BCE pronto para comprar dívida italiana depois do referendo

Caso o referendo tenha um impacto negativo no custo de financiamento do Estado italiano, o Banco Central Europeu está pronto para comprar dívida italiana de forma a que o impacto seja minimizado.

O Banco Central Europeu está pronto para ajudar Itália na próxima segunda-feira. A Reuters avança que, caso o resultado do referendo implique a demissão do primeiro-ministro italiano e os juros da dívida avancem, o BCE vai comprar — temporariamente — dívida soberana italiana.

Quatro fontes do BCE garantiram à Reuters que se o preço de financiamento do Estado italiano subir o banco central estará lá para ser o amortecedor dessa subida. A Itália é uma das economias mais endividadas da Zona Euro e, por isso, está muito dependente dos mercados de dívida. Em causa está também um efeito dominó nas restantes taxas de juro, incluindo as que Portugal paga.

Com as sondagens a darem a vitória ao “Não” — e, por isso, a possível demissão de Matteo Renzi –, o resultado pode dar lugar a uma crise política que cria incerteza e assusta os mercados, o que fará subir os juros da dívida. Para conter esse efeito, o BCE pode usar os 80 mil milhões de euros mensais do programa de compra de dívida soberana para compensar esse efeito de subida depois do referendo.

Depois da notícia, os juros da dívida italiana seguiam estáveis com uma subida ligeira a 10 anos.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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OPEP: Há ou não acordo para limitar o petróleo?

  • Rita Atalaia
  • 30 Novembro 2016

Estamos a poucas horas de saber se a OPEP vai ou não conseguir chegar a um importante acordo. O mercado parece convencido de que é desta. O Brent dispara mais de 7%, muito perto dos 50 dólares.

Chegou o dia D para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O cartel está há meses a tentar definir as bases de um acordo para limitar a produção de petróleo. E essas bases tinham de ficar definidas até à próxima reunião, esta quarta-feira. O ceticismo tem dominado o sentimento dos investidores, mas hoje .parece estar tudo a mudar. O mercado parece convencido de que é desta. O Brent está a disparar mais de 7%, muito próximo dos 50 dólares. Mas caso o cartel não chegue a um acordo, os preços da matéria-prima podem regressar aos 43 dólares por barril.

“A ratificação do acordo — isto é, a definição e imposição dos limites de produção dos vários membros da OPEP — é a maior incerteza da reunião que decorrerá no dia 30 de novembro“, diz a equipa de research do BiG. “Ainda que o acordo tenha sido atingido nas reuniões informais que decorreram durante o Fórum Internacional de Energia, as negociações que decorreram posteriormente, com os objetivos de estabelecer os limites de produção dos membros e de alargar os cortes de produção para não-membros (nomeadamente Rússia), não parecem ter sido bem-sucedidas“, explica o BiG.

A Rússia tem, até agora, resistido aos pedidos dos outros produtores para se juntar num corte da produção. Em vez disso, o país ofereceu-se para congelar a produção nos níveis atuais. O ministro da Energia russo, Alexander Novak, insiste que a OPEP tem de chegar a um consenso sobre a redução da produção antes de a Rússia decidir juntar-se a um acordo.

"Considerando também as mais recentes declarações do ministro de Energia da Arábia Saudita (líder de facto e o maior produtor do cartel), que indicou que talvez o ajustamento do mercado se dê do lado da procura (com um aumento desta), não sendo talvez necessário um corte na produção, a reunião da OPEP pode apenas terminar sem qualquer acordo, ou quiçá com apenas um acordo de congelamento aos níveis atuais, situações que desapontariam o mercado.”

Equipa de research do BiG

A Patris Investimentos diz que a Rússia tem de ser tida em conta pelo seu posicionamento de relevo. “Há que ter em conta a Rússia, país que não pertence à OPEP mas cujo posicionamento será importante, não só no que se refere ao impacto que um eventual corte vindo da OPEP poderá ter na cotação em mercado, mas também no que se refere ao ‘jogo de forças’ entre os principais produtores a nível mundial (ou seja, no que se refere às quotas de mercado para os principais países)”, nota.

