Subida de rating da Fitch é o “reconhecimento das opções de política económica do Governo”, diz Mário Centeno

Mário Centeno congratulou-se com a revisão em alta do rating para um nível de investimento. Diz que é o reconhecimento da política adotada, E garante que os esforços de consolidação vão continuar.

O Governo já reagiu à subida do rating para um nível de investimento de qualidade. Depois de a Fitch elevar notação em dois níveis, o Ministério das Finanças salientou que “esta classificação reflete o trajeto de controlo da despesa pública e de melhoria da balança corrente”. E “é o reconhecimento das opções de política económica do Governo português”, afirmou o ministro das Finanças, Mário Centeno.

A notação passou de de BB+ para BBB, uma revisão em alta de dois níveis. “A magnitude sem precedentes desta reavaliação foi possível, como refere a agência, pela recente inflexão positiva e estrutural verificada em áreas chave“, refere o comunicado enviado pelo Ministério das Finanças.

Entre essas áreas, Centeno salienta a “robustez do crescimento desde meados de 2016; o dinamismo da criação de emprego e a queda do desemprego para 8,5%; o recente fortalecimento do setor financeiro; a perspetiva constante do cumprimento das metas orçamentais e a firme e sustentável redução da dívida pública que começou a ser registada no corrente ano”.

“A decisão da Fitch, que se junta às da Standard and Poor’s e DBRS, coloca a dívida soberana firmemente classificada em grau de investimento”, nota o comunicado, acrescentando que a “avaliação positiva alarga a base de investidores na dívida da República Portuguesa e vai permitir a entrada da dívida em mais índices de dívida soberana”.

Esforços são para continuar

O Governo acreditou, sempre, que os esforços levados a cabo por Portugal ao longo dos anos deveriam colher este reconhecimento atingido com base num modelo económico sólido, equilibrado e inclusivo”, acrescenta. E diz que os esforços de consolidação vão continuar mesmo com o rating do país já fora de “lixo”.

“O percurso, cada vez mais valorizado por agentes institucionais e privados, deve ser prosseguido. O Governo reitera o compromisso de dar continuidade à aposta na sustentabilidade da consolidação orçamental e do crescimento inclusivo. Fá-lo-á preservando os sucessos alcançados e aprofundando o esforço reformista, baseado no Programa Nacional de Reformas, orientado para melhorar o potencial de crescimento de Portugal”, nota.

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Fitch sobe rating em dois níveis. Tira Portugal de lixo

A agência de notação financeira decidiu retirar a dívida pública portuguesa de lixo. A Fitch junta-se assim à Standard & Poor's e à DBRS a atribuírem um grau de investimento de qualidade.

Após a decisão de setembro da Standard & Poor’s, também a Fitch decidiu esta sexta-feira melhorar o rating da República portuguesa para o nível de investimento. A dívida pública portuguesa conta agora com a avaliação positiva de três agências de notação financeira: a DBRS, a S&P e a Fitch. O rating português deixa de ser considerado “lixo” (BB+) e passa a ter um grau de investimento de qualidade (BBB) — ou seja, Portugal subiu dois níveis na classificação da Fitch. O outlook é estável.

Esta decisão confirma as expectativas dos analistas consultados pelo ECO. Além disso, esta foi uma sexta-feira histórica para a dívida portuguesa: Portugal já é menos arriscado do que Itália para os investidores, algo que não acontecia desde o final de 2009. Também esta sexta-feira, o primeiro-ministro tinha dito que Portugal “tem de ter uma notação claramente distinta do de 2011”, argumentando que a situação económica financeira atual “não tem nada a ver” com a de há seis anos.

No relatório que acompanha a decisão, a Fitch espera que a dívida pública em Portugal desça três pontos percentuais este ano, ficando abaixo dos 127% do PIB — “a primeira descida do rácio da dívida desde a crises das dívidas soberanas”, nota a agência de notação financeira, assinalando que esta é uma tendência que continuará nos próximos anos. São três os fatores favoráveis para a redução da dívida: as medidas orçamentais “estruturais” efetuadas no passado, o recente ciclo de recuperação económica e uma “substancial” melhoria das condições de financiamento.

