FMI: Portugal deve aproveitar bonança para construir almofada orçamental

Fundo diz que países com elevada dívida como Portugal devem aproveitar fulgor da economia para criar almofadas orçamentais e assim protegerem-se de choques no futuro, como a subida dos juros do BCE.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que Portugal deve aproveitar os tempos de maior bonança económica para reconstruir uma almofada orçamental e reforçar a capacidade de a economia crescer e absorver choques no futuro.

“Na Europa avançada, vários países têm elevados rácios de dívida pública e almofadas orçamentais limitadas, incluindo a Bélgica, França, Itália, Portugal, Espanha e o Reino Unido. Com o crescimento a acelerar, estes países devem gradualmente consolidar para reconstruir uma margem política e colocar a dívida numa trajetória descendente”, salienta a instituição liderada por Christine Lagarde num relatório publicado esta segunda-feira onde contextualiza as melhorias nas previsões económicas para o Velho Continente (e para Portugal) anunciadas no World Economic Outlook no mês passado.

No entanto, o Fundo sublinha que a redução da dívida pública “não deve comprometer a retoma económica” em curso.

O FMI vê a economia portuguesa a crescer 2,5% em 2017, desacelerando para 2% no próximo ano. Em relação à trajetória da dívida pública, o rácio deverá baixar para 125,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, reforçando a queda para 122,5% em 2018, segundo a última atualização das previsões daquele organismo internacional.

Crescimento desacelera no próximo ano

Fonte: FMI

Para o Fundo, fatores como o envelhecimento da população, o aumento das políticas protecionistas, tensões geopolíticas e menor fulgor nas exportações por causa da desaceleração chinesa adicionam incerteza em relação ao futuro. “É por isso que todos os governos europeus devem aproveitar a melhoria da economia para ajudar as suas economias a ajustarem”, argumenta.

"Na Europa avançada, vários países têm elevados rácios de dívida pública e almofadas orçamentais limitadas, incluindo a Bélgica, França, Itália, Portugal, Espanha e o Reino Unido. Com o crescimento a acelerar, estes países devem gradualmente consolidar para reconstruir uma margem política e colocar a dívida numa trajetória descendente.”

FMI

Por outro lado, no caso de países como Portugal, que apresenta um elevado nível de endividamento público, se o Governo deve adotar uma política orçamental equilibrada para não colocar em causa da criação de riqueza, deve ter em atenção que o ambiente de juros baixos está a terminar, à medida que o Banco Central Europeu (BCE) vai retirando gradualmente as medidas de estímulo na região da Zona Euro.

“Muitas economias avançadas e emergentes precisam de reduzir os ainda elevados défices orçamentais de uma forma que seja amiga do crescimento. Esta tarefa é particularmente importante para aquelas que têm uma elevada dívida pública, dado que as taxas de juro deverão aumentar ao longo do tempo”, diz o FMI.

Dívida pública baixa dos 120% do PIB em dois anos

Fonte: FMI

"Muitas economias avançadas e emergentes precisam de reduzir os ainda elevados défices orçamentais de uma forma que seja amiga do crescimento. Esta tarefa é particularmente importante para aquelas que têm uma elevada dívida pública, dado que as taxas de juro deverão aumentar ao longo do tempo.”

FMI

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Carris vai aumentar o número de linhas e reforçar a frota

  • ECO
  • 13 Novembro 2017

O Presidente da Carris, Tiago Farias, avança que nos próximos quatro anos a Carris vai aumentar o número de linhas de autocarro, mas também reforçar o número de autocarros (250) e de elétricos (25).

O Presidente da Carris, Tiago Farias, garante que, nos próximos quatro anos, haverá um aumento do número de linhas da transportadora e avança que os novos autocarros deverão chegar na segunda metade de 2018.

Em entrevista ao Jornal de Negócios/Antena 1, o responsável disse que “o número de quilómetros e de linhas que queremos colocar ao serviço da cidade de Lisboa ao longo dos próximos quatro anos é crescente e contínuo. Queremos colocar mais serviço e com maior fiabilidade”.

O Presidente do Carris, Tiago Farias, revela que “o eixo entre o Cais do Sodré e o Campo das Cebolas, é uma zona de grande confluência e que vai ser trabalhada” assim como a estrada de Benfica. Tiago Petinga/LUSA

E para financiar este crescimento, no próximo ano, a Câmara Municipal de Lisboa deverá atribuir à Carris, em 2018, em termos de compensação de serviço público, 18 milhões de euros. “Para o próximo ano está previsto um valor que rondará provavelmente os 18 milhões. Mas tudo depende da ambição de crescimento da empresa, não só em termos de rede, de oferta, mas também em termos de tarifário. É a conjugação destes fatores que leva a que se calibre e que se valide o número”, sublinhou Tiago Farias.

