Conselho Superior de Defesa passa ao lado de roubo de Tancos

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN) analisou "recentes dados da situação política atinentes às Forças Armadas".

O Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN) analisou esta sexta-feira “recentes dados da situação política atinentes às Forças Armadas” e realçou o papel dos militares no apoio à tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande. Mas o roubo de armamento do Paiol de Tancos não foi abordado.

“No final, o Conselho teve ainda oportunidade de analisar recentes dados da situação política atinentes às Forças Armadas”, referiu o chefe da Casa Militar do Presidente da República, general João Cordeiro, numa declaração aos jornalistas no Palácio de Belém.

A reunião ordinária do CSDN terminou minutos depois das 13h00, ao fim de três horas, e contou com a participação de todos os membros deste órgão de consulta do Presidente da República em matéria de Defesa, à exceção dos presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira.

Segundo o general João Cordeiro, o CSDN exprimiu um voto de pesar pelas “vítimas da tragédia de Pedrógão Grande” e realçou “a importância do notável papel de apoio prontamente prestado pelas Forças Armadas na sua relevante missão de serviço público”.

O comunicado foi lido pelo chefe da Casa Militar do Presidente da República, general João Cordeiro, que assegura transitoriamente as funções de secretário do Conselho Superior de Defesa Nacional, após a exoneração, no passado dia 11, do tenente-general José Antunes Calçada.

Segundo o general João Cordeiro, o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas manifestou uma palavra “de apreço pelo zelo, competência e dedicação com que no último ano e meio” o general Antunes Calçada desempenhou as funções de secretário do CSDN.

A morte do militar do Exército Sargento-Ajudante Gil Benido num ataque terrorista no Mali foi lembrada pelo CSDN que “exprimiu um voto de pesar” e reafirmou a “indispensabilidade da participação de Portugal através das Forças Nacionais Destacadas na promoção da paz, dos valores democráticos e do Estado de Direito”.

Foi feito um “ponto da situação e debate” sobre a situação internacional após a última cimeira da NATO e sobre as missões das forças e elementos nacionais destacados, acrescentou.

Na reunião, foi também apresentado ao Conselho um ponto da situação sobre a “possível utilização pela aeronáutica civil” da base aérea n.º 6, no Montijo, disse.

Nas últimas semanas, o furto de material de guerra em Tancos, a forma como o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, geriram o caso suscitaram críticas por parte da oposição.

O CDS-PP exigiu a demissão do ministro da Defesa Nacional e do CEME, uma posição que Azeredo Lopes já considerou, em entrevista à RTP, “pouco aceitável” a partir do momento em que, “numa análise de boa-fé”, o ministro já garantiu que nada sabia sobre riscos concretos de segurança nos paióis de Tancos.

No Exército, dois tenentes-generais com cargos na estrutura superior do ramo, Antunes Calçada [ex-secretário do CSDN] e Faria Menezes, solicitaram a passagem à reserva, demitindo-se dos comandos do Pessoal e das Forças Terrestres, respetivamente.

Estas duas demissões ocorreram, segundo o Expresso, por “divergências inultrapassáveis” com o Chefe do Estado-Maior do Exército, alegadamente devido à forma como o general Rovisco Duarte decidiu exonerar cinco comandantes no caso do furto de Tancos.

Os cinco coronéis voltaram a ser nomeados pelo CEME na segunda-feira passada e ocupam os mesmos postos.

O primeiro-ministro, António Costa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, o ministro da Economia, Caldeira Cabral e o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Mourinho Félix, estiveram na reunião.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, da Força Aérea, Manuel Rolo e da Armada, Silva Ribeiro, também compareceram ao CSDN.

Os deputados Marco António Costa (PSD), presidente da comissão parlamentar de Defesa, e os deputados Miranda Calha (PS) a e Costa Neves (PSD) também marcaram presença.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tesouro norte-americano barra entrada a eurodeputado do PCP

O eurodeputado comunista fazia parte de uma comitiva do Parlamento Europeu. Quando chegaram ao Ministério das Finanças norte-americano, todos os eurodeputados puderam entrar, exceto Miguel Viegas.