A definição das quotas de produção por país tem sido um dos temas discutidos nas várias reuniões. O cartel poderá reduzir a produção de petróleo para os níveis previstos distribuindo por igual as quotas de todos os países. Mas nem todos os países querem fazer parte deste acordo, o que aumenta as dúvidas no mercado.

petróleo - gás natural

Há dois motivos para este ceticismo: Irão e Iraque. Um analista do setor diz que “o Irão deseja manter-se à parte de qualquer corte, uma vez que deseja restabelecer os níveis de produção/exportação que tinha antes das sanções internacionais. O Iraque mantém uma guerra de recuperação de território face ao ISIS [autoproclamado Estado Islâmico], pelo que não pode prescindir de receitas da venda de crude”. No entanto, estes dois países não são os únicos a pôr entraves. “Países como a Líbia e a Nigéria vão manter-se fora do acordo, o que faz com que a possibilidade de aumento de produção destes países no futuro possa comprometer a própria razão de ser de qualquer corte”, refere o especialista.

Por todas estas razões, “será difícil chegar a um acordo para cortar produção”. O cenário mais provável será um de dois: manter a produção a níveis atuais ou não chegar a acordo. Existem muitas diferenças entre os principais países produtores na OPEP, nomeadamente no que diz respeito ao Irão e Iraque. Na última tentativa antes da reunião, o Irão propôs manter o nível de produção nos 3.975 milhões de barris diários, ou cerca de 200 mil barris acima da atual produção, segundo várias fontes que estiveram presentes nesse encontro. A Arábia Saudita fez uma contraproposta para deixar a produção nos 3.707 milhões de barris por dia, mais ao menos ao nível atual. Mas nada de concreto saiu da reunião.

“O que estamos a ver agora é um jogo da corda entre os membros da OPEP para ficar com a sua parte do bolo”, referiu Son Jae Hyun, analista da Mirae Asset Daewoo, à Bloomberg. “Se não for alcançado um acordo desta vez, nenhum deles sairá beneficiado”, acrescentou. De acordo com a Goldman Sachs, o mercado de petróleo atribui uma probabilidade de 30% de os países produtores alcançarem um acordo que permita travar a produção da matéria-prima.

Acordo não pode ser excluído

Apesar do ceticismo que dominou o mercado nos últimos dias, a hipótese de um acordo não pode ser totalmente excluída. “A chegada a um acordo para o corte é também um cenário que não pode ser descartado, especialmente considerando os esforços diplomáticos realizados por alguns membros para a chegada a um acordo”, diz a equipa de research do BiG.

No início deste mês, várias notícias avançaram que estava a ser feito um esforço diplomático final entre os membros da OPEP que permitisse travar o excesso de produção de petróleo e estabilizar os preços.

Mas há, segundo os analistas, um motivo mais forte para que seja alcançado um consenso: a fraca situação financeira dos países. “O que desta vez poderá revelar-se decisivo para confirmar um acordo é a deterioração na situação financeira de vários países da OPEP, após a forte queda na cotação do petróleo em 2014/15. Esta deterioração poderá servir de pressão para que se chegue a um acordo”, nota a Patris Investimentos. A Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo, está a tentar reorganizar as suas finanças, fortemente penalizadas pela queda dos preços da matéria-prima.

Para o presidente da Partex, a Arábia Saudita está a sentir na pele as políticas que seguiu até agora, de produzir ao máximo para tentar minar a produção norte-americana. “A questão crucial é que a Arábia Saudita também está neste momento a tentar alcançar um acordo porque tinha uma almofada financeira muito grande, cerca de 800 mil milhões de dólares que criou na altura do boom dos preços do petróleo. Mas só o ano passado tiveram uma erosão de 85 mil milhões. Pela primeira vez este ano registaram um défice e já recorreram à emissão de obrigações”, explica António Costa Silva. Por este motivo, o presidente da Partex diz que “é a primeira reunião desde há muito tempo que eu penso que vai sair um acordo. Porque se não sair então é a descredibilização total” do cartel.

Com ou sem acordo, como vai reagir o petróleo?

