Costa: “Estamos confiantes no OE que apresentámos e na capacidade de o executar”

Primeiro-ministro diz que a perspetiva de quem conduz o carro é diferente da de quem observa a condução. Mas garante estar confiante apesar das dúvidas da Comissão.

António Costa diz estar confiante “no orçamento apresentado e na capacidade de o executar”. Questionado esta tarde, no Altice Arena, sobre as dúvidas colocadas esta manhã pela Comissão Europeia, António Costa mostrou confiança. “Estamos tranquilos. Se compararmos o que a Comissão disse hoje com o que disse no passado, vemos que neste momento os receios são menores. O presidente da Comissão disse na semana passada ser uma ‘pequena questão’. Estamos confiantes no orçamento que apresentámos e na capacidade de o executar”, sublinhou.

“É muito encorajador ver que a Comissão Europeia se vai aproximando da confiança que temos quanto ao crescimento da economia, quanto à redução do desemprego e quando o foco está menos no cumprimento das regras do défice e hoje está sobretudo no ritmo do crescimento e na criação de emprego. Isso é muito positivo”, acrescentou o primeiro-ministro.

“É natural que quem está a conduzir a viatura saiba bem como é que a vai conduzir. Quem está a observar a condução tem obviamente um ponto de vista diferente que não tem em conta os recursos que o motor tem para a condução da viatura. Se compararmos os sinais dados pela Comissão Europeia com os que deu em 2017 e, em 2016, vemos que estamos muito longe das preocupações que estavam nessa altura. Podemos viver todos com tranquilidade, com confiança que temos assegurado de que conseguiremos a perseguir as boas políticas que têm dado bons resultados”, afirmou o primeiro-ministro.

“Respeito obviamente todos os conselhos e é preciso perceber qual é o papel de cada um nos sistemas. O papel, por natureza, do Conselho de Finanças Públicas é ter uma visão conservadora, por dentro, em relação ao futuro. E no dia em que não for assim estamos mal. Agora, o papel do Governo é, obviamente, ter em atenção os riscos mas concentrar-se na execução das boas políticas que têm permitido ter bons resultados”, acrescentou a respeito da reação do Conselho de Finanças Públicas.

“Temos vencido sempre as expectativas negativas e superado. O que temos visto acontecer é que aqueles que partem de uma posição mais conservadora vão-se progressivamente aproximando dos números que temos apresentado”, sublinhou.

António Costa falou aos jornalistas depois de um curto encontro com Al Gore, onde o norte-americano lamentou as perdas humanas decorrentes dos incêndios deste verão.

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Governo vai tirar tribunais do Campus de Justiça. A culpa é das rendas altas

Na nota explicativa do OE2018, Governo admite que tem de poupar nas rendas. Encargo anual é de 37 milhões de euros. Só 12 milhões vão para o Campus, no Parque das Nações.

O Governo quer tirar os tribunais e serviços centrais de Justiça do Campus de Justiça, em Lisboa, de forma a poupar as rendas anuais de cerca de 12 milhões de euros, e que são pagas desde 2008. Até outubro deste ano, o encargo com as rendas foi de 37 milhões de euros.

A inauguração – feita com toda a pompa e circunstância – decorreu ainda no mandato de Alberto Costa como ministro da Justiça e de José Sócrates como chefe do Executivo.

Oito anos depois, numa nota explicativa relativa ao OE de 2018, feita pelo gabinete de Francisca Van Dunem é dito expressamente que está em curso um “Plano de relocalização dos tribunais do Campus de Justiça de Lisboa e dos serviços centrais do Ministério da Justiça”.

Atualmente, o Estado paga cerca de 12 milhões de euros anuais para garantir o funcionamento da maioria dos tribunais instalados, no Parque das Nações. Até aqui, os vários edifícios eram da propriedade de um fundo da Segurança Social mas passaram recentemente para a titularidade de uma empresa francesa.

Ao ECO, fonte oficial do gabinete de Francisca Van Dunem admite essa relocalização de forma a poupar os valores pagos até aqui. “Esta medida não implica mais custos. Pelo contrário: a ideia é encontrar soluções ou de arrendamento ou mesmo de comprar de forma a reduzir os custos do Estado”. Segundo o que o ECO apurou, a ideia passa por criar uma cidade judiciária de raiz e que fique da propriedade do Estado.

