões de gases de estufa em 55% até ao final da década e neutralidade carbónica europeia até 2050.

De acordo com fontes da UE, até agora mais de 23.000 pessoas e organizações já aderiram ao Pacto Climático Europeu, lançado pela Comissão Europeia, que tem como principal missão que a Europa seja o primeiro continente neutro em termos climáticos no mundo
até 2050.

“Corporações, municípios, instituições de caridade e associações de cidadãos são fundamentais para a concretização de um futuro mais ecológico, já que são atores centrais no consumo de energia e na gestão de desperdício”, disse a Comissão Europeia em comunicado.

Tanto a cidade de Lisboa como a cidade do Porto são parte desta nova parceria, comprometendo-se a reduzir as emissões de gases de estufa, estimar e identificar possíveis condicionantes à transição ecológica, restruturar o planeamento urbano de forma a incorporar fontes de energia eficientes e sustentáveis.

Também vários municípios aderiram à iniciativa, como o Município de Braga, da Figueira da Foz, de Guimarães, de Mafra, entre outros.

O setor privado não ficou aquém, diz Bruxelas. A EDP comprometeu-se a investir na redução de emissões e no controlo da poluição da água, bem como apresentar maior transparência na informação sobre o impacto ambiental das suas operações e promover a educação dos seus colaboradores face à poluição da água.

O aglomerado de telecomunicações NOS aposta na redução de emissões, na utilização de energia verde e na transparência de informação.

Estas são apenas algumas das 176 instituições portuguesas que preveem alterar os seus comportamentos para que o mundo continue verde e habitável.

“Porém, todos nós temos um papel a cumprir na luta por um planeta mais saudável e por uma Europa neutra”, frisou a Comissão Europeia no mesmo comunicado.

O Green Deal visa tornar a economia da UE sustentável, transformando os desafios climáticos e ambientais em oportunidades, e tornando a transição justa e inclusiva para todos. Ao combinar a abordagem política do Green Deal e o apoio do Pacto Climático à ação individual, todos os níveis de governação e a população podem trabalhar em conjunto no sentido de limitar o impacto sobre o clima.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE não deve ter “atitude de falcão” para responder às necessidades da economia, diz Centeno

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

Governador do Banco de Portugal disse ao espanhol El País que BCE deve saber ler o atual ambiente na Europa, diferente do existente nas anteriores crises, e não deve ser “guerreiro” ou “falcão”.

Mário Centeno disse ao jornal espanhol El País (acesso livre, conteúdo em espanhol) que o Banco Central Europeu (BCE) deve saber ler as transições que estão a ocorrer na Europa, nomeadamente na resposta coordenada à crise da pandemia, diferente daquela que foi dada nas anteriores crises de 2008 e 2011, e que “não deve ter uma atitude guerreira ou de falcão” para responder às necessidades da economia.

“2020 foi o primeiro momento em que as políticas monetárias e orçamentais na Europa atuaram de forma coordenada. E como a crise não era estrutural, não houve receios de risco moral, que sempre existem na Europa de que uns se comportam bem e outros não tão bem. Felizmente conseguimos unir-nos, ao contrário de 2008 e 2011. Isto também cria um ambiente diferente nos debates no BCE de reconhecimento da Europa como um todo”, sustentou o português que faz parte do conselho de governadores do banco central liderado por Christine Lagarde.

Com a inflação em máximos desde a criação da Zona Euro, tem crescido a pressão para o BCE apertar a política monetária e começar a subir os juros, como vai fazer a Reserva Federal norte-americana já este ano.

Centeno voltou a argumentar que ainda se está perante um fenómeno temporário de alta inflação, pelo menos seguindo aquilo que está definido na estratégia do BCE, que trabalha para um objetivo de 2% no horizonte de dois anos.

Se a inflação dentro de dois anos se encontra abaixo dos 2%, não temos porque reagir de forma antecipada a esse aumento”, sublinhou o governador do Banco de Portugal.

Ainda assim, Centeno disse que as taxas de juro perto de zero não são confortáveis nem para o BCE nem para o funcionamento da economia.