Já quanto aos novos autocarros, que estão previstos para a segunda metade do próximo ano, o presidente da Carris revela que, até 2020, a empresa vai receber 250 novos autocarros — dos quais 165 serão a gás natural — e apostar na revitalização dos elétricos, porque “os elétricos articulados que fazem a linha 15, que não têm capacidade de subir aos bairros históricos nem agilidade para se movimentarem em certas áreas da cidade”. O plano é comprar dez novos elétricos históricos. O sucessos deste meio de transporte junto dos turistas e o facto de estar previsto lançar “uma linha que irá do Cais do Sodré até às Amoreiras e Campolide”, justificam este reforço, explicou Tiago Farias.

Mas como o objetivo é também “expandir a linha que hoje termina na Praça do Comércio a Santa Apolónia” também vão ser necessários mais elétricos articulados, mais exatamente 20. Mas esta expansão vai depender “de fechar o planeamento com o executivo municipal. Porque a expansão tem de estar sincronizada com a revitalização do espaço público que depois alberga o carril”.

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Lisboa avança com BCP e CTT a liderar ganhos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 13 Novembro 2017

O principal índice nacional inicia a semana a registar um desempenho positivo. O BCP, os CTT e a Novabase são os protagonistas do dia, uns pelos ganhos outro pelas perdas expressivas.

O PSI-20 inicia a semana em terreno positivo com o BCP e os CTT a tomarem a liderança. O principal índice nacional avança 0,23%, ao mesmo tempo que a Novabase NBA 4,38% escorrega mais de 12% após o pagamento do dividendo extraordinário de 50 cêntimos por ação.

Enquanto o banco liderado por Nuno Amado avança 0,72% para 25,13 cêntimos no dia em que apresenta os resultados trimestrais, a distribuidora postal nacional avança 1,13% para 3,298 euros após o fundo italiano Kairos ter assumido uma posição qualificada na empresa. No comunicado publicado no site da CMVM no final da passada sexta-feira, os CTT informam que o fundo italiano adquiriu um total de 3,075 milhões de ações, ficando a deter uma participação de 2,05% dos direitos de voto.

Em terreno negativo seguem as ações Novabase que negoceiam esta segunda-feira em ex-dividendo. Após ter proposto distribuir um dividendo extra de 50 cêntimos por ação, o que representa uma dividend yield de 15,6%, a tecnológica segue a perder 12,05% para 3,16 euros. A desvalorizar seguem também os títulos da Mota Engil que perdem 1,47% para 11,41 euros e da Mota Engil, que caiem 1,28% para 3,38 euros.

Em relação aos resultados do BCP, os analistas do BPI espera “uma boa evolução em termos da qualidade dos ativos, nomeadamente ao nível da exposição a créditos tóxicos”.

(Notícia atualizada às 8h31 com mais informação)

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Só este ano já foram feitos três jantares no Panteão Nacional

  • ECO
  • 13 Novembro 2017

O jantar de encerramento da Web Summit não foi caso único este ano, sendo já o terceiro. Desde 2002, já se realizaram dez jantares no monumento e a diretora teve já de recusar uma passagem de ano.

Só no Corpo Central do Panteão Nacional, já foram realizados três jantares durante este ano de 2017, ficando de fora todos aqueles que se passaram nas restantes zonas do monumento disponíveis para aluguer — Coro Alto, Sala Sul, Terraço e Adro. O jantar da Web Summit que decorreu na passada sexta-feira, e que tem causado várias reações desde então, terá sido também o décimo a decorrer desde 2002.

As contas são da Direção-Geral do Património Cultural e foram confirmadas ao jornal Público, que avança também que Isabel Melo, diretora do Panteão, indeferiu sumariamente um requerimento para a realização de um jantar de passagem de ano no mesmo espaço, por este parecer de “gosto duvidoso”.

O caso da NAV, uma empresa pública, já tinha sido reportado pelos meios de comunicação social, bem como o jantar que retratou o imaginário de Harry Potter no monumento nacional, contudo a lista de eventos decorridos desde vai até aos dez. Em declarações ao diário, Isabel Melo considera que “o que aconteceu na sexta-feira foi um jantar, entre outros que se realizam aqui, no Corpo Central do monumento de acordo com o regulamento que está em vigor”.

A realização de vários eventos no monumento que serve de última casa a nomes tão importantes da história de Portugal como Manuel de Arriaga ou Sophia de Mello Breyner Andresen foi também confirmada pela empresa de catering Casa do Marquês, que em 2013 realizou no mesmo espaço um jantar para a empresa Dynamic & Partners.

