Polícia alemã criticada por uso indevido de app de rastreio Covid

  • ECO
  • 12 Janeiro 2022

A polícia alemã está a ser fortemente criticada por ter utilizado indevidamente as informações recolhidas através de uma aplicação de rastreio de contactos Covid para investigar um caso policial.

A polícia alemã está a ser fortemente criticada por ter utilizado indevidamente as informações recolhidas através de uma aplicação de rastreio de contactos para investigar um caso policial, revela o Deutsche Welle (acesso livre, conteúdo em inglês).

No final de novembro, um homem foi encontrado morto após ter saído de um restaurante em Mainz, na Alemanha. Face a este acontecimento, as autoridades alemãs abriram uma investigação.

Contudo, para investigar este caso e rastrear os “passos” das testemunhas, a polícia pediu às autoridades de saúde para libertarem os dados da aplicação “Luca”. Esta aplicação funciona como rastreio de contactos, permitindo saber durante quanto tempo é que um utilizador permanece num determinado espaço, seja este restaurante, bar ou evento cultural.

Depois de cada utilizador inserir as suas informações pessoais na aplicação, é-lhes emitido um QR code pessoal que pode ser apresentado sempre que entrem num estabelecimento e com o qual podem fazer logout quando saírem, de acordo com o mesmo jornal. O objetivo é que, se necessário, as autoridades de saúde possam identificar mais facilmente as pessoas que estiveram expostas ao vírus.

Contudo, apesar de estes dados estarem sujeitos a rígidas regras de proteção de dados da Alemanha e de apenas puderem ser utilizados para fins sanitários, com o consentimento do departamento de saúde local e do estabelecimento, a polícia alemã terá conseguido chegar a 21 testemunhas através desta aplicação.

Esta utilização indevida está já a suscitar fortes críticas por parte de diversos políticos, numa altura em que os protestos contra as restrições para travar a pandemia e as vacinas têm aumentado na Alemanha. Também a empresa que desenvolveu a aplicação já condenou a utilização indevida.

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Petróleo anima Galp e impulsiona bolsa de Lisboa

A subida dos preços do petróleo deu ganhos de mais de 2% à Galp Energia, que conseguiu alcançar o topo do pódio dos melhores desempenhos da sessão.

As bolsas europeias prolongaram a recuperação da sessão anterior e fecharam em alta esta quarta-feira. A divulgação dos dados da inflação em dezembro, que mostraram um índice de preços no consumidor em níveis que não eram vistos há décadas, acabou por ter pouco impacto no dia de negociações.

Enquanto o Stoxx 600 subiu 0,6%, o espanhol IBEX-35 cresceu 0,1%, o alemão DAX ganhou 0,4%, e o francês CAC-40 somou 0,7%. Em Lisboa, o PSI-20 valorizou-se em 0,40%, para 5.663,98 pontos, com a Galp Energia e a EDP Renováveis a darem os maiores contributos.

As ações da petrolífera portuguesa estiveram mesmo em destaque, alcançando o primeiro lugar do pódio dos melhores desempenhos, ao subirem 2,44%, para 9,818 euros.

Isto num dia em que, no mercado das matérias-primas, os futuros do petróleo Brent, referência para as importações nacionais, avançam 1,19%, para 84,73 dólares. Os investidores estão a apostar que o impacto da variante Ómicron na procura mundial será pouco duradouro, e dados publicados esta quarta-feira mostram que as reservas de petróleo dos EUA estão em mínimos de 2018.

Já a EDP Renováveis somou 1,07%, para 19,91 euros, no rescaldo do anúncio de que vai implementar um novo modelo organizativo, separando os negócios do grupo pelas diferentes regiões onde opera.

Ainda no lado dos ganhos, os títulos da operadora Nos encareceram 0,59%, para 3,41 euros, enquanto os títulos dos CTT avançaram 0,45%, para 4,43 euros, dois dias depois de o ECO noticiar que a empresa e o Governo firmaram um “acordo transitório” que salvaguarda a concessão do serviço postal universal até se concluírem as negociações para o novo contrato.

Do lado das perdas, o BCP travou os ganhos na bolsa ao cair 1,25%, para 16,57 cêntimos. A EDP também penalizou o PSI-20, com uma queda de 0,44%, para 4,495 euros. No fim da tabela está a GreenVolt e a Mota-Engil, com quedas de, respetivamente, 1,43% e 2,06%.

