Apple quer levar a realidade aumentada aos iPhones

A empresa estará a trabalhar com várias startups para integrar a realidade aumentada nas câmaras dos telemóveis. E também está a desenvolver uns óculos inteligentes.

A Apple está a trabalhar para levar a realidade aumentada aos iPhones. De acordo com a Business Insider, que cita uma “pessoa familiarizada com o assunto”, a empresa de Cupertino quer integrar a tecnologia nas câmaras dos telemóveis e, para isso, tem recorrido a equipas provenientes de várias startups que adquiriu nos últimos anos.

A realidade aumentada é uma tecnologia que permite visualizar elementos gráficos virtuais por cima da realidade (lembra-se do Pokémon GO?). A possível integração nos iPhones deverá impulsionar ainda mais a tecnologia: estima-se que até 2020 sejam vendidos 45,6 milhões de equipamentos de realidade aumentada. Com a realidade aumentada nos iPhones, os utilizadores poderão apontar o telemóvel para um sítio e ver algo que não está lá — como, por exemplo, observar como fica uma mobília no espaço, antes mesmo de a comprar.

Com o Phab 2 Pro, poderá ver um objeto virtual no espaço
Com o Phab 2 Pro, da Lenovo, poderá ver um objeto virtual no espaço. O iPhone também quer entrar nesta corrida.Flávio Nunes/ECO

Ao lançar a tecnologia, é provável que a Apple permita que terceiros desenvolvam aplicações para a usar. Mas este não é, aliás, o primeiro envolvimento da Apple com a realidade aumentada. A empresa liderada por Tim Cook estará também a desenvolver uns óculos inteligentes, segundo o mesmo jornal. A suportar o rumor está ainda o facto de a empresa ter contratado recentemente um especialista em head-mounted displays, isto é, a tecnologia usada não só na realidade aumentada como também na realidade virtual.

Outras empresas têm vindo a fazer apostas semelhantes. O Snapchat, por exemplo, criou uns óculos com uma câmara que se estão a vender como se esgotassem já amanhã — e, na verdade, não deverá faltar muito. As principais empresas de eletrónica de consumo também já têm os seus próprios óculos de realidade virtual. A Google lançou, recentemente, os Daydream e, antes, já tinha testado os Google Glass, uns óculos que permitiam, por exemplo, obter direções à frente do campo de visão. Até o Facebook já dá cartas neste campo.

Ou seja, o entusiasmo em torno do potencial destas tecnologias está a ser amplamente explorado pelas empresas de tecnologia. Mas as coisas levam tempo e, até à explosão deste mercado, que se espera que aconteça nos próximos anos, os utilizadores terão de se contentar com a realidade aumentada nos telemóveis. É nisso que a Apple está a trabalhar, concorrendo diretamente com projetos como o Tango, desenvolvido pela Google e em parceria com a Lenovo.

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Porque é que os bancos estão frágeis? Carlos Costa explica

São seis os fatores que Carlos Costa identifica como estando na origem dos atuais problemas da banca. Problemas que ocorreram entre 2000 e 2010, antes de ter assumido o cargo de governador do BdP.

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, tem bem identificados os problemas do passado que os bancos portugueses estão hoje a tentar resolver. O responsável frisou que estes problemas ocorreram entre 2000 e 2010, ou seja, durante o período em que Vítor Constâncio esteve à frente do banco central português.

“Estamos a enxaguar todos os problemas que geramos 2000 2010. (…) Esses problemas não foram criados depois de 2010”, declarou Costa na sua intervenção no Fórum Banca 2016, organizado pelo Jornal Económico e pela PWC, afirmando que o crédito malparado é o principal obstáculo que se coloca aos bancos portugueses. Um obstáculo herdado nos anos da Grande Moderação da década passada.

Mas como é que a banca chegou até aqui?

