Maserati manda recolher milhares de automóveis por risco de incêndio

Depois do escândalo da Samsung com os telemóveis que explodiam, agora é a Maserati que vai recolher milhares de automóveis por risco de incêndio. Não é a primeira vez que a marca recolhe viaturas.

O Maserati Quattroporte é um dos modelos abrangidos pelo programa de recolha.Wikimedia Commons

Telemóveis rima com automóveis, mas não têm nada a ver. Depois do caso do Note 7, agora é a Maserati a recolher milhares de veículos por risco de incêndio. Segundo a agência Bloomberg, o programa abrange pelo menos 39.381 viaturas da gama Quattroporte, Ghibli e Levante. Em causa, dois defeitos detetados pela delegação norte-americana da marca italiana, que podem resultar em incêndios.

Um dos problemas estará relacionado com os bancos destes automóveis que, ao serem ajustados, poderão provocar curto-circuitos. Com este problema estarão alguns modelos fabricados entre 2014 até 2017. O outro defeito prende-se com pelo menos 10.879 automóveis, cujos tubos poderão ter brechas e verter combustível. São carros com preços médios entre 71.600 e 145.500 dólares.

A Maserati é detida pela Fiat Chrysler e este é o terceiro programa de recolha da marca no último ano. De acordo com a Bloomberg, em maio de 2016, a empresa recolheu 20.000 automóveis Quattroporte e Ghibli fabricados entre 2013 e 2015 devido a um potencial problema numa roda traseira. Antes, em março, tinha recolhido outros 28.235 veículos porque os tapetes podiam ficar presos no pedal do acelerador.

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Forte subida coloca BCP perto de máximos do ano

O BCP está em festa. O aumento de capital do BCP foi um sucesso: foi “totalmente subscrito”, sem recurso à tomada firme por parte dos bancos colocadores. Resultado? As ações já subiram mais de 8%.

O BCP está a festejar em bolsa o sucesso do aumento de capital. A operação do banco liderado por Nuno Amado foi “totalmente subscrita”, sem recurso à tomada firme por parte dos bancos colocadores. E as ações estão a disparar. Os títulos da instituição financeira já chegaram a subir mais de 8% para perto de máximos deste ano.

As ações do BCP estão a valorizar 8,22% para 18,25 cêntimos. Tudo graças ao sucesso do aumento de capital do banco liderado por Nuno Amado. A operação foi “totalmente subscrita”, sendo que o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta no âmbito do aumento de capital de 1.330 milhões de euros que vai permitir ao banco reembolsar os CoCos e reforçar os rácios de capital.

BCP dispara 8% depois do aumento de capital

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)
Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

A BlackRock aproveitou a boleia do sucesso da operação para reforçar a sua posição no banco. A maior gestora de ativos do mundo tinha menos de 2% do capital do banco revela e passou, a 2 de fevereiro, a ter 3,01% do BCP. Tem 2,41% através de ações, sendo a restante participação detida através de outros instrumentos financeiros.

A gestora aproveitou a operação de recapitalização do banco para reforçar a sua posição, tal como o fizeram outros acionistas da instituição liderada por Nuno Amado. O ECO sabe que o conglomerado chinês Fosun aumentou a participação para entre 23% e 24% no BCP, enquanto a Sonangol acompanhou a operação na proporção. Os angolanos já fizeram saber que vão aumentar a exposição “nos próximos meses”, de uma forma faseada.

Apesar de a confiança dos investidores no sistema financeiro europeu ter sido abalada pelos receios em torno dos problemas da banca italiana e pelo aumento na perceção de risco sobre Portugal — os juros da dívida estão a subir — o BCP foi bem-sucedido, sendo o primeiro banco europeu a conseguir realizar um aumento de capital nos últimos três meses.

(Notícia atualizada às 12h17 com novas cotações)

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De A a Z, 97 empresas estão contra Trump

  • Juliana Nogueira Santos
  • 6 Fevereiro 2017

Da Apple à Zynga, passando pela Google e pela Levi Strauss. Foram 97 as empresas a apresentarem uma declaração de apoio à decisão judicial de suspender a proibição de entrada de muçulmanos dos EUA.

