Ex-gestores da Vodafone e da Oxy Capital criam “private equity”

  • ECO
  • 3 Novembro 2017

Antigos líderes da Oxy Capital e da Vodafone acabam de criar uma sociedade de investimentos, a Iberis, que dizem ter capacidade para abordar um grande números de transacções em Portugal e Espanha.

O seu foco são as pequenas e médias empresas. As suas áreas de atuação a indústria e a tecnologia. Luís Quaresma e João Henriques deixaram a Oxy Capital e a Vodafone, onde respetivamente eram sócio e CFO, para criarem a sua própria sociedade de investimentos, a Iberis.

“Trabalhámos juntos na Boston Consulting Group (BCG). Conhecemo-nos há muitos anos. Além de nós os dois, vamos ter um partner espanhol“, explicou João Henriques ao Jornal de Negócios (acesso pago). A Iberis, que tem sede em Lisboa e em breve abrirá escritórios em Madrid, tem, segundo os fundadores, “capacidade e flexibilidade para abordar desde já um grande conjunto de transações em Portugal e Espanha”.

O objetivo da sociedade é a realização de investimentos em “situações especiais e de expansão da atividade”. O modelo da Iberis baseia-se na colaboração com investidores e fundos de investimento (para as operações de maior dimensão) — com os quais os dois sócios têm laços de longa data. Além disso, de acordo com Luís Quaresma, esta private equity também investe ela própria nas operações.

Apesar da sua grande flexibilidade, esta sociedade não constitui para já um fundo de investimento. “A prazo abordaremos a constituição de um fundo de investimento formal, mas vemos este passo como um resultado e evolução natural no nosso trabalho com os nossos investidores”, avançou o ex-parceira da Oxy Capital.

Luís Quaresma foi, por quase seis anos, sócio da Oxy Capital, sociedade gestora de fundos de private equity em Portugal e Itália. Por outro lado, nos últimos cinco anos, João Henriques assumiu o cargo de administrador financeiro da Vodafone (primeiro, da delegação portuguesa e depois do grupo global).

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Repsol aumenta lucros em 41 % para 1.583 milhões de euros

  • Lusa
  • 3 Novembro 2017

Os lucros da empresa espanhola cresceram 41% nos primeiros meses do ano, um aumento que é explicado pelas medidas de eficiência aplicadas num contexto de preços baixos do crude.

A multinacional espanhola Repsol teve um lucro de 1.583 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2017, um aumento de 41% em relação a um ano antes, explicado pelas medidas de eficiência aplicadas num contexto de preços baixos do crude.

Numa informação enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, a empresa energética comunica que o benefício líquido ajustado aumentou 39 %, para 1.702 milhões de euros, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) 32 %, 4.719 milhões de euros.

A Repsol explica que estes resultados refletem “o desempenho positivo dos negócios da empresa, impulsionados pelas medidas de eficiência aplicadas para enfrentar o atual contexto de baixos preços do crude”.

No final do primeiro semestre do ano, a multinacional espanhola já tinha apresentado um lucro de 1.056 milhões de euros, um aumento de 65% em relação a um ano antes.

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Projeto-piloto do cadastro vai custar dois milhões de euros

  • Lusa
  • 3 Novembro 2017

Os dez municípios que integram o projeto-piloto do cadastro têm cerca de 86,4% do total da área física sem registo no Instituto dos Registos e Notariado.

O projeto-piloto do cadastro, que será implementado em dez municípios das regiões Norte e Centro de Portugal continental até 31 de outubro de 2018, está orçado em dois milhões de euros, anunciou fonte do Ministério da Justiça.

De acordo com informação da tutela, o Sistema de Informação Cadastral Simplificada pressupõe a criação do Balcão Único do Prédio (BUPi), um balcão físico e virtual, da responsabilidade do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), que vai permitir o contacto entre o cidadão e a Administração Pública, reunindo toda a informação registal, matricial e georreferenciada relacionada com os prédios.

Adotando medidas para a imediata identificação da estrutura fundiária e da titularidade dos prédios rústicos e mistos, a implementação do cadastro pressupõe ainda a criação do procedimento de representação gráfica georreferenciada, do procedimento especial de registo de prédio rústico e misto omisso e do procedimento de identificação, inscrição e registo de prédio sem dono conhecido.