A Fitch aproveita para rever em alta as estimativas de crescimento económico para 2017 e 2018. Este ano a agência de rating espera uma variação do PIB de 2,6%, semelhante à previsão do Governo, mas no próximo ano espera uma desaceleração mais acentuada para os 1,9%. A Fitch destaca a redução do défice, o bom desempenho do mercado de trabalho e a queda significativa da taxa de desemprego. Contudo, o PIB potencial calculado pela agência continua a ser baixo (1,5%).

No setor bancário, a análise é positiva para as recapitalizações da CGD e BCP e para a venda do Novo Banco, mas negativa para o nível de malparado que continua a criar obstáculos à economia portuguesa. Ainda assim, a Fitch escreve que “a recuperação económica, sustentada num sentimento económico forte e no aumento do emprego, cria um ambiente favorável para que haja uma normalização do setor bancário“. A agência de notação financeira assinala ainda as condições de financiamento favoráveis que Portugal tem tido nos mercados nos últimos meses.

Ainda assim, a Fitch também identifica pontos potencialmente negativos, principalmente agora que Portugal está no nível BBB e compara com países com melhor desempenho financeiro e económico. A mediana da dívida dos países classificados de BBB pela Fitch é de 41% do PIB enquanto a dívida de Portugal continuará acima dos 100% nos próximos anos, mais do dobro. Além disso, a abertura ao comércio de Portugal é mais baixa do que a mediana dos países que estão no BBB.

Para o próximo ano, o rating da República já tem dois testes marcados: a S&P a 16 de março e a DBRS a 20 de abril. Apenas a Moody’s tem a dívida portuguesa no ‘lixo’.

O que poderá fazer a Fitch melhorar (novamente) o rating

  1. Uma mudança na estratégia de diminuição “substancial” do rácio da dívida pública;
  2. Evidência de que o crescimento potencial da economia portuguesa a médio prazo vai exceder os 2% sem pôr em causa o “necessário” ajustamento externo;
  3. Contínuo e forte crescimento das exportações portuguesas que permitam alargar o excedente comercial do país;

O que poderá fazer a Fitch piorar o rating

  1. Reversão da diminuição da divida pública em percentagem do PIB;
  2. Novas complicações no setor financeiro que levem o Governo a efetuar novas ajudas de Estado ou que afete a estabilidade financeira e que, em último caso, coloque em causa as projeções do crescimento económico do país;

(Atualizado às 21h37)

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Estado passa a enviar notificações por email em 2018

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2017

A adesão às notificações por email é voluntária. A medida vai permitir às entidades públicas reduzirem a despesa e os tempos de envio de notificações.

A secretária de Estado da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, disse esta sexta-feira que, em 2018, o Estado passará a enviar notificações para particulares e empresas por email, simplificando assim os procedimentos.

“No próximo ano, particulares e empresas vão ter a possibilidade de receber as notificações do Estado no endereço de email, em vez da caixa de correio física”, disse a governante. Falando no II Encontro de Investidores da Diáspora, a decorrer em Viana do Castelo, Graça Fonseca explicou que esta é uma medida incluída no programa de simplificação administrativa do Estado.

O decreto-lei que cria o serviço público de notificações eletrónicas associado à morada única digital foi publicado em 1 de agosto, em Diário da República, sendo que a sua aplicação exclui as citações, notificações ou outras comunicações remetidas pelos tribunais. O diploma cria a morada única digital e o serviço público de notificações eletrónicas associado à morada única digital, bem como regula o envio e a receção de notificações.

A adesão ao serviço é “inteiramente voluntária por parte de todas as pessoas singulares e coletivas” e também é “facultativa por parte das entidades públicas da administração direta e indireta do Estado que o queiram utilizar, bem como pelas entidades que legalmente sejam competentes para instaurar processos de contraordenação, processar contraordenações ou aplicar coimas e sanções acessórias a pessoas singulares e coletivas”, lê-se no decreto-lei.

A implementação desta medida “acarreta uma redução da despesa das entidades com a impressão e envio de notificações por via postal, uma diminuição dos tempos que medeiam o envio e a receção da notificação, e uma não menos importante garantia da segurança deste registo simplificado de notificações”.

