Lucros da Galp crescem 45% no terceiro trimestre

A petrolífera registou lucros de 166 milhões de euros entre julho e setembro, acima do 115 milhões verificados no mesmo período do ano passado.

A Galp Energia viu os seus lucros subirem no terceiro trimestre deste ano. Entre julho e setembro deste ano, o resultado líquido da petrolífera ascendeu a 166 milhões de euros, informou a empresa ao mercado esta segunda-feira. Este valor representa um aumento de 45% face aos 115 milhões de euros de lucro registados no mesmo período do ano passado. O resultado da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva foram suportados pelo desempenho do negócio de produção e refinação de petróleo que compensou o pior desempenho da área do gás.

Perante o resultado alcançado no terceiro trimestre do ao, a petrolífera viu os seus lucros nos nove primeiros meses do ano crescerem 15%, para os 416 milhões de euros.

“O EBITDA RCA consolidado aumentou 103 milhões de euros face ao período homólogo para os 487 milhões de euros, suportado pelo desempenho dos negócios de E&P [exploração e produção] e de R&D [refinação e distribuição], que mais do que compensou o efeito da desconsolidação da atividade de infraestruturas de gás”, explica a petrolífera face a balanço do terceiro trimestre.

O EBITDA (lucros antes de impostos) da empresa no negócio de E&P foi de 215 milhões de euros, 88 milhões acima do valor registado no mesmo período do ano anterior, “suportado pelo aumento de produção e dos preços de petróleo e gás natural, apesar de afetado pela desvalorização do Dólar face ao Euro”, refere o comunicado, que diz ainda que foi assinalado um marco histórico, com a produção de mais de 100 mil boe por dia.

Por sua vez, o EBITDA do negócio de R&D aumentou 38 milhões de euros, para os 218 milhões, “suportado pelo aumento da margem de refinação da Galp para os $7,4/boe, que refletiu a melhoria das margens no mercado internacional e as exportações de gasolina para os EUA”.

O investimento totalizou 227 milhões de euros durante o trimestre, dos quais 82% foram alocados a atividades de desenvolvimento e produção, nomeadamente no bloco BM-S-11 no Brasil. A petrolífera destaca-se também o início do investimento no desenvolvimento do projeto Coral Sul em Moçambique.

Já a dívida líquida da empresa ascendia no final do terceiro trimestre a 1,5 mil milhões de euros.

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Revitalização do Pinhal Interior vai a Conselho de Ministros em breve

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

António Costa defendeu que é preciso reconstruir, "mas reconstruir melhor e reconstruir diferente". Primeiro-Ministro diz que este projeto é decisivo para o futuro do território.

O Programa de Revitalização do Pinhal Interior vai ser aprovado num dos próximos Conselhos de Ministros, disse, este domingo, o líder do executivo, António Costa, considerando o documento “decisivo” para o território.

O período de discussão pública do Programa de Revitalização do Pinhal Interior (zona afetada pelos grandes incêndios de Góis e Pedrógão Grande) terminou há cerca de uma semana e a Unidade de Missão para a Valorização do Interior já acabou a avaliação dos contributos, revelou o primeiro-ministro, que discursava na Câmara da Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra.

“Num dos próximos Conselhos de Ministros iremos aprovar este projeto piloto. E este projeto piloto é decisivo para o futuro deste território. É decisivo para estes concelhos [abrangidos pelo programa], mas também é decisivo para inspirar o resto de todas as regiões do interior do país”, sublinhou António Costa.

Para o líder do executivo, o programa representa uma “oportunidade de desenvolvimento única” que tem de ser potenciada.

António Costa destacou a proximidade da região ao centro do mercado ibérico, os seus recursos endógenos e o vasto património natural.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu ainda que é preciso reconstruir, “mas reconstruir melhor e reconstruir diferente”.

António Costa considerou também que é fundamental que daqui a 12 anos o território não esteja a enfrentar “as mesmas realidades” que hoje enfrenta e que enfrentou há 12 anos, nos grandes incêndios de 2005.

De acordo com o líder do executivo, há que fazer a “revitalização de todo este território e fazer com que a esperança não seja apenas uma palavra que se acarinha, mas que se traduza em factos e em realidades”.

O programa de revitalização abrange sete municípios: Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã.

