Braço de ferro no Parlamento. Ventura não abdica de um vice-presidente do Chega na AR

"Nenhum português compreenderia" um bloqueio da esquerda à eleição do vice-presidente da Assembleia da República, avisou André Ventura.

André Ventura garantiu esta quarta-feira que o Chega (CH) não vai abdicar de ter um vice-presidente da Assembleia da República, apesar da oposição que se tem feito sentir por parte da esquerda. Jerónimo de Sousa já garantiu, por exemplo, que a bancada comunista não viabilizará o nome indicado por este partido da extrema-direita.

Nas eleições legislativas de 30 de janeiro, o Chega conseguiu o terceiro lugar na corrida, recolhendo 7,15% dos votos e 12 mandatos. Este resultado faz deste partido a terceira força política nacional, tendo agora direito a indicar o nome de um deputado para a eleição dos quatro vice-presidente da Assembleia da República. Esse deputado terá, depois, de ser aprovado pela maioria dos deputados por voto secreto, mas há partidos que já adiantaram que serão contra. “Quero afirmar com clareza que não será com os votos do PCP que o Chega terá esse lugar institucional”, disse Jerónimo de Sousa.

Em resposta, André Ventura sublinhou esta quarta-feira, à saída de uma reunião com o Presidente da República, que “nenhum português compreenderia” que o Parlamento entrasse numa “maratona de votações” por efeito do bloqueio da esquerda do nome indicado pelo Chega para o cargo em questão. “Quero acreditar que não passa de uma polémica de poeira“, disse, assegurando que, se o primeiro deputado indicado não for aprovado, este partido avançará com outros nomes até que consiga a “luz verde”.

Em declarações aos jornalistas, André Ventura disse ainda que não será ele o deputado indicado para vice-presidente da Assembleia da República. “Procuraremos escolher um nome que seja uma garantia que cumprirá as suas funções“, pela sua notoriedade e experiência, explicou.

Em reação a esta polémica, o social-democrata Rui Rio não se comprometeu com um voto contra ao nome que vier a ser indicado pelo Chega, dizendo apenas que ainda não sabe que deputado será escolhido pelo partido de Ventura para a vice-presidência da Assembleia da República. “Terei de ver com atenção, porque deputado do Chega só havia um. Todos os outros ninguém conhece“, afirmou.

Em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião em Belém, o líder do PSD frisou, ainda, que os vice-presidentes são eleitos por voto secreto, pelo que cabe aos deputados tomarem as decisões, isto é, os líderes parlamentares podem somente dar sinais de preferência. Já questionado sobre a legitimidade do Chega para propor um nome, Rui Rio foi taxativo: “Em termos regimentais, seguramente“.

Também já se sabe que não será André Ventura o líder da bancada parlamentar do Chega, partido que promete ser agora “a oposição que o país precisa“. “Não deixaremos que os erros de José Sócrates voltem a ser cometidos, vamos estar vigilantes”, frisou o líder deste partido, adiantando que irá propor, tal como a Iniciativa Liberal, o “retorno imediato dos debates quinzenais” com o primeiro-ministro.

(Notícia atualizada às 18h48)

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Varandas recandidata-se ao Sporting após “mandato histórico”

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

Frederico Varandas, depois de anunciar a recandidatura à liderança do clube, apela aos sócios que se desloquem às urnas em 5 de março.

O presidente do Sporting disse esta quarta-feira que se recandidata à presidência dos órgãos sociais do clube com um “sentimento de dever cumprido”, traçando como principal objetivo dar continuidade ao crescimento, após um mandato que considera ter sido histórico.

“Sentimento de dever cumprido. Há cerca de três anos e meio, exatamente neste hall vip [no Estádio José Alvalade], tinha dado a garantia que no final do mandato o Sporting estaria melhor e não está apenas melhor. O [Sporting] está muito, muito melhor. É um grande orgulho que cumprimos este mandato”, disse Frederico Varandas, antes de formalizar a recandidatura à presidência aos órgãos sociais do clube, junto do presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Rogério Alves.

Segundo Varandas, este é um mandato que “fica para a história”, face aos resultados desportivos conseguidos no futebol e nas diversas modalidades. “Estamos a falar de seis títulos para o futebol. Nenhum clube ganhou tanto como o Sporting no futebol: dois títulos com Marcel Keizer, quatro títulos com Rúben Amorim, um dos quais o título nacional que fugia há 19 anos. A nível das modalidades, vários títulos nacionais, 12 títulos europeus e um título mundial”, justificou.

