Novo mínimo histórico dos CTT. Nem a energia salva a bolsa

Os CTT não param de cair, com as ações a tocarem um novo mínimo histórico. Um mau desempenho que acaba por arrastar o PSI-20 para terreno negativo.

Os CTT não param de afundar em bolsa. As ações da empresa de correios continuam a somar perdas, tocando um novo mínimo histórico, depois de os resultados dos primeiros nove meses do ano terem dececionado os investidores. A bolsa nacional não fica imune a este mau desempenho, cedendo os ganhos registados no início da sessão e mergulhando em terreno negativo.

Foi no feriado de 1 de novembro que a empresa de correio sofreu a pior sessão de sempre em bolsa — os títulos caíram mais de 20%. E esta descida continua a agravar-se. A empresa liderada por Francisco Lacerda vai na quinta sessão de perdas. Os CTT cedem 5,20% para 3,376 euros. Mas já chegaram a tocar os 3,373 euros durante a sessão — um novo mínimo histórico.

Perante esta nova queda, as ações acumulam um desvalorização de mais de 33% desde a apresentação dos resultados, queda que arrasou com mais de 300 milhões de euros do valor de mercado da empresa de correios. No acumulado do ano, os CTT lideram as quedas em Lisboa ao registarem uma descida de 47%.

CTT afundam para novo mínimo histórico

Esta queda está a pressionar a praça portuguesa. O PSI-20 arrancou a sessão com ganhos de quase 0,2%, mas foi temporário. O índice de referência nacional acabou por entrar no vermelho, recuando recentemente 0,38% para 5.348,35 pontos — seguindo a tendência das restantes praças na Europa. A subida de 0,94% da Galp Energia, num dia de ganhos expressivos para os preços do petróleo, está a limitar esta queda. A EDP soma 0,2% e a EDP Renováveis ganha 1,38%.

Do lado das perdas, destaque ainda para o BCP (-0,86%) e Jerónimo Martins (0,87%). Mas também para a Altri. A papeleira apresentou resultados na sexta-feira que ficaram, segundo os analistas do BPI, “praticamente em linha com as estimativas”. Mas isso não foi suficiente, com as ações a caírem 7,57%.

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Portugal teve nota máxima no sistema de prevenção ao branqueamento de capitais

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Novembro 2017

A par da Espanha e da Itália, Portugal está no topo dos sistemas mais eficazes, entre os 16 países do Grupo de Ação Financeira já avaliados.

O sistema português de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo foi avaliado com nota máxima no plenário do Grupo de Ação Financeira, informa um comunicado do Ministério das Finanças.

“O sistema português de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa foi avaliado com nota máxima no plenário do Grupo de Ação Financeira — GAFI/FATF — que se realizou no passado dia 1 de novembro, em Buenos Aires”, adianta ainda.

Portugal, tal como Espanha e Itália, fica agora “no topo dos sistemas mais eficazes, entre os 16 países do GAFI/FATF já avaliados“. O GAFI/FATF agrupa 35 países ou territórios e duas organizações internacionais.

O Ministério das Finanças diz que esta avaliação “é da maior importância para a credibilidade do sistema financeiro e não financeiro português, na linha da política prosseguida pelo atual governo”, recordando ainda que foram tomadas medidas para “aperfeiçoar o sistema nacional”. É o caso, por exemplo, dos diplomas que aprovam o regime do registo central do beneficiário efetivo ou que proíbem a emissão de valores mobiliários ao portador ou a utilização de dinheiro em transações superiores a 3.000 euros.

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Detenções de príncipes na Arábia Saudita puxam pelo petróleo. Banca em stress

Um comité anticorrupção gerido pelo príncipe herdeiro saudita levou à prisão de dezenas de príncipes, multimilionários e ministros, o que está a agitar os bancos mundiais e os preços do petróleo.

A estrutura da Arábia Saudita mudou… e os mercados agitaram-se. Um comité anticorrupção, criado pelo rei saudita e gerido pelo príncipe herdeiro do reino, decretou a prisão de mais de uma dezenas de príncipes, multimilionários, ministros e responsáveis de topo. Uma decisão que está a impulsionar os preços do petróleo nos mercados internacionais. Mas a minar os planos de grandes empresas de reforçarem a sua presença na Arábia Saudita.

