China: Exportações em queda há sete meses

As exportações da China continuam a cair. Outubro foi o sétimo mês de queda e a culpa parece ser da procura global fraca.

As exportações da China caíram pelo sétimo mês em outubro. Esta queda parece dever-se à procura global fraca por bens produzidos pela maior segunda maior economia mundial. E mantém os responsáveis pela política dependentes de motores internos de crescimento para alcançarem os seus objetivos económicos.

Segundo a Bloomberg, as expedições para o exterior caíram 7,3% em termos homólogos. Apesar de ser outra descida, a leitura é melhor do que a queda de 10% registada no mês de setembro. Já as importações recuaram 1,4%.

“A procura externa continua fraca de forma generalizada”, diz a economista do HSBC Holdings Julia Wang, em Hong Kong. “Em relação às importações, a procura por matérias-primas ainda está a aguentar-se bem, o que sugere que o investimento nas infraestruturas domésticas deve continuar forte”, acrescenta a economista.

Esta procura fraca tem sido compensada pela depreciação de quase 9% do yuan desde agosto de 2015. No entanto, a descida da moeda não foi capaz de oferecer um impulso significativo às exportações. “Estas dinâmicas estão muito mais relacionadas com a procura global fraca e pelo terrível cenário do comércio global do que com algo diretamente relacionado com o crescimento chinês”, diz Andrew Polk, responsável pelo research da Medley Global Advisors.

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Haitong corta preço-alvo da Sonae para 1,08

O banco de investimento reviu em baixa as suas estimativas. Mas acredita que as ações ainda têm um potencial de subida de 55%. Vê melhoria das novidades nos próximos trimestres.

O Haitong cortou a avaliação atribuída às ações da Sonae . Baixou o preço-alvo para 1,08 euros, mas acredita que o novo valor ainda oferece um potencial de valorização, graças a uma melhoria das novidades nos próximos trimestres.

“Pensamos que as novidades podem melhorar gradualmente ao longo dos próximos trimestres, depois de uma série de desenvolvimentos dececionantes nas operações estratégicas de retalho”, diz o banco de investimento. As ações seguiam recentemente nos 0,71 euros, o que ainda permite um potencial de valorização de 55%. Por este motivo, o Haitong manteve agora a recomendação de “comprar”.

O banco de investimento diz que “os resultados para o terceiro trimestre devem ser o primeiro passo numa recuperação estável do preço da ação, já que a Sonae MC deve alcançar vendas comparáveis de 2,5% e estamos acima do consenso”. Os resultados da Sonae serão apresentados na quarta-feira.

NOS pode ser uma “bala de prata”

O Haitong pode vir a incluir a NOS na sua lista de eleitas no quarto trimestre. O banco acredita que os “recentes acordos entre as telecoms portuguesas para partilhar conteúdo desportivo e a subida dos preços já implementada por parte de algumas das empresas” devem permitir que a NOS comece gradualmente a oferecer novos conteúdos aos clientes durante o quarto trimestre.

“Isto deve reduzir os receios dos investidores de uma redução das margens a partir de 2017 e permitir uma recuperação das ações“, explica o banco de investimento.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Hillary e Trump dão o tudo por tudo nos “swing states”

O dia D chegou. Os americanos vão hoje às urnas para decidir o novo Presidente dos EUA. Hillary Clinton e Donald Trump deram o tudo por tudo nos comícios da última noite de campanha.

Chegou o dia D. Hoje é o último último dia de uma campanha renhida e pautada pela falta de elegância. Por isso, tanto Hillary Clinton como Donald Trump escolheram os swing states para realizar os últimos comícios. Hillary pede o voto numa “América generosa”, Trump insiste no seu slogan America first.

No seu último discurso, em Raleigh, na Carolina do Norte, Hillary pediu aos eleitores para escolherem a sua visão “de uma América com esperança, inclusiva, generosa”. “Os nossos valores fundamentais estão a ser testados nestas eleições, mas a minha fé no nosso futuro nunca foi mais forte”, disse.

Não temos de aceitar uma América obscura e divisionista”, afirmou, a candidata à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, no início da madrugada nos Estados Unidos, a poucas horas da abertura das mesas de voto na costa leste do país, que hoje escolhe o sucessor de Barack Obama.