  1. Estrutura acionista dos bancos. Carlos Costa começou por dizer que a estrutura acionista dos bancos potenciou fenómenos que prejudicaram a situação dos bancos, nomeadamente os financiamentos concedidos entre partes relacionadas e que foi permitida por “estruturas opacas e sistemas não cooperantes”. Em muitos casos, os créditos concedidos foram convertidos em participações no capital do banco numa situação particularmente sensível: essas próprias participações eram a garantia dos créditos.
  2. Financiamento para aquisição de participações sociais. O governador falou em tempos de euforia para criticar ainda a bondade no financiamento para que investidores pudessem adquirir participações sociais em cotadas. Sem referir casos específicos, Carlos Costa lamentou a ausência de real money que devia substituir o crédito concedido para esta finalidade. “Se o crédito tivesse sido concedido por outros países, as perdas iam lá parar. Mas não foi isso que aconteceu. Temos de ser rigorosos. Isto não pode voltar a acontecer. O banco não pode financiar a aquisição de participações sociais”, disse Costa
  3. Subestimação do risco e maximização da concessão de crédito. Ainda num ambiente de euforia, que potenciou uma subestimação do risco, Carlos Costa culpou dos analistas ao estabelecer metas para aquilo que chamou de “concurso de resultados trimestrais” que regularmente colocava os bancos em competição. Salientou ainda a falta de atenção das administrações.
  4. Financiamento a dependentes da capacidade de endividamento do lado da procura. Setores como a construção civil e obras públicas, tradicionalmente dependentes do endividamento bancário, deixaram as instituições financeiras ainda mais frágeis a partir do momento em que a procura por estes setores começou a enfraquecer. Neste ponto, criticou a “ilusão criada pelas políticas económicas” que deixou a ideia de que havia um sem fim de matérias de procura alimentada pelo crédito”. “O que acontece hoje o supervisor está mais atento à politica macroprudencial”, disse Costa para sublinhar que o banco central está hoje em dia muito mais atento a outros aspetos da vida dos bancos.
  5. Financiamento de empresas com reduzidos níveis de capitais próprios. O governador considerou que os bancos financiaram empresas com níveis de capitais próprios bastante reduzidos “assistidos por um grande bondade das autoridades tributárias que beneficiam o recurso ao crédito em detrimento do recurso a capitais dos acionistas.
  6. Financiamento a particulares com elevada exposição ao ciclo económico. Sem elaborar muito sobre este assunto, Costa sublinhou que os problemas na banca agravaram-se sobretudo quando a economia começou a dar os primeiros sinais de quebra. Com isso, as empresas mais sensíveis ao ciclo da economia também começaram a apresentar sinais de dificuldade em reembolsar a dívida que contraíram.

Neste cenário, Costa considerou que o seu papel hoje em dia se assemelha mais ao de bombeiro. “Os reguladores são hoje os bombeiros dos pirómanos da outra época. E os gestores são hoje os reparadores desses problemas”, declarou o responsável, alertando para a singularidade e especificidade da atividade dos bancos e o seu impacto na economia.

“Um banco é mais do que uma sapataria ou pastelaria. Quando um banco entra em dificuldades, isso tem custos sociais enormes. Quando abre falência, não liberta mercado, mas antes injeta veneno na economia. E todos percebemos que esta infeção e um custo de grande importância, coloca em causa a economia, o produto e o bem estar”, frisou.

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Marcelo: “Estamos longe da consolidação” da banca. Mas o caminho “foi sendo feito”

O Presidente da República sublinha que "foi delineado um consenso de regime em torno dos problemas da banca".

Portugal está ainda longe da consolidação do sistema financeiro, mas o trabalho está a ser feito e já foram alcançados consensos. A posição é de Marcelo Rebelo de Sousa, que falava na abertura da Grande Conferência de 2016, promovida pelo Jornal de Negócios.

No último ano, “foi possível encaminhar o processo de recapitalização da [Caixa Geral de Depósitos], foi possível encaminhar a resolução da definição do capital em duas instituições financeiras privadas, foi possível começar a estudar e a preparar o encaminhamento do [crédito malparado] e o futuro reajustamento orgânico quanto ao papel que deve ter o banco central e o novo veículo [para o crédito malparado] que venha a ser criado”, começou por enumerar o Presidente da República.

