Bancarrota em Moçambique. Governo volta a falhar pagamento de juros

  • Lusa
  • 18 Julho 2017

Maputo avisou os credores que não tem capacidade para honrar os seus compromissos. Vai falhar pagamento de juros de uma linha de 726 milhões de dólares emitida no ano passado.

O Governo de Moçambique avisou os credores internacionais que vai falhar mais um pagamento da prestação sobre os 726,5 milhões de dólares que emitiu no ano passado, entrando mais uma vez em incumprimento financeiro.

“O Ministério da Economia e Finanças da República de Moçambique deseja informar os detentores dos títulos de dívida de 726,5 milhões de dólares, a 10,5%, com maturidade em 2023 emitidos pela República de Moçambique, que o próximo pagamento de juros, que é devido a 18 de julho de 2017, não será feito“, lê-se numa nota em inglês colocada no portal daquele departamento governamental na Internet.

O comunicado lembra que, “conforme foi afirmado pelo ministro da Economia e Finanças durante a apresentação aos investidores em Londres a 25 de outubro, e reiterado pelos comunicados de 14 de novembro de 2016 e 16 de janeiro de 2017, a desafiante situação macroeconómica e orçamental afetou severamente as finanças públicas do país”.

Assim, continua o comunicado, “a capacidade de pagamento das dívidas da República continua extremamente limitada em 2017, e não dá espaço à República para realizar os pagamentos de juros sobre os títulos de dívida”.

"O Ministério da Economia e Finanças da República de Moçambique deseja informar os detentores dos títulos de dívida de 726,5 milhões de dólares, a 10,5%, com maturidade em 2023 emitidos pela República de Moçambique, que o próximo pagamento de juros, que é devido a 18 de julho de 2017, não será feito.”

Governo de Moçambique

O escândalo das dívidas ocultas rebentou em abril de 2016 – a dívida de 850 milhões de dólares da Ematum era conhecida, mas não os 622 milhões da Proindicus e os 535 da MAM – e atirou Moçambique para uma crise sem precedentes nas últimas décadas.

Os parceiros internacionais suspenderem apoios, a moeda desvalorizou a pique e a inflação subiu até 25% em 2016, agravando a vida naquele que é um dos países mais pobres do mundo.

O reatamento das ajudas internacionais ficou dependente da realização desta auditoria independente às dívidas, cujo sumário executivo foi distribuído pela PGR e sobre o qual se aguardam agora as reações dos parceiros.

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Comissão espera crescimento acima de 2,5% para 2017

  • Margarida Peixoto
  • 18 Julho 2017

"Queremos fazer de Portugal uma história tremenda de sucesso," disse o comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, que está de visita a Lisboa.

“Queremos fazer de Portugal uma história tremenda de sucesso,” disse o comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, esta terça-feira, em Lisboa. E a vontade de apoiar é bem visível na avaliação que o responsável de Bruxelas faz sobre o país. Portugal está a evoluir “muito positivamente no plano orçamental e económico,” a estratégia que está a ser seguida para lidar com o malparado dos bancos “é ambiciosa e vai na direção certa.” Mais: a retoma do crescimento está apoiada por fatores estruturais e o país deverá crescer mais de 2,5% em 2017.

“O crescimento vai ficar provavelmente acima de 2,5% em 2017,” antecipou Pierre Moscovici, revendo assim em forte alta as previsões que tinham sido apresentadas pela Comissão Europeia, em maio, que eram de 1,8% para o PIB português.

O comissário lembrou o aumento do PIB de 2,8% já verificado no primeiro trimestre deste ano e apontou para uma recuperação duradoura: “Acho que o crescimento é duradouro porque há fatores estruturais que o estão a suportar.” Moscovici sublinhou o “regresso do investimento”, tanto externo como interno e o boom do turismo,” que já contribui para o crescimento durante todo o ano, com menor sazonalidade. Além disso, também o crescimento na zona euro está a tornar-se mais forte, defendeu, o que vai ajudar a economia portuguesa a ganhar gás.

“Estou otimista, estou impressionado. A economia portuguesa está neste momento numa situação sólida e num caminho forte,” reforçou.

Redução do défice? Portugal é “sério e confiável”

No plano orçamental, o caminho é também visto como “muito positivo”. Moscovici recordou que o défice foi reduzido de 11% em 2011 para um valor que se espera agora de 1,8%. “Os mercados e os parceiros têm a confirmação de que Portugal é um país sério e um país confiável,” notou.

