Altice Portugal “estranha e não compreende” declarações da Anacom sobre serviço universal

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2017

A Altice estranha que a Anacom aborde o serviço universal de postos públicos e listas telefónicas "sem prévia discussão detalhada nos fóruns próprios".

A Altice Portugal “estranha e não compreende” que a Anacom aborde o serviço universal de postos públicos e listas telefónicas “sem prévia discussão detalhada nos fóruns próprios” e diz aguardar conclusões da consulta pública lançada pelo regulador.

Num encontro com jornalistas, na quinta-feira, o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) adiantou que o regulador está a fazer “a análise e o diagnóstico” do serviço universal dos postos públicos (mais conhecidos por cabines telefónicas) e das listas telefónicas, atualmente assegurados pela Meo/Altice.

“Sobre as recentes declarações da Anacom” acerca do tema, “a Altice Portugal estranha e não compreende que assuntos de elevada importância para a população portuguesa sejam apresentados nos meios de comunicação social sem prévia discussão detalhada nos fóruns próprios existentes para o efeito, nomeadamente entre o regulador e os operadores”, refere a operadora em comunicado hoje divulgado.

“A prestação do serviço universal para as componentes de postos públicos e listas telefónicas e serviço informativo de listas (118) tem sido assegurada, em cumprimento dos contratos celebrados com o Estado em 2014 e 2015“, prossegue.

Na sequência da consulta pública lançada pela Anacom em junho deste ano sobre o serviço universal, “a Altice Portugal aguarda ainda pelas conclusões e recomendações que o regulador irá fazer ao Governo nesta matéria, aproveitando para sublinhar que existe uma franja da população para a qual estes serviços são, ainda relevantes e essenciais, para prevenir a exclusão social, que constitui a principal motivação para a existência do serviço universal“.

A operadora, que foi comprada há mais de dois anos pelo grupo Altice, destaca ainda os “elevados investimentos” que “tem suportado na manutenção dos diversos equipamentos de postos públicos devido a constantes atos de vandalismo, o que tem merecido o apoio de vários municípios e juntas de freguesia, conscientes da relevância destes serviços para muitos dos seus munícipes”.

Além disso, “todos os assinantes dos serviços telefónicos fixos e móveis têm o direito de figurar nas listas telefónicas e serviço informativo de listas [118], devendo para tal acionar essa preferência junto do seu prestador [ou prestadores] de serviço, a quem incumbe a responsabilidade e o dever de transmitir as informações relevantes sobre estes assinantes” ao prestador do serviço universal.

A Altice Portugal sublinha que “cumpre de forma criteriosa e escrupulosa os seus compromissos relativos” a estes serviços, “estando a superar os níveis de qualidade de serviço contratualizados e mantendo um serviço estável e funcional, essencial para os portugueses e um garante das condições de igualdade e não discriminação no acesso aos serviços de comunicações”.

Sobre os postos públicos, o presidente da Anacom, João Cadete de Matos salientou que “houve uma redução substancial de utilização“, referindo que a avaliação aponta para uma utilização diária, em média, dos postos públicos em zonas rurais. No âmbito da prestação do serviço universal, a Meo/PT Portugal/Altice disponibiliza 8.222 postos públicos.

A operadora de telecomunicações está obrigada a ter um posto público por freguesia e mais uma cabine telefónica para cada uma das freguesias com mais de 1.000 habitantes e a disponibilizar postos públicos em locais de interesse social. Há ainda postos públicos, como os que estão nos aeroportos, centros comerciais, que não são serviços universais. A Anacom está também a analisar o serviço universal de listas telefónicas.

Cada vez há mais pessoas que não querem ter o nome na lista telefónica“, disse o presidente da Anacom, que adiantou que o serviço assegurado pela Meo cobre 5% do número de assinantes (são cerca de 17 milhões de assinantes, dos quais 12 milhões são telemóvel).