O jantar de f.ounders pós Web Summit no Panteão Nacional não foi propriamente um segredo bem guardado, visto que estava na agenda do evento enviada por email na semana anterior à conferência pelos que integram aquele grupo que inclui fundadores de empresas e terá sido também enviada a membros do Governo, apurou o ECO. O programa do f.ounders foi também distribuído, em mão, em alguns dos eventos nos quais participaram membros do Executivo.

Depois das críticas do Executivo, do Presidente da República e da oposição, o CEO do Web Summit pediu desculpa aos portugueses, reforçando que nunca quis ofender ninguém com a realização do jantar no monumento nacional que homenageia alguns dos mais reconhecidos nomes da História de Portugal.

O ECO quer agora saber qual é a opinião dos seus leitores a propósito deste tema:

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Caso Tecnoforma: Comissão Europeia e Ministério Público chegaram a conclusões opostas

  • ECO
  • 13 Novembro 2017

Investigações à atividade de Tecnoforma, onde Passos Coelho foi administrador, chegaram a conclusões opostas. O Ministério Público nada encontrou, ao contrário do gabinete anti-fraude europeu.

A Comissão Europeia e o Ministério Público chegaram a conclusões opostas nas investigações que realizaram à atividade da Tecnoforma, empresa onde o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho foi consultor e administrador.

Conta o jornal Público (acesso pago) que os procuradores portugueses que conduziram os inquéritos à atividade da Tecnoforma em dois processos distintos — um no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e outro no Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra (DIAP) — não encontraram nada de particularmente grave na atuação da empresa, contrariamente ao que haviam apurado os dois investigadores do gabinete anti-fraude da Comissão Europeia (OLAF), que entendem que a Tecnoforma deve restituir aos cofres europeus mais de 6,7 milhões de euros.

O jornal adianta ainda que a decisão final sobre a restituição deste montante pela Tecnoforma e pela Anafre — Associação Nacional de Freguesias foi titular em alguns projetos cuja execução pertenceu à empresa — não foi ainda tomada, cabendo à autoridade de gestão do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), entretanto substituído pelo Programa Operacional Capital Humano, no Portugal 2020, decidir-se agora sobre este caso aberto em 2012 pelo DCIAP.

O DCIAP investigava um eventual favorecimento da empresa por parte de responsáveis políticos, entre os quais Miguel Relvas, secretário de Estado responsável pelo programa Foral, ao abrigo do qual a Tecnoforma foi financiada entre 2000 e 2006. Estava também em avaliação a forma como esses fundos nacionais e europeus foram utilizados pela empresa. O Público revela que esta investigação do DCIAP esteve parada durante cerca de dois anos até meados de 2015, altura em que o OLAF terminou a sua diligência. Passariam mais dois anos até que o processo fosse encerrado e arquivado: foi em setembro deste ano.

Por outro lado, em Coimbra, o DIAP analisava a gestão das verbas atribuídas a um projeto de formação de pessoal para os aeródromos e heliportos municipais da região Centro.

No caso do DCIAP, o arquivamento do processo fez-se com conclusões em grande parte contrárias às que o OLAF havia concluído cerca de dois anos antes. No OLAF, a investigação coube a dois dos seus inspetores de nacionalidade portuguesa, “ambos veteranos na investigação de fraudes na obtenção e utilização dos fundos europeus” e que já estavam a trabalhar no caso Tecnoforma.

No relatório produzido pelo OLAF, é contabilizado “o montante a recuperar” pelas instituições europeias, devido às irregularidades detetadas, um valor de 6.747.462 euros, provenientes do Fundo Social Europeu. Os autores falam em “factos enunciados podem constituir infrações penais previstas no Código Penal Português”.

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Fundação de Eduardo dos Santos terá recebido milhões de empresa espanhola

  • Lusa
  • 13 Novembro 2017

A procuradoria anti-corrupção espanhola investiga uma comissão paga pela empresa Mercasa à fundação com o nome de José Eduardo dos Santos que pode ter chegado aos dez milhões de euros .

A Justiça espanhola descobriu alegados pagamentos de milhões de euros de uma empresa pública espanhola a uma fundação do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, noticiou o jornal El Mundo.

A procuradoria anti-corrupção espanhola investiga uma comissão paga pela empresa Mercasa à fundação com o nome de José Eduardo dos Santos que pode ter chegado aos dez milhões de euros num negócio de construção de um mercado de abastecimento na capital angolana, Luanda, no valor de 533 milhões.

Os advogados dos visados afirmam que não foi tanto dinheiro porque parte do contrato foi cancelado, mas mesmo no cenário mais modesto, a comissão nunca terá sido inferior a seis milhões de euros.

Os 2% que se destinavam ao então Presidente terão saído de dinheiro público angolano pago ao consórcio público-privado da Mercasa que construiu o mercado.