Um acordo para limitar a produção não pode ser excluído, o que seria positivo para a cotação do petróleo. “Mesmo considerando que, no passado, o cartel não tem sido capaz muitas vezes de cumprir com o acordado, a reação deverá ser positiva, representando um suporte à cotação”, realça a Patris Investimentos. Poderemos mesmo verificar uma “consolidação do preço até aos 50 dólares por barril”, prevê José Correia, gestor da corretora XTB. E o mercado parece estar confiante de que será mesmo alcançado um acordo. O Brent está a disparar mais de 7% para os 49,78 dólares, muito próximo da fasquia dos 50 dólares.

Brent dispara mais de 7%

Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)
Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)

No entanto, este acordo pode falhar, uma vez que ainda há muitas diferenças entre os vários países produtores do “ouro negro”. E, neste caso, “é expectável uma reação negativa do crude, ainda que não projetamos que a mercadoria renove os mínimos de janeiro de 2016“, quando o petróleo se situou nos 27,88 dólares por barril, explica a equipa de research do BiG. José Correia, da XTB, diz que a matéria-prima poderá cair “até ao suporte dos 43 dólares por barril”. Mas o gestor acredita que a reação será temporária, já que “novos eventos irão suceder-se e terão um impacto no preço do ativo”.

A duração desta reação dependerá, segundo os analistas do BiG, de vários fatores: de a OPEP indicar que um acordo poderá decorrer no futuro caso o preço do crude volte a negociar em níveis insustentáveis; da evolução da produção por outros produtores extra-OPEP, como a Rússia e os Estados Unidos, e da evolução da procura de crude. “Caso estes fatores se desenrolem de forma a exacerbar o excesso de oferta no mercado, é expectável que o sentimento negativo do crude se perpetue”, dizem os analistas.

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Taxa de desemprego não cai há três meses. Está nos 10,9% desde julho

Ao todo, havia 558 mil pessoas desempregadas em setembro, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Em outubro, a taxa de desemprego deverá ter baixado para 10,8%.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu a taxa de desemprego de setembro em ligeira alta. A estimativa definitiva para a taxa de desemprego em setembro é agora de 10,9%, um aumento de 0,1 pontos percentuais face à primeira estimativa. Significa isto que a taxa de desemprego se mantém inalterada há três meses consecutivos: desde julho que está fixada nos 10,9%.

Ainda assim, o número de pessoas desempregadas está a diminuir: em julho, havia 559,2 mil desempregados, número que caiu para 558,2 mil em setembro.

Em outubro, o INE calcula, numa estimativa ainda provisória, que a taxa de desemprego baixe para 10,8%, valor que compara com os 12,4% registados em outubro do ano passado. Nesse mês, a população desempregada será de 553,7 mil pessoas.

Já a taxa de emprego deverá manter-se inalterada em outubro, nos 58,6%, a mesma taxa registada desde julho. Contudo, o número total de pessoas empregadas está a diminuir ligeiramente. “A estimativa definitiva da população empregada de setembro foi de 4.567.900 pessoas, o que representa uma diminuição de 0,1% face ao mês anterior”, ou o equivalente a menos 5,1 mil pessoas, refere o INE.

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INE confirma: PIB cresceu 1,6%. Procura externa ajuda

Em comparação com os meses de abril a junho, o crescimento do PIB surpreendeu pela positiva e registou 0,8%. Face ao terceiro trimestre de 2015 também, tendo alcançado os 1,6%.

Depois da estimativa rápida de 15 de novembro, chegou esta quarta-feira a confirmação: desde o quarto trimestre de 2013 que o ritmo de crescimento da economia não era tão expressivo. O PIB cresceu 0,8% no terceiro trimestre de 2016, quando comparado com os meses de abril a junho, confirmam os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos homólogos, o crescimento foi de 1,6%.

Fonte: INE (Valores trimestrais, em percentagem) Valores do 3º trimestre de 2016 correspondem a estimativa rápida
Fonte: INE (Valores trimestrais, em percentagem) Valores do 3º trimestre de 2016 correspondem a estimativa rápida

 

A justificar esta subida estão principalmente as exportações líquidas, verificando-se uma aceleração mais expressiva das exportações de bens e serviços em comparação com as importações. “O crescimento mais intenso do PIB refletiu sobretudo o aumento do contributo da procura externa líquida, que passou de 0,1 pontos percentuais (p.p.) no 2º trimestre para 0,7 p.p.”, escreve o INE, nas Contas Nacionais Trimestrais.