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Pedido de extradição de Rendeiro já está na África do Sul

PGR confirmou que pedido de extradição já está com as autoridades sul africanas.

O pedido de extradição de João Rendeiro já está na África do Sul. “O pedido formal de extradição de João Rendeiro, transmitido por via diplomática, foi recebido pelas autoridades sul-africanas”, segundo confirmou a PGR.

“O referido pedido, formulado no prazo de 40 dias previsto no artigo 16o. da Convenção Europeia de Extradição, foi instruído em português com toda a documentação relevante e legalmente exigida e acompanhado de tradução”, disse a mesma fonte. “Abrangidas no pedido de extradição estão as três decisões condenatórias de que João Rendeiro foi alvo (uma transitada em julgado e duas ainda não transitadas) e, bem assim, factos relativos a inquérito instaurado em 2021 que tem como objeto crimes de branqueamento, descaminho, desobediência e falsificação de documento autêntico“, explica fonte do gabinete de Lucília Gago.

O processo foi traduzido por uma equipa de tradução externa e entregue na PGR durante o fim de semana. A tradução destes documentos engloba a sentença transitada em julgado, bem como os outros dois processos que estão em fase de recursos. As autoridades portuguesas tinham até ao dia 20 de janeiro para enviar os documentos e evitar que Rendeiro seja libertado.

João Rendeiro está detido desde o dia 17 de novembro no estabelecimento prisional de Westville, província de KwaZulu-Natal. O ex-banqueiro estava fugido à Justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.

Foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas uma já transitou em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.

Possível negligência está a ser avaliada pelo CSM

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) abriu um inquérito de averiguação ao facto de não ter sido prevenida judicialmente a fuga do ex-líder do BPP, João Rendeiro.

Segundo o que o ECO apurou junto de fonte judicial, o CSM já enviou um ofício ao juízo central criminal no tribunal de Lisboa a solicitar o acesso ao processo onde Rendeiro foi condenado a cinco anos e 8 meses de prisão. Desde 6 de outubro que o processo de averiguações para apurar se há responsabilidade disciplinar por parte de algum dos magistrados responsáveis pelos processos de Rendeiro no caso do antigo presidente do BPP está a ser analisado. Sendo que agora vão ser avaliados todos os passos dados no caso e se existe negligência.

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Investimento em vistos gold caiu 28,7% em 2021

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2022

O valor captado entre investidores chineses e brasileiros caiu 13% e 41%, respetivamente, no ano passado. Já o investimento dos EUA subiu 4,6%.

O investimento pelos vistos gold caiu 28,7% no ano passado, face a 2020, para 460,8 milhões de euros, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). No ano passado foram atribuídos 865 vistos ‘dourados’, dos quais 55 em janeiro, 100 em fevereiro, 73 em março, 98 em abril, 52 em maio, 67 em junho, 41 em julho, 64 em agosto, 61 em setembro, 87 em outubro, 83 em novembro e 84 em dezembro.

O investimento captado através dos vistos gold aumentou 52% em dezembro, face a igual período de 2020, para 42,1 milhões de euros. Em dezembro de 2020, o investimento ascendeu a 27,7 milhões de euros. Face a novembro de 2021 (46,6 milhões de euros), o montante captado por via do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) caiu 9,6%.

No mês passado, foram atribuídos 84 vistos gold, dos quais 71 em aquisições de bens imóveis (35 para reabilitação urbana) e 13 por via de transferência de capital.

O investimento oriundo da China captado pelo programa vistos gold no ano passado caiu 13%, face a 2020, para 136,8 milhões de euros.

Entre janeiro e dezembro de 2021, o investimento proveniente da China atingiu os 136,8 milhões de euros, o que corresponde à concessão de 270 vistos (ou Autorização de Residência para Investimento – ARI). O valor compara com 158,1 milhões de euros captados em 2020, num total de 296 ARI atribuídas.

Também o investimento vindo do Brasil registou igual tendência, tendo diminuído 41% entre 2020 e 2021. No ano passado, o investimento brasileiro totalizou 49,5 milhões de euros, num total de 70 vistos ‘dourados’ atribuídos, o que compara com 83,9 milhões de euros um ano antes (126 ARI).

