O dia que amargou o ano “saboroso” de António Costa

O primeiro-ministro teve de lidar com o melhor e o pior do seu mandato em 2017. Num ano positivo para a economia, os incêndios fizeram mais de 100 vítimas e o Governo sofreu sucessivas alterações.

Pedrógão Grande. 17 de junho, o dia mais quente do ano. Em 50 minutos, 62 pessoas perderam a vida. Quatro meses depois, morreram mais 45 pessoas levadas pelo fogo, a 15 de outubro — o pior dia do ano em termos de incêndios. A sequência de eventos castigou o Executivo e as próprias funções do Estado ficaram em causa. 2017 foi um ano bipolar para o líder do Governo: ao mesmo tempo que foi um “ano saboroso” na frente económica, as tragédias deixaram o país em choque.

O primeiro-ministro, António Costa (C) durante a visita às obras de reconstrução e reabilitação de habitações, e das empresas afetadas pelos incêndios, em Pedrógão Grande, 11 de agosto de 2017. PAULO NOVAIS/LUSAPAULO NOVAIS/LUSA 11 Agosto, 2017

O ano começa e termina com duas vitórias de Costa na frente internacional: Guterres inicia o mandato na ONU, Centeno vence as eleições do Eurogrupo. Na frente interna, ‘geringonça’ é eleita a palavra do ano, refletindo a solidez do acordo à esquerda alfinetado apenas em momentos-chave — as autárquicas com a derrota do PCP, o chumbo da taxa das renováveis com o desagrado do BE e o Caso Almaraz com Os Verdes. Nada que belisque a aprovação do Orçamento do Estado para 2018 ou o chumbo de uma moção de censura.

O início do ano começa com um problema provocado pelo PSD: a diminuição da TSU para compensar a subida do salário mínimo foi chumbada, mas o caso resolveu-se rapidamente com mudanças no pagamento por conta. Mesmo em março, quando o ministro das Finanças põe o seu lugar à disposição por causa do Caso Domingues, o Executivo não abalou, Centeno continuou e tornou-se o cavalo de Troia do Governo — a economia portuguesa surpreende e cresce 3% no primeiro semestre. Só mais tarde é que António Costa é forçado a fazer mudanças no Governo com o eclodir do Galpgate, os incêndios e o Caso Raríssimas.

Os novos secretários de estado do XXI Governo Constitucional durante a cerimónia de tomada de posse no Palácio de Belém, em Lisboa, 14 de julho de 2017.JOÃO RELVAS/LUSA

Em maio, a Comissão Europeia recomenda a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), uma das primeiras vitórias do ano. Na banca, Costa respira de alívio em março com a aprovação da recapitalização da CGD e em julho com a aprovação da venda do Novo Banco à Lone Star. Os reembolsos ao FMI são autorizados pelo Ecofin e começa a estratégia de pagar antecipadamente e substituir por dívida mais barata à medida que as agências de notação financeira foram melhorando o rating de Portugal — primeiro a S&P, depois a Fitch.

Ainda em junho, o Governo recua na decisão de candidatar Lisboa à Agência Europeia do Medicamento, uma polémica que culminou na presumível ida do Infarmed para o Porto. Na área da defesa, o roubo de Tancos causa instabilidade no Governo devido às declarações do ministro da Defesa. Em novembro mais um caso onde é apontado o dedo à “falência do Estado” com o caso de legionella que matou seis pessoais.

Mas nada fará esquecer junho e outubro, os meses horribilis de António Costa. O número recorde de mortos, as centenas de edifícios destruídos, empresas afetadas e milhões de prejuízos fizeram de 2017 o pior ano de incêndios que há memória em Portugal. O Parlamento apressou-se a discutir uma reforma florestal, mas o PCP impediu que a geringonça funcionasse. Criou-se a comissão técnica independente e parte da ação ficou em standby até haver conclusões. Quatro meses depois, volta a acontecer.

O primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, com Carlos César, presidente do PS, e Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do PS.Paula Nunes / ECO

No mesmo mês que vence as eleições autárquicas por uma larga margem, Costa é pressionado com o discurso mais duro da legislatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Além disso, é alvo da primeira moção de censura ao Executivo. A ministra da Administração Interna sai, depois de meses de críticas. O Governo reúne de emergência num Conselho de Ministros ao fim de semana, são anunciadas medidas e milhões para as zonas afetadas e para as indemnizações. Costa cria uma unidade de missão, que fica sob a sua alçada.

O Orçamento do Estado para 2018 é aprovado na Assembleia da República e promulgado pelo Presidente da República, apesar dos avisos. A geringonça caminha para a segunda parte da legislatura, “a mais desafiante” fase da solução que Costa criou, na opinião de vários analistas. O ano agridoce passou.

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Quanto custa a mesa da consoada? 22 euros em casa, 160 num hotel

  • ECO
  • 24 Dezembro 2017

Qual a melhor opção para a consoada: fazer o jantar em casa, ir para um hotel ou contratar um serviço de catering? O ECO fez as contas e revela ao detalhe as opções que andam por aí.

Era a noite antes do Natal. Nenhuma criatura se mexia, nem mesmo um ratinho. As meias estavam penduradas na chaminé… O cenário do clássico poema de Clement Clarke Moore pode parecer-lhe utópico, mas o relaxamento total na noite da véspera do Natal é possível. É que, se há quem preferia plantar a mesa da consoada no meio do barulho e da confusão familiar, também há quem escolha passar essa ocasião festiva num hotel ou, em alternativa, deixar nas mãos dos profissionais a confeção do jantar mais mágico do ano, mesmo sem ter de sair de casa. Passar a noite da consoada num hotel, contratar um serviço de catering ou fazer o jantar em casa? O ECO fez as contas e revela todos os detalhes das opções disponíveis.

O que não pode faltar na mesa da consoada? Bacalhau, batatas, couves, azeite, bolo-rei e rabanadas.Pixabay

A decisão é, claro, sua e da sua carteira. Em média (comparando os preços de uma modesta mesa de consoada em quatro grandes supermercados), jantar em casa custa 22€. Visitar um hotel, por outro lado, pode roçar os 160€ por pessoa — mas também há opções mais amigas da carteira. Neste universo de opções, desfrutar de comida já feita, no conforto do seu próprio lar, é uma escolha com uma boa relação custo-benefício. Nesse caso, o custo de uma refeição para seis pessoas fica em torno de 50€.

Para que conheça todas as oportunidades que andam por aí, o ECO reuniu os preços de uma consoada comprada em quatro grandes supermercados e cinco outras opções que o podem colocar fora da cas(c)a.

Ficar em casa não significa abdicar do luxo, na véspera do Natal.Pixabay

Ficamos?

Só em dezembro, a Associação dos Industriais do Bacalhau prevê que sejam consumidos um milhão de quilos deste peixe. Historicamente, o mês do Natal é responsável por um terço das vendas anuais, mas este ano os portugueses vão ter de pagar mais pelo alimento rei da mesa da consoada. O preço médio por quilo aumentou quase 5% face a 2016, fixando-se em 8,07 euros por quilo. Com esse aumento, quanto custa fazer o jantar do dia 24 em casa? Uma consoada constituída por um quilo de bacalhau, uma garrafa de azeite (de 750 ml), um quilo de batatas, uma lata de grão (de 400g) e um bolo-rei fica, em 2017, a quase 22€, de acordo com uma comparação em quatro grandes supermercados.