O presidente da Anacom apontou que outra das razões para um número baixo de assinantes nas listas poderá ser o facto de haver “um operador a gerir a base de dados dos outros“. A Anacom já tinha analisado o serviço universal de telefone fixo, que é assegurado pela NOS, tendo recomendado ao Governo que revogasse o contrato.

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Turistas ficam cada vez menos, receita cresce cada vez mais

O crescimento dos hóspedes e de dormidas está a abrandar e o tempo da estadia está mesmo a diminuir. Ainda assim, as receitas da hotelaria continuam a aumentar a dois dígitos.

A hotelaria nacional recebeu mais de 18 milhões de hóspedes entre janeiro e outubro deste ano, um aumento de quase 9% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento do número de turistas e de dormidas está a abrandar e o tempo que estes turistas ficam está mesmo a diminuir, mas as receitas da hotelaria continuam a aumentar a dois dígitos, resultado do aumento significativo dos preços praticados.

Os dados foram divulgados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ao todo, os estabelecimentos hoteleiros nacionais receberam 18,2 milhões de hóspedes, responsáveis por 51,6 milhões de dormidas, números que correspondem a aumentos homólogos de 8,6% e 7,1%. Estes aumentos representam uma desaceleração em relação ao ano passado, quando os hóspedes tinham subido 9,7% e as dormidas 9,1%.

Esta evolução fica a dever-se, sobretudo, aos turistas estrangeiros. Os residentes no estrangeiro responderam por 37,6 milhões de dormidas entre janeiro e outubro, mais 8,5% do que no ano passado. Já os residentes em Portugal foram responsáveis por pouco mais de 14 milhões de dormidas, um aumento homólogo de 3,6%.

A taxa de ocupação, por seu lado, aumentou em 2,4 pontos percentuais, fixando-se nos 54,7%.

Apesar destes crescimentos, os turistas estão a passar cada vez menos tempo no país. No conjunto destes dez meses, a estada média foi de 2,83 noites, o que representa uma queda de 1,4%, uma tendência negativa que já no ano passado se verificava.

Contudo, os proveitos da hotelaria não foram penalizados, o que significa que os preços continuam a aumentar. Até outubro, os proveitos totais da hotelaria ultrapassaram os 3 mil milhões de euros, enquanto o rendimento médio por quarto disponível foi de 53,8 euros, valores que correspondem, em ambos os casos, a aumentos superiores a 16%.

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Ministério Público acusa funcionário do Banco de Portugal do crime de abuso de informação

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2017

O Ministério Público acusou um funcionário do Banco de Portugal pelo crime de abuso de informação, num caso ligado à venda de ações do BES.

O Ministério Público acusou um funcionário do Banco de Portugal pelo crime de abuso de informação, num caso ligado à venda de ações do BES e ao conhecimento antecipado do plano de contingência para o banco, divulgou esta sexta-feira o MP.

Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), ficou suficientemente indiciado que, depois de, em julho de 2014, aquele funcionário do Banco de Portugal ter adquirido ações do BES, tomou conhecimento, na tarde de 31 de julho 2014, de que iria fazer parte da equipa que iria preparar um plano de contingência para esse banco.

“Munido de tal informação, que conjugou com as demais informações públicas, concluiu que as ações do BES iriam sofrer forte desvalorização, pelo que procedeu, na manhã do dia 1 de agosto de 2014, à venda de todas as ações dessa instituição bancária de que era detentor. Tal conduta permitiu-lhe evitar sofrer menos-valias correspondentes à totalidade do dinheiro que despendera para adquirir as referidas ações“, diz a acusação.

Neste processo de abuso de informação previsto no Código de Valores Mobiliários, o Ministério Público (MP) requereu a aplicação da pena acessória de publicação da sentença condenatória. O arguido encontra-se sujeito à medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR). O inquérito foi dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária (PJ).

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Lisboa é das cidades do mundo mais pressionadas pelo turismo. Habitação a salvo, para já

No que toca à pressão do turismo sobre os serviços públicos, Lisboa está no grupo de Barcelona e Veneza. Segundo o WTTC, o risco de os habitantes serem expulsos existe, mas ainda não é um problema.