Em sentido inverso, o investimento de origem norte-americana aumentou no ano passado face a 2020. De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o investimento oriundo dos Estados Unidos totalizou 51,6 milhões de euros em 2021, um aumento de 4,6% face ao ano anterior, com 101 vistos gold concedidos. Em 2020, o investimento norte-americano somou 49,3 milhões de euros, com 75 ARI concedidos.

No ‘top 5’ de investimento por nacionalidades no ano passado constam ainda a Rússia e a Índia. A Rússia foi responsável por 33,6 milhões de euros de investimento captado por este instrumento, tendo sido concedidos 65 ARI no ano passado.

Por sua vez, o investimento indiano somou 17,1 milhões de euros, a que correspondem 34 vistos ‘gold‘ concedidos ao longo de 2021.

Em 2020, integravam o ‘top 5’ a África do Sul e a Turquia, com investimentos de 36,2 milhões de euros e 34 milhões de euros, respetivamente, a que correspondeu a concessão de 74 e 72 vistos gold, segundo a mesma ordem.

Em mais de nove anos deste instrumento, os vistos gold somam mais de seis mil milhões de euros. Em mais de nove anos foram atribuídos 9.585 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 1.009 tendo em vista a reabilitação urbana. Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos foram 649 e 20 por criação de postos de trabalho.

Desde o início do programa foram atribuídas 17.221 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 1.171 em 2021.

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Têxtil português dá formação em lingerie e estágios internacionais

O centro de formação da indústria têxtil e de vestuário alarga a oferta à lingerie e moda de praia, passando também a disponibilizar estágios internacionais em França, Itália, Espanha e Alemanha.

Lingerie e moda de praia (biquínis e fatos de banho) são os dois novos segmentos na oferta formativa do centro de formação profissional da indústria têxtil, vestuário, confeção e lanifícios (Modatex) para 2022. O centro de formação vai permitir ainda, através do programa Erasmus+, a realização de estágios internacionais em países como Itália, Espanha ou Alemanha.

A escola de formação decidiu incluir estas novas formações no plano de atividades para este ano “devido ao êxito e interesse demonstrados” nas ações piloto realizadas entre setembro e dezembro, concluídas com uma exposição dos trabalhos na instituição.

Com uma duração total de 100 horas, a formação em lingerie está agendada para o mês de junho, com aulas presenciais aos sábados. Já o workshop de moda de praia, com uma duração de 28 horas e em regime pós-laboral, arranca a 14 de abril. A decorrer está outra experiência orientada para a criação de peças de tamanhos grandes (plus size).

Criado em 2011 e liderado pelo psicólogo José Manuel de Castro, que sucedeu a Sónia Pinto em janeiro de 2019, o Modatex tem sede no Porto, delegações em Lisboa e Covilhã, polos em Barcelos e Vila das Aves e conta ainda com extensões em Lousada, Marco de Canaveses e Pinhel.

Até novembro, as exportações da indústria portuguesa do têxtil e vestuário somaram 4.979 milhões de euros, mais 16% do que em 2020 e 2,8% acima de 2019, devendo registar “um dos melhores anos de sempre” no final de 2021, nas contas da principal associação do setor (ATP), ultrapassando os 5.300 milhões de euros.

Estágios internacionais a partir de junho

Outra novidade, anunciada esta quarta-feira, é que passa a disponibilizar a mobilidade Erasmus+ aos atuais e ex-formandos (até um ano após a conclusão do curso), que podem realizar um estágio internacional em empresas do setor têxtil e vestuário. As candidaturas estão abertas até 31 de janeiro, com França, Itália, Espanha e Alemanha na lista de destinos preferenciais.

Este estágio poderá ser de curta duração (44 dias) ou inserido no regime ErasmusPro (de 90 a 365 dias) e conta com “apoio financeiro e logístico” deste organismo, que resultou de um protocolo entre o IEFP, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), a Associação das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) e a Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL).

Em julho de 2020, já durante a pandemia de Covid-19, o Modatex organizou um curso de E-commerce Fashion Styling em parceria com a plataforma de luxo Farfetch, que decorreu em regime pós-laboral e teve como objetivo formar pessoas na área do styling dirigido ao e-commerce e reforçar a oferta de profissionais com experiência no setor digital aplicado à moda.