A medida aplica-se a todas as pessoas singulares e coletivas, públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, que voluntariamente indiquem uma morada única digital e adiram ao serviço público de notificações eletrónicas, sendo que “não é aplicável às citações, notificações ou outras comunicações remetidas pelos tribunais”.

No II Encontro de Investidores da Diáspora, Graça Fonseca destacou outras medidas de simplificação administrativa já implementadas, adiantando que este ano já foram 800 mil os contribuintes que recorreram ao IRS automático, sendo que a intenção é proceder a um “alargamento” em 2018, como foi anunciado na quinta-feira.

Graça Fonseca destacou ainda a “chave móvel digital”, um meio “simples e seguro” de autenticação dos cidadãos em portais e sítios da administração pública. É atribuída uma senha para todos os sítios, sendo que a ativação da chave atualmente apenas pode ser feita presencialmente em qualquer loja ou espaço do cidadão, mas a partir de 2018 poderá também ser feita ‘online’.

A governante sublinhou a importância da simplificação de procedimentos para cidadãos e empresas, mas admitiu que o processo não é fácil. “Tudo o que é atravessar silos de departamentos e de organizações não é fácil, é uma questão de cultura”, referiu.

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É oficial: o preço da luz vai descer em janeiro

  • Lusa e ECO
  • 15 Dezembro 2017

É a primeira vez que os preços da eletricidade descem desde o ano de 2000. Contudo, a alteração é quase impercetível para os consumidores.

As tarifas de eletricidade no mercado regulado descem 0,2% para os consumidores domésticos a partir de 1 de janeiro, confirmou o regulador do setor energético.

Os preços da eletricidade não desciam desde 2000, ano em que registaram uma redução de 0,6%, depois de no ano anterior terem recuado 4,7%. A redução de 0,2% representa uma diminuição de nove cêntimos para uma fatura mensal de 45,7 euros, de acordo com as contas divulgadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Os consumidores com tarifa social beneficiarão de um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais que foi estabelecido por despacho do Governo, o que representa uma redução na fatura mensal de eletricidade no valor de cinco cêntimos, para uma fatura média mensal de 20,4 euros.

Em comunicado, a ERSE explica que as tarifas de acesso às redes, que são suportadas por todos os clientes, vão ter uma redução de 4,4% no próximo ano, acima do previsto aquando da apresentação da proposta inicial, em 13 de outubro.

A proposta tarifária propõe uma diminuição de cerca de 743 milhões de euros à dívida tarifária, valor que é superior à soma das diminuições verificadas em 2016 e 2017, que totalizaram 693 milhões de euros.

“Esta significativa amortização da dívida é assim, claramente, o fator que contribui para o incremento das tarifas, mas que a ERSE entende que se justifica pela necessidade de reforçar o percurso já iniciado para o equilíbrio do sistema, garantindo, assim, a sua sustentabilidade”, acrescenta o regulador.

Também a evolução dos custos dos combustíveis impediu uma redução superior das tarifas, já que houve um “incremento dos custos com os combustíveis fósseis, designadamente do petróleo, do carvão e do gás natural”.

Incorpora-se ainda, a título previsional, o valor do ajustamento final dos CMEC (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual), contabilizado pela ERSE, e que a EDP contesta. Em outubro, o mercado liberalizado de eletricidade contava com 4,94 milhões de clientes e representava 93% do consumo total em Portugal.

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Subida do Rating da Fitch? “Euforia nunca é boa conselheira”, diz Marcelo

"Não nos deslumbremos com milagres porque não há milagres", diz o Presidente da República, perante o otimismo em relação à possibilidade da Fitch subir o rating das obrigações nacionais.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, veio resfriar o entusiasmo em torno da esperada subida de rating da dívida portuguesa pela agência Fitch. “A euforia nunca é boa conselheira”, diz o Presidente à RTP 3.

A satisfação do dever cumprido, a alegria por aquilo que é hoje do acolhimento internacional de Portugal, é justa“, assume o Presidente da República. Contudo, o conselho que deixa é que “Não nos deslumbremos com milagres porque não há milagres” e sublinha que “O milagre deu muito trabalho e vai dar muito trabalho no próximo ano, no ano seguinte“.