Apesar de esta ter sido a sua última iniciativa antes da abertura das mesas de voto, o grande comício de fecho de campanha de Clinton foi horas antes, em Filadélfia, onde juntou perto de 40 mil pessoas — um recorde de afluência — e onde estiveram, a seu lado, Barack Obama, a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, e o ex-Presidente e seu marido Bill Clinton.

epa05621870 Democratic Party 2016 US presidential nominee Hillary Clinton (R) and her husband Bill Clinton participate in her final late night campaign event at North Carolina State University in Raleigh, North Carolina, USA, 08 November 2016. The USA general election will take place on 08 November.  EPA/CAITLIN PENNA
Hillary Clinton (D) e o seu marido Bill Clinton participam na última noite de campanha na Universidade da Carolina do Norte em Raleigh. EPA/CAITLIN PENNA

Em Filadélfia, Hillary Clinton apelou ao voto dos norte-americanos nas eleições de hoje para haver um resultado “sem dúvidas”. “Vamos votar!”, disse Clinton, que pediu para as eleições de hoje não deixarem qualquer dúvida ao seu rival do Partido Republicano, Donald Trump, que admitiu a possibilidade, durante a campanha, de não reconhecer os resultados. Mostrem “que não há dúvida sobre o resultado destas eleições”, vincou.

Hillary Clinton chega ao dia da votação à frente nas sondagens, mas a diferença média em relação a Donald Trump é inferior a três pontos percentuais. As primeiras estimativas apontam para que o voto antecipado tenha sido a opção de 46,3 milhões de eleitores, mas este valor poderá subir até aos 50 milhões. No último ato eleitoral, foram 46,2 milhões os eleitores que optaram pelo voto antecipado, ou seja, 35% dos sufrágios. Por agora, de acordo com o cálculo baseado nas médias das intensões de voto do site RealClearPolitics, Hillary vence em termos de grandes eleitorados.

 

Trump e a America First

Indiferente às sondagens, Trump não baixa os braços. E apesar de não ter estrelas de rock nos seus comícios, no último dia a família saiu em peso para o apoiar. “Imaginem aquilo que o nosso país poderia conseguir se começássemos a trabalhar juntos como um povo, sob um Deus, saudando a bandeira americana”, disse a apoiantes no estado do Michigan, no início da madrugada de hoje, a poucas horas da abertura das mesas de voto na costa leste dos Estados Unidos.

“Hoje é o nosso Dia da Independência”, disse Trump, candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano. Trump tinha inicialmente previsto fechar a campanha em New Hampshire, mas acrescentou uma ida ao Michigan à última hora. Aos apoiantes no Michigan disse que, agora que a campanha terminou, a sua “nova aventura” será “voltar a tornar a América grande outra vez”.

Donald Trump, 2016 Republican presidential nominee, gestures while speaking during a campaign event in Scranton, Pennsylvania, U.S., on Monday, Nov. 7, 2016. A federal judge rejected arguments that Trump and his political adviser Roger Stone are rallying supporters to intimidate minority voters on Election Day by acting as vigilante poll monitors and "ballot integrity" volunteers. Photographer: Michael Nagle/Bloomberg
Donald Trump, no último comício em Scranton, na Pensilvania. Michael Nagle/Bloomberg

Trump percorreu na segunda-feira, último dia de campanha, cinco estados do país: Florida, Carolina do Norte, Pensilvânia, New Hampshire e Michigan. Em New Hampshire disse que vai ganhar as eleições de hoje e que o Partido recuperará a Casa Branca. “Vamos recuperar a Casa Branca”, disse, perante mais de nove mil apoiantes. “Peço o voto de todos os norte-americanos. Democratas, independentes (…) que sintam a desesperada necessidade de uma mudança”, afirmou o milionário.

“A partir de amanhã [hoje] voltaremos a fazer grandes os EUA”, acrescentou, referindo mais uma vez um dos seus lemas de campanha. Foi em New Hampshire que Trump ganhou as primeiras primárias, em fevereiro deste ano, no início da corrida eleitoral que o levou a ser nomeado candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos.

Neste comício, Trump voltou a atacar Hillary Clinton, que disse ser “a pessoa mais corrupta” que alguma vez se candidatou à Casa Branca e que afirmou “ter sido protegida por um sistema completamente arranjado”. Durante a campanha, Trump admitiu a possibilidade de não vir a reconhecer os resultados das eleições de hoje.

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Bolsa nacional pouco alterada a aguardar eleições

Índice PSI-20 soma ganhos ligeiros, suportado pelo avanço das energéticas e do BCP, o título que mais sobe na praça lisboeta.

A bolsa nacional abriu na linha de água, com o PSI-20 a valorizar uns ligeiros 0,06%, para os 4.556,88 pontos, em sintonia com as ações europeias que apresentam também subidas curtas, enquanto o mercado está expectante em relação às eleições presidenciais que decorrem hoje nos EUA.