Miguel Viegas, eurodeputado comunista (PCP).European Union 2016 - EP

O eurodeputado português, Miguel Viegas, foi impedido de entrar no Departamento do Tesouro norte-americano esta terça-feira. O eurodeputado eleito pelo PCP, que integra o grupo parlamentar Esquerda Unitária Europeia, foi o único dos oito elementos da comitiva do Parlamento Europeu a ser barrado pelo Governo norte-americano, que alegou problemas com os documentos. Em declarações ao ECO, Miguel Viegas assegura que todos os processos foram tratados pelos serviços do Parlamento Europeu de forma igual.

Não fui autorizado a entrar, o que é absolutamente incompreensível“, afirma ao ECO, referindo que “não houve nenhuma explicação” por parte das autoridades norte-americanas. “Nem nenhuma compreensão uma vez que facilmente se compreenderia que fazíamos parte da delegação do Parlamento Europeu”, acrescenta, referindo que “não foi possível demover os serviços de segurança”.

“Isto é de lamentar porque a própria comissão (dos Assuntos Económicos e Monetários) deixou de ser representativa do Parlamento Europeu”, argumenta o eurodeputado comunista. Entretanto já foi apresentado um protesto em nome da representação do Parlamento Europeu em Washington e está neste momento também a seguir um protesto do presidente do Parlamento Europeu, António Tajani.

Segundo Miguel Viegas, as autoridades norte-americanas alegaram que “os procedimentos não tinham sido cumpridos na íntegra”. Perante “as provas” apresentadas pelo português, deixou de haver diálogo tendo sido “impossível resolver a situação”. O eurodeputado do PCP garante que todos os procedimentos foram cumpridos e tratados pelo secretariado da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários, com dez dias de antecedência tal como determinam as regras de segurança.

Além deste encontro, a comitiva da comissão reuniu com reguladores, bancos e fundos de investimento — como o fundo Blackrock –, incluindo uma visita a Wall Street e à Reserva Federal. Nestes encontros, Miguel Viegas garante não ter existido nenhum problema. Foi na única reunião com o Governo — “determinante para se perceber bem as reais intenções desta nova Administração em relação à desregulamentação em curso do sistema financeiro“, diz o eurodeputado — que aconteceu o incidente.

Na comitiva estavam eurodeputados da família europeia do PS (Roberto Gualtieri, Paul Tang e Pervenche Berès), da família europeia do PSD e CDS (Theodor Dumitru Stolojan, Luděk Niedermayer e Fulvio Martusciello) e ainda do grupo parlamentar onde está Marinho e Pinto, o ALDE (Mr Ramon Tremosa i Balcells). O ECO contactou por email a equipa do presidente do Parlamento Europeu e do Tesouro norte-americano, mas até ao momento não obteve resposta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas afetadas pelos incêndios podem aceder a fundos europeus a partir de hoje

São 25 milhões de euros a fundo perdido a que as empresas se podem candidatar a partir de hoje. Projectos vão ser financiados por fundos comunitários em 85% e Governo promete adiantar 25%.

As empresas devastadas pelos incêndios no centro do país podem a partir de hoje aceder aos fundos comunitários para restabelecer a sua atividade, anunciou esta sexta-feira o Ministério do Planeamento e Infraestruturas, numa nota enviada às redações.

Em causa estão 25 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), operacionalizados através do Programa Operacional da Região Centro (Centro 2020), que serão atribuídos através de concursos específicos criados para as empresas dos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Sertã e Penela, afetadas pelos incêndios de 17 a 21 de junho.

Estas empresas vão poder ver os seus projetos financiados em 85% a fundo perdido, sendo que o Governo já se comprometeu a adiantar 25% do montante coberto pelos fundos. Sabe-se agora que estes 25% terão um limite de 500 mil euros.

“O objetivo é recuperar a estrutura produtiva preexistente e contribuir para a manutenção dos postos de trabalho e o relançamento da atividade económica”, explica o ministério de Pedro Marques, na mesma nota.

Nestes concursos são elegíveis os investimentos com a “aquisição de máquinas, equipamentos, respetiva instalação e transporte; obras de construção, remodelação ou adaptação das instalações; aquisição de equipamentos informáticos, incluindo o software necessário ao seu funcionamento; serviços de consultoria necessários à implementação do projeto (estudos, diagnósticos, auditorias, planos de marketing e projetos de arquitetura e de engenharia); e material circulante relacionado com o exercício da atividade que seja imprescindível à execução da operação”.