Sobre a questão financeira, a pandemia de covid-19 “reduziu drasticamente todas as receitas de todos os clubes”, mas o atual presidente enalteceu a “redução estrutural dos custos em cerca 15 por centro do grupo Sporting, clube e SAD”, sem esquecer a “evidente valorização dos ativos e a recuperação da credibilidade financeira da Sporting SAD nos mercados”.

Traçando como grande meta “continuar a fazer crescer um Sporting corajoso, independente e com valores”, Frederico Varandas apela aos sócios que se desloquem às urnas em 5 de março, de forma a mostrarem o que pretendem para o clube. “Eu apelo. Acredito no Sporting dos sócios, que saibam cuidar do seu clube. É muito importante a sua presença na noite eleitoral e virem aqui dizer de sua justiça o que pretendem para o clube”, concluiu.

A próxima Assembleia Geral Eleitoral do Sporting está marcada para 5 de março, no pavilhão João Rocha, junto ao Estádio José Alvalade, em Lisboa. Além de Frederico Varandas, concorrem ao sufrágio Nuno Sousa, que formaliza também hoje a candidatura, e Ricardo Oliveira, presidente da Federação Portuguesa de Padel.

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Autoridade da Concorrência aplicou 138 milhões em multas em 2021

A entidade liderada por Margarida Matos Rosa recebeu e analisou 557 denúncias por práticas anticoncorrenciais em 2021, ano em que tomou nove decisões de condenação e emitiu seis notas de ilicitude.

A Autoridade da Concorrência (AdC) aplicou mais de 138 milhões de euros em coimas em 2021, num total de nove decisões condenatórias. A maior sanção do ano por práticas anticoncorrenciais, no valor de 93 milhões de euros, visou o Continente, Pingo Doce, Auchan, Intermarché e Super Bock devido a um esquema de fixação de preços.

O balanço disponibilizado pela entidade reguladora liderada por Margarida Matos Rosa dá ainda conta da emissão de seis notas de ilicitude, relativas a hub-and-spoke, cartéis e gun-jumping, em setores como a saúde — uma envolveu cinco hospitais privados por concertação nos contratos com a ADSE e outra mais recente a Santa Casa na compra do Hospital da Cruz Vermelha –, a segurança e vigilância, o desporto (Liga de clubes de futebol e 31 sociedades desportivas), a grande distribuição e as telecomunicações.

Num ano em que o regulador recebeu e analisou 557 denúncias e fez cinco diligências de busca e apreensão a dez instalações e 20 entidades, a AdC contabiliza também 59 decisões finais quanto ao controlo de operações de concentração e mais de 35 estudos, recomendações e pareceres em vários setores. Por exemplo, um inquérito sobre as fintech ou o comentário ao projeto de lei relativo às margens máximas de comercialização para combustíveis e GPL em garrafas.

Já no âmbito da estratégia para a contratação pública, a AdC destaca a campanha que visa “sensibilizar para os sinais de conluio nos concursos públicos e promover uma adjudicação mais favorável à concorrência”, que já atingiu mais de 3.200 participantes desde 2016 e que se concentrou em setores com grandes volumes de concursos públicos e em municípios como Lisboa, Porto, Funchal e Ponta Delgada.

Para 2022, na mira do organismo vão estar a logística, o mercado de trabalho ou a contratação pública. Algumas das prioridades prosseguem o que tinha sido estabelecido no ano passado, como o comércio digital, mas há também novas realidades a merecer atenção especial do regulador. É o caso das dificuldades nas cadeias de abastecimento, da promoção de um mercado laboral mais concorrencial ou de melhores práticas na contratação pública.

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Suíça entra em fase endémica e planeia levantar todas as restrições

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

“O fim da crise não significa o fim do vírus. Estamos a aprender a viver com isso”, disse o presidente suíço.

A Suíça acredita que a crise sanitária provocada pela covid-19 está agora a entrar numa fase endémica e, por isso, mais controlável, pelo que planeia levantar todas as restrições até meados de fevereiro. “Claro que a pandemia ainda não acabou, mas podemos ver a luz ao fundo do túnel”, disse esta quarta-feira o Presidente suíço, Ignazio Cassis, em conferência de imprensa.

Os sinais de que a crise vai acabar em breve multiplicam-se, “sugerindo o início da fase endémica”, sublinhou uma declaração governamental anunciando o levantamento a partir de 3 de fevereiro da quarentena para casos de contacto e da obrigação de teletrabalho.

Cassis aproveitou a oportunidade para recordar que esta nova fase só é possível graças à vacinação e apelou a alguma cautela. “O fim da crise não significa o fim do vírus. Estamos a aprender a viver com isso”, salientou o antigo médico, referindo-se particularmente a uma possível sazonalidade da covid-19, como a gripe.