Questionado ainda pelo jornal espanhol sobre se Portugal perdeu a soberania do seu sistema financeiro, Mário Centeno referiu que ainda há espaço para alguma consolidação na banca portuguesa e destacou o papel da Caixa Geral de Depósitos no mercado nacional que tem grande presença de bancos espanhóis: “A presença de um banco público e bem capitalizado é uma âncora que não existia no passado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cada companhia vai pagar os danos dos seus segurados no choque em cadeia da A4

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2022

Em 29 de dezembro passado um choque em cadeia envolveu 17 veículos na A4 junto a Penafiel. Por ser difícil apurar responsabilidades cada lesado vai ser compensado pela sua própria seguradora.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) acionou o “Protocolo para a regularização de choques em cadeia” aplicando regras excecionais e simplificadas no caso do acidente que ocorreu no dia 29 de dezembro de 2021 na A4, na zona de Penafiel, envolvendo 17 viaturas e causando pelo menos trinta feridos e uma vítima mortal.

Ao abrigo do acordo as seguradoras abdicam do processo de apuramento de responsabilidades, ultrapassando um exercício que por ser complexo nas circunstâncias como as envolveram este acidente e acelera significativamente, o ressarcimento das vítimas. Testemunhos dos envolvidos mencionaram piso invulgarmente escorregadio provavelmente por derrame de combustível na via.

O acionar do protocolo significa que é junto da seguradora que segura cada veículo envolvido no acidente que os lesados devem reclamar a reparação dos danos sofridos. Cada seguradora regularizará os danos relativos aos veículos que ela própria segura e aos respetivos ocupantes, sendo os custos globais do sinistro repartidos depois por todas as seguradoras em função dos veículos envolvidos que seguram, explica em comunicado a associação que junta as companhias de seguros em Portugal.

A APS fará a gestão através de uma nova aplicação informática desenhada, especificamente, para o efeito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apolitical Academy chega a Portugal. Quer qualificar 200 políticos até final de 2023

Através de programas de mentoria gratuitos, a instituição apartidária irá formar jovens para se tornarem atores políticos e serem capazes de procurar soluções para os desafios atuais.

A Apolitical Academy chega a Portugal para formar e ajudar a eleger a próxima geração de cidadãos políticos. Através de programas de mentoria gratuitos, a instituição global apartidária irá formar jovens para se tornarem atores políticos e serem capazes de procurar as melhores soluções para dar resposta aos desafios atuais. Até final de 2023, a Próxima Geração – Apolitical Academy pretende qualificar 200 políticos.

Portugal é o segundo país na Europa e o quarto no mundo a fazer parte deste movimento global de capacitação. “Não podíamos estar mais entusiasmados com o facto de Portugal ter aderido à família Apolitical Academy Global. A equipa fundadora da Próxima Geração é empreendedora, progressista e profundamente empenhada em trazer a próxima geração de políticos transformadores a Portugal, para revitalizar a democracia para o século XXI“, afirma Lisa Witter, CEO da Apolitical Global, citada em comunicado.

O objetivo é cativar o cidadão comum, sobretudo os mais jovens, para trazer a sua experiência e competências para gestão do bem comum, seja na sua rua ou comunidade, no seu bairro, associação ou cidade, ou no próprio sistema político, participando ativamente no processo democrático e contribuindo para o rejuvenescimento das instituições políticas.

Os programas da academia terão início este ano e serão direcionados ao cidadão comum entre os 16 e 30 anos, de diferentes realidades socioeconómicas e regiões do país e com diferentes ideologias.

Nuno Alvim, consultor na RBB EconomicsPartner, Fernando Soares, diretor de desenvolvimento e financiamento da Universidade Nova de Lisboa, Adriana Cardoso, comunicadora em ciência no Público e Comunidade Cultura e Arte, Teresa Coelho, cofundadora da ONGD WACT – We Are Changing Together, Nuno Carneiro, fundador da comunidade cívica Política Para Todos, e Ricardo Marvão, cofundador da Beta-i, juntaram-se para fundar a Apolitical Academy em Portugal.