O desvio de fundos terá sido feito através de um intermediário que está em Angola, Guilherme Taveira Pinto, cuja casa, situada em Linda-a-Velha, Oeiras, foi alvo de buscas em 2014 no âmbito de outro caso de venda de armas de uma empresa espanhola a Angola, em que também foi intermediário e na qual desapareceram 100 milhões de euros.

O suspeito, que está em Angola em fuga de um mandado internacional de detenção, terá remetido o dinheiro que recebeu à fundação, descobriram os investigadores, que analisaram também contas de correio eletrónico.

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Sobe para 407 mortos número de vítimas do sismo no Irão

  • ECO
  • 13 Novembro 2017

O terramoto atingiu 7,3 de intensidade na escala de Richter (que vai até 9) e o epicentro situou-se a 31 quilómetros da cidade de Halabja, no leste do Iraque. O abalo também foi sentido na Turquia.

O sismo de magnitude 7,3 que atingiu no domingo a fronteira entre o Irão e Iraque causou pelo menos 407 mortos no Irão, segundo novo balanço divulgado pelas autoridades locais. Há ainda mais de 6.700 feridos. Já no Iraque, o último balanço dá conta de sete mortos e 535 feridos. As equipas de salvamento procuram dezenas de vítimas presas nos escombros nas zonas montanhosas.

Vítimas do terramoto juntam-se no exterior dos edifícios, em torno de uma fogueira na cidade de Pole-Zahab na Província de Kermanshah. EPA/POURIA PAKIZEH

O terramoto atingiu 7,3 de intensidade na escala de Richter (que vai até 9) e o epicentro situou-se a 31 quilómetros da cidade de Halabja, no leste do Iraque, indicou o Serviço Geológico norte-americano (USGS). Depois de inicialmente ter colocado o epicentro do sismo no lado iraquiano da fronteira, o USGS colocou-o hoje — assim como o seu homólogo iraniano – no Irão, perto da fronteira, cerca de 50 quilómetros a norte de Pol-e Zaham, a cidade mais afetada e com maior número de vítimas mortais.

O sismo foi registado no domingo às 18h18 (hora em Lisboa) e foi igualmente sentido na Turquia, mas não foram reportados vítimas ou estragos em território turco, segundo as autoridades.

O Irão situa-se numa zona sísmica onde ocorrem sismos quase diariamente. Em 2003, um sismo de magnitude 6,6 arrasou a cidade histórica de Bam, matando 26.000 pessoas. Mas, em junho de 1990, um terramoto de magnitude 7,4 no Irão, perto do Mar Cáspio (norte), causou 40 mil mortos, mais de 300 mil feridos e deixou desalojados 500 mil pessoas. Uma área de 2.100 quilómetros, composta por 27 cidades e 1.871 aldeias espalhadas pelas províncias de Ghilan e Zandjan, foi devastada numa questão de segundos.

(Notícia atualizada às 15h27 com aumento do número de vítimas)

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Os trunfos de Mário Centeno para liderar o Eurogrupo

  • Margarida Peixoto
  • 13 Novembro 2017

Não houve tiro de partida, mas a corrida para a liderança do Eurogrupo já começou. A carta com os procedimentos para quem se quer candidatar deverá ser enviada no início desta semana.

Foi em março que as primeiras notícias sobre uma possível candidatura de Mário Centeno à presidência do Eurogrupo surgiram. De lá para cá o ministro das Finanças português tem gerido o dossiê com cuidado — nunca fechou a porta à possibilidade, mas também nunca se assumiu abertamente como candidato. Centeno tem até dia 20 para se decidir. Quais são os trunfos do governante português?

Mário Centeno tem vindo a ser referido pela imprensa internacional como um dos presumíveis pretendentes ao cargo. Foi dado como um “candidato forte” pelo Financial Times e entrou na lista da Bloomberg dos cinco ministros do euro mais bem colocados para vencer a corrida. Mas está longe de ser o único e esta não é uma escolha normal.

Desde logo, o presidente do Eurogrupo é escolhido pelos pares, mas não há regras predefinidas. Sabe-se que a eleição acontecerá na próxima reunião, agendada para 4 de dezembro, e que os candidatos se deverão manifestar até dia 20 deste mês. Mas não há estatutos, não há critérios, não há um perfil desejado publicamente assumido. Também não há um protocolo já estabelecido que permita saber exatamente como, e quando, é que os ministros que queiram candidatar-se ao lugar devem manifestar essa vontade.