A escassez de talento tem afetado muitos setores e há perfis especializados, que não exigem uma formação ao nível do ensino superior, onde essa falta de profissionais ainda é mais agudizada, levando a um aumento dos níveis salariais. A par de estivador, ferramenteiro e tubista, modelador têxtil está entre os sete profissionais especializados mais bem pagos, segundo o levantamento feito pelo ManpowerGroup para a Pessoas.

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Ryanair tem solução para “voos fantasma” da Lufthansa: “vender a tarifas baixas”

Depois de a Lufthansa ter afirmado fazer "voos fantasma" só para manter slots, Ryanair aconselha a praticar tarifas low-cost para ganhar passageiros.

A Lufthansa confirmou que operou 18 mil voos “desnecessários” no inverno, ou seja, sem passageiros. Isto porque as leis da Comissão Europeia obrigam as companhias aéreas a operar, pelo menos, 80% dos voos previstos para que possam manter as slots nos aeroportos. Agora, a Ryanair vem afirmar que tem uma solução para o “problema dos ‘voos fantasma'” da Lufthansa: praticar preços mais baixos.

De acordo com um relatório citado pelo jornal Le Soir (conteúdo em francês), a Lufthansa operou 18 mil “voos fantasma” no final do ano passado, dos quais 3.000 foram realizados pela Brussels Airlines. Estes voos — que voaram com poucos e até mesmo sem passageiros — teriam sido cancelados se não fosse a lei que prevê que as companhias percam o direito às slots que mantém nos respetivos aeroportos.

Estes números levaram o Governo da Bélgica a escrever à Comissão Europeia, instando-a a repensar as regras sobre a garantia de slots. Antes da pandemia, a regra dizia que era necessário operar, pelo menos, 80% dos voos e, após a pandemia, essa percentagem caiu para 50%. Mas continua a ser um número demasiado alto para a procura atual por viagens.

Esta polémica provocou algumas reações, entre as quais da ambientalista Greta Thunberg, que ironizou no Twitter que “a União Europeia (UE) está certamente em modo de emergência climática…”.

Outra das reações foi a da Ryanair, que chegou apenas esta quarta-feira, mas em forma de crítica à Lufthansa e ilibando a Comissão Europeia. “A Ryanair resolve o problema dos ‘voos fantasma’ da Lufthansa: basta vender lugares a tarifas baixas”. “Se a Lufthansa precisa realmente de operar estes voos (…), então deveria ser-lhes exigido que vendam estes lugares ao público a tarifas baixas“, diz o CEO Michael O’Leary, citado em comunicado.

Para a companhia irlandesa, as “falsas alegações” da Lufthansa devem ser “ignoradas” pela Comissão Europeia, uma vez que esta quer apenas “‘bloquear’ os seus slots e proteger-se da concorrência das companhias aéreas low-cost”.

A Lufthansa adora chorar lágrimas de crocodilo sobre o ambiente quando faz tudo ao seu alcance para proteger os seus slots.

Michael O'Leary

CEO do Grupo Ryanair

Michael O’Leary refere ainda às ajudas estatais que foram dadas à Lufthansa, afirmando que a empresa devia “recompensar os consumidores da UE, muitos dos quais responsáveis por financiar 12 mil milhões de euros” em apoios nos últimos dois anos de pandemia. “A Lufthansa adora chorar lágrimas de crocodilo sobre o ambiente quando faz tudo ao seu alcance para proteger os seus slots”, continua o CEO.

A Ryanair aproveitou esta comunicação para apelar novamente a Bruxelas para que force a Lufthansa e outras companhias aéreas subsidiadas pelo Estado a “libertarem slots que não desejam utilizar”, de forma a que “os ghostbusters [caça-fantasmas] de tarifas baixas como a Ryanair (…) possam oferecer escolha, concorrência, e tarifas mais baixas em aeroportos centrais”.

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Bial abre candidaturas para o Prémio de Medicina Clínica. Vale 100 mil euros

O prémio tem um valor de 100 mil euros e as candidaturas estão abertas até 31 de agosto. Além da obra premiada, poderão ainda ser atribuídas menções honrosas (no máximo duas) no valor de dez mil cada.

A Fundação Bial abriu as candidaturas para mais uma edição do Prémio Bial de Medicina Clínica. A 20ª edição deste prémio tem um valor de 100 mil euros e pretende galardoar uma obra intelectual original, de índole médica, com tema livre e dirigida à prática clínica.