Se o decreto assinado no passado dia 27 teria como principal objetivo a desunião, este não está a ser cumprido. Depois de muitas empresas terem declarado que eram totalmente contra o entrave à entrada de cidadãos oriundos de sete países árabes, 97 decidiram juntar-se para apresentarem uma declaração amicus curiae em apoio ao processo instaurado pelos estados do Minnesota e Washington.

Da lista fazem parte não só tecnológicas, como a Facebook, a Google, a Snap Inc. e a Netflix, mas também empresas de bens de consumo como a Levi Strauss. Na declaração pode ler-se que a decisão vai contra os valores fundadores dos Estados Unidos da América. São também sublinhados os feitos dos diversos imigrantes ao longo dos anos, afirmando que sem eles, os EUA seriam um país bem mais pobre e menos produtivo e inovador.

Imigrantes, ou os seus filhos, fundaram mais de 200 empresas da lista Fortune 500, incluindo a Apple, a Kraft, a Ford, a General Eletric, a AT&T, a Google, a McDonald’s, a Boeing e a Disney. Coletivamente, estas empresas geram receitas anuais de 4,2 biliões de dólares e empregam milhões de americanos.

Declaração Amicus Curiae

De acordo com uma fonte próxima do processo, esta declaração de apoio era para ser entregue no final desta semana, mas tendo em conta a velocidade com que o assunto está a avançar foram feitos todos os esforços para acelerar o processo. Esta foi entregue a noite passada.

Ausentes da lista estão empresas como a Amazon, a HP, a Oracle e a Yahoo. Ainda assim, a decisão de sexta-feira que bloqueia a ordem executiva foi apoiada pela Amazon e pela Microsoft.

A administração Trump apresentou um recurso para que o bloqueio fosse imediatamente levantado, mas este foi rapidamente rejeitado em Tribunal. Durante o fim de semana, as condenações à forma como este processo tem sido tratado a nível judicial não pararam de sair da conta privada de Twitter do presidente, com este a questionar a credibilidade dos juízes e a afirmar que estão a “tornar o trabalho muito difícil.”

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Brexit está a afetar os lucros da Ryanair

  • Lusa e ECO
  • 6 Fevereiro 2017

A companhia aérea low cost revelou uma quebra nos lucros do terceiro trimestre. Apesar dos desafios, a Ryanair reiterou a meta para os resultados acima dos mil milhões no total do ano.

Os lucros da companhia aérea Ryanair sofreram uma queda de 8% no último trimestre de 2016, como consequência do processo da saída do Reino Unido da União Europeia. Ainda assim, a empresa irlandesa mantém a meta de resultados para o total do ano.

De acordo com o relatório divulgado em Londres, os lucros registaram uma queda para 95 milhões de euros. Os analistas consultados pela Bloomberg antecipavam um resultado líquido de 101,6 milhões de euros, aquém dos 103 milhões registados no mesmo período do ano anterior.

Os lucros foram atingidos também pela concorrência no setor da aviação, uma vez que os baixos custos do combustível provocam tarifas ainda mais baratas.

Prevemos que a libra se mantenha volátil durante algum tempo e talvez venhamos a enfrentar quedas no crescimento económico no Reino Unido e na Europa por causa do Brexit”, acrescenta a Ryanair.

“Pode ser que se verifiquem oportunidades para uma expansão para alguns aeroportos britânicos mas prevemos um crescimento mais lento do que aquele que estava previsto no Reino Unido o que vai provocar mudanças em relação à capacidade em outros mercados europeus”, indica o mesmo relatório.

A companhia de aviação mostra-se igualmente preocupada com o valor da libra face ao euro, pois desde o resultado do referendo que apoiou a saída do Reino Unido da União Europeia, a moeda britânica caiu 14 por cento em relação ao euro.

Apesar das preocupações relacionadas diretamente com o Reino Unido, a Ryanair sublinha que o negócio está a “crescer com força” na Alemanha. E aproveitou para reiterar a meta de resultados no total do ano, apontando para valores entre 1,3 e 1,35 mil milhões de euros.