E até a discordância conhecida entre o modo de cálculo do défice estrutural entre o ministro das Finanças português, Mário Centeno, e a Comissão Europeia, foi classificada como “um diálogo de elevada qualidade”, sobre o qual Moscovici está “otimista” e que “vai no bom caminho.” À espera do esboço de orçamento para 2018, Moscovici fez questão de frisar que as escolhas orçamentais cabem aos Governos, que esse é “o espaço de liberdade chamado democracia” e que, seja como for, a Comissão “vai usar a margem de interpretação para proteger o crescimento” e que “nunca” vai fazer propostas que “prejudiquem o crescimento potencial.”

De forma simples, resumiu que “o crescimento que é crucial sobre qualquer outra questão ou problema,” repetindo a mensagem que já tinha deixado, em entrevista ao ECO, de que a consolidação orçamental não deve prejudicar a retoma económica.

No que toca à estratégia de redução do malparado nos bancos, um problema que limita o apoio que pode ser dado ao crescimento da economia, Moscovici avalia-a como sendo “boa.” Depois de uma conversa, esta manhã, com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, o comissário veio convencido das boas notícias: “O rácio de non performing loans está a diminuir,” frisou, “estamos no bom caminho, a estratégia seguida pelas autoridades portuguesas é ambiciosa e vai na direção certa.”

A economia portuguesa é uma economia em que nós podemos confiar.

Pierre Moscovici

Comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros

E baixou a pressão, argumentando que este não é um problema apenas português, mas sim uma preocupação europeia, onde têm agora de ser dados passos. Sem querer entrar em detalhes, disse apenas que as duas estratégias — a portuguesa e a europeia — têm de ser, “e estão a ser”, coordenadas.

Sobre a avaliação feita pelas agências de rating ao país, que tarda em mudarsó a Fitch alterou o outlook de estável para positivo — Moscovici sublinhou que “o olhar sobre o país já mudou.” Mas “leva algum tempo a mudar do outlook para o rating, mas temos de continuar, porque nós, a comissão, está aqui para apoiar,” assegurou.

Então quer dizer que já está tudo bem?

Para Moscovici, quase. Nas entrelinhas, o comissário deixou dois ou três apelos. Argumentou que “os esforços devem prosseguir para reduzir o défice estrutural,” porque é assim que a retoma será reforçada e que a dívida pode diminuir no longo prazo. Ou seja, não basta cumprir o objetivo nominal, que parece bem encaminhado, será preciso baixar o défice de forma credível. Aliás, foi com a convicção de que esse caminho continuaria a ser feito que a Comissão decidiu recomendar a saída do Procedimento por Défice Excessivo, desvalorizando o impacto potencial da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

Notou que “há esforços a melhorar no quadro judicial e administrativo”, bem como “no mercado de trabalho para melhor integrar os desempregados de longa duração.” Aqui, importa “reduzir a segmentação,” mas “a redução do desemprego vai na boa direção e por isso trata-se de consolidar o caminho em curso,” defendeu. E aproveitou para sublinhar que os relatórios de avaliação trimestral do impacto do aumento do salário mínimo são positivos.

No final, rematou: “A economia portuguesa é uma economia em que nós podemos confiar.”

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Moscovici diz que estratégia portuguesa para malparado é “ambiciosa e vai no bom caminho”

  • Margarida Peixoto
  • 18 Julho 2017

O comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros avaliou como positivos os passos que estão a ser dados pelo Banco de Portugal para lidar com o malparado. E diz que não se falou de "bad bank".

“A estratégia [para o malparado] seguida pelas autoridades portuguesas é ambiciosa e vai na direção certa,” disse o comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, esta terça-feira, em Lisboa. Depois de um encontro com o governador Carlos Costa, o responsável de Bruxelas veio convencido das boas notícias e disse não se ter falado de nenhum “bad bank.”

Moscovici notou que “o rácio de non performing loans está a diminuir” em Portugal e defendeu que o país vai no bom caminho. Diz que o Banco de Portugal lida com o problema de forma “estratégica e metódica” e adiantou que nas conversas que teve, esta manhã, com o governador e com Elisa Ferreira, administradora, “não houve nenhum debate sobre bad bank.”