Se está interessado em saber onde sai mais em conta comprar os alimentos para a véspera do Natal, explore a lista que o ECO apresenta abaixo… e mantenha os olhos abertos para as pequenas extravagâncias que só pode encontrar em certos estabelecimentos.

Este ano, comprar os alimentos acima referidos para a consoada custa pouco mais de 31€, no El Corte Inglés. O artigo que mais lhe magoa a carteira é o bolo-rei que, na versão mais barata disponibilizada por este supermercado, fica por pouco menos de 18€. Já o bacalhau mais em conta ronda os oito euros por quilo.

Se quiser ser mais ousado e abrir os cordões à bolsa, pode facilmente fazer esse orçamento dobrar, triplicar, quadruplicar… No folheto do estabelecimento em causa, por exemplo, sugerem-se queijos de ovelha (cujos preços rondam os 17 euros), presuntos ibéricos (que variam entre os 65 e os 324€/Kg) e bombons sortidos belgas, que podem chegar aos 16€. Para brindar nessa noite mágica e porque ficar em casa não significa abdicar do luxo, pode ser extravagante com um Porto Dow’s 20 anos, que custa 32,50€. Além disso, ao ECO o El Corte Inglés deixou a recomendação: “Nesta altura do ano vendemos diversos tipos de champanhes — entre os quais o Champanhe Moët & Chandon (39,90€) e o Champanhe Deutz (39,90€) — e também vendemos lagosta do Atlântico (48,90€/ Kg)”.

Com pouco mais de 17€, pode preparar uma consoada modesta, este Natal, se for ao Jumbo. Neste supermercado, o artigo que sai mais caro é o bacalhau (a 6,73€ por quilo, na versão mais barata), seguido pelo bolo-rei (cujo preço ronda os seis euros).

Para os fãs do mínimo trabalho possível, este supermercado disponibiliza também opções de takeaway como o peru recheado com porco, paté de vinho do Porto e salsa (cujo preço ronda os nove euros por quilo) ou a vitela com pimento, queijo de cabra e noz (que custa 8,85€ por quilo). Ao ECO, fonte do Jumbo explicou também que o estabelecimento oferece alguns artigos especiais, nesta altura do ano : “podemos destacar entre muito outros, a ​lagosta ​viva ​nacional, o caranguejo real e o caviar​, os quais são sem dúvidas diferenciadores para esta quadra”.

Uma nota de vinte euros e algumas moedas devem ser suficientes para cobrir os custos da mesa de consoada que o ECO usou como termo comparativo, no Continente. Neste estabelecimento, o quilo de bacalhau chega aos nove euros e a sobremesa que abrilhanta todas as vésperas de Natal, o bolo-rei, ronda os sete euros.

No folheto da cadeia de supermercados detida pela Sonae, sugere-se ainda que a consoada seja regada com vinho entre os dois e os quatro euros e arrematada com trufas e doces que rondam os quatro euros. Além disso, ao ECO, uma representante do Continente adiantou que o estabelecimento oferece diversas opções de takeaway natalício, como o perú assado (por 9,99€ por quilo) e o polvo à lagareiro (por 17,99€ por quilo).

Este Natal, no Pingo Doce, a mesa escolhida pelo ECO custa 18,95€. Neste supermercado, o artigo que mais pesa no orçamento é novamente o bacalhau, cujo preço ronda os 7,99€ por quilo. Já o bolo-rei custa 6,99€. Ao ECO, o estabelecimento fez, no entanto, questão de enfatizar que, mesmo nas gamas de produtos mais acessíveis, privilegia a relação qualidade-preço, ao invés de simplesmente cortar proporcionalmente os preços e qualidade dos artigos que disponibiliza. “[O azeite], por exemplo, é produzido com azeitonas 100% portuguesas”, revela o supermercado.

Pingo Doce diz privilegiar a melhor relação qualidade-preço.Pingo Doce

Além dos alimentos que podem servir de matéria-prima para o jantar da véspera de Natal, o Pingo Doce oferece, nesta ocasião, diversas opções de takeaway. Por exemplo, uma consoada para três ou quatro pessoas composta por caldo de frango, lombo de bacalhau com crumble de pimento e batata assada, e sericaia como sobremesa fica a pouco menos de 33€.

Há também quem decida passar a consoada fora do conforto do lar.Pixabay

Vamos?

Para quem quer “alta qualidade sem muito trabalho”, passar a véspera do Natal fora de casa ou deixar o jantar nas mãos de profissionais é uma excelente opção. A opinião foi avançada ao ECO pelo serviço de catering The Love Food e confirmada pelo luxuoso Ritz Four Seasons Lisboa. Os preços, esses, variam e servem todos os tipos de carteira. Há jantares para seis pessoas a pouco menos de 50€ e refeições individuais que quase tocam nos 200€… Tudo por uma noite mágica “em família, mas fora da rotina”, considera o Pestana Palace Lisboa.

No Ritz Four Seasons Lisboa, a consoada deste ano realiza-se no Restaurante Varanda. O menu natalício custa 160€ por pessoa e não inclui bebidas. As crianças até aos 5 anos comem de graça e aquelas que têm entre os seis e os 12 anos só pagam metade. “O chef executivo Pascal Meynard confecionará bacalhau, que este ano será confitado. A entrada é um carabineiro grelhado“, adianta ao ECO fonte do hotel.

Este é o 58º ano em que o Ritz Four Seasons Lisboa oferece este jantar especial e mais uma vez cumpriu-se a tradição: os 80 lugares sentados já estão todos esgotados. Além da consoada, está também disponível almoço e jantar no dia 25 de dezembro, festa de Ano Novo e almoço e jantar no primeiro dia de 2018.

Segundo o hotel, a maioria dos clientes são internacionais, mas há também quem “não queira a pressão de fazer os preparativos em casa”, quem “aproveite para tornar a consoada uma ocasião mais formal” ou até mesmo quem “não celebre o Natal, mas queira um jantar gastronómico”.

Há 17 anos que o Hotel Marquês de Pombal prepara um jantar especial para quem o visita na noite de 24 de dezembro. O menu deste ano custa 37,50€ por pessoa, incluindo café e água. As bebidas são pagas à parte. “Estamos praticamente esgotados”, explica fonte do hotel ao ECO.

De acordo com a unidade hoteleira, esta é uma “boa opção” para quem veio passar a época festiva a Lisboa e está a ter dificuldades em fazer reservas noutros restaurantes. “Conforto” é, por isso, a palavra-chave escolhida pelo Hotel Marquês de Pombal para descrever a experiência de passar a consoada na Avenida da Liberdade.

Desde 2001 que o Pestana Palace Lisboa também dá cartas no jantar mais mágico do ano. Em 2017, a consoada custa 98€ por pessoa, valor que não inclui as bebidas. As mesas já estão todas esgotadas, apurou o ECO.

Segundo o hotel, a confiança e excelência do produto levam os clientes a esta unidade. Entre visitantes portugueses e internacionais — o que “varia mediante o ano e a rapidez com que fazem as reservas” — o Pestana Palace Lisboa oferece uma alternativa luxuosa à consoada passada em casa. “Há cada vez mais pessoas que querem passar o Natal em família, mas sair da rotina”, sublinha o responsável do restaurante.

