Regulador brasileiro chumba nomeação de dois administradores da Oi

Anatel chumbou a nomeação de dois administradores para o Conselho de Administração da Oi, operadora que está em recuperação judicial e onde a Pharol detém uma posição de mais de 20%.

A Anatel, a reguladora do mercado brasileiro de telecomunicações, vetou a nomeação de dois membros para o Conselho de Administração da Oi, que está em recuperação judicial e onde a portuguesa Pharol PHR 0,00% detém uma posição de mais de 20%. No comunicado revelado este sábado pela empresa portuguesa, a Anatel deu luz verde à posse de seis novos gestores, permitindo a entrada da Société Mondiale na gestão da operadora brasileira.

Em causa estão os nomes de Pedro Grossi Junior e Nelson de Queiroz Sequeiros Tanure, ambos indicados pela Société Mondiale, e cuja nomeação foi rejeitada porque os estatutos sociais da Oi impedem a indicação de suplentes para exercer funções como conselheiros independentes.

Nelson Tanure é filho do empresário dono do Société Mondiale, um dos principais acionistas da Oi que entrou em rota de colisão com a Pharol no ano passado, quando defendeu a realização uma assembleia geral em setembro do ano passado para votar a saída dos atuais administradores portugueses da Oi, os quais queria levar a tribunal. A entrada de novos gestores indicados pelo Société Mondiale foi a solução encontrada as duas partes para resolver as disputas internas na empresa brasileira.

Ainda assim, entre os novos membros da administração da empresa brasileira estão Luís Manuel da Costa de Sousa de Macedo e José Manuel Melo Silva, diretor de Investors Relations e administrador não executivo da Pharol, respetivamente. Estes dois nomes foram indicados pela empresa portuguesa.

Do lado da Société Mondiale, a Anatel aprovou a nomeação do ex-ministro das Comunicações brasileiro Hélio Costa e do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) Demian Fiocca, tendo autorizado ainda os nomes de Blener Braga Cardoso Mayhew e do próprio dono da Société Mondiale, Nelson Tanure (pai).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi fecha mais de meio milhão de linhas no Brasil

  • ECO
  • 7 Dezembro 2016

A Oi continua a perder terreno no mercado de telecomunicações no Brasil. A operadora, detida em 22% pela portuguesa Pharol, encerrou mais de meio milhão de linhas móveis.

A Oi, da qual a empresa portuguesa de telecomunicações Pharol, detém 22%, continua a dar sinais de alerta. A companhia brasileira desativou mais de meio milhão de linhas móveis que tem no Brasil. Os dados são do regulador do setor no Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A Oi, que declarou a maior falência na história do Brasil, desativou mais de 663 mil linhas, para fechar o mês com 45,7 milhões e uma quota de 18,47%, avança o jornal espanhol Cinco Días, citando os dados divulgados pela Anatel na segunda-feira. A operadora de telecomunicações brasileira continua a mostrar sinais de fragilidade, depois de ter declarado um prejuízo líquido de 1017 mil milhões de reais, ou 292 milhões de euros, até ao nono mês deste ano, em novembro.

Apesar das notícias, os títulos da Oi dispararam mais de 11% na terça-feira, em São Paulo. A antiga Portugal Telecom está a acompanhar este movimento, subindo quase 7%.

No comunicado ao mercado, a Anatel diz esta queda do número de linhas deve-se à “diminuição do valor da interconexão entre as redes fixas e móveis e do valor de remuneração de uso de rede das prestadoras móveis (VU-M), que permitiu novas ofertas de serviço com redução nos valores praticados para chamadas para a rede de outra prestadora”.

Mas a Oi não foi o grupo mais castigado. Segundo o jornal, a América Movil, que opera através da Claro, perdeu mais de 2,92 milhões de linhas, para encerrar o mês com 60,59 milhões. O grupo de Carlos Slim, que tinha recuperado em setembro a terceira posição, volta a perder quota de mercado, recuando de 25,30% para os 24,49%.

Telefónica escapa à descida

A única empresa que continua a crescer no Brasil é a Telefónica. Para a empresa, que opera no mercado através da Vivo, o país é o maior mercado em termos de número de clientes e o segundo mais importante no que toca o volume de receitas. A operadora ganhou um total de 14.294 linhas móveis em outubro, atingindo as 73,50 milhões de conexões. A Telefónica é, por isso, a líder no mercado brasileiro. Com este aumento, a quota de mercado da Telefónica Brasil aumenta para 29,28%.