Habitantes empurrados para fora das cidades, experiência turística desvirtuada, infraestruturas sobrecarregadas, impactos negativos sobre a natureza e ameaças à herança cultural. Estes são, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), os cinco grandes riscos que as cidades enfrentam quando a popularidade se transforma em sobrelotação. Lisboa está entre as cidades onde os serviços públicos estão mais pressionados, mas, de acordo com o WTTC, na habitação, a capital ainda está longe do impacto que se faz sentir nos principais destinos turísticos do mundo.

O estudo, intitulado “Lidar com o sucesso: gerir a sobrelotação nos destinos turísticos”, foi apresentado esta quarta-feira e teve por base a análise de quatro cidades: Barcelona (Espanha), Nova Iorque (Estados Unidos), Buenos Aires (Argentina) e Chongqing (China). Para além destas quatro, analisadas ao detalhe, o WTTC faz um diagnóstico de 68 cidades, desenhando uma escala para avaliar o risco de cada uma delas entrar em sobrecarga turística. E Lisboa está entre as mais pressionadas do mundo em vários aspetos.

O fator mais preocupante é o das infraestruturas. Entre as 68 cidades analisadas, Lisboa é uma das 14 onde o risco de sobrecarga das infraestruturas é mais elevado. Aqui, inclui-se todo o tipo de serviços públicos: transportes, saneamento público, comércio, fornecimento de energia ou estradas, por exemplo. No que toca à sobrecarga dos serviços públicos, Lisboa está no mesmo grupo de cidades como Barcelona, Cancún, Veneza, Roma ou Praga. E está a ser mais pressionada do que cidades como Paris, Rio de Janeiro, Nova Iorque ou Londres.

Já a habitação, que tem sido uma das principais preocupações dos lisboetas nos últimos anos, devido ao aumento acentuado de preços de compra e arrendamento de imóveis, não surge como uma das áreas onde o turismo tem maior impacto. Aqui, Lisboa está a meio da tabela. Ou seja: o risco de os habitantes serem empurrados da cidade pelo excesso de turismo existe, mas essa ainda não é uma realidade. Como termo comparação, Lisboa está no mesmo grupo de cidades como Pequim, Budapeste, Buenos Aires ou São Francisco. Na Europa, é até uma das cidades onde a habitação está ser menos pressionada pelo turismo.

A ameaça que o excesso de turismo representa para a herança cultural de Lisboa também começa a aumentar. Neste aspeto, Lisboa está na primeira metade da tabela onde este impacto mais se faz sentir. Apesar disso, a experiência dos turistas na cidade ainda não está desvirtuada; pelo menos, a julgar pelas críticas deixadas pelos turistas no portal TripAdvisor, o indicador que o WTTC teve em conta para avaliar este aspeto.

Portugal é um dos 10 países que recebem 20% de todo o turismo mundial

Parte destes impactos negativos deve-se à popularidade do destino Portugal. Segundo os dados do WTTC, Portugal está no grupo dos 20 países do mundo que recebem quase dois terços de todas as chegadas de turistas internacionais.

Este grupo divide-se em dois: os 10 destinos turísticos mais populares, encabeçados por França, que receberam 46% de todas as viagens internacionais; e o grupo dos 10 países seguintes, que receberam 21% dos turistas mundiais. É nesse segundo que se inclui Portugal.

Nos próximos anos, esta tendência vai não só manter-se, como acentuar-se. Em 2020, estima o WTTC, França continuará a ser o destino turístico mais popular do mundo e Portugal vai manter-se no segundo grupo de países que mais turistas recebem. Juntos, os 20 países mais populares do mundo vão receber mais turistas do que todo o resto do mundo.