Os sete concelhos foram afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande e Góis, em junho deste ano, que provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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Incêndios: Segurança Social vai apoiar agricultores até 1.053 euros

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

António Costa acredita que esta medida deverá dar resposta à generalidade das situações mais imediatas. Apoios serão assegurados pela Segurança Social para evitar burocracia.

A Segurança Social vai apoiar diretamente os agricultores afetados pelos incêndios que deflagraram em 15 de outubro até ao montante de 1.053 euros, anunciou, este domingo, o primeiro-ministro, António Costa.

Para evitar a “enorme carga burocrática” dos mecanismos de apoio da União Europeia, os apoios até 1.053 euros vão ser assegurados através da Segurança Social, afirmou António Costa, durante a apresentação do modelo de reconstrução de habitações afetadas pelos fogos, que decorreu hoje na Pampilhosa da Serra, concelho do distrito de Coimbra.

Em declarações aos jornalistas, o líder do executivo disse que esta medida deverá dar resposta “à generalidade das situações mais imediatas”, à imagem daquilo que aconteceu em Pedrógão Grande.

Em Pedrógão Grande, havia ainda um apoio concedido a prejuízos na agricultura superiores a 1.053 euros e inferiores a 5.000 euros, que era assegurado pelo fundo Revita.

Esse mesmo mecanismo não está previsto no contexto dos incêndios que deflagraram em 15 de outubro, sendo que, para prejuízos superiores a 1.053 euros, os produtores terão de recorrer aos mecanismos da União Europeia, explicou António Costa.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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Balcão Nacional de Arrendamento já decretou 1.480 despejos este ano

  • ECO
  • 30 Outubro 2017

Os salários baixos e as rendas cada vez mais altas estão a deixar muitas famílias sem capacidade para pagar as casas.

No ano passado, foram despejadas 1.931 famílias através do Balcão Nacional do Arrendamento (BNA), quase o dobro comparando com 2013. E nos primeiros nove meses deste ano, já foram decretados 1.480 despejos, de acordo com dados do Ministério da Justiça. A notícia faz capa do Diário de Notícias, que diz que os salários baixos e as rendas cada vez mais altas estão a deixar muitas famílias sem capacidade para pagar as casas.

Os números apontam para o despejo de 5,5 famílias por dia. Mas podem ser mais, já que há cada vez mais processos a correr diretamente nos tribunais. O presidente da Associação Nacional de Proprietários, António Frias Marques, admite que os dados do BNA “representem apenas um terço do total de títulos de desocupação do locado emitidos em Portugal”.

O BNA foi criado em 2013 precisamente para libertar os tribunais deste tipo de processos. Mas gera críticas: os proprietários apontam para a desresponsabilização dos fiadores que não são chamados a assumir as dívidas e dizem que as saídas são travadas por novos processos “que podem levar um a dois anos até a casa ser esvaziada”; os inquilinos falam num sistema cego e apelam à especialização de quem decide.

No ano passado, o Balcão recebeu 4.361 requerimentos de despejo, mas 64% foram recusados.

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Governo lança hoje novo tipo de Certificados do Tesouro

  • Lusa
  • 30 Outubro 2017

Governo quer estimular assim a poupança de médio prazo dos portugueses e dinamizar o acesso dos particulares a instrumentos de dívida pública com taxa fixa garantida.

O Governo lança, esta segunda-feira, um novo produto de poupança a sete anos, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), com uma taxa fixa que começa nos 0,75% e que chega aos 2,25% no último ano.

Os CTPC serão emitidos por prazos de sete anos e amortizados na respetiva data de vencimento ou antecipadamente, ao valor nominal, sendo que cada unidade terá um valor de um euro, tendo de ser subscritas no mínimo 1.000 unidades e no máximo um milhão de unidades, o que significa que os aforradores que optarem por este produto poderão investir entre 1.000 euros e um milhão de euros.

Cada subscrição vence juros com uma periodicidade anual (sem capitalização de juros) e o resgate só é possível um ano após a data-valor da subscrição.

No final do primeiro ano, “poderão ser efetuados resgates, a todo o tempo, acarretando a perda total dos juros decorridos desde o último vencimento de juros até à data de resgate”.