Como é tradicional no país alpino, o Conselho Federal convocou uma consulta até 9 de fevereiro, nomeadamente com os cantões, representantes da sociedade civil e representantes eleitos, sobre a flexibilização das restantes medidas.

O levantamento total poderia entrar em vigor em 17 de fevereiro, suprimindo assim a obrigação de apresentação de um passe sanitário em restaurantes e locais culturais, mas também o uso de máscaras nos transportes públicos e lojas, assim como as restrições ligadas a reuniões privadas e públicas.

Se a situação ainda for demasiado incerta em 16 de fevereiro, o Conselho planeou aliviar as restrições em duas fases. Em qualquer caso, as pessoas infetadas terão de continuar a cumprir isolamento.

O Conselho Federal baseia o seu otimismo no “desenvolvimento favorável da situação nos hospitais”, apesar de haver um nível recorde de infeções no país. Esta quarta-feira, a Suíça registou quase 41.000 novas infeções, num país com 8,6 milhões de pessoas.

A ocupação nas Unidades de Cuidados Intensivos continuou a diminuir devido à “elevada imunidade da população graças a vacinação ou infeção anterior” e ao fato de a variante Ómicron “causar menos complicações graves do que outras variantes”, segundo o governo.

Na terça-feira, a Dinamarca tornou-se no primeiro país da Europa a levantar todas as restrições. No mesmo dia, o chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, disse ser “prematuro” declarar vitória sobre o vírus.

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Galp cai 2,68% após anunciar ajuste no dividendo. PSI-20 sobe 0,04%

As ações da Galp Energia caíram 2,68% na sequência de ter referido que quer fazer um “ajuste” aos dividendos. Ainda assim, o PSI-20 manteve-se em terreno positivo com uma subida ligeira.

Acompanhando a tendência positiva das praças europeias, o PSI-20 também fechou em alta, ainda que a subida tenha sido ligeira: valorizou 0,04% para os 5.627,96 pontos. A negociação em Lisboa nesta quarta-feira fica marcada pela queda da Galp Energia após a petrolífera ter anunciado um ajuste nos dividendos.

Na Europa, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,5%. O britânico FTSE 100 subiu 0,8%, o francês CAC 40 valorizou 0,4%, o espanhol IBEX avançou 0,1% e o alemão DAX também somou 0,1%.

Em Lisboa, 10 cotadas valorizaram, uma ficou inalterada e oito fecharam em terreno negativo.

O destaque vai para a Galp Energia, cujas ações desvalorizaram 2,68% para os 9,73 euros. Em causa esteve o impacto da divulgação do trading update relativo ao quarto trimestre, no qual a empresa falou da intenção de realizar um “ajuste” aos dividendos.

Ainda nas quedas, a Semapa, a Altri e a Pharol desvalorizaram 1% ou mais.

Mas o PSI-20 acabou por ficar acima da linha de água, graças às subidas de cotadas como a EDP Renováveis, que valorizou 1,65% para os 19,06 euros, a Novabase, que subiu 1,22% para os 4,96 euros, e a Corticeira Amorim, que avançou 1,16% para os 10,5 euros.

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Os edifícios não são eficientes. Qual a solução?

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  • 2 Fevereiro 2022

A análise de quantidades massivas de dados e o cumprimento das metas de eficiência energética são alguns dos maiores desafios dos Gestores de Edifícios de comércio e serviços. Qual é a solução?

Os sistemas de automação e controlo de edifícios (SACE) são, por definição, sistemas que englobam todos os produtos, programas informáticos e serviços de engenharia suscetíveis de contribuir para o funcionamento económico, seguro e eficiente de um edifício através de comandos automáticos e de uma gestão manual mais fácil.

Os SACE são desde 2020, por decreto da Presidência do Conselho de Ministros, uma obrigação em todos os edifícios de comércio e serviços com potência nominal global igual ou superior a 290kW. Permitem consolidar numa plataforma de monitorização centralizada todos os sistemas existentes num edifício, centralizando todas as instalações técnicas em, pelo menos, uma interface homem/máquina.

Esta medida surge inserida nas políticas de melhoria do desempenho energético e regulação do Sistema de Certificação Energética de Edifícios, transpondo a Diretiva (UE) 2018/844 e parcialmente a Diretiva (UE) 2019/944.

Nada de novo. Na realidade os SACE existem há várias dezenas de anos, e têm sofrido uma significativa evolução nos últimos tempos, observada essencialmente na conectividade e partilha de dados. Deixou de ser uma ilha dentro do edifício para, através de protocolos standard, permitir a integração com todo o ecossistema. A normalização do uso das redes IP e de dispositivos IoT (internet das coisas) abriu um novo mundo de oportunidades. Conhecemos este novo paradigma como Smart Buildings.