O jornal relembra que não se pode descartar a possibilidade de a operadora diminuir o número de linhas antes do final do ano, especialmente no segmento pré-pago, como tem feito em anos anteriores. Em dezembro do ano passado, foram desativadas seis milhões de linhas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi propõe-se a pagar dívidas de até 50 mil reais

A Oi propôs-se a saldar dívidas a 58 mil credores e também reuniu com a Anatel, à qual deve mais de 20 mil milhões de reais. Veículos financeiros na Holanda poderão entrar em falência.

Há desenvolvimentos no processo de recuperação judicial da operadora brasileira Oi. A empresa participou numa audiência de mediação com a Anatel para encontrar “uma solução consensual” para a dívida que tem ao regulador. Atualmente, ultrapassa já os 20 mil milhões de reais, cerca de 5,58 mil milhões de euros.

A operadora apresentou ainda outra proposta judicial para “utilização da mediação” como forma de pagar aos credores as dívidas de até 50 mil reais (13,8 mil euros). A ser aceite, a medida irá abranger quase 58 mil credores da Oi, num montante total de até 783 milhões de reais, ou cerca de 216 milhões de euros.

Numa nota enviada aos mercados, a companhia avança também que os administradores judiciais holandeses da Portugal Telecom Internacional Finance e da Oi Brasil Holdings, veículos financeiros da Oi na Holanda, poderão requerer a conversão dos processos de suspensão de pagamentos em processos de falência. Ainda assim, garante, isso não deverá prejudicar as contas da empresa, nem as respetivas “atividades operacionais”. Se conversão foi adiante, a Oi espera que “disso não resultem impactos significativos na recuperação judicial e no dia-a-dia da companhia no Brasil”, acrescenta.

Estas informações surgem numa altura em que os credores da Oi no Brasil pressionam o Governo para encontrar uma solução para o processo. Esta terça-feira, o Financial Times recordou que poucos casos de falência têm merecido tanta atenção como o da Oi, uma das maiores operadoras de telecomunicações no país. Com cerca de 138 mil funcionários “diretos e indiretos”, o Governo tem feito todos os esforços para impedir a queda da companhia, tendo em conta a profunda recessão em que o país está mergulhado, escreve o mesmo jornal.

Recorde-se que, na semana passada, o presidente a Anatel, Juarez Quadros, garantiu na audiência pública do processo, na Câmara dos Deputados, que novos investimentos de dinheiro público na Oi estão fora de questão. Quadros alertou ainda que a empresa tem de estar preparada para uma possível intervenção do regulador.

O comunicado da Oi foi também submetido pela Pharol PHR 0,00% , cotada portuguesa, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A firma, que nasceu da ex-PT SGPS após a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), herdou da holding uma participação de cerca de 23% na Oi, bem como um passivo de 897 milhões de euros resultante do investimento em dívida da Rioforte, sociedade do GES.

Por sinal, esta segunda-feira, a Pharol apresentou resultados e reviu em baixa o valor que espera recuperar desse investimento: apenas 85,8 milhões de euros, ou 9,56% do montante em dívida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dos 897 milhões em dívida da Rioforte, Pharol espera recuperar 10%

Os prejuízos da Pharol melhoraram até setembro, mas a empresa já só espera recuperar 85,8 milhões de euros dos 897 milhões de euros investidos pela ex-PT SGPS em dívida da Rioforte.

A Pharol PHR 0,00% apresentou esta segunda-feira um resultado líquido negativo de 56,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, contra os 137 milhões de euros de perdas registadas em igual período do ano passado.

Além disso, a empresa de Luís Palha da Silva reviu em baixa o valor que espera reaver do investimento da ex-PT SGPS em dívida da Rioforte, sociedade do Grupo Espírito Santo: dos 897 milhões de euros injetados, a Pharol, a empresa que ficou com esse passivo e com uma participação de cerca de 23% na operadora brasileira Oi, já só espera recuperar 9,56% — ou seja, 85,8 milhões de euros.

Recorde-se que, anteriormente, a Pharol esperava recuperar 15% desse investimento. A revisão em baixa teve, assim, um impacto negativo de 48,7 milhões de euros nas contas da empresa, lê-se no relatório submetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Na origem dessa revisão, as “declarações dos administradores judiciais, que referiram que não se pode excluir que o arresto de bens requerido pelo Ministério Público impeça, de forma prolongada ou mesmo definitivamente, a sua recuperação e distribuição pelos credores”.

A Pharol continua fortemente empenhada em reduzir os risco de variação de valor dos seus ativos e em controlar muito estritamente os seus custos operacionais.