Tudo isto “ocorreu no espaço de meio ano”, salientou. E, se é certo que “estamos ainda longe do termo consolidação do sistema financeiro” e que faltam “alguns meses, sobretudo para avaliar o efeito das modificações implementadas”, é também certo que “o caminho, muito difícil, foi sendo feito“, sublinha.

Aliás, refere Marcelo Rebelo de Sousa, “foi delineado um consenso de regime em torno dos problemas da banca“. Isto é, “as mais diversas forças políticas, sobretudo as que tradicionalmente tinham uma posição considerada assistémica [contra o sistema], aceitaram a necessidade de resolução” dos problemas da banca, considera o Presidente da República.

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Zona Euro cresce a bom ritmo

Os dados preliminares conhecidos esta quarta-feira mostram que a economia da zona euro cresce ao ritmo mais elevado desde o início do ano. PMI da indústria em máximos de 34 meses.

O crescimento económico da zona euro acelerou e está já no ritmo mais elevado desde o início do ano. Segundo dados preliminares da IHS Markit, avançados pela Bloomberg, o índice de gestores de compras (PMI) subiu 0,8 pontos, de 53,3 em outubro para 54,1 este mês.

Segundo a agência, este é o valor mais alto em 11 meses, acima da linha de água dos 50 pontos, isto é, a diferença entre expansão e contração da economia. No campo da indústria, o índice disparou para máximos de 34 meses, situando-se nos 53,7 pontos. Já no campo dos serviços, o índice encontra-se nos 54,1 pontos. Alemanha e França tiveram um papel relevante neste crescimento.

Estes serão dados animadores para Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, o que poderá ser determinante na decisão de prrosseguir a política monetária que tem sido levada a cabo pela instituição. A 8 de dezembro, Draghi deverá decidir se estende ou não o programa de estímulos no valor de 1,7 biliões de euros. E, numa nota de research, o Commerzbank alerta que apesar do forte crescimento económico o presidente do BCE não deverá meter um ponto final no programa de quantitative easing em vigor.

Citado pela Bloomberg, o economista chefe da IHS Market, Chris Williamson, disse que “os resultados preliminares para novembro indicam o aumento mais acentuado do ano na atividade as empresas, com bastantes sinais de que o crescimento irá continuar a acelerar”.

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Marcelo: “Execução orçamental tem acompanhado compromisso com a UE”

O Governo, os parceiros políticos e a oposição conseguiram ultrapassar problemas "aparentemente inultrapassáveis", sublinha o Presidente da República.

A execução orçamental feita até agora tem cumprido os compromissos assumidos com a União Europeia, reconhece o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A execução orçamental mostrou, até agora, que tem acompanhado o compromisso assumido com a União Europeia“, disse o Presidente da República, na abertura da Grande Conferência de 2016, promovida pelo Jornal de Negócios. A título de exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa salienta: “Assistimos a uma redução de um défice superior a 11% em 2011 para 2,5% em 2016, com um compromisso de redução significativa para 2017”.

E isto, sublinha, está a acontecer depois de o Governo, os parceiros políticos e a oposição terem ultrapassado “problemas que eram aparentemente inultrapassáveis“.

“O ano de 2016 foi iniciado num quadro de perspetivas tendencialmente negativas. Duvidava-se da estabilidade política, perguntava-se quanto tempo duraria o Executivo, questionavam-se os Orçamentos do Estado e não se podia conjeturar como evoluiria a economia portuguesa”, referiu o Presidente. O ano ainda não terminou e o país conseguiu “garantir a estabilidade política que se considerava questionável“.