O que se sabe resulta de uma declaração do ainda presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, no final da reunião de 6 de novembro: “Os ministros que se queiram candidatar serão convidados a fazê-lo mais tarde, este mês. Vamos enviar uma carta aos ministros a delinear os procedimentos exatos, e as datas, etc… para que todos saibam antecipadamente como é que vai acontecer. Isso vai acontecer mais tarde. Não perdemos qualquer tempo com isso hoje.”

Sexta-feira passada a carta ainda não tinha sido enviada. A expectativa é que siga para o Eurogroup Working Group — o Grupo de Trabalho do Eurogrupo, que reúne os secretários de Estado e é responsável por fazer os trabalhos preparatórios do Eurogrupo — no início desta semana, adiantou fonte oficial do Eurogrupo, ao ECO.

Mas a carta não deverá trazer muito mais do que procedimentos práticos. O fundamental, as características dos candidatos, é definido pelas circunstâncias políticas. E aqui há pelo menos cinco equilíbrios que o candidato ideal deve conseguir representar, quando se olha para a liderança das estruturas europeias como um todo:

  1. Um equilíbrio do norte da Europa em relação ao sul;
  2. Das economias grandes face às pequenas;
  3. Dos conservadores em relação aos socialistas;
  4. Um equilíbrio de nacionalidades — os lugares de topo da União Europeia não podem ser todos entregues às mesmas nacionalidades.
  5. Ter reconhecidas capacidades de diálogo e concertação de posições, sem deixar de ser visto como um líder com peso político.

Assim sendo, o que é que Centeno tem para poder ser o escolhido?

Um ministro de um governo socialista

Mário Centeno é independente, mas ser ministro de um Governo socialista dá-lhe um trunfo no atual momento da política europeia. As três maiores instituições da União Europeia estão neste momento entregues a conservadores: o Parlamento Europeu, liderado por Antonio Tajani, a Comissão Europeia, chefiada por Jean-Claude Juncker, e o Conselho Europeu, presidido por Donald Tusk. Por isso, é expectável que se procure um ministro com mais proximidade aos socialistas, para evitar um desequilíbrio de forças políticas excessivo.

Além de Mário Centeno, os outros socialistas que têm sido falados como potenciais candidatos são Peter Kazimir, da Eslováquia, Pier Carlo Padoan, de Itália, e Edward Sicluna, de Malta.

Vem de um país do sul

O facto de Mário Centeno ser governante de Portugal pode trazer-lhe alguma vantagem. Um dos objetivos da política europeia tem sido manter o equilíbrio entre o norte e o sul da Europa nos cargos de topo.

De entre os ministros das Finanças que têm sido apontados como possíveis candidatos, só Centeno e Pier Carlo Padoan são do sul. E o italiano tem a desvantagem de Itália já dominar outros cargos de alta responsabilidade — Antonio Tajani no Parlamento Europeu e Mario Draghi à frente do Banco Central Europeu. Vítor Constâncio também ocupa um cargo de topo — é vice-presidente do BCE — contudo, o seu mandato termina em maio de 2018.

Conta uma história de sucesso

Fotomontagem por Raquel Sá Martins.

“Queremos fazer de Portugal uma história tremenda de sucesso”, disse o comissário europeu para os assuntos Económicos e Financeiros, em julho, na visita a Lisboa em que revelou que a Comissão já antecipava um crescimento acima de 2,5% para a economia portuguesa, este ano. “Portugal é uma vez mais a prova de que a nossa política de estabilização do euro foi um sucesso, e de que fomos bem-sucedidos na defesa de um euro estável nos oito anos de crise do euro, contra algumas dúvidas”, somou Wolfgang Schäuble, o ministro das Finanças alemão, na sua despedida do Eurogrupo.

Depois de pedir um resgate internacional em 2011, tendo perdido o acesso ao financiamento de mercado, Portugal cumpriu o programa de ajustamento da troika — Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional — já voltou a crescer e conseguiu colocar o défice abaixo do limite de 3% do PIB, tendo saído do Procedimento por Défice Excessivo.

Ter o ministro das Finanças de Portugal a liderar o Eurogrupo passaria a mensagem de que as regras e a política europeia permitem a todas as economias — mesmo as mais endividadas — corrigirem as suas finanças e progredir, pesando tanto como as restantes.

Vem de um governo minoritário

O facto de Mário Centeno ser ministro das Finanças de um governo minoritário, suportado por acordos à esquerda, pode trazer dores de cabeça na hora de desenhar o Orçamento do Estado. É preciso encontrar entendimentos com o Bloco de Esquerda e o PCP para que o documento seja aprovado. Por outras palavras, é preciso saber ganhar argumentos, mas também ceder.