Quem, por outro lado, quiser ficar em casa mas recusar passar a noite na cozinha, pode deixar o jantar da véspera do Natal nas mãos de profissionais como os da TheLoveFood. O serviço de catering vegano oferece, este ano, um menu especial com duas opções: gratinado natalício de legumes da estação ou rolo de aveia recheado e acompanhado com batatas branca e doce, no forno. O jantar serve, no mínimo, seis pessoas e custa 45€.

Este é o terceiro ano em que o The Love Food disponibiliza este serviço e confirma que a reação tem sido a melhor. “É para quem quer alta qualidade sem ter muito trabalho. Para esses clientes, este é o serviço ideal”, conta a fundadora do projeto. Também não faltam sobremesas por onde escolher — do tradicional Bolo-Rei ao clássico Tronco de Natal — com preços entre os 16 e os 30€.

Especializado em receitas tradicionais, o Artesãos da Comida oferece um menu natalício com muitas opções e preços para que tenha uma consoada completa. Quem optar por ter o jantar de dia 24 de dezembro confecionado por este serviço de catering, terá à disposição entradas que variam entre os 6€ e os 6,60€ (por seis unidades), salgados cujos preços variam entre os 5,40€ e os 5,95€ (por seis unidades), tartes que custam entre 22,90€ e 33,10€ e pratos principais que variam entre os 4,60€ e os 12,50€.

No Artesãos da Comida, uma consoada para seis pessoas composta por uma entrada de almofadas filó com maçã, farinheira e amêndoa, bacalhau espiritual com crumble de amêndoas como prato principal e uma tarte de espinafres e ricota como acompanhamento custa-lhe pouco mais de 58€.

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No Natal, os anúncios são Reis: veja os 10 melhores

  • Rita Frade
  • 24 Dezembro 2017

Grandes marcas, como a Nos ou a John Lewis, apostam todos os seus trunfos na época natalícia. Conheça alguns dos melhores anúncios de Natal de 2017.

É fácil perceber que a época natalícia está à porta assim que começam a passar os primeiros anúncios de Natal na televisão. Grandes marcas, como a Nos ou a John Lewis, entram todos os anos numa espécie de competição para ver quem apresenta a melhor campanha de Natal. Conheça alguns dos melhores anúncios de 2017.

Aeroporto de Heathrow – Heathrow Bears Christmas TV Advert

O casal Doris e Edward Bair está de regresso aos ecrãs. O aeroporto de Heathrow, em Londres, decidiu dar continuidade à história dos dois ursos de peluche que, no ano passado, viajavam para se reunir com a sua família durante o Natal (“Coming Home for Christmas“). Este ano, sob o mote “fly to someone, not just somewhere this Christmas“, os seus criadores quiseram mostrar como se conheceram: Edward era passageiro e Doris assistente de bordo.

Apple – Sway

Este ano, os protagonistas do anúncio de Natal da Apple são, nada mais nada menos, do que o iPhone X e os AirPods. A multinacional da maçã continua, assim, a apostar na promoção dos seus produtos, mas desta vez ao som da música de Sam Smith, “Palace“.

A campanha conta a história de uma jovem que começa a dançar na rua, depois de pôr a música “Palace” a tocar no seu iPhone X. Acaba por entrar numa realidade alternativa, onde mais ninguém a vê, exceto um homem com quem se cruza. Ela entrega-lhe um dos seus AirPods e os dois começam a dançar. No final voltam à vida real e cada um segue o seu caminho.

John Lewis – Moz The Monster

Os anúncios da John Lewis são, talvez, dos mais aguardados do ano. Tal como em 2013, com “The Bear & The Hare“, e em 2014, com “Monty The Penguin“, a retalhista voltou a inspirar-se no conceito de amizade para criar a campanha de Natal deste ano.

Em 2017, o protagonista é Moz, um simpático monstro que surge por baixo da cama de um menino chamado Joe. Os dois passam as noites a brincar, tanto que Joe não consegue dormir e, por isso, durante o dia anda cansado. Moz decide ajudá-lo e oferecer-lhe um presente para que possa ter uma boa noite de sono.

Marks & Spencer (M&S) – Paddington & The Christmas Visitor

A Marks & Spencer (M&S) escolheu a personagem Paddington (do filme com o mesmo nome) para o seu anúncio de Natal. No vídeo, o famoso ursinho confunde um ladrão com o pai Natal. No final, acaba, sem saber, por salvar o dia e ensinar ao homem o verdadeiro significado do Natal.

Meo – Este Natal tenha tudo o que quer

A Meo voltou a escolher Cristiano Ronaldo para a sua campanha de Natal. Este ano, o jogador de futebol português tem como missão ajudar a concretizar os sonhos de várias pessoas. Para isso transforma-se nos presentes ideais de cada um, como por exemplo num super-herói, num basquetebolista ou até mesmo num chefe de cozinha.

O anúncio desenrola-se ao som de “You Got It” (versão adaptada), para reforçar a ideia de que é possível termos tudo aquilo que mais desejamos: “Este Natal tenha tudo o que quer“.

Mercedes-Benz – Todos os caminhos vão dar ao Natal

Este ano, a Mercedes-Benz quer mostrar aos seus clientes que, apesar de qualquer imprevisto que possa surgir, não há nada que possa impedir a continuação de uma viagem: “Todos os caminhos vão dar ao Natal“.

Para transmitir esta mensagem, a marca utilizou um cão da raça golden retriever que, de um momento para o outro, precisa de ir urgentemente à casa de banho, obrigando o Pai Natal a fazer uma travagem brusca. O cão acaba por regressar ao carro e a viagem continua. Neste anúncio, São Nicolau não usa um trenó, mas sim um Mercedes-Benz. As renas foram substituídas por carros da marca.

Nos – O Segredo de Natal

Acredita” é o lema de Natal deste ano da Nos. A operadora inspirou-se neste conceito para produzir vários anúncios: “O Segredo de Natal”, “A Surpresa” e “O Desejo“. O objetivo? Mostrar que, se se acreditar, a “magia do Natal” existe: “Sempre que dás mais de ti, a magia do Natal acontece“, diz a Nos no seu canal de YouTube.

As campanhas são sempre protagonizadas pelo mesmo menino que, certo dia, decide revelar o segredo mais bem guardado do mundo: o número de telefone do Pai Natal.

Penny – The Path

Por mais longo que o caminho possa parecer: é Natal” e, se quisermos, tudo pode passar. É esta a mensagem que a cadeia de supermercados Penny quer transmitir este Natal, porque nem para todos esta época é sinónimo de alegria.

No anúncio podemos ver uma mãe a percorrer um caminho com vários obstáculos, só para ir ao encontro da filha, com quem está chateada.

PRIO – Pai Natal à boleia da PRIO

A PRIO decidiu pôr os portugueses à prova para saber quantos deles davam boleia ao Pai Natal. A campanha “pretende ir ao encontro do sentimento de solidariedade vivido no Natal, canalizando-o para criar relação entre os clientes e potenciais clientes da PRIO num tom emocional e divertido”, lê-se no comunicado enviado pela gasolineira.