Distribuir, regular, cobrar e limitar

Para os problemas identificados neste estudo, a WTTC encontra também soluções. Há cinco principais:

  • Distribuir turistas no tempo. Isto resolve dois problemas: o excesso de visitantes nas épocas altas e a sazonalidade, que deixa algumas cidades praticamente vazias no resto do ano. Uma solução, propõe o estudo, poderá ser definir um período máximo de visita, como acontece, por exemplo, nas ilhas Galápagos, onde cada cruzeiro só pode ficar um máximo de 14 noites.
  • Distribuir turistas geograficamente. O turismo tem tendência a concentrar-se em pontos geográficos específicos, o que coloca pressão sobre pequenas partes das cidades, deixando outras com grande capacidade para receber turistas. Desenvolver atrações turísticas em locais menos visitados ou promover rotas que incluam esses locais são soluções possíveis.
  • Ajustar o preço à oferta e procura. É bastante auto-explicativo: se um local tem poucos visitantes, não há razão para cobrar mais; se está sobrelotado de turistas, cobrar taxas e aumentar o preço das principais atrações são hipóteses.
  • Regular a oferta de alojamento. Esta ainda é uma solução pouco popular entre as autoridades locais, mas começa a ser implementada em vários locais. É o caso de Nova Iorque, onde o arrendamento de curto prazo foi banido. Também em Lisboa deverá ser implementada uma quota máxima para as unidades de alojamento local permitidas em cada freguesia.
  • Limitar o acesso ou as atividades. É uma medida de último recurso, que já começa a ser implementada em locais onde os residentes estão a ser excessivamente prejudicados pelos turistas. É o caso de Amesterdão proibiu a abertura de novas lojas direcionadas para o turismo, como lojas de souvenirs. Ou o de Roma, que proibiu o consumo de álcool na rua entre a meia-noite e as 7h00.

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Pedrógão: Concedidos 5,4 milhões em apoios a agricultores

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2017

A maior fatia do apoio prestado situou-se nos danos até 5.000 euros, com 1.355 agricultores a receberem 3,999 milhões de euros. Mesmo assim, o valor de apoio prestado não atinge o prejuízo total.

Os mais de dois mil agricultores afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande e Góis receberam um apoio total de 5,4 milhões de euros, disse hoje o Ministério da Agricultura.

Em resposta a questões da agência Lusa, o gabinete do ministro da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural informou que foi concedido um apoio total de 5,441 milhões de euros a 2.638 agricultores que sofreram perdas com os grandes incêndios de Pedrógão Grande e Góis, que deflagraram em 17 de junho.

Até mil euros de prejuízos, registaram-se 1.264 candidaturas e um apoio total de 652 mil euros. A maior fatia do apoio prestado situou-se nos danos até 5.000 euros, com 1.355 agricultores a receberem 3,999 milhões de euros. Acima de cinco mil euros de prejuízo, apenas se registaram 19 candidaturas, que receberam uma ajuda de 900 mil euros – até 5 mil euros o apoio é a 100%, de cinco a 50 mil é de 85% e entre 50 a 400 mil euros há uma comparticipação de 50%. Mesmo assim, o valor de apoio prestado não atinge o prejuízo total registado na região.

De acordo com a tutela, o prejuízo total validado “rondou os 6,5 milhões de euros em animais, plantações plurianuais, máquinas, equipamentos, armazéns e outras construções de apoio à atividade agrícola”.

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Negociações do Brexit avançam para a próxima fase

  • Marta Santos Silva
  • 15 Dezembro 2017

Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, assinalou que os planos do divórcio já estão acertados e pode agora ser negociada a relação que o Reino Unido terá com a União Europeia depois do Brexit.

As negociações do Brexit estão “prontas para avançar para a segunda fase”, segundo disse esta sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, citado pela BBC. O aval da União Europeia era necessário para poderem começar as conversações sobre os termos da relação futura entre a União Europeia e o Reino Unido — para isso, era preciso acordar primeiro os termos do próprio divórcio.