Além de Portugal, a Apolitical Academy conta com quatro academias em países com contextos políticos diferenciados (Suécia, África do Sul, Cáucaso e Paraguai) e já formou 253 jovens políticos em cinco anos. No próximo ano, está planeada a abertura de mais 11 novas academias a nível mundial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

easyJet ainda tem “milhares de lugares” a partir de 9,99 euros

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

Companhia aérea low-cost tem até ao final do dia 19 de janeiro "milhares de lugares" com partida de Lisboa e do Porto. Preços começam nos 9,99 euros.

Restam apenas três dias para aproveitar a promoção da easyJet, com “milhares de lugares” a partir de 9,99 euros. É a “última chamada” para os voos com partida de Lisboa e do Porto e destino a várias cidades europeias, como Madrid, Bordéus ou Funchal.

A campanha termina no final do dia 19 de janeiro alerta a companhia britânica, em comunicado enviado esta segunda-feira. Com partida nas duas principais cidades do país, as promoções aplicam-se a vários destinos europeus, com diferentes preços.

Do Porto é possível viajar para Bordéus ou Toulouse a partir de 9,99 euros, em rotas com três e cinco voos por semana, respetivamente. É ainda possível voar para Rennes (às terças, quintas e sábados) e para o Funchal (todos os dias) desde 14,99 euros.

Já com saída de Lisboa, as promoções aplicam-se nos voos diários até Bordéus, com tarifas a partir de 9,99 euros, e nos voos diários para o Funchal e Madrid, a partir de 14,99 euros, detalha a companhia low-cost.

“Sabemos que vários passageiros não tiveram ainda oportunidade para viajar e tirar férias, pelo que disponibilizamos até ao final de março várias ligações domésticas e ainda, dos aeroportos de Lisboa e do Porto, para outras cidades europeias”, diz José Lopes, diretor-geral da easyJet para Portugal, citado em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Da escassez de talento à saúde mental e paridade de género. 10 tendências em gestão de pessoas para 2022

A atração e formação de talento, a saúde mental, a flexibilidade e a paridade de género são algumas das tendências previstas pelo ManpowerGroup para 2022.

Não faltam ambições entre os empresários ao nível da contratação de talento, mas encontrar o profissional certo continua a ser extremamente desafiante. No último trimestre de 2021, seis em cada dez empresas não conseguiram encontrar pessoas com as competências de que necessitam no mercado de trabalho. E 2022 continua a colocar a atração e formação de talento no centro das prioridades, bem como a saúde mental, a flexibilidade e a paridade de género, revela o ManpowerGroup.

“A escassez de talento mostra-se uma realidade cada vez mais presente, ao alcançar valores máximos em 15 anos”, refere o grupo especializado em recursos humanos, comentando uma investigação sobre as tendências em recursos humanos para 2022 a que a Pessoas teve acesso.

Estas são as dez principais tendências que o ManpowerGroup entende que as organizações devem considerar na definição e implementação da estratégia de gestão de talento, de forma a criar uma melhor proposta de valor para os colaboradores e manter a competitividade no mercado de trabalho.

1. Maior capacidade de escolha

Devido à escassez de profissionais, a escolha no que respeita à organização para a qual se quer trabalhar estará ao alcance de um número crescente de profissionais. “A par dos elementos de retribuição, os trabalhadores exigirão cada vez mais flexibilidade e autonomia, bem como uma cultura de confiança e um foco crescente no propósito organizacional e nos valores sociais e ambientais”, antecipa o grupo, em comunicado.

Centrando-se nestes eixos, as empresas poderão criar propostas de valor competitivas e em linha com as preferências da sua base de talento, defende.

2. Trabalho, sem depender do escritório

Depois de quase dois anos de pandemia e, com isso, um modelo de trabalho mais flexível e híbrido, os profissionais não querem perder a autonomia conquistada. “Valorizam cada vez mais o equilíbrio entre a casa e o trabalho, e a possibilidade de poder conjugar flexibilidade, interação e colaboração, de uma forma que responda às suas aspirações.”