O índice de referência da bolsa lisboeta está a ser suportado pela valorização dos títulos do setor energético, mas também pelo BCP, que é a cotada que mais valoriza. As ações do banco liderado por Nuno Amado sobem 1,56%, para os 1,20 euros, no dia anterior à apresentação das suas contas trimestrais.

Entre as energéticas, a Galp é a que mais soma – 0,33%, para os 12,01 euros -, num dia em que a cotação do barril de brent negociado em Londres soma ganhos ligeiros. Já a EDP e a EDP Renováveis progridem 0,07% e 0,16%, respetivamente, para 2,92 e 6,44 euros. De salientar que, segundo uma nota de imprensa, a empresa liderada por Manso Neto faz parte do consórcio de empresas que vai desenvolver um novo projecto-piloto de energia eólica offshore na costa mediterrânica francesa.

Em queda, destaque para REN e a Mota-Engil, que deslizam 0,72% e 0,68%, respetivamente, para 2,62 e 1,76 euros.

(Notícia atualizada às 8h:22)

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OPEP sobe estimativas de procura de petróleo

Cartel antecipa que o petróleo mais barato vai fazer crescer o consumo durante o próximo ano e década, mesmo que num ambiente de crescimento económico mais lento.

A OPEP reviu em alta as suas previsões para a evolução da procura de petróleo, durante o próximo ano e esta década, antecipando que a baixa cotação da matéria-prima venha a estimular o consumo mesmo num ambiente de abrandamento do crescimento.

A expectativa é que a procura venha a atingir 95,3 milhões de barris diários, em 2017, segundo revela o relatório anual “World Oil Outlook” do cartel revelado esta terça-feira. Este valor representa um aumento de 300 mil barris diários face à estimativa avançada no relatório do ano passado. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) também elevou o outlook para o uso de “ouro negro” em 2018, 2019 e 2020, períodos em que vê a procura a alcançar um valor diário de 98,3 milhões de barris, ou 900 mil barris acima da anterior previsão avançada em 2015.

O cartel baixou ainda, em 20 dólares, as suas estimativas para o preço do barril de petróleo, para cada um dos anos compreendidos entre 2016 e 2020. O grupo assume que as cotações do petróleo vão atingir uma média de 40 dólares em 2016, e subiu em cinco dólares por barril, a sua estimativa de preços para os anos seguintes até 2020. Estes valores compara com uma média de 44 dólares registada pela cotação do “ouro negro”, este ano.

"A revisão em alta de estimativas de procura, é o resultado do pressuposto de um preço de petróleo mais baixo no médio prazo, o que é esperado que venha a ter uma influência mais forte do que os pressupostos de um crescimento económico mais fraco no médio prazo e as esperadas políticas de eficiência energética.”

OPEP

A revisão em alta de estimativas de procura, segundo diz o relatório da OPEP, “é o resultado do pressuposto de um preço de petróleo mais baixo no médio prazo, o que é esperado que venha a ter uma influência mais forte do que os pressupostos de um crescimento económico mais fraco no médio prazo e as esperadas políticas de eficiência energética”. A OPEP antecipa que o crescimento económico global se situe numa média anual de 3,4%, no período entre 2015 e 2021, um valor que compara com a anterior previsão da organização que era de 3,6%, em termos anuais, para o período entre 2014 e 2020, segundo avançava o relatório do ao passado. Uma quebra que será suportada pelo abrandamento da China e da América latina, de acordo com o relatório do cartel.

Este relatório surge num período que está a ser marcado pela negociação entre os 14 países membros da OPEP e outros países produtores, incluindo a Rússia, de um acordo inicial alcançado em setembro, que visa limitar o teto conjunto de produção de petróleo, num esforço que visa suportar os preços.

A cotação do petróleo segue pouco alterada nos dois lados do Atlântico. A cotação do barril de brent londrino valoriza 0,17%, para os 46,23 dólares, enquanto o barril de crude transacionado em Nova Iorque recua 0,11%, para os 44,84 dólares.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 8 Novembro 2016

Escândalo político na Coreia do Sul, a China tenta entrar no negócio do olival, um pequeno regresso à normalidade no Irão e, claro, as eleições americanas: saiba tudo o que marca a atualidade mundial.

Num dia em que quase só se fala dos Estados Unidos, é inevitável mencionar as eleições que opõem finalmente Hillary Clinton e Donald Trump, após uma longa campanha. Mas há mais do que urnas no mundo, com um grande negócio de exploração de gás natural a acontecer no Irão e Theresa May na Índia a falar em facilidades de vistos. Leia as seis notícias essenciais desta manhã de quarta-feira.