"A forte dependência do fator humano nestes sistemas tão complexos é o maior obstáculo para reduzir de forma efetiva o consumo energético dentro dos edifícios, sem deixar de garantir que estes são locais confortáveis para os seus ocupantes. ”

O SACE continua, não obstante as crescentes funcionalidades, fortemente dependente do Gestor do Edifício, vulgarmente chamado de Facility Manager (FM), para analisar a cada vez maior quantidade de informação disponibilizada, e para aplicar esse conhecimento para uma gestão mais eficiente do seu edifício. O processamento e a análise de quantidades massivas de dados, um cada vez maior conhecimento e formação especializada nos novos sistemas de gestão são requisitos para um FM. Infelizmente, encontrar FMs qualificados e aptos para a correta exploração das novas tecnologias é difícil.

A acrescer a essa complexidade, a obrigatoriedade de descarbonizar o setor constitui um enorme desafio para os gestores de edifícios. Decorrentes da revisão de 2018 da norma EBPD, a aplicação da Norma EN15232 Classe B que obriga à implementação de SACE mais avançados e a definição de novos indicadores como o SRI (Smart Readiness indicator), são os novos desafios.

A forte dependência do fator humano nestes sistemas tão complexos é o maior obstáculo para reduzir de forma efetiva o consumo energético dentro dos edifícios, sem deixar de garantir que estes são locais confortáveis para os seus ocupantes. Em suma, os investimentos nestes sistemas per si não garantem o cumprimento das metas de eficiência energética. Sendo que os edifícios são responsáveis por 40% da energia consumida e por 36% das emissões de gases de carbono, é evidente a urgência da adoção de medidas mais eficazes.

O contributo da Inteligência Artificial

Se a dependência do operador é um obstáculo a uma gestão mais eficiente dos edifícios, resta aplicar novas tecnologias como a Inteligência Artificial para apoiar o FM a otimizar a operação do SACE.

Empresas como a Bandora já tiram partido dessas tecnologias. A Bandora desenvolve um sistema que visa tornar os edifícios autónomos para uma maior eficiência nas suas operações. O BandoraOM é um Facility Manager virtual, que corre sobre qualquer SACE existente. Utilizando tecnologias de Inteligência Artificial e Machine Learning, automatiza a decisão do FM “real”, efetuando em tempo real e em contínuo o micro ajuste das configurações dos sistemas. Deste modo, o AVAC, a iluminação e outros equipamentos, conseguem endereçar as necessidades de conforto dos seus ocupantes com o compromisso da eficiência energética, ao mesmo tempo que oferece ao FM uma visão integrada do comportamento do seu edifício.

Recentemente a Bandora apresentou um Caso de Referência num restaurante de uma cadeia de fast-food, em que foram atingidas reduções efetivas do consumo energético com a aplicação desta solução, sem necessidade de maiores investimentos em novos sistemas de automação ou substituição dos já existentes.

Este projeto tem o número 45299 e é co-financiado pelo FEDER.

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Xtravel pede insolvência após incumprir reembolsos de viagem de finalistas

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

A agência de viagens Xtravel apresentou-se à insolvência depois de clientes denunciarem o incumprimento da devolução de viagens canceladas em 2020.

A agência de viagens Xtravel apresentou-se à insolvência na Comarca Lisboa Oeste, após clientes denunciarem o incumprimento da devolução de viagens canceladas em 2020, num processo que tem gerado a preparação de queixas judiciais pelas duas partes.

Apesar de não estar ainda registado no portal Citius – onde se publicitam os Processos Especiais de Revitalização (PER), processos especiais para acordo de pagamento, processos extraordinários de viabilização de empresas e processos de insolvência –, uma base de dados de empresas, nos últimos dias, registou ‘incidentes’ relativos à Xtravel, os dois últimos motivados pela mudança de localização principal e, em 29 de janeiro, por se apresentar à insolvência na Comarca Lisboa Oeste – Sintra.

“Com efeito, somos a esclarecer que a Xtravel-KJBMF relega a prestação de quaisquer esclarecimentos ou repostas para o processo de insolvência a que teve que recorrer e cujas razões também nele se encontram elencadas, sem prejuízo de estarem, como sempre estiveram, disponíveis para reenviar aos clientes as faturas/recibos que sejam devidos”, esclareceu num comentário à Lusa.