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Toyota sob pressão, aumenta estimativas de lucros

Trump não alivia a pressão e quer mais produção nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a Toyota, que é das empresas que mais exporta para o país, prevê mais lucros operacionais para 2016.

A fabricante japonesa Toyota aumentou a previsão do lucro operacional relativa ao ano fiscal de 2016, avança a Bloomberg. O lucro operacional da Toyota deverá ser de 1,85 biliões de ienes, ou aproximadamente 15,2 mil milhões de euros, contra 1,7 biliões de ienes previstos anteriormente. É, no entanto, cerca de 10% menos do que as estimativas dos analistas, indica a agência.

Os mais recentes resultados da empresa, relativos ao terceiro trimestre fiscal de 2016, mostram uma queda de 39% no lucro operacional da Toyota, outro número aquém das expectativas. Por um lado, a fabricante automóvel com presença internacional tem beneficiado do fraco valor da moeda japonesa. Por outro, estará a ser prejudicada pelas posições tomadas pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre o comércio transfronteiriço.

A Toyota é das empresas que mais automóveis exporta para os Estados Unidos. Com Trump a prometer “enormes” impostos aduaneiros, a empresa poderá ver-se em maus lençóis nos próximos tempos, mas garante estar atenta às movimentações do novo presidente. Segundo a Bloomberg, a Toyota fabrica a esmagadora maioria dos automóveis Lexus no Japão, ainda que os venda principalmente no mercado estadunidense. Já o modelo Tacoma é fabricado no México e exportado para o país vizinho.

Recorde-se que esta foi uma das empresas a merecer um tweet de Donald Trump — que, como é sabido, tem tanta ou mais força que qualquer outra declaração oficial do presidente. A Toyota já teria decidido produzir o modelo Corolla no México quando Trump a ameaçou com grandes taxas na fronteira. Desde então, a empresa anunciou investimentos de dez mil milhões de dólares nos Estados Unidos ao longo dos próximos cinco anos, ao encontro da política do magnata de acelerar a economia e criar mais empregos no país.

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Desemprego terá recuado para 11% ou 11,1% em 2016

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2017

Depois de em 2015 a taxa de desemprego se ter situado nos 12,4%, deverá ter terminado o último ano num nível inferior. Os analistas acreditam que poderá ter recuado para 11%.

A taxa de desemprego para o conjunto de 2016 deverá ter ficado entre os 11% e os 11,1%, ligeiramente abaixo da estimativa do Governo de 11,2%, de acordo com os analistas contactados pela agência Lusa.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na quarta-feira as Estatísticas do Emprego relativas ao quarto trimestre, incluindo a taxa anual apurada para 2016, depois de em 2015 a taxa de desemprego se ter situado nos 12,4%.

No ano passado, a taxa de desemprego apurada pelo INE para o primeiro trimestre situou-se nos 12,4%, baixando no segundo trimestre para os 10,8% e no terceiro trimestre para os 10,5%.

Em termos mensais, a estimativa provisória do instituto para dezembro é de que a taxa de desemprego se tenha situado nos 10,2% em dezembro, baixando dos 10,5% observados em novembro.

Para o economista-chefe do Montepio Geral, Rui Bernardes Serra, para o quarto trimestre, estima-se uma nova descida da taxa de desemprego trimestral, para os 10,4%, prosseguindo a tendência de alívio que vem a evidenciar desde o pico máximo histórico atingido no primeiro trimestre de 2013 (17,5%).

“Em termos prospetivos, prevemos uma nova redução em 2016, para 11%, um valor em linha com os previstos pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] e um pouco mais abaixo dos 11,2% previstos pelo Governo na Proposta de Orçamento do Estado para 2017”, estimou. “Para 2017, prevemos uma nova redução, para 10,3%, abaixo do previsto pelo FMI (10,6%) e em linha com o previsto pelo Governo”, acrescentou.

Para o analista do BPI José Miguel Cerdeira, a taxa de desemprego do quarto trimestre deverá ficar nos 10,5%, igual à do trimestre anterior,” o que configura uma taxa de desemprego de 11,1% para o total de 2016”. Para 2017, a previsão do banco é de que a taxa se reduza para os 10,1%, “o que configuraria uma continuação da atual tendência de comportamento do mercado de trabalho mais positivo face ao que seria de esperar perante a dinâmica do PIB” [Produto Interno Bruto].

