“Não temos de ter os bens que são necessários ao nosso bem estar”, diz ministro

  • ECO
  • 12 Novembro 2017

Ministro do Ambiente assinalou a urgência de resolver desperdício alimentar e energético. Governante propôs a passagem dos consumidores a meros utilizadores e deixou uma nota sobre o Web Summit.

Ministro do Ambiente encerrou i-Danha Food Lab e bootcamp do Climate KIC.DR

De consumidores a utilizadores. “Nós não temos de ter os bens que são necessários ao nosso bem-estar”. As palavras são do ministro do Ambiente, presente, este domingo, no encerramento do i-Danha Food Lab e do bootcamp do Climate KIC (maior iniciativa no campo da inovação climática promovida pela União Europeia). Para o governante, há vantagens — para as empresas e para os cidadãos — na substituição da ideia de que é preciso, por exemplo, ter um carro pela conceção de mobilidade partilhada.

Em Idanha-a-Nova, João Matos Fernandes realçou também a urgência da resolução do problema do desperdício (alimentar, da água, dos recursos energéticos e dos materiais de construção civil), a “genialidade” do projeto da histórica vila portuguesa e o mérito do Web Summit (feira sobre tecnologia que decorreu esta semana no Altice Arena e na Fil) por ter trazido para cima da mesa o tema das alterações climáticas com vozes tão relevantes com António Guterres, secretário-geral da ONU, e Al Gore, ecologista e político norte-americano.

O responsável pela pasta do Ambiente apelou ainda a que a disrupção tecnológica ultrapasse as “soluções evidentes” como as energias renováveis. “Enquanto ser eficiente significar extrair e descartar, nunca seremos verdadeiramente inteligentes”, assinalou.

Neste sentido, Matos Fernandes lembrou o lançamento, em 2016, do fundo de um milhão de euros para incentivar a economia circular e propôs a diminuição em 15% dos pratos servidos na restauração (para evitar desperdício) e a valorização das cadeias de valor (por exemplo, com a criação de linhas para alimentos fora do calibre por supermercados).

“Como disse Al Gore, venho recrutar-vos para resolver este problema”, concluiu o ministro, enfatizando que a maior ameaça é pensar que o será “o vizinho do lado” a resolvê-lo.

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“Absurso” e “infeliz”: Assim reagiu a esquerda ao jantar no Panteão Nacional

  • ECO e Lusa
  • 12 Novembro 2017

Bloco de Esquerda e PCP lamentaram realização do jantar do Web Summit no Panteão Nacional, manifestando-se a favor de alterações à lei que permite utilização de espaços públicos para eventos privados.

“Um absurdo, um disparate, uma coisa ignóbil”, refere o Bloco de Esquerda. “Lamentável e infeliz”, diz o PCP. Depois do polémico jantar exclusivo de convidados do Web Summit no Panteão Nacional, os dois partidos de esquerda consideram que deve haver mudanças na lei que permite a realização de eventos privados em espaços e monumentos público.

 

A polémica em torno da realização de um jantar no Panteão Nacional levou o Governo a classificar esta utilização para eventos festivos como “absolutamente indigna”, tendo decidido alterar a lei que o permite, opção que o Presidente da República já considerou ser “muito sensata”.

Para o deputado do Bloco de Esquerda José Manuel Pureza, esta utilização do Panteão Nacional foi um “absurdo, um disparate, uma coisa ignóbil” e defendeu que sejam apuradas “todas as responsabilidades” e tiradas “daí todas as consequências que houver a tirar”.

“Porque é que um espaço como o Panteão Nacional pode ser aberto, de acordo com um despacho do anterior Governo, a eventos sociais, de natureza privada? A única razão é arrecadar receita. E isso diz tudo sobre o que é, neste momento, a gestão da política cultural – incluindo a de património – que o Estado faz”, explicou. Por isso, para o bloquista, o essencial é “mudar de orientação” em termos orçamentais, para que deixe de ser preciso “arrecadar receitas de festas para poder manter um Panteão Nacional”.

"Porque é que um espaço como o Panteão Nacional pode ser aberto, de acordo com um despacho do anterior Governo, a eventos sociais, de natureza privada? A única razão é arrecadar receita. E isso diz tudo sobre o que é, neste momento, a gestão da política cultural – incluindo a de património – que o Estado faz.”