Essa estabilidade existe “na existência do Governo, nas relações do Governo, na cooperação institucional entre Governo e Presidente da República, na preocupação de garantir um relativo apaziguamento no quadro das forças políticas em presença e no reajustamento da posição do Governo que agora é oposição”, prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Essa autoconfiança social, essa ultrapassagem de crispações entrou na vida dos portugueses“, sublinhou.

Para os próximos anos, o Presidente da República apela a que, mantendo-se “as divergências próprias da democracia, que têm impedido a existência de populismos em Portugal como os que existem noutros países europeus”, haja noção “do que é crucial” e do que “vai ser duradouro”.

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Portugal paga mais pela dívida a cinco anos

A procura até foi elevada, mas o juro exigido pelos investidores para comprarem os títulos de dívida pública portuguesa agravou-se face ao último leilão. A taxa superou os 2%.

Portugal colocou 700 milhões de euros em dívida a cinco anos. Apesar da procura elevada, a taxa exigida pelos investidores foi mais elevada, ascendendo a 2,112%.

O IGCP, liderado por Cristina Casalinho, pretendia obter entre 500 e 750 milhões de euros neste último leilão do ano. Acabou por colocar ligeiramente menos que o máximo definido: 700 milhões de euros, isto num leilão que ficou mais caro ao país.

A taxa exigida pelos investidores disparou face à registada na última emissão comparável, realizada a 26 de outubro. Passou de 1,751% para os 2,112%, reflexo do agravamento dos juros no mercado desde então. A procura ficou 1,92 vezes acima da oferta.

“É uma subida considerável de mais de 25 pontos base (mais de 0,25%) no espaço de um mês. A explicação é o aumento da perceção dos investidores sobre o risco da dívida portuguesa”, diz João Queiroz, diretor de negociação do Banco Carregosa. “Talvez tenha sido por isso que o Tesouro decidiu não emitir o montante máximo previsto“, acrescenta.

“Numa altura em que a tendência das taxas de juro a nível global é de subida, a colocação perto do máximo proposto a nível ligeiramente superior à anterior colocação, poderá ser encarada como bem sucedida”, diz José Lagarto, gestor de ativos da Orey Financial.

“O resultado das eleições norte-americanas colocou as obrigações sob pressão, alargando os spreads dos juros periféricos face à Alemanha. Tem sido negativo para as obrigações portuguesas até agora”, notava o analista do Commerzbank, David Schnautz, ao ECO.

Esta tensão nos mercados mantém as taxas elevadas no mercado secundário. Os juros da dívida a cinco anos estão a subir 2,1 pontos base para 2,173%, já a taxa a 10 anos avança 4,1 pontos para 3,669%. Chegou, no arranque da semana, a superar a fasquia dos 3,9%.

(Notícia atualizada às 10h49 com mais informação sobre o leilão)

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Carros da Kia incendeiam-se. Solução? Deixe-o na rua

A Kia está a fazer a recolha de mais de 70 mil automóveis por risco de incêndio. Até arrancar com a operação, a marca recomenda aos donos que deixem o carro na rua.

A Kia identificou um problema grave num dos seus modelos. O Sportage de 2008 incendeia-se. Um risco que levou a fabricante a lançar um recolha de mais de 70 mil automóveis nos EUA, mas enquanto não avança com a reparação deixa o conselho aos clientes: estacionem o carro na rua.

A marca está a enviar cartas aos clientes aconselhando que “estacione o carro na rua e longe de outros veículos ou estruturas até que seja chamado para fazer a reparação”, refere o documento citado pelo Business Insider. A recolha começará a ser feita a 28 de novembro.

Esta recomendação tem como objetivo prevenir estragos mais avultados provocados por um eventual incêndio do veículo. Esse incêndio pode ser provocado pela água salgada que pode entrar no computador que comanda o sistema de travagem, criando depois um curto-circuito.

Até agora só houve um caso em que o Kia se incendiou, mas a Kia já recebeu nove queixas de consumidores relativamente a esta situação que, felizmente, não provocou quaisquer lesões nos seus proprietários.