O Head of Digital da PRIO, Miguel Moreira, disse que “com esta ação simples e bem-disposta” quiseram “incentivar as pessoas a partilhar e a estarem disponíveis para ajudar o próximo… Porque Natal é isso e, quando o fazemos, coisas boas acontecem!

Vodafone – Natal Vodafone 2017

Este ano a Vodafone inspirou-se no bullying para criar a sua campanha de Natal. Os anúncios, divididos em quatro partes, pretendem mostrar que “o que temos de melhor vai inspirar o mundo” e também a capacidade que a tecnologia tem de nos unir. Esta mensagem é passada através da história de um rapaz que, por ter uma voz diferente, é alvo de troça.

A diretora de marca da Vodafone Portugal, Leonor Dias, diz numa nota à imprensa que “a Vodafone quer encorajar os seus clientes e a sociedade em geral a darem o melhor de si junto das suas redes de afeto, garantindo-lhes que conseguem tirar o maior partido das infinitas possibilidades que o futuro traz“.

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Dez temas para aquecer a consoada. De que lado da mesa fica?

  • ECO
  • 24 Dezembro 2017

Com a família reunida, são vários os temas que vão encher a mesa da consoada. Da economia à política, passando pela loucura com a bitcoin. E, claro, as táticas para ver o Benfica pentacampeão.

Foi um ano de altos e baixos, como tantos outros. Mas, neste final de ano, são vários os temas que prometem aquecer as conversas à mesa da consoada. Desde o vigor da economia nacional, a Mário Centeno no Eurogrupo, mas também à pressão sobre o Executivo com o caso Raríssimas, são vários os pratos quentes a servir. O ECO elegeu dez temas, que passam ainda pela Altice, a bitcoin e até o Benfica, apresentando-lhe os argumentos a favor e contra para cada um. Só tem de escolher o seu lado da mesa.

Crescimento da economia veio para ficar?

A economia portuguesa superou as expectativas e deverá fechar 2017 a crescer 2,6%. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego está a cair consistentemente, recuando para valores abaixo dos dois dígitos. As exportações continuam a crescer e o investimento já reanimou. Contudo, as importações também estão a subir a bom ritmo, o crédito ao consumo acelerou e Portugal conta com uma ajuda relevante da política acomodatícia do Banco Central Europeu (BCE).

A favor

  • O PIB deverá crescer 2,6% em 2017, significativamente acima dos 1,5% registados em 2016;
  • A taxa de desemprego deverá ficar em 9,2%, um número bem abaixo dos 11,1% verificados ainda em 2016;
  • O crescimento tem sido suportado pelo investimento e pelas exportações, que aceleraram face a 2016. As exportações devem fechar 2017 a crescer 8,3% e o investimento 7,7%.

Contra

  • Problemas de fundo da economia permanecem: o país está sobre-endividado, com o total do endividamento das empresas, famílias e administrações públicas a superar os 720 mil milhões de euros;
  • As principais instituições internacionais que acompanham Portugal (Comissão Europeia, FMI, OCDE) avisam que Portugal está a perder a oportunidade que o crescimento dá para corrigir as suas debilidades;
  • As famílias estão a beneficiar dos juros zero do BCE para as principais operações de refinanciamento e negativos para os depósitos. Quando a política for invertida, serão os jovens e os pobres os mais prejudicados, diz o Banco de Portugal.

Centeno é um herói?

Foi em 2017, com Mário Centeno como ministro das Finanças, que Portugal conseguiu baixar o défice orçamental para menos de 3% do PIB e sair do Procedimento por Défice Excessivo. O Estado recapitalizou a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o acordo para a venda do Novo Banco foi fechado. Contudo, a folga orçamental dada pelo crescimento económico acima do previsto não resultou num défice significativamente abaixo da meta: as margens foram sendo gastas ao longo do ano, alimentando despesas estruturais. Além disso, a dívida pública continua perto dos proibitivos 130% do PIB e o ritmo de crescimento das importações aumentou.

Sim

Não

  • O país teve a ajuda da retoma da zona euro, que deverá ter crescido 2,2%, o ritmo mais acelerado da última década;
  • Apesar da forte melhoria da economia, Centeno não foi significativamente além da meta de 1,5% do PIB para o défice orçamental (estima-se que fique em 1,4%);
  • Os bancos continuam a braços com um peso elevado de crédito malparado: o peso diminuiu de 8,2% em janeiro para 7,8% em outubro.

Rio ou Santana? Quem se segue a Passos?

Rui Rio e Pedro Santana Lopes enfrentam-se dia 13 de janeiro nas eleições diretas onde os militantes vão escolher o sucessor de Pedro Passos Coelho. Desde as eleições legislativas de 2015 que o PSD tem vindo a descer nas sondagens. Desde que são candidatos à liderança do partido, Rio e Santana têm discutido… sobre quando e onde vão discutir. Ambos têm passados diferentes: Rio foi deputado, vice-presidente do PSD e presidente da Câmara do Porto; Santana passou pela Câmara de Lisboa, já foi primeiro-ministro (durante meses) e era Provedor da Misericórdia de Lisboa até ter decidido candidatar-se. Já têm, pelo menos, uma divergência: Rio é a favor da eutanásia, Santana é contra.

Rui Rio

  • Diz ser “mais estável” do que Santana, que está a fazer as mesmas “trapalhadas” que fazia em 2004;
  • Endireitou as contas da Câmara do Porto e argumenta que com o PSD no Governo o défice já seria zero;
  • Quer baixar a carga fiscal que incide sobre os portugueses, principalmente o IRC das empresas.

Pedro Santana Lopes

  • Diz ter estado sempre ao lado de Passos Coelho, aparecendo como herdeiro, até por ter apoios passistas, como o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares;
  • É crítico da ação da União Europeia, apontando erros à Comissão Europeia e ao BCE;
  • Defende a diminuição da despesa pública, no seu programa fala de um “Estado abusador” nos impostos e diz ser “urgente” que o país cresça acima dos 3%.

Caso Raríssimas: Quem tem culpa?

Já todos ouviram falar da reportagem da TVI que deu início às revelações sobre a associação Raríssimas: Paula Brito e Costa acusada pelos funcionários de gestão danosa desta IPSS — criada para apoiar pessoas com doenças mentais e raras — para ter uma vida de luxo. A própria rejeita as acusações e aponta o dedo a outros na organização, num caso que já chamou à baila o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, e a mulher, Sónia Fertuzinhos.

Denúncias:

  • Paula Brito e Costa, de acordo com testemunhos de antigos funcionários, faria deslocações fictícias, além de comprar vestidos de alta-costura e gastar dinheiro em supermercados para fins pessoais com dinheiros públicos.
  • O secretário de Estado da Saúde Manuel Veloso, que se demitiu na sequência das revelações, receberia 3000 euros mensais para fazer trabalhos de consultadoria para a IPSS. Revelou-se ainda que este tinha uma relação pessoal com Paula Brito e Costa, com quem fazia viagens pagas pela IPSS.
  • O salário da presidente da Raríssimas era de três mil euros mensais, a que acresciam 1.300 euros em ajudas de custo. Além disto recebia 816 euros de um plano poupança-reforma e ainda 1.500 euros em deslocações.