Embora não avance uma estimativa, segundo o gestor da corretora XTB António Duarte, será “expectável” uma redução da taxa de desemprego no conjunto de 2016.

“Analisando a taxa de inflação e o PIB de Portugal ao longo do último ano, verificamos que ambos têm vindo a aumentar, o que significa que a economia nacional está a crescer. Houve um aumento da produtividade – postos de trabalho, ou aumentou a produtividade marginal, logo, se considerarmos uma produtividade marginal constante de um trimestre para o outro, só nos resta considerar o aumento dos postos de trabalho”, disse.

No entanto, o gestor alerta para que “os níveis de investimento também podem interferir, isto é, se houve mais investimento, pode haver um aumento do PIB e não tem de haver, necessariamente, uma redução desta taxa”. “Resta-nos aguardar, mas creio que podemos estar otimistas”, afirmou.

Curioso para perceber se o emprego continua a crescer mais do que o PIB, “o que numa situação normal não deveria acontecer”, disse estar também João Pereira Leite, gestor do Banco Carregosa, que igualmente opta por não avançar uma estimativa para o comportamento da taxa de desemprego.

“No terceiro trimestre de 2016 o crescimento do PIB foi de 1,6%, comparativamente a igual período de 2015. No entanto, o emprego cresceu 1,9%, mais 0,3 pontos do que o PIB no mesmo período, o que se pode explicar devido à baixa dos salários e a políticas de flexibilidade laboral do anterior governo”, afirmou.

Ou seja, para João Pereira Leite, “este número nada nos diz sobre o tipo de emprego criado”. “É de supor, no entanto, que se trate de emprego precário, não qualificado e de pouco valor acrescentado”, disse.

No Orçamento do Estado para 2017, o Governo estimava que a taxa de desemprego se fixasse em 11,2% em 2016 e que baixasse para os 10,4% este ano.

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Brexit já está a acontecer nas empresas

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2017

As empresas já estão a sentir o impacto negativo de uma saída do Reino Unido da UE. E a primeira-ministra britânica ainda nem acionou o Brexit. Executivos dizem que a situação ainda vai piorar.

A primeira-ministra britânica ainda não acionou o Brexit e as empresas já estão a sentir o impacto negativo de uma saída da região. É esta a conclusão de uma sondagem realizada junto das empresas que fazem parte do FTSE 500. Dois terços dos CEOs, presidentes e diretores inquiridos dizem que a situação das empresas vai piorar nos próximos 12 meses.

O Brexit já está a pressionar as empresas, mesmo antes de Theresa May ter dado início ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Esta é a opinião de 58% dos executivos de topo inquiridos numa sondagem às maiores empresas do país. O inquérito foi realizado pela Ipsos MORI. “De acordo com os executivos, não há sinais de que isto vai melhorar este ano”, realça Ben Page, o CEO da empresa de sondagens, à Bloomberg.

Dois terços dos CEO, presidentes e diretores inquiridos dizem que a situação das empresas vai piorar nos próximos 12 meses. As empresas já estão a sentir as consequências económicas de uma saída da UE, diz Ben Page. Esta sondagem mostra como os líderes empresariais estão preocupados com o Brexit. Isto apesar de todos os dados económicos positivos que foram divulgados desde que se soube o resultado do referendo realizado em junho passado.

A sondagem foi realizada entre setembro e dezembro de 2016 e contou com a contribuição de 114 CEO, presidentes, diretores e outros responsáveis de empresas integradas no FTSE 500.

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Schäuble: Culpa do euro muito baixo é do BCE

Wolfgang Schäuble volta a fazer mira a Mario Draghi. Diz que o euro fraco é culpa do BCE, salientando que esta política monetária não serve os interesses da Alemanha.

Euro fraco? Sim. É um facto. Mas de quem é a culpa? Os EUA dizem que é da Alemanha, mas Wolfgang Schäuble discorda. Passa as culpas para o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que tem conduzido a política monetária de uma forma que não serve os interesses da maior economia da Europa.