Segundo a cadeia de televisão Al Arabiya, pelo menos 11 príncipes, quatro ministros e “dezenas” de ex-ministros foram detidos na noite de sábado na Arábia Saudita por ordem da entidade criada horas antes pelo rei Salman bin Abdulaziz. Este comité, dirigido por Mohamed bin Salman, tem como missão investigar casos de corrupção detetados no reino, segundo informou ainda antes da notícia das detenções a agência oficial SPA.

Esta investigação está a puxar pelos preços do petróleo, levando as cotações a superarem máximos de quase dois anos. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a subir 0,66% para 56 dólares, enquanto o Brent, negociado em Londres, avança 0,71% para 62,52 dólares.

Brent aproxima-se dos 63 dólares

Mas porquê esta subida das cotações da matéria-prima? Para os investidores, é uma forma de o príncipe — um dos maiores defensores do corte da produção da OPEP — consolidar o seu poder. Mohamed bin Salman “já expressou o seu apoio ao prolongamento dos cortes do cartel”, afirma Edward Bell, analista do Emirates Nbd Bank, à Bloomberg. “Numa altura em que um dos maiores produtores e exportadores do mundo avança com uma transformação da economia, é normal que haja alguma incerteza e risco político, o que vai suportar os preços”, acrescenta.

Citigroup na Arábia Saudita? Agora é mais difícil

Mas, se por um lado, esta investigação é positiva para os preços do “ouro negro”, por outro, penaliza os bancos internacionais que estão a tentar expandir a sua presença no reino. Uma aposta que surge numa altura em que a Arábia Saudita está a reformar a economia e se prepara para colocar em bolsa a petrolífera estatal, naquele que pode ser o maior IPO de sempre.

É que um dos detidos foi o príncipe Alwaleed bin Talal. O multimilionário é um dos homens mais ricos do Médio Oriente. E é também um importante acionista do Citigroup. Com a sua detenção, o banco pode enfrentar novos obstáculos na sua tentativa de reconstruir o negócio na região.

"[A prisão de Alwaleed] deve tornar a situação ainda mais difícil para o Citigroup na Arábia Saudita, uma vez que as empresas ficaram mais cautelosas.”

Emad Mostaque

Capricorn Fund Managers

O Citigroup, que perdeu a licença de investimento bancário no reino depois de ter vendido uma participação no Samba Financial Group em 2004, planeava regressar à Arábia Saudita. Isto depois de ter recuperado a licença em abril. Mas a detenção de Alwaleed bin Talal vem complicar os planos.

A prisão de Alwaleed “deve tornar a situação ainda mais difícil para o Citigroup na Arábia Saudita, uma vez que as empresas ficaram mais cautelosas”, refere Emad Mostaque, do hedge fund Capricorn Fund Managers, à Bloomberg. Um porta-voz do Citigroup não quis comentar.

Há mais empresas em stress

Para além do Citigroup, há outras empresas que podem ressentir a detenção do multimilionário Alwaleed bin Talal. A 50.º pessoa mais rica do mundo, segundo a revista Forbes, tem uma participação de 4,9% no Twitter, mas também na Apple, na News Corporation de Rupert Murdoch, na cadeia hoteleira Four Seasons e mais recentemente na Lyft.

A prisão do príncipe Alwaleed bin Talal já teve impacto na Accor, onde tem uma posição de 5,7%. A maior operadora de hotéis da Europa chegou a cair 2%. Já a holding de bin Talal afundou 5,3%.

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Organização do Web Summit está “convencida” a ficar em Portugal, diz Ana Lehmann

A secretária de Estado da Indústria está confiante de que o evento ficará em Portugal para lá de 2018. Marcelo tinha pedido para que fizesse tudo para manter o evento no país após 2018.

A secretária de Estado da Indústria reafirmou a vontade de manter o Web Summit em Portugal, referindo que a organização “está a ficar bastante convencida”. O acordo atual prevê a realização do evento até 2018, inclusive, mas o desejo do Governo é que se prolongue até 2020.

“Creio que a organização está a ficar bastante convencida em ficar aqui mais anos, mas resta-nos esperar pela sua decisão final”, afirmou, na SIC Notícias, a secretária de Estado da Indústria, que sucedeu no verão a João Vasconcelos. Ana Lehmann quer que o evento fique até 2020, argumentado que Portugal “autojustifica-se” como destino de eleição do Web Summit: segurança, infraestruturas, qualidade de vida, o ecossistema “vibrante” e as boas condições a oferecer aos estrangeiros são os principais argumentos.