O ministério especifica que estão “todas as PME dos sete concelhos que comprovem ter sofrido prejuízos decorrentes dos incêndios” e que as empresas vão poder contar com o apoio das equipas do programa Centro 2020, “que vão continuar no terreno, junto das empresas, a fornecer informação” para as ajudar a preencher as candidaturas e “a acompanhar a execução deste projeto”.

Na próxima semana, será lançado um concurso similar destinado ao restabelecimento das infraestruturas básicas municipais, que deverá ter uma dotação de 20 milhões de euros, revela também o Ministério do Planeamento.

Por outro lado, Bruxelas já está a analisar o pedido de Portugal para aceder ao Fundo de Solidariedade. Em causa podem esatr 12,5 milhões de euros, segundo o ministro Vieira da Silva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Subsídio de desemprego: 70,6 mil beneficiaram com travão no corte de 10%

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 21 Julho 2017

Limites ao corte de 10% no subsídio de desemprego começaram a ser aplicados em junho. Dados do Ministério apontam para 70.636 abrangidos e para um aumento de 25 euros na prestação média.

Em junho, os subsídios de desemprego de valor mais baixo passaram a ficar protegidos, pelo menos parcialmente, do corte de 10% que se aplica ao fim de seis meses de atribuição. A medida abrangeu 70.636 pessoas naquele mês, revelou o Ministério do Trabalho. Ao mesmo tempo, o subsídio médio avançou cerca de 25 euros.

“A medida beneficiou um total de 70.636 pessoas em junho, sendo que o subsídio médio mensal subiu cerca de 25 euros”, indicou fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao ECO.

Este foi o primeiro impacto de uma alteração ao regime do subsídio de desemprego, que passou a garantir que o corte de 10% que se aplica depois de seis meses de pagamento — introduzido em abril de 2012 — não pode dar origem a uma prestação de valor inferior ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que, em 2017, corresponde a 421,32 euros. Uma questão que já tinha sido levantada pelo Provedor de Justiça.

A alteração começou a ser aplicada em junho, incluindo prestações em curso. O Ministério de Vieira da Silva já tinha indicado, antes de a medida chegar ao terreno, que esta mudança poderia abranger “cerca de 58% dos beneficiários de subsídio de desemprego que teriam um corte de 10% nas suas prestações”. Apontava então para 136 mil pessoas considerando o ano de 2016, em que os números do desemprego eram mais elevados.

Em junho, o número de beneficiários dos vários tipos de prestações de desemprego no âmbito do trabalho por conta de outrem caiu para 191,3 mil, o valor mais baixo em quase 15 anos, noticiou ontem o ECO, dando conta dos números atualizados pela Segurança Social. Só no caso do subsídio de desemprego, foram pagas prestações a 151,8 mil pessoas — neste caso é preciso recuar a abril de 2003 para encontrar um valor mais baixo.

Os dados da Segurança Social também mostram uma subida do valor médio das prestações — de 451,31 euros em maio para 462,08 euros em junho — mas, neste caso, estão abrangidos vários subsídios (entre os quais os sociais, ligados a condição de recursos e, genericamente, de valor mais baixo). No entanto, a informação enviada ao ECO pelo Ministério de Vieira da Silva aponta para uma subida média de 25 euros apenas no valor do subsídio do desemprego — a única prestação afetada pelo corte de 10%.

Para já, as alterações só protegem subsídios de valor reduzido mas Bloco e PCP já defenderam a eliminação total do corte em 2018 e os socialistas já se comprometeram a discutir o assunto mais tarde.

Ainda que o novo diploma não possa empurrar os beneficiários para um patamar inferior ao IAS, há quem continue abaixo deste limiar: é o caso daqueles que recebem, desde o início, uma prestação mais baixa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa espanhola reconhece o direito a desligar o telemóvel fora do horário de trabalho

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

Filial espanhola da AXA é a primeira empresa espanhola a reconhecer o direito à desconexão digital em contrato coletivo de trabalho.

A filial espanhola da multinacional francesa do setor dos seguros AXA é a primeira empresa em Espanha que reconhece, em contrato laboral, aos seus empregados o direito de desligarem o telemóvel fora do seu horário de trabalho.