Numa entrevista ao Tagesspiegel, citada pelo Financial Times (acesso pago), o ministro das Finanças alemão diz que “a taxa de câmbio do euro [face ao dólar] é demasiado baixa para a posição competitiva da Alemanha“. “Quando Mario Draghi embarcou nesta política monetária expansionista, disse-lhe que isso iria levar a um excedente comercial da Alemanha”, facto que tem merecido críticas por parte dos seus parceiros do euro. E não só.

Schäuble diz que prometeu “não criticar publicamente essa política. Mas não quero ser criticado pelas consequências desta política“, salientou o responsável pela pasta das Finanças da maior economia da Europa depois de Peter Navarro, conselheiro do comércio de Trump, ter criticado o euro fraco, salientando que essa é uma arma da economia germânica.

A res+posta de Schäuble aos EUA surge já depois de também Angela Merkel ter ripostado. “A Alemanha é um país que sempre pediu ao BCE uma política monetária independente, tal como o Bundesbank o fez antes da existência do euro”, salientou, à data, a líder alemã. E acrescentou: “Nós não vamos influenciar o comportamento do BCE. E, como resultado, eu não consigo nem pretendo mudar a situação tal como está”.

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Revista de imprensa internacional

A economia da Zona Euro pode estar mais saudável do que parece. É o que destacamos nesta revista de imprensa internacional, onde também marcam presença Donald Trump, Artur Mas, a Snap e a Maserati.

A semana arranca com um bom destaque do Financial Times sobre a economia na Zona Euro. Mas há mais coisas a acontecer no mundo esta segunda-feira: em Espanha, arranca o julgamento do ex-presidente da Catalunha Artur Mas, que ousou ignorar uma proibição do Tribunal Constitucional espanhol. Destacamos também um facto curioso sobre Donald Trump e, quanto a empresas, falamos de duas: a Maserati e a dona do Snapchat. Uma está em maus lençóis. A outra enfrenta concorrência pesada.

Economia da Zona Euro brilha mais do que a norte-americana

Quem o diz é o Financial Times, que tem esta manhã em manchete uma peça a indicar que e a economia nos países da moeda única tem vindo a superar as expectativas — isto numa altura em que Donald Trump governa sob o compromisso de acelerar o crescimento económico dos Estados Unidos da América. Na análise do jornal, o sentimento económico, a taxa de crescimento e os níveis de desemprego foram alguns dos indicadores que surpreenderam e que mostram que, mesmo com o Brexit, a economia da Zona Euro pode ser mais resiliente do que parece à partida: são já 14 trimestres consecutivos de crescimento. (Acesso pago / Conteúdo em inglês)

Começa o julgamento de Artur Mas em Espanha

Do lado de lá da fronteira, todos os holofotes estão virados para o julgamento do ex-presidente da Catalunha Artur Mas, da vice-presidente Joana Ortega e da ex-conselheira Irene Rigau. Artur Mas é acusado de desobediência e prevaricação por, a 9 de novembro de 2014, ter referendado a independência da Catalunha, mesmo depois da proibição expressa do Tribunal Constitucional espanhol. Segundo o El País, Mas não está arrependido e garante que voltaria a fazer tudo. A acusação pede dez anos de prisão. (Acesso gratuito / Conteúdo em espanhol)

Maserati manda recolher milhares de automóveis

Não são só os telemóveis da Samsung. A fabricante Maserati viu-se obrigada a lançar um programa de recolha de veículos que abrange pelo menos 39.381 automóveis da gama Quattroporte, Ghibli e Levante, por risco de incêndio. A notícia é avançada pela agência Bloomberg, que indica que a delegação norte-americana da marca italiana detetou dois defeitos de fabrico que podem resultar em incêndios. Um deles está relacionado com os bancos que, ao serem ajustados, poderão provocar curto-circuitos. Estamos a falar de carros com preços médios entre 71.600 e 145.500 dólares. (Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