Mas esta dificuldade extra de um Governo suportado por um partido cujos deputados, sozinhos, não chegam para aprovar medidas transforma-se numa vantagem na hora de concorrer à presidência do Eurogrupo. O facto de liderar as Finanças de um país que tem de agradar à esquerda, avessa aos constrangimentos de Bruxelas, ao mesmo tempo que cumpre regras comunitárias e reduz o défice mostra que Centeno tem capacidades negociais fortes — uma qualidade indispensável a quem ocupar o cargo de presidente do Eurogrupo.

Sendo um grupo informal, o Eurogrupo tem como objetivo fundamental garantir a coordenação das políticas económicas dos países do euro. É um fórum onde os países da moeda única se tentam entender antes de tomar decisões no Ecofin, perante os ministros das Finanças de todos os Estados-membros. E não é difícil encontrar temas em que os interesses de uns são diametralmente opostos aos dos outros.

Mas nem tudo são rosas

Apesar de alguns trunfos mais ou menos óbvios de uma eventual candidatura de Mário Centeno, o ministro das Finanças português também tem características que o podem impedir de chegar ao cargo.

O estigma do resgate

Apesar de estar agora a crescer a um ritmo acelerado — o dado mais recente é um crescimento do PIB de 3% no segundo trimestre de 2017 as debilidades estruturais que a economia portuguesa ainda tem por resolver estão bem identificadas. O nível de exportações do país tem vindo a subir, mas não chega ainda para dar como garantida a capacidade para ultrapassar a dependência externa.

O país tem níveis de pobreza elevados, baixos salários, elevada desigualdade, fraca capacidade de poupança. O sistema financeiro só agora está a ser estabilizado, mas ainda lida com níveis elevados de malparado. A dívida pública representa quase 130% do PIB, um valor considerado muito alto para uma economia tão pequena como a portuguesa.

É difícil imaginar o ministro das Finanças de um país que acabou de sair do resgate, que ainda está excessivamente endividado e que na primavera foi alertado para a possibilidade de entrar no procedimento por desequilíbrios macroeconómicos a ter a autoridade suficiente para fazer exigências aos parceiros do euro.

A dificuldade com o cumprimento das regras

É verdade que Portugal saiu do Procedimento por Défice Excessivo, mas isso não quer dizer que seja, desde já, um país cumpridor. Como a carta que Pierre Moscovici e o vice-presidente Valdis Dombrovskis enviaram a Centeno demonstra, o país corre um “risco de desvio significativo” das regras do braço preventivo do Pacto de Estabilidade e Crescimento por não estar a fazer esforço de ajustamento estrutural, nem estar a conter suficientemente a subida da despesa.

Além disso, é difícil esquecer que Portugal esteve à beira de ser sancionado por não cortar o défice orçamental dentro do prazo definido. Tal como é difícil esquecer os reparos anuais às metas de consolidação orçamental definidas pela equipa de Mário Centeno, seja porque a metodologia utilizada pelo ministro das Finanças português foi diferente da de Bruxelas, seja porque a avaliação que faz das medidas é dissonante da dos peritos da comissão.

É verdade que no Orçamento do Estado para 2016 a discrepância no ajustamento não correspondeu à estimada pela Comissão (Bruxelas antecipava que o saldo se iria degradar em 1 ponto percentual), mas ainda não há números fechados sobre 2017 que demonstrem que este ano o ajustamento cumpriu as exigências.

A discrição nas reuniões

A informação é da Bloomberg: os responsáveis europeus com quem a agência de notícias falou dizem que Mário Centeno não se destaca nas reuniões do Eurogrupo. É um ministro que não toma a dianteira das discussões e isso, somado ao facto de ter uma carreira de economista num banco central, pode criar a imagem de ser uma pessoa sem o arcaboiço político necessário para comandar o Eurogrupo.

Isto mesmo foi sublinhado pelo Financial Times. O jornal assumiu que o ministro das Finanças português é um “candidato forte, como membro de um governo socialista num país saído de um programa de resgate”, mas acrescentou que “tem pouca experiência na primeira linha da política, tendo passado a maior parte da sua carreira como um economista de banco central.”

O próximo mandato do grupo do euro será marcado pela necessidade de reforçar a integração europeia, pelo que as matérias sobre as quais será preciso decidir serão quentes.

A concorrência é forte

Centeno está longe de estar sozinho. Nos últimos dias têm sido falados como potenciais candidatos pelo menos mais cinco ministros das Finanças.

Bruno Le Maire, o ministro francês, que tem sido apontado como favorito, sublinhando-se as suas capacidades de liderança e o destaque que tem conseguido nas reuniões dos ministros da moeda única, apesar de ter chegado há pouco tempo ao grupo. Além disso, há outros jogos de bastidores que se podem proporcionar. A Alemanha pode apoiar agora uma candidatura francesa com vista a conseguir no futuro o apoio dos franceses para colocar Jens Weidmann, o banqueiro central alemão, no lugar de Mario Draghi em 2019.