The New York Times

Vaga de votos hispânicos pode ser o empurrão de que Hillary precisa

Será desta? O New York Times escreve que uma “muito esperada” vaga de eleitores de origem hispânica está a ir às urnas votar por Hillary Clinton — talvez motivados, em parte, pelas políticas anti-imigração e anti-México de Donald Trump. Mas pode não ser o suficiente para levar a candidata democrata à Casa Branca, visto que as populações hispânicas são maiores em estados que já estão praticamente decididos (na Califórnia, sempre democrata, ou no Texas, sempre republicano) e não tanto naqueles de que Clinton precisa. Leia a notícia completa no New York Times. (Conteúdo em inglês / Acesso parcialmente livre)

Financial Times

Total e CNPC à beira de finalizar acordo de gás natural com o Irão

As petrolíferas Total e CNPC, francesa e chinesa, devem assinar em breve o primeiro grande acordo para a exploração das minas de gás natural do Irão desde que as sanções ao país do Médio Oriente foram aliviadas em janeiro. A Total estava muito presente no país antes da imposição, há seis anos, de pesadas sanções internacionais devido ao programa nuclear iraniano. Este acordo marcará o princípio de um regresso à normalidade na produção de energia no Irão. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

The Guardian

Caos na Coreia do Sul: Presidente investigada e PM vai ser escolhido pela oposição

A Presidente sul-coreana Park Geun-hye cedeu finalmente às exigências do Parlamento, retirou a sua escolha inicial para primeiro-ministro e vai deixar os deputados da oposição decidir — tudo isto pelo meio de um escândalo ligado à investigação de um amigo da presidente, Choi Soon-sil, que se diz ter uma poderosa influência sobre as decisões da Chefe de Estado. Parte desta investigação levou mesmo a buscas na sede da Samsung Electronics, a gigante tecnológica da Coreia do Sul, naquilo a que já se chama Choi-gate. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Times of India

May promete vistos mais fáceis para negócios se Índia aceitar emigrantes ilegais deportados

Em tempos de Brexit, Theresa May está a tentar aproximar mais o Reino Unido da Índia, antiga colónia da qual o país recebe bastante imigração. Após uma reunião com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, May deu sinais de que poderá facilitar a obtenção de vistos para empresários e para trabalhadores altamente qualificados oriundos da Índia. O The Guardian sublinha, no entanto, que haverá uma contrapartida: a primeira-ministra britânica quer que a Índia ajude a deportar imigrantes indianos que estejam no Reino Unido ilegalmente. Leia a notícia completa no Times of India. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

El País

China quer plantar 86 mil hectares de olival e competir com Mediterrâneo

Os países mediterrânicos têm 90% da superfície mundial de olival — mas a China quer-lhe fazer concorrência, escreve o El País. A intenção é cultivar 86 mil hectares de olival, dos quais 23 mil já estão em produção, e competir com o Mediterrâneo, onde a Espanha continua a estar na cabeça. Também a Austrália está a tentar entrar no negócio da azeitona, tendo já 35 mil hectares plantados. Leia a notícia completa no El País. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

BBC

Vai haver um buraco de 28 mil milhões de euros nas contas públicas britânicas

O think tank britânico Institute for Fiscal Studies alerta esta terça-feira para o fraco crescimento no Reino Unido, que vai levar a um aumento do endividamento de até 28 mil milhões até 2019-20. Além de prever consequências drásticas para o défice, o think tank deixa assim um aviso ao novo chanceler das finanças públicas britânicas, Philip Hammond, prevendo que a sua primeira declaração fiscal, agendada para 23 de novembro, não vai ser fácil. Leia a notícia completa na BBC. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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CGD: António Domingues pode ter perdas na equipa

  • ECO
  • 8 Novembro 2016

As ameaças de renúncia passaram a intenções de saída por parte de alguns gestores. António Domingues pondera agora se há condições para continuar e aguarda pela decisão do Tribunal Constitucional.

Os administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) podem mesmo abandonar os cargos no banco estatal. As ameaças de renúncia passaram a intenções de saída por parte de alguns gestores. António Domingues também está a ponderar se há condições para continuar a ser o presidente da Caixa.

O Jornal de Negócios avança que há a possibilidade de a equipa da CGD perder alguns gestores, caso o Tribunal Constitucional (TC) obrigue à apresentação da declaração de rendimentos e património. Isto depois de o Presidente da República e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares terem aumentado a pressão para que os salários sejam revelados. Apesar desta pressão, António Domingues continua a dizer que não vai entregar a declaração e aguarda pela decisão do TC. Só perante um pedido expresso pelo tribunal para entregar a declaração, o presidente da CGD decidirá o que fazer.