Defesa:

CTT entram em contenção de custos

Os últimos dias do ano foram marcados pela apresentação do plano de reestruturação dos CTT. Ao fim de anos de quebras no negócio principal — a entrega de correio — a empresa viu-se obrigada a reduzir custos de forma drástica. Mil trabalhadores que vão deixar a empresa, 30 imóveis alienados, fecho de algumas lojas e conversão de outras em postos de correio, corte do dividendo a distribuir aos acionistas, redução dos salários da administração, suspensão dos bónus e limites aos aumentos salariais: é este o plano dos CTT para conseguir poupar 45 milhões de euros a partir de 2020. Vai resultar?

Sim

  • A quebra das receitas no segmento do correio vai continuar, mas a empresa tem uma oportunidade no segmento das encomendas, que está a crescer a um ritmo acelerado. Francisco Lacerda quer voltar-se para o digital e aproveitar o crescimento do comércio eletrónico.
  • O Banco CTT, criado em 2016, continua a dar prejuízo, mas a administração mantém as previsões iniciais: chegar ao break even em 2019. Se isso acontecer, esta poderá começar a ser uma fonte de receitas para o grupo.
  • A empresa vai perder mil trabalhadores, mas a administração acredita que vai conseguir funcionar com menos pessoas. A solução será a automatização dos centros de processamento.

Não

  • O plano vai permitir à empresa poupar 45 milhões de euros a partir de 2020. O corte de custos é significativo, mas não são conhecidas medidas para aumentar receitas.
  • Se os CTT já não conseguem cumprir os mínimos do serviço postal, segundo a avaliação que foi feita pela Anacom, como vão fazê-lo com a redução de 8% da força de trabalho que está prevista?
  • A queda do correio não é de hoje. Desde 2016 que as receitas dos CTT estão a afundar, mas só agora é que o plano de reestruturação vai avançar. Se a intervenção tivesse sido feita mais cedo, um choque tão grande poderia ter sido evitado.

Altice quer comprar a TVI. Vai conseguir?

O negócio de compra da TVI pelos franceses da Altice já mexeu com o mercado de telecomunicações e media em Portugal. Mas o processo está longe de ficar concluído. Quais os pontos que a Altice tem a favor e contra si?

A favor

  • A Altice é um importante player internacional e irá reforçar a oferta televisiva da TVI;
  • Franceses já garantiram que a TVI vai manter a sua independência editorial;
  • Controlo estrangeiro? A TVI já é detida pelos espanhóis da Prisa, que também procuram reduzir a dívida.

Contra

  • A Altice comprou a Meo e está a despedir. Vai fazer o mesmo na Media Capital;
  • Esta operação de concentração vai dar poder à Altice para controlar os media em Portugal;
  • A Altice está muito endividada. Como é que a TVI vai beneficiar com isso?

Há uma bolha nos preços das casas?

Este ano foi marcado por uma aceleração dos preços das casas, em Portugal, para níveis anteriores aos da crise financeira. Há quem já questione se estamos perante uma bolha no setor imobiliário em Portugal. Estamos?

Sim

  • Os preços das casas cresceram 30% desde o mínimo da crise financeira, registado no segundo trimestre de 2013;
  • Tudo aponta para que os preços do imobiliário continuem a crescer. Os operadores do mercado antecipam que, nos próximos 12 meses, os preços das casas aumentem, em média, 5%;
  • O ambiente é propício à subida do preço das casas — com o aumento da concessão de crédito, os juros em mínimos, e os spreads em queda — e as autoridades mostram-se atentas. O Banco de Portugal pondera obrigar os bancos a apertar os critérios de avaliação para dar crédito.

Não

  • O aumento dos preços acontece após um período de profunda crise no setor imobiliário e num contexto de melhoria das perspetivas económicas que levam mais pessoas a comprar casa, bem como de maior abertura dos bancos para dar crédito.
  • A maior pressão sobre os preços das casas afeta os grandes centros urbanos como Lisboa e Porto face ao interesse dos investidores e o fascínio dos estrangeiros por Portugal. Nas restantes regiões a pressão altista sobre os preços é menor.
  • Apesar de estarem atentas à evolução dos preços, as autoridades não identificam para já o risco de uma bolha do setor imobiliário. O presidente do BCE, Mario Draghi, disse-o recentemente, e o mesmo aconteceu com o Banco de Portugal há poucos dias.

Bitcoin não para de subir. Temos bolha?

É um dos temas do momento, mesmo para quem é pouco entendedor desta coisa de bolsas e mercados financeiros. A bitcoin não para de subir e toda a gente fala dela. Temos bolha?

Sim

Não

  • A bitcoin é mais do que uma moeda digital. É o símbolo da blockchain, tecnologia vai revolucionar o sistema económico.
  • Quando a bitcoin valia 1.000 euros também falavam em bolha. E não rebentou.
  • Não é só a bitcoin que está a valorizar. Há mais moedas virtuais que estão a subir.

Benfica diz adeus ao penta?

Uma reunião familiar que se preze tem de discutir futebol. E o Benfica não deve fugir ao debate, sendo ou não adepto dos encarnados. Depois de quatro campeonatos seguidos, a equipa liderada por Rui Vitória vai deixar escapar o penta?

Sim

  • Os encarnados não apresentam uma regularidade exibicional como nos anos anteriores;
  • A venda de jogadores importantes torna impossível ao Benfica competir com os rivais;
  • O FC Porto e o Sporting estão bem e a revelar organização e competência dentro de campo.

Não

  • O Benfica está apenas a três pontos da liderança. E ainda há muita bola para correr até maio;
  • A eliminação da Liga dos Campeões e da Taça de Portugal obriga a manter foco exclusivo na liga;
  • O Benfica vai ao mercado na janela de inverno e tem dinheiro para comprar bons jogadores.

Redes sociais. Boas ou más?

Se antes as pessoas aproveitavam a mesa de Natal para estar com a família e pôr a conversa em dia, hoje a tendência é para que esse tempo seja passado, sobretudo, nas redes sociais. Será esta mudança de paradigma benéfica?

Sim

  • Encurtam as distâncias, sobretudo, quando a família está longe e não pode deslocar-se;
  • Facilitam a conversação e entretêm;
  • Permitem partilhar experiências.

Não

  • Mostram que há uma maior dependência das redes sociais;
  • As pessoas deixam de se relacionar, isolando-se mais;
  • Promovem a competição (por exemplo, quem publica mais fotos no Instagram).

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Sozinho em Casa, e outros dez filmes para ver neste Natal

  • ECO
  • 24 Dezembro 2017

Numa quadra festiva em que a oferta cinematográfica se multiplica pelos canais televisivos, veja quais os filmes que passam no pequeno ecrã nos dias 24 e 25 de dezembro.

A poucos dias no Natal, a oferta televisiva enche-se de uma ampla oferta cinematográfica. Seja em sinal aberto ou por cabo, as televisões apostam em géneros variados para chegar a todos os públicos; desde o habitué das grelhas “Sozinho em Casa” à “Teoria de Tudo“. O ECO reuniu várias sugestões dos mais diversos canais, para ver na hora ou para agendar a gravação e ver mais tarde.

Um trio de incontornáveis

Sem qualquer surpresa, “Sozinho em Casa” volta a fazer parte da grelha televisiva nesta quadra festiva. No dia de Natal poderá assistir a Sozinho em Casa 2: Perdido Em Nova Iorque“, na SIC. No segundo filme da saga, Kevin McCallister perde-se da sua família e embarca num voo para Nova Iorque, onde trava um grupo de bandidos de assaltar uma loja de brinquedos. Um dos pontos mais peculiares do filme surge quando o jovem protagonista se cruza com Donald Trump ao entrar no Hotel Plaza.