O comissário baixou a pressão sobre Portugal, argumentando que este não é um problema apenas português, mas sim uma preocupação europeia, onde têm agora de ser dados passos. Sem querer entrar em detalhes, disse apenas que as duas estratégias — a portuguesa e a europeia — têm de ser, “e estão a ser”, coordenadas.

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PCP leva PT a debate. “Põem em causa o interesse nacional”

Esta quarta-feira o parlamento debruça-se sobre a situação da PT. PCP quer utilizar "todos os meios disponíveis" para impedir negócio da Altice e proteger os trabalhadores.

O PCP agendou para quarta-feira um debate de atualidade no parlamento sobre a situação na PT, agora propriedade da multinacional Altice, incluindo a situação dos trabalhadores, disse à Lusa fonte da bancada comunista.

Durante o fim de semana, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, fez várias referências à PT, chegando a pedir ao Governo do PS, no domingo, que utilize “todos os meios disponíveis para impedir” os negócios que a Altice está a desenvolver em Portugal, por considerar que “põem em causa o interesse nacional”.

Neste tipo de debate, que se realiza antes do início da ordem de trabalhos do dia, o Governo “faz-se representar obrigatoriamente no debate através de um dos seus membros”, de acordo com regimento da Assembleia da República.

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Trump em maus lençóis atira euro para máximos de dois anos

Dúvidas em torno do ímpeto reformista de Trump atiram euro para o nível mais elevado desde agosto de 2015. BCE reúne na quinta-feira e investidores esperam por mais sinais de retirada de estímulos.

Pressão vendedora sobre o dólar. A divisa norte-americana está a ir ao fundo esta terça-feira, tendo tocado o nível mais baixo em quase dois anos contra o euro, numa altura em que Donald Trump continua em maus lençóis depois de dois senadores terem manifestado a sua oposição à última versão da lei de saúde que vem substituir o Obamacare.

Por conseguinte, o euro está a acelerar tendo superado a barreira psicológica dos 1,15 dólares. A moeda única europeia avança 0,63% para 1,1558 dólares, o nível mais elevado desde agosto de 2015, há quase dois anos.

Esta noite dois senadores republicanos disseram que se iam opor à última iniciativa do Presidente para rever a lei da saúde promovida por Barack Obama, adensando os rumores de que a reforma no setor da saúde poderá ser novamente rejeitada.

“O ímpeto reformista da administração Trump registou um novo mínimo”, referiram os analistas do Morgan Stanley, numa nota citada pela Bloomberg.

Euro em máximos de dois anos

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

Paralelamente, também o fator da política monetária está a dar força à moeda única europeia. Quinta-feira há reunião do Banco Central Europeu (BCE) e os responsáveis poderão reforçar os sinais de retirada dos estímulos na Zona Euro.

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Nova temporada de A Guerra dos Tronos bate recordes dentro e fora do ecrã

  • Juliana Nogueira Santos
  • 18 Julho 2017

Atenção: este artigo contém spoilers... E grandes recordes a serem destronados também, nos Estados Unido e em Portugal.

Poderia ter sido uma segunda-feira normal, em que toda a gente estaria a queixar-se por ter de voltar ao trabalho depois de dois dias de descanso, passando ao lado do bom tempo e de um dia de relaxamento numa qualquer praia de Portugal. Contudo, o inverno estava quase a chegar, ou como quem diz, a nova temporada da série de culto “A Guerra dos Tronos” ia estrear no nosso país. E bateu vários recordes…

Nos Estados Unidos, onde o episódio foi para o ar na noite de domingo, “Dragonstone” não só foi considerada a estreia da HBO mais vista de sempre, com um total de 16,1 milhões de pessoas coladas aos vários ecrãs, mas também a estreia de série mais vista de sempre. Registou-se um aumento de 50% relativamente à estreia do primeiro episódio da sexta temporada.

Por entre fãs a assistirem através do canal por cabo — cerca de 10,1 milhões — e outros a assistirem através dos serviços de streaming e de gravações da HBO, a febre dos dragões foi global. Tanto que o HBO Go, a plataforma de streaming móvel, não aguentou com as visitas e esteve em baixo.

Em Portugal, o dia de segunda-feira foi passado com angústia, com a maior parte das pessoas à espera da estreia nacional. O episódio foi transmitido pelo canal Syfy ao princípio da noite e, tal como nos Estados Unidos, outro recorde foi batido. Foi o programa mais visto de sempre do canal de cabo, tendo registado 140.000 espetadores.