Para isso contribuiu decisivamente a aceleração das exportações de serviços, que aumentaram 4,4% em termos homólogos (-0,2% no 2º trimestre). Já “as exportações de bens passaram de uma taxa de variação homóloga de 2,5% no trimestre anterior para 5,7%, influenciadas em 0,6 p.p. pela venda de material militar”, explica o destaque. No total, as exportações passaram de uma variação homóloga de 1,8% no 2º trimestre para 5,4% no 3º trimestre.

Mas essa não é a única explicação. Também o consumo privado, que melhorou na componente de bens não duradouros e serviços, entra na equação que beneficia o PIB: “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou ligeiramente, passando de 0,8 p.p. no trimestre precedente para 0,9 p.p., devido à aceleração do consumo privado”, explica o Instituto Nacional de Estatística. Dentro do consumo privado, “a aceleração das despesas de consumo final das famílias residentes para 1,9% (1,6% no trimestre anterior)” foi decisiva.

Por outro lado, “em sentido oposto, o consumo de bens duradouros desacelerou, passando de uma variação homóloga 7,9% no 2º trimestre para 6,2% refletindo, em larga medida, a evolução da componente automóvel“, explica o INE.

Em relação à variação trimestral, o contributo da procura interna foi negativo, “refletindo principalmente a redução do investimento (-3,1%)”, indica o documento. Por outro lado, a contribuição da procura externa líquida foi ainda mais positiva por causa do aumento das exportações e a diminuição das importações.

“Comparando com a Estimativa Rápida para o 3º trimestre, a nova informação de base utilizada não implicou revisões nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB”, afirma o INE.

Fonte: INE (Valores em percentagem)
Fonte: INE (Valores em percentagem)

(Notícia atualizada às 11h16)

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Nova presidente pede ao Governo melhores salários na CMVM

Gabriela Figueiredo Dias aproveitou a tomada de posse enquanto presidente da CMVM para pedir ao Governo melhores condições para atrair recursos humanos para o regulador do mercado.

Gabriela Figueiredo Dias aproveitou a presença do ministro das Finanças, Mário Centeno, na tomada de posse enquanto nova presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), para pedir ao Governo melhores condições para poder atrair talento para o regulador do mercado de capitais português. Sem isso, frisou Figueiredo Dias, o regulador dificilmente poderá cumprir o seu papel de forma exigente em tempos de elevada desconfiança dos investidores em relação aos mercados financeiros.

“Não atravessamos momentos pacíficos. A euforia bolsista se esvaiu, os investidores afastam-se, a liquidez reduz-se. O mercado português tem sido particularmente afetado. (…) Às dificuldades e incertezas já acima enunciadas juntam-se um contexto económico deprimido e instável”, frisou Gabriela Figueiredo Dias. “Para responder a estes desafios, a CMVM precisa de recursos adequados, sobretudo humanos. É uma das principais dificuldades com que a CMVM se tem deparado nos últimos anos”, acrescentou a nova líder do regulador português.

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Gabriela Figueiredo Dias tomou hoje posse como presidente da CMVM. (Foto: Paula Nunes/ECO)

Para atrair talento — e evitar “o êxodo de colaboradores” que a CMVM assistiu nos últimos anos –, Gabriela Figueiredo Dias foi clara: quer remuneração competitiva e em linha com o mercado para os trabalhadores da instituição, formação adequada e planos de carreira efetivos com base no mérito profissional.

“Se não formos capazes de atrair e reter as pessoas indispensáveis para protegermos as outras pessoas, aquelas para quem fazemos a supervisão, dificilmente a CMVM cumprirá o seu papel de proteção dos investidores, salientou ainda, numa cerimónia que teve lugar no Ministério das Finanças, em Lisboa, em que também Filomena Oliveira (vice-presidente) e Rui Pinto (vogal) tomaram posse.

Na intervenção, Gabriela Figueiredo Dias elencou quatro desafios prioritários que terá de resolver no seu mandato:

1. Proteção e retoma da confiança dos investidores

“Há muito a fazer”. Foi assim que Gabriela Figueiredo Dias abordou o primeiro dos objetivos delineados para o seu mandato. “Os investidores ainda carecem de informação clara”, precisou.