Neste sentido, os modelos de trabalho híbridos e remotos serão mais procurados do que nunca e as equipas de recursos humanos terão pela frente o desafio de repensarem a contratação, o onboarding e o bem-estar dos trabalhadores, num mundo do trabalho cada vez mais digital e híbrido.

3. Escassez de talento põe foco na requalificação

“Os níveis recorde de escassez de talento e o gradual aumento dos salários significam que os mercados de trabalho estão a ser fortemente solicitados. Face a este contexto, os empregadores precisam de ser cada vez mais criativos e flexíveis, para garantir a atração, o compromisso e requalificação das suas equipas, numa altura em que são exigidas aos profissionais cada vez mais competências, tanto técnicas como humanas”, alerta.

A requalificação dos trabalhadores, defende a recrutadora, permitirá abordar a atual escassez de talento, confirmando-se, cada vez mais, como um fator de atração de talento.

4. Transformação digital é tecnológica, mas também humana

É certo que a aplicação de analítica de dados e inteligência artificial permitirá prever o potencial de desempenho de cada trabalhador, a sua adequação face a futuras oportunidades profissionais, bem como aumentar a diversidade e reduzir as desigualdades. Mas as organizações são, ao mesmo tempo, cada vez mais conscientes da importância do binómio talento e tecnologia no sucesso da transformação digital.

“O impulso das competências humanas e da cultura certa ganham, assim, protagonismo como a chave para o progresso digital.”

5. Esforço consciente em prol da paridade

A forte redução no número de trabalhadores dedicados aos setores mais impactados pela pandemia, e tipicamente mais femininos — como é o caso da restauração e hotelaria, mas também educação e saúde — “deverá ser compensada com um aumento no acesso a oportunidades em setores de crescimento, onde as mulheres estão ainda sub-representadas, como é o caso da tecnologia”.

No entanto, e de acordo com o relatório de 2021 do World Economic Forum, serão já necessários 135 anos para alcançar a paridade de género, num intervalo de tempo que tem vindo a aumentar gradualmente em consequência da crise pandémica. “Deverá, por isso, existir um esforço de inclusão consciente por parte das empresas, que considere elementos como a flexibilidade, a mentoria ou a valorização dos resultados, em vez da presença no escritório, para se conseguirem os desejados progressos na paridade de género no pós-pandemia”, defende o ManpowerGroup.

6. Cultura organizacional ganha (ainda mais) importância

Considera a “cola” de qualquer organização, “nesta remodelação da cultura empresarial, uma liderança empática e pronta para um mundo digital será um fator relevante”. Essa liderança será mais capaz de garantir a permanência das pessoas na companhia.

7. Prevenção da saúde mental

“A necessidade de quebrar o estigma destas doenças exigirá que os empregadores sejam explícitos acerca do seu dever crescente de proteção da saúde mental. Assistiremos, assim, a uma crescente implementação de medidas de prevenção do esgotamento, bem como à revisão de políticas, benefícios e cultura organizacional, no sentido de promover a resiliência de trabalhadores e empresas” antecipa o grupo.

8. Diversidade, equidade e inclusão. Das palavras aos atos

Também em questões relacionadas com política, raça, identidade e cultura, as empresas são, cada vez mais, chamadas a tomar posições sobre temas sociais. Em 2022, as organizações “deverão atuar de forma transparente e visível no sentido de promover diversidade, equidade, inclusão e sentimento de pertença, a nível interno e na sua relação com a sociedade, contribuindo para que todos possam beneficiar da recuperação económica e do progresso tecnológico.”

9. Alterações climáticas

Outros dos temas que o ManpowerGroup destaca para 2022 é a questão da transparência em torno do investimento socialmente responsável e a convergência de normas de combate às alterações climáticas, que, na sua opinião está a criar urgência para que empresas assumam a liderança na temática ambiental.

“Desta forma, a legislação em torno da ação climática e os compromissos organizacionais com as emissões zero são cada vez mais comuns, como forma de reduzir o impacto ambiental das organizações e posicioná-las como entidades responsáveis no tema da sustentabilidade.”

