CDS opõe-se ao regime simplificado dos recibos verdes

  • ECO
  • 2 Novembro 2017

Cecília Meireles falou esta quinta-feira ao Parlamento acerca da posição do CDS quanto ao Orçamento do Estado. Defendeu ainda benefícios para o interior.

CDS apresentou esta quinta-feira as suas propostas quanto ao Orçamento do Estado de 2018. Cecília Meireles propõe recuar nas alterações previstas no Orçamento quanto ao regime simplificado dos recibos verdes e sugere ainda benefícios fiscais para fixar populações no interior.

Cecília Meireles apontou as alterações previstas no Orçamento ao regime simplificado dos recibos verdes como “uma medida absolutamente inexplicável” e um “ataque frontal a muitos profissionais e trabalhadores por conta própria“. Realça o impacto negativo que pode ter considerando que 85% dos agricultores se encontram abrangidos por este regime. “O aumento de impostos para estes profissionais não é, do ponto de vista do CDS, aceitável“, remata.

[As alterações ao regime simplificado dos recibos verdes] São um ataque frontal a muitos profissionais e trabalhadores por conta própria

Cecília Meireles

Líder parlamentar do CDS

A líder parlamentar do CDS propôs também a criação de um estatuto fiscal para o interior, apesar de reconhecer que esta é uma reforma “muito complexa”. “Queremos ir tão longe quanto a constituição nos permita”, afirma. A proposta é criar novos incentivos fiscais em conjugação com outros de forma a fixar populações e trazer pessoas. Cecília Meireles considera estas medias “importantíssimas para que possa resolver um problema estrutural de Portugal”.

O CDS incentiva ainda ao investimento na formação, algo que segundo Cecília Meireles “não pode ser adiado”, sendo uma questão “apontada por todas as empresas como fundamental”.

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Web Summit: PLMJ é Expert Partner do “Launch in Lisbon”

PLMJ apresenta-se como Expert Partner para o novo programa “Launch in Lisbon” da StartUp Lisboa. Objetivo nestes três dias é preparar empreendedores, investidores e empresas estrangeiras para

A PLMJ organiza uma formação intensiva – no âmbito do seu patrocínio ao Web Summit 2017 – em formato de Bootcamp e que arrancou hoje e dura até dia 4 de novembro.

O grande objetivo nestes três dias é preparar empreendedores, investidores e empresas estrangeiras para o lançamento dos seus negócios em Lisboa, com conselhos práticos de como atuar no terreno, desenvolver os seus negócios e criar uma rede de contactos em Lisboa.

Estão confirmados para esta 1ª edição do programa dezenas de empreendedores de todo o mundo, desde os EUA, Brasil, França, Holanda, Eslováquia, Alemanha e Finlândia. As suas startups, encontram-se nos mais diversos estágios de maturação e “o programa vai ao encontro das necessidades de todas elas, através de workshops interativos, dinâmicas culturais e ações de formação, todas elas pensadas de forma altamente criativas”, explica a PLMJ, em comunicado.

Serão cobertos temas no âmbito da imigração e vistos (hoje), constituição e implementação de empresas (amanhã) e leis laborais (sábado). A PLMJ terá advogados alocados a cada uma das vertentes da formação para esclarecer todas as suas questões sempre numa perspetiva legal. “Temos no nosso portfolio de clientes algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo como a Microsoft, a SAP e a Samsung e apoiamos startups tecnológicas que já são sonantes no mercado, a Farfetch, a Uniplaces e a FeedZai são bons exemplos de sucesso”, diz o mesmo comunicado.

Este programa realiza-se quatro vezes ao ano, uma vez por trimestre, sendo que está já a ser desenvolvida uma versão online para chegar a todos os interessados em trazer os seus negócios para Lisboa mas que não podem comparecer fisicamente.

“Esta é uma grande oportunidade para estes jovens empreendedores, por ser uma iniciativa que reúne exatamente tudo aquilo que precisam de aprender para serem bem-sucedidos na implementação dos seus negócios em Portugal e que naturalmente PLMJ não podia deixar de se associar”, concluiu o comunicado.