“Excetuando causa de força maior ou circunstâncias excecionais, a AXA reconhece o direito dos trabalhadores de não responderem aos correios eletrónicos ou às mensagens profissionais fora do seu horário de trabalho”, prevê o acordo coletivo de trabalho em vigor até 2020, assinado esta semana entre a seguradora e as Comisiones Obreras, o sindicato com maior representatividade na empresa.

Segundo um comunicado de imprensa da empresa, “o novo acordo inclui a necessidade de impulsionar o direito à desconexão digital uma vez finalizada a jornada de trabalho”.

O acordo coletivo assinado é assim o primeiro de uma grande empresa em Espanha que reconhece “o direito a não estar conectado”, podendo os trabalhadores desligar o telemóvel profissional fora das horas de trabalho.

A diretora dos recursos humanos de AXA sublinhou no mesmo comunicado de imprensa que a empresa pretende “criar o melhor ambiente laboral possível” e que agora o acordo coletivo foi “melhorado” e tornado “mais inovador”.

A França, onde está a empresa mãe da AXA, foi o primeiro país a implementar esta alteração nas leis do trabalho.

Desde 1 de janeiro último que todas as empresas francesas com mais de 50 trabalhadores devem ter acordos negociados com os funcionários para fixar horários de ligação ao telemóvel e à internet.

A Volkswagen, na Alemanha, foi pioneira neste nesta área, ao estabelecer que entre as 18:15 e as 07:00 o correio eletrónico profissional deve ter o acesso bloqueado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores da PT desfilam de Picoas até à porta de António Costa

Os sindicatos da PT esperam 1.500 pessoas num protesto que sairá de Picoas e só desmobilizará em frente à residência oficial do primeiro-ministro. SINTTAV fala em "adesão quase total na província".

Sindicatos esperam 1.500 pessoas no desfile de protesto. Imagem ilustrativa.MÁRIO CRUZ/LUSA

Os trabalhadores da PT vão desfilar em protesto desde a sede da PT em Picoas até à residência oficial do primeiro-ministro. O desfile realiza-se durante a tarde desta sexta-feira e juntará não só os funcionários em Lisboa como os de outras zonas do país, sendo esperadas um mínimo de 1.500 pessoas, segundo informações dos sindicatos.

A meio da manhã de sexta-feira ainda não se conhecia com exatidão a adesão à greve da PT, a primeira dos últimos dez anos. “Podemos fazer o balanço é de que, a nível da província, a adesão é quase total”, disse ao ECO Manuel Gonçalves, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (SINTTAV), um dos sindicatos da PT. “Há lugares em que sabemos que vêm os trabalhadores todos para Lisboa, noutros ficará lá muito pouquinha gente”, acrescentou.

“Os nossos colegas andam nos locais de trabalho a tentar fazer o levantamento. A nível da província, onde a adesão vai ser quase total, não temos levantamento porque vêm 25 autocarros para Lisboa. Os dirigentes que deveriam estar nos locais a fazer o levantamento vêm todos nesses autocarros”, explicou ainda o sindicalista. O ECO pediu números de adesão à PT, mas não tinha obtido resposta à hora de publicação deste artigo.

"Podemos fazer o balanço é de que, a nível da província, a adesão é quase total.”

Manuel Gonçalves

Presidente do SINTTAV

A concentração em Picoas deverá começar por volta do meio-dia e a manifestação deverá sair à rua logo após o almoço. “Está previsto sairmos de Picoas às 14h00, marchar pela Fontes Pereira de Melo, depois subir a Braamcamp, passar no Rato e descer a rua de São Bento até à residência oficial do primeiro-ministro. Por volta das 16h30 terminamos aí a concentração”, referiu Manuel Gonçalves, que sublinhou que deverão participar “no mínimo 1.500 pessoas” nesta ação”.

Este é o primeiro protesto de trabalhadores da PT a contar com a participação de todos os sindicatos da dona da Meo, juntando ainda a CGTP, a UGT e “alguns partidos políticos”, afirmou o presidente do SINTTAV. A PT pôde garantir serviços mínimos nos termos da lei, mas é acusada de estar a convocar trabalhadores de forma irregular. Segundo Manuel Gonçalves, haverá funcionários da portaria a serem chamados para trabalhar.