A lei entrou em vigor na quarta-feira, mas por ter sido feriado só começou a produzir efeitos na quinta-feira, através do projeto-piloto que integra os concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Penela, Sertã, Caminha, Alfândega da Fé e Proença-a-Nova. Segundo fonte do Ministério da Justiça, o processo vai arrancar em datas distintas nos dez municípios, pelo que foram apenas quatro os que começaram na quinta-feira: Penela, Pedrógão Grande, Sertã e Castanheira de Pera.

De acordo com o Ministério da Justiça, os dez municípios que integram o projeto-piloto do cadastro têm cerca de 86,4% do total da área física sem registo no IRN. Mas, duas semanas antes da entrada em vigor da lei, o Sistema de Informação Cadastral Simplificada recebeu 80 pedidos de agendamento para a georreferenciação de 2.948 prédios em seis dos dez municípios que integram o projeto-piloto.

Segunda-feira iniciam-se os registos

Na segunda-feira iniciam o cadastro os concelhos de Alfândega da Fé e de Caminha. Já os restantes municípios – Góis, Proença-a-Nova, Figueiró dos Vinhos e Pampilhosa da Serra – encetam os trabalhos a partir de 13 de novembro. Apesar das datas distintas de arranque do projeto-piloto, desde quinta-feira que é possível fazer o agendamento para realização da georreferenciação nos dez municípios, já que “até dezembro privilegia-se os já agendados”.

A georreferenciação, que consiste na identificação de um terreno através de coordenadas geográficas, tem de ser feita por um técnico habilitado, que pode ser um técnico público, de forma gratuita, ou privado, com custos associados. “Se os terrenos já estão registados na conservatória, basta pedir a sua georreferenciação e entregá-la na conservatória. A georreferenciação pode ser feita sem custos e garante uma maior proteção da sua propriedade”, segundo informação da tutela.

Para saber se os terrenos estão registados na conservatória, os cidadãos podem verificar se tem o documento que comprova o registo do terreno (a certidão do registo predial) ou dirigir-se a uma conservatória do registo predial.

À exceção de Góis, que vai dispor de um espaço BUPi nas instalações da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), todos os municípios vão ter um balcão nas conservatórias do IRN. Sob o mote “proteja o seu território de forma simples e gratuita”, os espaços BUPi vão permitir o registo gratuito dos prédios até 31 de outubro de 2018 nos dez concelhos do projeto-piloto do cadastro.

Após a implementação do Sistema de Informação Cadastral Simplificada nos dez municípios do projeto-piloto, o Governo vai apresentar à Assembleia da República “um relatório de avaliação” deste regime, “com vista à sua eventual extensão a todo o território nacional”, de acordo com a lei em vigor.

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Tranquilidade quer a seguradora do Novo Banco

  • ECO
  • 3 Novembro 2017

A GNB Vida, antiga BES Vida, está à procura de novo dono. Tranquilidade está na corrida onde enfrenta quatro outros candidatos.

A seguradora Tranquilidade está entre os cinco candidatos que se mostraram interessados na compra da GNB Vida, a seguradora do Novo Banco. Com a fase de contactos terminada, o banco inicia agora as negociações diretas e espera as propostas vinculativas.

Tal como avançado pelo Jornal Económico [edição em papel], a Tranquilidade “está fortemente empenhada” nesta aquisição. Sabe-se que entre os restantes quatro concorrentes está um grupo holandês, o Nationale-Nederlanden. Apesar de os primeiros contactos terem sido assessorados pela Deloitte, o Novo Banco toma agora as rédeas e está à frente das negociações.

O processo de contactos, que visa a realização de um contrato de distribuição de longo prazo em exclusividade, terminou em outubro. Existe já uma provisão de 135 milhões, tal como anunciado por António Ramalho na apresentação de contas do banco que gere, em abril. Este montante foi reunido a pensar no negócio da venda da Tranquilidade e deverá representar uma menos-valia para o banco, mas a intenção é que seja incluído no preço de venda da GNB Vida.

A GNB Seguros Vida teve um prejuízo de 85,5 milhões em 2016. Terminou o ano na nona posição entre as seguradoras em atividade em Portugal, abaixo da quarta posição que detinha em 2015. Tem ativos avaliados em mais de cinco mil milhões de euros.

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Lesados da PT/Oi já começaram a ser reembolsados

  • ECO
  • 3 Novembro 2017

Obrigacionistas da antiga PT começaram já a ser reembolsados de parte da empresa na passada quarta-feira, ao abrigo do acordo para os credores lançado pela Oi para dívidas até 13 mil euros.