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Dívida pública baixa da fasquia dos 250 mil milhões

  • Margarida Peixoto
  • 2 Novembro 2017

A dívida pública caiu 1,2 mil milhões de euros e baixou do patamar dos 250 mil milhões. Líquida de depósitos, a dívida também caiu face a agosto.

A dívida pública caiu 1.200 milhões de euros em setembro e regressou a valores abaixo do patamar dos 250 mil milhões. Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal e interrompem um ciclo de subidas que já durava há três meses.

De acordo com o banco central, a dívida pública registada em setembro era de 249.141 milhões de euros. Por enquanto, ainda não há dados do terceiro trimestre do Produto Interno Bruto que permitam calcular com melhor precisão quanto é que esta dívida pesa no PIB — daí que o reporte de hoje do Banco de Portugal não inclua este número.

Contudo, assumindo que o nível de produção de riqueza previsto pelo Ministério das Finanças para este ano se concretiza, a dívida pública em setembro representa 129,4% do PIB — um número que ainda fica acima da meta de 126,2% inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2018 entregue a 13 de outubro à Assembleia da República.

Conforme explica o Banco de Portugal, a queda da dívida registada em setembro “reflete essencialmente amortizações líquidas de títulos”, na ordem os 1.400 milhões de euros.

Líquida dos depósitos de todas as administrações públicas, a dívida também recuou 1.200 milhões de euros face a agosto, ficando em 221,6 milhões de euros. Este número está bastante aquém dos valores reportados até ao início de outubro porque o Banco de Portugal passou a destacar a dívida líquida de depósitos de todas as administrações públicas, em vez de destacar a dívida líquida apenas dos depósitos da administração central.

Assumindo o mesmo valor da riqueza produzida para calcular o peso deste endividamento, verifica-se que a dívida líquida representa 115,1% do PIB.

Dívida pública corrige mais de mil milhões de euros

Fonte: Banco de Portugal

E o “trambolhão”?

O antecipado “trambolhão” na dívida pública, tal como explicou Ricardo Mourinho Félix em entrevista ao ECO, ainda não se vê no reporte desta quinta-feira porque foi concretizado a 16 de outubro. Em causa está uma amortização de seis mil milhões de euros de uma linha de Obrigações do Tesouro aberta há dez anos, em junho de 2007.

Só no reporte de dezembro, quando são divulgados os valores da dívida referentes a outubro, é que este efeito deverá ser confirmado. Ainda assim, a redução agora verificada mostra que o Executivo está no bom caminho para cumprir a meta. Se aos 249.141 milhões de euros de setembro subtrairmos os seis mil milhões amortizados em outubro, e assumindo o valor de PIB projetado pelo Governo, o rácio desce para 126,3%, apenas uma décima acima da meta.

Ainda em outubro, o IGCP amortizou mil milhões de euros ao FMI e anunciou o reembolso antecipado de mais dois mil milhões até ao final do ano. A contrabalançar as contas estão duas idas ao mercado durante o mês passado, em que a República emitiu no total mais 2.500 milhões de euros de dívida.

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Banca nacional foi a terceira que mais funcionários cortou na Europa

O rácio de trabalhadores da banca portuguesa por 10 mil habitantes caiu 20% entre 2011 e 2016. Apenas a Espanha e a Grécia sofreram quebras maiores, revela estudo da Oliver Wyman.

A crise financeira teve um impacto devastador sobre a banca nacional e Europeia e obrigou a uma reestruturação do setor como um todo. A diminuição do número de trabalhadores e de balcões é um dos espelhos mais visíveis dessa reestruturação. Portugal, foi um dos países mais penalizados neste âmbito a nível europeu. Entre 2011 e 2016, a banca nacional registou a terceira maior quebra no número de trabalhadores, sendo que à sua frente apenas aparecem a Espanha e a Grécia. Ainda assim, Portugal foi o quinto país que mais balcões fechou nesse intervalo de tempo.