Nessa resposta, a agência de viagens agradece a oportunidade de apresentar contraditório sobre a polémica que, nos últimos dias, tem motivado notícias e reportagens sobre a falta de devolução aos clientes, no prazo de 14 dias como manda a lei, após dois anos em que apenas em 2022 foi facultado aos clientes o reagendamento ou emissão de voucher no valor da viagem cancelada em 2020, devido à pandemia.

Pais dos alunos finalistas em 2020, após esse prazo de 14 dias sem devolução, e tal como legalmente previsto, recorreram ao provedor do cliente das agências de viagens e à comissão arbitral do Turismo de Portugal, dois mecanismos que permitem aceder ao fundo de garantia das agências de viagens.

Algumas respostas dessas entidades, no entanto, desagradaram aos lesados, por recusarem acesso ao fundo de garantia por falta de produção de prova da compra da viagem, pois alguns dos lesados apresentaram informais papeis, assinados na altura da compra da viagem na escola, e não faturas, o que gerou indignação e criticas dos lesados, assustados também com a mudança de localização da empresa.

A Lusa teve acesso a uma queixa-crime ao Ministério Público (MP) contra a Xtravel, preparada por lesados da viagem por devolver e datada dos primeiros dias de janeiro, mas cujo envio ao MP não chegou a ser confirmado.

Nessa queixa era questionada a prática de crimes de fraude fiscal, abuso de confiança e burla pela Xtravel, solicitando uma investigação e requerendo o reembolso.

“No mais, esclarecemos que todos os clientes tiveram acesso à sua fatura e possuem uma área de cliente onde a mesma pode ser consultada, assim como sempre pode o respetivo voucher“, respondeu Xtravel à Lusa, adiantando que “não deixa de ser sintomático de alguma inverdade que agora, após dois anos, se tenham [os lesados] relembrado que não têm os vouchers ou as faturas quando as mesmas estão e estarão sempre disponíveis”.

Todavia, diz ainda resposta, não dispondo do voucher ou faturas, “ao invés de as solicitarem, escolhem ir para a comunicação social difamar quem, sem outra saída, se viu obrigado” a apresentar-se à insolvência.

“Mais se informa que já mandatámos os nossos advogados para agir judicialmente pelos danos reputacionais causados, nomeadamente na reportagem (…) onde não foi facultado à Xtravel o contraditório”, anuncia na mesma nota.

A Xtravel, segundo lesados, enviou na noite de terça-feira aos clientes um email no qual começava por dizer: “Caro(a) Cliente, esta é a comunicação mais difícil das nossas vidas”. Nessa comunicação dava conta de que, “apesar do enorme esforço” desenvolvido ao longo de meses, “não foi possível” encontrar uma solução que pudesse viabilizar a continuação da Xtravel, com o consequente e imediato reembolso do montante dos vouchers.

“Os financiamentos bancários pedidos foram negados, das linhas disponibilizadas pelo Estado, apenas uma muito recente nos enquadrava como elegíveis. Tudo fizemos para recorrer a essa linha, mas também essa porta se fechou por recusa da entidade bancária associada”, explica ainda aos clientes, comunicando que, “apesar do esforço, a Xtravel não tem condições para proceder ao reembolso imediato” dos ‘vouchers’, “não lhe restando outro caminho” que o de se apresentar à insolvência.

“Pesa-nos a incerteza do nosso futuro e das pessoas que de nós dependem. Aos nossos Clientes cancelaram a viagem, a nós o futuro. Mas não nos cancelarão a honra e a dignidade, e é por isto que nada temos a temer. Refutamos todas as insinuações e acusações de caráter difamatório que nos têm sido dirigidas e relativamente às quais agiremos munidos de todos os meios legais para a defesa do nosso bom nome, honra e consideração. Devemo-lo às nossas famílias e a todos aqueles que nos apoiaram no que tem sido a maior batalha das nossas vidas”, conclui no ‘email’ enviado aos clientes.

Na segunda metade de janeiro, dezenas de pais de finalistas em 2020 com viagem a Espanha cancelada devido à covid-19 denunciaram, nos órgãos de comunicação social, o incumprimento pela agência Xtravel da obrigação de reembolso, alguns anunciando já ter recorrido ao provedor do cliente e à comissão arbitral.

A viagem a Punta Umbria, Espanha, prevista para 28 de março de 2020, envolvia 10 mil alunos e foi tema de notícia nesse mês em que surgiram em Portugal os primeiros casos de covid-19, porque a agência Xtravel quis adiar a viagem para dezembro e os pais, em protesto, enviaram uma carta aberta ao Governo, que acabou por interditar viagens de finalistas e ordenar às agências o reagendamento ou a emissão de vales, válidos até 31 de dezembro de 2021, período após o qual podiam solicitar o reembolso.