Euforia espalhou-se para o Twitter

As redes sociais também não escaparam. O novo episódio foi partilhado e comentado um pouco por todas as plataformas sociais, com os fãs a quererem mostrar que não perderiam por nada esta estreia, mas foi no Twitter que os recordes foram batidos. Segundo a rede social, este foi o episódio de Game of Thrones mais comentado de sempre, tendo sido escritos mais de 2,4 milhões de tweets relacionados.

As personagens que mereceram mais atenção dos internautas foram Arya Stark — cujas ações levaram o Twitter a considerar que “o futuro é no feminino” –, Daenerys Targaryen, Sansa Stark, Cersei Lannister, e Jon Snow. O que também suscitou muitas reações — positivas e negativas — foi a aparição de Ed Sheeran ao lado de uma das personagens mais importantes da série, dando voz às melodias da mesma.

Os tópicos “Game of Thrones”, “#GoTS7”, bem como os nomes das personagens continuam a ser tendência na rede social. Espera-se semanas de muita euforia e também de muita angústia, com alguns fãs a vibrarem com as aventuras dos seus personagens favoritos e outros a fugirem indefinidamente dos spoilers.

(Notícia atualizada às 22h30 com número de espetadores em Portugal)

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BCP lidera inversão na bolsa, Lisboa destaca-se na Europa

Olhos postos no mercado cambial, onde o dólar cai para mínimos de dez meses. A libra perde força depois da inflação ter ficado aquém do esperado no Reino Unido. Nas bolsas, destaque positivo para PSI.

Aos poucos o verde vai-se sobrepondo ao vermelho na bolsa portuguesa. O PSI-20 arrancou o dia com perdas, mas já virou o jogo graças ao bom desempenho do BCP. Com isto, Lisboa é a única praça que sobe na Europa por esta altura.

O principal índice português avança 0,22% para 5.304,33 pontos. Não são muitas as cotadas que negoceiam em terreno positivo. São apenas seis as ações que se apresentam com ganhos, com destaque para o BCP, que avança 1,47% para 0,25 euros e lidera a inversão dos acontecimentos no benchmark nacional. Outras notas positivas: EDP (+0,58%) e Jerónimo Martins (+0,06%), dois dos pesos pesados que costumam influenciar a performance geral do índice.

Do lado das perdas, os desempenhos menos positivos da EDP Renováveis (-0,48%) e Galp (-0,07%) condicionam a evolução da bolsa, num dia de perdas para os principais índices europeus. O Dax-30 alemão é dos que mais cede, seguindo em baixa de 0,56% para 12.516,24 pontos. Também em Madrid e Paris, os Ibex-35 e Cac-40 recuam 0,09% e 0,28%, respetivamente.

Mas as principais atenções dos investidores estão focadas no mercado cambial. No Reino Unido, depois de a inflação ter desacelerado inesperadamente em junho, aliviando a pressão sobre o Banco de Inglaterra para subir juros, a libra afunda cerca de 0,5% para 1,30 dólares.

Por outro lado, o dólar cai para mínimos de dez meses, pressionado por um novo contratempo na agenda de Trump no que toca à última versão do projeto de lei sobre a saúde, depois de dois senadores republicanos terem dito que não apoiariam a iniciativa do Presidente norte-americano. O euro valoriza 0,63% para 1,16 dólares.

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Citigroup escolhe Frankfurt e Londres perde mais um negócio após o Brexit

O banco americano escolheu Frankfurt para ser o novo centro financeiro, apesar da sede se manter em Londres. Já não é o primeiro grupo a mostrar preferência por Frankfurt após o Brexit.

Frankfurt vai acolher algumas das funções financeiras do Citigroup que eram atualmente feitas em Londres. A cidade foi escolhida para ser o novo centro financeiro do gigante americano, decisão que deverá ser aprovada pela administração ainda esta semana.

O Citigroup já tinha sede em Londres e alguma presença em Frankfurt, contando 350 postos de trabalho na cidade alemã. Londres vai manter-se a sede das operações Europeias, do Médio Oriente e África, mas é Frankfurt que recebe as funções de centro financeiro na União Europeia. A realocação de outras operações está em cima da mesa, avança a Bloomberg.

As mudanças levarão a Frankfurt mais 150 a 250 postos de trabalho. É provável que alguns funcionários sejam realocados mas que existam também novas contratações na cidade. O regulador alemão, BaFin, foi considerado o único para além do londrino com capacidade de gerir os vários ramos de negócio do Citigroup.