Atualmente estão situados no Parque das Nações o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, os tribunais de instrução criminal, de família e menores, de execução de penas, do comércio, marítimo, tributário e o tribunal administrativo. É também lá que funcionam os juízos criminais de Lisboa e vários serviços ligados aos registos prediais e de automóvel. O contrato de arrendamento foi assinado em 2008. Contrato que durará até 2026.

No documento explicativo do OE, é referido que “a aprovação deste plano possibilitará desenvolver os procedimentos sequenciais de contratação quer dos projetos quer das obras subsequentes que permitirão, a final, a reinstalação dos Tribunais e Serviços Centrais atualmente a funcionar no Campus de Justiça de Lisboa e a consequente e pretendida rescisão em 2026 do contrato de arrendamento deste”.

Já em 2014, a então ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, quis transferir as varas criminais do Campus de Justiça para um terreno em Campolide. Na altura, as razões desta mudança estariam relacionadas com a falta de segurança dos magistrados, oficiais de justiça e testemunhas nos processos de crimes mais graves (como tráfico de droga ou violência entre gangues), mas também devido à falta de espaço das salas de audiência.

Atualmente, à data de outubro de 2017, o encargo anual de rendas do Ministério da Justiça é de 37,3 milhões de euros, correspondente a 333 instalações. Em outubro do ano anterior, esse mesmo encargo era de 38,4 milhões de euros, correspondentes a 343 contratos. No decorrer de 2017 rescindiram-se quatro contratos de arrendamento, o que proporcionou uma poupança atualizada de 88 mil euros.

Francisca Van Dunem vai amanhã vai ao Parlamento discutir na especialidade o OE para a Justiça, às 15h00.

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Lifeina já é a preferida. Conheça as três finalistas do Pitch

Três startups foram selecionadas entre as 200 que concorriam ao título de "melhor startup do Web Summit". Veja o último confronto entre as finalistas, no qual Lifein se tornou a favorita do público.

Já são só três as startups na corrida para o título da “melhor do Web Summit 2017” — nenhuma portuguesa, com a última das 14 representantes a ficar pelas semi-finais. Os finalistas tiveram esta manhã a última hipótese de convencer o júri e o público, que também vota. Lifein é a preferida da audiência, com 52% dos votos logo após a saída do palco. O vencedor vai ser anunciado por Paddy Cosgrave, o CEO da Web Summit, às 16h25 deste último dia do evento.

Começaram por ser 200 startups de mais 80 países. Dessas, somente a Lifein, Watr e Jauntin’ conseguiram um lugar na final. Esta manhã confrontaram o júri e o público com os últimos argumentos. Sim, porque a decisão do público vai pesar 25% nos resultados. Para já, foi a Lifein a conquistar a maioria: 52% dos que já votaram através da aplicação. Segue-se a Watr com 30% dos votantes e a Jauntin fica para já em último, com uma percentagem de 17%. A vencedora ganha um prémio de 50.000 euros. Conheça os argumentos das três.

Jauntin

Jauntin foi a primeira a pisar o palco. O fundador resumiu a relevância do seu produto em duas frases: “Porque é que é tão difícil ter um seguro? Não era bom ter seguros tão rapidamente como se obtém um Uber?”. Seguiram-se várias imagens dos extensos formulários a preencher por quem quer um seguro, rapidamente substituídas pela imagem de um telemóvel.

Não era bom ter seguros tão rapidamente como se obtém um Uber?

Fundador da Jauntin'

Esta startup é parceira da AIG, a maior seguradora dos EUA, para que se possa tratar de tudo… a partir do telemóvel. “Quando vai de viagem pode ligar o seguro de viagem e desligá-lo quando volta”, explicou. A startup já obteve um milhão de dólares em receitas… sem qualquer financiamento. Ao júri, garantiu ter um preço competitivo: “Não vai custar mais nada a ninguém”.

O fundador da Jauntin enquanto respondia às questões finais do júri.

Watr

A Watr abriu a pitch com uma estatística para impressionar: “29 pessoas vão morrer de doenças relacionadas com água enquanto faço esta apresentação”. Monitr é o aparelho que a startup criou para avaliar a qualidade da água. Oxigénio e pH, são só algumas das variáveis avaliadas e a transmite em direto para a aplicação. Pode ser mantida à superfície ou mesmo debaixo de água — depende de onde se quer retirar os dados.