Também no dia 25, às 15h30, a RTP 1 manterá a tradição e transmitirá “Música no Coração, o filme protagonizado por Julie Andrews, onde encarna a personagem de uma governanta em casa de um capitão viúvo com sete filhos, em vésperas da Segunda Guerra Mundial. Uma outra tradição natalícia na programação será Love Actually, onde Lúcia Moniz contracena com nomes internacionais do cinema como Colin Firth, Hugh Grant, Alan Rickman e Keira Knightley. O filme será transmitido na Fox Life às 22h20 do dia 24.

Animação e Juvenis

Para os mais novos, as grelhas televisivas enchem-se de estreias. A animação, mais uma vez, é a grande aposta na oferta cinematográfica dos canais nesta quadra festiva. O primeiro destaque vai para a estreia absoluta em televisão da curta metragem “Frozen: Uma Aventura de Olaf” no dia 24.

Para o dia 25, a tradição junto dos mais pequenos mantém-se com Nanny McPhee – A Ama Mágica“, no Cine Mundo às 10h30. No filme, Emma Thomson veste a pele de uma ama mal aparentada que tem de cuidar de sete crianças mal comportadas. Nanny McPhee serve-se dos meus poderes mágicos para revolucionar a vida da grande família.

Ação

Para os apreciadores de enredos dinâmicos, a oferta estende-se por cinco canais. O “Homem de Aço” será exibido na RTP1 às 01h45, e no canal Hollywood às 14h45. Trata-se do primeiro filme dedicado ao Super-Homem, protagonizado pelo britânico Henry Cavill. E porque um Natal não é o mesmo sem um filme da saga “O Senhor dos Anéis“, o Cine Mundo passará O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei às 20h30. Trata-se do segundo filme da série, datado de 2003, no qual Frodo e Sam continuam a sua demanda para destruir o famoso anel.

Para toda a família

Se a hora do filme ainda é aquele momento que a família se junta em torno do pequeno ecrã, a oferta televisiva responde com algumas sugestões neste sentido. No dia 24, a TVI passa o filme “Filho de Deus, no qual o ator Diogo Morgado encarna a personagem de Jesus Cristo e é feita uma recriação da morte do líder da Igreja cristã. No Cine Mundo poderá assistir a “Um Dia de Mãe, uma longa-metragem do ano passado, protagonizada por Julia Roberts, Jennifer Aniston, Jason Sudeikis e Britt Robertson. No dia seguinte poderá assistir às 21h15 à biopic A Teoria de Tudo“, no FoxMovies, que valeu ao ator Eddie Redmayne o Óscar de melhor ator em 2015, pela sua interpretação de Stephen Hawking.

Neste Natal haverá também espaço para os clássicos do cinema, com o Pulp Fiction” no AMC, no dia 25 às 01h37. Para todos os gostos, para todas as idades e todas as ocasiões, as grelhas televisivas apresentam uma oferta que percorre desde as películas mais natalícias até às menos convencionais para a quadra festiva. Resta apenas sintonizar a televisão e aproveitar as festas em frente à televisão.

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Lucros com bitcoin não são tributados em Portugal

  • ECO
  • 24 Dezembro 2017

Os lucros com bitcoins só são tributados quando o investimento nesta criptomoeda se trata de uma atividade profissional. Para os investidores, a questão não é clara.

Os lucros ou mais-valias obtidos com a venda de criptomoedas, como a bitcoin, não estão sujeitos a tributação em Portugal, a não ser quando o investimento nestas moedas virtuais se trate de uma atividade profissional. A informação é avançada, este domingo, pelo DN/Dinheiro Vivo, que cita fonte do Ministério das Finanças.

“A venda de bitcoins não é tributável em IRS face ao ordenamento fiscal português, designadamente no âmbito da categoria E – capitais – ou G – mais-valias”, indica ao DN/Dinheiro Vivo fonte oficial do ministério. Estes lucros ou mais-valias só serão tributados em sede de IRS “quando, pela sua habitualidade”, o investimento em bitcoins “constitua uma atividade profissional ou empresarial do contribuinte, caso em que será tributado na categoria B”, indica a mesma fonte.

Já no que toca ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) nos bens e serviços comprados com criptomoedas, há tributação. “De acordo com informação da Autoridade Tributária, os produtos comprados com bitcoins pagam IVA“, aponta fonte das Finanças.

Apesar das regras, a questão não é clara para quem investe em bitcoins. Ao DN/Dinheiro Vivo, um investidor de outra criptomoeda, a monero, refere que “em Portugal há um vazio legal” sobre a declaração das mais-valias obtidas com estes investimentos. “Como é que se conclui se se trata de um investimento ou de uma atividade profissional?”, questiona.

Outro investidor, que diz viver da compra e venda de bitcoins, opta por declarar os lucros ganhos com essa atividade para “não ter problemas no futuro”.

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Marcelo: “Vidas paradas, adiadas” pelos incêndios devem ser mais lembradas no Natal

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2017

O Presidente da República sublinha a importância de "acompanhar e apoiar a saga" das pessoas que foram afetadas pelos incêndios de junho e outubro deste ano.

O Presidente da República sublinhou, este domingo, a necessidade de lembrar, neste Natal, aqueles que “viram as suas vidas paradas, adiadas, desfeitas pelas tragédias de junho e de outubro, numa mensagem cujo mote é a solidariedade.

“Nesses nossos compatriotas que merecem ser, neste Natal, ainda mais lembrados, estão os que viram as suas vidas paradas, adiadas, desfeitas pelas tragédias de junho e outubro”, lê-se numa mensagem publicada no Jornal de Notícias.

No texto, Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que houve outros que também sofreram em anos passados devido aos incêndios, “só que a inesperada intensidade das duas tragédias tudo o mais sobrelevou”. “Acompanhar e apoiar a sua saga desde então e no refazer do futuro é essencial”, sublinhou.

Nesta época festiva, o chefe de Estado assinalou o risco de a “alegria de muitos” poder fazer esquecer a “pena de outros tantos”, pelo que, “onde a presença física não for possível, que chegue uma palavra, um aceno, um pensamento”. Para Marcelo, não deveria ser necessário esperar pelo Natal para falar ou a escrever sobre a solidariedade, mas sendo uma altura de encontros é o “tempo propício” para balanço “do feito e do omitido” nas manifestações solidárias no país.

Marcelo Rebelo de Sousa acentuou que o sofrimento das pessoas fragilizadas aumenta ainda mais nesta quadra. “Não deveria, porventura, assim ser, mas é”, acrescenta o presidente, para quem em alturas mais negativas “se impõe sublinhar a solidariedade, que é o fundamento da esperança”. “Porque sem esperança a vida perde tanto do seu sentido” e por a “solidariedade constitui uma das razões de ser da esperança”.

Reportando-se ainda às tragédias causadas pelos incêndios, o Presidente comentou que todos os portugueses entenderam o apelo e “foram inultrapassáveis”. “Assim estão a ser, agora, neste Natal. Vivendo a solidariedade em espírito de família. Com aquelas famílias para as quais há lugares vazios na casa, na mesa, na vida. Lugares ainda ocupados há dois, há seis meses”, concluiu.