Os trabalhadores da PT queixam-se das alegadas más condições no trabalho, onde dizem ser alvo de pressão e assédio moral. Acusam ainda a empresa de estar a fazer um despedimento coletivo. Em contrapartida, a PT rejeita estas acusações, garantindo que está a transferir trabalhadores para outras empresas ligadas ao grupo e a rescindir por mútuo acordo com algumas pessoas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Valor das notas apreendidas mais que duplica para 300 mil euros

Foram apreendidas mais de sete mil notas contrafeitas, com um valor de 284 mil euros. Banco de Portugal diz que se trata de um montante "residual". Na Zona Euro, tendência foi de queda.

A apreensão de notas em Portugal disparou no primeiro semestre do ano. Foram retiradas da circulação 7.128 notas contrafeitas que totalizavam 284 mil euros. Trata-se de um aumento de mais de 100% em valor face ao mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, foram apreendidas mais notas de 20 e 50 euros, tanto em quantidade como em valor. Mas o principal aumento nos seis primeiros meses do ano observou-se nas notas de 500 euros, as que têm maior valor nominal. Foram apreendidas 120 notas com um valor de 60 mil euros, traduzindo-se num aumento de 250% face ao primeiro semestre de 2016.

Ainda que o montante de notas tenha disparado, o Banco de Portugal considera que “os valores permanecem residuais quando comparado com as notas em circulação“. Acrescenta que as notas contrafeitas apreendidas apresentaram qualidade regular, podendo “ser identificadas recorrendo à metodologia Tocar-Observar-Inclinar, não sendo necessário para o efeito utilizar qualquer instrumento de verificação”.

Na Zona Euro, a tendência é decrescente. Foram retiradas de circulação cerca de 331 mil notas de euro contrafeitas, o que constitui uma redução face ao segundo semestre de 2016, indicam os dados do Banco Central Europeu (BCE).

“Por conseguinte, a probabilidade de se receber uma nota contrafeita é diminuta”, diz a autoridade, porque “a quantidade de contrafações permanece muito reduzida, em comparação com o número de notas de euro genuínas em circulação, que tem aumentado continuamente, a taxas superiores ao crescimento do produto interno bruto (PIB), desde a introdução das notas de euro”.

As notas de 20 euros e 50 euros continuaram a ser as mais contrafeitas, representando 85% do total de contrafações. A maioria (96,7%) das notas contrafeitas foi detetada em países da área do euro, tendo cerca de 2,3% das notas sido apreendidas em Estados-Membros da União Europeia não pertencentes à área do euro e 1,0% sido detetadas em outras partes do mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alta velocidade entre NYC e Washington: Musk está a caminho

O CEO da Tesla tem projetos para a nova empresa, a Boring: um comboio de alta velocidade que ligue Nova Iorque a Washington. Já anunciou a aprovação "verbal" do Governo, mas não há aval formal.

Elon Musk quer ligar Washington a Nova Iorque com um comboio de alta-velocidade, que deverá passar pelo túnel mais longo do mundo. Disse através do Twitter ter a aprovação “verbal” do Governo dos Estados Unidos. A Casa Branca confirma “conversas promissoras” mas várias fontes oficiais negam a permissão.

O comboio é conhecido como Hyperloop e deveria fazer a travessia de 354 quilómetros entre Nova Iorque e Washington em 29 minutos. Ligaria o centro de ambas as cidades e contaria com uma rede de 12 elevadores em cada uma delas, para trazer os passageiros à superfície. O tweet que anunciava as intenções de Musk para o futuro da sua Boring Company e a abertura do Governo ao projeto foi partilhado esta quinta-feira:

A Casa Branca confirmou unicamente que Musk e outros executivos da Boring Company estiveram em contacto com o Governo e descreveu essas conversas como “promissoras”. A fonte oficial acrescentou ainda que a Casa Branca está “comprometida com projetos transformativos ao nível da infraestrutura” e que acredita que “as melhores soluções advêm da ingenuidade e iniciativa do setor privado”, avança a Bloomberg. Por outro lado, o The Guardian reuniu várias informações em contrário de porta-vozes das cidades e dos Estados que negam a permissão do Governo.