José Manuel Pureza

Deputado do Bloco de Esquerda

“Acho que o Governo, ao decidir mudar este regulamento, fez o que precisa ser feito. Há uma autorização que foi dada? Apurem-se as responsabilidades, mas só com a condição que isso não sirva para deixar de fazer o essencial: que não se mercantilizem espaços que não podem ser mercantilizados“, defendeu.

“Lamentável e não deveria ter acontecido”

Do lado do PCP, António Filipe considerou “lamentável e infeliz” o jantar do Web Summit no Panteão Nacional, iniciativa incompatível com a dignidade do monumento, defendendo que os regulamentos aplicáveis devem ser alterados e é necessário bom senso na utilização destes espaços.

O deputado comunista defendeu que este “é um facto lamentável e não deveria ter acontecido”, considerando que este tipo de “iniciativas não são compatíveis com a dignidade de um momento nacional como é o Panteão”.

“Foi lamentável, foi um acontecimento infeliz. Aquilo que importa é que situações como esta não se repitam. Havendo necessidade de alterar regulamentos aplicáveis, esses regulamentos devem ser alterados e deve haver um critério de bom senso na utilização de monumentos nacionais para quaisquer tipos de atividades”, observou. “Manifestamente neste caso não houve o bom senso necessário”.

“Aquilo que nós pensamos é que situações infelizes como estes não devem repetir-se e devem ser a tomadas as medidas necessárias para que isso não volte a acontecer”, insistiu.

"Foi lamentável, foi um acontecimento infeliz. Aquilo que importa é que situações como esta não se repitam. Havendo necessidade de alterar regulamentos aplicáveis, esses regulamentos devem ser alterados e deve haver um critério de bom senso na utilização de monumentos nacionais para quaisquer tipos de atividades.”

António Filipe

Deputado do PCP

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Powell não tem doutoramento, mas terá voz ativa na Fed

  • Bloomberg
  • 12 Novembro 2017

Jerome Powell foi o nome escolhido por Donald Trump para suceder a Janet Yellen na Fed. Não tem doutoramento mas Powell sabe como ninguém como pensam os economistas.

Anos antes de ser indicado para liderança da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell trouxe para o banco central dos EUA uma lição que aprendeu no setor privado: administre ou seja administrado.

Powell notou que os inteligentíssimos economistas da casa resolviam diferenças entre si — em todos os assuntos, do sistema de pagamentos à política monetária — e depois apresentavam ao altos responsáveis uma recomendação unificada, esperando que seguissem a recomendação do grupo.

Essa prática não caiu bem com um advogado que fez carreira na área de investimentos em private equity. Nesse ramo, as propostas precisam sobreviver a críticas dos principais decisores, sendo que alguns têm a responsabilidade específica de argumentar contra uma ideia de investimento.

Jerome Powell foi o nome escolhido por Donald Trump para suceder a Janet Yellen na presidência da Reserva da Federal norte-americana.Kirkpatrick/Bloomberg

Quando assumiu o cargo de diretor da Fed, Powell quis mudar as coisas. Insistia para os funcionários discutirem à sua frente, de acordo com uma pessoa que trabalhou com ele. O advogado também se debruçou sobre estudos académicos e fez muitas perguntas. Em mais de cinco anos na Fed, Jerome Powell conseguiu ganhar o respeito dos profissionais da instituição mesmo quando questionava as recomendações deles.

Isso será útil quando Powell assumir o comando em fevereiro e a Fed, com um exército formado por mais de 300 economistas com doutoramento, for liderada pela primeira pessoa sem doutoramento em Economia desde Paul Volcker, que presidiu o banco central americano entre 1979 e 1987. Fora da instituição, há quem alerte para o risco de ele ser capturado pela equipa interna.

Evitando pensamento unificado

“É muito importante o presidente da Fed questionar a equipa sobre os motivos para acreditarem que a análise deles é correta”, disse Karen Dynan, economista da Universidade Harvard que trabalhou na Fed durante 17 anos. “O perigo é quando a análise é consistente com opiniões disseminadas e aceita rápido demais.”

Os funcionários da Fed formam uma das melhores equipas de especialistas em economia do mundo. As previsões e recomendações desta equipa são bastante valorizadas pelas autoridades. Mas o grupo também é acusado de ser insular e, como aprendeu Powell, resistente a expor debates não resolvidos aos diretores.