A manutenção do evento em Portugal tinha sido um dos pedidos que Marcelo Rebelo de Sousa tinha feito na semana passada. Entre as 150 startups portuguesas que integram o programa Road2WebSummit, o Presidente da República afirmou que “temos de fazer tudo para ver se seguramos o Web Summit em Portugal“. “Isto é uma bola de neve que está a subir”, comentou Marcelo ao lado de Paddy Cosgrave, o líder do evento.

Creio que a organização está a ficar bastante convencida em ficar aqui mais anos, mas resta-nos esperar pela sua decisão final.

Ana Lehmann

Secretária de Estado da Indústria

Questionada sobre a taxa de insucesso das startups, Ana Lehmann classificou o fenómeno de “normal”. No entanto, a secretária de Estado garante que o Governo está a trabalhar para aumentar o sucesso dos negócios em duas vertentes: promover a escalabilidade e a internacionalização das startups conferindo-lhes capacidade competitiva.

Ana Lehmann garante ter já praticamente acordada “a entrada de duas grandes redes de apoio à escalabilidade das startups” em Portugal. Além disso, quer reforçar a ligação entre grandes empresas, grandes investidores e startups. “No Web Summit vou andar todos os dias a ligar grandes empresas a startups“, afirmou, referindo que essa ligação deverá aumentar a capacidade de sobrevivência das startups.

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Luís Delgado negoceia compra da Visão. Impresa confirma

  • ECO
  • 6 Novembro 2017

O negócio está prestes a ser fechado, entregando a revista do grupo da família de Balsemão para o antigo presidente da Lusomundo, atual Global Media.

A revista do Grupo Impresa poderá ter um novo proprietário em breve. Segundo o jornal Público, o ex-jornalista e ex-presidente da Lusomundo, Luís Delgado, está perto de fechar com o grupo de comunicação de Pinto Balsemão um negócio de compra da Visão. A Impresa confirma que está em negociações exclusivas.

A Impresa revela, em comunicado enviado à CMVM, recebeu na presente data uma proposta de Luís Jorge Sales Martins Delgado, tendo aquela aceite negociar até ao dia 31 de dezembro de 2017, com caráter de exclusividade, a eventual aquisição por sociedade a constituir pelo referido proponente, das publicações Activa, Caras, Caras Decoração, Courrier Internacional, Exame, Exame Informática, Jornal de Letras, TeleNovelas, TV Mais, Visão, Visão História e Visão Junior.

O grupo criado por Francisco Balsemão anunciou em agosto que pretendia levar a cabo um “reposicionamento estratégico da sua atividade”. Avaliando o seu portefólio a empresa de comunicação anunciou que venderia alguns dos seus negócios na área do publishing, entre os quais a Visão e a Caras.

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Revista de imprensa internacional

Deverá ser um dos maiores negócios tecnológicos: a Broadcom poderá comprar a Qualcomm por 100 mil milhões de euros. Na Europa, as eleições dão que falar no Eurogrupo, Alemanha ou Itália.

Esta segunda-feira os ministros das Finanças europeus vão discutir a União Bancária, mas vários deles estarão focados na sucessão do Eurogrupo. É o caso do ministro francês que irá esta semana à Alemanha preparar apoios. Merkel está neste momento a negociar uma coligação, mas a questão dos refugiados está a dificultar os progressos. Em Itália, Berlusconi renasceu das cinzas e no Reino Unido o parlamento quer maior escrutínio sobre a transferência das leis europeias para o direito britânico.