Este ano, os incêndios florestais provocaram mais de 100 mortos, 66 dos quais em junho em Pedrógão Grande e 45 em outubro na região Centro, cerca de 350 feridos e milhões de euros de prejuízos.

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Santana Lopes: “Nunca aceitarei uma solução do bloco central”

  • ECO
  • 24 Dezembro 2017

O candidato à presidência do PSD diz querer conquistar a "legitimidade, desta vez direta, e não por passagem de testemunho", para governar o país.

Pedro Santana Lopes vê em Rui Rio um adversário “muito exagerado” e “muito radical”. Mas vê também um candidato à liderança do PPD-PSD que assume uma “cumplicidade” e uma “posição equívoca” na relação com a esquerda. Essa, garante, é uma relação que nunca terá. “Nunca aceitarei uma relação do bloco central“, afirma, em entrevista ao Jornal de Notícias, publicada este domingo.

Na entrevista ao JN, o antigo primeiro-ministro e também ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa explica que se candidata para legitimar o seu percurso político. “Candidato-me porque quero ir buscar ao país, e ao partido primeiro, a legitimidade, desta vez direta, e não por passagem de testemunho como aconteceu em 2004, para fazer no país aquilo com que sonho há muito tempo”. Recorde-se que Santana Lopes foi nomeado primeiro-ministro em 2004, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, depois de Durão Barroso ter apresentado demissão para chefiar a Comissão Europeia.

"Candidato-me porque quero ir buscar ao país, e ao partido primeiro, a legitimidade, desta vez direta, e não por passagem de testemunho como aconteceu em 2004, para fazer no país aquilo com que sonho há muito tempo.”

Pedro Santana Lopes

Candidato à presidência do PPD-PSD

Santana Lopes sublinha, ainda assim, que só se candidata à presidência do PSD porque Pedro Passos Coelho já abandonou este cargo. “Não entrava nesta corrida se Passos Coelho continuasse a ser presidente do partido, ao contrário de Rui Rio, que diz que mesmo que Passos Coelho fosse presidente do partido, candidatava-se. Logo aqui há uma diferença enorme”.

Sobre o projeto que tem para o partido, explica que quer um PSD “iminentemente popular, próximo das pessoas, de matriz social-democrata e preparador, nesta fase da vida de Portugal, de uma alternativa coerente e determinada ao governo da frente de esquerda”. E aproveita para lançar mais crítica ao seu opositor: “[Rui Rio] tem uma proximidade da esquerda, uma cumplicidade e uma posição equívoca que eu não tenho. Eu nunca aceitarei uma solução do bloco central“, frisa.

Quanto a Rio, diz ainda que é “muito exagerado, muito radical no que diz”, lembrando o momento em que o ex-presidente da Câmara do Porto considerou que o modelo de debates entre os dois candidatos, proposto por Santana Lopes, era um “circo ambulante”.

"[Rui Rio] tem uma proximidade da esquerda, uma cumplicidade e uma posição equívoca que eu não tenho. Eu nunca aceitarei uma solução do bloco central.”

Pedro Santana Lopes

Candidato à presidência do PPD-PSD

Por outro lado, critica, Rui Rio não tem o perfil certo para liderar o PSD porque não gosta de exposição mediática. “O líder do PPD-PSD tem de ser alguém com capacidade de adaptação e de disputa, neste tempo que se vive do nosso sistema político. Marcelo Rebelo de Sousa, só por ele, toma conta do tempo de comunicação todo, sobra pouco. Mais António Costa. Se o PPD-PSD tem um líder mais fechado em gabinete e que não gosta dessas situações… Não vou dizer, como Rui Rio, que o partido corre o risco de desaparecer, mas não seria bom para o partido”.

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Entrada no Montepio divide administradores da Santa Casa

  • ECO
  • 24 Dezembro 2017

Há administradores da Santa Casa que ainda não decidiram como irão votar a proposta de entrada da instituição de solidariedade no capital do Montepio.

A entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no capital do Montepio Geral não é um tema consensual entre a administração da instituição de solidariedade. Segundo noticia o Público (acesso condicionado) este domingo, há administradores que ainda não decidiram como irão votar quando a proposta for discutida.

De acordo com o mesmo jornal, Edmundo Martinho, provedor da SCML, deverá poder contar com os votos favoráveis do vice-provedor da instituição, João Pedro Correia, e de dois vogais com ligação ao PS (Sérgio Cintra e Filipa Klut). Ficam a faltar Helena Lopes da Costa, ex-deputada do PSD, e Ricardo Alves Gomes, que já foi adjunto de um governo PSD, ambos trazidos para a Santa Casa pelo antigo provedor, Pedro Santana Lopes.

A travar a operação poderá ainda estar a assembleia geral da irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa, presidida por Bagão Félix, que se tem oposto firmemente à participação no capital do Montepio. Esta organização depende do Patriarcado, mas tem fortes ligações, até legais, à Santa Casa.

O provedor da irmandade, Pedro de Vasconcelos, refere ao Público que não é “impossível a irmandade vir a pronunciar-se” sobre a operação, ainda que admite que “o momento próprio para isso ainda não chegou”.

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O dia em que os CMEC fizeram de António Mexia arguido

O presidente da EDP foi constituído arguido no dia 2 de junho, suspeito de corrupção e participação económica em negócio. Em causa, o caso dos CMEC: as rendas que o Estado paga à elétrica desde 2007.

Segunda-feira, 27 de dezembro de 2004. O Governo social-democrata de Pedro Santana Lopes estabelece um novo regime para compensar as produtoras de energia elétrica com quem o Estado cessou antecipadamente contratos de aquisição de energia (CAE), na sequência da liberalização do mercado em Portugal. A essas compensações dá-se o nome de custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC). Este acordo foi negociado entre o Governo e as próprias empresas.

Sexta-feira, 21 de julho de 2007. Os CMEC entram em vigor, por despacho de Manuel Pinho, então ministro da Economia do Governo de José Sócrates. Nesta altura, António Mexia já era o presidente executivo da EDP. Mas, quando o diploma dos CMEC foi aprovado, em 2004, era o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações do Governo de Pedro Santana Lopes.

Sexta-feira, 2 de junho de 2017. António Mexia, ainda presidente executivo da EDP, juntamente com João Manso Neto, CEO da EDP Renováveis, e os gestores da REN João Conceição e Pedro Furtado, é constituído arguido, na sequência de buscas feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária às sedes da EDP e da REN. Os quatro são suspeitos de corrupção ativa e passiva e participação económica em negócio.

São estas três datas que resumem aquele que veio a ser um dos dias mais marcantes deste ano. Depois de uma década de “rendas”, que resultaram no pagamento de 2,5 mil milhões de euros pelo Estado à EDP, e cinco anos depois de a Procuradoria-Geral da República ter iniciado as investigações, há arguidos no caso dos CMEC.