De acordo com o estudo, em 2011, por cada dez mil habitantes existiam 56,7 trabalhadores aos balcões da banca nacional. Este número caiu para 45,1 trabalhadores em 2016. Ou seja, trata-se de um quebra de 20%, a terceira maior a nível europeu, tendo em conta um universo de nove países, revela o estudo da Oliver Wyman. Em termos absolutos, isto representa uma diminuição de cerca de 11,6 trabalhadores por cada dez mil habitantes.

Portugal aparece assim em linha com a Holanda, que sofreu a mesma percentagem de perda de funcionários. Naquele país, o rácio caiu dos 63,1 trabalhadores por cada dez mil habitantes para 50,4. Ou seja, menos 12,7 trabalhadores no intervalo de cinco anos.

Apenas a Espanha e a Grécia ficam pior na fotografia. A Grécia figura no topo do ranking de perda de trabalhadores durante o período considerado. O seu rácio de trabalhadores por cada dez mil habitantes era de 50 em 2011, número que baixou para 39,7 em 2016. Ou seja, uma quebra de 27%, correspondente a uma diminuição de 14,3 trabalhadores por cada dez mil habitantes. No caso de Espanha, a redução no rácio ficou na ordem dos 23%, com o rácio a cair de 52,6 para 40,3, entre 2011 e 2016.

O corte no número de trabalhadores foi acompanhado por uma redução do número de balcões sendo que, neste âmbito, Portugal surge um pouco melhor. No conjunto de nove países europeus considerados — Portugal, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Holanda, Chipre, Espanha e Grécia –, Portugal apenas aparece em quinto lugar no ranking de maior perda de balcões.

Evolução do número de trabalhadores e balcões

Fonte: Oliver Wyman | Nota: Os dados do Reino Unido são referentes apenas ao período entre 2012 e 2014, e a nota apresentada para Portugal é um erro gráfico.

O número de balcões bancários existentes em Portugal caiu 21%, entre 2012 e 2016, sendo que o Chipre — o país com maior perda — a quebra foi de 40%. Pior do que Portugal estão ainda a Grécia (-39%), a Holanda (-37%) e a Espanha (-28%).

“No caso português, as medidas foram fortemente influenciadas pelos compromissos assumidos no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira e dos processos de recapitalização pública, refere a Oliver Wyman, para justificar a quebra do número de trabalhadores e de balcões.

Só no ano passado, a banca portuguesa quase duplicou o corte no número de trabalhadores. No total foram mais de dois mil o número de funcionários que saíram da banca nacional em 2016, apenas considerando os cinco principais bancos a operar em Portugal.

Perante este cenário, Rodrigo Pinto Ribeiro, partner da Oliver Wyman afirma que em Portugal, o desafio para o sistema bancário “passa por gerir a conclusão do processo de reestruturação, ao mesmo tempo que são dados passos decisivos para transformar o modelo de negócio e requalificar a própria força de trabalho”. Segundo o partner da Oliver Wyman, esta será a forma de “dar resposta aos desafios colocados pelas expectativas dos clientes e pela evolução tecnológica”.

(Notícia atualizada às 12h10 com mais informação)

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Proprietários no projeto-piloto do cadastro podem legalizar terras

  • Lusa
  • 2 Novembro 2017

A partir de hoje, os proprietários de prédios nos dez municípios escolhidos podem legalizar gratuitamente os seus terrenos junto do IRN. A ideia é, mais tarde, alargar o projeto a todo o país.

Os proprietários de prédios rústicos e mistos nos dez municípios do projeto-piloto do Sistema de Informação Cadastral Simplificada podem a partir de hoje proceder à legalização dos terrenos sem custos, através do Instituto dos Registos e Notariado (IRN).

A lei entrou em vigor na quarta-feira, mas por ter sido feriado só hoje é que começa a produzir efeitos, através do Balcão Único do Prédio (BUPi), um balcão físico e virtual, da responsabilidade do IRN, que vai agregar a informação registal, matricial e georreferenciada relacionada com os prédios.

Os municípios que integram o projeto-piloto do cadastro são Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Penela, Sertã, Caminha, Alfândega da Fé e Proença-a-Nova.