Euforia nunca é boa conselheira”, reforçou Marcelo, e defendeu que “o entrar em euforia na política como na economia, como em tudo na vida” não é aconselhável.

Marcelo relembra alguns fatores que podem influenciar negativamente a economia portuguesa. “Não temos a certeza se o crescimento económico vai ser o mesmo ou não, lá fora e portanto cá dentro, se os EUA terão medidas protecionistas ou não”, enumerou.

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Pharol contra o plano de recuperação da Oi

O plano de recuperação da Oi apresenta "medidas de duvidosa legalidade", considera a Pharol, que é acionista da operadora brasileira.

A Pharol analisou o plano de recuperação da Oi e concluiu que o mesmo apresenta “medidas de duvidosa legalidade”, pelo que entende que a operadora brasileira, de que é acionista, deve procurar outra solução para a sua recuperação financeira. A informação foi comunicada, esta sexta-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Oi apresentou uma nova versão do plano de reestruturação esta terça-feira, 18 meses depois de ter entrado num processo de recuperação judicial, devido à elevada dívida. Esta foi a quinta alteração ao plano e tudo apontava para que, finalmente, o plano fosse aprovado, já que, antes de ter sido apresentado, foi negociado com a maioria dos credores.

O plano propõe uma conversão de dívida até 75% do capital da operadora brasileira. Isto implica que, quando plano estiver concluído, serão os credores a ficarem com o controlo da Oi, enquanto os atuais acionistas irão ver as suas participações reduzidas. A Pharol detém, atualmente, 27% da Oi.

Além disto, está previsto um aumento de capital de quatro mil milhões de reais, um montante abaixo do que estava estabelecido na versão anterior do plano de recuperação. Este plano, prevê a Oi, permitiria reduzir a dívida para metade, dos atuais 64 mil milhões de euros (16 mil milhões de euros) para 32 mil milhões. Contudo, a proposta não convenceu a Pharol.

No comunicado enviado esta tarde à CMVM, a empresa portuguesa começa por referir que o “plano de recuperação foi apresentado em juízo sem prévia informação dos seus termos ao conselho de administração da Oi, o que apenas aconteceu em reunião realizada no dia 13 de dezembro de 2017” (o dia em que o plano se tornou público). “Na data de 14 de dezembro de 2017, pediu a adoção de uma medida judicial para impedir o regular funcionamento do seu próprio conselho de administração e o regular exercício de direitos legítimos dos seus acionistas”, acrescenta a Pharol.

Neste “cenário de arbitrariedades e desrespeito pela governança adotada pela própria Oi, a Pharol manifesta expressamente a sua insatisfação e discordância relativamente ao plano de recuperação“.

Em relação à conversão de dívida em ações, a Pharol aponta que esta proposta “não apresenta equidade nos sacrifícios exigidos aos diversos participantes no processo, sendo claro que a Pharol, acionista da Oi de há muitos anos e com capital relevante investido numa visão institucional e de longo prazo, se vê particularmente desfavorecida no plano apresentado”.

Por outro lado, considera a empresa portuguesa, os detentores de dívida da Oi “representam capital especulativo em busca de elevados retornos de curto prazo, através de estratégias agressivas sem qualquer preocupação com a preservação da sociedade”. E são estes os “claros beneficiários de um plano desequilibrado”. Assim, considera, o plano “privilegia de forma legalmente muito discutível e não equitativa tal grupo de credores em detrimento de milhares de investidores, de maior ou menor relevância no mercado de capitais mundial, que investiram na Oi”.

Há ainda outra proposta do plano que preocupa a Pharol. “O CEO, não eleito por conselho de administração ou assembleia de acionistas, poderá designar e afastar membros do conselho de administração, da diretoria executiva sem qualquer participação dos órgãos eleitos pelos acionistas da empresa e alterar a composição do conselho de administração”, algo que constitui uma violação “a princípios basilares que jamais poderiam ser admitidos por acionistas ou investidores dos mercados de capitais”.