O trabalho vencedor será ainda publicado em livro. Além da obra premiada pela Fundação Bial, poderão ainda ser atribuídas menções honrosas – no máximo duas – no valor de dez mil euros cada.

As candidaturas podem ser submetidas na página da Bial e estão abertas até 31 de agosto. O presidente do Júri, Manuel Sobrinho Simões, destaca que “o Prémio BIAL de Medicina Clínica vai distinguir a melhor investigação em medicina clínica com elevada aplicabilidade na comunidade. É com este objetivo que lançamos a edição de 2022″.

Nesta edição são esperadas “candidaturas que coloquem o mais avançado conhecimento clínico e científico ao serviço dos doentes e da sociedade em geral, com impacto significativo na melhoria da saúde humana”, destaca Manuel Sobrinho Simões, da Universidade do Porto.

O Prémio Bial já distinguiu 105 trabalhos de 302 autores, tendo sido editadas e distribuídas gratuitamente aos profissionais de saúde 41 obras premiadas, num total de mais de 320 mil exemplares. No total, foram analisadas 686 obras candidatas de 1.742 investigadores, médicos e cientistas de 20 países.

O Presidente da Fundação Bial, Luís Portela, destaca que “ao longo das edições realizadas, o Prémio Bial de Medicina Clínica acompanhou a evolução e as tendências da Medicina, tendo premiado diversos trabalhos no âmbito das doenças civilizacionais, genética, medicina molecular, imagiologia, terapêuticas substitutivas e regenerativas, entre muitos outros. No contexto atual, este Prémio assume ainda maior relevância por incentivar a investigação médica com aplicação na saúde dos cidadãos, dando visibilidade aos trabalhos premiados.”

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CEO da TAP confiante que próximo governo verá valor da reestruturação

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2022

“Estou confiante que qualquer governo vai ver como este plano está bem organizado e bem estruturado e que é um plano que conseguirá trazer valor, não só à companhia, mas também ao país", diz CEO.

A presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse esta quarta-feira à Lusa estar confiante de que qualquer governo que saia das próximas legislativas verá que o plano de reestruturação da companhia pode criar valor ao país.

Estou confiante que qualquer governo vai ver como este plano [de reestruturação] está bem organizado e bem estruturado e que é um plano que conseguirá trazer valor, não só à companhia, mas também ao país”, defendeu Ourmières-Widener, em entrevista à agência Lusa.

Esta posição foi transmitida pela responsável, após ter sido questionada sobre possíveis receios de que o novo governo que sair das eleições legislativas de 30 de janeiro possa voltar a avançar para a privatização da companhia aérea, que regressou às mãos do Estado em 2020.

A decisão de privatizar é dos acionistas, enquanto equipa executiva a nossa missão é executar o plano [de reestruturação]”, acrescentou a responsável. Para a CEO, depois de demonstrar que a TAP pode ser financeiramente sustentável, a “forma de recapitalização ou como uma nova injeção é feita”, é uma decisão que cabe, frisou, aos acionistas.

O Grupo TAP decidiu encerrar as operações de Manutenção e Engenharia Brasil (TAP ME), como parte do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas em dezembro, disse à Lusa a presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener.

A Comissão Europeia informou em 21 de dezembro que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, havendo ainda lugar a compensações relacionadas com a pandemia de covid-19, com 462 milhões de euros referentes ao primeiro semestre de 2020, 107 milhões ao segundo semestre, e a compensação referente ao primeiro semestre de 2021.

No entanto, a Comissão impôs condições, como a separação dos ativos não-essenciais, nomeadamente o negócio de manutenção no Brasil, e os de catering (Cateringpor) e de handling (Groundforce).

“Foi assumido o compromisso de alienar ou encerrar a M&E Brasil. A nossa preferência é a alienação”, afirmou o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa, em Lisboa, após a aprovação do plano de reestruturação da TAP pela Comissão Europeia.

“Temos um dever com o Porto, conectar a cidade com destinos de longo curso”

A presidente executiva (CEO) da TAP disse que a companhia aérea tem “um dever” para com o Porto, que consiste em conectar a cidade com destinos de longo curso no Brasil e nos Estados Unidos.