Donald Tusk fez o anúncio através da sua conta no Twitter após uma reunião dos chefes de Estado dos 27 países que permanecem na UE, onde escreveu que os líderes europeus concordam que foram feitos progressos suficientes para avançar para a segunda fase do Brexit, dando os parabéns à primeira-ministra britânica, Theresa May.

Com os termos da separação decididos, já na próxima semana poderá começar a ser negociado um período de transição para as instituições britânicas, a começar com a saída da União Europeia em março de 2019. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, já tinha alertado que esta próxima fase das negociações poderá ser a mais difícil, tanto na negociação do período de transição como, também, a da relação que virá a seguir entre os dois lados.

Numa conferência de imprensa que se realizou depois do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker assinalou o trabalho “excelente” dos ministros a “preservar a união onde outros quiseram impor divisão”.

O período de transição vai obrigatoriamente ter de conter uma obrigação do Reino Unido de permanecer sob a jurisdição do Tribunal Europeu de Justiça e continuar a permitir a liberdade de movimento de pessoas e bens através da fronteira. Isso está definido num documento de três páginas publicado pela União Europeia com aquelas que são as suas prioridades para o período de transição.

Theresa May também agradeceu a Donald Tusk numa publicação no Twitter, escrevendo que “hoje é um passo importante na estrada para um Brexit suave e ordeiro, e para a fundação da parceria futura especial e profunda”.

António Costa foi um dos 27 líderes presentes no Conselho Europeu, e expressou na mesma rede social a sua satisfação com o resultado das negociações da saída do Reino Unido, que foi conseguido com “grande empenho de todas as partes”.

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Ladurée Portugal faz doces por encomenda para o Natal

  • ECO
  • 15 Dezembro 2017

Galette des Rois e bolo Rainha são duas das estrelas da pastelaria francesa em Lisboa. Encomendas estão disponíveis para a quadra natalícia.

A recém-inaugurada Ladurée Portugal está a aceitar encomendas de doces tradicionais para a época natalícia. Entre os destaques estão os típicos Galette des Rois e bolo Rainha, assim como os tradicionais macarons e os troncos de Natal da reconhecida pastelaria de luxo francesa.

Fundada em 1862 por Louis Ernest Ladurée, no número 16 da Rue Royale em Paris, como padaria, foi depois transformada em pastelaria e salão de chá como consequência das mudanças políticas e socioeconómicas que começaram a ocorrer um pouco por toda a Europa no início do novo século.

Foi apenas com Pierre Desfontaines, em meados do século XX, que a Ladurée ganhou reconhecimento ao criar o primeiro double decked macaron preenchido com um ganache de chocolate. O sucesso foi imediato e ainda hoje é utilizada a receita original. Atualmente a marca pertence ao grupo Holder, de David Holder.

 

Em Portugal, a Ladurée-Paris é um franchising conquistado pelo grupo Amorim Luxury, de Paula Amorim.

 

 

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Primeiro OE de João Lourenço quer economia angolana a crescer 4,9%

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2017

É o primeiro Orçamento do novo Presidente, e prevê 48,8 mil milhões de euros em despesas e receitas, e um défice de 2,9%. O documento vai ainda ser discutido no Parlamento.

O Governo angolano prevê no Orçamento Geral do Estado para 2018 despesas e receitas de 9,6 biliões de kwanzas (48,8 mil milhões de euros) e um crescimento económico de 4,9%, segundo a proposta que deu entrada hoje no parlamento.

A proposta de Orçamento para 2018, entregue na Assembleia Nacional pelo ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, prevê igualmente um défice de 2,9%, devendo a discussão parlamentar sobre o documento ter início a 05 de janeiro, com votação até 15 de fevereiro.

Em declarações à imprensa, no parlamento, Manuel Nunes Júnior realçou que em anos eleitorais o prazo para que o executivo faça a entrega do Orçamento Geral do Estado (OGE) ao parlamento é alargado até 15 de dezembro, data que foi assim cumprida.

Este é também o primeiro OGE da governação de João Lourenço, que após as eleições gerais de agosto sucedeu a José Eduardo dos Santos como Presidente da República e chefe do Governo.