Luís Palha da Silva

Presidente executivo da Pharol

A Pharol justifica ainda parte das perdas com custos operacionais de seis milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016, bem como uma desvalorização da opção de compra sobre ações da Oi no valor de 5,1 milhões de euros. A empresa garante ter reduzido os custos operacionais em 64%, para seis milhões de euros, contra os 16,9 milhões de euros no período homólogo.

O resultado dos primeiros nove meses deste ano foi ainda influenciado pelo “ganho líquido de 4,9 milhões de euros decorrente da reversão da imparidade registada sobre o investimento da Oi, no montante de 225,6 milhões de euros, que mais compensou a apropriação dos prejuízos acumulados da Oi” até setembro no montante de 220 milhões de euros.

Em igual período, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi negativo em seis milhões de euros, uma melhoria face aos 16,9 milhões de euros negativos um ano antes. “Esta redução é explicada por elevada redução de serviços de terceiros relacionados com consultoria e assessoria legal” e “menores custos com pessoal e menores impostos indiretos”. Os custos com pessoal atingiram os 1,6 milhões de euros, uma redução face aos 2,7 milhões de euros registados entre janeiro e setembro de 2015.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Abutres” continuam a pairar sobre a Pharol

  • Rita Atalaia
  • 15 Novembro 2016

O interesse de fundos "abutres" na Oi continua a arrastar a Pharol para perdas. A empresa portuguesa afunda mais 8%. Está a viver o maior ciclo de quedas desde janeiro.

A Pharol continua a afundar. O interesse dos chamados fundos “abutres” na Oi continuam a arrastar a empresa portuguesa para terreno negativo. A Pharol, que detém 22% da telecom brasileira, está em queda há sete sessões naquele que é já o maior ciclo de quedas desde janeiro.

As notícias de que a Oi poderá estar na mira de dois fundos “abutres” — fundos de investimento que apostam em empresas falidas — continuam a pressionar a a antiga PT. A Pharol recua hoje mais 5,3% para 0,198 euros, depois de ter chegado a cair um máximo de 7,66%.

A Pharol já tinha afundado na primeira sessão desta semana, perdendo mais de 8%. Está a cair há sete sessões consecutivas, o maior ciclo de quedas desde o início do ano, período durante o qual afunda 22%.

“Abutres” levam Pharol a afundar

Fonta: Bloomberg (Valores em euros)
Fonta: Bloomberg (Valores em euros)

A Globo avançou na segunda-feira que a Oi poderá estar na mira do Elliott Management e do Aurelius Capital Management, os chamados fundos “abutres”. Relativamente ao Elliott em particular, a Globo escreve que a proposta deverá ser formalizada nas próximas semanas que prevê a aquisição de 60% da empresa, com um investimento de dez mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros), citando uma fonte próxima do processo.

Mas o interesse dos “abutres” não é o único fator a pressionar. O prejuízo que a Oi revelou na semana passada também está a deixar marcas na Pharol. A operadora de telecomunicações brasileira declarou um prejuízo líquido de 1017 mil milhões de reais, ou 292 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol desce em bolsa com queda da Oi

  • Marta Santos Silva
  • 14 Novembro 2016

À medida que fundos "abutres" manifestam interesse pela brasileira Oi, a Pharol, que detém 22% da empresa, também cai.

A Pharol está com tendência para cair na bolsa desde o princípio de novembro, à medida que os problemas da Oi, da qual a empresa portuguesa de telecomunicações detém 22%, se vão intensificando.

Esta segunda-feira, com a notícia de que o fundo “abutre” Elliott Management estará de olho na Oi, a antiga PT está a cair mais de 5% para 0,216 euros, tendo já estado a cair 8%.

Pharol cai desde o princípio de novembro

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

A brasileira Globo avança esta segunda-feira que a Oi poderá estar nas vistas de dois fundos “abutres”: o Elliott Management e o Aurelius Capital Management. Este tipo de fundos é assim chamado por investirem em títulos de empresas perto da falência.

Relativamente ao Elliott em particular, a Globo escreve que a proposta deverá ser formalizada nas próximas semanas que prevê a aquisição de 60% da empresa, com um investimento de dez mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros), citando uma fonte próxima do processo.

Esta segunda-feira a Oi começou a recuperar relativamente à queda drástica da semana passada, embora sem força suficiente para compensar as perdas. No final da semana passada, os títulos da Oi fecharam a valer 2,10 reais.