Perante isto, a Pharol condena as “medidas de duvidosa legalidade existentes no plano de recuperação da Oi” e apela à operadora brasileira que continue “a buscar uma solução negociada pelo diálogo com o objetivo de conciliar interesses e não ferir direitos”. Garante, ainda, que “não deixará de utilizar todos os meios legais no Brasil e no exterior para defender os seus direitos enquanto acionista da Oi que possam ser postos em causa”.

Notícia atualizada às 19h25 com mais informação.

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Soares da Costa: plano de recuperação aprovado

A CGD e o BCP, os dois maiores credores da Soares da Costa votaram a favor do plano de recuperação da construtora. Plano aprovado por 79,45% do capital. Bancos espanhóis votaram contra.

O novo plano de recuperação (PER) da Soares da Costa foi aprovado pela maioria dos credores. O BCP e a CGD, dois dos maiores credores da construtora votaram a favor da viabilização da empresa. BPI, Bankinter, Popular e o angolano BIC votaram contra, sabe o ECO. Assim, o novo plano foi aprovado por 79,45% do capital, tendo votado contra 16,01%, enquanto que 7,54% do capital não votou.

Estas informações deverão ser conhecidas oficialmente na próxima segunda-feira.

A aprovação do PER, por parte dos credores, vem de encontro à expectativa do presidente da construtora. Joaquim Fitas. Fitas em declarações ao ECO , a 15 de novembro, data em que a construtora apresentou o novo plano de recuperação, mostrava-se confiante na aprovação pelos credores, incluindo a CGD, que tinha votado contra no primeiro plano apresentado.

“Estamos muito confiantes que o plano vai ter a aprovação por parte dos credores, inclusive por parte da Caixa Geral de Depósitos, o nosso maior credor, o que dará um sinal completamente diferente ao grau de aceitação por parte dos credores”, disse, na altura, o presidente da Soares da Costa.

O primeiro PER apresentado pela Soares da Costa, apesar de ter sido aprovado pelos credores, não foi homologado pelo tribunal. As reservas apresentadas pelo juíz do Comércio de Gaia incidiam sobre a diferença de tratamento que a empresa dava aos credores europeus e africanos.

Para Joaquim Fitas, o novo plano reviu esta situação. Ainda assim o presidente da Soares da Costa garantia que: “Não havia diferenciação entre credores europeus e africanos, o que havia era uma diferenciação entre moedas fortes e moedas fracas e que tinha a ver com a desvalorização cambial, mas este aspeto não foi entendido da mesma forma pelo juiz, por isso alterámos a situação e passamos a ter as moedas com o mesmo haircut e não fazemos também diferenciação entre dívida financeira e não financeira”.

Com uma dívida que ascende a 700 milhões de euros, a construtora está a pedir um perdão de dívida de 50%, o que em termos de volume corresponde a 300 milhões de euros.

A restruturação da empresa prevê ainda a saída de 700 trabalhadores, de um total de 1.700.

Já os custos totais da restruturação foram revistos em baixa, sendo agora de 36 milhões de euros versus os 45 milhões inscritos no primeiro plano.

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Nicolau Santos deixa o Expresso no final do ano

  • ECO
  • 15 Dezembro 2017

A decisão foi tomada pelo próprio e comunicado à administração na quinta-feira. Vai manter-se como cronista do semanário e comentador da SIC Notícias.

Nicolau Santos, diretor adjunto do Expresso, vai deixar o semanário no final deste ano, uma decisão que foi tomada pelo tomada pelo próprio. A informação foi comunicada, esta sexta-feira, pela empresa, em comunicado enviado às redações.

“Nicolau Santos, diretor adjunto do Expresso, irá deixar o jornal no final do ano. A decisão foi tomada pelo próprio e comunicada ontem à administração”, pode ler-se no comunicado.

O jornalista vai manter-se como cronista do jornal, no espaço de opinião no Caderno de Economia, no site e no Expresso Diário. Continuará, ainda, a ser comentador na SIC Notícias e moderador do programa “Expresso da Meia Noite”.

Jornalista de economia, Nicolau Santos é também autor de dois livros: Portugal Vale a Pena e Aroma de Pitangas. Em 2006, foi condecorado com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Era diretor adjunto do Expresso desde janeiro de 2006. Antes disso, tinha sido subdiretor do mesmo jornal, desde 1998.