No centro da investigação, António Mexia rejeita que a EDP tenha obtido qualquer benefício com a revisão dos contratos energéticos, recusa abandonar funções e concentra a sua defesa em dois pontos. Na conferência de imprensa que deu depois de ter sido constituído arguido, Mexia argumentou que a EDP se limitou a “defender os seus interesses dentro da lei e da ética”. Exemplo disso, afirmou, é o facto de a atualização dos parâmetros de mercado, feita em 2007, ter reduzido o valor da compensação financeira a atribuir à EDP, relativa aos anos de 2004 a 2007, de 3.356 milhões para 833 milhões de euros.

Segundo, defendeu ainda, os CMEC foram alvo de grande escrutínio, por parte de vários governos, parlamentos e a própria Comissão Europeia, além de os valores das compensações a pagar à EDP terem resultado de estudos feitos por entidades independentes.

Há várias questões a apontar à defesa de Mexia. Em 2010, a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, criou um seminário sobre energias renováveis, patrocinado pela EDP e lecionado por Manuel Pinho, o ministro que, três anos antes, tinha aprovado a entrada em vigor dos CMEC. Hoje, a Polícia Judiciária investiga se este curso terá sido uma forma de a EDP compensar Manuel Pinho.

Há ainda o desenho dos CMEC, que, suspeita o Ministério Público, terá contado com a participação da EDP. No mês passado, o Expresso divulgou uma conversa por email entre João Manso Neto e António Mexia, datada de 15 de novembro de 2006, em que o presidente da EDP Renováveis envia a Mexia um rascunho da resolução do Conselho de Ministros relativa à aprovação dos CMEC.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) tem até meados de maio de 2018 para concluir o inquérito deste caso. O prazo poderá ser prorrogado se o procurador encarregue do caso o requerer.

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Offshore do GES transferiu 54 mil euros para familiares de Frasquilho

  • ECO
  • 23 Dezembro 2017

Uma offshore do GES transferiu 54 mil euros para o pai, mãe e irmã do atual chairman da TAP. Frasquilho esclarece que transferências foram a seu pedido, mas desconhece a razão de ter sido uma offshore

O pai, a mãe e o irmão de Miguel Frasquilho, ex-secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, antigo deputado do PSD e atual chairman da TAP, receberam, entre 2009 e 2011, seis transferências de uma conta na Suíça, detida pela Espírito Santo Enterprises. Esta é a offshore, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, que o Ministério Público acredita que o Grupo Espírito Santo usava para pagamentos não registados. Miguel Frasquilho confirma as transferências e diz que os montantes transferidos correspondiam a rendimentos seus, que foram declarados ao fisco.

A notícia foi avançada, este sábado, pelo Expresso (acesso pago). Segundo o semanário, os três familiares de Miguel Frasquilho receberam, em conjunto, 54,5 mil euros da Espírito Santo Enterprises. O antigo deputado esclarece ao mesmo jornal que as transferências foram feitas para os seus familiares a seu pedido.

“A circunstância de esses pagamentos terem sido efetuados em contas de familiares meus deve-se apenas ao facto de eu ter pedido isso mesmo à minha entidade patronal, uma vez que tinha dívidas para saldar com os meus familiares diretos referidos”, disse. “Quanto à questão da proveniência dos valores, desconheço em absoluto“, acrescentou.

A questão levanta-se porque a Espírito Santo Enterprises ficou conhecida no ano passado quando foi revelado que esta era a empresa usada pelo GES para canalizar, ao longo de vários anos, milhões de euros em pagamentos não declarados.

Na altura em que os pagamentos foram feitos aos familiares de Miguel Frasquilho, o atual chairman da TAP acumulava o cargo de deputado com o de diretor da Espírito Santo Research, uma corretora do BES.

Miguel Frasquilho assegura, contudo, que a sua situação fiscal está totalmente regularizada. “Todas as minhas remunerações, entre salários, prémios, benefícios de saúde ou outras, que eu ou os meus familiares diretos recebemos ao longo destes anos, sempre constaram das minhas declarações de rendimento anuais que me foram entregues já preenchidas pela minha entidade patronal (BES), e que eu apresentei perante as finanças”, disse ao Expresso.

O antigo deputado garante ainda que as transferências feitas pela Espírito Santo Enterprises foram declaradas ao fisco. “Nunca dei à minha entidade patronal nenhuma indicação para reportar valores diferentes daqueles que efetivamente me eram devidos (entre os quais, os que foram feitos aos meus familiares)”.

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Sindicato afirma “grande adesão” à greve dos trabalhadores de supermercados

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2017

Sindicatos acusam empresas de ameaçar trabalhadores com castigos, penalizações e faltas injustificadas.

A greve dos trabalhadores de lojas, super e hipermercados “está a ter uma forte adesão”, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que afirma haver “dezenas de lojas na Dia/Minipreço” encerradas.

Em comunicado, o CESP avança que “há registo de grande número de trabalhadores em greve em todas as grandes cadeias de super e hipermercados, como é o caso do Pingo Doce, Continente, Jumbo/Auchan e Lidl. Na Dia/Minipreço há dezenas de lojas encerradas e muitas outras com horários de funcionamento reduzidos”.

Quanto ao pessoal dos armazéns, cuja greve teve início na sexta-feira, o sindicato refere que se continua a registar “elevada adesão dos trabalhadores” ao protesto.

Segundo o sindicato, as empresas recorreram “à pressão e ameaça aos trabalhadores (ameaçando-os com castigos penalizações, faltas injustificadas, etc.), à substituição ilegal de trabalhadores em greve, trocas de horários, trocas de dias de descanso, deslocação de trabalhadores da sua loja ou armazém para outros locais de trabalho”. O sindicato denuncia ainda que muitas lojas abriram “com um número muito reduzido de trabalhadores, com chefias a substituir os trabalhadores nas caixas ou nos balcões de atendimento e com prolongamento dos horários dos trabalhadores que não aderiram à greve”, acusa o sindicato.

As empresas e a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), acusa também o sindicato, pretendem “reduzir a retribuição dos trabalhadores, baixando o valor do trabalho suplementar e do trabalho normal prestado em dia feriado e desregular os horários de trabalho”.

Em comunicado, fonte oficial do Pingo Doce indica que o nível de adesão à greve registado, até ao momento, “é inferior a 1% do universo total de colaboradores do Pingo Doce. Todas as 420 lojas da cadeia Pingo Doce abriram e estão a funcionar em plena normalidade”.

Já a cadeia Continente, também em comunicado, revela que as suas lojas “estão e vão manter o seu normal funcionamento nos dias 23 e 24 de dezembro”, lembrando que “por se tratar de um período de festas é natural que se verifique uma intensificação do fluxo de clientes, mas a estrutura está preparada para responder adequadamente”. E acrescenta: “Não se esperam, por isso, anomalias na qualidade e rapidez do serviço, assim como qualquer questão relacionada com a reposição do stock de produtos”.

Os trabalhadores do retalho iniciaram, este sábado, uma greve de dois dias, juntando-se ao pessoal dos armazéns, que começou o protesto na sexta-feira. A paralisação, convocada pelos sindicatos da CGTP, tem como objetivo pressionar a APED a evoluir na negociação do contrato coletivo do setor para que se concretizem aumentos salariais, alterações de carreira e regulamentação dos horários de trabalho.

Na sexta-feira, os trabalhadores dos armazéns e da logística do Lidl, Minipreço, Jerónimo Martins e Sonae estiveram em greve e concentraram-se junto às respetivas empresas.

As empresas associadas da APED empregam 111 mil trabalhadores.

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