Reuters

Ministro das Finanças francês vai a Alemanha para preparar candidatura ao Eurogrupo

Bruno Le Maire é um dos quatro nomes da short list para a presidência do Eurogrupo, onde se inclui o português Mário Centeno. O ministro das Finanças francês vai encontrar-se com o Governo alemão em Berlim para discutir o futuro da Zona Euro e preparar o terreno para ser o próximo presidente do Eurogrupo, sucedendo a Jeroen Dijsselbloem. Le Maire vai encontrar-se com o sucessor de Schauble na pasta das Finanças, Peter Altmaier, um aliado de Angela Merkel.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Politico

Crise dos refugiados complica negociações para o Governo alemão

Angela Merkel está a negociar com os liberais e os ecologistas um Governo de coligação, mas a forma como os partidos querem resolver a crise dos refugiados está a complicar o acordo. A principal diferença entre Os Verdes e os dois partidos de direita reside na quantidade de refugiados devem ser acolhidos, mas também na quantidade de refugiados que devem ser expulsos do país. Foi com este tema como bandeira que o partido da extrema-direita, o AfD, conseguiu eleger, pela primeira vez na democracia alemã, vários deputados para o Bundestag, tendo ficado em terceiro lugar nas eleições de setembro.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

Broadcom prepara compra da Qualcomm por 100 mil milhões de dólares

A Broadcom deverá avançar com uma oferta de 70 dólares por ação da Qualcomm, a rival da Intel, ainda esta segunda-feira. Contudo, o negócio deverá ter vários problemas. Em primeiro lugar porque os gestores da Qualcomm vão recomendar ao acionistas que rejeitem esta operação. Mesmo que ultrapasse esta barreira, a Broadcom deverá ter de enfrentar os reguladores do setor perante uma proposta que constitui a maior aquisição tecnológica de sempre, segundo a Bloomberg. A fusão das duas empresas criaria um gigante que controlaria as peças essenciais para qualquer empresa que queira construir um smartphone.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

EU Observer

Berlusconi vence eleições na região da Sicília

O ex-primeiro-ministro italiano fez o seu regresso à política com uma coligação de direita que venceu as eleições deste domingo. O candidato de Silvio Berlusconi ganhou o voto popular na região autónoma da Sicília, vista muitas vezes como uma antecipação do que poderão ser as eleições a nível nacional. A coligação de direita liderada por Berlusconi venceu com 35 a 39% dos votos, segundo as sondagens à boca das urnas. Os populistas do 5 Estrelas ficaram em segundo, seguido pelo Partido Democrata de Matteo Renzi, o partido que atualmente governa o país.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Politico

Parlamento britânico quer uma comissão para transferir a lei da UE

Os deputados britânicos pediram esta segunda-feira que se crie uma comissão especial para analisar a legislação da União Europeia que deverá ser transferida para o direito britânicos, após o início de 2019 — altura em que acontecerá o Brexit. Este é um dos principais desafios para as autoridades do Reino Unido e, por isso, os parlamentares argumentam que a proposta do Governo para o escrutínio do processo não é suficiente. Theresa May tinha proposto que os seus ministros é que deveriam decidir se a legislação seria escrutinado no Parlamento ou não.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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FMI chega a Angola para “aprofundar” o diagnóstico à economia

  • Lusa
  • 6 Novembro 2017

O FMI está em Luanda para reuniões com as autoridades angolanas. A delegação é chefiada pelo economista brasileiro Ricardo Velloso.

Uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) está em Luanda para reuniões com as autoridades angolanas, que se prolongam até 15 de novembro, para “aprofundar” o diagnóstico sobre a situação macroeconómica de Angola e reforçar a cooperação.

De acordo com fontes do FMI e do Ministério das Finanças angolano consultadas pela Lusa, a delegação é chefiada pelo economista brasileiro Ricardo Velloso, que lidera a missão do Fundo para Angola, e decorre como preparação das anuais consultas ao abrigo do artigo IV.

No caso de Angola, a visita formal no âmbito do artigo IV, referente ao processo de vigilância, consulta e monitorização regular das economias nacionais, só deverá acontecer no início de 2018, devido à realização de eleições gerais no país, a 23 de agosto último, que levaram à eleição de João Lourenço como novo Presidente angolano.

“Tendo em conta as novas circunstâncias políticas do país, o FMI irá proceder a uma atualização das projeções macroeconómicas e manter o diálogo com as autoridades económicas e sociedade civil, como passo prévio da consulta anual referente ao ano fiscal de 2017, prevista para janeiro de 2018″, explicou o Ministério das Finanças.

As conversações oficiais arrancam esta segunda-feira, na sede do Ministério das Finanças, e durante 10 dias a missão do FMI prevê discutir as perspetivas e riscos macroeconómicos, sustentabilidade da dívida pública, contas externas do país, ambiente de negócios, diversificação da economia e crescimento inclusivo, solidez do sistema financeiro, gestão de ativos e a política fiscal.