O Citigroup não é a primeira grande empresa a escolher novas localizações em detrimento de Londres, assegurando a estabilidade das operações antes da saída oficial da UE, em 2019. Também o Deutsche Bank, a Standard Chartered, a Nomura Holdings, a Sumitomo Mitsui Financial Group e a Daiwa Securities Group optaram recentemente por Frankfurt.

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Um Insignia para aumentar a concorrência aos premium

Todos querem ser premium. Não é tarefa fácil, mas todos tentam. O Insignia é a prova disso mesmo, aliando linhas sedutoras com muito equipamento de gamas superiores.

Há automóveis que criam impacto logo à primeira vista. O Insignia é um deles: o médio familiar da Opel transformou-se num coupé de grandes dimensões que o diferenciam dos demais, colocando-o a lutar com modelos de gamas superiores no estilo. Mas é no interior que abre guerra aos premium, com materiais de qualidade elevada, mas principalmente com tecnologia que não é comum nestas gamas. Nem por estes preços.

São quase cinco metros de uma ponta à outra. É mesmo grande, mas também baixo, com uma curvatura que nos faz pensar em modelos como o antigo Passat CC, ou mesmo nos mais recentes, caso do BMW Série 4. Linhas vincadas na lateral, mas é a dianteira que marca. À nova assinatura da Opel juntam-se grupos óticos esguios de matriz de LED que conferem o ar mais dinâmico a um… familiar.

Se no exterior parece que estamos perante um modelo que é mais do que realmente é, quando se abre a porta as dúvidas aumentam ainda mais. Apesar do look coupé, há espaço que sobra para quem vai atrás (e a bagageira é gigante: 490 litros, podendo chegar aos 1.450 litros). Na frente, aos bancos completamente novos, que oferecem uma viagem bem passada, há todo um novo tablier revestido a materiais de elevada qualidade.

“A consola central foi desenhada para ter três zonas funcionais independentes. De cima para baixo, surgem primeiro os comandos do sistema de informação e entretenimento, seguindo-se os da climatização e os dos equipamentos de assistência à condução”, refere a marca. O sistema de informação e entretenimento integra o ecrã tátil que é a porta para tudo: rádio, navegação e até climatização, sem esquecer toda a conectividade. Claro, há OnStar, que agora inclui reservas de hotéis e procura de espaços de estacionamento.

À frente do condutor há um mostrador que mistura o analógico com o digital, sendo que nem é preciso tirar os olhos da estrada já que o head up display mostra o que é preciso. Projeta no para-brisas informação como velocidade, sinais de trânsito, programação de velocidade e indicações de navegação. Até os alertas de perigo de colisão para evitar percalços aos mais distraídos ao volante.

Nem parece que é tão grande

O Insignia Grand Sport impressiona pelas dimensões, mas ao volante tudo muda. Sem contar com as manobras para estacionar — que têm a ajuda de todos os sensores mas principalmente da câmara na traseira –, é um automóvel extremamente leve. A Opel revela que houve uma redução de peso que pode ir até 175 kg no Grand Sport e 200 kg na carrinha, a Sports Tourer, tornando este familiar extremamente ágil em qualquer dos ambientes.

Para ajudar a dar essa sensação é imprescindível motores com genica. Da gama para o mercado português fazem parte os motores 1.5 Turbo ECOTEC de 140 cv e 1.5 Turbo de 165 cv, ambos a gasolina, e os turbodiesel 1.6 Turbo D ECOTEC de 110 cv, 1.6 Turbo D de 136 cv e 2.0 de 170 cv. O ECO testou a versão a diesel que deverá ter maior adesão no mercado nacional, o de 136 cv, motor que se revelou sempre bastante solícito.

Seja na cidade, seja fora dela, o Insignia mostra-se sempre à vontade, com o motor a oferecer boa resposta sempre que solicitado, por vezes até mais do que o permitido pelo Código da Estrada. A caixa de seis velocidades, comum ao 1.5 Turbo de 165 cv a gasolina, ajuda a tirar partido do desempenho do bloco 1.6 a diesel — a marca tem uma nova caixa automática de oito velocidades que pode ser encomendada para o 2.0 Turbo D.