Segundo a lei, as operações de representação gráfica georreferenciada de prédios podem ser promovidas, de forma gratuita, “por iniciativa dos interessados ou por entidade pública competente”, nomeadamente autarquias, Direção-Geral do Território (DGT) e Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Após a implementação do Sistema de Informação Cadastral Simplificada nos dez municípios do projeto-piloto, o Governo vai apresentar à Assembleia da República “um relatório de avaliação do presente regime, com vista à sua eventual extensão a todo o território nacional”, de acordo com a lei em vigor.

Apresentado no âmbito da reforma da floresta, o diploma do Governo para a criação do cadastro pretendia avançar “imediatamente em todo o país” durante dois anos e meio, mas a Assembleia da República decidiu que fosse implementado como projeto-piloto em dez municípios durante um ano.

A lei do Sistema de Informação Cadastral Simplificada foi aprovada pela Assembleia da República a 19 de julho deste ano e promulgada pelo Presidente da República a 8 de agosto.

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Debaixo de fogo, lucros do Facebook crescem 79%

  • ECO
  • 2 Novembro 2017

Lucros cresceram 79% e receitas 47%. Zuckerberg não foi ao capitólio para apresentar resultados aos investidores. Publicidade em vídeo continuará a ser grande aposta do Facebook.

Mesmo debaixo de fogo, o sucesso do Facebook parece não ter limites. Esta quarta-feira, Mark Zuckerberg faltou à audição no Capitólio — sobre os anúncios publicitários que a Rússia colocou, nesta rede social, durante as eleições presidenciais norte-americanas — para apresentar ele próprio aos investidores os resultados da empresa: um aumento de 47% nas receitas e de 79% nos lucros, no terceiro trimestre de 2016.

Em julho, agosto e setembro do ano passado, a rede social aumentou as suas receitas para 10,3 mil milhões de dólares (quase 8,6 mil milhões de euros) e os seus lucros para 4,7 mil milhões de dólares (pouco mais de quatro mil milhões de euros).

O desempenho do Facebook foi grandemente impulsionado pela aposta na publicidade em vídeo, que fica mais cara para os anunciantes e garante maior engajamento do público, explica o The New York Times. Além disso, o crescimento do número de utilizadores — a rede social conta agora com 2,07 mil milhões de pessoas, mais 16% do que tinha anteriormente — promoveu do mesmo modo essa expansão.

Face a estes resultados, o Facebook está agora focado na contratação de mais dez mil colaboradores para manter a segurança e qualidade da rede, bem como na produção de conteúdos próprios para tornar o vídeo mais “social”. Na apresentação, Zuckerberg deixou a nota: “Proteger a nossa comunidade é mais importante do que maximização os lucros”.

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Matos Fernandes quer casas com rendas 20% abaixo do mercado

  • ECO
  • 2 Novembro 2017

Um novo regime de mobilidade e um menor encargo da habitação para os orçamentos familiares foram algumas das ideias trazidas por João Matos Fernandes em entrevista ao jornal Público.

O ministro do Ambiente quer um alívio do peso da habitação junto das famílias portuguesas e um novo regime de mobilidade que passe por um maior uso dos transportes públicos, quer através de um passe social que se espera estender para todo o país, quer através de um vale de mobilidade oferecido pelas empresas aos seus funcionários. João Matos Fernandes falou ainda de uma possível regulamentação de serviços como a Uber e a Cabify, em entrevista ao Público e à Rádio Renascença [acesso condicionado].

“Conseguimos garantir que vamos fazer um esforço muito grande para que aquele que é hoje o encargo médio das famílias com habitação que anda a volta dos 35% se aproxime de um valor que é o nosso alvo de 27%“, avançou o ministro, relativamente à situação do mercado arrendatário, com rendas cada vez mais elevadas. João Fernandes referiu a já anunciada estipulação de “rendas acessíveis”, 20% abaixo do preço de mercado e o aumento de 2% para 5% das casas com apoio público.