A Oi já começou a reembolsar alguns obrigacionistas da antiga PT. O reembolso começou a ser efetuado na passada quarta-feira, avança o Jornal de Negócios (acesso pago), com base em informação fornecida por vários obrigacionistas da antiga PT.

Os obrigacionistas lesados estão a receber nas suas contas 90% do total do valor que tinham em obrigações da PTIF — veículo da antiga PT com sede na Holanda que passou para a alçada da Oi quando a operadora vendeu a Meo à Altice. Este reembolso faz parte do programa de acordo para credores lançado pela Oi para dívidas até 50 mil reais (13.130 euros). Estes para já recebem 90% da dívida, sendo o restante montante pago caso o plano de recuperação da operadora seja aprovado em assembleia geral de credores, que entretanto foi adiada para 10 de novembro.

“Desde quarta-feira que uma grande quantidade de pessoas já começou a receber o dinheiro”, contou Francisco Mateus ao Negócios, presidente da associação Alope que representa os lesados da PT/Oi, sem conseguir precisar, no momento, o número de obrigacionistas em causa. Contudo, o processo para reaver as quantias em falta não estará a decorrer de forma igual para todos os lesados porque, de acordo com o representante da Alope, alguns não estarão a conseguir avançar com o processo porque os representantes da Oi perderam a sua documentação, diz o Negócios. Esta situação aconteceu “a dezenas” de pessoas, avançou Francisco Mateus, sendo que o prazo para assinar o acordo termina a 6 de novembro. Fonte dos representantes da Oi, no entanto, desmentiram essa informação, refere o jornal.

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5 coisas que vão marcar o dia

Esta sexta-feira vai ser votado na generalidade o Orçamento do Estado para 2018. Para além disso, a DBRS pode rever o rating de Portugal, isto num dia marcado por resultados da Altri e REN.

O dia vai ser marcado pela votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2018 na Assembleia da República, depois de o PSD ter dito que, se depender do seu partido, o documento não vai ser aprovado. Para além disso, a DBRS pode rever o rating de Portugal. Ainda em época de resultados, o foco também se vira para as contas da Altri, REN, Cofina e Sonae Capital.

Votação do Orçamento do Estado na generalidade

O futuro do Orçamento do Estado para 2018 decide-se esta sexta-feira, com a votação na generalidade da proposta aprovada em Conselho de Ministros, bem como as Grandes Opções do Plano para 2018. Passos Coelho já anunciou que o PSD vai votar contra “porque [o OE] não serve do ponto de vista estratégico, o interesse coletivo, nem está orientado para o futuro”.

DBRS publica relatório de revisão do rating de Portugal

A DBRS volta a rever a notação de Portugal esta sexta-feira. Adriana Alvarado, analista da agência canadiana que segue Portugal, salientou ao ECO que a dívida pública se apresenta com uma “evolução favorável”, ideia que reforça o cenário de melhoria da perspetiva do rating BBB low do país de estável para positiva. Mas ainda que própria agência já tenha sinalizado essa melhoria do outlook, os analistas não estão tão seguros quanto a este desfecho.

Altri e REN prestam contas

A época de resultados continua em força. Desta vez, com a apresentação das contas da Altri. Para a papeleira, os analistas do CaixaBI estimam “mais um trimestre positivo”, com a empresa a “beneficiar da subida dos preços da pasta e da seu elevado grau de eficiência”. Neste dia, os investidores contam ainda com os números da Cofina, REN e Sonae Capital.

Como está o bem-estar dos portugueses?

O Instituto Nacional de Estatística vai disponibilizar o índice de bem-estar. Estes dados permitem acompanhar a evolução do bem-estar e progresso social em duas vertentes: condições materiais de vida das famílias e qualidade de vida. O índice analisa várias vertentes, como vulnerabilidade económica, trabalho e remuneração ou saúde.

iPhone X já está à venda

As vendas do iPhone arrancam esta sexta-feira. Isto depois de o novo telemóvel topo de gama da marca ter esgotado rapidamente quando foram disponibilizadas as pré-encomendas. Bastaram dez minutos para o stock ser completamente arrebatado pelos milhões de fãs que anseiam pelo novo aparelho.

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Gasóleo sobe quase dois cêntimos para o nível mais alto desde março

Combustíveis vão ficar mais caros. Tanto gasóleo como a gasolina vão subir quase dois cêntimos. Se vai abastecer o carro, não espere pela próxima semana.