Além disso, há pouca rotatividade entre os economistas mais antigos. Quando isso acontece, o sucessor costuma ser alguém que já estava na casa e é promovido. Entre os oito diretores e vice-diretores das divisões de assuntos monetários e pesquisa e estatística que são diplomados em Economia, seis começaram a carreira no próprio Fed.

"É muito importante o presidente da Fed questionar a equipa sobre os motivos para acreditarem que a análise deles é correta”, disse ”

Karen Dynan

Economista da Universidade Harvard

Liderança de Yellen

A atual presidente da Fed, Janet Yellen, mostrou liderança ao insistir que pessoas que estavam fora da força de trabalho oficial voltariam ao mercado à medida que a economia se recuperasse. A equipa dela estava mais cética. Se ela tivesse seguido a opinião desses profissionais, talvez a Fed tivesse subido os juros mais rapidamente. No fim das contas, Yellen aparentemente estava certa.

Alguns duvidam que Powell terá conhecimento ou confiança para fazer algo parecido. “Powell não pode contar com a mesma profundidade de conhecimento” dos seus antecessores, disse Eric Winograd, economista sénior para os EUA da Alliance Bernstein.

“Isso não importa agora, quando as águas estão relativamente tranquilas e a trajetória da política monetária está bem estabelecida, mas vamos ver o que acontece quando o ciclo virar e o comité de política monetária for obrigado a alterar a rota.”

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Governo termina com cursos vocacionais criados por Nuno Crato

  • ECO
  • 12 Novembro 2017

O Governo vai acabar formalmente com os cursos vocacionais criados pelo anterior ministro da Educação. Estes cursos já desapareceram das escolas mas agora vão deixar de constar na lei.

O Governo vai acabar formalmente com os cursos vocacionais criados pelo anterior ministro da Educação, Nuno Crato, avança o jornal Público (acesso condicionado) na edição desde domingo.

Estes cursos vocacionais já desapareceram da rede de oferta formativa neste ano letivo, tendo sido substituídos, nas escolas do ensino básico, pela reativação dos cursos de educação e formação (CEF).

O jornal teve acesso ao decreto-lei que vai alterar o diploma que estabelece os princípios da organização e do processo de desenvolvimento do currículo do ensino básico e secundário, bem como da avaliação. E os cursos vocacionais deixam de constar da oferta formativa, colocando um ponto final formal à herança deixada por Nuno Crato. O jornal lembra que apesar de ter desativado os CEF, Crato manteve esta oferta sempre inscrita na lei.

Há outras medidas implementadas pelo anterior ministro da Educação que também são revertidas. Por exemplo, os estudantes do ensino profissional que pretendam ingressar no ensino superior já não terão de fazer três exames, passando a contar apenas um como prova de ingresso, sem contar assim a o cálculo da média final do ensino secundário.

O Público revela ainda que a disciplina de Educação Física vai voltar a ser contabilizada para efeitos da média final de todos os alunos, em vez de contar apenas para os estudantes que prossigam estudos nesta área.

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Rajoy diz que é preciso “recuperar” Catalunha para a democracia

  • Lusa
  • 12 Novembro 2017

Primeiro-ministro espanhol considera que é preciso "devolver a legalidade às instituições da Catalunha", depois da declaração unilateral de independência da região no mês passado.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse este domingo que é preciso “recuperar a Catalunha” assim como “a democracia e a liberdade” e garantiu que só decidiu intervir na autonomia à região “depois de ter esgotado todas as vias”.

Na primeira visita à Catalunha depois da aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola, Rajoy defendeu a medida como modo de pôr fim ao “delírio” dos independentistas e que só a tomou depois de ter esgotado as tentativas de travar “a escalada de agressão à convivência”.

Além disso, afirmou, era preciso “devolver a legalidade às instituições da Catalunha”.

Mariano Rajoy, que é também líder do Partido Popular (direita), pediu ainda às empresas que “não abandonem” a Catalunha, depois de 2.400 já terem saído desde o início da crise catalã, e ainda aos espanhóis para não boicotarem os produtos catalães.

Rajoy está na Catalunha para a apresentação de Xavier García Albiol como candidato do Partido Popular (de que também é presidente) ao Governo regional.