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Irão e Iraque travam preços do petróleo

O petróleo tem registado fortes ganhos na esperança de um acordo para reduzir a oferta. Irão e Iraque estavam de acordo, mas não se comprometem. E o mercado reage.

Irão e Iraque vão cortar a oferta? É a pergunta para um milhão de dólares no mercado petrolífero. Os dois países têm dado sinais de que estão disponíveis para facilitarem o acordo de redução da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, mas agora dizem que a decisão final fica adiada para 30 de novembro. Nos mercados, os preços corrigem.

Tanto o West Texas Intermediate, negociado nos EUA, como o Brent, em Londres, registaram fortes valorizações nas últimas sessões perante a perspetiva de que o cartel petrolífero vai, efetivamente, reduzir a oferta. O Brent chegou bem perto dos 50 dólares, mas agora recua 0,18% para 49,03 dólares. Nos EUA, o barril cede 0,1% para 47,98 dólares.

As negociações dos técnicos dos vários países que fazem parte da OPEP, prévias à reunião dos ministros do petróleo desses países, chegaram ao fim sem que Irão e Iraque, o segundo e terceiro maior produtor do cartel, respetivamente, tenham definido como vão participar na redução da oferta da matéria-prima, medida vista como essencial para puxar pelos preços.

Os delegados dos dois países deixaram para os ministros a decisão final que só será tomada a 30 de novembro, altura em que tem lugar em Viena, na Áustria, a reunião da OPEP. Do lado do Iraque, o ministro do Petróleo Jabbar Al-Luaibi afirmou, recentemente, que o país vai fazer propostas para ajudar a encontrar um acordo, e o seu homólogo no Irão afirmou ser “altamente provável” que o acordo fosse aprovado na reunião de Viena.

Ainda assim, perante a indefinição, os investidores estão a reagir negativamente. “A dificuldade de ser alcançado um acordo entre os países da OPEP, bem como com um importante parceiro como é a Rússia, está a assustar os investidores”, refere Michael McCarthy, estratega da CMC Markets, à Bloomberg. “O mercado está a fazer uma pausa para reavaliar” as posições do vários países.

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Mota não apresenta contas trimestrais. Há stress?

A Mota-Engil anunciou esta terça-feira que não vai apresentar as contas do trimestre, revelando que apenas fará a divulgação das contas semestrais. O mercado não está a gostar muito.

No âmbito de uma nova diretiva europeia, a Mota-Engil revelou esta terça-feira que não vai apresentar contas relativas ao exercício do terceiro trimestre, cuja divulgação estava agendada para o mesmo dia. Apesar do enquadramento legal o permitir, o mercado não gostou da novidade. O Haitong fala em problemas de visibilidade da construtora. As ações chegaram a afundar mais de 6% na bolsa

“A empresa já havia sugerido essa possibilidade [de não apresentar contas trimestrais] e acreditamos que ela deve afetar a visibilidade da empresa”, indicou Nuno Estácio, analista do banco de investimento Haitong. “Contudo, reiteramos a nossa visão ‘neutral’ sobre a companhia tendo em conta que nada de material mudou”, acrescentou.

António Mota, chairman do grupo, adiantou ontem ao ECO que a construtora irá “proceder ao que diz a nova lei e essa indica que apenas temos que apresentar resultados de seis em seis meses”.

Com Lisboa a abrir em ganhos, as ações da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins chegaram a derrapar 6,25% para 1,56 euros esta manhã. Há momentos perdiam 2,58% para 1,62 euros. O título perde 16% desde o início do ano, deixando a empresa avaliada em 384,8 milhões de euros.

Ações da Mota-Engil em queda

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Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Entretanto, numa nota publicada esta quarta-feira, o Caixa BI reviu em baixa a avaliação e as perspetivas para a evolução do negócio da construtora. Atribui agora um preço-alvo de 2,45 euros face à anterior avaliação 3,10 euros, representando um potencial de valorização de superior 50%.