Pierre Gramegna, do Luxemburgo, um dos ministros há mais tempo no grupo da moeda única, e com reconhecidas capacidades diplomáticas.

Peter Kazimir, o ministro socialista da Eslováquia, também é dos que está no Eurogrupo há mais tempo e tem o trunfo de pertencer a um país do alargamento. Pode também ser um candidato facilmente aceite pela linha mais dura da política orçamental europeia, uma vez que alinhou muitas vezes com Schäuble no passado.

E há ainda Dana Reizniece-Ozola, ministra da Letónia. Seria uma mulher num cargo de topo, um trunfo para uma Europa que se diz igualitária. E embora pertença a um partido do espetro político do centro-direita, não é afiliado com o Partido Popular Europeu.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 13 Novembro 2017

O Orçamento do Estado para 2018 continua no centro das atenções. Mas hoje também há dados de inflação, resultados do BCP e Regional Economic Outlook for Europe.

O Orçamento do Estado para 2018 continua a dominar as atenções esta semana. Mário Centeno e Vieira da Silva estão presentes esta segunda-feira nas conferências da Ordem dos Economistas. Já os ministros da Saúde e da Economia apresentam os orçamentos dos seus ministérios aos deputados. Além disso, há novos dados da inflação, resultados do BCP e é apresentado o Regional Economic Outlook for Europe do FMI.

Ministros das Finanças e do Trabalho participam em conferência da Ordem dos Economistas

A Ordem dos Economistas realiza esta segunda-feira a sua 13ª conferência anual, subordinada ao tema do Orçamento do Estado para 2018. O evento conta com a participação do ministro das Finanças, Mário Centeno, e dos secretários de Estado do Orçamento, João Leão, e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes. À tarde, na conferência subordinada aos temas da saúde e Segurança Social intervém o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, e o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

OE2018: Ministros da Saúde e da Economia ouvidos no Parlamento

Continuam as audições na especialidade no âmbito do Orçamento do Estado para 2018. De manhã é ouvido o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que já foi instado pelo Conselho Nacional de Saúde a avançar com um orçamento plurianual capaz e resolver a dívida a fornecedores que já excede os mil milhões de euros, conforme avançou o Público. À tarde, é a vez do ministro da Economia.

INE divulga novos dados da inflação

Depois de um avanço em setembro, como evoluem os preços em outubro? O Instituto Nacional de Estatística (INE) responde a esta pergunta hoje, quando divulgar o Índice de Preços no Consumidor (IPC). Os últimos dados disponíveis indicam que a variação homóloga do IPC aumentou para 1,4% em setembro, 0,3 pontos percentuais acima da variação registada no mês anterior.

BCP divulga resultados do terceiro trimestre

O Millennium BCP apresenta hoje os resultados do terceiro trimestre do ano. Nos primeiros seis meses de 2017, o Banco Comercial Português registou um resultado líquido de 89,9 milhões de euros, que compara com prejuízos de 197,3 milhões de euros no mesmo período do ano anterior.

FMI divulga Regional Economic Outlook for Europe

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga o Regional Economic Outlook for Europe. Neste documento, a instituição liderada por Christine Lagarde faz uma avaliação económica da região, embora não detalhe dados para Portugal.

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Jantar no Panteão estava na agenda ‘pública’ do Web Summit

O programa que incluía o jantar no Panteão Nacional já tinha sido distribuído pelo grupo de founders das mais importantes empresas e pelo próprio Governo.

O jantar de f.ounders pós Web Summit no Panteão Nacional não foi propriamente um segredo bem guardado, estava na agenda do evento enviada por email na semana anterior à conferência pelos que integram aquele grupo que inclui fundadores de empresas e terá sido também enviada a membros do Governo, apurou o ECO. O programa do f.ounders foi também distribuído, em mão, em alguns dos eventos nos quais participaram membros do Executivo.

O programa completo, que incluiu também um cocktail no Palácio das Necessidades na quinta-feira, nos quais esteve presente o primeiro-ministro António Costa, dava assim conta do jantar no Panteão Nacional na noite seguinte, marcado para as 20h de sexta-feira, e um dia depois do encerramento do evento no Parque das Nações.

Entretanto, posteriormente à publicação da notícia, uma fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro assegurou ao ECO que António Costa não teve conhecimento deste jantar, mas várias fontes que pediram o anonimato, e que receberam o email, asseguram que o Governo também estava na lista dos que foram informados desta agenda. Além disso, uma fonte do ECO que participou na receção no Palácio das Necessidades, na quinta-feira, antes do jantar no Palácio da Ajuda, confirmou a entrega do programa ‘físico’ à entrada do evento, em que estavam os ministros Augusto Santos Silva e Manuel Caldeira Cabral, “além de uma dúzia de secretários de Estado”, à espera do primeiro-ministro, que chegou depois.