Quanto à remuneração bruta, esta será de 0,75% nos dois primeiros anos, de 1,05% no terceiro, de 1,35% no quarto, de 1,65% no quinto, de 1,95% no sexto e de 2,25% no sétimo e último ano.

A partir do segundo ano, a taxa de juro é acrescida de “um prémio correspondente a 40% do crescimento médio real do PIB a preços de mercado nos últimos quatro trimestres conhecidos no mês anterior à data de pagamento de juros”, sendo que este prémio só é atribuído se o crescimento económico foi positivo e está “limitado a um máximo de 1,2% em cada ano, equivalente a 40% de um crescimento médio real do PIB de 3%”.

O objetivo do Ministério das Finanças é “fomentar a poupança de médio prazo dos cidadãos e dinamizar o acesso dos particulares a instrumentos de dívida pública com taxa fixa garantida, a que acresce um prémio a partir do segundo ano, determinado em função do valor do crescimento económico, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB)”.

Consequentemente, com a criação destes novos instrumentos de poupança, o Governo suspende as novas subscrições de Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM).

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EDP contrata linha de crédito de 3,3 mil milhões por prazo de cinco anos

Elétrica nacional assinou contrato de financiamento de mais de três mil milhões pelo prazo de cinco anos e extensível por dois adicionais.

A EDP – Energias de Portugal contratou uma linha de crédito de 3,3 mil milhões de euros pelo prazo de cinco anos, extensível por dois anos adicionais, informou a elétrica nacional em comunicado à CMVM. “A nova linha de crédito substitui uma linha de 3.150.000.000 euros contratada pela EDP em 2014 com 21 bancos e que vencia em junho de 2019, mantendo o seu propósito: suporte de liquidez do grupo”, esclarece a empresa no mesmo comunicado.

Apesar da existência desta linha anterior, a EDP acrescenta que “a linha (…) não teve quaisquer utilizações, estando inteiramente disponível à data da sua substituição.

“A transacção foi organizada pela própria EDP, na modalidade de Club Deal, contando com a participação de 22 bancos nacionais e internacionais: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A., Banco Comercial Português, S.A., Banco Santander, Bank of America Merrill Lynch International Limited, MUFJ, LtD, Barclays Bank PLC, BNP Paribas, Caixabank, S.A., Caixa Banco de Investimento, S.A., Citigroup Global Markets Ltd, Commerzbank, Credit Agricole Corporate and Investment Bank, Deutsche Bank AG, HSBC Bank PLC, Industrial and Commercial Bank of China Limited, ING Bank N.V., Intesa Sanpaolo SpA, J.P. Morgan Securities PLC, Mizuho Bank Europe N.V., The National Westminster Bank PLC, Société Générale e Unicredit Corporate & Investment Banking (“Bookrunners & Mandated Lead Arrangers”). O MUFJ, Ltd. actua também como Agente”, adianta ainda o grupo em comunicado.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Outubro 2017

Dos novos dados do desemprego aos resultados trimestrais da Galp Energia. Saiba o que vai marcar o dia.

Será que o desemprego estabilizou em agosto? E em setembro, o que dizem as estimativas preliminares? A resposta surge esta segunda-feira, no destaque a publicar pelo INE. Já da Comissão Europeia surgem novos dados relativos ao sentimento económico e clima de negócios. Mas o dia também vai ser marcado pelos resultados da Galp Energia e pelo arranque do período de subscrição dos novos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento.

Certificados de Tesouro Poupança Crescimento já podem ser subscritos

Os novos Certificados de Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) estão disponíveis a partir de hoje. A remuneração média é de 1,35% (abaixo dos Certificados de Tesouro Poupança Mais, agora substituídos) e pode ser alcançada ao fim dos sete anos de aplicação. Mas trazem um bónus com o PIB logo a partir do segundo ano.

Como avança o desemprego?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje novas estimativas mensais de emprego e desemprego. A estimativa provisória apontava para a manutenção da taxa de desemprego nos 8,9% em agosto. Hoje será possível perceber se o valor se confirma ou se é revisto. Além disso, o INE avançará ainda a primeira estimativa para setembro.

Galp Energia apresenta resultados do terceiro trimestre

A Galp Energia apresenta os resultados do terceiro trimestre. As estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg apontam para lucro de 167,67 milhões de euros: a concretizar-se, o valor supera o resultado de 91 milhões de euros no mesmo período de 2016 e de 99 milhões no segundo trimestre deste ano.