“Revimos as nossas estimativas e avaliação da empresa de forma a incorporar as tendências operacionais evidenciadas ao longo dos últimos períodos reportados. Dessa forma, baixámos as estimativas para todos os segmentos operacionais da empresa e revimos a estrutura de balanço da empresa”, afirmou o analista José Mota Freitas, que mantém a recomendação de “comprar” para a Mota.

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Revista de Imprensa Internacional

  • Ana Luísa Alves
  • 23 Novembro 2016

Donald Trump ainda é assunto na imprensa internacional, depois de ter voltado atrás com algumas promessas feitas da campanha. O BCE e a idoneidade dos banqueiros mas também a China estão em foco.

Donald Trump prometeu. Ainda não é presidente e já está a voltar atrás com as bandeiras da campanha que o levaram à Casa Branca. No Reino Unido, falta conhecer a fatura do Brexit, já na China está tudo de olhos postos no risco da banca. Isto quando o BCE se prepara para atacar os banqueiros a contas com processos judiciais.

Bloomberg

Grandes empresas aceleram investimentos na Rússia

Ainda antes das eleições presidenciais norte-americanas terem aumentado a esperança de reforçar as relações entre os EUA e a Rússia, algumas das maiores empresas mundiais aceleraram os investimentos na economia russa. A sueca IKEA e a francesa Leroy Merlin têm injetado milhares de milhões de dólares em novas lojas na Rússia para que o consumo volte ao que era, depois de dois anos em recessão. (Artigo em inglês)

El Economista

BCE vai forçar a demissão de banqueiros envolvidos em processo judiciais

O BCE já tinha previsto reforçar os critérios que determinam a idoneidade daqueles que ocupam altos cargos nos bancos. O presidente, Mario Draghi, lançou um guia para determinar a avaliação dos conselhos diretivos das instituições financeiras. Um dos fatores que determinam a idoneidade dos banqueiros é assumir que são inocentes quando, e se, forem julgados judicialmente. No guia em questão, o BCE refere que “ainda que a pessoa esteja inocente, o simples facto de ser acusada é relevante para a sua honra enquanto banqueiro”. (Artigo em espanhol)

Financial Times

Bancos chineses arriscam viver um momento Lehman Brothers

Os investidores estão a ficar preocupados com as fontes de financiamento dos bancos chineses. Estão em estado de alerta quanto ao sistema de financiamento do país, que pode estar sujeito a um colapso como aconteceu com o Lehman Brothers. A dependência do financiamento nos mercados, em detrimento da manutenção de uma boa base através do retalho tem preocupado os analistas, que temem que os bancos possam perder a estabilidade dos depósitos e deixem de ser capazes de obter fundos em momentos de stress. (Artigo em inglês)

The New York Times

Trump condena extrema-direita e recua com algumas promessas

Depois das críticas feitas ao New York Times, Donald Trump encontrou-se com alguns jornalistas para responder a algumas perguntas, esta terça-feira. Trump aproveitou a ocasião para recusar o apoio do grupo “de racistas da extrema-direita”, recentemente apelidados de “alt-right” pela imprensa norte-americana. Além disso, o destaque vai para o recuo de algumas promessas feitas durante a corrida à Casa Branca. Depois de deixar cair o processo a Hillary Clinton, agora admite que vai repensar a participação no acordo ambiental. (Artigo em inglês)

The Guardian

Governo britânico faz contas à economia depois do Brexit

Quanto pode vir a custar o Brexit? Precisamente cinco meses depois da votação da qual o não à União Europeia saiu vencedor, o governo britânico vai revelar o impacto estimado do Brexit na economia. Segundo o The Guardian, o cenário pode ser negro e os economistas estão convictos que Phillip Hammong vai “deitar fora” as previsões anunciadas para o orçamento em março por George Osborne. O crescimento da economia pode ser revisto em baixa, caindo dos 2,2% para os 1,4%, assumindo assim a maior queda desde a crise da Zona Euro. (Artigo em inglês)

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Taxas aeroportuárias sobem 22 cêntimos em Lisboa e 15 cêntimos em Faro em 2017

  • Lusa
  • 23 Novembro 2016

Este aumento das taxas não compromete a atividade dos aeroportos nem a respetiva competitividade tarifária, defende a ANA.