Facebook pode ameaçar o crescimento do Snapchat

Quando, na última quinta-feira, a Snap Inc. submeteu ao regulador toda a documentação necessária com vista a uma entrada no Nasdaq possivelmente no mês que vem, os jornais e os investidores ficaram em polvorosa. A dona do Snapchat, uma das empresas mais secretas do mundo, prestava contas ao público pela primeiríssima vez. Nos documentos, falava-se de receitas, de prejuízos e de receios. Sim, receios: mais propriamente ao nível do crescimento do número de utilizadores, que desacelerou bastante no final do ano passado. É que a empresa do jovem Evan Spiegel, que recusou ser comprada pelo Facebook aqui há uns anos, enfrenta agora a rede social de Mark Zuckerberg, capaz de copiar toda e qualquer novidade que o Snapchat anuncie, conta o The Wall Street Journal. O Facebook é uma ameaça. Das grandes. (Acesso pago / Conteúdo em inglês)

Donald Trump fala com todos. Menos com a China

É um facto curioso: desde que tomou posse, o presidente norte-americano Donald Trump já falou ao telefone com líderes de várias nacionalidades. Até Marcelo Rebelo de Sousa já conversou com o magnata, confirmaram fontes de Belém e da Casa Branca aqui há umas semanas. Na lista elaborada pela Quartz (não podemos deixar de apontar a ausência do nome do Presidente da República Portuguesa) estão os pelo menos 18 líderes estrangeiros com quem Trump já trocou umas palavrinhas. A grande ausência? Xi Jinping, o presidente da China. Exatamente: desde que tomou posse, Donald Trump ainda não falou com o líder da nação que, provavelmente, mais dores de cabeça dará ao novo presidente norte-americano. (Acesso gratuito / Conteúdo em inglês)

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Loures não concorda com a municipalização da Carris

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2017

O presidente da Câmara de Loures afirmou a necessidade de uma gestão intermunicipal da empresa de transporte, mas é o único da Área Metropolitana a pensar assim.

A entrega da gestão da Carris à Câmara de Lisboa é aceite por quatro dos cinco municípios da Área Metropolitana de Lisboa, com Loures a contestar a decisão do governo. A notícia é dada hoje pelo Jornal de Negócios (acesso pago), que afirma que a Câmara de Loures rejeita a municipalização da empresa de transportes.

Em declarações ao jornal, o presidente eleito pelo PCP afirma que o facto de a Carris estar sob responsabilidade exclusiva de Lisboa “põe em causa uma gestão que tem de ser metropolitana e não assegura a manutenção do serviço público de qualidade”, relembrando que os utilizadores dos serviços da empresa “ultrapassam largamente a população do concelho de Lisboa“.

Num meio-termo entre a municipalização e a partilha de gestão está a Câmara de Oeiras que, pelas palavras do independente Paulo Vistas, defende um modelo de gestão partilhado “se houver um benefício para os utilizadores e se melhorar a articulação com outros meios de transporte”.

Odivelas e Amadora posicionam-se no mesmo campo, afirmando que não há necessidade de gestão intermunicipal, exigindo ainda assim que querem ser consultadas em decisões que tragam consequências para o seu território. Quem garante que não foi, de todo, consultado acerca deste assunto é o presidente do município de Almada, Joaquim Judas, que ainda não tem uma posição definida acerca da polémica.

As bancadas parlamentares também não mostram consenso acerca deste assunto, com o PSD, o CDS e o PCP a afirmarem que esta pasta não deveria passar para as mãos da Câmara de Lisboa e o PS a garantir que esta é a opção certa. O parlamento vai discutir a gestão da Carris e também da STCP dia 24 de fevereiro.

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Fitch não mexe, mexem os juros. Taxas em máximos

A Fitch decidiu, tal como Marcelo Rebelo de Sousa antecipou, não fazer qualquer alteração à notação financeira do país. Portugal continua a ser "lixo". Os juros estão em máximos de março de 2014.

Os juros da dívida portuguesa arrancaram a semana a subir. E estão a tocar máximos desde março de 2014. Depois de no final da semana passada a Fitch ter decidido manter a notação financeira do país em “lixo”, há um agravamento das taxas no mercado secundário para máximos de quase três anos: 4,262%, a dez anos. Isto antes de Portugal voltar ao mercado para se financiar com títulos a cinco e sete anos.