Comissão Europeia divulga indicador de sentimento económico

A Comissão Europeia divulga os indicadores de sentimento económico e de clima de negócios relativos a outubro. Depois da subida registada em setembro, é de esperar novos avanços? O indicador de sentimento económico atingiu o valor mais alto desde o verão de 2007.

Jornadas do grupo parlamentar do PSD

Começam as Jornadas do Grupo Parlamentar do PSD, em Braga, sob o tema “Recuperar a confiança”. Durante a manhã, os deputados visitam o distrito de Viana do Castelo. À tarde, o destaque é dado ao Orçamento do Estado para 2018 e, à noite, o jantar debate “o estado da Saúde”.

 

 

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Costa sobre a crispação com Marcelo Rebelo de Sousa: “O que me cumpre fazer é ter uma relação de lealdade com o Presidente”

O primeiro-ministro desvalorizou a crispação com o Presidente da República. Em entrevista à TVI, não desmente a crise, mas diz que quer ter uma relação de lealdade com Marcelo Rebelo de Sousa.

António Costa não desmente que haja uma crise na relação com o Presidente da República, mas desvalorizou o clima de crispação devido aos incêndios que fustigaram o país. O primeiro-ministro, escudando-se sempre no facto de as suas conversas com Marcelo Rebelo de Sousa serem privadas, afirmou que lhe cumpre ser leal ao Presidente.

Em entrevista à TVI, realizada no quartel dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, questionado sobre se sentia traído pelo Presidente da República, Costa respondeu que “não faz análise política. As minhas conversas com o PR são entre nós. Não são públicas”. E acrescentou: “o que me cumpre fazer é ter uma relação de lealdade com o PR que tem sido muito positiva para o país. Há uma cooperação institucional”.

“Da minha parte não há crispação nenhuma”, continuou Costa, sem desmentir que os incêndios que fustigaram o país neste mês de outubro causaram mal-estar entre o primeiro-ministro e o PR. Recorreu até à sua relação com Cavaco Silva para salientar que a que tem com Marcelo Rebelo de Sousa é salutar. “Com Cavaco Silva, as coisas até começaram de forma bastante difícil”. Na comparação, “hoje a relação é melhor”.

“Conhecemo-nos há muitos anos. Fui aluno dele. O país tem apreciado a nossa relação institucional”, disse Costa, recusando-se a comentar o discurso do PR logo após os incêndios de 15 de outubro. “O que acho que interessa ao cidadão é que o PM tenha com o PR uma boa relação. Uma relação franca e leal”.

Questionado sobre se não fosse esse discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, a ministra da Administração Interna não teria saído, António Costa recusou responder. Disse apenas que a ministra da Administração Interna fez o trabalho que tinha de fazer. Entendeu numa circunstância própria que não tinha condições para continuar”, em condições que não poderia recusar.

Houve carência de meios. Agora é pôr mãos à obra

António Costa admitiu, na entrevista à TVI, que “houve carência de meios”. “Mas, ouvindo as populações, todos temos consciência da excecionalidade da situação a 15 e 16 de outubro”, salientou, lembrando, contudo, que “houve um alerta do IPMA. Mas houve uma subestimação. Tivemos fenómenos absolutamente devastadores”, rematou. “Agora é preciso reparar.”

“O que é prioritário é o esforço para reparar as vidas e reconstruir este território para que as pessoas aqui se fixem e continuem a viver”, disse Costa, salientando que “o que as pessoas exigem é respostas concretas, mais do que palavras”. “Há uma emergência de acorrer às pessoas que ficaram sem meios de subsistência, de reconstrução, de alimento para os animais, e para as empresas poderem reconstruir-se”.

A última das preocupações é o peso no défice. Não podemos abandonar o objetivo, mas em nome do défice não podemos não o fazer: apoio às populações.

António Costa

Primeiro-ministro

“Estamos convencidos de que as medidas que temos de apoio permitirão a manutenção dos postos de trabalho. Demos prioridades às empresas. Faltando emprego, faltam as pessoas. Essas prioridades estão a ter sucesso”, salientou o primeiro-ministro, deixando para segundo plano o impacto de todas as medidas no défice.