10. Agilidade e resiliência das organizações

“Modelos operacionais e de gestão de pessoas mais ágeis emergirão para responder às atuais transformações no mercado. Neste sentido, a capacidade de transformar dados em insights significativos será fundamental para minimizar os riscos na gestão do talento e otimizar a organização do trabalho, incluindo por exemplo modelos como o trabalho em freelance ou a contrato, que ganham crescente apetência, tanto por parte de empresas como de trabalhadores.”

As dez tendências previstas pelo ManpowerGroup para a área dos recursos humanos para o ano de 2022 resultam da investigação e interpretação de dados recolhidos a nível global e de insights resultantes das relações com clientes, candidatos e parceiros, numa análise que permite às organizações a compreender o contexto atual e futuro do mundo do trabalho e os principais impactos na gestão do talento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hot Topics #4: criptomoedas e fintech

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

Ouça o episódio #4 do podcast Hot Topics 2022, dedicado aos criptoativos e às fintech, com Diogo Pereira Duarte, sócio contratado da Abreu Advogados.

Os criptoativos foram um tópicos quente de 2021 e vão continuar a sê-lo este ano. Além da bitcoin, o primeiro a ser lançado, existe um vasto universo de criptomoedas que está a revolucionar a forma como se investe, o funcionamento da indústria financeira ou o colecionismo de arte. Em 2021, este setor foi avaliado em três mil milhões de dólares.

O que são os criptoativos? Vamos assistir a uma normalização deste tipo de investimentos? Que regulação existe atualmente em Portugal e na União Europeia? O que distingue os NFT dos outros criptoativos? O que trazem de diferente? Em Portugal, a Santa Casa da Misericórdia criou a sua própria plataforma de NFT. Como funciona e que desafios legais levanta? Irá a blockchain revolucionar a indústria financeira provocando uma desintermediação? Que avaliação se pode fazer do mercado das fintech em Portugal? Existe, também aqui, uma preocupação pela sustentabilidade?

Para nos ajudar a responder a estas questões temos Diogo Pereira Duarte, sócio contratado da Abreu Advogados responsável pelo setor de fintech, e professor auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em conversa com André Veríssimo, redator principal do ECO.

Hot Topics #4

O podcast Hot Topics 2022 é uma iniciativa da Abreu Advogados, em parceria com o ECO, e pretende dar uma perspetiva do próximo ano em diferentes áreas. Descubra os episódios anteriores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

China volta a registar quebra nos nascimentos em 2021

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

No ano passado nasceram cerca de 10,6 milhões de bebés na China, uma quebra de 12% em relação aos 12 milhões registados em 2020.

O número de bebés nascidos na China voltou a registar uma quebra em 2021, mantendo a tendência dos últimos anos e acelerando uma crise demográfica no país mais populoso do mundo, segundo dados oficiais divulgados esta segunda-feira.

No ano passado nasceram cerca de 10,6 milhões de bebés, uma quebra de 12% em relação aos 12 milhões registados em 2020, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas.

A população da China fixou-se assim acima de 1,4 mil milhões de habitantes, no final de 2021, um aumento de 480.000, em relação ao ano anterior, segundo a mesma fonte.

Uma força de trabalho em declínio aumenta a pressão sobre o objetivo do Partido Comunista da China (PCC) de aumentar a riqueza nacional e a influência global, com um modelo económico assente no consumo interno, em detrimento das exportações e investimento em grandes obras.

A China, onde o nível de produtividade por pessoa está abaixo da média global, pode enfrentar uma “bomba-relógio demográfica” e ter poucos trabalhadores para sustentar um número crescente de idosos.

O PCC impôs a política de filho único entre 1980 e 2016, para conter o crescimento populacional e conservar os recursos do país.

Mas a política começou a causar preocupações, depois de a população em idade ativa atingir o pico de 925 milhões, em 2011, e começar a contrair antes do esperado.

Apesar de a política de filho único ter sido abolida, os casais enfrentam elevados custos de vida e de habitação e a discriminação das mães no trabalho.

A percentagem de população em idade ativa, entre os 16 e 59 anos, desceu para 882,2 milhões, ou 62,5% do total, abaixo dos 70,1% registados há uma década.