A delegação do FMI prevê ainda encontros com entidades dos setores público e privado, corpo diplomático acreditado em Angola, ministérios da equipa económica e da economia real, Banco Nacional de Angola, Unidade de Informação Financeira, bancos comerciais, Sonangol, Fundo Soberano, petrolíferas e Procuradoria-Geral da República, entre outras.

Na sexta-feira, em Luanda, o ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, afirmou que o país enfrenta um “quadro macroeconómico difícil”, decorrente da prolongada baixa da cotação do petróleo, e que a consolidação orçamental vai obrigar sacrifícios.

“Tenhamos consciência que não há parto sem dor. Infelizmente, para conseguirmos evoluir para um novo modelo económico, teremos que suportar sacrifícios, que vão resultar da inevitável consolidação orçamental”, apontou o ministro das Finanças.

Archer Mangueira colocou a ênfase na consolidação orçamental, depois de sucessivos exercícios, desde 2014, em que a despesa do Estado foi financiada pelo endividamento estatal, como um dos “aspetos chaves do ciclo de estabilização económica”.

“A redução do défice público, seja pela receita como pela despesa, deve ser prioridade máxima. A redução do défice permitirá controlar o endividamento público e diminuir a pressão sobre as taxas de Juro”, sublinhou, apontando à necessidade de “redução da dimensão estrutural da administração pública” e da “melhoria da qualidade da despesa”.

“A consolidação orçamental, articulada com políticas económicas adequadas, é também condição necessária para a competitividade da economia, gerando confiança e induzindo o crescimento”, disse.

Entre os impactos da atual crise em Angola, Archer Mangueira destacou a desaceleração da atividade económica, com a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto a passar de 6,8% em 2013 para 0,1 % em 2016, apesar das projeções mais positivas para este ano, de 2,1%.

Além disso, as receitas fiscais registaram uma queda acumulada de 40% entre 2013 e 2016, e embora as receitas não petrolíferas tenham aumentado em 27%, a perda das receitas petrolíferas foi de 70%.

Dificuldades que obrigaram ainda a um corte de 29% da despesa total do Estado entre 2013 e 2016, enquanto as contas públicas passaram de superavit de 0,3% (2013) para sucessivos défices anuais, de 6,6% (2014), 2,1% (2015), 2,2% (2016) e 0,9% no segundo trimestre de 2017.

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Energia puxa pela bolsa. CTT continuam a perder valor

A bolsa nacional arrancou a semana em terreno positivo, com os títulos do setor energético a recuperarem. Os CTT continuam em queda.

Depois das fortes quedas no final da semana passada, os títulos do setor energético estão a puxar pela bolsa nacional. O PSI-20 está a valorizar, contrariando a tendência das restantes praças europeias, animado essencialmente pela Galp Energia, que ganha com a subida dos preços do petróleo, isto num dia que volta a ser de queda para os CTT.

O índice de referência da bolsa nacional, o PSI-20, avança 0,17% para cotar nos 5.377,98 pontos, corrigindo da queda de quase 1,5% registada na última sessão da semana passada em resultado da queda do grupo EDP. Nos restantes mercados europeus a tendência é negativa, ainda que as perdas sejam ligeiras: em torno dos 0,2%.

A EDP e a EDP Renováveis afundaram no final da semana passada depois da elétrica liderada por António Mexia ter revisto em baixa as estimativas de lucros. A empresa espera agora obter um lucro entre 850 milhões e 900 milhões de euros em 2017, abaixo da anterior projeção de cerca de 919 milhões de euros. Nesta sessão, a EDP recua 0,3%, mas a EDP Renováveis avança 1,88% para os 7,03 euros.

É, contudo, a Galp Energia a estrela da sessão. A petrolífera está a valorizar 0,6% para 15,99 euros, isto numa sessão que está a ser de ganhos expressivos para a matéria-prima. O Brent, negociado em Londres, avança mais de 1% para um valor acima dos 62,50 dólares, tocando em máximos de mais de dois anos, após a detenção de vários príncipes na Arábia Saudita.

Pela positiva, destaque ainda para a REN que soma 1,15% para 2,72 euros, enquanto a impedir uma subida mais expressiva do índice nacional estão o BCP e os CTT. O banco liderado por Nuno Amado está a perder praticamente 1% para cotar nos 25,20 cêntimos por ação enquanto os CTT deslizam 1,5%.