Para a nova líder da CMVM, “a confiança ganha-se com a formação dos investidores” e, nesse sentido, o regulador vai promover programas de educação financeira tanto para investidores como para as empresas emitentes. Ainda assim, destacou o papel essencial dos auditores, a quem cabe “garantir o rigor e veracidade da informação institucional”. “São os guardiões últimos da credibilidade do mercado”, disse.

2. Promoção e acesso aos mercados

Figueiredo Dias destacou ainda o “escasso uso do mercado para acesso de financiamento das empresas” como prioridade. Promete promover programas de educação específicos no apoio às pequenas e médias empresas. Além disso, também há trabalho a fazer na legislação: “cortar nos encargos que se exigem para acesso ao mercado de capitais” e reduzir a redundância da atual legislação e melhorar a rapidez de resposta da CMVM.

3. Cooperação com outros supervisores nacionais e internacionais

Segundo Gabriela Figueiredo Dias, “a confiança do mercado depende cada vez mais da troca de informações entre supervisores e reguladores internacionais“. Neste capítulo, disse que a CMVM vai aprofundar as relações com as outras entidades de regulação e supervisão nacionais e internacionais.

4. Reavaliação dos modelos de supervisão

“Estamos empenhados para contribuir para a construção de um modelo de supervisão melhor”, declarou ainda.

 

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Governo vai manter salário do próximo presidente da Caixa

O Executivo não vai fazer a vontade ao PCP e ao Bloco de Esquerda, que queriam salários mais baixos para os gestores do banco público.

O salário do próximo presidente da Caixa Geral de Depósitos será o mesmo que foi oferecido ao demissionário António Domingues: 423 mil euros por ano, mais prémios.

A notícia é avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias (acesso pago), que cita fonte governamental. O Executivo de António Costa não fará, assim, a vontade ao PCP e ao Bloco de Esquerda, que queriam limitar o salário dos gestores públicos ao salário do primeiro-ministro, além de ignorar os pedidos de Marcelo Rebelo de Sousa, que também é favorável a um salário mais baixo para os gestores públicos.

O Governo está a calcular o salário do presidente do banco público com base na mediana dos salários dos gestores dos maiores bancos a operar em Portugal.

António Vieira Monteiro é o mais bem pago. No ano passado, o vice-presidente executivo do Santander Totta recebeu um salário bruto fixo de 568 mil euros. Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI, ganhou 462 mil euros em 2015, enquanto Nuno Amado, do BCP, recebeu 385 mil euros e Eduardo Stock da Cunha, do Novo Banco, auferiu 384 mil euros.

Assim, se considerarmos apenas os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal (BCP, BPI, Santander Totta e Novo Banco), e apenas os salários fixos brutos, a mediana destes salários é 423,5 mil euros por ano.

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Louçã: Geringonça tem de chegar a acordo no sistema bancário, incluindo CGD

O ex-líder do Bloco de Esquerda argumenta que o Governo tem que preparar as decisões sobre a banca com cuidado e, por isso, fazer um novo acordo com BE e PCP.

O processo da Caixa Geral de Depósitos “provou que o Governo tem de preparar as decisões sobre a banca com cuidado e que não deve contar com seguidismo”, escreve o ex-líder do Bloco de Esquerda na sua opinião no Público, pedindo um acordo entre PS, BE e PCP em relação ao sistema bancário. Francisco Louçã rejeita ainda a ideia de que o Parlamentar devia ter esperado que a questão ficasse resolvida pelo Tribunal Constitucional.

Louçã critica o Governo por deixar “agigantar” um problema que “quando se tornou visível, já não podia resolver”. Este processo, no entanto, “provou que o governo tem que preparar as decisões sobre a banca com cuidado e que não deve contar com seguidismo”.

Os novos acordos nesta área têm que se construídos.