Os especialistas dizem que a parcela da população em idade ativa pode cair para metade até 2050.

O país tinha, no ano passado, 267 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, ou 18,9% do total, acima dos 264 milhões, ou 18,7%, de 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia abre 600 vagas para estágios remunerados

Com uma remuneração mensal de cerca de 1.230 euros e a duração de cinco meses, as candidaturas para os estágios financiados pela Comissão Europeia estão abertas até ao final do mês.

Estão abertas as candidaturas para os estágios remunerados da Comissão Europeia, nas áreas de administração e tradução. Com duração de cinco meses e uma remuneração mensal de cerca de 1.230 euros, os estágios podem ser realizados em Bruxelas ou noutras cidades europeias, como em Lisboa. Ao todo, há 600 vagas por preencher. As candidaturas estão abertas.

Sem qualquer limite de idade, podem candidatar-se nacionais de um Estado-Membro da União Europeia “ou dos países candidatos que beneficiam de uma estratégia de pré-adesão”; “pode igualmente participar um número limitado de nacionais de países terceiros”, informa Bruxelas em comunicado.

Em termos de requisitos obrigatórios, é exigida a conclusão de uma licenciatura de, pelo menos, três anos e um conhecimento avançado (nível C1/2) de, pelo menos, duas línguas oficiais, uma das quais tem de ser inglês, francês ou alemão.

Já os candidatos que tenham realizado, durante mais de seis semanas, estágio noutra instituição ou organismo da UE não são elegíveis para submissão de candidatura.

A inscrição para o programa de estágios “Blue Book” pode ser feita aqui, até ao meio-dia (hora de Bruxelas) de 31 de janeiro. Os candidatos selecionados darão início aos estágios a 1 de outubro de 2022 e terminarão a 28 de fevereiro de 2023.

Para esclarecimento de dúvidas, o Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), em parceria com o IEFP/EURES Portugal, organiza um webinar a 20 de janeiro, pelas 10h30. Pode fazer a sua inscrição através deste link.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Inside Talkdesk”. Unicórnio mostra como se trabalha na empresa

O evento pretende mostrar a forma como se trabalha na empresa de tecnologia, através da apresentação das equipas, assim como da tecnologia e projetos que desenvolvem. 

A Talkdesk chama a comunidade tecnológica para o segundo momento do “Inside Talkdesk”. O evento pretende mostrar a forma como se trabalha na empresa de tecnologia, através da apresentação das equipas, assim como da tecnologia e projetos que desenvolvem. É ainda possível reservar lugar online, para o segundo momento, que iniciou no dia 11 de janeiro e irá prolongar-se até dia 27 do presente mês.

“Neste evento abrimos as portas da empresa para que qualquer pessoa conheça a nossa na cultura e dia a dia. Trabalhar na Talkdesk é fazer parte de um projeto verdadeiramente global, com desafios relevantes e uma cultura fortemente tecnológica. Estes momentos, como os vivenciados no Inside Talkdesk, são um fórum de partilha dos desafios e oportunidades que temos atualmente disponíveis”, afirma João Coelho, diretor sénior de talent na Talkdesk, em comunicado.

Durante as próximas semanas, os temas em foco serão as soluções de gestão e enablement de equipas (WEM), a inteligência artificial e a platform as a service. Seguem-se os temas da especialização de desenvolvimento de produto por indústrias e de soluções de comunicação unificada, na última semana do evento, entre 25 e 27 de janeiro.

Esta edição está dividida em quatro momentos diferentes, distribuídos por quatro semanas. O primeiro momento ocorreu entre 13 e 17 de dezembro e focou-se no tema do contact center as a service (CCaaS).

Estiveram presentes nesta primeira parte da edição estiveram perto de uma centena de participantes e 14 oradores da unidade de negócio CCaaS, que abordaram temas díspares, desde a tecnologia utilizada na organização, às metodologias ágeis com que trabalham ou ainda a mobilidade interna.

“Foi uma ótima forma de apresentarmos a nossa equipa de CCaaS assim como a experiência de trabalho das pessoas que dela fazem parte”, refere João Coelho.