A dimensão do problema não nos permite resolvê-lo apenas com o Estado a ser empreiteiro“, comenta. Neste sentido, o ministro esclarece que o Orçamento de Estado para o próximo ano prevê “uma isenção fiscal total de IRS e IRC para quem entre no programa de arrendamento acessível” e “a possibilidade de as autarquias baixarem o IMI até aos 100%”.

Embora não conste no OE para 2018, João Fernandes sinaliza que o vale de mobilidade para as empresas “é uma proposta a trabalhar este ano”. O objetivo passa por reduzir as frotas das empresas a circular nas cidades, substituindo por um vale que pode ser utilizado pelo trabalhador e pela sua família nos transportes públicos, incluindo o táxi. Para que a alternativa seja apelativa às empresas, o ministro do Ambiente garante, em entrevista, que estas terão deduções fiscais. A medida, no entanto, não deve ser vista como um acrescento salarial, mas antes uma substituição dos automóveis cedidos pelas empresas, reforçou. Matos Fernandes esclarece que “tem de haver uma grande transformação, que passa pela utilização mais intensiva dos transportes coletivos e de partilha”.

"Temos de ter um padrão de mobilidade urbana completamente diferente do que temos hoje.”

João Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

Os passes sociais foram também um tema em cima da mesa. “O que aconteceu em relação aos passes sociais foi que já no ano passado o IVA da aquisição pode ser descontado em 100% em sede de IRS”, disse. Relativamente ao passe sub23, o ministro sublinhou a recente medida de extensão do título a todos os menores de 23 anos, “independentemente do salário”.

Ainda no setor dos transportes, João Fernandes abordou a possível regulamentação dos serviços de transporte de passageiros como a Uber e o Cabify. O ministro relegou as responsabilidades para a Assembleia da República, admitindo que “o Governo fez o seu trabalho”. Realçando a necessidade de “defender os direitos dos utilizadores e também os direitos de trabalho de quem conduz estes mesmos veículos”, o titular da pasta do Ambiente disse que o executivo avançou com uma proposta “equilibrada” junto da Assembleia, a par com o PSD que, nas suas palavras, apresenta um projeto “muito diferente”. Neste sentido, espera que “a AR depressa aprove uma lei com base naquela que é proposta pelo Governo”.

A entrevista do João Fernandes passou também por temas como as reparações na frota da Soflusa e a avaria na Transtejo no passado domingo, assim como a taxa das munições sobre o chumbo, que não foi avançada para o OE para o próximo ano e o alargamento das taxas sobre os sacos de plástico para outras embalagens, uma medida adiada para 2019.

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Tesla adia metas outra vez e lucros caem. Ações acompanham

  • ECO
  • 2 Novembro 2017

Dos lucros aos problemas na produção do Model 3 da Tesla, várias são as razões que têm dececionado os investidores.

A Tesla enfrenta a maior quebra nos lucros da história da empresa. Em paralelo, foi noticiado que a meta fixada em termos de volume de produção do Model 3 foi adiada cerca de três meses.

O interior do Model 3 da Tesla.

Os lucros da Tesla no último trimestre desiludiram e os investidores não perdoaram: as ações caíram 5% já depois do fecho dos mercados. A agravar os receios estão os anunciados atrasos na produção do Model 3.

O Model 3 da Tesla é a grande aposta da empresa de Elon Musk — e o produto do qual está dependente o futuro da mesma. O líder da tecnológica diz que espera conseguir produzir cerca de 5.000 unidades por semana no máximo, até ao início de 2018, um atraso de três meses. “Estamos em cima do assunto” garantiu, citado pela Reuters.

Até ao final do terceiro trimestre deste ano foram fabricadas apenas 260 unidades quando o planeado era ultrapassar as 1.500. O problema está no fabrico da bateria, cujo processo de produção teve de ser redesenhado.

O atraso na produção significa um atraso nas vendas, que poderá pesar na liquidez da empresa. Também os benefícios fiscais para promover a compra de veículos elétricos têm como limite a venda de 200 mil unidades em território americano. Globalmente, a Tesla já chegou aos 250.000 veículos vendidos.