Oi cai mas recupera esta segunda

Fonte: Bloomberg (Valores em reais)
Fonte: Bloomberg (Valores em reais)

Em novembro, a operadora de telecomunicações brasileira declarou um prejuízo líquido de 1017 mil milhões de reais, ou 292 milhões de euros, até ao nono mês deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi com prejuízo líquido de 288,8 milhões no terceiro trimestre

  • Lusa e Rita Atalaia
  • 10 Novembro 2016

A operadora de telecomunicações brasileira Oi, em recuperação judicial desde junho, teve um prejuízo líquido de 1,015 mil milhões de reais (288,78 milhões de euros) no terceiro trimestre

OS resultados apresentados hoje revelam que a gigante de telecomunicações tinha registado um prejuízo líquido das operações continuadas de 1,027 mil milhões de reais (292 milhões de euros) no período homólogo e de 656 milhões de reais (186,7 milhões de euros) no segundo trimestre deste ano.

A receita líquida foi de 6,394 mil milhões de reais (1,8 mil milhões de euros) nos três meses, com uma queda anual de 6,3% e sequencial de 2%.

De julho a setembro, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 1,645 mil milhões de reais (466,13 milhões de euros).

A empresa terminou o trimestre com uma dívida líquida de 41,184 mil milhões de reais (11,658 mil milhões de euros), o que representa uma redução de 0,5% em relação à dívida com que finalizou o segundo trimestre do ano.

A disponibilidade financeira aumentou cerca de dois mil milhões de reais em relação ao trimestre anterior, para 7,142 mil milhões de reais (2,021 mil milhões de euros), destacou a empresa no seu relatório trimestral.

Os investimentos da empresa totalizaram mais de mil milhões de reais (283 milhões de euros), mais 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O processo de recuperação judicial da Oi inclui um total de 65,4 mil milhões de reais (18,52 mil milhões de euros) de dívidas.

A empresa brasileira é detida em 27% pela portuguesa Pharol, antiga PT SGPS. No entanto, as ações não estão a reagir aos resultados. Os títulos da Pharol sobem 0,9% na abertura da sessão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Multimilionário egípcio pronto para investir na Oi

  • Rita Atalaia
  • 18 Outubro 2016

Naguib Sawiris diz que está preparado para investir na Oi. O empresário egípcio quer controlar a telecom brasileira, mas não revela qual será a dimensão do investimento.

O multimilionário egípcio Naguib Sawiris diz que está preparado para investir na Oi. O presidente e CEO da Orascom Telecom Media & Technology Holding quer passar a controlar a telecom brasileira e aumentar a sua presença no país. O empresário acredita que o novo Governo está mais “do lado” dos investidores privados. As ações da Pharol, a maior acionista da Oi, estão a reagir positivamente e a subir 0,4%.

Numa entrevista ao The Wall Street Journal, Naguib Sawiris não quis referir a dimensão do investimento. O multimilionário diz que gosta do Brasil e que está confortável em fazer uma aposta mais elevada no país sob a liderança do Presidente Michel Temer.

Um grupo de obrigacionistas da Oi disse, na semana passada, que chegaram a um acordo com Sawiris e com as suas empresas. O objetivo é desenvolver um novo plano de insolvência. No entanto, as discussões não incluíram os atuais acionistas da Oi. Alguns dizem que não estão disponíveis para falar com Sawiris até a restruturação da dívida estar concluída.

“Sawiris não é bem-vindo por agora, mas poderá haver uma discussão caso tenha dinheiro para investir” mais tarde, disse uma fonte próxima dos acionistas na segunda-feira. A Oi fez o maior pedido de proteção contra credores do país no início deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol avança com interesse mexicano na Oi

Lisboa acompanhou sentimento positivo nas bolsas europeias, com os títulos da Pharol em grande destaque com a notícia de que a mexicana América Movil está interessada na compra da brasileira Oi.

O PSI-20, o principal índice português, fechou a ganhar 0,25% para 4.549,93 pontos, num dia positivo para as restantes praças europeias devido à abertura do Banco do Japão para avançar com novos estímulos à economia e inflação.

Em Wall Street, as bolsas norte-americanas seguiam em terreno positivo com os investidores à espera das decisões de política monetária da Reserva Federal norte-americana.

Por cá, das 12 cotadas que encerraram o dia com sinal mais, destaque para Pharol, cujos títulos avançaram mais de 4% para 0,25 euros, impulsionados pela notícia de que América Móvil está interessada em comprar ativos ou mesmo a totalidade da Oi, empresa da qual a empresa portuguesa detém 22% do capital.