“Temos um dever para com o Porto que queremos cumprir, conectar o Porto diretamente a destinos de longo curso e estamos agora a ligar a cidade ao Brasil e aos EUA”, defendeu Christine Ourmières-Widener, em entrevista à agência Lusa.

A CEO recordou que a TAP publicou um comunicado no final do ano passado a explicar que está a aumentar a frequência entre Lisboa e Porto, a ‘ponte aérea’, passando de oito para dez voos por dia e está a aumentar também o número de voos diretos do Porto para o Brasil.

Estamos a ser consistentes na tentativa de explicar o nosso papel no Porto”, disse, adiantando que os passageiros do norte do país “têm grandes ofertas que podem beneficiar de Lisboa, que não fica muito longe do Porto”.

Ourmières-Widener sublinhou que “é difícil encontrar outro país na Europa que tenha tido sucesso em ter a mesma oferta em duas cidades diferentes, separadas por uma hora de voo ou até menos “.

Única forma de mitigar preços altos do combustível é otimizar consumo

A presidente executiva da TAP disse também que a única forma que as companhias de aviação têm de mitigar o impacto da subida dos preços dos combustíveis é otimizar o consumo e procurar parceiros que vendam mais barato.

“O que podemos fazer enquanto companhia aérea é o que a maioria delas estão a fazer, que é otimizar o consumo de combustível, bem como procurar os melhores parceiros, é a única forma que temos de mitigar este risco, porque não dá para controlar [o preço] do combustível”, afirmou Christine Ourmières-Widener, quando questionada sobre o impacto da crise energética na operação da TAP.

Segundo a responsável, os custos com combustível estão incluídos no plano de reestruturação da companhia aérea, aprovado em dezembro pela Comissão Europeia, como um “grande risco”.

“Na indústria da aviação, temos subidas e descidas e a maior parte do tempo temos de nos preparar para estes temas – como o do combustível – para o pior, e é por isso que estamos a equipar a nossa equipa financeira com mais capacidade, com mais despesa para o combustível”, explicou a CEO.

Adicionalmente, prosseguiu, a TAP está também a “trabalhar” com os pilotos, no sentido de utilizar ferramentas que permitem perceber quando é que é possível utilizar menos combustível, em determinados voos. “Não é fácil, não é fácil de todo”, admitiu a responsável.

CEO espera “desenvolvimentos positivos” sobre a Groundforce este ano

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse ainda à Lusa que espera ter “desenvolvimentos positivos” este ano em relação à Groundforce, empresa de handling que a companhia aérea tem de alienar no âmbito do plano de reestruturação.

Questionada sobre uma eventual venda da empresa de assistência em terra em aeroportos em 2022, a responsável disse: “Não vou usar essa palavra [venda], mas diria que haverá desenvolvimentos positivos este ano para a Groundforce“.

Ourmières-Widener recordou que a Groundforce encontra-se em processo de insolvência e controlada por um administrador, mas adiantou que estão “a dar muito apoio, o processo ainda está em andamento, há vários marcos” e espera “alguns desenvolvimentos potenciais no início deste ano, mas é muito cedo para fazer anúncios”.

A Groundforce é detida em 49,9% pelo grupo TAP e em 50,1% pela Pasogal, de Alfredo Casimiro. No dia 22 de setembro, os credores da Groundforce, reunidos em assembleia, no tribunal de Monsanto, em Lisboa, aprovaram a recuperação da empresa, tal como sugeriam os administradores de insolvência.

(atualizada às 19h20)

 

 

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Regulador europeu alerta que sucessivas doses de reforço podem enfraquecer sistema imunitário

O responsável pelo departamento de Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas da EMA alerta que as sucessivas administrações de doses de reforço podem enfraquecer o sistema imunitário.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) alertou que as sucessivas administrações de doses de reforço contra a Covid podem enfraquecer o sistema imunitário e não ser viáveis.

As doses de reforço “podem ser dadas uma vez, ou talvez duas, mas não é algo que podemos pensar que deve ser repetido constantemente”, afirmou Marco Cavaleri, responsável pelo departamento de Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas da EMA, durante a conferência de imprensa realizada na terça-feira, citado pela Bloomberg.

Nesse sentido, o responsável aponta que “não podemos continuar a dar uma dose de reforço todos os três ou quatro meses“, dado que isso pode, eventualmente, desencadear um enfraquecimento da resposta imunitária dos cidadãos e causar fadiga na população. “É claro que quando se trata de pessoas vulneráveis e de imunodeprimidos, a situação será um pouco diferente, realmente, para os imunodeprimidos será de esperar que uma quarta dose seja necessária”, afirmou.