A inscrição para o evento — que é gratuita, mas existe limitação de lugares — pode ser feita aqui, onde também pode consultar a agenda doInside Talkdesk“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há um novo apoio à contratação permanente. Conheça as regras

Foi publicada a portaria de um novo incentivo à contratação permanente de desempregados e jovens que pode chegar a 11.168 euros por trabalhador. Conheça aqui as regras deste novo apoio.

A portaria que cria e regula a medida Compromisso Emprego Sustentável, o novo apoio à contratação permanente de desempregados e jovens, foi publicada esta segunda-feira em Diário da República. O documento estabelece as regras deste apoio financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que começa nos 5.318,4 euros por trabalhador, mas pode mais do que duplicar com as majorações. As empresas têm de manter o trabalhador pelo menos durante dois anos.

O Compromisso Emprego Sustentável apresenta-se como uma medida com caráter excecional e transitório e consiste num incentivo à contratação sem termo de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P., assentando na combinação de um apoio financeiro à contratação e de um apoio financeiro ao pagamento de contribuições para a Segurança Social, apoios que podem ser acumulados com medidas de incentivo ao emprego de natureza fiscal ou parafiscal”, escreve o Governo na portaria.

A portaria, que entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, prevê um conjunto de majorações do apoio financeiro à contratação para determinadas situações que podem mais do que duplicar o valor base do apoio que é de 5.318,4 euros. “Além do reforço dos incentivos à criação de emprego permanente, a medida responde a outros desafios estruturais do mercado de trabalho português, designadamente a necessidade de promover o emprego dos jovens e de estimular uma melhoria generalizada dos salários”, acrescenta.

Estes apoios não são cumuláveis com outros apoios diretos ao emprego que se refiram ao mesmo posto de trabalho, mas são cumuláveis com medidas de incentivo ao emprego de natureza fiscal ou parafiscal. Durante a vigência do Compromisso Emprego Sustentável não serão admitidas candidaturas para a medida Incentivo ATIVAR.PT, que consiste na concessão, à entidade empregadora, de um apoio financeiro à celebração de contrato de trabalho com desempregado inscrito no IEFP.

Que entidades empregadoras podem candidatar-se?

“Podem candidatar-se à medida as pessoas singulares ou coletivas de natureza jurídica privada, com ou sem fins lucrativos, que preencham os requisitos previstos”, lê-se na portaria, como é o caso de estar regularmente constituída e registada, ter a situação tributária e contributiva regularizada, não se encontrar em situação de incumprimento no que respeita a apoios financeiros concedidos pelo IEFP nem Fundos Europeus Estruturais e de Investimento e ter contabilidade organizada.

Também se incluem empresas que estão no processo especial de revitalização (PER) ou no Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (RERE). Neste caso, o requisito de não ter salários em atraso não se aplica.

Para que tenham acesso ao apoio, as empresas têm de publicitar a oferta de emprego no portal do IEFP, sinalizando que a oferta está ao abrigo deste apoio, celebrar o contrato de trabalho com o desempregado no IEFP, garantir a formação profissional durante o período do apoio e assegurar que há criação líquida de emprego.

Quem pode ser contratado para que as empresas tenham acesso ao apoio?

Para que tenham acesso ao apoio, as empresas têm de contratar desempregados inscritos no IEFP “há pelo menos seis meses consecutivos”. Porém, “o prazo mínimo de inscrição estabelecido no número anterior é reduzido para dois meses quando se trate de pessoa” com idade igual ou inferior a 35 anos ou com idade igual ou superior a 45 anos. Não há prazo mínimo para diversas situações, como as pessoas com deficiência e incapacidade ou quem integre família monoparental, por exemplo, entre outros.

Não é elegível para o apoio uma empresa que volte a contratar alguém que despediu recentemente. Não são elegíveis os contratos de trabalho celebrados “entre entidade empregadora ou entidade pertencente ao mesmo grupo empresarial e desempregado que a esta esteve vinculado por contrato de trabalho imediatamente antes de ser colocado na situação de desemprego, exceto quando a situação de desemprego tenha ocorrido há mais de 12 meses ou quando o contrato de trabalho tenha sido celebrado ao abrigo do regime para jovens em férias escolares, previsto no Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social”.