Manter clientes, atrair novos

A Opel acredita ter neste familiar argumentos de peso para se bater na sua gama, mas também atacar os premium. “Manter a base de clientes e atrair novos, sendo capaz de desafiar as apostas de marcas premium“, é o objetivo assumido pela marca que conta, além de um veículo totalmente novo, tecnologicamente avançado e com motores equilibrados no que respeita a desempenhos e consumos, com preços bastante atrativos.

Os preços iniciam-se em 28.680 euros, para o Insignia Grand Sport 1.5 Turbo ECOTEC de 140 cv e 30.980 euros para o Grand Sport 1.6 D ECOTEC de 110 cv“, nota a marca. “Nas variantes station wagon, a Insignia Sports Tourer 1.5 Turbo ECOTEC é proposta a partir de 30.030 euros e a Sports Tourer 1.6 Turbo D ECOTEC a partir de 32.330 euros”, acrescenta.

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Taxas mais baixas? Estado aumenta prémio para manter OTRV na moda

Remuneração das obrigações para pequenos investidores é cada vez mais baixa. Mas o prémio aumenta de emissão para emissão no sentido de manter OTRV na moda. Emigrantes reforçam procura.

OTRV vestem bem no perfil de investidor dos portugueses.

É verdade que a remuneração das obrigações para pequenos investidores que se encontram em fase de subscrição é a mais reduzida de sempre. Mas a correção em baixa das taxas da dívida portuguesa tem sido tão acentuada em 2017 que o IGCP está a ser “obrigado” a pagar um prémio maior para manter as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) na moda. Sem esse aumento do prémio, investir agora resultaria em perdas para os investidores em muitos casos.

Uma breve simulação no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) permite perceber que um investimento abaixo de 5.000 euros dificilmente resulta em ganhos palpáveis para os investidores que se estreiam neste tipo de aplicações. As OTRV agosto 2022 pagam um juro de 1,6% a cinco anos. Mas há comissões (sobretudo de custódia) e impostos que absorvem a maior parte dos rendimentos que o pequeno investidor consegue extrair desta emissão. Tenha cuidado.

2017 tem sido marcado por um movimento de forte correção das taxas das obrigações portuguesas, refletindo um conjunto de fatores, incluindo a melhoria da economia portuguesa. Também os produtos de investimento e de poupança apresentam rendibilidades cada vez mais deprimidas devido à agressiva política monetária do BCE. As OTRV não escapam: as taxas foram descendo e descendo de emissão para emissão e, se a primeira operação teve um juro de 2,2%, agora a taxa está nos 1,6%.

Taxas das OTRV a descer

Fonte: IGCP

Porém, à medida que as taxas oferecidas vão descendo, a agência que gere a dívida pública vai compensando os pequenos investidores com um aumento o prémio das OTRV face às obrigações a cinco anos que se encontram a negociar em mercado secundário. Por exemplo, nesta emissão, o diferencial encontra-se nos 0,25 pontos, quando na emissão do ano passado o prémio era de 0,17% — mesmo com uma taxa de 2% na emissão.

Prémios das OTRV a subir

Fonte: IGCP e Bloomberg

Para Filipe Silva, diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa, “os prémios que têm sido dados nestas emissões têm servido sempre para atrair investidores, até porque estas emissões são destinadas ao retalho”. Ou seja, tem havido um esforço suplementar da parte do IGCP para continuar a atrair aplicações da parte das famílias portuguesas, um esforço que tem conferido enorme popularidade em torno destes obrigações.

Assim, num contexto de juros em mínimos históricos, que tem provocado uma razia nas taxas dos depósitos bancários, não será de estranhar que esta emissão registe novamente forte procura — tal como aconteceu nas anteriores emissões. Filipe Silva acredita que os emigrantes vêm ajudar a robustecer um apetite de mercado que por esta altura poderá ser mais curto devido ao período de férias da maioria dos portugueses residentes.

“Não deverá existir qualquer problema na colocação, sendo que a procura deverá ser generalizada e não só da parte dos emigrantes”, refere o responsável. O prazo de subscrição destas OTRV termina a 28 de julho.

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Revista de Imprensa Internacional

No mundo virtual, as moedas digitais e a Netflix estão em alta. A economia grega recupera. Nos EUA, o sistema de saúde não mostra alternativas. A Primark também pôs em risco a saúde pública.