As taxas aeroportuárias vão aumentar 22 cêntimos por passageiro no aeroporto de Lisboa e 15 cêntimos no aeroporto de Faro em 2017, sendo as subidas mais significativas na rede de aeroportos nacionais geridos pela ANA.

De acordo com o tarifário para 2017, disponível no site da gestora aeroportuária, o aumento da receita regulada por passageiro terminal é de 16 cêntimos na rede ANA, sendo de 22 cêntimos em Lisboa, 15 cêntimos em Faro, 11 cêntimos no Porto e 10 cêntimos nos Açores, ficando inalteradas as taxas nos aeroportos da Madeira e no Terminal Civil de Beja.

“As variações absolutas propostas não constituem uma variação tarifária excessiva e, igualmente importante, não comprometem a atividade dos aeroportos da rede ANA nem a respetiva competitividade tarifária“, defende a ANA – Aeroportos de Portugal no documento publicado na sua página oficial.

Segundo a empresa liderada por Ponce de Leão, que desde o início de 2013 está nas mãos do grupo francês Vinci, a variação do conjunto das taxas reguladas da ANA traduz-se num aumento médio de 1,69% em 2017.

As taxas propostas fixadas para Lisboa, Porto e Faro para o próximo ano têm caráter provisório, uma vez que assentam em previsões de tráfego, sendo “suscetíveis de eventual correção em função do valor real do tráfego que for apurado para 2017”.

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Greve cancela quase 900 voos da Lufthansa

  • Lusa
  • 23 Novembro 2016

De e para Portugal está previsto o cancelamento de sete dos 12 voos programados da Lufthansa.

A companhia aérea alemã Lufthansa cancelou 876 dos cerca de três mil voos previstos para hoje devido a uma greve dos pilotos que ameaça estender-se a quinta-feira.

Das cerca de três mil ligações operadas pelo grupo alemão foram canceladas 876, incluindo 51 voos internacionais, com a greve a afetar aproximadamente cem mil passageiros, como advertiu, na terça-feira, o grupo.

Na noite de terça-feira, o sindicato de pilotos apelou para que a greve seja prolongada ao dia de quinta-feira.

“A Lufthansa regista com total incompreensão o anúncio do sindicato de pilotos Cockpit do prolongamento da greve a quinta-feira antes mesmo de ter começado a de quarta-feira”, disse a companhia aérea.

De e para Portugal estava previsto o cancelamento de sete dos 12 voos programados – dois voos entre Lisboa e Frankfurt e dois voos entre Lisboa e Munique, além do voo de Munique e os dois voos para Frankfurt, do Porto –, segundo disse à Lusa fonte oficial da companhia aérea alemã na terça-feira.

Esta é a 14.ª greve dos pilotos da Lufthansa desde abril de 2014.

A greve dos pilotos da companhia aérea foi convocada pelo sindicato Cockpit depois de terem fracassado as negociações para um acordo coletivo.

O sindicato decidiu fazer novas paralisações depois de não se ter alcançado um acordo sobre os salários de 5.400 comandantes e copilotos da Lufthansa, exigindo uma subida média de 3,66% por ano com efeitos retroativos.

O número de voos que devem ser cancelados na quinta-feira ainda não foi divulgado.

A greve dos pilotos não afeta as filiais do grupo Eurowings, Swiss, Austrian Airlines, Air Dolomiti e Brussels Airlines.

Na terça-feira, a Eurowings, companhia de baixo custo do grupo, cancelou 60 voos devido a uma outra greve do seu pessoal de cabine, convocada pelo sindicato do setor dos serviços Verdi, que pede um aumento salarial para 460 funcionários e suplementos segundo a função.

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