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Iniciativa Liberal quer “reintroduzir de imediato” os debates quinzenais

Após a audição com o Presidente da República, João Cotrim Figueiredo revelou que a Iniciativa Liberal quer "reintroduzir de imediato" os debates quinzenais para que haja um "escrutínio mais apertado".

A Iniciativa Liberal (IL) vai avançar com uma proposta na Assembleia da República para “reintroduzir de imediato” os debates quinzenais. Objetivo é haver um escrutínio mais apertado ao Governo, tendo em conta a maioria absoluta do Partido Socialista.

“Uma maioria absoluta tem que dar lugar a um escrutínio muito mais apertado”, elencou João Cotrim Figueiredo, à saída da audição com o Presidente da República, tendo um vista a indigitação do primeiro-ministro, na sequência das eleições legislativas de domingo.

Nesse contexto, a Iniciativa Liberal vai “propor uma alternação do regimento da Assembleia da República para reintroduzir de imediato os debates quinzenais”, revelou o presidente do partido. Também André Ventura, do Chega, disse esta quarta-feira que vai propor o “retorno imediato” dos debates quinzenais com o primeiro-ministro.

Já o socialista José Luís Carneiro, quando questionado sobre esta matéria, atirou: “São competências da Assembleia da República. Vamos aguardar pela sua instalação e os diferentes líderes parlamentares decidirão sobre o modo de funcionamento do Parlamento“.

Além disso, João Cotrim Figueiredo sublinhou ainda esta quarta-feira que com a maioria absoluta do PS tem de haver um maior escrutínio ao fundos que serão atribuídos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), por forma a não correr o risco de “os fundos serem mal baratados e resultarem apenas no final num montanha de dívida sem retorno económica-social para o país”, defendeu.

A Iniciativa Liberal adiantou ainda que vai apresentar uma nova Lei de Bases da Saúde, com o intuito de existir uma “reforma profunda no SNS”, pelo que insta o Governo a dialogar sobre esta proposta. “Se o PS está verdadeiramente disponível ao diálogo e se deixou de depender da extrema-esquerda virá certamente a jogo e negociará connosco a bem dos portugueses e daqueles que continuam a sofrer“, atirou João Cotrim Figueiredo.

Por fim, a Iniciativa Liberal diz ainda que esta é “uma boa altura para levantar o tema da revisão eleitoral”, sinalizando que o sistema atual “deixou nestas eleições 680 mil pessoas sem representação no Parlamento” e que os resultados dos portugueses que vivem no estrangeiro ainda não foram apurados. “Isto é um problema sério de representatividade democrática ao ponto de afetar a própria lógica constitucional que exige proporcionalidade nos sistemas eleitorais”, concluiu.

(Notícia atualizada às 19h07)

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Apenas 9% das empresas têm práticas de segurança informática para proteger equipas remotas

Muitas organizações não têm conseguido acompanhar a evolução tecnológica com soluções que assegurem segurança dos trabalhadores remotos. 26% diz não ter solução para impedir ataques de ransomware.

Apenas 9% das empresas têm em vigor todas as práticas de segurança recomendadas para proteger informaticamente as equipas em trabalho à distância, e 26% diz não ter uma solução para detetar e impedir ataques de ransomware, revela o estudo sobre segurança do trabalho remoto realizado pela Check Point Software Technologies. Um dado preocupante num momento em que se multiplicam os ataques informáticos às empresas, muitas delas com parte, se não a totalidade, das equipas em trabalho remoto.

“Apesar de muitas empresas terem abraçado novos formatos de trabalho, como o trabalho híbrido e/ou remoto, não estão a ser adotadas as soluções críticas necessárias para proteger as equipas remotas. Este estudo confirmou que muitas organizações têm falhas no que toca à segurança dos utilizadores, dos dispositivos e de acesso”, afirma Itai Greenberg, vice president of product management da Check Point Software Technologies.

“Para tapar estas falhas, as organizações devem seguir para uma arquitetura de segurança SASE (Secure Acess Service Edge). Os modelos de segurança SASE oferecem acesso rápido e simples às aplicações das organizações, para qualquer utilizador e dispositivo, protegendo remotamente os trabalhadores de ataques que chegam pela internet”, acrescenta.

De acordo com as práticas recomendas pela tecnológica, há cinco soluções de segurança críticas necessárias para proteger os utilizadores remotos contra ataques com base na internet: filtragem de URL, para evitar o acesso a sites maliciosos; reputação de URL, que avalia o risco de segurança dos endereços; Content Disarm & Reconstruction (CDR), tecnologia que remove código malicioso de ficheiros; uma solução contra ataques de phishing; e proteção de credenciais.