As dificuldades que um projeto desta envergadura enfrentaria são várias. Em primeiro lugar, a envergadura dos custos, proporcional à envergadura do projeto. Só para construir pouco mais de três quilómetros do metro de Nova Iorque foram necessários 4,5 mil milhões. O túnel de Musk, como referido, seria quase 120 vezes mais comprido. Depois, o elevado número de licenças necessárias, da parte de diversas entidades locais, estatais, federais. Por fim, o tempo que tudo isto levaria a concluir.

De qualquer forma, o Hyperloop já existe e já foi testado. Veja o vídeo e conheça o comboio de alta velocidade que Musk quer replicar.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa afirma que Portugal está a perder tempo ao adiar a descentralização

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

António Costa falava no Parque das Nações, em Lisboa, após terem sido assinados contratos de aquisição de autocarros de passageiros a eletricidade e gás para a Carris, os STCP e para vários municípios

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que o país está a perder tempo ao adiar o processo de descentralização para as autarquias, dando como exemplo de ganhos de eficiência a transferência para municípios da gestão dos transportes coletivos.

António Costa falava no Parque das Nações, em Lisboa, após terem sido assinados contratos de aquisição de autocarros de passageiros a eletricidade e gás para a Carris, os STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) e para vários municípios, entre os quais o de Coimbra.

Nesta primeira fase, segundo dados do Ministério do Ambiente, vão ser adquiridos 510 autocarros, num investimento de 145 milhões de euros, que tem uma comparticipação da União Europeia na ordem dos 46 milhões de euros.

Num discurso de cerca de dez minutos, após a intervenção do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, António Costa dirigiu-se ao presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e autarca de Coimbra, Manuel Machado, que se encontrava sentado na primeira fila da plateia.

O primeiro-ministro deixou então uma mensagem de caráter político, numa alusão ao impasse existente na Assembleia da República para a aprovação do processo de descentralização de competências e meios para as autarquias locais.

“Estamos a perder tempo adiando a descentralização em geral. Tal como no sistema de transportes, os municípios estarão em melhores condições para obter resultados positivos na educação, na saúde e em vários outros setores onde é fundamental que possam ganhar competências”, sustentou.

Depois de uma referência ao atual clima de pré-campanha ao nível local, António Costa deixou um apelo: “Volvido este interregno eleitoral autárquico, é preciso concluir a reforma que ficou agora em suspenso, mas que é essencial ser concluída”.

“Tal como estamos a ter bons resultados nos transportes, é preciso ter melhores resultados em outras áreas que importa descentralizar para os municípios”, insistiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pinto da Costa internado na sequência de queda

  • ECO
  • 21 Julho 2017

Imprensa avança que o dirigente do FC Porto caiu das escadas e partiu três costelas. Está internado mas deverá ter alta ainda hoje.

O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, foi internado nas urgências do Hospital de S. João, no Porto, na sequência de uma queda nas escadas, avança o Correio da Manhã.

O diário indica que Pinto da Costa acabou por ficar internado na urgência embora o seu estado não seja considerado grave. De acordo com a TVI, que cita fonte do clube, o líder do PC Porto fraturou três costelas mas deverá ter alta ainda esta sexta-feira.

O Público indica ainda que Pinto da Costa, 79 anos, também sofreu uma contusão cerebral. A queda ocorreu em casa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

A Exxon Mobil está oficialmente em litígio com os Estados Unidos, não aceitando a multa imposta pelo país por alegadas violações das sanções à Rússia. Nota também para o interesse da ACS na Abertis.

A atualidade económica internacional está a ser marcada pelo interesse da ACS na Abertis e pelo litígio entre a petrolífera Exxon Mobil e o Tesouro dos Estados Unidos. Nesta revista de imprensa, passagens ainda pelo fecho de duas lojas multimilionárias no mercado negro da internet e por um novo hotel em Madrid, só para carteiras bem recheadas.

Expansión

Todos querem a Abertis: agora é a ACS

A ACS foi um dos acionistas de referência da Abertis até 2012 e quer voltar aos “velhos hábitos”. Esta sexta-feira, confirmou ao regulador da bolsa espanhola que está interessada em lançar uma proposta superior à da Atlantia pela concessionária de infraestruturas espanhola. É o terceiro grupo a manifestar interesse, embora a Aena tenha desistido da corrida. Leia a notícia completa no Expansión [acesso gratuito / conteúdo em espanhol].