Francisco Louçã

Ex-líder do Bloco de Esquerda

O bloquista alerta que estas decisões não estão abrangidas pelos compromissos do acordo do PS com BE, PCP e Os Verdes. “Por isso os novos acordos nesta área têm que se construídos, na CGD, no banco mau, no futuro do Novo Banco, na resposta ao aumento dos juros externos e na gestão do sistema bancário”, avisa Francisco Louçã.

“A ideia de que o parlamento se devia ter acobardado e recusado o dever declarativo, na esperança de que dentro de umas semanas ou meses o Tribunal encerrasse a questão é uma graçola”, escreve Louça, apoiando a decisão do BE de se aliar ao PSD e CDS e criticando indiretamente o PCP que votou contra e alinhou com o Partido Socialista.

“Restava a demissão e, para o governo, esta é agora a menos má das soluções e, portanto, quanto mais depressa melhor. Venha agora uma administração tranquila“, pede o economista e ex-líder bloquista.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Comissão diz que alargamento de acesso a dados do fisco “ameaça privacidade” dos cidadãos

  • Lusa
  • 30 Novembro 2016

Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) está preocupada com o aumento do número de organismos com acesso à base de dados do fisco, previsto no Orçamento do Estado, e que “ameaça a privacidade”.

De acordo com o Jornal de Negócios de hoje, as dúvidas e alertas constam de um parecer dado pela CNPD à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2017, que foi pedido porque o Governo decidiu incluir novas medidas que implicam o tratamento de dados pessoais.

No parecer a que o Negócios teve acesso, a CNPD sublinha que os novos acessos à base de dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) “colocam em risco a privacidade” dos cidadãos.

A comissão salientou que se “está a compensar a ineficácia de alguns serviços da administração pública com o sacrifício da privacidade dos cidadãos”.

“Na prática está a importar-se informação de um sistema sujeito a um especial dever de sigilo, o sigilo fiscal, reduzindo-o deste modo a muito pouco”, é referido.

No parecer, a comissão indica também não entender por que razão as medidas aparecem no Orçamento do Estado, até porque “nada têm que ver com questões orçamentais”.

Segundo o parecer, “com a aprovação do Orçamento haverá mais alguns exemplos, como é o caso da interconexão Fisco, Segurança Social e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), para melhorar a eficácia do combate às infrações laborais”.

A CNPD destaca no documento que “não só não vislumbra que o acesso à informação em causa por parte da ACT seja efetivamente adequado à prossecução das suas atribuições como conclui: se à ACT é permitido estabelecer uma interconexão com as bases de dados da AT e da Segurança Social, para aceder a dados pessoais, de natureza sensível, é bom de ver que não existirá no futuro limite às interconexões”.

Por isso, a comissão considera que “não haverá limite ao conhecimento desproporcionado que o Estado terá da vida privada dos cidadãos”.

O parecer sobre o Orçamento do Estado, que não é vinculativo, “deixa recomendações ao Governo porque “contém normas vagas e que deviam especificar melhor o que se pretende e de que forma ficam protegidos os dados confidenciais dos cidadãos”.

O Negócios lembra que a questão do acesso aos dados dos contribuintes gerou uma forte polémica em 2015 quando foi tornado público que o Fisco teria criado uma lista VIP de contribuintes cujo cadastro fiscal não poderia consultado.

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Standard & Poor’s mantém rating e outlook positivo da EDP

A agência de rating considera que a energética está a melhorar a performance operacional e espera que a "disciplina financeira" da EDP contribua para a continuação dos bons resultados.

A agência de notação financeira Standard & Poor’s manteve o rating e o outlook da EDP, por considerar que a performance operacional da empresa está a melhorar, anunciou a energética esta quarta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A agência de rating Standard & Poor’s afirmou o rating de longo prazo BB+ e curto prazo de B da EDP e da EDP Finance BV. O outlook mantém-se positivo”, refere a empresa liderada por António Mexia, no comunicado enviado à CMVM.

A confirmação da nota dada à EDP reflete “uma melhoria continuada da performance operacional da empresa“, justifica ainda o comunicado.

“A S&P espera que o contributo das atividades de redes, de energias renováveis e de contratação de longo-prazo, para a geração de fluxos de caixa, suporte uma expectativa de rendimentos previsíveis no médio prazo. A S&P espera ainda que a disciplina financeira da empresa, bem como medidas de redução de dívida, sustentem uma melhoria das métricas de crédito”, conclui.