O Governo espanhol convocou eleições na Catalunha para 21 de dezembro, depois de ter decidido aplicar o artigo 155 da Constituição, que suspende a autonomia da Catalunha. O executivo regional foi destituído e o parlamento regional dissolvido.

As decisões do executivo de Mariano Rajoy, apoiadas pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, aconteceram depois de a declaração de independência da Catalunha ter sido aprovada em 27 de outubro por 70 dos 135 deputados do parlamento catalão. A votação decorreu sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional.

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BPI fecha duas agências no fim do mês

  • Lusa
  • 12 Novembro 2017

Um balcão em Braga e outro em Vila Franca do Campo, nos Açores, vão encerrar até final do mês. Clientes já estão a ser informados para que agências serão transferidas as suas contas no BPI.

O banco BPI vai fechar no final de novembro dois balcões, um em Braga e outro em Vila Franca do Campo, na ilha açoriana de São Miguel, segundo informação interna a que a agência Lusa teve acesso.

As agências em causa são a de Palmeira, freguesia do concelho de Braga, e a de Vila Franca do Campo, município da Região Autónoma dos Açores.

Os clientes das agências já estão a ser informados do encerramento e para que balcões as suas contas serão transferidas.

Os clientes da agência de Braga-Palmeira (situada na Avenida do Cávado, em Palmeira) passarão a ter conta domiciliada na agência de Braga-Liberdade (localizada no centro da cidade, na Avenida da Liberdade), a cerca de seis quilómetros de distância. Já nos Açores, os clientes da agência de Vila Franca do Campo (Rua Cadeia Velha) passarão para a agência do concelho de Lagoa (Avenida Infante D. Henrique), a cerca de 16 quilómetros de distância. Vila Franca do Campo deixa, assim, de ter qualquer balcão do BPI.

Os funcionários destes balcões também estão a ser recolocados noutros locais de trabalho, segundo fonte sindical.

O BPI, que desde início deste ano é controlado pelo grupo espanhol CaixaBank, tem vindo a reduzir trabalhadores e até setembro já saíram 347 pessoas e mais 250 deverão sair até inícios de 2018. Isto a somar às centenas de funcionários que já saíram nos anos anteriores.

Quanto a agências, o novo presidente executivo do BPI, Pablo Forero, tem dado pouca informação. Em outubro passado, afirmou novamente que o essencial da reestruturação da rede comercial já foi feita anteriormente e que encerramentos que venha a haver serão “pontuais”.

No final de setembro, o BPI tinha 5.178 trabalhadores e 434 balcões.

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Santana: “Nas poupanças e cativações, é meritório o trabalho de Mário Centeno”

  • ECO
  • 12 Novembro 2017

Candidato à liderança do PSD elogia bom caminho do Governo de António Costa na frente económica e o trabalho meritório de Mário Centeno, mas considera que tem havido muitos sacrifícios na Saúde.

Santana Lopes considera que é “meritório” o trabalho do ministro das Finanças, Mário Centeno, nas poupanças e nas cativações orçamentais, mas diz que “tem havido um excesso de sacrifício” na área da Saúde.

Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso livre), o candidato à liderança do PSD elogia “o bom trabalho” do Governo, diz que o Executivo liderado pelo PS tem feito um caminho que tem sido “tanto melhor quanto não era esperado” e considera que o país tem de se congratular com a saída do défice estrutural. E, nesse aspeto, Santana Lopes deixa uma boa nota sobre o trabalho de Mário Centeno.

“De facto, nas poupanças que se fazem ou nas cativações, eu considero meritório o trabalho que tem sido conduzido pelo ministro Mário Centeno“, referiu o antigo primeiro-ministro que se candidata agora à liderança do PSD, juntamente com Rui Rio. “Já disse várias vezes que nunca serei um líder da oposição que só sabe dizer mal do trabalho que é feito, não sou mesmo. Sou português e congratulo-me com o bom trabalho que seja feito por quem esteja no Governo, mesmo que eu esteja a liderar um partido da oposição”, frisou ainda.

"De facto, nas poupanças que se fazem ou nas cativações, eu considero meritório o trabalho que tem sido conduzido pelo ministro Mário Centeno.”