29 pessoas vão morrer de doenças relacionadas com água enquanto faço esta apresentação.

Fundador da Watr

Este produto pode interessar a viveiros de peixes, à indústria da água e aos consumidores. Dos 100 contactos que fizeram na indústria, 86 ficaram interessados, garantiu o fundador. O risco dos resultados serem manipulados não assusta a startup. “Debaixo de água as pessoas não acedem, cá fora, temos o sensor de GPS a controlar”, afirma.

Glyn Cotton, o fundador da Watr, durante a pitch final

Lifein

O velho ditado “os últimos são sempre os primeiros” confirmou-se nesta Pitch. A última startup a apresentar, a Lifein, foi a que saiu vitoriosa aos olhos do público — embora as votações ainda estejam a decorrer.

“Não é só um frigorífico. É uma ferramenta para o coração e liberdade.

Lifein

“As pessoas com doenças têm que tomar a medicação mas têm muitas vezes vergonha. Acabam por ser uma grande despesa para os Governos”, diz o fundador da startup. Lifeinthebox é o “frigorífico mais pequeno do mundo” que não conserva a medicação como também relembra o paciente de a tomar. “Não é só um frigorifico. É uma ferramenta para o coração e liberdade”, conclui.

Em resposta às questões do júri, o fundador da Lifein assegurou que o produto “não é considerado um utensílio médico”, afastando assim os receios de que haja complicações em termos de regulação. Quanto a serem copiados, a startup explica que “temos tecnologia difícil de copiar”.

As três startups tiveram que convencer o painel de quatro jurados. Estiveram sob o escrutínio dos investidores Tom Hulme, da Google Ventures, Daniela Markotten, CEO da Daimler Fleetboard e Lydia Jett, do Softbank Vision Fund. A avaliar esteve também Casey Lau, o co-anfitrião do Rise, uma conferência organizada pelo Web Summit na Ásia. É também fundador do StartupsHK, uma comunidade de startups em Hong Kong.

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Vai poder assinar contratos de água e luz sem sair de casa

A partir de janeiro, a Chave Móvel Digital permitirá que assine contratos de luz, água e gás sem ter de se deslocar aos respetivos serviços. A novidade foi apresentada esta quinta-feira pelo Governo.

A Chave Móvel Digital vai permitir que os cidadãos façam a sua autenticação nos serviços públicos. Entre as ferramentas está a possibilidade de assinar contratos de água, luz e gás através da internet, a partir de janeiro, revelou o Governo esta quinta-feira. Além disso, vai ser possível com este único código entregar a declaração de IRS, renovar a carta de condução ou marcar uma consulta médica no Serviço Nacional de Saúde.

A secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, revelou esta quinta-feira que já estão autenticados 60 mil utilizadores com a Chave Única Digital, mas a perspetiva é que no final do mandato a ferramenta conte com um milhão de portugueses. Para lá chegar, o Governo está a reforçar as funcionalidades do serviço: “A partir de janeiro, poder-se-á também assinar com a Chave Móvel Digital”, revelou Graça Fonseca.

“Com um único código, é agora possível entregar a declaração de IRS, renovar a carta de condução ou marcar uma consulta médica no Serviço Nacional de Saúde”, acrescentou a secretária de Estado, exemplificando esta “desmaterialização das entidades públicas e privadas”. Outra das novidades é que será possível os profissionais assinarem com a Chave Única Digital, uma possibilidade importante para “os médicos passarem receitas eletrónicas ou sócios-gerentes realizarem atos próprios das suas empresas online”.

A ativação da ferramenta é feita através de um Espaço do Cidadão ou uma Loja do Cidadão. “Em seguida, os cidadãos recebem um código-chave de segurança no seu telemóvel, que lhes permitirá completar o processo de ativação da Chave Móvel Digital, autenticando a sua entrada nos portais dos vários serviços públicos”, explica o Executivo.

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Governo lança serviço “matrícula na hora”

  • ECO
  • 9 Novembro 2017

Esta medida do Governo, no âmbito do do Simplex + 2017, tem como objetivo simplificar o processo de atribuição de matrícula ao não ter de se deslocar a várias entidades.

Vai comprar um carro? Agora é mais fácil e rápido pedir uma matrícula. O Governo aprovou a criação do serviço “matrícula na hora”, através do qual procura simplificar o processo de atribuição de matrículas, sem obrigar à deslocação a várias entidades públicas.