As empresas têm de garantir que conseguem provar a existência de criação líquida de emprego e terão de manter o contrato de trabalho apoiado durante pelo menos 24 meses. “A concessão do apoio financeiro previsto na presente portaria determina a obrigação de manter o contrato de trabalho apoiado e o nível de emprego alcançado por via do apoio financeiro durante, pelo menos, 24 meses a contar do primeiro mês de vigência do contrato apoiado”, detalha a portaria.

Em que situações há majorações ao apoio?

O apoio base corresponde a 12 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS), o que significa que é 5.318,4 euros. Porém, há várias situações em que há uma majoração desse apoio, sendo que estas são cumuláveis até a um limite de três:

  1. Em 25%, quando esteja em causa a contratação de jovens com idade até aos 35 anos, inclusive;
  2. Em 35%, quando esteja em causa a contratação de pessoas com deficiência e incapacidade;
  3. Em 25%, quando a retribuição base associada ao contrato apoiado seja igual ou superior a duas vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida (RMMG);
  4. Em 25%, quando esteja em causa posto de trabalho localizado em território do interior, nos termos definidos pela Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho, na sua redação atual;
  5. Em 25%, quando a entidade empregadora seja parte de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT) negocial, nos termos do artigo 2.º do Código do Trabalho;
  6. O apoio financeiro previsto no n.º 1 é ainda majorado em 30 % quando esteja em causa a contratação de desempregados do sexo sub-representado em determinada profissão.

A majoração relativa ao sexo sub-representado não conta para o máximo de três majorações cumulativas.

Qual o apoio ao pagamento das contribuições para a Segurança Social?

A portaria refere que a “entidade empregadora tem direito a um apoio financeiro correspondente a metade do valor da contribuição para a Segurança Social a seu cargo, relativamente aos contratos de trabalho apoiados, durante o primeiro ano da sua vigência“, sendo que no máximo será de sete vezes o valor do IAS, ou seja, 3.102,4 euros.

Quando receberá os apoios?

A empresa recebe a maioria dos apoios logo no início, mas terá de esperar para receber o resto. Segundo a portaria, “60% do valor dos apoios financeiros é pago após o início de vigência de todos os contratos de trabalho apoiados, no prazo máximo de 20 dias úteis após a apresentação dos mesmos ao IEFP“. Os restantes 40% são dilatados no tempo: 20% serão pagos no “décimo terceiro mês de vigência do último contrato iniciado” e mais 20% no “vigésimo quinto mês de vigência do último contrato iniciado”.

“Os pagamentos previstos nos números anteriores ficam sujeitos à verificação da manutenção dos requisitos necessários à concessão do apoio financeiro”, nota a portaria.

É preciso dar formação profissional?

Sim, a formação profissional é obrigatória ao abrigo deste apoio. A formação em contexto de trabalho ajustada às competências necessárias tem de ter um período mínimo de 12 meses e deve ser acompanhada por um “tutor” designado pela empresa. Além disso, tem de haver formação ajustada às funções através “entidade formadora certificada, com uma carga horária mínima de 50 horas, realizada, sempre que possível, durante o período normal de trabalho”.

O que acontece em caso de incumprimento?

Caso não cumpram com as regras detalhadas nesta portaria, as empresas poderão ter de devolver total ou proporcionalmente os apoios recebidos até à data.

“O incumprimento por parte da entidade empregadora das obrigações relativas aos apoios financeiros concedidos no âmbito da presente portaria implica a imediata cessação dos mesmos”, define a portaria, abrindo a porta à restituição dos montantes já recebidos, “sem prejuízo do exercício do direito de queixa por eventuais indícios da prática de crime”.

A portaria estabelece ainda que “a restituição dos apoios financeiros é efetuada no prazo de 60 dias a contar da data da notificação referida no número anterior, sob pena de pagamento de juros de mora à taxa legal em vigor”.

Consulte a portaria na sua íntegra:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.