Estamos convictos de que [as medidas tomadas] não [afetarão o défice]. As regras da União Europeia dão tratamento diferenciado a medidas excecionais. Em segundo lugar estamos a utilizar mecanismos que não contam para o défice”, disse. “A última das preocupações é o peso no défice. Não podemos abandonar o objetivo, mas em nome do défice não podemos não o fazer: apoio às populações”, rematou.

(Notícia atualizada às 21h34 com mais informação)

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Oito coisas que a Amazon pode ensinar aos empresários

Um investidor decidiu ler todas as cartas que Jeff Bezos enviou aos acionistas da Amazon ao longo dos últimos 20 anos. Eis as oito conclusões de Li Jiang depois da experiência.

A Amazon foi fundada em 1994 com o nome original “Cadabra”. Entrou na bolsa em 1997 e hoje vale mais de 467 mil milhões de dólares no mercado.DR

Fundada em 1994, a Amazon é das empresas de maior culto nos dias que correm. Com um valor de mercado superior a 467 mil milhões de dólares, é ainda uma gigante tecnológica focada em inovação e, ao mesmo tempo, uma das maiores empresas de retalho em todo o mundo. O seu fundador, Jeff Bezos, figura como a terceira pessoa mais rica do mundo, atrás de Bill Gates e Warren Buffet, graças à sua fortuna de 72,8 mil milhões de dólares.

Todos os anos, desde 1997, Bezos assina uma carta dedicada aos acionistas da Amazon. O arquivo traça uma linha histórica daquilo que a empresa começou por ser, depois foi, agora é e, no futuro, quer vir a ser. Ora, Li Jiang, da capital de risco GSV Capital, que terá no portefólio empresas como a Dropbox e o Spotify, leu essas cartas todas, na expectativa de aprender melhor sobre “construir uma carreira e um negócio”. No fim, partilhou no blogue Noteworthy as oito principais conclusões que retirou da experiência.

1. Defina princípios e foque-se neles

É a primeira conclusão de Li Jiang: apesar do que nos diz o senso comum, os princípios e valores da Amazon praticamente não se alteraram desde que a empresa entrou em bolsa há 20 anos. Segundo o investidor, logo na primeira carta enviada aos acionistas, Jeff Bezos admitia que a Amazon tencionava ser uma empresa focada no consumidor. Em 2014, aliás, escreveu o seguinte, acerca do conceito por detrás da companhia: “Os clientes adoram, pode crescer para um tamanho muito grande, tem fortes retornos em capital e dura no tempo.” Sobre este ponto, a recomendação de Li Jiang é clara: “Defina um conjunto de princípios basilares para a sua vida e para a sua empresa e comprometa-se a eles ao longo do tempo.”

2. Pense com a cabeça virada para o futuro

É algo que também faz parte da visão do fundador da Amazon quanto ao mundo dos negócios: entre ter bons resultados no presente ou ter ainda melhores resultados no futuro, Jeff Bezos escolhe esta última opção. Li Jiang cita a missiva original aos acionistas, assinada pelo fundador da Amazon: “Quando forçados a escolher entre otimizar a aparência da nossa contabilidade ou maximizar o valor atual dos nossos cash flows futuros, nós escolhemos os cash flows.”

Por outras palavras, explica o investidor, quando a Amazon baixa os preços, sabe perfeitamente que isso vai ter um impacto negativo nas suas contas no presente em termos de receitas e margens. Isto no curto prazo — a longo prazo, o que a Amazon esta a fazer é, na verdade, criar valor para os seus consumidores. Isso atrai novos clientes, que passam a comprar mais na Amazon e, a prazo, isso também aumenta o valor da empresa. Para Li Jiang, a conclusão é básica: “Fazer a coisa certa é melhor do que fazer bem as coisas.”

3. Chega de atrito! Ponha óleo nas engrenagens

Jeff Bezos crê que as máquinas que fazem as empresas ganham atrito com o tempo: à medida que uma companhia cresce, a tendência é caminhar em direção à entropia. Por isso, na Amazon, cada dia é como se fosse o primeiro. Segundo escreve Li Jiang no blogue Noteworthy, Jeff Bezos envia uma cópia da primeira carta de 1997 anexada a cada nova carta que envia, anualmente, aos investidores — isto porque “ainda é Dia 1”. Se fosse Dia 2, a empresa estaria em declínio, crê o líder e fundador da Amazon.