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Revista de imprensa internacional

ACS acelera na contraopa à Abertis, Bitcoin e Facebook nos lucros. Já a Tesla fica para trás nas metas de produção. Trump lança nova polémica.

Esta quinta-feira, a ACS acelera na contra-OPA lançada à Abertis, a “Brisa espanhola”. A Bitcoin bate novos recordes. O Facebook também vê os lucros disparar mas prevê um abrandamento dadas as suspeitas de que a Rússia se terá servido da rede social para influenciar o resultado das presidenciais de 2016. A Tesla é forçada a pôr travão à produção por problemas técnicos no novo modelo. Trump também surpreende com novas declarações polémicas: o presidente norte-americano apelou a que o responsável pelos ataques terroristas desta terça-feira fosse condenado à pena de morte.

The Guardian

Facebook dispara nas receitas, mas Rússia pode vir a pesar

O Facebook apresentou um crescimento de 47% nas receitas do terceiro trimestre face a 2016. Contudo, Mark Zuckerberg já anunciou que, no próximo trimestre, a glória pode não se repetir. Numa altura em que a interferência da Rússia nas eleições americanas está a ser debatida pelo Senado, as medidas a tomar em relação a estas situações podem vir a pesar no balanço da gigante tecnológica. “Proteger a nossa comunidade é mais importante do que maximizar os nossos lucros” disse Zuckerberg.

Leia a notícia completa aqui (Conteúdo em inglês / acesso livre)

Financial Times

Trump ‘tweeta’ a favor da pena de morte

“Devia enfrentar a pena de morte!”, defendeu Trump através da sua conta Twitter. O presidente norte-americano considera esta a justiça adequada a Sayfullo Saipov, que é acusado de ter assassinado oito pessoas e ferido doze na passada terça-feira em Nova Iorque, o ataque mais mortífero na cidade desde o 11 de setembro. O presidente critica ainda o facto de o acusado ter solicitado que se pendurasse a bandeira da ISIS no quarto de hospital onde se encontra de momento.

Leia a notícia completa aqui (Conteúdo em inglês / acesso condicionado).

Expansión

ACS já reuniu o “esquadrão” que vai financiar a contra-OPA à Abertis

A corrida à “Brisa espanhola”, a Abertis, tem uma nova equipa a apoiar a ACS, um dos dois principais candidatos. A construtora espanhola concordou com o banco JP Morgan que o francês Société Générale, o britânico HSBC, o japonês Mizuho e o alemão Commerzbank seriam os reforços ideais para o financiamento da contra- OPA. A construtora espanhola avalia a concessionária de autoestradas espanhola em 18,579 milhões de euros. Enfrenta a italiana Atlantia, que oferece mais de 16 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa aqui (Conteúdo em espanhol / acesso livre).

Bloomberg

Bitcoin já ultrapassou a fasquia dos 7.000 dólares

A bolha não rebenta, mas a Bitcoin continua a rebentar com a escala: a moeda digital chegou esta manhã aos 7.045,46 dólares, uma subida de 6,19%. Ainda esta segunda-feira fechou perto dos 6.000. O último recorde foi quebrado esta quarta-feira, quando a moeda atingiu os 6.600 dólares. Este ano já cresceu 640%, sendo um dos ativos mais rápidos a juntar-se ao “clube dos 100 mil milhões“, onde estão empresas como a Apple e Amazon.

Leia a notícia completa aqui (Conteúdo em inglês / acesso livre)

Reuters

Tesla desacelera a produção por problemas técnicos. Lucros acompanham

O Model 3 da Tesla vai sair da fábrica com cerca de três meses de atraso devido a problemas na produção. Elon Musk enfrenta ainda a maior quebra nos lucros trimestrais da história da empresa. Esta quarta-feira as ações chegaram a cair 3,15%. O sucesso do novo elétrico é decisivo na estratégia da empresa dado que o preço começa nos 35.000 dólares, metade do praticado no anterior Model S.