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Idade de reforma e fator de sustentabilidade: veja as projeções

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Novembro 2016

O Governo quer alterar o regime de pensões antecipadas, mas não disse como. Se nada mudar, em 2020 as pensões atribuídas antes dos 66 anos e seis meses têm um corte mínimo de 15,6%. Veja as projeções.

No próximo ano, a idade normal de reforma avança para os 66 anos e três meses. E quem começar a receber pensão antecipada em 2017 já sabe que pode com um corte de 13,88%, que resulta do fator de sustentabilidade. A esta penalização junta-se outra, de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade normal de reforma.

Em 2018, a idade de acesso à pensão volta a avançar um mês, a não ser que as regras mudem entretanto.

O Governo já sinalizou que quer alterar o regime das reformas antecipadas e, em concreto, o fator de sustentabilidade, para rever os cortes que afetam as pensões. A promessa também está vertida de forma genérica no relatório do Orçamento do Estado. Porém, falta saber que alterações estão em causa e quando avançam.

Como evoluiria a idade normal de reforma e o fator de sustentabilidade se nada mudasse? Jorge Bravo, professor de Economia e Finanças da Universidade Nova de Lisboa – Information Management School e especialista em matéria de pensões, fez as projeções. No caso do fator de sustentabilidade também é possível perceber como evoluiria o corte tendo em conta o cálculo antigo (desenhado por Vieira da Silva e que se aplicou entre 2008 e 2013) e o atual (que reporta às regras em vigor, depois da alteração feita pelo ministro Mota Soares).

Fonte: Jorge Bravo Nota: Os valores até 2017 (no caso do fator de sustentabilidade) e 2018 (no caso da idade normal de reforma) já resultam de cálculos tendo por base a esperança média de vida divulgada pelo INE. A partir daí, correspondem a projeções.

 

Sem mudanças, e de acordo com as projeções, a idade normal de reforma atingiria 67 anos e 3 meses em 2030 e quem nesse ano abandonasse a vida ativa mais cedo teria um corte mínimo de 20,39% só à conta do fator de sustentabilidade. Veja o conjunto das projeções aqui.

Mas falta agora saber o que vai mudar. Ao ECO, a secretária de Estado da Segurança Social já disse que “voltar a uma idade [de reforma] estanque poderá não fazer muito sentido” mas “equacionar um aumento gradual da idade sem fim, também não”.

E quanto ao fator de sustentabilidade, é esperar que regresse ao regime anterior? Não exatamente. “O objetivo é olhar para todo o regime das reformas antecipadas e reequacioná-lo, ou seja, pode não significar voltar a ter o regime exatamente anterior, até porque há aqui uma preocupação adicional que é valorizarmos as carreiras contributivas mais longas“, frisou Cláudia Joaquim em entrevista ao ECO.

A governante indicou que as mudanças operadas pelo anterior Executivo vieram “tirar ao fator de sustentabilidade aquilo que tinha sido a sua lógica de conceção — permitir que cada cidadão pudesse optar por trabalhar mais um, dois, três, quatro meses, mas depois não ter uma redução da sua pensão”. E uma das “implicações colaterais” desta alteração “foi nas reformas antecipadas”, disse então Cláudia Joaquim, apontando para o aumento da penalização que, considera, “torna-se insustentável”.

O que distingue o fator antigo do novo?

O fator de sustentabilidade está ligado à esperança média de vida e aplica-se desde 2008. Foi criado por Vieira da Silva, quando assumia a pasta do Trabalho e da Segurança Social, cargo que volta a ocupar nesta legislatura. Até 2013, aplicou-se a todas as novas pensões, independentemente de serem antecipadas ou não. Quem começasse a receber uma pensão de velhice, sabia que podia contar com o fator aplicado naquele ano.

Na altura, o Governo frisava que a introdução deste mecanismo dava uma de duas possibilidades: ou o pensionista aceitava o corte no valor da sua reforma ou, para contornar esta redução, trabalhava mais alguns meses além dos 65 anos (idade normal de reforma na altura), que variavam consoante a carreira contributiva.