Combustíveis vão ficar dois cêntimos mais caros na próxima semana.Paula Nunes / ECO

Não espere pela próxima semana para abastecer o depósito do seu automóvel. Tanto o gasóleo como a gasolina preparam-se para registar agravamentos na ordem dos dois cêntimos por litro já esta segunda-feira. No caso do diesel, o combustível mais utilizado pelos portugueses, o preço regista a terceira semana de subidas, para máximos desde o início de março.

De acordo com os cálculos do ECO com base nas cotações da Bloomberg, o litro de gasóleo simples deverá ficar 1,5 a dois cêntimos mais caro a partir de segunda-feira. Será a maior subida de preço desde o dia 2 de outubro. Confirmando-se este agravamento, isto significa que cada litro de diesel passará a custar, em média, 1,272 euros, o valor mais elevado desde março, tendo em conta os dados da Direção Geral da Energia.

Em relação à gasolina, o agravamento deverá ser de dois cêntimos, traduzindo-se na maior subida desde setembro. É um agravamento que pode atirar o preço da gasolina simples 95 octanas para o valor mais alto desde abril, nos 1,474 euros.

A revisão em alta do preçário acompanha a evolução das cotações das matérias-primas energéticas durante esta última semana. Até ao fecho desta quinta-feira, o preço médio da tonelada métrica do gasóleo avança mais de 3,5% após a conversão para euros. Já preço médio da tonelada métrica de gasolina valoriza mais de 4%.

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Altice: Michel Combes espera resultado positivo da Concorrência

  • Lusa
  • 2 Novembro 2017

O presidente executivo da Altice, Michel Combes convicto que a posição da Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a compra da Media Capital se traduzirá num "resultados positivo".

O presidente executivo da Altice, Michel Combes, manifestou-se hoje convicto que a posição da Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a compra da Media Capital se traduzirá num “resultado positivo”.

Questionado sobre se espera que a resposta do regulador seja conhecida ainda este ano, tendo em conta que a operação também poderá ter uma ‘dimensão política’, Michel Combes, que falava numa conferência telefónica sobre os resultados do grupo relativos ao terceiro trimestre, disse que não podia dar uma “resposta precisa”, já que a operação “está nas mãos do regulador”.

Reiterando que o grupo tem imenso respeito pela regulação, Michel Combes salientou que a AdC “tem a sua agenda”, pelo que terá o tempo necessário para dar a resposta à operação de compra da dona da TVI.

“Não imagino por um segundo que haja uma agenda política”, salientou, apontando que o que existe é “uma agenda regulatória”.

No entanto, “não tenho dúvida que será um resultado positivo”, disse o presidente executivo, sublinhando que esta operação é “uma oportunidade” para o mercado de media português, não só em termos de emprego, como inovação e pluralismo.

Este é “um novo movimento no mercado”, disse.

O gestor reiterou que o grupo está disponível, como sempre esteve, para “discutir com regulador questões [que estejam] na mesa”.

Estamos muito abertos e interessados em garantir que a Media Capital esteja numa posição de se poder desenvolver e ser mais forte do que era no passado”, concluiu.

A Altice, grupo que comprou há dois anos a PT Portugal, anunciou em julho que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, entre outros meios, numa operação que a empresa espanhola avalia em 440 milhões de euros.

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Vendas de iphone puxam pelos lucros da Apple

  • ECO
  • 2 Novembro 2017

Os resultados da Apple superaram as estimativas dos analistas. Empresa vendeu mais 46,7 milhões de iphones no quarto trimestre fiscal.

A Apple fechou o quarto trimestre fiscal com números que agradam aos investidores: receitas e lucros cresceram. Os dados da empresa tecnológica estavam a despertaram curiosidade junto dos investidores, sobretudo porque acontecem na véspera do lançamento do iphone X.

Segundo dados apresentados esta quinta-feira ao mercado, após o fecho da bolsa de Nova Iorque, a Apple anunciou um crescimento dos lucros de 19% para 10,71 mil milhões de dólares.

Ao nível das receitas, a empresa liderada por Tim Cook registou um volume de negócios de 52,6 mil milhões de euros, um crescimento de 12% face ao período homólogo de 2016. Um valor que superou as estimativas dos analistas que apontavam para receitas perto de 51 mil milhões de euros.

Em termos de vendas, a empresa indicou que vendeu mais de 46,7 milhões de iphones, no seu quarto trimestre fiscal, um valor que supera as estimativas dos analistas, segundo avança o Financial Times. O trimestre ficou marcado pelo lançamento do iphone 8 e 8 plus. O iPhone X é lançado esta sexta-feira.