“O rating de Portugal [que foi mantido em ‘BB+’] é suportado por instituições fortes, um ambiente empresarial forte e uma das mais altas taxas de rendimento per capita na categoria ‘BB’”, disse a agência de notação financeira. Em contrapartida, a Fitch refere também os fatores negativos: níveis elevados de dívida pública e privada, um crescimento económico “fraco” e problemas que se arrastam no sistema financeiro.

Estes fatores negativos estão a pesar no comportamento das obrigações do Tesouro na primeira sessão após a decisão da agência de notação financeira norte-americana. As taxas sobem em todos os prazos, estando acima dos 2% a cinco anos e nos 4,262% no prazo a dez anos, registando uma subida de 8,9 pontos base para máximos de março de 2014.

Juros renovam máximos de 2014

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Fonte: Bloomberg

A Fitch manteve Portugal no nível de lixo, ou seja, fora do radar dos investidores, ao contrário da DBRS, que é a única agência de rating que mantém Portugal acima dessa fasquia, permitindo o acesso a programa de compras do Banco Central Europeu. É o apoio de Mario Draghi que tem evitado subidas mais expressivas, mantendo o país com acesso ao mercado de dívida.

Portugal volta aos mercados de financiamento esta semana. O Tesouro português conta emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos na próxima quarta-feira. Esta será a segunda emissão de longo prazo do ano, depois da emissão sindicada a 10 anos realizada no dia 11 de janeiro em que o país pagou um juro de 4,3% por três mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a dez anos.

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PSI-20 no verde. BCP acelera, mas BPI afunda

A bolsa nacional pode já não estar a subir quase 3% -- como aconteceu no final da semana passada -- mas continua no verde. E graças à energia. Na banca, o BCP acelera, mas o BPI afunda 5%.

A bolsa nacional continua no verde. Apesar de já não estar a registar ganhos de quase 3% — que se deveram a um ajuste técnico — o PSI-20 começou a semana a subir 0,1%. E graças à energia, com o grupo EDP a animar os ganhos. Apesar de o BCP estar hoje a valorizar, o mesmo não se pode dizer do BPI. O banco liderado por Fernando Ulrich afunda mais de 5%.

O índice de referência nacional, o PSI-20, abriu em alta de 1,11% para 4.628,05 pontos. Isto depois de ter disparado quase 3% no final da semana passada devido a um ajuste técnico dos direitos do BCP. Hoje, a subida está a ser patrocinada pelo setor energético, com a EDP a ganhar 0,3% para 2,71 euros e a EDP Renováveis 0,17% para 6,06 euros. Também a Galp Energia está a dar o seu contributo para o desempenho do índice nacional ao apresentar uma valorização de 0,1% para 13,85 euros.

Na banca, depois do sucesso do aumento de capital, o BCP sobe 2,92% para 17,3 cêntimos, acompanhando o otimismo dos pares europeus depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter ordenado na sexta-feira uma revisão à lei de Dodd Frank, um pacote legislativo aplicado em 2010 para reforçar a supervisão bancária no rescaldo da crise financeira global. “Um Wall Street desregulado vai criar um nova onda de otimismo a curto prazo”, diz a analista da CMC Markets Margaret Yang à Bloomberg.

Mas o BPI não está a acompanhar. O banco liderado por Fernando Ulrich começou a sessão a afundar 5,39%. Agora, os títulos caem 4,42% para para 1,08 euros. Isto numa altura em que estamos perto da conclusão da OPA que o Caixabank lançou ao banco. Os investidores preveem um bom resultado para a instituição espanhola e estão a excluir do seu portefólio uma ação que terá menos liquidez.

Ainda numa maré verde, destaque para a Jerónimo Martins. A retalhista avança 0,44% para 15,89 euros. A Mota-Engil também continua a subir depois de ter confirmado que obteve um contrato de mil milhões de euros na Tanzânia. A construtora avança 0,36% para 1,65 euros.

(Notícia atualizada às 08h22)

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