Em 2014, o mecanismo passou a afetar de forma diferente as pensões. Desde logo, passou a abranger apenas as pensões antecipadas, mas a idade de reforma passou para 66 anos e começou a aumentar gradualmente a partir de 2016. Além disso, o corte foi agravado porque a fórmula de cálculo mudou.

Com Vieira da Silva, o fator era calculado tendo por base a esperança média de vida aos 65 anos no ano anterior ao do início da pensão e em 2006. Com Mota Soares, a referência deixou de ser 2006 para passar a 2000. Quer isto dizer que em ambos os casos o fator cresce tendencialmente ao longo dos anos, acompanhando os ganhos da esperança da vida, mas com o cálculo atual o corte é mais significativo.

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Tem uma PME? A Amazon ajuda-o a exportar

A empresa norte-americana criou um serviço para as empresas portugueses exportarem através da sua plataforma. Chama-se Marketplace e tem como objetivo alcançar os milhões de clientes da Amazon.

Vem aí a Marketplace, uma plataforma para empresas portuguesas que queiram exportar para um cliente em qualquer parte do mundo a partir dos cinco países em que a Amazon atua na Europa: Espanha, Reino Unido, Alemanha, França e Itália. “A partir de Portugal, ganhe acesso a milhões de clientes pela Europa usando uma única conta”, anuncia a empresa no site.

Como benefícios para as PME’s nacionais, a Amazon elenca a “experiência de comércio eletrónico, facilidade de pesquisa de produtos e tecnologias de pagamento da Amazon a trabalhar para o seu negócio”, principalmente proteção contra a fraude.

“Através de uma simples conta unificada, as PME [Pequenas e Médias Empresas] e empreendedores sediados em Portugal poderão listar os seus produtos em qualquer mercado europeu da Amazon e alcançar milhões de novos consumidores. Os empresários podem ainda utilizar a avançada rede de logística europeia da Amazon, através do registo no programa Fulfilment by Amazon (FBA)”, adiantou à agência Lusa fonte oficial da empresa.

A adesão ao FBS permite enviar os seus produtos para um dos 31 centros de logística da empresa em sete países europeus, ficando a entrega das encomendas e a gestão do apoio ao cliente a cargo da Amazon. Neste caso, a comissão média cobrada pela empresa de comércio eletrónico é de 15% sobre o valor final do produto (incluindo os gastos de envio).

Dados mais recentes, relativos ao terceiro trimestre de 2016, apontam que “49% das unidades que a Amazon comercializou em todo o mundo foram vendidas por PME” que utilizam esta plataforma como “um canal incremental de vendas”.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Carros: azul vai passar a ser a cor predominante

Qual é a cor que mais gosta num carro? São muitas as possibilidades, mas atualmente o branco é a mais predominante. Uma especialista prevê que o azul passe a ocupar esse lugar.

O azul vai passar a ser a cor predominante nos carros do futuro. A previsão é de uma especialista em cor, citada pela Market Watch, que prevê que o branco deixe de ser a cor dominante. Porquê? Há muitos carros azuis em amostras de automóveis, recentemente. No passado os carros eram quase todos apresentados em preto, dourado ou vermelho.

Chama-se Jane Harrington e é, há mais de 30 anos, gestora de ‘color styling’ da PPG Industries, uma empresa que fornece tintas, revestimentos e outros materiais especiais. A aposta da especialista para os próximos anos é que o azul domine a cor dos carros produzidos.

Harrington esclarece que a vantagem do azul é a sua potencialidade: é uma cor flexível com várias gradações que podem dar resultados muitos diferentes consoante a combinação de cores ou de tonalidades. “Não se pode fazer isso com todas as cores”, explica Jane Harrington.

A Market Watch relembra que, em 2015, a Ford causou “furor” quando apresentou uma linha de carros mais baratos em “azul líquido”, uma cor de conceito que não estaria aprovada para a produção. Na realidade depois o azul dos carros é o “nitrous blue”, uma cor mais opaca.

Segundo o site, cerca de 10% dos modelos de automóveis deste ano foram criados em azul em comparação com 12% no início do século. 2016 parece ser o ano de reviravolta na cor dos carros, se a especialista estiver correta na sua previsão.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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