O último OGE elaborado por um Governo de José Eduardo dos Santos previa receitas e despesas de 7,307 biliões de kwanzas (41,4 mil milhões de euros, à taxa de câmbio da altura) e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% em 2017.

Manuel Nunes Júnior apontou como linhas fundamentais do Orçamento para 2018 a garantia da estabilidade económica do país, tendo em conta que, desde finais de 2014, o país está a viver uma situação de baixa do preço do petróleo no mercado internacional, sendo importante a realização de ajustes quer do ponto de vista fiscal quer cambial, para o equilíbrio das contas.

“E isso é um dos elementos que o nosso OGE faz referência e com bastante clareza. Garantir que a partir do próximo ano, 2018, o país possa ter um equilíbrio do ponto de vista das contas internas e das contas externas, e aí garantir também uma estabilidade macroeconómica e criar um ambiente propício para o investimento”, referiu.

O governante angolano realçou ainda como objetivo deste orçamento o crescimento económico, para se gerar e garantir empregos “um dos fatores mais importantes” para a estabilidade social, bem-estar das populações, bem como dos rendimentos das pessoas.

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Esta empresa japonesa vai pagar salários em bitcoin

  • Juliana Nogueira Santos
  • 15 Dezembro 2017

Os colaboradores da GMO irão poder trocar uma parte do seu salário em yen por bitcoin, recebendo também um bónus de 10% como um incentivo.

A moeda virtual mais popular do momento divide opiniões, mas são muitos os que continuam a depositar a sua confiança na bitcoin. A GMO Internet Group, uma gigante japonesa da web, anunciou esta semana que vai permitir aos seus colaboradores receber parte dos salários em bitcoin, como medida de promoção da criptomoeda.

O sistema, que irá ser implementado a partir de fevereiro de 2018, vai ser gradualmente expandido aos 4.000 trabalhadores da empresa. Os colaboradores irão assim poder trocar uma porção do seu salário em yen por bitcoin, entre 10.000 e 100.000 yens — 75,56 e 755,63 euros. Receberão também um bónus de 10% como um incentivo.

“O GMO Internet Group irá contribuir para o desenvolvimento das moedas virtuais no mundo, promovendo esforços relacionados com as moedas virtuais em todo o grupo”, pode ler-se no comunicado da empresa. Para tal, a empresa irá proceder a uma ICO para registar a sua moeda, a “GMO coin”, e ser utilizada como parte do sistema.

A empresa japonesa entrou no mundo das criptomoedas em maio de 2017 com a abertura de um. Está prevista também a abertura de uma operação de mining em janeiro do próximo ano, bem como a inauguração de um banco online em julho.

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Aprovada proposta do PS para grupo de trabalho sobre CTT

Os partidos da esquerda apresentaram quatro propostas para os correios. Três delas diziam respeito à reversão da privatização da empresa, realizada em 2014, e foram rejeitadas.

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H&M regista piores resultados da década. Ações caem 15%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 15 Dezembro 2017

A empresa não consegue manter-se firme na guerra do online. As vendas sofrem maior queda da década e as ações recuam para mínimos de 2009.

A sueca H&M voltou a perder terreno para a sua concorrente direta no último semestre, registando venda bem abaixo do esperado. A retalhista registou a maior queda nas vendas trimestrais em, pelo menos, uma década. Nos mercados, as ações recuam para mínimos de quase nove anos.

Ainda que os resultados do seu concorrente direto, a Inditex, também tenham ficado abaixo do esperado, com ritmo de crescimento das vendas a abrandar para mínimos de 15 trimestres, a H&M ficou bem atrás no valor total, que atingiu os 5,7 mil milhões de euros. A empresa fundada por Amancio Ortega vendeu 7,4 mil milhões de euros no mesmo trimestre.

Para além dos resultado, há mais notícias que anunciam um mau período na empresa. A H&M prevê fechar lojas por todo o mundo, bem como diminuir o ritmo de novas aberturas. Em causa está também a dificuldade de acompanhar os seus principais concorrentes na guerra do online.