Já este sábado, com as primeiras reações negativas, o primeiro-ministro classificou o jantar de “indigno” e adiantou que vai mudar a lei para proibir a realização de eventos privados no Panteão Nacional.

O f.ounders é um evento privado realizado nos dias seguintes à conferência do Web Summit que, este ano, reuniu em Lisboa mais de 60.000 empreendedores, investidores e jornalistas. O encontro pretende juntar fundadores de empresas. As startups portugueses estiveram representadas no jantar do Panteão por founders como Nuno Sebastião, da Feedzai, Miguel Santo Amaro, da Uniplaces e Jaime Jorge, da Codacy.

Depois das críticas do Executivo, do Presidente da República e da oposição, o CEO do Web Summit pediu desculpa aos portugueses, reforçando que nunca quis ofender ninguém com a realização do jantar no monumento nacional que homenageia alguns dos mais reconhecidos nomes da História de Portugal.

 

Correção: O primeiro-ministro não esteve presente no jantar no Palácio das Necessidades, apenas na receção no Palácio das Necessidades.

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Marques Mendes: “Nunca devia ter existido o jantar” no Panteão

Luís Marques Mendes criticou o Governo que "nunca tem nada com nada" do que acontece. E pediu responsabilidades.

Luís Marques Mendes diz que o jantar no Panteão, que juntou alguns dos fundadores de startups num evento pós Web Summit, não devia ter acontecido.

“Nunca devia ter existido um jantar e devia ter havido um pedido de desculpas mas os políticos parecem todos um pouco tontos”, criticou Marques Mendes. “Peçam desculpa, todos nós erramos. Esta ideia de um Governo que nunca erra fica mal”, sublinhou, dizendo que “num cemitério não se fazem jantares. E todos os intervenientes que falaram para a televisão saíram mal”.

“Depois do regulamento, tem de haver uma autorização caso a caso. António Costa e o Governo fizeram o que é comum: sacudiram a água do capote, nunca tem nada com nada”, disse o comentador no tradicional comentário de domingo na Sic. “Se o Governo quer ser coerente, tem de agir: a diretora-geral de Património, que autorizou e que foi desautorizada pelos seus superiores, tem de pôr o cargo à disposição ou demitir-se”, acrescentou.

“Estamos a banalizar as mortes: é um sintoma de doença da sociedade”, disse ainda o comentador sobre as mortes na sequência do surto de legionella.

Outro dos temas do comentário de domingo foi o balanço de dois anos de Geringonça. “Com este Governo é chapa ganha, chapa gasta. Há muito a lógica de resolver os problemas de hoje mas não há lógica de futuro“, analisa Luís Marques Mendes. “Vai ser muito difícil repetir a Geringonça nos próximos anos”, disse ainda.

Sobre as previsões da Comissão Europeia, que esta semana fez previsões sobre o crescimento económico, Marques Mendes disse que “estamos a afastar-nos da Europa” e “não a convergir”. “Tínhamos a obrigação de fazer muito mais e o que me surpreende é o silêncio”, sublinhou. “Se Portugal não cresce e não se aproxima da Europa em tempo de vacas gordas, com o boom do turismo (…) quando é que vai crescer?”

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Merkel considera possível governo com Verdes e liberais “se houver vontade”

  • Lusa
  • 12 Novembro 2017

Angela Merkel ainda não conseguiu formar governo, depois das últimas eleições terem dado vitória à CDU sem maioria. Chanceler diz que é possível ter um executivo com os Verdes ou liberais.

A chanceler alemã reuniu-se este domingo com os líderes dos Verdes e do Partido Liberal (FDP) procurando um consenso para a formação de uma coligação de governo e confiante de que “se houver boa vontade” os acordos são possíveis.

“A nossa tarefa é alcançar compromissos”, disse Angela Merkel, líder da União Democrata-Cristã (CDU), à entrada da representação do estado de Baden-Wurttemberg em Berlim, onde decorrem as conversações, adiantando que “com boa vontade, podem ser conseguidos” esses avanços.

Merkel lembrou que o objetivo da reunião de hoje e das que se seguirão é definir questões, de modo a que “até ao final da semana” possam ser apresentados resultados concretos.

Depois de três semanas de conversações prévias, Merkel pretende que esta fase termine na quinta-feira, após o que cada partido deverá aprovar a abertura de negociações formais.

As divergências passam por questões como o acolhimento de refugiados, o ambiente, os transportes e a política fiscal.

Após a sua vitória nas eleições gerais de 24 de setembro, Merkel previu que a formação do governo podia durar até ao Natal.

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