O Expresso e a Impresa, grupo que detém o semanário, agradecem “o empenho e dedicação de Nicolau Santos” e “manifestam a sua satisfação em continuar a contar com a visão e a opinião forte” do jornalista.

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Eurosport News faz soar apito final. Vai cessar a emissão

Passados sete anos de emissão da Eurosport News Portugal, o canal vai fechar, afetado por uma decisão que "foi tomada a nível internacional".

O canal de notícias desportivas Eurosport News vai acabar no final deste mês, deixando de estar disponível para todas as operadoras, mas a Eurosport está empenhada “em encontrar alternativas de valor”, disse à Lusa fonte oficial da empresa.

Estamos constantemente a trabalhar para otimizar o nosso portfólio de canais e plataformas com o objetivo de oferecer as melhores propostas de valor aos nossos clientes e os melhores conteúdos aos nossos telespetadores”, disse à Lusa fonte oficial da Eurosport.

“Nesse sentido o Eurosport News acaba, mas estamos empenhados em encontrar alternativas de valor“, adiantou, referindo que em Portugal a “Eurosport News encerrará a 31 de dezembro, deixando de estar disponível para todas as operadoras”.

A decisão de encerrar a Eurosport News Portugal, que abriu em 1 de outubro de 2010, “foi tomada a nível internacional, incluída num plano estratégico maior”, concluiu a mesma fonte.

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Ministro envia carta aos professores antecipando negociações

  • Marta Santos Silva
  • 15 Dezembro 2017

Tiago Brandão Rodrigues escreveu aos professores e educadores sobre o descongelamento de carreiras, e deu algumas certezas. Mas também destacou aquilo que não está ainda decidido.

Em antecipação do princípio da nova fase de negociações entre o Executivo e os sindicatos, assim como do princípio do descongelamento das carreiras a 1 de janeiro, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, enviou uma carta aos professores e educadores para melhor explicar aquilo que vem aí — o que muda certamente e aquilo que ainda vai ser negociado.

Em cinco pontos, a carta assinada pelo ministro explica que a progressão na carreira vai acontecer a partir de 1 de janeiro, retomando a contagem a partir do momento em que o tempo de serviço tinha sido congelado, há sete anos. “Em 2018 irão progredir os docentes que perfaçam, nesse ano, o tempo necessário à transição para o escalão seguinte”, assinala.

O ministro promete ainda que vai ser preparada uma plataforma para atualizar os dados dos docentes e uma página de perguntas frequentes, para ajudar os professores e os diretores dos Agrupamentos de Escolas a saber como proceder. As dúvidas devem seguir para [email protected].

Num comunicado enviado às redações, o sindicato Fenprof assinalou que a carta “apenas se refere de uma forma pouco clara, em relação a alguns aspetos, ao que será o processo de descongelamento, procurando desligar este da contagem integral do tempo de serviço”. A contagem do tempo de serviço durante o período do congelamento é fundamental para os diferentes sindicatos dos professores, que se encontraram esta sexta-feira com o Ministério para criar um calendário negocial.

“Para a Fenprof esta é matéria que deverá ser tratada em conjunto com as outras duas acima referidas (reposicionamento e descongelamento), evitando-se, dessa forma, que o governo procure adiar a definição dos tempos, calendários e processos para a contagem integral de todo o tempo de serviço, como ficou estabelecido na Declaração de Compromisso“, explica o sindicato.

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Entrada nos EUA mais apertada. Portugal incluído

Estados Unidos já exigiram a Portugal, Hungria, São Marino e Grécia para iniciarem uma campanha de sensibilização. Até agora,mais de 2% destes cidadãos deslocam-se aos EUA sem visto.

O Departamento da Segurança Nacional dos Estados Unidos anunciou medidas que endurecem os controlos de segurança de visitantes oriundos de países da Europa, entre eles Portugal, que estão isentos de visto quando a visita é limitada.

A decisão entra “imediatamente” em vigor e afetará os visitantes sujeitos ao Programa de Isenção de Vistos (VWP, na sigla inglesa), que permite aos cidadãos de 38 países, incluindo Portugal, viajar para os Estados Unidos sem necessitar de uma autorização de entrada se a visita não for superior a 90 dias.