Já a negociação das ações do BPI esteve suspensa durante toda a sessão, no dia em que a assembleia geral de acionistas aprovou finalmente a desblindagem dos estatutos que vai conduzir à concretização da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank. A CMVM já levantou essa suspensão, pelo que o título volta amanhã à negociação em Lisboa com o preço de 1,091 euros com que fechou na sessão de terça-feira, ligeiramente abaixo dos 1,113 euros oferecidos pelo grupo espanhol.

“Assim que a suspensão de negociação das ações for levantada pela CMVM, é expectável que o respetivo preço se aproxime do valor oferecido pelos espanhóis“, referiu Pedro Ricardo Santos, gestor de ativos da XTB Portugal.

"Assim que a suspensão de negociação das ações for levantada pela CMVM, é expectável que o respetivo preço se aproxime do valor oferecido pelos espanhóis.”

Pedro Ricardo Santos, gestor de ativos da XTB Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

América Móvil interessada na Oi. Ações da Pharol sobem em Lisboa

O grupo mexicano, que detém três operadoras no Brasil, está atento ao processo de recuperação judicial da Oi e pode mesmo adquirir a empresa. Em Lisboa, as ações da Pharol valorizam com a notícia.

Daniel Hajj, presidente executivo do grupo mexicano América Móvil, está interessado em comprar ativos ou mesmo a totalidade da operadora brasileira Oi. A informação foi avançada pelo próprio, em entrevista ao jornal Valor Econômico. O grupo América Móvil é já dono das operadoras Claro, Embratel e NET no Brasil.

As declarações de Hajj estão a animar as ações da Pharol PHR 0,00% , ex holding da PT e acionista de referência da Oi com 22% de capital. Os títulos chegaram a valorizar mais de 7% na bolsa de Lisboa e, atualmente, sobem 4,66% para cerca de 25 cêntimos por ação.

Hajj admite que o grupo América Móvil está atento ao processo de recuperação judicial da Oi e, segundo a agência Bloomberg, um potencial negócio dependerá do que for colocado à venda e, naturalmente, do preço, sendo que os reguladores brasileiros terão sempre uma última palavra a dar.

Recorde-se que o risco de falência da operadora brasileira Oi levou à abertura de um processo de recuperação judicial, que decorre desde 20 de junho e abrange as seis subsidiárias do grupo. Esta segunda-feira foi ainda estipulado um prazo para reclamar créditos, pelo que os subscritores de obrigações da antiga Portugal Telecom (PT) têm ainda 14 dias para os reclamar no âmbito da ação de recuperação judicial, avançou a agência Lusa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol vai pagar mais de um milhão de euros de multa aos EUA

A portuguesa Pharol aceitou pagar uma multa de 1,11 milhões de euros ao regulador norte-americano dos mercados, por exposição da PT ao Grupo Espírito Santo. Mas não confirma nem desmente as acusações.

A Pharol, ex-PT SGPS, vai pagar uma multa de 1,11 milhões de euros (1,25 milhões de dólares) à Securities and Exchange Commission (SEC), por falhas na divulgação de informação relevante sobre a exposição da empresa de telecomunicações ao Grupo Espírito Santo (GES).

Em causa estão os investimentos que a Portugal Telecom (PT), sob a tutela de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, foi fazendo em papel comercial do GES. Essas aplicações chegaram a totalizar quase 900 milhões de euros em 2013, quando os títulos foram transferidos da Espírito Santo International (ESI) para a Rioforte, ambas pertencentes ao GES. Recorde-se que esse montante nunca foi reembolsado, o que acabou por gerar graves problemas na empresa e alterar os termos da fusão com a operadora brasileira Oi.

Em comunicado, a SEC informa que detetou várias omissões no relatório de contas de 2013, submetido pela PT na altura. Essas falhas prendem-se com a falta e informação sobre a natureza e extensão dos investimentos da companhia no grupo liderado por Ricardo Salgado, o que terá dado aos investidores uma imagem distorcida do risco de investirem na empresa.

O regulador da bolsa norte-americano calcula que 82% dos investimentos da PT a curto prazo eram dívida do GES. A holding terá mesmo informado que emitiu esses títulos, ao invés de assumir que os subscreveu. Além disso, a SEC também faz referência ao insuficiente controlo interno da PT no que toca a contabilidade.

Esta terça-feira, a Pharol aceitou pagar a multa imposta pela SEC, porém “sem confirmar ou desmentir” as conclusões da investigação levada a cabo pelo regulador, lê-se no mesmo comunicado. De referir que a Pharol já não opera no setor das telecomunicações: esses ativos estão agora na posse dos franceses da Altice.

Segundo informou a Pharol à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a multa será paga “através de transferência para o Tesouro dos Estados Unidos da América”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.