Assim, Marco Cavaleri defende que deve ser feita uma avaliação “abrangente” para que se possa determinar “qual poderá ser a melhor estratégia para a vacinação ao longo do tempo” para a população em geral. “Precisamos de pensar de que modo podemos fazer a transição do atual cenário de pandemia para um cenário mais endémico”, sinalizou.

Estas declarações surgem numa altura em que Israel já deu “luz verde” à administração de uma quarta dose de reforço para a população mais vulnerável, tornando-se no primeiro país a fazê-lo. Recorde-se que Portugal, em conjunto com a UE, avançou com um processo para assegurar uma eventual 4.ª dose contra a Covid, mais adaptada à variante Ómicron. Contudo, os especialistas ouvidos pelo ECO dizem que ainda não há evidências para saber se vai ser necessária.

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Vacina portuguesa contra Covid-19 está há seis meses à espera de apoio estatal

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2022

A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela biotecnológica portuguesa Immunethep está há seis meses à espera de financiamento estatal, necessário para o avanço dos ensaios clínicos.

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela biotecnológica portuguesa Immunethep está há seis meses à espera de financiamento estatal, necessário para ensaios clínicos e para poder chegar ao mercado, disse à agência Lusa o administrador executivo da empresa.

“A vacina é algo que desenvolvemos para dar resposta à pandemia. A uma escala mundial, aqueles projetos que têm avançado e estão no mercado neste momento, tiveram todos um apoio estatal que lhes permitiu avançar mais rápido do que aquilo que é o normal”, afirmou Bruno Santos, cofundador e administrador da empresa sediada em Cantanhede, no distrito de Coimbra.

“No nosso caso, ainda não tivemos uma injeção de capital que permitisse ter essa velocidade. Até meio do ano [de 2021] terminámos todos os ensaios não clínicos, em animais, que mostram quer a eficácia, quer a segurança da nossa vacina [administrada por inalação]. E, desde essa altura, que estamos a aguardar que haja um investimento que nos permita fazer o resto do projeto ou seja, fazer os ensaios clínicos em pessoas e chegar com a vacina ao mercado”, argumentou.

Para o desenvolvimento da vacina poder avançar, Bruno Santos estimou um valor “entre os 20 a 30 milhões de euros”.

O administrador deu o exemplo do que sucedeu na Alemanha “em que o Estado alemão pôs 300 milhões em três empresas diferentes de biotecnologia, com tecnologias diferentes: uma delas foi a BioNTech [que desenvolveu a vacina contra a Covid-19 em parceria com a Pfizer]”.

“Estamos a falar de 10% daquilo que o governo alemão investiu. E este é um financiamento com retorno, financiaram uma compra antecipada e receberam o pagamento que tinham adiantado quando receberam as vacinas de volta”, enfatizou.

Segundo Bruno Santos, “se calhar Portugal não está preparado para este tipo de intervenção” de emergência. “Apesar das pessoas com quem contactámos no Governo se terem mostrado bastante interessadas e apoiantes do projeto, fomos remetidos para as formas tradicionais de apoio, como o Portugal 2020 e agora o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], que são bastante burocráticos, com um processo de aprovação bastante demorado e que acaba por não ser compatível com uma resposta necessária a uma pandemia”, notou.

“É aqui que pode haver um choque maior com a realidade. No nosso caso, deixa-nos em desvantagem comparativamente a outras empresas, concorrentes diretos, que tiveram esse apoio de diferentes Estados”, frisou o diretor da Immunethep.

Apesar da demora no apoio financeiro, Bruno Santos mantém a confiança de que a empresa de biotecnologia portuguesa irá continuar o desenvolvimento da sua vacina: “Mas claro que não à velocidade que poderíamos fazer. Outras empresas, noutros países, que tiveram esse financiamento, já podem estar a vender os seus produtos e nós, se tivéssemos tido um apoio desse género, também poderíamos estar a fazer o mesmo a partir de Portugal”, reafirmou.

Quanto a uma eventual chegada ao mercado, o administrador da Immunethep observou que a aprovação da nova vacina “depende muito das entidades regulamentares”, não antecipando um prazo para essa autorização poder ocorrer.