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Salgado: BdP “não está interessado na verdade”

  • Lusa
  • 2 Novembro 2017

O ex-presidente do BES recusou responder às perguntas dos mandatários do Banco de Portugal alegando que este "não está interessado na verdade".

O ex-presidente do BES recusou hoje responder às perguntas dos mandatários do Banco de Portugal no julgamento do pedido de impugnação da contraordenação de quatro milhões de euros aplicada pelo supervisor, alegando que este “não está interessado na verdade”.

Já no final de um depoimento que no total durou perto de 10 horas, prestado no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, Ricardo Salgado pediu desculpa ao advogado do Banco de Portugal João Raposo pela sua recusa, invocando o “julgamento sumário” de que foi alvo por parte do governador Carlos Costa no dia 03 de agosto de 2014, quando este o acusou de ter cometido “atos fraudulentos” sem lhe dar o direito de defesa.

“Uma pessoa nas funções como tem o senhor governador do Banco de Portugal (BdP) não pode estar a fazer acusações no dia 03 de agosto, liminares, sem dar direito de defesa à pessoa que ele está a acusar. Quanto a mim isso é uma irresponsabilidade muito grande”, declarou, citando a reação que teve na altura o “ilustre jurista”, e amigo, Miguel Veiga.

"Uma pessoa nas funções como tem o senhor governador do Banco de Portugal (BdP) não pode estar a fazer acusações no dia 03 de agosto, liminares, sem dar direito de defesa à pessoa que ele está a acusar. Quanto a mim isso é uma irresponsabilidade muito grande”

Ricardo Salgado

Ex-presidente do BES

Para Ricardo Salgado, Carlos Costa quis, “fundamentalmente, justificar o desastre com a assinatura da resolução” do banco.

Durante o depoimento, o antigo banqueiro não conseguiu esconder alguma emoção quando falou sobre o comportamento do governador do Banco de Portugal numa fase em que acreditava que o Banco Espírito Santo (BES) podia ainda ser salvo, já que tinha havido uma ação de aumento de capital (na qual o próprio investiu) bem-sucedida e havia investidores estrangeiros interessados.

Ricardo Salgado disse ainda já não ter memória para as vezes que procurou o então Presidente da República, Cavaco Silva, e o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, a “pedir atenção” para a situação do banco, lamentando que, ao contrário do que sucedeu noutros Estados, não tenha encontrado ajuda e lhe tenha sido “tirado o tapete”.

Ricardo Salgado lamentou que Passos Coelho não só não tivesse ajudado o banco a encontrar “uma perna portuguesa” como “divulgou publicamente o não”, o que teve “um efeito reputacional devastador”.

“Isto foi regar com gasolina”, declarou, sublinhando que, se tivesse havido reserva, ainda teria sido colocada a emissão internacional que estava a ser preparada.

Afirmando que não faz política, Ricardo Salgado lamentou ainda hoje ser “castigado por conotações políticas”, que assegurou nunca ter tido, e por ser “colado indevidamente ao Governo de José Sócrates, como tentaram”, questões que irá “explicar” nas “memórias” que está a escrever.

Sobre o julgamento do pedido de impugnação da contraordenação de 4,0 milhões de euros aplicada pelo Banco de Portugal (BdP) por comercialização de título de dívida da Espírito Santo Internacional (ESI) junto de clientes do banco, que decorre no TCRS desde 06 de março e que hoje concluiu a fase de produção de prova testemunhal, Ricardo Salgado disse à Lusa esperar “sinceramente” que “se faça justiça”.

Salgado frisou que “durante muitos anos” não houve “alertas” para a necessidade de consolidação e de auditoria das contas da ESI por parte das entidades às quais estas eram submetidas, nem do Luxemburgo nem da Reserva Federal.

O antigo banqueiro reafirmou ainda que a colocação do papel comercial junto dos clientes do Banco de Investimento e do BES não foi uma decisão sua, mas de todos os membros da comissão executiva.

“O que nós não sabíamos é que havia uma enfermidade nas contas grave, que eu só vim a perceber em meados de novembro de 2013”, afirmou, sublinhando que quando soube do passivo de 1,3 mil milhões de euros foi como “uma bomba que rebentou nas mãos” e uma “enorme surpresa”.

Afirmando que o BES “não merecia este destino que veio a ter”, Salgado lembrou que o Banco Espírito Santo “era o banco mais antigo de Portugal na época”.