“Através do presente decreto-lei cria-se o serviço ‘matrícula na hora’, através do qual se pretende simplificar o processo de atribuição de matrícula aos veículos correspondentes a modelos com homologação europeia, com vantagem para o cidadão”, decidiu o Executivo de António Costa, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, no âmbito do Simplex + 2017.

"Através do presente decreto-lei cria-se o serviço “Matrícula na hora”, através do qual se pretende simplificar o processo de atribuição de matrícula aos veículos correspondentes a modelos com homologação europeia, com vantagem para o cidadão.”

Conselho de Ministros

Com esta alteração ao regulamento, “estabelece-se a possibilidade de obtenção imediata da matrícula e do Certificado de Matrícula de um veículo, evitando assim a deslocação a diversas entidades públicas distintas”.

Antes, segundo o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, era necessário iniciar o processo de atribuição de matrícula junto dos Serviços Regionais e Distritais do IMT. De seguida, regularizar a situação do veículo junto da Alfândega. E, só depois, obteria o certificado de matrícula após registo da propriedade numa conservatória.

Esta diretiva, diz o Governo, vem harmonizar a nível europeu a “possibilidade de suspender a autorização de utilização de um veículo durante um período determinado, nos casos em que a sua circulação na via pública possa constituir um risco”. Para além disso, define um “conjunto de requisitos a cumprir no registo nacional de matrículas, designadamente a inclusão não só das características dos veículos, mas também das inspeções realizadas”.

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Pinto da Costa e Antero Henrique absolvidos na “Operação Fénix”

  • Lusa
  • 9 Novembro 2017

O Tribunal de Guimarães absolveu o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o ex-vice-presidente do mesmo clube Antero Henrique dos crimes que lhes eram imputados na “Operação Fénix”.

O Tribunal de Guimarães absolveu esta quinta-feira o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o ex-vice-presidente do mesmo clube Antero Henrique dos crimes que lhes eram imputados na “Operação Fénix”.

Pinto da Costa e Antero Henrique estavam pronunciados, respetivamente, por sete e seis crimes de exercício ilícito da atividade de segurança privada. Em causa, segundo o despacho de pronúncia, estava o facto de terem contratado ou beneficiado de segurança pessoal por parte da SPDE, quando saberiam que a empresa não poderia prestar aquele tipo de serviço.

Nas alegações finais, o procurador do Ministério Público já tinha pedido a absolvição de ambos.

Com 54 arguidos, a “Operação Fénix” está relacionada com a alegada utilização ilegal de seguranças privados, tendo como epicentro a empresa SPDE, também arguida no processo.

Os operacionais da SPDE fariam serviços de segurança pessoal, sem que a empresa dispusesse do alvará necessário para o efeito.

Os arguidos responderam por crimes de associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico e mediação de armas, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.

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Constituição de empresas em Portugal sobe 8,6% até outubro

  • Lusa
  • 9 Novembro 2017

Barómetro da D&B Informa mostra que desde maio que o número de constituições de empresas vem a aumentar. Serviços, alojamento e restauração são os setores onde surgem mais empresas.

A consultora Informa D&B anunciou esta quinta-feira que a constituição de empresas subiu 8,6% até outubro, face a igual período do ano anterior, fixando-se em 34.292 novos negócios.

“Depois de um início de ano instável, desde maio que o número de constituições tem vindo a crescer”, refere o ‘Barómetro Informa D&B’ hoje divulgado.

O setor dos serviços, com 11.155 nascimentos e o de alojamento e restauração, com 4.244 foram onde se verificaram um maior número de constituições.

À semelhança de 2016, o distrito de Lisboa mantém a liderança no crescimento das constituições de empresas e outras organizações (14,8%), com os distritos de Setúbal (18,6%) e Faro (19,0%) também a apresentaram um crescimento acentuado.

O distrito do Porto, segundo maior distrito em empresas, inverte a tendência decrescente de 2016, subindo já de forma mais significativa (3,9%).

Já o número de encerramentos, registados entre janeiro e outubro, recuou 3,3%, face ao mesmo período de 2016, apresentando “uma redução consistente desde abril”.

Nas novas insolvências, sinaliza, o ciclo de descida iniciado em 2013 manteve-se nos primeiros 10 meses de 2017 sendo generalizado aos vários setores e regiões do país.