Este cenário não foi bem recebido nos mercados, com as ações da retalhista a recuarem 15,885 para 168,50 euros, negociando em mínimos de junho de 2009.

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Pressionada pelas greves, Ryanair reconhece sindicatos

  • ECO
  • 15 Dezembro 2017

Sob fogo, Ryanair muda velha política de não reconhecimento sindical e abre-se ao diálogo com os representantes dos pilotos que ameaçaram fazer greve, poucos dias antes do Natal.

Depois dos pilotos portugueses, italianos e irlandeses terem marcado greves para poucos dias antes do Natal, a Ryanair cede aos pedidos e reconhece os sindicatos. A transportadora aérea anunciou, esta sexta-feira, que está pronta para considerar essas associações como representantes legítimas dos profissionais do Reino Unido, Alemanha, Itália, Alemanha, Espanha Portugal, se se estabelecerem Comités de Pilotos para lidarem diretamente com as questões relacionadas com a companhia em causa.

“Os voos de Natal são muito importantes para os nossos clientes e desejamos eliminar qualquer preocupação que possa surgir na sequência das ações coletivas aprovadas, esta semana“, sublinhou Michael O’Leary, presidente executivo da Ryanair, em comunicado. Esta quarta-feira, os pilotos portugueses da transportadora irlandesa tinham anunciado uma paralisação a dia 20 de dezembro. Em Itália, a greve está marcada para esta sexta-feira, dia 15, e na Irlanda os pilotos protestam na próxima quarta. Pressionada, a Ryanair muda assim sua velha política de não reconhecimento sindical, exigindo que as ações coletivas contra a empresa sejam suspensas.

“O reconhecimento dos sindicatos será uma mudança significativa para a Ryanair, mas já enfrentamos alterações radicais antes”, acrescenta O’Leary. A transportadora reforça que está agora preparada para começar as conversações com os representantes dos pilotos.

Os protestos marcados para este mês são o culminar de um desconforto crescente entre estes profissionais e a companhia aérea. Na origem das tensões esteve um erro no agendamento das suas férias, que acabou por significar o cancelamento de 20 mil voos, em toda a Europa. Desde então, os pilotos têm exigido aumentos salariais, mais formação, seguro de saúde e benefícios como alojamento e transportes em terra ou uniformes pagos pela empresa.

Ryanair cedeu… mas deu luta

Esta sexta-feira, a Ryanair mostra-se pronta para discutir com os pilotos os problemas que os profissionais denunciaram (nomeadamente, no que diz respeito aos cuidados de saúde garantidos pela companhia), mas o caminho trilhado até aqui não foi fácil. Depois de os pilotos italianos e irlandeses terem marcado as suas respetivas greves, no início desta semana, a resposta da transportadora foi bem diferente daquela enviada, esta sexta-feira, aos seus representantes sindicais. Nessa altura, o diálogo foi substituído por ameaças.

Em declarações enviadas ao ECO, a companhia aérea explicou que uma paralisação, na base de Dublin, teria consequências nefastas para os profissionais. “Qualquer piloto de Dublin que participe nesta ação irá incorrer em quebra de acordo em vigor, perdendo assim os benefícios de que usufruem por lidar diretamente com a Ryanair, incluindo turnos de 5 dias em trabalho / 4 de folga, certos benefícios monetários e oportunidades de promoção, até ao momento em que escolham regressar à prática estabelecida há mais de 25 anos de lidar diretamente com a Ryanair”, lia-se no comunicado.

Em Itália, a reação repetiu-se, com a empresa a enviar uma carta ameaçadora aos pilotos. “[Uma paralisação] pode levar à perda de futuros aumentos salariais (…), de transferências (que tenham sido pedidas) ou promoções”, pode ler-se na carta, assinada pelo responsável pelo pessoal, Eddie Wilson, e divulgada pelo jornal italiano La Repubblica.

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