No Governo, espera-se que a gestão da CGD fique no banco e prossiga o plano de capitalização. Esta posição foi reforçada por Pedro Nuno Santos numa entrevista à TSF/DN. O secretário de Estado diz ainda que não “há nenhum sinal de saída dos administradores da Caixa”. O jornal diz que, no limite, o Executivo de António Costa admite que a apresentação destes documentos seja feita com a garantia de aguarda de sigilo por parte do TC. No entanto, esta hipótese não deve ser apoiada pelos juízes.

Já o Expresso noticia que o Ministério Público “aguardará que o TC conclua a apreciação de eventual omissão do dever de declarar por parte dos atuais administradores da CGD” para poder decidir se deve ou não abrir um processo. O prazo para os gestores da CGD entregarem declarações no TC terminou na sexta-feira, dia 28 de outubro. Existem agora 30 dias para serem notificados da falta.

Caixa limpa crédito malparado

A solução de António Domingues para o crédito malparado da Caixa Geral de Depósitos vai ser aplicada ainda este ano. O Jornal de Negócios diz que está em causa um reforço de imparidades que pode chegar a 1,9 mil milhões de euros a realizar de uma só vez e que vai abater diretamente aos fundos próprios do banco do Estado. Esta é uma forma de a CGD limpar a carteira de crédito sem aumentar ainda mais os prejuízos em 2016. Isto porque este encargo não passará pela conta de resultados.

O jornal diz que este plano já foi debatido com a equipa técnica do Banco Central Europeu, a entidade responsável pela supervisão direta da Caixa. Logo que o plano de capitalização esteja concluído, o que está previstos para meados de dezembro, as novas almofadas para reconhecer perdas com malparado serão registadas. O reforço das imparidades da Caixa destina-se a aumentar o nível de cobertura do crédito em risco para níveis próximos dos praticados pelos bancos mais exigentes em relação a este tema.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

As eleições americanas vão marcar o ritmo nos mercados ao longo de toda a sessão. Mas há indicadores (muitos) sobre a Zona Euro para apresentar logo de manhã. E a OPEP vai voltar a mexer no petróleo?

A Luz Saúde, detida pelo grupo chinês Fosun, apresenta contas ao mercado. Mas será a conjuntura externa a ditar as tendências dos mercados. Há indicadores macroeconómicos em França e Alemanha que vão mostrar como vai o motor do Euro. A OPEP divulga as suas expectativas em relação ao mercado do petróleo. E, o facto mais importante do dia, as eleições norte-americanas.

Raio-x à Luz Saúde

A Luz Saúde, rede de hospitais detida pela chinesa Fosun, apresenta esta terça-feira as contas relativas ao terceiro trimestre. No primeiro semestre, o grupo liderado por Isabel Vaz viu os lucros caírem cerca de 5% para 10 milhões de euros.

Como vai o motor do Euro?

Uma bateria de indicadores vai revelar as condições da Alemanha e França, as duas maiores economias da Zona Euro. Desde dados sobre comércio internacional e produção industrial até indicadores orçamentais, é mais de uma dezena de indicadores que vão mostrar a saúde do motor económico da região da moeda única. Para investidor ver.

Preços na importação da indústria

Com a taxa de inflação a centrar todas as atenções dos bancos centrais, o Eurostat revela os preços de transação dos bens importados em zonas externas por empresas residentes nacionais. Este indicador permite perceber o crescimento real das importações, isto é, sem levar em conta as variações de preços do comércio internacional.

O que espera a OPEP?

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) divulga as Perspetivas Mundiais do Petróleo (World Oil Outlook). O timing da divulgação do relatório é curioso: os membros do maior cartel de petróleo do mundo já chegaram a acordo para cortar a produção de petróleo só que ainda não decidiram como.

Hillary ou Trump?

É o dia D nos EUA. Os eleitores norte-americanos decidem esta terça-feira o futuro próximo do país. Para os mercados, a tendência de voto é clara: Hillary Clinton deve estar na Casa Branca. Mas a aproximação de Donald Trump nas últimas sondagens deixam as contas todas baralhadas. Mercados vão estar atentos ao evoluir dos acontecimentos.

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Web Summit: 10 oradores a não perder no dia 1

São esperados centenas de oradores nas dezenas de palcos do Web Summit esta terça-feira. Por isso, o ECO selecionou os dez cabeças de cartaz do segundo dia do evento que enche Lisboa até quinta-feira.