"As raízes do banco tinham 150 anos e era a marca mais valiosa do mercado português. Recordo que ainda em 2011 a marca foi avaliada quase em mil milhões de euros e, mesmo em 2014, ainda teve uma avaliação de 650 milhões de euros, apesar das baixas enormes dos valores dos bancos provocadas pela crise”

Ricardo Salgado

Ex-presidente do BES

“As raízes do banco tinham 150 anos e era a marca mais valiosa do mercado português. Recordo que ainda em 2011 a marca foi avaliada quase em mil milhões de euros e, mesmo em 2014, ainda teve uma avaliação de 650 milhões de euros, apesar das baixas enormes dos valores dos bancos provocadas pela crise”, declarou.

Ricardo Salgado lamentou que, hoje, “praticamente” já não haja bancos portugueses.

É uma pena. Naquela altura ainda procuravam defender os bancos portugueses, naquela altura em que foram reprivatizados, porque o Estado português naquela altura não deixava os grupos estrangeiros deterem mais de um terço do capital dos bancos. Hoje não acontece e não há grupos financeiros portugueses”, disse.

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Obras públicas: melhor trimestre nos últimos 25 anos

  • Lusa
  • 2 Novembro 2017

O terceiro trimestre do ano foi o melhor dos últimos 25 anos no mercado das obras públicas, com um crescimento homólogo de 96% dos concursos promovidos, anunciou a AICCOPN.

O terceiro trimestre do ano foi o melhor dos últimos 25 no mercado das obras públicas, com um crescimento homólogo de 96% dos concursos de empreitadas promovidos, anunciou hoje a AICCOPN.

Segundo a edição de outubro do Barómetro das Obras Públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), no final do terceiro trimestre, os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos situaram-se em 2.311 milhões de euros, mais 96% face ao mesmo período do ano passado.

“Com os anúncios de concursos a atingirem os 831 milhões de euros, este foi o melhor trimestre dos últimos 25, ou seja, desde junho de 2011 que não existia um registo trimestral tão elevado”, lê-se no comunicado da associação.

De acordo com a AICCOPN, o total de contratos celebrados e reportados até final de setembro atingiu 1.525 milhões de euros, ou seja, mais 57% que o verificado no ano anterior.

"Considerado apenas o montante registado neste terceiro trimestre, 584 milhões de euros, constata-se que, tal como verificado ao nível dos concursos públicos promovidos, este também é o melhor trimestre desde junho de 2011”

AICCOPN

AICCOPN

Considerado apenas o montante registado neste terceiro trimestre, 584 milhões de euros, constata-se que, tal como verificado ao nível dos concursos públicos promovidos, este também é o melhor trimestre desde junho de 2011”, sublinha a associação.

Nos primeiros nove meses do ano, os contratos celebrados e reportados no Observatório das Obras Públicas no âmbito de concursos públicos ascendem a 879 milhões de euros, mais 74% em termos homólogos.

Os contratos celebrados em resultado de ajustes diretos ascendem a 562 milhões de euros, um aumento de 44% face ao mesmo período de 2016.

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Escolha de Powell para a Fed segura Wall Street

O nome do novo presidente da Reserva Federal foi bem aceite pelos investidores. Não são esperados grandes alterações na política monetária americana o que dá tranquilidade a quem investe.

Esta quinta-feira fica marcada pela escolha de Jerome Powell para liderar a Reserva Federal. Uma escolha que aparece ter animado os investidores, das principais praças norte-americanas apenas o Nasdaq fechou em terreno negativo, a cair 0,02% nos 6.714,94 pontos.

O índice de referência S&P 500 fechou a sessão nos 2.579,82 pontos com uma valorização de 0,02%. O Dow Jones cresceu 0,33% para os 23.511.20 pontos.

Em dia de grandes novidades nos mercados, os investidores acolheram de bom grado a escolha de Donald Trump para liderar a reserva federal. Jerome Powell é visto como uma aposta de continuidade, não sendo de esperar grandes alterações na política monetária americana. A Fed anunciou ainda esta semana que não ia alterar as taxas de juro no imediato, mas deixou a porta aberta a mexidas em dezembro. Já do lado de cá do Atlântico, o Banco de Inglaterra anunciou um aumento da taxa de juro, o que levou à desvalorização da libra.

Ainda a condicionar o comportamento dos investidores estiveram alguns resultados empresariais, a Tesla afundou o que obrigou à abertura de Wall Street no vermelho. A estes somou-se uma deceção com os lucros do Facebook, e ainda hoje, após o fecho do mercado serão conhecidas contas da Apple.

 

 

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