Santana Lopes

Candidato à liderança do PSD ao Diário de Notícias

Todavia, lembra que na área da Saúde “tem havido um excesso de sacrifício”. “E sei do que falo porque a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem desenvolvido um grande trabalho em cooperação com o Ministério da Saúde, mas em que sente de facto as dificuldades financeiras geradas por esse objetivo. Vou dizer que são opções terríveis, mas nós temos que, na vida, pôr o bem primeiro e a saúde é o bem primeiro”, referiu.

Mas promoveria um défice maior para investir mais na Saúde? “Tentaria poupar mais noutras despesas”, respondeu na entrevista publicada este domingo no Diário de Notícias.

Sublinhou que “o ritmo de consolidação é positivo para o país e é importante para o país”, mas não deixou de criticar a “folha de excel” que é utilizada em Bruxelas, que revela um “pensamento ortodoxo macroeconómico”.

Santana Lopes rejeitou que essa crítica da “folha de excel” seja para Rui Rio, que considera que “governou a Câmara do Porto e governou-a com equilíbrio económico e não sacrificou, até porque as câmaras têm pouca responsabilidade nessa matéria, a área social”.

"O ritmo de consolidação é positivo para o país e é importante para o país. Eu tenho de enfatizar isto, mas todos compreendemos a importância do crescimento, embora haja candidatos que se apresentam a dizer que o importante é o défice zero e outros que o importante é o crescimento.”

Santana Lopes

Candidato à liderança do PSD ao Diário de Notícias

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Sobe para 51 o número de infetados com legionella

  • Lusa
  • 12 Novembro 2017

Direção-geral da Saúde revelou que número de casos de infetados com legionella em Lisboa subiu para 51. Surto já provocou cinco mortes.

O número de casos de infetados pelo surto de legionella em Lisboa subiu para 51, mais um face ao anterior balanço, mantendo-se em cinco o número de mortos, anunciou a Direção-geral da Saúde.

Os dados preliminares sujeitos a validação publicados no site da Direção-geral da Saúde esta segunda-feira dão conta de 51 casos confirmados de doença dos legionários desde 31 de outubro, 29 do sexo feminino, 34 com idade igual ou superior a 70 anos.

Do total de casos, 34 já tiveram alta clínica, 29 estão atualmente internados em enfermaria e seis em unidades de cuidados intensivos. O surto de legionella no hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, provocou cinco mortes.

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARCS) revelou esta segunda-feira que foi detetada legionella ambiental numa colheita efetuada em meados de outubro no Centro de Saúde de Mangualde, espaço que mantém “a sua atividade normal”.

“O ACeS [Agrupamento de Centros de Saúde] Dão Lafões e os Serviços de Saúde Pública asseguram as medidas adequadas para a continuação do controlo da situação, não havendo evidência de risco acrescido para a saúde pública, mantendo o Centro de Saúde de Mangualde a sua atividade normal”, informou a ARSC em nota enviada à agência Lusa.

A legionella é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

(Notícia atualizada às 18h39 de terça-feira com aumento do número de casos para 51)

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Via Navegável do Douro pode chegar ao milhão de turistas em 2017

  • Lusa
  • 12 Novembro 2017

No Douro, o ano de 2017 deverá terminar com um recorde de passageiros nas embarcações que cruzam o rio: um milhão. E os empresários da região estão a ganhar com isso.

Douro deverá receber um total de um milhão de passageiros nas embarcações que cruzam o rio em 2017.D.R.

O verão prolongado beneficiou o turismo fluvial no Douro onde, este ano, se perspetiva bater o recorde de um milhão de passageiros nas embarcações que cruzam o rio, segundo fonte da gestora da via navegável.

A Via Navegável do Douro (VND), que desce de Barca de Alva até ao Porto, atrai cada vez mais turistas que optam por viajar em pequenas embarcações, cruzeiros de um dia ou barcos-hotéis e por programas que vão desde uma hora até uma semana.

Fonte da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), disse que, até ao final do ano, se estima atingir o número recorde de um milhão de passageiros fluviais no Douro. Em 2017, estão a operar na via navegável 60 operadores com 147 embarcações, 20 das quais barcos-hotéis.

No ano passado, cruzaram o Douro 863.043 turistas distribuídos por 85 embarcações de 47 operadores.