Foi um arranque com casa cheia. Na segunda-feira, cerca de 15 mil pessoas assistiram ao arranque do Web Summit no Meo Arena, em Lisboa, com o promotor Paddy Cosgrave e o primeiro-ministro António Costa a darem o pontapé de saída. Mas foi só o primeiro dia. Para esta terça-feira, centenas de oradores estarão nas dezenas de palcos do evento a falar sobre tecnologia, empreendedorismo e inovação.

Por isso, o ECO selecionou os dez cabeças de cartaz deste segundo dia de evento e diz-lhe quando e onde vão intervir.

Cerca de 15 mil pessoas estiveram no arranque do Web Summit esta segunda-feira, em LisboaPaula Nunes/ECO
  1. Mike Schroepfer, diretor de tecnologia do Facebook. O responsável técnico da maior rede social do mundo vai falar no palco principal (Meo Arena), às 9h45, sobre o que tem o Facebook para oferecer nos próximos dez anos. Realidade virtual será, certamente, um dos temas em cima da mesa. E sobre este painel, Paddy Cosgrave deixou um conselho: vá cedo, porque a casa vai encher.
  2. Durão Barroso, presidente não executivo do Goldman Sachs. Dispensa apresentações. Às 10h20, o ex-presidente da Comissão Europeia participará num painel que se antevê quente: Governos e empreendedores, um casamento feito no inferno? Será no palco principal e, em conjunto com outros três oradores (Daniel Saks, Rene Obermann e Karen Tso), falará dos desafios que as startups atravessam nas relações com as grandes empresas e, claro, os governos.
  3. Ann Mettler, responsável do Centro Europeu de Estratégia Política da Comissão Europeia. Mettler estará às 10h25, no palco Future Societies (FIL, Pavilhão 1), para participar num painel onde se vai debater como a internet é capaz de causar impacto no processo democrático. Isto, em dia de eleições presidenciais do outro lado do Atlântico. Gary Marcus, Paul Hilder e Charles Arthur são os três nomes que, com Mettler, subirão ao palco.
  4. Carlos Ghosn, presidente executivo da Renault-Nissan Alliance. À conversa com o correspondente de tecnologia da CNBC Arjun Kharpal, Ghosn falará das barreiras que se interpõem entre o projeto do carro sem condutor e a aplicação da tecnologia em cidades reais. Será às 10h40, no palco principal. Ainda de manhã, pelas 11h25, estará também no palco Talk Robot (Pavilhão 2 da FIL) para um painel também sobre carros autónomos. Serão eles os smartphones do futuro?
  5. Axelle Lemaire, secretária de Estado do Governo francês. Foi a primeira ministra francesa para os Assuntos Digitais e, às 11h20, no palco Future Socieites, fará uma apresentação de como foi a experiência. Lemaire é conhecida por ser uma defensora acérrima das startups e da neutralidade da internet.
  6. Salil Shetty, secretário-geral da Amnistia Internacional. Shetty vem a Lisboa para falar de direitos humanos, mais propriamente de como a internet se interliga com eles: as pessoas estão mais conectadas e, por isso, mais vulneráveis, tanto na rede como fora dela. Participará num painel às 11h35, no palco Future Societies.
  7. Bob Greifeld, presidente executivo do Nasdaq. O homem que encabeça o índice de referência da tecnologia em Wall Street vem a Lisboa para, numa conversa com Charles Arthur, do jornal The Guardian, falar das ofertas públicas iniciais (IPO) na bolsa, bem como o impacto do Brexit e das eleições norte-americanas nos mercados de capitais norte-americanos e europeus. A conversa decorre no palco MoneyConf, no Pavilhão 2 da FIL, às 14h40.
  8. José Neves, fundador da Farfetch. José Neves lidera o primeiro unicórnio português, isto é, a primeira startup portuguesa a valer mil milhões de euros. E numa altura em que a empresa se prepara para uma entrada em bolsa já em 2017, é imperativo estar no palco principal às 14h50, para assistir ao debate sobre o panorama tecnológico europeu e como criar sinergias numa Europa pós-Brexit.
  9. Carlos Moedas, comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação. Moedas vai estar no mesmo painel de José Neves, às 14h50 no Meo Arena, para falar do atual panorama tecnológico europeu e do futuro do velho continente.
  10. Ronaldinho, investidor. O famoso futebolista brasileiro estará às 15h no palco SportsTrade (Pavilhão 1 da FIL) para contar como se passa de estrela do futebol a investidor em startups e tecnologia. Ronaldinho explicará porque escolheu este caminho e, acima de tudo, porque é que escolheu a tecnologia como área predileta.