Financial Times

Exxon Mobil processa Tesouro norte-americano

A petrolífera americana Exxon Mobil processou o Tesouro norte-americano depois de ter sido multada por alegadas violações às sanções impostas à Rússia em 2014. O Governo dos Estados Unidos aplicou a pena máxima de dois milhões de dólares. Leia a notícia completa no Financial Times [acesso pago / conteúdo em inglês].

Expansión

Four Seasons chega a Madrid com suítes a 12.000 por noite

A famosa cadeia de hotelaria Four Seasons vai chegar à capital de Espanha algures no princípio de 2019. Mas deverá desde logo arrebatar o primeiro lugar no pódio dos hotéis mais caros de Madrid, atualmente ocupado pelo hotel VillaMagna. O Four Seasons Canalejas contará com cerca de 200 quartos dos 45 m2 aos 400 m2 da suíte presidencial, e por preços entre os 500 e os 12.000 euros por noite. O novo hotel de cinco estrelas terá ainda dois restaurantes, piscina interior e spa. Leia a notícia completa no Expansión [acesso gratuito / conteúdo em espanhol].

Bloomberg

De Washington a Nova Iorque em apenas meia hora

Ellon Musk quer ligar Washington a Nova Iorque com um comboio de alta-velocidade, que deverá passar pelo túnel mais longo do mundo. Disse através do Twitter ter a aprovação “verbal” do Governo dos Estados Unidos. A Casa Branca confirma “conversas positivas” com o gestor da Tesla. O Hyperloop deverá fazer a ligação de 354 quilómetros em 29 minutos. Leia a notícia completa na Bloomberg [conteúdo em inglês/ acesso livre]

The Verge

Autoridades fecham lojas ilegais de armas e droga na internet

A Europol conseguiu encerrar a AlphaBay e o Hansa Market. Eram duas lojas online que funcionavam na chamada dark web e que vendiam armas, drogas, identidades falsas e até vírus informáticos. De acordo com as autoridades, só a AlphaBay processou cerca de mil milhões de dólares em transações desde 2014 no mercado negro da internet, contando com cerca de 200.000 clientes e 40.000 vendedores. Os responsáveis dessa loja detinham já quatro milhões de dólares em bitcoin. Leia a notícia completa no The Verge [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vodafone Portugal aumenta clientes. Receitas crescem

  • Lusa
  • 21 Julho 2017

A operadora de Mário Vaz registou um aumento nas receitas trimestrais de 4,6% para 246 milhões de euros. Ultrapassou barreira dos 600.000 clientes fixos.

As receitas totais da Vodafone Portugal subiram 4,6% no primeiro trimestre fiscal terminado em junho, face a igual período do ano passado, para 246 milhões de euros, anunciou a operadora. No mesmo período, as receitas de serviços subiram 5,4% para 232 milhões de euros, adianta a empresa liderada por Mário Vaz.

“Este desempenho revela uma aceleração do ritmo de crescimento de um dos mais importantes indicadores de negócio, o que se verifica pelo sétimo trimestre consecutivo”, refere a operadora.

O número de clientes móveis da Vodafone Portugal fixa-se em cerca de 4,672 milhões, dos quais 1,467 milhões são clientes 4G (+60,6% em termos anuais), sendo que “a utilização de dados móveis acelera 22,8% face ao trimestre anterior e 87,5%” em termos homólogos. “De abril a junho, o negócio fixo regista uma vez mais um forte crescimento, com a base de clientes a aumentar 15,9%” em termos homólogos, “ultrapassando a barreira dos 600 mil”.

No trimestre em análise, a operadora atingiu mais de 500 mil clientes a utilizar o serviço de televisão de última geração da Vodafone. “O crescimento orgânico da empresa, o reforço da sua posição competitiva e a satisfação dos clientes testemunham a credibilidade e o sucesso da aposta da Vodafone no mercado português”, refere Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal.

“No início do processo de convergência, a Vodafone contabilizava apenas 40 mil clientes de televisão. Hoje, mais de meio milhão de clientes legitima a superioridade do nosso serviço de televisão de última geração. A Vodafone, que este ano celebra o seu 25.º aniversário, mantém a promessa de continuar a olhar para o futuro com ambição e otimismo, entregando o melhor serviço aos seus clientes”, concluiu o gestor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.