“Contudo, apenas 9% das organizações analisadas usam estas cinco soluções e 11% não utiliza nenhum dos métodos acima mencionados para assegurar a segurança do acesso remoto”, revela o estudo.

Já no que toca à segurança de email e dispositivos móveis, apenas 12% das companhias que permitem acesso às organizações através de dispositivos móveis utilizam uma solução de proteção móvel contra ameaças. “Isto demonstra o quão expostas estão as organizações à rápida evolução dos ciberataques de 5.ª geração contra os trabalhadores remotos”, alerta o fornecedor de soluções de cibersegurança.

De forma geral, em 2021, os investigadores dão conta de um aumento de 50% do número de ataques por semana contra redes empresariais. Em Portugal, o aumento foi de 81% em relação ao ano anterior. “Como os ciberataques estão mais sofisticados e exploram cada vez mais o ambiente de trabalho remoto, as empresas precisam de soluções de cibersegurança consolidadas que fortaleçam as suas defesas e melhorem a agilidade contra estes ataques”, defende a Check Point Software Technologies.

Com a participação de mais 1.200 profissionais de segurança TI de todo o mundo, este estudo pretendeu examinar como a transição para o trabalho remoto tem alterado as práticas de segurança das organizações, dos utilizadores, dos dispositivos e das formas de acesso. O estudo completo pode ser consultado aqui.

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EUA enviam mais 3.000 soldados para a Europa de Leste

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2022

Dois mil militares dos EUA vão ser enviados para a Polónia a Alemanha, e mais mil vão para a Roménia, anunciou Washington. Rússia continua a negar intenção bélica sobre a Ucrânia.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, vai enviar esta semana, de território norte-americano, 2.000 soldados para a Polónia e Alemanha, e parte de um esquadrão de infantaria com 1.000 soldados, estacionados na Alemanha, para a Roménia.

A decisão foi tomada enquanto decorrem negociações com a Rússia sobre a concentração de forças militares nas fronteiras da Ucrânia, que o Ocidente admite que possam fazer parte de um plano de invasão.

Os países da NATO no leste da Europa temem que possam vir a ser os próximos alvos de Moscovo, embora a Rússia tenha garantido que não tem intenção de iniciar um conflito e que está disposta a continuar os esforços diplomáticos.

Recentemente, Biden tinha dito que é sua intenção enviar forças militares adicionais para reforçar a defesa dos países da NATO na Europa de Leste, como garantia de um compromisso de parceria.

Nesse espírito, o Pentágono colocou cerca de 8.500 soldados baseados nos EUA em alerta máximo para uma possível deslocação para a Europa, onde poderão ser alocados para a defesa dos países aliados.

Os EUA já têm entre 75.000 e 80.000 soldados na Europa como forças permanentes estacionadas e como parte de rotações regulares em países aliados, como a Polónia.

Os Estados Unidos acusam a Rússia de se preparar para invadir a Ucrânia, um país já dilacerado por uma guerra civil no leste entre as forças de Kiev e separatistas pró-russos apoiados por Moscovo.

A Rússia nega a intenção bélica, mas condiciona qualquer medida para diminuir a tensão a garantias para a sua segurança, incluindo que a Ucrânia nunca será membro da NATO e que a aliança retirará as suas forças para as suas posições de 1997.

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Bruxelas inclui gás e nuclear na lista de investimentos “verdes”. Comissária Elisa Ferreira vota contra

A portuguesa Elisa Ferreira e os comissários de Espanha e Áustria votaram contra o ato delegado complementar à Taxonomia da UE que rotula como verdes os investimentos em gás natural e energia nuclear.

A Comissão Europeia anunciou esta terça-feira, em comunicado, que apresentou um ato delegado complementar relativo à taxonomia, que abrange certas atividades nos setores do gás e da energia nuclear no que diz respeito à atenuação das alterações climáticas e à adaptação às mesmas. Poderá entrar em vigor logo no início de 2023.

“Tendo em conta os pareceres científicos e o atual estado das tecnologias, a Comissão considera que os investimentos privados em atividades no setor do gás e da energia nuclear têm um papel a desempenhar durante a transição. As atividades selecionadas estão em consonância com os objetivos climáticos e ambientais da UE e permitirão acelerar a transição de atividades mais poluentes, como a produção de energia a partir de carvão, para um futuro com impacto neutro no clima, essencialmente baseado em fontes de energia renováveis”, refere Bruxelas em comunicado.

A Comissão consultou o Grupo de Peritos em Financiamento Sustentável dos Estados-membros e a Plataforma para o Financiamento Sustentável, e teve em conta as reações do Parlamento Europeu sobre esta matéria.