A empresa liderada por Francisco Lacerda vai na quinta sessão consecutiva de quedas, sendo que desde a apresentação dos resultados já perdeu mais de um quarto do valor em bolsa. Está agora a valer 3,508 euros, isto depois de já ter renovado um mínimo histórico ao cotar nos 3,50 euros no arranque da negociação.

(Notícia atualizada às 8h20 com mais informação)

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É lesado PT/Oi? Termina hoje prazo para receber dívida

  • Lusa
  • 6 Novembro 2017

Os lesados com investimentos até cerca de 13 mil euros têm até esta segunda-feira para tratarem da documentação para reaverem os montantes aplicados.

O prazo para os lesados da PT/Oi com investimentos até cerca de 13 mil euros tratarem da documentação para poderem reaver esses montantes aplicados termina esta segunda-feira, estando alguns dos pagamentos já concluídos.

Em causa está o programa para credores residentes em Portugal da PT/Oi, que permite recuperar de imediato 90% da dívida num montante até 50 mil reais (cerca de 13 mil euros).

Para aderir, os obrigacionistas tinham até dia 19 de outubro para fazer um pré-registo na plataforma online disponibilizada pela Oi, devendo também comprovar a residência em Portugal, que eram titulares de emissões de obrigações do grupo Oi adquiridas através de bancos afiliados ao sistema português e que os seus créditos são abrangidos pelo programa.

A Oi nomeou a firma de advogados Carneiro Pacheco e Associados para receber esta documentação e assim fechar o acordo e criou um centro de atendimento nas Amoreiras, em Lisboa, com o mesmo objetivo. Devido ao elevado número de agendamentos, a empresa deu ainda a possibilidade de os lesados receberem os montantes diretamente através da agência bancária onde compraram as obrigações, evitando também que tivessem de se deslocar à capital portuguesa para concluir o processo.

Esta segunda-feira, termina tanto o prazo para reaver a dívida junto dos bancos como é o último dia para a entrega de documentos e para a assinatura do acordo no centro de atendimento.

Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que, até ao passado fim de semana, perto de 1.500 credores portugueses tinham chegado a acordo com a empresa, faltando concluir outros casos. Segundo a mesma fonte, “os primeiros” lesados a concluir o acordo já receberam o dinheiro que tinham aplicado, que demora perto de 15 dias a chegar.

Os restantes 10% da dívida, perto de 1.400 euros, só poderão ser arrecadados após a aprovação do plano de recuperação judicial da empresa, na assembleia-geral de credores, que já foi adiada diversas vezes, estando agora prevista para 10 e 27 de novembro.

A Oi esteve num processo de fusão com a PT, o qual não se concretizou e entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, por não conseguir negociar a dívida.

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Vice do IEFP ganha contratos de 360 mil euros. MP está a investigar

  • ECO
  • 6 Novembro 2017

Estão a ser investigados contratos realizados entre a Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional e a Quaternaire, da qual é coordenador o antigo vice-presidente da entidade pública.

A Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP) e a empresa de consultoria Quaternaire celebraram pelo menos dez contratos no valor de cerca de 360 mil euros. Esta colaboração está agora a ser investigada pelo Ministério Público porque o coordenador da consultora, Paulo Feliciano, é o antigo vice-presidente do instituto público.

O Público (acesso condicionado) avança que em causa estão sobretudo contratos celebrados no âmbito da elaboração do Sistema de Antecipação de Necessidades de Qualificação (SANQ), que foi adjudicado pela ANQEP à Quaternaire. E que levou a Polícia Judiciária a realizar buscas na sede da entidade pública em abril de 2015.

Desde 2009 — quando passou a ser obrigatória a publicação de contratos que envolvem organismos públicos — a consultora onde Paulo Feliciano é coordenador celebrou com o Estado contratos acima dos oito milhões de euros.

Estes contratos foram adjudicados por várias entidades públicas entre 2011 e 2016, com o objetivo de realizar estudos em áreas pelas quais Paulo Feliciano, que é o atual vice-presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), era responsável quando estava à frente da entidade pública. O responsável tem uma licença sem vencimento devido à nomeação para o IEFP, que aconteceu em janeiro do ano passado.