“Este ano a época turística prolongou-se e, neste momento, ainda continuamos com atividades no rio. Temos reservas até ao final de novembro e, inclusive, também já para dezembro”, afirmou António Pinto, da empresa Douro à Vela, que proporciona passeios privados e exclusivos a partir do cais da Folgosa, em Armamar.

"Este ano a época turística prolongou-se e, neste momento, ainda continuamos com atividades no rio. Temos reservas até ao final de novembro e, inclusive, também já para dezembro”, afirmou à Lusa ”

António Pinto

Douro à Vela

O empresário disse que 2017 está a ser “o melhor” dos nove anos que possui a empresa. “E a tendência é ir crescendo. Cada vez mais as pessoas estão a descobrir o Douro e as suas fantásticas quintas, vinhos, gastronomia e cultura”, salientou.

António Pinto disse que a sua empresa “não faz voltinhas de barco” mas “proporciona uma experiência o mais genuína possível do Douro, tendo como base o rio”.

Entre os clientes há cada vez mais portugueses. São pessoas com poder de compra “um pouco acima da média” e que “têm também grandes conhecimentos culturais”.

Na foz do Douro, no Porto, este foi também um “bom ano” para a empresa Sailing 360 de Ricardo Oliveira, que faz passeios em pequenas embarcações pela zona da foz, entre o Porto e Gaia e também sobe o rio. “Comparado com o ano passado, este foi um ano muito melhor”, frisou.

A empresa tem vindo sempre a crescer. Começou há cinco anos com um barco e agora tem cinco e, segundo o responsável, a grande dificuldade tem sido arranjar “pessoas que queiram trabalhar”. Estas viagens em pequenas embarcações são um dos segmentos que mais tem crescido na via navegável.

Em terra, Pedro Teixeira tem nos turistas fluviais os principais clientes, com destaque para os que chegam nos barcos hotéis. “Esta foi, sem dúvida alguma, a melhor época de sempre para o projeto e os nossos parceiros”, afirmou.

"Esta foi, sem dúvida alguma, a melhor época de sempre para o projeto e os nossos parceiros.”

Pedro Teixeira

Da_Vide

Pedro Teixeira lançou o projeto Da_Vide que aproveita as vides, resíduos resultantes da limpeza das videiras após as vindimas, para expor e vender os produtos que já desenvolveu, como canetas, colheres, ímanes, porta-chaves e até enfeites de Natal que são muito procurados pelos norte-americanos. Este ano concentrou a sua atividade na Enoteca da Quinta da Avessada, em Favaios, Alijó.

Em 1990, com a inauguração dos 210 quilómetros da Via Navegável do Douro abriu-se uma porta ao turismo que foi, depois, consolidada em 2001 com a classificação do Douro como Património Mundial da UNESCO.

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Bacia de Peniche deixa de ter contratos ativos para a pesquisa de petróleo

  • Lusa
  • 12 Novembro 2017

Galp confirmou que último contrato para pesquisa de petróleo na bacia de Peniche terminou.

A pesquisa de petróleo na bacia de Peniche deixou de ter contratos ativos, disse à agência Lusa fonte oficial da Galp, petrolífera que integra o consórcio que detinha a concessão para aquela área desde 2007.

“A Galp não tem qualquer contrato ativo nessa área [bacia de Peniche]”, afirmou à Lusa fonte oficial da petrolífera portuguesa, que detinha 30% do contrato de concessão, celebrado em 18 de maio de 2007, por negociação direta, que integrava ainda a Repsol (34%), Kosmos (31%) e a Partex (5%).

Este contrato abrangia quatro blocos, designados por Camarão, Ameijoa, Mexilhão e Ostra, mas no primeiro semestre deste ano o consórcio desistiu de avançar em três concessões que detinha na bacia de Peniche, o que levou a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva a registar uma imparidade de 22 milhões de euros.

Como a Lusa noticiou em julho, o contrato de três blocos da bacia de Peniche (Ameijoa, Mexilhão e Ostra) cessou, por pedido do consórcio, com base na análise aos dados geológicos recolhidos, que demonstraram que “não têm magnitude nem dimensão que justifiquem o desenvolvimento de um projeto”.

Ainda assim, o consórcio manteve um bloco, designado Camarão, que entretanto deixou também de ter um contrato ativo com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), mas nem a Galp nem o organismo explicam a razão para a suspensão do contrato.