A percentagem de empresas que cumpre os prazos de pagamento acordados (15,9%) registou a maior redução dos últimos dois anos e meio, acrescenta.

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Sombra do urso assusta Wall Street e ações mundiais

Investidores americanos continuam atentos à novela em torno da reforma dos impostos que Trump pretende implementar nos EUA. Wall Street cede e analistas temem regresso do urso.

Na ausência de grandes catalisadores que impulsionem as ações, Wall Street abriu esta quinta-feira em terreno negativo, com os investidores ainda a avaliar todo o enquadramento em torno da reforma fiscal apresentada na semana passada pelos republicanos. Esta sexta-feira é o Dia do Veterano e os mercados obrigacionistas americanos vão estar encerrados.

No mercado acionista, o índice de referência mundial S&P 500 cai 0,5% para 2.581,65 pontos — desde a eleição de Donald Trump há um ano que este índice avança mais de 20%. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones cedem 0,43% e 0,71%, respetivamente.

“Com o aumento dos receios em relação a possível adiamentos na reforma fiscal nos EUA, os ursos podem ser uma presença indesejada no mercado acionista, e consequentemente a expor as ações em todo o mundo a riscos de descida”, referiu Lukman Otunuga, analista da FXTM.

"Com o aumento dos receios em relação a possível adiamentos na reforma fiscal nos EUA, os ursos podem ser uma presença indesejada no mercado acionista, e consequentemente a expor as ações em todo o mundo a riscos de descida.”

Lukman Otunuga

Analista da FXTM

“Os investidores devem também manter em atenção as tensões geopolíticas e o risco político, podem desencadear movimento de aversão ao risco”, acrescenta Lukman Otunuga.

No plano macroeconómico, os dados também não ajudam. De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, o número de norte-americanos que pediram apoio social devido a situação de desemprego aumentou mais do que o esperado na última semana: os pedidos iniciais subiram em dez mil para um total de 239 mil pedidos.

Na Europa, o Cac-40 de Paris e o Dax-30 de Frankfurt cedem mais de 1% e lideram as quedas. O PSI-20, o principal índice português, está ligeiramente abaixo da linha de água, com uma queda de 0,01% para 5.329,91 pontos.

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OCDE: Indicador para a economia nacional em máximos de três anos e meio

O indicador avançado da OCDE aponta para uma continuação do crescimento económico em Portugal. O índice compósito acelerou e atingiu o mesmo nível de abril de 2014.

O indicador avançado da OCDE para Portugal continua acima dos 100 pontos, mostrando que a economia vai manter-se em crescimento nos próximos seis a nove meses. Desde fevereiro que este indicador tem recuperado, tendo ultrapassado o limiar dos 100 pontos em maio, após vários meses de abrandamento. Agora o indicador aponta para uma aceleração da economia portuguesa.

É preciso recuar a abril de 2014 para que o índice compósito da OCDE relativo a Portugal, divulgado esta quinta-feira pela organização, tivesse uma pontuação tão boa. O indicador avançado fixou-se nos 101,21 em setembro, face aos 101,09 registados em agosto.

O crescimento em cadeia — de um mês para o outro — registado em setembro foi de 0,13%. Já a variação homóloga foi mais expressiva: 1,56%.

O cálculo da OCDE para o indicador avançado conjuga vários indicadores económicos, os mesmo usados para calcular o ciclo económico. Contudo, no indicador avançado, a OCDE antecipa qual vai ser o comportamento da economia daqui a seis meses, prevendo tendências. No caso de Portugal, os dados de setembro mostram que a tendência será de aceleração da economia, pelo menos até ao segundo trimestre de 2018.

Para o próximo ano, o Governo está a prever uma desaceleração da economia dos 2,6%, em 2017, para os 2,2%, em 2018. O crescimento económico deste ano tem superado as expectativas: no primeiro semestre o PIB cresceu 2,9% com sucessivas revisões em alta do INE. Na próxima semana, o Instituto Nacional de Estatística vai revelar a estimativa rápida relativa à evolução da economia no terceiro trimestre.

O indicador avançado da OCDE aponta ainda para um crescimento estável nos EUA, Japão, Canadá, zona euro e França. A ganhar aceleração está a economia italiana e a alemã. Por outro lado, o Reino Unido tem agora uma perspetiva menos positiva quanto à evolução da economia num futuro próximo.