Numa conferência de imprensa em que aos jornalistas foi pedido para que respeitassem o anonimato das fontes, altos funcionários do Departamento da Segurança Nacional indicaram que os Estados Unidos já exigiram a Portugal, Hungria, São Marino e Grécia para iniciarem uma campanha de sensibilização para explicar aos respetivos cidadãos as regras que devem cumprir quando abrangidos pelo programa de isenção de vistos.

Segundo dados oficiais, ao abrigo do VWP, mais de 2% dos cidadãos destes quatro países deslocam-se aos Estados Unidos sem necessidade de visto, pelo que a Administração de Donald Trump exige agora novas regras. “Essa campanha de informação deve explicar quais são as regras para os que são admitidos nos Estados Unidos e quais as consequências que enfrentam se não as cumprirem”, pormenorizou um funcionário do “ministério do interior” norte-americano.

Nesse sentido, a administração norte-americana exigiu aos países que beneficiam do Programa de Isenção de Vistos que implementem “na totalidade” os acordos de intercâmbio de informação vigentes. Ainda e com o objetivo de impedir ataques terroristas, os Estados Unidos querem que os 38 Estados beneficiários do programa forneçam informações pormenorizadas sobre cidadãos de países terceiros que fazem escala para seguirem, depois, com destino ao território norte-americano.

Por outro lado, as fontes adiantaram que o Departamento da Segurança Nacional pediu hoje ao Congresso para aprovar legislação para que os países incluídos no programa de isenção de vistos sejam obrigados a permitir a agentes da Polícia de Imigração dos Estados Unidos viajar a bordo dos aviões que aterram, diretos e sem escala, em solo norte-americano.

A medida está incluída no atual acordo, mas não é normalmente cumprida no seu todo, alertaram os mesmos funcionários, que salientaram que os estados Unidos partem de uma “perspetiva colaborativa”, mas que está a estudar formas de punir os países que não cumpram essas exigências. Entre as medidas punitivas, acrescentaram as fontes, está a possibilidade de os Estados Unidos excluírem um país do programa de isenção de vistos.

Os países que integram o Programa de Isenção de Vistos são Portugal, Andorra, Austrália, Áustria, Bélgica, Brunei, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Mónaco, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, São Marino, Singapura, Eslováquia, Eslovénia, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Formosa ou Reino Unido.

Ao abrigo do programa, pode viajar quem não permanecer nos Estados Unidos por mais de 90 dias, ou viajar temporariamente em negócios, turismo ou tratamento médico, não podendo nunca estender o período de estada ou aceitar trabalho remunerado ou não remunerado, entre mais uma série de regras.

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A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 15 Dezembro 2017

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

Esta tarde, o Banco de Portugal mostrou estar mais otimista do que o Governo, no que toca à variação do PIB para 2018. Por outro lado, está menos otimista na evolução do peso das exportações.

O Banco de Portugal projeta que o PIB cresça 2,3% no próximo ano, uma estimativa mais otimista do que a do Governo, que aponta para 2,2%.

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, fixou uma meta: em 2020 as exportações têm de atingir um peso de metade do PIB. Contudo, o Boletim Económico de dezembro, publicado esta sexta-feira pela Banco de Portugal — pela primeira vez com projeções para 2020 –, não vê essa vontade tornar-se realidade.

Com base em dados do Banco de Espanha, o Banco de Portugal estima no Boletim Económico de dezembro, publicado esta sexta-feira, qual será o potencial impacto em Portugal: a questão catalã poderá retirar 0,3 pontos percentuais ao PIB nacional.

Todos os caminhos vão dar à Fitch esta sexta-feira. Ao ECO, o gestor do Banco Carregosa Filipe Silva disse que “a Fitch não é obrigada, mas Portugal reúne todas as condições para que se faça essa melhoria do rating.”

As criptomoedas como a bitcoin são um risco financeiro. Por causa do vazio legal, os utilizadores continuam expostos a vários riscos operacionais. A análise é feita pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no relatório “Risk Outlook” de outono publicado esta sexta-feira.

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