As melhores notícias vêm do mundo virtual: as moedas digitais estão a conseguir investimentos na ordem dos milhões e os números da Netflix dão bons sinais. Em convalescença está a economia grega, que quer emitir obrigações pela primeira vez em três anos. Nos EUA, o sistema de saúde está em causa, e deverá ser extinguido sem alternativas. A Primark também acusa risco de doença, obrigando à retirada de um modelo de chinelos que poderia causar cancro aos clientes.

Financial Times

Novas moedas virtuais já conseguiram 1,3 mil milhões de investimento este ano

As ICO, também conhecidas por ofertas públicas iniciais de moeda, serviram já para angariar 1,3 mil milhões de dólares em capital desde o início do ano. Trata-se do método de financiamento mais comum usado pelas startups para lançarem novas moedas virtuais. Este é um valor recorde e faz parte de um relatório citado pelo Financial Times. O jornal britânico nota, porém, que não fica claro se este é um novo sinal de uma bolha prestes a implodir ou se, em contrapartida, se trata de uma viragem na forma como estas startups captam investimento. Leia a notícia completa no Financial Times [acesso pago / conteúdo em inglês].

The Guardian

Senado quer repelir Obamacare. Mesmo sem alternativas

Mitch McConnell é o republicano que dá a cara pela rejeição do Obamacare, o sistema de saúde instituído pelo ex-presidente americano, Barack Obama. Uma vez que os senadores Mike Lee, do Utah, e Jerry Moran, do Kansas, rejeitaram a última proposta para substituir o Obamacare, este sistema deverá ser repelido sem alternativas. Leia a notícia completa no The Guardian [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

Financial Times

Obrigações gregas à venda pela primeira vez desde 2014

A Grécia deverá emitir obrigações a cinco anos esta semana ou na próxima. Desde 2014 que o Governo não emitia obrigações. O Governo grego quer aproveitar um momento positivo nos mercados em que os investidores parecem dispostos a passar à frente o capítulo da crise económica. Isto numa altura em que o país foi proposto para a saída do Procedimento por Défice Excessivo, à semelhança do que aconteceu com Portugal. Leia a notícia completa no Financial Times [acesso pago / conteúdo em inglês].

Bloomberg

Números da Netflix surpreendem os investidores

A Netflix apresentou resultados que ultrapassaram as estimativas dos analistas em larga medida. O serviço norte-americano de streaming de filmes e séries ganhou 5,2 milhões de novos subscritores no segundo trimestre de 2017, dois milhões a mais do que era esperado. A esmagadora maioria desse número, 4,14 milhões, foram registados foram dos Estados Unidos, o que mostra que o serviço está a ganhar grande popularidade também noutras geografias. A empresa tem mais de seis mil milhões de dólares no orçamento deste ano para gastar em conteúdos. Leia a notícia completa na Bloomberg [acesso gratuito / conteúdo em inglês].

The Guardian

Chinelos da Primark vão de férias, para bem longe: descobriu-se que podem causar cancro

A Primark retirou dos expositores milhares de chinelos pois descobriu um componente que pode causar cancro. Está ainda a reembolsar os clientes que já tinham adquirido o modelo em questão, nas lojas desde janeiro deste ano. As cores preta, azul e caqui, da coleção Cedar Wood State para homem continham 1 miligrama por quilo do químico criseno acima dos padrões aceitáveis.

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Presidente da Federação Espanhola de Futebol detido

  • ECO
  • 18 Julho 2017

Ángel María Villar e o seu filho estão entre as dezenas de detidos no âmbito de investigações anticorrupção em Espanha.

Ángel María Villar foi detido pelas autoridades espanholas. O presidente da Federação Espanhola de Futebol, bem como o seu filho e o vice-presidente, Juan Padrón, estão entre mais de uma dezena de detidos no âmbito de investigações anticorrupção, de acordo com a informação avançada pelo El País.

A Guarda Civil espanhola lançou esta manhã uma operação que prevê dezenas de detenções por corrupção na Real Federación Española de Fútbol (RFEF), a federação espanhola de futebol. O presidente Ángel María Villar, que detinha o cargo há 29 anos, está entre os detidos.

O presidente da RFEF e o filho são acusados de utilizar o dinheiro da Federação em proveito próprio. Também há suspeitas em relação a acordos com dirigentes locais para garantir a continuidade do cargo. Ocultação de bens e administração desleal são outras acusações das quais é alvo. Já era investigado há mais de um ano mas os motivos de suspeita acumulam-se desde 2009.

(Notícia atualizada)

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