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Teodora Cardoso: É preciso “grande prudência” com o turismo

  • Marta Santos Silva e Lusa
  • 9 Novembro 2017

Teodora Cardoso mostrou-se preocupada com o turismo, que é uma das grandes fontes de receita do país mas é uma das mais voláteis, para além de estar a gerar um aumento dos preços do imobiliário.

Teodora Cardoso pediu ao Governo que esteja atento ao turismo, que requer “grande prudência” não só por ser “um dos componentes mais voláteis da procura externa” mas especialmente por estar a levar a um aumento dos preços do imobiliário, que historicamente provocou, em parte, a crise de 2011.

A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) foi ouvida no Parlamento pela Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito da apreciação da proposta de Orçamento de Estado para 2018. No seu relatório, publicado esta terça-feira, o CFP alerta principalmente para o facto de que o Orçamento do Estado parece estar muito dependente de uma conjuntura externa favorável que o Governo não consegue controlar, e que por isso pode não ser sustentável.

No Parlamento, Teodora Cardoso destacou o caso específico do turismo. “Temos uma vulnerabilidade para já que tem a ver com o grande aumento a que temos estado a assistir no turismo. É uma das componentes mais voláteis da procura externa”, referiu.

E não é esse o único problema: “Por outro lado, o turismo tem estado a produzir um efeito que tem de ser tido em conta com grande prudência, que é o aumento dos preços do imobiliário, que como sabemos foi um dos motivos da grande crise de 2011”.

Os deputados da direita presentes na audição também aproveitaram para assinalar aquilo que consideram ser uma dependência de fatores externos. Duarte Pacheco, do PSD, disse que a proposta do Governo dependia demasiadamente do ciclo económico externo.

“Do lado da despesa temos despesa rígida a ser criada para o futuro, do lado da receita, é dependente do ciclo económico”, afirmou. O deputado quis ainda saber se havia números colocados na proposta apenas para atingir um determinado valor final: “Mais de 900 milhões de euros vêm de vendas que não estão explicitadas e não se sabe o que é”, afirmou. “Podemos perguntar se o número não foi lá colocado” propositadamente para atingir uma meta pretendida, continuou.

Receita fiscal com alojamento local quase duplicou 2 anos

A secretária de Estado do Turismo revelou hoje que a receita fiscal obtida com o alojamento local quase duplicou em pouco mais de um ano, passando de 69 milhões em 2015 para 123 milhões de euros em 2017. “Este aumento resultou de uma entrada na economia formal de um conjunto de unidades que não estavam registadas e, como tal, fora do mercado”, disse à agência Lusa a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, à margem da conferência Um alerta para a fraude online na indústria do turismo, que decorre em Faro.

De acordo com a governante, as campanhas de integração destes alojamentos na economia formal “têm tido resultados muito positivos, nomeadamente “através de uma nova regra que obriga ao registo das plataformas de reservas online”. Segundo a governante, a obrigatoriedade do registo do alojamento local, resultou numa quase duplicação da receita fiscal, passando dos cerca de 69 milhões de euros em 2015 para os 123 milhões este ano, “o que faz com que estes alojamentos estejam a contribuir, como todos, para a economia formal.”

Na opinião de Ana Mendes Godinho, a legalização dos alojamentos, que funcionavam “muitos deles, na clandestinidade”, é também uma forma de promover ofertas regulares e combater a fraude com o aluguer de equipamentos na internet. “O que neste momento Portugal está a dizer é que tudo aquilo que está registado é alojamento fidedigno. É um passo importante para a segurança, porque dá uma garantia dos alojamentos que existem e é uma forma de dizer que, também aí, somos um destino seguro”, concluiu a governante.

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Gates, Bezos e Buffett concentram a mesma riqueza que metade da população dos EUA

  • ECO
  • 9 Novembro 2017

Josh Hoxie, um dos co-autores do relatório Billionaire Bonanza, afirma que "tão pouco dinheiro concentrado em tão poucas mãos (...) não é uma má economia, é uma crise moral".

Os três mais ricos dos Estados Unidos — Bill Gates, Jeff Bezos e Warren Buffett — são tão ricos quanto a metade mais pobre da população do país. A fortuna combinada ascende aos 248,5 mil milhões de dólares, a mesma quantia quando somada a riqueza dos 160 milhões de norte-americanos mais pobres. O Institute for Policy Studies fala de uma “crise moral”, avança o The Guardian esta quinta-feira.