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Centeno em Bruxelas: Sanções quase afastadas, falta uma prova de fogo

  • Marta Santos Silva
  • 8 Novembro 2016

Centeno vai ao Parlamento Europeu argumentar contra a suspensão dos fundos comunitários. Para alguns eurodeputados portugueses, há um assunto "delicado", mas a resposta é só uma: nada de sanções.

Com a possibilidade da suspensão dos fundos comunitários a Portugal a parecer mais improvável, mas ainda presente, Mário Centeno vai esta tarde ao Parlamento Europeu onde, perante os deputados dos países da UE, deverá argumentar que seria injusto sancionar Portugal quando o país se prepara para cumprir as metas do défice este ano e sair do procedimento por défice excessivo no próximo.

A própria Comissão Europeia parece pronta a aprovar o Orçamento de Estado português para 2017 e a deixar cair as sanções. Para o eurodeputado Pedro Silva Pereira, seria “incompreensível” que procedesse de outra forma.

Mas primeiro Centeno tem de passar a prova de fogo no Parlamento Europeu, e há pelo menos uma questão difícil que prevê o eurodeputado Paulo Rangel.

O mais delicado: a questão da renegociação da dívida

Ao ECO, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel foi sintético: há três assuntos que devem ser as prioridades para o ministro das Finanças, e o mais importante é esclarecer a sua posição relativamente a uma possível restruturação da dívida portuguesa.

“O ministro reconheceu na Assembleia da República que estaria disponível para uma espécie de restruturação da dívida, pelo menos no que diz respeito aos juros”, afirmou o eurodeputado. “E amanhã receio de que isso possa vir à baila. É uma questão a que ele tem de estar preparado para responder no Parlamento Europeu”.

Os outros dois pontos importantes que Mário Centeno deve ter o cuidado de ressalvar, segundo Paulo Rangel? O cumprimento da meta do défice, e, mais importante ainda, “garantir como é que vai cumprir as metas em 2016 e 2017”.

Mas o “mais delicado” é mesmo a explicitação da posição do Governo acerca da restruturação da dívida portuguesa — assunto controverso na União Europeia e que, se levantado, pode deixar Mário Centeno em maus lençóis. De sublinhar que os partidos que ajudam a suportar o Governo à esquerda, o Bloco de Esquerda e o PCP, são a favor desta restruturação.

No final da reunião do Eurogrupo de ontem, segunda-feira, o presidente do conselho que reúne os ministros das Finanças da União Europeia, Jeroen Dijsselbloem, já declarou que o assunto estava fora de questão: “Em relação à questão da dívida de Portugal: não discutimos, nem vamos discutir, porque Portugal é capaz de gerir a sua própria dívida”.

“Suspender os fundos seria suspender o crescimento”

Para Pedro Silva Pereira, eurodeputado eleito pelo Partido Socialista, seria “incompreensível sancionar Portugal depois dos esforços que os portugueses fizeram para cumprir um programa” que em grande medida partiu de orientações da União Europeia.

Tendo em conta não só que o país deverá sair do procedimento por défice excessivo, de que o défice de 2017 está alinhado para ficar abaixo dos 2% do PIB, e que o próprio Parlamento Europeu já manifestou ser largamente contra a aplicação de sanções, parece que as previsões de Pedro Silva Pereira se vão cumprir.

“Parece claro que não se pode pedir mais a um país como Portugal”, disse o eurodeputado ao ECO. “Além disso, uma suspensão de fundos seria contraproducente”. Numa intervenção recente no Parlamento Europeu, Pedro Silva Pereira defendeu mesmo: “Suspender os fundos comunitários seria suspender o crescimento”. Aliás, 78% do investimento público depende destes fundos comunitários, acrescentou o eurodeputado.

A eurodeputada coordenadora da comissão parlamentar de Assuntos Económicos, Marisa Matias, disse à Antena 1 que o papel dos deputados é, apesar de tudo, limitado. A discussão no Parlamento Europeu serve para emitir uma recomendação à Comissão, que depois “tem de recomendar aos governos, e são os governos que decidem, em última instância”. No entanto, sublinhou, a decisão do Parlamento “não pode ser ignorada” pelos comissários europeus.

Moscovici perto de afastar sanções

Estes dois dias em Bruxelas, entre o Ecofin, o Eurogrupo e a audição no Parlamento Europeu, podem ser desafiantes para Mário Centeno, mas tudo indica que o desfecho vai ser feliz para o ministro das Finanças.

Já havia pistas nesse sentido: o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros Pierre Moscovici já tinha dito que a sua primeira impressão do Orçamento de Estado para 2017 era positiva, e que o pedido de mais informações feito pela Comissão Europeia não devia ser visto como uma “ameaça”. Também no Parlamento Europeu uma maioria dos deputados parecia manifestar-se contra a imposição de sanções, tanto a Portugal como a Espanha.