“No pico da pandemia, a urgência das vacinas permitiu uma resposta super-rápida das autoridades, com autorizações de emergência e, num ano, foi possível aprovar uma vacina. Neste momento, havendo outros produtos no mercado, não sabemos quanto tempo demorará, poderemos estar a falar de um processo mais demorado do que foi para as outras vacinas”, sublinhou.

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Sérgio Silvestre é o novo diretor-geral de inovação na Claranet Portugal

O profissional vai liderar o Claranet Labs, o novo braço de inovação da tecnológica.

Sérgio Silvestre, diretor-geral de inovação da Claranet Portugal.

Sérgio Silvestre é o novo responsável do Claranet Labs, a nova área de gestão de inovação da Claranet Portugal. O profissional será responsável por identificar, apoiar e acelerar a inovação, alargando o impacto na atividade da companhia, no negócio dos seus clientes e no seu ecossistema de parceiros.

“Potenciar a inovação e a aceleração de novos produtos e serviços na empresa, alimentando o ciclo de renovação do portefólio e a constante reinvenção do posicionamento competitivo da empresa”; “afirmar a Claranet no ecossistema português e europeu de inovação, de forma colaborativa, com clientes e parceiros”; e “potenciar o go-to-market de novos produtos e soluções que resultem do programa de inovação, em Portugal ou no estrangeiro” são as principais responsabilidades de Sérgio Silvestre, detalha a empresa em comunicado.

Sérgio Silvestre tem mais de 20 anos de experiência profissional, tendo feito parte das equipas de várias empresas de tecnologia e telecomunicações, como a WeDo Technologies, a Mainroad, a S21Sec e a Optimus. Mas o profissional integrou também companhias no setor da banca (BPI) e do retalho (SonaeMC). É licenciado em administração e gestão de empresas, pela Católica Porto Business School.

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Terceiro leilão extraordinário de eletricidade decorre a 20 de janeiro

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2022

Os leilões extraordinários foram decididos pela ERSE para mitigar os riscos para o funcionamento do mercado elétrico decorrentes dos elevados preços e volatilidade nos mercados grossistas.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) promove em 20 de janeiro o terceiro leilão extraordinário para a colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE).

“Estes leilões permitem aos agentes comercializadores sem formas de cobertura do risco de preço de compra da energia (sem produção no grupo económico ou sem contratos bilaterais que assegurem preço fixo) poder assegurar maior controlo e previsibilidade nesse mesmo aprovisionamento de eletricidade”, adianta o regulador em resposta à Lusa.

No entender da ERSE, “este mecanismo contribui para minimizar impactes adversos no mercado da conjuntura adversa de preços (elevados e muito voláteis), assegurando um nível mais equitativo de condições de aquisição de eletricidade para a generalidade dos comercializadores e, consequentemente, a possibilidade de manterem as condições aos seus clientes também elas mais estáveis”.

Os leilões extraordinários foram decididos pela ERSE como uma medida para mitigar os riscos para o funcionamento do mercado elétrico decorrentes dos elevados preços e volatilidade nos mercados grossistas, tanto no mercado português, como da generalidade dos mercados europeus.

Os aumentos de preços da eletricidade que afetam uma grande parte da Europa devem-se, entre outros fatores, à subida do preço do gás nos mercados internacionais, que é utilizado em centrais elétricas de ciclo combinado e que fixa o preço de mercado na maioria das vezes do dia, e ao aumento do preço dos direitos de emissão de dióxido de carbono (CO2).

Ao longo de 2021, os preços da eletricidade no mercado grossista ibérico multiplicaram por nove vezes, ultrapassando a barreira dos 300 euros/MWh.

A crise energética fez três baixas na comercialização de eletricidade em Portugal: a HEN foi a primeira a fechar operação, passando os seus cerca de 3.900 clientes para o mercado regulado, seguindo-se empresa Energia Simples (PH Energia), que enviou cerca de 5.300 clientes para o comercializador de último recurso, e a ENAT – Energias, que tinha 4.900 clientes.

Por seu lado, a Coopérnico deixou de ter tarifas fixas de eletricidade e manteve apenas um tarifário indexado aos preços no mercado grossista, refletindo todos os meses as variações existentes, para travar as perdas acumuladas com o disparar dos preços da energia.

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