Segundo o relatório Billionaire Bonanza, o instituto norte-americano alerta para um crescimento das desigualdades sociais, apontando para as recentes medidas tomadas pela Administração de Donald Trump, nomeadamente o corte de impostos sobre os rendimentos mais elevados, que atribuem 80% dos benefícios fiscais para 1% dos agregados familiares mais ricos. “Agora é altura de agir na redução da desigualdade, e não nos cortes dos impostos para os muito ricos”, afirma Chuck Collins, co-autor do documento.

Collins avançou mais comparações. Segundo o mesmo relatório, as 400 pessoas mais ricas na tabela publicada pela revista Forbes têm uma riqueza superior ao PIB do Reino Unido, mais do que o rendimento dos 64% da população mais pobres dos Estados Unidos, correspondente a cerca de 204 milhões de pessoas. “São mais pessoas que a população do Canadá e do México juntos”, acrescenta.

Os autores referem ainda o ressurgimento de um movimento de “anti-desigualdade”, à semelhança do que se passou no país há cem anos. Nos Estados Unidos, um em cada cinco lares vive naquilo a que o relatório identifica de uma “nação debaixo de água”, com riqueza a nível zero ou abaixo.

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Web Summit: Os caminhos de 100 países vêm dar a Lisboa

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Novembro 2017

São mais de duas mil as startups que estão a expor o seu trabalho na Feira Internacional de Lisboa. Que nacionalidades têm? Há países campeões, mas não há quem bata Portugal.

A pergunta com que damos início a esta peça é facilmente respondida se já tiver passado pelos arredores da Feira Internacional de Lisboa nos últimos dias. Do inglês ao francês, passando pelo mandarim e pelo espanhol, é mais difícil encontrar por estes dias alguém a falar português do que qualquer outro idioma.

São milhares de pessoas que encheram voos e comboios, que fizeram quilómetros e quilómetros para estarem presentes nos quatro dias de evento. Paddy Cosgrave partilhou na sua conta oficial de Twitter uma curiosidade: num voo, houve alguém que perguntou quantas pessoas iam para o Web Summit. A resposta é a que pode ver abaixo.

Ao ser a maior feira de empreendedorismo e tecnologia do mundo, o Web Summit é também o ponto de encontro de meio mundo, no qual milhares de startups aproveitam a oportunidade de estar no centro do mapa para se mostrarem, para angariarem investimento ou simplesmente fazer networking. Segundo dados da organização, são 2.055 as empresas com menos de cinco anos a estarem presentes. Mas de onde vêm?

Mais de 90 países presentes no Web Summit

Para além de Portugal, são 96 os países presentes nos quatro pavilhões da FIL.Ana Raquel Moreira/ECO

Na sessão inaugural da edição deste ano, António Costa perguntava à audiência quem tinha vindo dos vários continentes.: “Quem veio da América? Quem veio da Ásia? Quem veio da Europa?” As respostas foram vigorosas e demonstram a imagem ilustrada acima. Para além das portuguesas, a FIL acolhe por estes dias startups de 96 nacionalidades, vindas de quase todos os continentes.

Da Etiópia à Austrália, do Peru à Rússia, todos estes países estão representados no Web Summit por, pelo menos, uma startup. Ainda assim, há alguns países campeões que têm pelo menos uma centena de startups em exposição. É o caso do Reino Unido, dos Estados Unidos, de França e da Alemanha.

Top 10 de países no Web Summit

O Reino Unido é o campeão das presenças, seguindo-se os EUA e França.Ana Raquel Moreira/ECO

São 191 as startups britânicas a passar pela FIL esta semana, juntando-se 187 norte-americanas, 141 francesas e 111 alemãs. O top 10 é ainda ocupado pela Espanha (93 startups), pela Itália (74 startups), pelo Brasil (71 startups), pelos Países Baixos (67 startups), pela Suíça (55 startups) e pela Bélgica (49 startups).

E tal como António Costa mostrou o seu momento rockstar na abertura do Web Summit, Portugal é o país com mais presenças no evento. Quando perguntou “quem veio de Portugal” uma onda de entusiasmo encheu o Altice Arena, enquanto a FIL é ocupada por 285 startups que estão a jogar em casa.

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