Na semana passada, o movimento Peniche Livre de Petróleo veio congratular-se pelo cancelamento dos contratos de pesquisa de petróleo na bacia de Peniche, depois de a ENMC ter atualizado o mapa de licenças/concessões de prospeção e produção de petróleo em Portugal, mantendo apenas o contrato para a pesquisa em terra na bacia Lusitânica, nas áreas Batalha e Pombal, à Australis Oil & Gas Ltd, e a pesquisa ‘offshore’ (no mar) na bacia do Alentejo, com o consórcio liderado pela petrolífera italiana Eni, que integra também a Galp.

O movimento Peniche Livre de Petróleo, que em dezembro entregou à Assembleia da República uma petição pelo cancelamento de todos os contratos, diz que o documento não perde relevância, uma vez que os contratos em terra – numa faixa litoral que se estende de Caldas da Rainha a Soure – ainda estão em vigor.

“A petição encontra-se em apreciação, aguardando subida a plenário. Assim, esperamos que a Assembleia da República acolha a nossa proposta e cancele efetivamente os restantes contratos”, lê-se no comunicado do movimento.

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Venezuela reúne com credores na segunda para reestruturação da dívida

  • Lusa
  • 12 Novembro 2017

Governo venezuelano confirma que vai reunir com detentores de dívida do Estado e da empresa estatal Petróleos da Venezuela esta segunda-feira para discutir uma reestruturação da mesma.

A Venezuela confirmou que decorrerá na segunda-feira uma reunião com os detentores de títulos da dívida do Estado e da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA), com o propósito de reestruturar e refinanciar a mesma.

A reunião foi confirmada pelo ministro venezuelano de Economia e Finanças, Simón Zerpa, que também é vice-presidente de finanças da petrolífera venezuelana.

“Seguindo instruções do Presidente Nicolás Maduro, informa-se que a reunião da Comissão Presidencial para renegociar os termos da dívida externa da República e da PDVSA, com os portadores (dos títulos) da dívida, se realizará na segunda-feira, 13 de novembro, no Palácio Branco, frente ao palácio presidencial de Miraflores pelas 14:00 horas (16:00 horas em Lisboa)”, escreveu o ministro na sua conta do Twitter.

Segundo Simón Zerpa, o Governo venezuelano está a convidar, “uma vez mais, os investidores a registarem-se para participar nesta reunião, enviando uma mensagem eletrónica para [email protected]”.

Por outro lado, o portal ‘online’ venezuelano La Patilla avança que o Governo venezuelano terá prometido aos portadores dos títulos que os funcionários que foram sancionados pelo Departamento do Tesouro dos EUA não vão estar presentes na reunião.

Segundo o parlamento venezuelano, o Estado deve mais de 120 mil milhões de dólares (103,44 mil milhões de euros) a financiadores internacionais, metade deles em títulos de dívida.

Em 03 de novembro último, a Venezuela convocou os portadores de títulos de dívida do Estado para uma reunião, que terá lugar em 13 de novembro, com o objetivo de renegociar o pagamento da dívida.

A convocatória foi feita pelo vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, que também é presidente da comissão especial para o refinanciamento da dívida externa venezuelana.

A 2 de novembro, o Presidente Nicolás Maduro anunciou uma reestruturação e refinanciamento total da dívida externa do país e dos títulos da PDVSA.

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Paddy pede desculpa aos portugueses pelo jantar no Panteão. “Sou irlandês”, escreveu no Twitter

A partir da sua conta de Twitter, CEO do Web Summit pede desculpa e garante que realização do jantar no Panteão Nacional não tinha como objetivo ofender ninguém.

Depois das reações de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, que criticaram a realização do jantar de f.ounders pós Web Summit no Panteão Nacional, na noite de sexta-feira, foi a vez do CEO do evento pedir desculpa.

Paddy Cosgrave lamentou, através da sua conta de Twitter, as reações adversas à escolha do local do evento e desculpou-se publicamente. “Querido Portugal, peço desculpa. Sou irlandês”, sublinhou o CEO do Web Summit.

“Culturalmente, temos uma posição diferente em relação à morte. Celebramo-la. E isso faz daquilo que aconteceu a postura correta quando estamos em Portugal. Gosto deste país como uma segunda casa, e nunca procurei ofender os maiores heróis do passado de Portugal”, acrescentou.

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