Como explica o investidor no artigo, se uma equipa apresenta a Bezos uma ideia com a qual ele não concorda, ele irá continuar a discordar mas assumindo um compromisso de apoio à equipa. Assim, ao invés de os trabalhadores perderem tempo a convencer Bezos, a equipa rapidamente avança para o passo seguinte: moldar a ideia até que haja um acordo. A conclusão? “Combate a entropia nas empresas como se a vida da sua empresa dependesse disso — porque depende mesmo”, escreve Li Jiang.

4. Escale a empresa, mas também a equipa

É outro dos ensinamentos retirados das cartas de Jeff Bezos aos investidores: uma empresa cada vez maior tem cada vez mais dificuldades em crescer. Mas não tem de ser sempre assim. Segundo Li Jiang, a tendência da Amazon ao longo dos anos é a de aperfeiçoar a sua equipa à medida que vai crescendo. E porquê? Porque são as pessoas que fazem as empresas. Quando a Amazon recruta alguém, coloca questões a si própria: esta pessoa vai surpreender? Vai aumentar a eficácia da equipa na qual vai entrar? É por isso que o investidor Li Jiang conclui: “Melhore a qualidade da sua equipa e dos seus processos de decisão. Ao nível pessoal, comprometa-se a fazer um trabalho cada vez melhor à medida que vai conquistando sucesso.”

5. Esqueça a concorrência: foque-se no cliente

Jeff Bezos é um paranoico, mas não com a concorrência. A paranoia do líder da Amazon tem a ver com os hábitos dos consumidores, que tendem a mudar a grande velocidade. Através da leitura das cartas da Amazon, Li Jiang concluiu que a Amazon, conhecida por esmagar a concorrência nos segmentos em que entra, é capaz disso por se focar exclusivamente no consumidor e na inovação. Lembra-se do primeiro ponto deste artigo? Lá está: é algo que a Amazon faz desde que foi criada. Quanto a este quinto ponto, a recomendação é direta: “Procure, constantemente, melhorar as suas competências, mesmo que não tenha de o fazer. Porque no momento em que for necessário, poderá ser tarde demais”, escreve Li Jiang.

6. Olhe para os dados, mas julgue-os por si

Oh, os dados! São (quase) tudo nos tempos que correm, mas estão longe de ser novidade para a Amazon. Li Jiang nota que, em 2005, Jeff Bezos escreveu que “as decisões devem ser tomadas com base em julgamento e em dados”. Por isso, mesmo que os dados indicam que é má ideia baixar os preços para os clientes, fazê-lo é, visto doutro prisma, uma ideia genial para atrair mais e mais clientes — lembra-se do segundo ponto? A conclusão retirada por Li Jiang é esta: “Fazer o seu negócio crescer começa no final da sua zona de conforto.”

Jeff Bezos, fundador e líder da Amazon. Tem uma fortuna avaliada em 72,8 mil milhões de dólares.DR

7. Aproveite as oportunidades

“Se lhe oferecerem um lugar numa nave espacial, não pergunte qual lugar. Apenas entre na nave.” É o título do sétimo ponto do artigo de Li Jiang. O investidor refere-se a uma das grandes vantagens da Amazon. Enquanto a generalidade das empresas tem de escolher entre ter uma oferta premium ou apostar nos preços baixos, a Amazon vive com o melhor dos dois mundos. O negócio da gigante norte-americana é como um triângulo. Uma “trindade”. A empresa foi capaz de tornar fixas as despesas com o serviço ao consumidor e assenta hoje em três serviços: a loja, as entregas e o Prime.

A loja é o mercado onde os consumidores podem comprar bens. As entregas é um dos serviços prestados pelo grupo, pelo qual os pequenos comerciantes podem deixar que a Amazon trate da distribuição das encomendas. O Prime é um serviço por subscrição com várias regalias e, ao mesmo tempo, uma plataforma de streaming de conteúdo. Todos estes fatores geram valor uns para os outros e permitem à Amazon escalar ainda mais o negócio. Reparou que tudo isto assenta em grandes tendências do mundo atual, como o comércio eletrónico e o conteúdo por subscrição? Li Jiang recomenda, com base nisto, que encontre um conjunto de tendências que consiga acompanhar e que lhe permitam gerar valor.