Leia a notícia completa aqui (Conteúdo em inglês / acesso livre)

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CTT cai 4% e renova mínimo histórico

A recuperação das ações no arranque da sessão durou pouco. O título desvaloriza mais de 4%, tendo assinalado um novo mínimo histórico de 3,771 euros.

Cerca de dez minutos. Foi quanto durou a curta recuperação das ações dos CTT. Depois de terem estado a ganhar em torno de 1% no arranque desta sessão, as ações da empresa liderada por Francisco de Lacerda rapidamente inverteram de rumo. Apesar de as perdas estarem a ser bem mais contidas face ao tombo de mais de 20%, registado na quarta-feira, as ações da dona dos Correios já estiveram a recuar perto de 5%, para um novo mínimo histórico.

As ações dos CTT deslizam 4,17%, para os 3795 euros, depois de já terem recuado um máximo de 4,77%, para os 3,771 euros, o que corresponde a um novo mínimo intradiário desde que os CTT foram para a bolsa em dezembro de 2013.

A empresa prolonga assim o tombo histórico registado na sessão de quarta-feira, dia em que as suas ações desvalorizaram 21,68%, vendo assim eliminado mais de um quinto do seu valor bolsista num único dia. Um tombo que representa uma reação dos investidores aos maus resultados apresentados pela empresa nos nove primeiros meses do ano e o anúncio do corte do dividendo a distribuir pelos acionistas.

Entre janeiro e setembro deste ano, os lucros dos CTT caíram 57% face ao mesmo período do ano passado, para os 19,5 milhões de euros, anunciou a empresa na passada terça-feira. Grande parte da responsabilidade por esse tombo teve a sua origem na quebra das entregas de correspondência: -6,1%.

O dividendo da empresa será ainda cortado dos 48 para os 38 cêntimos por, segundo pretende propor a empresa aos acionistas. O mercado não gostou e os analistas aprontaram-se a rever em baixa as suas avaliações da cotada.

O BPI baixou a avaliação dos CTT em 27,7%, com o preço-alvo a passar dos 6,5 euros para os 4,70 euros, e a recomendação a descer de “comprar” para “underperform”. Já o Haitong cortou o preço-alvo de 6,50 euros para 3,90 euros. A recomendação é de “neutral”. Era de “comprar”. Mas há mais casas a também reverem em baixa a sua avaliação do título. Foi o que aconteceu com o JP Morgan, mas também com a Mainfirst. Por sua vez, o BBVA e o Santander colocaram a avaliação do título sob revisão.

“Os resultados do trimestre foram abaixo das nossas estimativas“, diz já o CaixaBI emitiu esta quinta-feira uma nota de research enviada a clientes, salientando que o último trimestre foi “muito fraco” para os CTT. Na mesma nota, o banco de investimento comenta ainda a perda dos CTT da exclusividade da venda de produtos de poupança do Estado que, segundo avançou o público na terça-feira passarão a ser também vendidos em Lojas do Cidadão.

No entanto, o CaixaBI não mexeu na sua avaliação do título: mantém-se em “comprar”, com um preço-alvo de 6,50 euros.

(Notícia atualizada às 15h27 com novas cotações)

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Governo abre novo período de integração dos precários do Estado

  • ECO
  • 2 Novembro 2017

De 6 a 17 de novembro, decorre o novo período de entrega de requerimento para a regularização dos vínculos precários dos trabalhadores da Administração Pública.

Os trabalhadores precários das empresas públicas que não requereram a regularização da sua situação laboral entre maio e junho deste ano podem fazê-lo este mês. O Governo acaba de lançar um novo período de apresentação de requerimentos ao Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), que se estenderá entre 6 e 17 de novembro.

Os funcionários que entregaram os documentos depois de 30 de junho (considerados fora de prazo) não terão de o voltar a fazer, uma vez que os seus pedidos vão ser agora analisados pelas Comissões de Avaliação Bipartidas. “Este processo será tendencialmente neutro do ponto de vista orçamental”, informa ainda o ministério das finanças, embora não elimine por completo a hipótese de encargos.