Esta segunda-feira, com as declarações de Moscovici de que Bruxelas emitirá o seu parecer sobre as sanções e sobre o Orçamento de Estado na próxima semana, os indícios de que a Comissão Europeia será favorável ao Executivo de António Costa tornaram-se ainda mais fortes. O Orçamento está de acordo com as regras europeias, disse o comissário, deixando a porta aberta para deixar cair a possível suspensão de fundos comunitários a Portugal já no dia 16 de novembro.

Moedas: “Se Portugal continuar a cumprir não terá problemas”

Também o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, reiterou hoje que “se Portugal continuar a cumprir não terá problemas” em relação a quaisquer sanções europeias.

“Os portugueses sabem a minha opinião sobre este tema, sempre fui contra qualquer tipo de multa ou sanção, sempre o disse e mantenho. Aquilo que sempre foi dito pelos meus colegas responsáveis – os meus colegas [comissários] Dombrovskis e Moscovici – é que se Portugal continuar a cumprir, se continuar a apresentar orçamentos que estão dentro das regras europeias, Portugal não terá problemas e, portanto, para meio entendedor meia palavra basta”, disse Carlos Moedas aos jornalistas depois de uma conferência de imprensa na Web Summit, em Lisboa.

Editado por Mónica Silvares.

Notícia atualizada às 8.14: Acrescenta as declarações de Marisa Matias. Atualizada às 12.30: Acrescenta as declarações de Carlos Moedas.

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Esta é Lisboa aos olhos de Vhils

O vídeo encomendado pela Invest Lisboa a Vhils apresenta Lisboa aos visitantes.

Filipa Neto, Mariana Duarte Silva, Anthony Douglas e Kalaf são algumas das caras escolhidas por Alexandre Farto, o artista português Vhils, para representar Lisboa no vídeo de apresentação da cidade enquanto ecossistema criativo.

O vídeo, encomendado pela Invest Lisboa, passou no arranque do Web Summit, esta segunda-feira, no MEO Arena.

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Exportações portuguesas com melhor resultado de sempre

  • Lusa
  • 8 Novembro 2016

O ministro dos Negócios Estrangeiros aponta para um ano recorde de exportações, mas defende a necessidade de as empresas explorarem novos mercados.

O ano de 2016 será o melhor para as exportações portuguesas, que terão crescido 3%, segundo estimativas do Governo, disse Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros. Ainda assim, defendeu a necessidade de diversificar os mercados externos.

O ministro intervinha numa audição nas comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no âmbito da discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2017.

As exportações portuguesas terão mais uma vez em 2016 o melhor resultado de sempre“, em termos reais, referiu Augusto Santos Silva, que acrescentou que a estimativa do Governo aponta para um crescimento de três por cento, o que representa uma “redução do ritmo de crescimento face a 2015, mas significa também crescimento”.

Mesmo em termos nominais, “o saldo melhorou”, sublinhou o ministro, que referiu que “isso é muito importante, porque permite consolidar estruturalmente o equilíbrio económico”.

Santos Silva destacou que as trocas com a Europa “continuam a crescer consolidadamente”, recordando que o espaço europeu representa “mais de dois terços das exportações e importações” portuguesas.

“As exportações [para a Europa] cresceram 5% em termos nominais, cresceram mais em termos reais, e o nosso saldo positivo cresceu 183% até agosto”, disse.

As exportações portuguesas têm “dois problemas bem localizados”: Angola e Brasil, devido à quebra nos mercados internos.

O governante apontou a necessidade de acompanhar as empresas portuguesas que atuam nestes países.

“É essencial manter a nossa presença nesses mercados quando eles estão em circunstâncias difíceis e fazer ver que não somos mercenários da relação económica, estando presentes quando os mercados estão bem e abandonando-os logo à mínima dificuldade”, disse.

Santos Silva recordou que, em setembro, se realizou uma “missão política e empresarial muito importante” ao Brasil e revelou que, nos primeiros dias de dezembro, irá a Angola para “preparar a reunião de alto nível entre o Estado angolano e o Estado português”.

Por outro lado, é preciso “insistir mais em mercados que ainda são pequenos para a dimensão da qualidade das relações bilaterais”, casos do Canadá e Argentina.

O ministro disse ainda que Portugal deve “reforçar os mercados” onde já foram criadas oportunidades para as empresas portuguesas, entre os quais México, Coreia do Sul ou países do Magrebe.

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