8. Ponha as mãos na massa

Li Jiang, da GSV Capital, conta como era o próprio Jeff Bezos quem, nos primórdios da Amazon, conduzia todos os dias ao final da tarde até ao posto dos correios, transportando no seu Chevrolet Blazer as encomendas a entregar naquele dia. Segundo o investidor, vinte anos depois, a atitude da Amazon continua a ser a mesma: pôr as mãos na massa sempre que é necessário. Nota ainda que, depois de ler as cinte cartas que Jeff Bezos enviou aos investidores ao longo destas duas décadas, lhe pareceu que todas foram escritas de uma só vez. Há coerência. Como se, em vez de duas dezenas, fossem uma e uma só carta. Por isso, a conclusão final não podia deixar de ser esta: “Regra número um: ponha as mãos na massa todos dias. Regra número dois: Não se esqueça da regra número um”, escreve Li Jiang.

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Melhor altura para reservar o hotel é… um mês antes do voo

  • Bloomberg
  • 29 Outubro 2017

A aplicação Hopper já ajudava a definir o momento ideal para reservar um bilhete de avião. Agora também vai ajudar a decidir quando deve reservar um hotel.

Hopper, a aplicação que ajuda a definir o momento ideal para reservar um bilhete de avião, está a começar a focar-se numa área que vai ajudar os viajantes a pouparem ainda mais: os hotéis.

A empresa está agora a apostar numa nova característica, lançada esta semana, que permite monitorizar os preços dos hotéis e prever se as os valores por noite vão subir ou cair — vai começar, numa primeira fase, a ser utilizado na cidade de Nova Iorque, prevendo iniciar a expansão ao resto dos EUA no início de 2018. De acordo com os dados, a aplicação mostra o potencial de os utilizadores pouparem, em média, 270 dólares numa viagem de uma semana ou até 720 dólares em oito noites.

“Isto significa que poderá usar a tecnologia da Hopper para poupar muito mais quando se trata de hotéis”, afirma Frédéric Lalonde, fundador e CEO da empresa, à Bloomberg. Em comparação com as passagens aéreas, a aplicação permite uma poupança média de 50 dólares nos voos domésticos e de 120 dólares em voos internacionais.

Assim como as projeções das passagens aéreas, as previsões para as tarifas de hotel da Hopper resultarão da análise aprofundada dos dados: a empresa detém atualmente 100 milhões de dados apenas para Nova Iorque, cobrindo os preços de 600 hotéis e abrangendo um período de 12 meses. Desde a sua fundação, em 2007, a empresa acumulou biliões de dados para as suas pesquisas sobre passagens aéreas, com cobertura mundial. E, mensalmente, adiciona 300 mil milhões de novos dados.

Na aplicação da Hopper, tudo isto é resumido em recomendações simples e fáceis de entender. Primeiro, um calendário codificado por cores mostra aos viajantes se devem esperar preços mais altos ou mais baixos do que os normais nas datas escolhidas. Depois, oferece um conjunto limitado de hotéis — selecionados pela equipa da Hopper para refletir as melhores opções em cada categoria de estrelas — e aconselha se é melhor esperar ou reservar imediatamente.

Atualmente, a app tem uma lista de 25 hotéis em toda a cidade de Nova Iorque e cerca de um terço desta oferta é composta por hotéis boutique e hotéis de cinco estrelas.

Regra de ouro: reservar o hotel com antecedência

Frédéric Lalonde, fundador e CEO da empresa, defende que os hotéis devem ser reservados com antecedência, contrariando o mito de que as reservas devem ser feitas à terça-feira.“Dois ou três meses antes é o melhor momento para reservar um hotel”, explicou, especificando que em época alta — como é o caso do Ano Novo em Nova Iorque — pode ser necessário reservar com um ano de antecedência ou mais. Em compensação, é melhor reservar voos de lazer (para destinos não comerciais, como o Havai) com apenas um mês de antecedência.

“Estamos a descobrir que só deve começar a estar atento às passagens aéreas depois de reservar o hotel”, acrescentou. Mas porquê? As companhias aéreas aumentam os preços aproximadamente duas semanas antes da partida, na expectativa de preencher os lugares remanescentes com viajantes de negócios que não têm flexibilidade. Os hotéis, por sua vez, tendem a preencher os quartos com mais antecedência.