Um dos contratos, que pode ser consultado no portal Base, no valor de 69 mil euros, destinava-se à elaboração de um estudo sobre o impacto dos Cursos de Educação e Formação no Sistema Nacional de Qualificações. Mas foi revogado em 2014, por acordo entre as duas partes.

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Trump: Acordo comercial com o Japão “não é justo nem aberto”

  • Lusa
  • 6 Novembro 2017

Em visita oficial ao Japão, Donald Trump deixou um aviso: o presidente dos EUA quer que o acordo comercial entre os dois países seja revisto. O republicano alega que o acordo prejudica o país.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se encontra em viagem no Japão, defendeu esta segunda-feira a negociação de um novo tratado comercial com o país, após “muitas décadas” de “gigantesco défice comercial”.

Durante um encontro com líderes empresariais japoneses e norte-americanos, Trump afirmou que o comércio dos Estados Unidos com o Japão “não é justo nem aberto (…) não é livre nem recíproco” e defendeu que tal seja “novamente negociado” de “forma amigável”.

O Presidente norte-americano lamentou que os Estados Unidos sofram com uma situação de “gigantesco défice comercial” de quase 70 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros anuais), com a qual “o Japão ganhou durante muitas décadas”.

Neste sentido, recordou que milhões de carros japoneses são vendidos no seu país todos os anos, mas não há praticamente nenhum veículo norte-americano a ser vendido no Japão.

Em relação à saída dos Estados Unidos do Acordo Transpacífico de Cooperação Económica (TPP), Trump defendeu a decisão. “Teremos mais comércio, como nunca teríamos com o TPP”, afirmou perante executivos de empresas japonesas como Nissan, Honda, Maza e Mitsubishi, e também norte-americanas como a Boeing e a Morgan Stanley.

O Presidente dos Estados Unidos chegou no domingo ao Japão, a primeira paragem de uma viagem pela Ásia, que o levará também à Coreia do Sul, China, Vietname e Filipinas. Após a reunião com os empresários, Trump e a primeira-dama assistiram a uma cerimónia de boas-vindas e encontraram-se com os imperadores do Japão, Akihito e Michiko.

Japão regista várias ameaças de bomba durante visita de Donald Trump

Várias ameaças de bomba foram registadas esta segunda-feira no Japão, onde é raro acontecerem, durante a visita ao país do Presidente norte-americano, Donald Trump. Não foi encontrada nenhuma prova a existência de explosivos nem feita qualquer detenção, segundo a polícia japonesa. Os alertas aconteceram em vários locais no oeste do Japão, longe de Tóquio, onde Trump está hoje.

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Taxa turística em Lisboa pode aumentar em janeiro de 2019

  • ECO
  • 6 Novembro 2017

É certo que o valor será reavaliado até janeiro de 2019 e que deverá ser aumentado, só não se sabe quanto. O compromisso consta do acordo entre o BE e o PS para viabilizar uma maioria em Lisboa.

A Câmara de Lisboa vai reavaliar a taxa turística a cobrar por noite na capital até ao dia 1 de janeiro de 2019. Os bloquistas queriam duplicar a taxa para dois euros por noite, segundo o Diário de Notícias desta segunda-feira, mas os socialistas recusaram. Durante as negociações para viabilizar um executivo camarário não foi alcançado um acordo sobre o aumento da taxa, mas é quase certo que deverá subir.

Foi na semana passada que Fernando Medina e Ricardo Robles anunciaram o acordo entre o BE e o PS que vai viabilizar uma maioria socialista para os próximos quatro anos. O vereador do Bloco de Esquerda ficou com os pelouros da Educação e Saúde, mas o acordo vai além dessas áreas, incluindo também a taxa turística — “o valor da taxa [turística] será reavaliado até 1 de janeiro de 2019”, lê-se no texto.

O BE quer que as receitas provenientes do aumento da taxa turística sejam utilizadas na higiene urbana, transportes públicos, mas sobretudo nas zonas da cidade mais pressionadas pela vaga de turismo. Fonte do executivo de Medina ouvida pelo DN refere que o primeiro passo será avaliar a execução da taxa turística municipal e só depois se pensará no aumento.

Em 2016, a taxa tinha rendido 13,5 milhões de euros e este ano, só no primeiro trimestre, já rendeu 3,3 milhões de euros. Este ano estão previstas receitas na ordem dos 15 milhões de euros.

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