Apesar de alguns votos contra – entre os quais da comissária portuguesa Elisa Ferreira e também dos comissários de Espanha e Áustria, de acordo com o Financial Times –, o Colégio de Comissários chegou a um acordo político sobre o texto, que será formalmente adotado logo que as traduções em todas as línguas da UE estejam disponíveis.

“Este ato delegado acelerará os investimentos privados de que necessitamos, especialmente na presente década. Graças às novas regras apresentadas estamos também a reforçar a transparência e a divulgação de informações, a fim de que os investidores possam tomar decisões informadas, evitando assim qualquer tipo de branqueamento ecológico”, disse Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão.

Já Mairead McGuinness, comissária dos Serviços Financeiros, Estabilidade Financeira e União dos Mercados de Capitais, considerou que foram fixadas “as condições para mobilizar fundos para apoiar esta transição e abandonar as fontes de energia mais nocivas, como o carvão. Reforçamos também a transparência do mercado, de modo que os investidores possam identificar facilmente as atividades dos setores do gás e da energia nuclear quando tomam decisões de investimento”.

Quanto à Áustria, cujo comissário votou contra, tal como os comissários de Portugal e Espanha, ameaçou já levar a Comissão Europeia ao Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) devido à proposta sobre a atribuição do rótulo sustentável a investimentos na energia nuclear e gás, falando numa “lavagem ‘verde’”.

“Prepararemos o terreno ao nível legal nas próximas semanas e, se esta taxonomia entrar em vigor, então lançaremos um processo perante o Tribunal de Justiça da UE”, anunciou a ministra austríaca do Ambiente, Leonore Gewessler, em conferência de imprensa.

Para atingir a neutralidade climática até 2050, a UE necessitará de grandes investimentos privados, sendo que a taxonomia da UE visa orientar os investimentos privados para as atividades necessárias para alcançar a neutralidade climática, justifica a Comissão Europeia.

Em particular, o ato delegado complementar agora apresentado, acrescentam os responsáveis europeus:

1) Introduz, na taxonomia da UE, novas atividades económicas do setor da energia. O texto define condições claras para os setores do gás e da energia nuclear poderem ser acrescentadas à lista: devem contribuir para a transição para a neutralidade climática; devem cumprir os requisitos de segurança nuclear e ambiental; devem contribuir para a transição do carvão para as energias renováveis.

2) Impõe às empresas requisitos específicos de divulgação de informações sobre as suas atividades nos setores do gás e da energia nuclear. Para assegurar a transparência, e para que os investidores possam identificar as oportunidades de investimento que incluem gás ou da energia nuclear e fazer escolhas informadas.

Depois de traduzido em todas as línguas oficiais da UE, o ato delegado complementar será formalmente transmitido aos colegisladores para exame. Terminado o período de exame e caso nenhum dos colegisladores apresente objeções, o ato delegado complementar entrará em vigor, sendo aplicável a partir de 1 de janeiro de 2023. No entanto, o Parlamento Europeu pode ainda rejeitar a proposta.

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José Galvão é o novo líder do departamento de retalho da Savills Portugal

Antes de integrar a Savills, José Galvão desempenhou o cargo de diretor coordenador da MVGM Portugal.

José Galvão é a mais recente contratação da Savills Portugal, que reforça assim o departamento de retalho com um novo diretor de agency retail. O profissional pretende que esta área da companhia consolide a sua posição no mercado, acompanhando de perto as marcas e os operadores de forma a apresentar soluções à medida das suas necessidades.

“É com muita satisfação e motivação que integro a equipa da Savills Portugal e venho para acrescentar valor num mercado muito competitivo, onde o conhecimento das marcas é um fator decisivo para o sucesso. [Pretendo] trabalhar lado a lado com as marcas de forma a apresentar soluções à medida para as suas necessidades, analisar o mercado, capitalizar sobre tendências de procura e ocupação. Quero conhecer as marcas, explorar os seus planos de expansão e dar resposta ao que procuram”, assegura José Galvão, em comunicado.

Formado em comunicação e marketing pela Universidade Católica de Lisboa, e com uma pós-graduação em gestão pelo José Galvão iniciou o seu percurso no setor do retalho em 2005, tendo assumido durante 15 assumido funções de diretor de marketing e mall activation de relevantes centros comerciais em Portugal como o Colombo, Vasco da Gama e CascaiShopping.

Antes de integrar a Savills, desempenhou o cargo de diretor coordenador da MVGM Portugal, onde liderou a gestão e comercialização de quatro projetos em Portugal: um outlet, um centro comercial e dois projetos de uso misto.

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