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Líder do BE defende “opções decisivas” para impedir negócio Altice/Media Capital

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

Catarina Martins diz que "é preciso perguntar como é que foi possível" a ERC "não ter tomado posição sobre o assunto", quando o parecer dos serviços indicava que o "negócio tinha de ser parado"

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu hoje “opções decisivas” para “impedir” a compra da Media Capital, dona da TVI, pela Altice, que detém a PT/Meo, por implicar “uma concentração” que “põe em causa a pluralidade da informação”.

“Não é coisa pouca a liberdade de informação e de comunicação, é um pilar essencial da democracia e, portanto, é preciso tomar opções decisivas para impedir esta concentração”, disse Catarina Martins aos jornalistas, no concelho de Beja, no Alentejo.

Segundo Catarina Martins, o Bloco de Esquerda já fez no passado e não deixará de fazer novas propostas “para parar” a concentração nos media, o que considera “um ataque à democracia, porque é um ataque à liberdade de imprensa” em Portugal.

“Foi um tremendo erro entregar a TDT [Televisão Digital Terrestre] à PT [Portugal Telecom], foi um negócio danoso do interesse público. Foi um tremendo erro deixar que a PT fosse destruída e entregue à Altice. Aumentar o erro, permitindo que a Altice compre a TVI, a Plural, uma série de conteúdos, fazendo uma concentração na comunicação social, que põe em causa pluralidade da informação no nosso país, é verdadeiramente desastroso e não deve acontecer”, alertou.

Catarina Martins disse que “é preciso perguntar como é que foi possível a Entidade Reguladora para a Comunicação Social [ERC] não ter tomado posição sobre o assunto quando o parecer dos serviços técnicos é que este negócio tinha de ser parado, porque era um perigo para a liberdade de informação e comunicação” em Portugal.

O Conselho Regulador da ERC não chegou a consenso sobre a operação de compra da Media Capital (dona da TVI) pela Altice (proprietária da PT/Meo), já que era necessário que os três membros estivessem de acordo.

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Sophia é a primeira robô a ser cidadã… e vem ao Web Summit

  • ECO
  • 29 Outubro 2017

Sophia acaba de se tornar cidadã da Arábia Saudita, consagrando-se na primeira robô do mundo a receber tal distinção. Em novembro, estará por Lisboa na feira fundada por Paddy Cosgrave.

A Arábia Saudita é o primeiro país do mundo a atribuir cidadania a um… robô. A recipiente desta distinção foi a humanoide Sophia, que encantou os participantes da Iniciativa Investimento Futuro, esta semana, em Riade. No início de novembro, será Lisboa a conhecê-la, já que Sophia faz parte dos oradores confirmados do Web Summit, feira de tecnologia que acontece de 6 a 9 de novembro na FIL e no Altice Arena.

“Estou muito honrada e orgulhosa por esta distinção única”, declarou a humanoide, segundo a BBC. “É histórico ser a primeira robô do mundo a ser reconhecida com a cidadania”, acrescentou Sophia, que apareceu no palco da conferência árabe sem qualquer o lenço que o governo exige às suas cidadãs. Nas redes sociais, já são, por isso, muitos aqueles que criticam o facto de esta humanoide ter alegadamente mais direitos que as próprias mulheres da Arábia Saudita.

A humanoide Sophia foi criada pela Hanson Robotics. O fundador desta companhia tem reputação mundial pela semelhança humana (em termos de aspeto e atitude) que empresta aos seus robots. Além do seu aspeto, Sophia está a ser considerada notável por ter uma gama completa de expressões faciais, conseguir reconhecer rostos, ter conversas naturais e olhar o seu interlocutor nos olhos.

Em março de 2016, numa apresentação no festival SXSM, o criador desta robot perguntou-lhe se queria destruir humanos. Na altura, Sophia respondeu: “OK. Vou destruir humanos”, relembra o Business Insider. Desta vez em Riade, a humanoide afirmou que quer usar a sua inteligência artificial para “melhorar a vida”. De acordo com a empresa chinesa, este e os seus futuros produtos robóticos serão usados como acompanhantes de idosos em lares de terceira idade, bem como servirão de assistentes em parques e eventos, reporta a Inc.

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