O PREVPAP dirige-se aos trabalhadores da Administração direta ou indireta do Estado das empresas públicas que exerçam funções que correspondam a necessidades permanentes dos serviços ou entidades sem beneficiarem de um vínculo jurídico adequado. Segundo o comunicado enviado pelo Ministério das Finanças em conjunto com o Ministério da Solidariedade, Trabalho e Solidariedade Social, a avaliação em curso abrange 31 mil trabalhadores.

 

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PIPA quer apostar na identificação precoce do autismo e precisa de ajuda

  • Lusa
  • 2 Novembro 2017

Contactos, visibilidade e investimento. São esses os objetivos que a PIPA aponta para a sua presença no Web Summit. O programa quer aposta na identificação precoce do autismo.

O Programa Integrado Para o Autismo (PIPA), que tem apostado na criação de aplicações eletrónicas para o acompanhamento de crianças, quer encontrar investidores que possam desenvolver tecnologia avançada para a identificação precoce da doença.

Recentemente, o PIPA criou uma vertente “APPS”, que assenta em três aplicações de formato eletrónico para promoção da estimulação de competências neurocognitivas e linguísticas que estão em défice na criança com perturbações do neurodesenvolvimento.

Trata-se de jogos criados com o objetivo de estimular a aquisição da linguagem e da numeracia.

João tem quatro anos e há cerca de dois que está a ser acompanhado pelo PIPA. Atualmente, nas suas sessões, recorre a estas aplicações. Agora tem autismo de grau ligeiro, mas quando ali chegou estava no grau moderado.

“Este acompanhamento tem sido uma grande ajuda, noto uma enorme evolução”, constata a mãe Susana.

Durante a sessão, o técnico Nuno mostra-lhe no iPad as aplicações disponíveis e João entusiasma-se a cada exercício, ora no encaixe das frutas, ora na identificação dos números e das cores.

Os jogos foram construídos por uma equipa de especialistas na área da saúde, nomeadamente da psicologia do desenvolvimento, da terapia da fala e do ‘design’.

Cláudia Bandeira Lima é a coordenadora do PIPA e explicou à Lusa que a ideia de se criarem aplicações eletrónicas surgiu depois de se aperceberem que as crianças tinham uma maior facilidade de aprendizagem através de uma plataforma eletrónica.

“Já que adaptamos tantos materiais lúdicos para trabalhar com as crianças no dia a dia, porque não criar jogos numa plataforma digital e, de facto, tem sido um enorme sucesso estas aplicações. Já temos mais de 8.000 ‘downloads’ e estamos muito satisfeitos com a recetividade quer dos pais, quer das crianças que têm uma intuição fácil para este tipo de aprendizagem”, esclareceu.

Mais de 60 crianças são acompanhadas anualmente pelo PIPA e, em Portugal, segundo a especialista uma em cada 68 crianças sofre de autismo, uma doença merece cada vez mais atenção.

A presença na Web Summit é, segundo Cláudia Lima, uma “oportunidade muito interessante”, por conciliar a vertente clínica com a de tecnologia.

“Faz imenso sentido. Estamos a avançar na tecnologia a olhos vistos e estas crianças têm, na maioria das vezes, uma aptidão especial para a área tecnológica”, disse.

Contactos e visibilidade são os objetivos do PIPA APPS, mas o mais importante, sublinhou Cláudia Lima, seria encontrar investidores que apostassem em tecnologia na área do diagnóstico precoce.

“Uma das grandes dificuldades nesta problemática do autismo é conseguirmos identificá-lo numa idade muito precoce, nos dois primeiros anos de vida, e não há nada que nos dê essa identificação e, portanto, seria muito interessante conseguirmos ter uma aplicação que permitisse esse diagnóstico”, sustentou.

Segundo Cláudia Lima, conhecimento, experiência e confiança no resultado não faltam, resta agora encontrar quem queira financiar novas aplicações, nomeadamente no formato de diagnóstico precoce e elevar Portugal na área do autismo, com ferramentas de desenvolvimento já existentes, por exemplo, nos Estados Unidos.

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